A Igreja De Jesus 2009

  • June 2020
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  • Words: 7,448
  • Pages: 16
Introdução O que é igreja? A palavra grega para “igreja”, ekklesia, vem de uma combinação de duas palavras, ek, que significa “fora” e kalein, que significa “chamar”. Ekklesia, portanto, significa “chamado para fora”. Podia ser usada por muitos grupos diferentes, em círculos religiosos, sociais ou até políticos. No primeiro século, a expressão simplesmente se referia a qualquer grupo especialmente designado para algum propósito, religioso ou não. Jesus pegou uma palavra normal da língua grega e deu-lhe um significado religioso especial, que perduraria por todos os tempos. Originalmente, ekklesia tinha um significado meramente secular. Um uso comum referia-se aos conselhos da cidade ou vila. Os líderes eram pessoas “chamadas para fora” que tratavam de questões gerais concernentes às suas comunidades. Um outro uso secular de ekklesia designava uma assembléia — qualquer tipo de assembléia. Quando uma assembléia era chamada por algum motivo, a palavra ekklesia podia ser usada referindo-se às pessoas chamadas como um grupo ou corpo. Esse uso aparece três vezes na ocasião do tumulto em Éfeso, quando a multidão reuniu-se numa prolongada confusão, incitada por Demétrio, contra Paulo “Querendo Paulo apresentar-se ao povo, os discípulos não lho permitiram. Também alguns dos asiarcas, sendo amigos dele, mandaram rogar-lhe que não se arriscasse a ir ao teatro. Uns, pois, gritavam de um modo, outros de outro; porque a assembléia estava em confusão, e a maior parte deles nem sabia por que causa se tinham ajuntado. Então tiraram dentre a turba a Alexandre, a quem os judeus impeliram para frente; e Alexandre, acenando com a mão, queriam apresentar uma defesa ao povo. Mas quando perceberam que ele era judeu, todos a uma voz gritaram por quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios! Havendo o escrivão conseguido apaziguar a turba, disse: Varões efésios, que homem há que não saiba que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da imagem que caiu de Júpiter? Ora, visto que estas coisas não podem ser contestadas, convém que vos aquieteis e nada façais precipitadamente. Porque estes homens que aqui trouxestes, nem são sacrílegos nem blasfemadores da nossa deusa. Todavia, se Demétrio e os artífices que estão com ele têm alguma queixa contra alguém, os tribunais estão abertos e há pro cônsules: que se acusem uns aos outros. E se demandais alguma outra coisa, averiguar-se-á em legítima assembléia. Pois até corremos perigo de sermos acusados de sedição pelos acontecimentos de hoje, não havendo motivo algum com que possamos justificar este ajuntamento. E, tendo dito isto, despediu a assembléia”. Atos 19:30-41. O escrivão da cidade dissolveu “a assembléia”, ou ekklesia — uma palavra usada aqui com referência apenas àquela assembléia em particular, naquela ocasião.

Ekklesia é usado no Novo Testamento para descrever qualquer assembléia particular dos santos de Deus, em qualquer congregação local (Atos 14:27; 1 Coríntios 11:18; 14:23, 28, 33). Paulo corrigiu algumas práticas abusivas que estavam sendo utilizadas nas assembléias locais da congregação em Corinto. Particularmente, no capítulo 14, Paulo corrigiu o mau uso dos dons miraculosos nas assembléias públicas. Várias vezes, ele usou a palavra ekklesia significando a assembléia dos santos em Corinto para adorar ao Senhor. Eles se reuniam, conduziam à adoração e depois se dispersavam para suas próprias casas. Quando se reuniam dessa forma, era comum se chamarem de “a igreja” ou ekklesia, especificamente nessa ocasião. A palavra ekklesia também se refere a um grupo local, uma congregação que começou numa localidade por meio da pregação do evangelho. Em todo lugar onde o evangelho era pregado e as pessoas o aceitavam, uma igreja era estabelecida. Esse é um uso comum da palavra no Novo Testamento. Não eram denominações diferentes, como tantos grupos religiosos utilizam à palavra “igreja” hoje em dia, pelo contrário, eram congregações da mesma igreja mundial, a única igreja que é mencionada no Novo Testamento. Nenhuma das denominações atuais é mencionada no Novo Testamento. Também a palavra não foi criada para “caixotes de concreto”, pelo contrário, a ekklesia era leve e livre. “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide (lit., indo), fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. Mateus 28:18-20. Existe uma outra pergunta a ser feita: Quando começou a Igreja? Geralmente se fala do dia de Pentecoste, que pela primeira vez, constituiu os crentes um corpo espiritual na presença íntima do Espírito Santo. Mas em certo sentido começou realmente a Igreja cristã, quando dois dos discípulos de João Batista, ouvindo falar o seu mestre do Cordeiro de Deus, se uniram a Jesus, “Aqueles dois discípulos ouviramno dizer isto, e seguiram a Jesus”. João 1:37. Uma estrita exatidão nos levará a evitar a expressão “Igreja de Cristo”; porquanto o singular nunca é usado. Usa-se o plural desta maneira – “Igrejas de Cristo”. É, também, muito importante ter em vista a idéia da Igreja Universal como primitivamente espiritual, sendo mais um organismo do que uma organização. É esta idéia espiritual da Igreja a que predomina na epístola aos Efésios, e por ela devíamos ser orientados a respeito da igreja local, da universal, e do ministério. A verdadeira doutrina da Igreja pode resumir-se nas bem conhecidas palavras: “Onde está Cristo, ali está a Sua Igreja”. E se nos perguntarem: “Onde está Cristo?” a resposta deve ser: “Cristo está onde opera o Espírito Santo, porque é somente esta força divina que realmente apresenta Cristo aos homens”. E se ainda formos interrogados de outra maneira: “Onde está o Espírito Santo?” a resposta é óbvia: “O Espírito Santo se mostra pela Sua graça e poder nas vidas das pessoas”. Isso é Igreja. Não devemos colocar a Igreja entre o pecador e o Salvador, precisamos sempre exaltar a Cristo para que a Igreja tenha seu lugar bem definido. Fraternidade, evangelização, edificação e adoração ao Senhor. Não podemos perder de vista a missão da Igreja, “para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor” Efésios 3:10-11.

Um Alicerce “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus”. Mateus 16:18-19. Aqui há uma promessa poderosa, a promessa da autoridade dada por Jesus aos seus servos. Autoridade para ligar e desligar. Essa promessa não foi dada apenas para Pedro mais também para a Igreja. Atente para algo muito importante, “... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...”. Note que existe um “detalhe” antes de obter autoridade. Quando Jesus usa o pronome “Esta”, Ele se refere a si mesmo (o emissor, quem fala, EU-NÓS), para se referir a Pedro, Jesus deveria usar o pronome “Essa” (o receptor, com quem se fala, TU-VÓS-VOCÊ(s)). Jesus edifica sua Igreja sobre si mesmo e não Pedro. Outro fator que reforça essa afirmação é recorrermos ao original, “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei (de mim) a igreja, e as portas do inferno não terão força contra ela”. O “de mim” deixa claro que é a partir de Jesus que a Igreja é edificada. Se olharmos para a construção civil, vamos perceber que as construções são edificadas a partir de um alicerce. Se o alicerce for firme, a construção será firme, do contrário, a construção trinca, e cai. Assim é a Igreja, se o alicerce não for Jesus, mais cedo ou mais tarde essa Igreja vai ruir. Muitas igrejas estão sendo construídas sobre alicerces fracos e falsos como tradições “nós sempre fizemos assim”, personalidades “o que o nosso fundador quer ou o que o nosso líder falar”, finanças “Quanto isso vai custar”, programas “preenchimento de cargos são importantes”, construções “formamos nossos prédios e depois os prédios nos formam”, eventos “o número de pessoas que freqüenta nossas programações é que importa”, novos convertidos “precisamos colocar fulano para trabalhar logo, se não ele vai se desviar”. O verdadeiro alicerce é Jesus, só assim se construirá uma Igreja forte e bem ajustada. Planejamentos, programas e personalidades não duram, mas o propósito de Deus sempre prevalecerá. Com isso não quero dizer que a Igreja não tenha organização, não é isso. Só estou dizendo que a organização da Igreja deve ser sobre o fundamento sólido que é Jesus. Esse é o propósito de Deus, uma igreja que entende esse propósito é uma bomba para o inferno! Se a força motivadora que move a Igreja não for a Bíblia, a saúde e o crescimento dessa Igreja nunca será o que Deus deseja. “Muitos são os planos no coração do homem; mas o desígnio do Senhor, esse prevalecerá”. Provérbios 19:21. Temos que entender que a Igreja não nasceu para produzir lucro, “e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de alparcas, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento”. Mateus 10:7-10.

Nem tão pouco desenvolver programas ao invés de desenvolver o povo, “Ora, chegou a Éfeso certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão as coisas concernentes a Jesus, conhecendo, entretanto somente o batismo de João”. Atos 18:24-25. Muitos perdem a visão da verdadeira igreja, e desviam fundos que são necessários para operar ministérios, para pagar intermináveis prestações gastas em tijolo ou cimento fazendo o verdadeiro ministério da Igreja sofrer. “Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito”. Efésios 2:19-22. Devemos também nos preocupar quando eventos substituem os ministérios como principal atividade na Igreja, “desejai como meninos recém-nascidos, o puro leite espiritual, a fim de por ele crescerdes para a salvação, se é que já provastes que o Senhor é bom; e, chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa, vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo”. I Pedro 2:2-5. Sabemos que o principal papel nosso como Igreja é atrair o ímpio. Isso não significa que temos que colocá-lo em responsabilidades que ainda não lhe convém. É nosso dever adaptar o estilo de comunicação à nossa cultura, sem é claro adotar seus princípios e elementos pecaminosos e nos rendermos a eles, “Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” I Coríntios 9:22; “Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. Não neófito(novo convertido), para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo” I Timóteo 3:1,6. “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre” I João 2:15-17. Para que a Igreja cresça de maneira correta, ela precisa estar alicerçada em Jesus (na Palavra) “E o Verbo se fez carne, e habitou (Tabernaculou) entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai” João 1:14. E de acordo com o propósito de Deus. Você com certeza está se perguntando: Qual é o propósito de Deus? Vamos lá então.

O Propósito de Deus Para A Igreja “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amará ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” Mateus 22:36-40. “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” Mateus 28:18-20. O Propósito de Deus para a Igreja pode ser dividido em cinco pontos principais:

Amarás ao Senhor – A Igreja existe para adorar a Deus. Adoração é o primeiro ponto do propósito de Deus para sua Igreja. “Mas a hora vem, e agora é em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” João 4:23. Adoração é muito mais que cantar tocar músicas ou bater palmas. Adorar não é uma liturgia, “Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder! Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza! Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com saltério e com harpa! Louvai-o com adufe e com danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flauta! Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes! Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!”Salmo 150. Voltaremos nesse assunto mais tarde.

Amarás ao teu próximo como a ti mesmo – Cada vez que você se doa por alguém em amor, está ministrando sobre a vida desta pessoa. Este é o segundo ponto do propósito de Deus. Ministério, “Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” Marcos 10: 43-45. O ministério é fundamental para o crescimento e aperfeiçoamento da Igreja, “tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguem à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” Efésios 4:12-13. Perdemos muito tempo em reuniões ou atividades que nada tem a ver com ministério. Precisamos ter um ministério forte, do contrário a Igreja ficará deficiente no que diz respeito ao aperfeiçoamento e edificação dos santos. Quando você aceita Jesus Cristo, não foi para ter um carro melhor ou uma casa maior, você aceita Jesus para adorar a Deus e para servir seu próximo. Portanto, esses

pontos devem estar bem vivos na sua mente, adoração e ministério. “Que os homens nos considerem, pois, como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel” I Coríntios 4:1-2; “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei presentes, e vinde perante ele; adorai ao Senhor vestidos de trajes santos” I Crônicas 16:29.

Ir e fazer discípulos – Fica bem claro o propósito de Deus para sua Igreja. Ide (Indo no original) refere-se ao evangelismo, veja que não é ir a algum lugar e sim indo pelos lugares, esse é o terceiro ponto do propósito de Deus. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e serão testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra” Atos 1:8; “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” Marcos 16:15. Muitos colocam o evangelismo como um dom ou até mesmo como um ministério de alguns. Observe que o evangelismo é uma ordenança a todos que aceitam o Senhor Jesus, “Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” João 20:21; “e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” Lucas 24:47-49. O evangelismo não é apenas uma responsabilidade nossa, mais um privilégio dado por Deus no qual nós participamos efetivamente do resgate de almas. “A saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho; do qual fui feito ministro, segundo o dom da graça de Deus, que me foi dada conforme a operação do seu poder” Efésios 3:6-7. Nosso terceiro ponto do propósito de Deus é o evangelismo.

Batizando-os – Muitos caracterizam o batismo como um símbolo de salvação, um símbolo que diz que o individuo se converteu, mudou de direção. De fato o é. Mais não somente isso, o batismo também representa a comunhão dos santos em Cristo Jesus. No original, o texto da grande comissão tem três verbos no gerúndio: indo, batizando e ensinando. Se você quer fazer verdadeiros discípulos, então terá que investir nisso sobre a vida deles. Você pode estar se perguntando o porquê do batismo. Quando Jesus incluiu o batismo, Ele estava querendo mostrar que o verdadeiro discípulo precisa ter identificação e comunhão com o corpo de Cristo. O batismo simboliza essas duas coisas na vida do discípulo de Jesus, representando o quarto ponto do propósito de Deus que é a comunhão. Batismo não é somente um símbolo de salvação, é também um símbolo de comunhão. A Igreja existe para proporcionar comunhão aos santos. Jesus aqui nos chama a participar e não somente acreditar. A comunhão é fundamental para o aperfeiçoamento dos santos, “e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando o nosso ajuntamento solene, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” Hebreus 10:24-25. É muito comum hoje em dia o freqüentar igreja. As pessoas fogem da responsabilidade de participar. O batismo é um símbolo dessa responsabilidade que o homem ou a mulher que aceita Jesus tem de assumir.

Ensinando-os – Particularmente, esse ponto é fundamental para uma igreja crescer forte e sólida. Aqui está o quinto ponto do propósito de Deus para sua Igreja, o discipulado. Educar e edificar a pessoa afim de que se torne povo de Deus. “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo” Atos 5:42; temos em mente que precisamos fazer discípulos fortes na Palavra de Deus. Isso precisa estar claro, “Agora me regozijo no meio dos meus sofrimentos por vós, e cumpro na minha carne o que resta das aflições de Cristo, por amor do seu corpo, que é a igreja; da qual eu fui constituído ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, a fim de cumprir a palavra de Deus, o mistério que esteve oculto dos séculos, e das gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória; o qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” Colossenses 1:24-28. O discipulado é algo que Deus requer de cada um de nós. A Igreja só é Igreja quando tem um discipulado forte, “E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações” Colossenses 3:15-16. Recapitulando, o propósito de Deus para sua Igreja está descrito em cinco pontos que se completam entre si. São eles: ADORAÇÃO, MINISTÉRIO, EVANGELISMO, COMUNHÃO e DISCIPULADO. Primeiramente, uma verdadeira Igreja precisa estar alicerçada em Jesus (Palavra) e de acordo com o propósito de Deus. Não esquecendo que o propósito de Deus para sua Igreja é: ADORAÇÃO, MINISTÉRIO, EVANGELISMO, COMUNHÃO e DISCIPULADO. Vamos agora, de forma prática responder a duas perguntas baseadas no que estudamos anteriormente. São elas: O que é Igreja? E para que serve a Igreja? Está preparado? Se você quer se tornar uma igreja de verdade não pare a leitura agora. Vamos lá!

O Que é Igreja? Diante de tantas aberrações que vimos se intitular igreja, é normal encontrarmos pessoas confusas em relação ao que é verdadeiramente uma igreja, ou para que serve a mesma. Como já foi dito na introdução, a palavra equivalente a igreja no original em grego Ekklesia, é a junção de duas palavras, Ek=fora e Kalein=chamar. Ou seja, a igreja do Senhor Jesus é um organismo vivo que se movimenta e não uma instituição estática, como já disse anteriormente. Estude o livro de Atos e você vai perceber que os apóstolos não esperavam que as pessoas viessem até eles e sim eles iam às pessoas. Eles entendiam que foram chamados para ir ao encontro das pessoas, Ekklesia. A Igreja sendo um organismo vivo age como um corpo, porém, não um corpo qualquer e sim o corpo de Cristo “e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas” Efésios 1:22-23. A Igreja é o corpo de Cristo aqui na terra, esse corpo tem a autoridade de Jesus, responsabilidades e funções específicas, “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um. Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria” Romanos 12:1-8. Deus designou funções para sua Igreja, uma organização distinta com o intuito do crescimento do corpo e não de opressão de líderes sobre liderados, “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor” Efésios 4:11-16. Esse organismo é formado por pessoas com um propósito, o propósito de anunciar as maravilhas do Reino de Deus, “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, e agora a tendes

alcançado” I Pedro 2:9-10. A Igreja não é desse mundo, ela apenas está aqui para atrair mais pessoas para o reino de Deus. Quando estamos inseridos no corpo de Cristo que é sua Igreja, somos sacerdotes, embaixadores “pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus”. Ora sabemos que quando o embaixador está em determinada nação ele esta ali para representar sua própria nação. Assim somos nós, não pertencemos mais a esse mundo, só estamos aqui para representar o reino do qual fazemos parte. A Igreja é a embaixada do reino de Deus nesse mundo. Que venham os exilados espirituais deste mundo! Outro ponto muito importante o qual temos que entender, é a capacitação da igreja gerada pelo Espírito Santo. Ela não é formada de qualquer maneira, uma tarefa aparentemente simples que seja, precisa estar direcionada pelo Espírito Santo, “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos à palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia, e os apresentaram perante os apóstolos; estes, tendo orado, lhes impuseram as mãos. E divulgava-se a palavra de Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos discípulos em Jerusalém e muitos sacerdotes obedeciam à fé” Atos 6:1-7. Podemos dizer que a Igreja é um organismo vivo e é parte com Jesus. Também que não pertence a este mundo e que é acima de tudo dirigida pelo Espírito Santo de Deus. Já sabemos o que é, mas para que serve?

Para Que Serve a Igreja? É claro que Deus não institui a igreja do Senhor Jesus por nada, você não acha? A Igreja serve para exercer o propósito de Deus aqui na terra. Você lembra qual é o propósito de Deus? Vamos lembrar dos pontos do propósito então, são eles: ADORAÇÃO, MINISTÉRIO, EVANGELISMO, COMUNHÃO e DISCIPULADO. Vimos também que esse propósito está embutido no principal mandamento e na grande comissão, “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amará ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” Mateus 22:36-40; “E, aproximandose Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” Mateus 28:18-20. Para entender melhor qual a função da Igreja, vamos dividir o propósito de Deus em três partes: Atrair as pessoas. Edificá-las e enviá-las. Dentro dessas três coisas está o propósito de Deus. ADORAÇÃO, MINISTÉRIO, EVANGELISMO, COMUNHÃO e DISCIPULADO. Como atrair as pessoas? Muitos entendem que para atrair pessoas precisamos baixar o nível de santidade ou “bolarmos” fantásticos esquemas para que as pessoas queiram vir para Jesus. Com toda certeza só existem duas coisas que atraem as pessoas. O amor e a presença de Deus. “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para lhes dar de comer” Oséias 11:4; “E todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo, e a glória do Senhor sobre a casa, prostraram-se com o rosto em terra sobre o pavimento, adoraram ao Senhor e lhe deram graças, dizendo: Porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre” 2 Crônicas 7:3. E a presença de Deus só virá com a genuína ADORAÇÃO, “Mas a hora vem, e agora é em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” João 4:23. O que seria adorar em espírito e em verdade? O primeiro passo é tornar-se nova criatura, uma pessoa diferente, deixando as coisas que o afastavam de Deus, “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Coríntios 5:17. Sendo diferentes andamos na luz e assim temos comunhão com Deus adorando-o em espírito e em verdade, “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado” I João 1:5-7. ADORAÇÃO gera presença de Deus, presença de Deus gera amor. Assim vamos conseguir atrair as pessoas. Indo (EVANGELISMO) ATÉ ELAS CHEIO DA PRESENÇA E AMOR DE DEUS. Para completar esse atrair precisamos ir dispostos a servir (MINISTÉRIO), “Ora nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas

dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo, visando o que é bom para edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo, mas como está escrito: Sobre mim caíram às injúrias dos que te injuriavam. Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação proveniente das Escrituras, tenhamos esperança. Ora, o Deus de constância e de consolação vos dê o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que unânimes, e a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus” Romanos 15:1-7. Ao entregar sua vida para Jesus você não está apenas adquirindo a salvação, mas está se comprometendo a ministrar em nome de Jesus para edificar outras pessoas. Essa é a missão que Deus quer de mim e de você. Não adianta adorar, se você não está disposto a se tornar um ministro, a presença de Deus nunca vai se aproximar de você se não for para capacitá-lo para o ministério. “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo” Tiago 1:27. Ministrar não significa apenas assistir as pessoas na parte espiritual, mas é fundamental que a igreja de Jesus opere a libertação total do indivíduo, esse é nosso papel como ministros do Senhor. O serviço solidário ao oprimido significa um ato de amor, essa é a liturgia que agrada ao Senhor, “Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de fazê-lo a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna” Mateus 25:31-46. Capacitar o oprimido a ter consciência de seus direitos, de organizar e transformar sua situação. O cristianismo verdadeiro gera transformação espiritual, material e social. Libertação total. É isso que precisamos ministrar na vida das pessoas. “Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” João 8:31-32. Libertação em todos os sentidos. Precisamos ter uma

relação pessoal com as pessoas e suas dificuldades se quisermos ministrar de fato e de verdade. Pensamos que ministrar é colocar a mão na cabeça ou falar palavras de consolo, tem faltado em nós uma fé melhor e mais profunda numa libertação realmente efetiva e completa, que gere uma prática eficaz de uma imagem da dignidade do homem. Gerar isso é o papel do verdadeiro ministro, isso é ministrar na vida das pessoas. Assim elas serão atraídas a Palavra libertadora do evangelho e atrairão mais pessoas. “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” João 15:13-14. Trazer as pessoas é nossa primeira responsabilidade, a primeira e não a única. Uma vez atraídas, precisarão ser edificadas. O primeiro ponto da edificação é a COMUNHÃO. As pessoas precisam perceber e entender que estão inseridas em um corpo, não um corpo qualquer, mas o corpo de Cristo. É nosso dever, uma vez que elas foram atraídas, colocá-las em COMUNHÃO total com o corpo. Inseri-las de fato e de verdade. É comum hoje em dia, uma pessoa passar a fazer parte de uma “igreja” e nem mesmo saber para ou porque disso. Pior, muita das vezes seu “pastor” não sabe nem seu nome. Por causa disso muitos estão nas “igrejas” se perguntando: - o que estou fazendo aqui e por que razão estou aqui? Precisamos cultivar uma comunhão verdadeira. Existe uma comunidade a sua volta que precisa ser inserida de verdade no Corpo de Cristo. Essa comunidade só vai virar congregação quando praticarmos uma comunhão genuína, “De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos” Atos 2:41-43. Perceba que a comunhão verdadeira gerou prodígios e sinais. Uma comunhão verdadeira não está no fato de nos reunirmos para exercitarmos liturgias, mais sim perceber as necessidades um do outro, ser de verdade irmão. Essa comunhão verdadeira gera o perdão, “mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado” 1 João 1:7. É nosso dever edificar o Corpo, as pessoas estão sedentas por edificação verdadeira. A verdadeira edificação nunca vai ocorrer na vida de uma pessoa se antes não ocorrer uma comunhão verdadeira. “Assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros” Romanos 12:5; “Pois nós, embora muitos, somos um só pão, um só corpo; porque todos participamos de um mesmo pão” 1 Coríntios 10:17; “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” Gálatas 3:28. Uma vez gerada essa comunhão, a pessoa é edificada no corpo de Cristo. Quando a pessoa é edificada, ela torna-se uma pessoa solidária, comprometida e livre. Solidária com as outras pessoas, comprometida com a causa de Cristo e livre de todas as mazelas que a prendiam. Para isso ela precisa também ser discipulada. Nosso terceiro ponto é o enviar. Para a pessoa ser enviada ela precisa ser discipulada. Quando uma pessoa encontra solidariedade na Igreja, automaticamente ela está sendo discipulada a ser solidária. Se compadecer e ir ao encontro do caído para junto dele e com ele se levantar. Entender que alguém entrou numa luta por ela e que ela precisa fazer à mesma coisa. Não há libertação que não seja também sua luta. Se

identificar com a luta, suas conseqüências que muita das vezes é pesada, mais necessária, “Pois, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos para ganhar o maior número possível: Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse eu debaixo da lei (embora debaixo da lei não esteja), para ganhar os que estão debaixo da lei; para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. Ora, tudo faço por causa do evangelho, para dele tornar-me co-participante” 1 Coríntios 9:19-23. Ser discipulada a se tornar uma pessoa com voz profética e com sua lucidez crítica denuncia os mecanismos criadores de opressão, detecta os interesses escusos que se escondem por detrás dos projetos dos grupos dominantes, anuncia por palavras e práticas o ideal de uma sociedade de irmãos e de iguais e não negocia jamais com o pecado abandonando a verdade. O enviado precisa ser um profeta que denuncia o pecado e o engano, “Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino; prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas(mitos). Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista,(desempenha totalmente a tua ministração) cumpre(plenamente) o teu ministério” 2 Timóteo 4:1-5. Ser discipulado a ser um agente transformador, comprometido a se deixar ser usado para transformar a realidade. O indivíduo só vai se deixar usar quando for verdadeiramente livre. Livre dos esquemas e das ilusões impostas pelo sistema a fim de ser livre para criar junto com os outros as formas mais adequadas de vida, de trabalho, de ser cristão; esforçar-se por ser livre de si mesmo de modo a ser mais livre e disponível para os outros e disposto até morrer em testemunho da justiça do Reino de Deus “Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação(oferecer em sacrifício,derramado no altar), e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” 2 Timóteo 4:6-8; que se fundamenta na nobre luta dos oprimidos, “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,e para proclamar o ano aceitável do Senhor” Lucas 4:18-19. Para isso Jesus Cristo edificou a igreja. Você é chamado para, como igreja, ser um adorador, ministro, evangelista, ter comunhão e ser um discipulador. Para esse fim serve a igreja que é você mesmo. Entendeu? Não fuja de sua responsabilidade.

Neste momento eu te convido a olhar para você. Se você ainda não se decidiu por Jesus, saiba que se decidir agora, essas são as características que deve buscar. Você não se decide por Jesus para ter um “nível social” melhor, ou uma vida cheia de “bens materiais e que se dane as outras pessoas” não, você se decide por Jesus

para fazer parte de um reino totalmente diferente desse da terra. (João 18:36) -

Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. Talvez você tenha olhado para um evangelho barato que estão vendendo por aí, mas eu te digo que o verdadeiro Evangelho faz diferença na vida do homem e mulher que anseia por isso. Se você deseja isso para sua vida, procure alguém que possa te ajudar a alcançar esse objetivo. Se não conhece ninguém, estou aqui a sua disposição. Se você já conhece a Cristo ou até mesmo faz parte de uma “igreja”, te convido a também olhar para sua própria vida e perguntar a si mesmo se está vivendo os propósitos de Deus. Quem não faz o propósito de Deus, tenta realizar além do que deve, e isso causa estresse e fadiga, gerando conflitos. É impossível fazer tudo o que as pessoas querem que você faça. Seu tempo só é suficiente para fazer a vontade de Deus. Se não consegue realiza-la por completo, significa que está tentando fazer mais do que Deus pretendia que fizesse ou que, possivelmente, está perdendo tempo com algo que não deveria. Se você continuar a fugir do propósito de Deus para sua vida, continuará a alterar rumos, empregos, relacionamentos, igrejas e outras coisas externas, na esperança de que cada mudança acabe com a confusão ou preencha o vazio em seu interior. Eu te garanto que não há nada tão potente como uma vida direcionada para os propósitos de Deus. Se quiser que sua vida tenha impacto, focalize-a no propósito de Deus. Deixe de ser inconstante. Pare de tentar fazer de tudo. Faça menos, mas faça bem e de acordo com o propósito de Deus. Lembre-se sempre, mais importa o que Deus diz de você do que os outros pensam ou dizem de você. Tenho certeza de que independente de sua resposta, você vai se tornar uma pessoa diferente a partir de hoje. Procure seu pastor. Qualquer duvida ou dificuldade, estou aqui a sua disposição, que Deus te abençoe. Espero que essas linhas tenham sido úteis para você. Apesar de ter sido o canal, elas foram importantíssimas para minha vida.

“Seu relacionamento com Deus na terra determinará seu relacionamento com Deus na eternidade.” Rick Warren (teólogo)

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