A Ilha Da Madeira[1]

  • Uploaded by: Ana Cristina Torres Santos
  • 0
  • 0
  • June 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View A Ilha Da Madeira[1] as PDF for free.

More details

  • Words: 2,273
  • Pages: 11
Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

A ilha da Madeira

Trabalho realizado por ANA SANTOS

1

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

A Madeira oficialmente designada por Província Autónoma da Madeira, é um Arquipélago Português mas com autonomia política. A Madeira faz parte da União Europeia. Descoberta pelos romanos, ficou conhecida como “as ilhas de cor púrpura”, mais tarde foi redescoberta pelos portugueses, nomeadamente Tristão Vaz Teixeira e João Gonçalves Zarco em 1419, e lhe deram o nome de madeira pela abundância da mesma matéria-prima na ilha. É uma região bastante turística durante todo o ano, devido ao clima de temperaturas amenas seja de inverno ou de verão, e ao famoso fogo-de-artifício de ano novo considerado como o maior espectáculo pirotécnico a nível mundial. É muito conhecida também pelo seu maravi l hoso vinho licoroso característico, conhecido mundialmente como “ o vinho da madeira”, pelas suas flores, pois sendo uma região de clima ameno e temperado é quase como estufa para as suas belas flores.

Trabalho realizado por ANA SANTOS

2

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

A origem e a evolução do traje da Madeira é alvo de muitas especulações. Pensa-se que teve influências várias, quer nacionais, quer estrangeiras, nomeadamente minhotas, mouriscas, africanas e da Flandres. Existem diferentes trajes, sendo a distinção evidenciada pela região de origem, já que os microclimas existentes na ilha determinavam o tipo de vestuário. No Funchal, em Machico e Santa Cruz, existia um tipo definido de vestuário feminino onde predomina a cor vermelha. A saia era de lã, de cor única ou listada, colete ou corpete vermelhos e uma carapuça azul completava esta indumentária. Na Ponta do Sol as mulheres usavam capas, sendo de cor vermelha para as casadas e solteiras e azuis para as viúvas. Nas regiões altas, como na Ribeira Brava a forma de vestir era bem diferente. As raparigas usam saia preta com listas vermelhas ou pretas e amarelas, blusa branca, tipo polaca guarnecida de rendas e lenço vermelho. Uma saia igual é colocada aos ombros, servindo de capa. Usam também saia de lã de ovelha tingida de vermelho com listas horizontais ou de lã preta, igualmente com listas horizontais, típicas da freguesia da Serra d’Água. Vestiam saia e capa de bicos de baeta azul, características das zonas mais baixas, quando vinham à missa ao domingo. Por vezes utilizavam a saia ao contrário quando estavam em casa, voltando-a para o lado direito quando saíam. Trabalho realizado por ANA SANTOS

3

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

Também a maneira de vestir era distinta em relação ao seu estado civil. A mulher casada usava saia e capa de cor negra, listada a vermelho e complementada com um avental multicolor. Ao longo dos anos o traje masculino não sofreu muitas alterações. Usavam calção branco com franzido sobre o joelho (com elástico ou com cós); a camisa de pregas, sendo o seu número muito variável, e podiam ser bordadas ou não. Nos últimos tempos era usada uma faixa do mesmo linho do calção, com as pontas franjadas e chegando à curva da perna. No entanto, este adorno era usado apenas pelos servidores de casas ricas. Os homens das zonas serranas usavam o jaleco e calças de seriguilha castanha para o trabalho. Para a missa as calças, o colete ou o casaco eram de seriguilha preta. A camisa era de estopa para o trabalho e de linho fino para a missa. Na cabeça usavam barrete de lã de ovelha, branca ou castanha. Tanto os homens como mulheres usavam botas, chamadas botachas ou bota-chã e eram feitas de pele de vaca curtida. A parte superior da bota era virada para fora e descia até ao tornozelo, sendo enfeitada com uma fita vermelha.

As habitações da Ilha da Madeira, como o próprio nome indica, eram construída de madeira, com telhados de colmo e com a

Trabalho realizado por ANA SANTOS

4

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

particularidade de terem os telhados bastante inclinados devido á pluviosidade característica da Ilha. Tinham como cores características o vermelho, o azul e o branco, eram casas rasteiras apenas de rés-do-chão. Claro que nos dias de hoje as construções são comuns como no resto do mundo, ficando as antigas construções para turismo rural. A ilha da Madeira – também conhecida como a pérola do Atlântico – mantém a promessa de umas férias extraordinárias com as suas magníficas paisagens, clima ameno, folclore colorido e uma gastronomia no mínimo sedutora. A dieta local baseia-se na tradição camponesa e, em termos gerais, quanto mais se aproximar dos métodos de preparação tradicionais mais saboroso ficará o prato. Apesar das entradas não serem um ponto alto nos menus, ser-lheá sempre servido um bolo do caco quentinho com manteiga de alho. Esta espécie de pão encontra-se com muita facilidade em festas e feiras. Para início de refeição, os madeirenses também costumam pedir lapas grelhadas. Servidas com bastante alho e sumo de limão espremido na hora, esta especialidade vem numa grelha ainda quente, acabada de sair do lume. Para aqueles que não dispensam uma sopinha quentinha, aconselhamos a deliciosa sopa de tomate e cebola servida com um ovo escalfado. Também muito popular entre os locais é a açorda feita com pão, alho, ovo escalfado, segurelha e azeite - tudo ‘regado’ com água bem quente. O odor desta açorda, que o deixa quentinho nos dias mais frios, é fantástico!

Os amantes de carne encontram na ilha uma grande variedade de pratos de carne, dos quais se destacam a tradicional espetada, a carne de vinho e alhos, o picado e muitos pratos de carne grelhada. A espetada consiste em pedaços de carne de vaca cortados grosseiramente e temperados com alho, sal e louro. A carne é depois grelhada em pau de louro sobre carvão bem Trabalho realizado por ANA SANTOS

5

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

quente. Também muito apreciada, especialmente por altura do Natal, é a carne de vinho e alhos, um prato composto por carne de porco que é deixada a marinar, pelo menos durante um dia, numa mistura de alho, vinagre de vinho e louro. Por fim, é cozinhada com essa mesma marinada. O picado é servido em doses de tamanhos diferentes, geralmente de acordo com o número de pessoas que vai comer. Feito com pequenos cubos de carne de vaca fritos com alho e pimento, é tradicionalmente servido numa travessa rodeado de batatas fritas. Toda a gente pica da mesma travessa com um garfo ou um palito – é um prato de fácil preparação ideal para reuniões familiares ou de amigos. O milho frito – deliciosos cubos de milho fritos – é uma das alternativas preferidas para acompanhar pratos de carne. No que concerne aos vegetais, encontra na dieta local aquilo que é tradicionalmente cultivado na Madeira, tal como cenouras, feijão verde, abobrinha, pimpinela, ervilhas e batata-doce. As saladas são normalmente compostas por alface, tomate, cenoura ralada e cebola. O peixe é desde sempre um dos principais intervenientes nas escolhas diárias dos madeirenses, facto que se prende com a existência de uma forte tradição piscatória. Atum, espada, bacalhau, gaiado e pota são os que aparecem com mais frequência à mesa dos que cá vivem. O atum é tradicionalmente preparado numa marinada de azeite, alho, sal e oregãos, onde vai a fritar, e é servido com milho cozido. O milho cozido é também o prato que acompanha a espada de cebolada, peixe que é localmente preparado de variadíssimas maneiras. O bacalhau é outro dos peixes que mais variedade de preparação tem. Desde o delicioso bacalhau com natas, ao bacalhau à Braz, bacalhau à Gomes de Sá ou ao bacalhau simplesmente grelhado, haverá sempre uma ocasião em que o bacalhau não poderá ser dispensado! Um pouco por toda a ilha, em todos os cafés, bares e restaurantes encontrará uma grande variedade de bolos, doces e sobremesas. A Trabalho realizado por ANA SANTOS

6

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

lista é extensiva, mas o mais apreciado pelos locais são as queijadas, uns bolos feitos de requeijão, ovos e açúcar. O bolo de mel é também muito típico e é o mais antigo na doçaria madeirense, tendo surgido nos tempos áureos de produção de açúcar. As estrelas da doçaria madeirense são o magnífico pudim de maracujá e todo o tipo de frutas, frequentemente misturadas em deliciosas saladas de fruta servidas um pouco por toda a parte. As bebidas também têm o seu lugar no pódium das especialidades da Madeira. Para além do mundialmente famoso vinho Madeira, a população local produz o seu próprio vinho a partir de diferentes tipos de uva – o chamado vinho seco. Nos bares situados em Câmara de Lobos e nas redondezas experimente a ‘nikita’, uma bebida doce e refrescante feita com cerveja, sumo de ananás, gelado e pedacinhos de ananás, para a qual também existe uma versão sem álcool. Mas se há coisa que pode encontrar em toda a ilha (e é mesmo em toda a ilha!) é a tradicional poncha. Se gostar de a provar e se desejar partilhar essa experiência com os seus amigos em casa, aqui fica a receita! Poncha Tradicional da Madeira Ingredientes: Limão, água ardente de cana, mel, sumo de laranja. Instruções de Preparo: Esprema os limões e deite o sumo do limão num recipiente juntamente com o mel. Mexa muito bem (de preferência com o pau tradicional). Junte mais aguardente de cana e volte a mexer. Volte a adicionar aguardente de cana e o sumo de laranja. Mexa tudo muito bem.

Ilhas dos Amores O arquipélago da Madeira é sinónimo de primor e sofisticação, lugar ideal para um roteiro repleto de romance. No Funchal, deixe-se encantar pelo colorido do Mercado dos Trabalho realizado por ANA SANTOS

7

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

Lavradores, onde flores, legumes e os trajes típicos das vendedeiras combinam um mosaico cheio de vida. A poucos passos de distância, suba ao Monte no teleférico para, a dois, olhar a baía pintada de iates bailando ao largo. Já no cimo, continue o passeio tranquilo pelo soberbo Jardim Tropical Monte Palace. Em pleno Parque Natural da Madeira, em Ribeiro Frio, é tempo de fazer uma pausa e almoçar em boa companhia, circundados pela exuberante paisagem da floresta laurissilva, que os descobridores da ilha aqui encontraram há mais de cinco séculos. Antes ou depois, suba ao Pico do Areeiro. No terceiro ponto mais alto da ilha, a 1818m de altitude, namore acima das nuvens com uma vista admirável, mesmo no coração da Madeira. Regresse ao Funchal para uma nova panorâmica, desta vez numa volta de helicóptero. Ou para ver como o sol pinta a Madeira de vários tons de laranja num passeio de barco ao entardecer. Durma numa antiga quinta de veraneio adaptada ao turismo, o ambiente certo para viver uma grande paixão. Para o segundo dia, um mini-cruzeiro ao Porto Santo é a melhor sugestão para um momento especial. Neste refúgio atlântico, caminhe pela praia de areias douradas e descubra o carácter único da ilha. Aproveite o paraíso de calma e paz para passar uma manhã perto do céu ao experimentar um programa de relaxamento na Clínica de Talassoterapia.

Na Calheta, a vista sobre a praia é um excelente cenário para almoçar e brindar aos bons momentos que viveram juntos. Continue a descoberta de Porto Santo, indo até ao extremo oeste desta pequena ilha e subindo ao Miradouro das Flores. Finalize estes dias de sonho com outra perspectiva da Madeira, flutuando ao longe como um jardim em pleno mar. Trabalho realizado por ANA SANTOS

8

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

Uma actividade de índole religioso e popular que ganha mais força nos meses de Verão em todas as freguesias da Madeira Quem visitar a Madeira nos meses de Verão com certeza que vai ter muito por onde escolher se desejar conhecer a verdadeira realidade das tradições desta Região, que se manifestam de uma forma muito especial nos arraiais realizados em todas as paróquias. Uns com mais impacto que outros, mas todos com um duplo significado: louvar o orago ou o Santíssimo Sacramento e proporcionar momentos de animação. Se bem que actualmente os arraiais madeirenses já não tenham o fulgor doutros tempos, alguns deles ainda contêm os ingredientes necessários para momentos bem passados em especial para os que gostam de ambientes populares. A origem destas celebrações está associada a uma lenda ou então remonta aos primeiros colonizadores que trouxeram para o Arquipélago da Madeira santos de devoção, os quais se tornaram naturalmente nos santos protectores de uma determinada localidade.

Para quem não gosta de mar, a Madeira também tem as suas diversões. Nada como uma descida nos cestos ambulantes do Monte para acelerar o ritmo cardíaco.

Trabalho realizado por ANA SANTOS

9

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

Quem gosta de conhecer as origens da ilha, a visita às grutas de São Vicente é obrigatória, não só porque podem visitar grutas interessantes, como poderão ver como é que a Madeira surgiu no mapa. A visita inclui para além das grutas em si, um documentário sobre a formação da ilha e um filme em 3D desde o interior da terra até à Madeira.

As piscinas naturais de Porto Moniz, é um espectáculo de formação vulcânica capaz de tirar o fôlego a qualquer um.

A VISITAR Madeira Story Centre Centro de Vulcanologia e Grutas São Vicente Promenade do Lido Jardim e parques Áreas Protegidas e Reservas Naturais Núcleos Históricos do Funchal Museus Engenhos de açúcar Trabalho realizado por ANA SANTOS

10

Técnicas de Acção Educativa 06- Sertã EFA

Praias e Piscinas Igrejas da Madeira Mercados típicos Fajã dos Padres Praia Formosa Porto Santo

Trabalho realizado por ANA SANTOS

11

Related Documents

A Ilha Da Madeira[1]
June 2020 11
A Ilha
November 2019 16
Ilha Da Madeira
November 2019 41
20091031-madeira1
May 2020 3

More Documents from ""

A Ilha Da Madeira[1]
June 2020 11
Rede08032019181906.pdf
November 2019 8
June 2020 3
Edital Verticalizado.docx
December 2019 8