9847032 Programa Geografia Cursos Pro Fission A Is Componente De Formacao Cientifica

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CURSOS PROFISSIONAIS DE N�VEL SECUND�RIO P PPR RRO OOG GGR RRA AAM MMA AA Componente de Forma��o Cient�fica Disciplina de G GGe eeo oog ggr rra aaf ffi iia aa Direc��o-Geral de Forma��o Vocacional 2007

Programa de Geografia Cursos Profissionais Parte I OOrrgg��nniiccaa GGeerraall �ndice: P�gina 1. Caracteriza��o da Disciplina ��. ��. � 2 2. Vis�o Geral do Programa ����. �...... 2 3. Compet�ncias a Desenvolver. ���. �. 6 4. Orienta��es Metodol�gicas / Avalia��o �. 7 5. Elenco Modular ��.....������........ 10 6. Bibliografia �������. ����. �. 10

Programa de Geografia Cursos Profissionais 1. Caracteriza��o da Disciplina Num mundo marcado por transforma��es que acentuam a mutabilidade e a imprevisibilidade, cada vez se torna mais dif�cil, para cada pessoa, saber situar-se, reconhecer o que em cada momento � importante, de forma a estar preparada para valorizar a diversidade, aceitar a mudan�a e gerir de forma aut�noma a sua pr�pria realidade. Viver numa sociedade global, em constante muta��o, na qual as preocupa��es com a rela��o popula��o/ambiente aumentam, exige que o processo educativo se desenvolva tendo como objectivo �ltimo a educa��o para a cidadania. As modifica��es na tecnologia industrial e nos meios de comunica��o, bem como o aumento da mobilidade espacial, condicionam a vida das pessoas e a organiza��o do territ�rio. O progresso t�cnico trouxe riscos e amea�as para o desenvolvimento do bem-estar social. A consci�ncia das limita��es dos recursos naturais e do actual estado de degrada��o ambiental do nosso planeta p�s em evid�ncia a necessidade de compatibilizar o desenvolvimento com o equil�brio dos ecossistemas naturais. O crescente valor econ�mico e social atribu�do � qualidade do ambiente e � necessidade de preservar os recursos naturais abre caminho � converg�ncia de interesses por parte dos Estados, da sociedade e dos agentes econ�micos, no sentido de uniformizar as ac��es e as pr�ticas, garantindo a sustentabilidade do desenvolvimento. Os valores educativos de uma disciplina, qualquer que ela seja, traduzem o fundamental da sua contribui��o para a forma��o pessoal, t�cnica e cient�fica dos alunos. A Geografia, tal como as outras Ci�ncias Sociais tem como objecto de estudo a �realidade� mas, a sua originalidade adv�m do tipo de quest�es que coloca, numa vis�o que inter-relaciona os fen�menos f�sicos e humanos com o espa�o onde estes ocorrem. O conhecimento geogr�fico inclui componentes muito diversificadas -do ambiente �s quest�es econ�micas, sociais e culturais -articuladas entre si por um nexo territorial. Neste sentido, a disciplina de Geografia sublinha contrastes territoriais atribuindo-lhes dois sentidos distintos: as assimetrias que � necess�rio combater e erradicar; as diferen�as que � necess�rio preservar, potenciar e valorizar. Neste contexto, a curiosidade geogr�fica deve surgir como uma atitude de primeira grandeza que estimula novas interroga��es, que permite desenvolver novas capacidades e compet�ncias e que propicia a aquisi��o e a produ��o de conhecimentos.

A Geografia � a disciplina que se ocupa especificamente do estudo do �espa�o geogr�fico�, entendido como o resultado das interac��es dos elementos naturais e do espa�o social. Ci�ncia de encruzilhada entre as Ci�ncias Naturais e as Ci�ncias Sociais e Humanas, dada a variedade de conhecimentos que mobiliza, favorece a articula��o com saberes diferentes, concorrendo para a afirma��o de um saber integrado e coerente. Atrav�s das descobertas que promove, a educa��o geogr�fica desempenha um papel importante na prepara��o dos jovens para a vida do dia a dia, fornecendolhes uma informa��o isenta sobre o mundo actual e estimulando a consolida��o de uma atitude cr�tica, o debate de ideias e a tomada de decis�es. 2. Vis�o Geral do Programa A disciplina de Geografia insere-se na componente de forma��o cient�fica dos cursos profissionais que visam, nomeadamente, sa�das profissionais nas �reas do turismo e dos sistemas de informa��o geogr�fica, e destina-se a proporcionar aos jovens aprendizagens cient�ficas de base que correspondam �s exig�ncias de uma forma��o de n�vel secund�rio e de uma qualifica��o profissional de n�vel 3. No �mbito das sa�das profissionais visadas e porque se considera que conhecer o territ�rio portugu�s � condi��o fundamental para desenvolver nos alunos a capacidade de interven��o como cidad�o atento e interveniente, possibilitando-lhes atingir o perfil terminal definido, considerouse indispens�vel ser Portugal o objecto de estudo central.

Programa de Geografia Cursos Profissionais A estrutura organizativa dos diferentes temas pressup�e uma abordagem que tem subjacente uma perspectiva de investiga��o que contemple a inventaria��o dos recursos, a identifica��o de problemas e a reflex�o/discuss�o sobre solu��es fundamentadas, considerando ainda a potencia��o dos recursos a utilizar. Deste modo, a identifica��o dos principais problemas e das potencialidades mais relevantes deve procurar ter como horizonte de refer�ncia a melhoria do desenvolvimento do pa�s, em geral, e das v�rias regi�es, em particular. Assim, em cada um dos temas apresentados no programa, interessa analisar a import�ncia dos recursos, tanto do ponto de vista da sua valoriza��o econ�mica como da qualidade de vida das popula��es e, os contrastes regionais devem ser encarados na dupla �ptica de assimetrias a combater e de diferen�as a preservar e a valorizar. Neste contexto, considera-se importante sensibilizar os alunos para quest�es relacionadas com o ordenamento do territ�rio, proporcionando em cada tema uma abordagem que conduza a uma avalia��o da forma como a gest�o corrente dos recursos contribui ou n�o para o desenvolvimento sustent�vel e para a valoriza��o do patrim�nio territorial, a ter em conta, nomeadamente a prop�sito das motiva��es e dos desempenhos relativos a v�rios tipos de destinos tur�sticos. A estrutura interna de cada m�dulo contempla a indica��o das compet�ncias visadas bem como dos objectivos de aprendizagem e dos conte�dos, assim como situa��es de aprendizagem/avalia��o e indica��es bibliogr�ficas. Em cada m�dulo especifica-se o �mbito dos conte�dos a desenvolver e s�o discriminados conceitos que, embora de complexidade vari�vel, s�o indicados por ordem alfab�tica, por se considerar que a sua ordena��o, utilizando qualquer outro crit�rio, nomeadamente o da sequ�ncia de aprendizagem, tornaria demasiado prescritivas as sugest�es apresentadas nas situa��es de aprendizagem/avalia��o. Para dar resposta �s exig�ncias e especificidades das sa�das profissionais dos cursos profissionais que integram a disciplina de Geografia na sua componente de forma��o cient�fica, o programa desta disciplina foi concebido com elencos modulares distintos, a que correspondem cargas hor�rias totais de 200 ou de 300 horas. Assim, o elenco modular de 200 horas � constitu�do por nove m�dulos, que s�o identificados pela letra B (B1 a B9), em que os m�dulos B8 e B9 s�o de op��o, podendo ser seleccionados de acordo com a sa�da profissional visada pelo curso.

Nos cursos em que a disciplina de Geografia tem uma carga hor�ria de 300h, o elenco modular � constitu�do por onze m�dulos, incluindo, para al�m dos oito m�dulos comuns ao elenco de 200 horas (B1 a B8 ou B9), mais tr�s m�dulos, os quais s�o identificados pela letra A. Destes m�dulos, o m�dulo A1 ser� o m�dulo inicial do programa de 300 horas, o m�dulo A2 dever� ser estudado na sequ�ncia do m�dulo B2 e o m�dulo A3, dada sua especificidade, ser� o �ltimo do elenco modular. Apresenta-se, seguidamente, uma breve caracteriza��o dos m�dulos do programa, de acordo com a sequ�ncia recomendada: O M�dulo A1 � Portugal Espa�os Internos e Externos � visa o conhecimento da constitui��o do territ�rio nacional, da posi��o relativa das grandes unidades territoriais e da respectiva import�ncia, decorrente da �rea e da popula��o residente. Tem tamb�m como objectivo a compreens�o da rela��o de Portugal com v�rios espa�os econ�micos, pol�ticos e sociais, numa perspectiva de valoriza��o da cultura portuguesa. A abordagem deste tema pressup�e, ainda, que se veicule a ideia de que, quer pela ac��o dos nossos emigrantes, quer pela exist�ncia de falantes da l�ngua portuguesa, Portugal poder� desempenhar um papel importante como interface entre os pa�ses do �Norte� e os pa�ses do �Sul� e entre a U.E. e outros espa�os econ�micos. O m�dulo B1 -O Quadro Natural de Portugal � O Relevo -visa a constru��o de uma perspectiva integrada do relevo de Portugal, das suas caracter�sticas geomorfol�gicas em rela��o com os agentes internos e externos que mais condicionaram essas caracter�sticas. Esta perspectiva do relevo pressup�e, tamb�m, que se enquadre o relevo de Portugal Continental nas grandes unidades geomorfol�gicas da Pen�nsula Ib�rica e, em alguns casos, da Europa. A abordagem do relevo tem subjacente a valoriza��o econ�mica do mesmo numa perspectiva de sustentabilidade. O estudo do litoral deve privilegiar os processos morfodin�micos e as inter-rela��es com as actividades humanas, valorizando a constitui��o de uma �cultura de risco� e da sustentabilidade dos ecossistemas.

Programa de Geografia Cursos Profissionais Quanto ao relevo submarino, para al�m das recentes descobertas que lhe conferem um potencial cient�fico e econ�mico ainda pouco conhecido, �, por exemplo, ao n�vel da plataforma continental um factor condicionante de actividades como a apanha de marisco e a pesca. O m�dulo B2 -O Quadro Natural de Portugal � O Clima -centra-se no estudo do clima de Portugal, das suas caracter�sticas e das especificidades decorrentes da localiza��o do territ�rio nacional e, ainda, dos factores f�sicos que condicionam a distribui��o da temperatura e da precipita��o. O conhecimento do clima de Portugal pressup�e a sua diferencia��o relativamente aos tipos de clima mais frequentes no continente europeu e � compreens�o das vantagens e das desvantagens da� decorrentes. A abordagem do clima deve conduzir � compreens�o da diversidade de paisagens em Portugal e ao conhecimento aprofundado do ordenamento do territ�rio e deve, ainda, ter sempre subjacente a valoriza��o econ�mica do clima numa perspectiva de sustentabilidade. O m�dulo A2 � O Quadro Natural de Portugal � A Cobertura Vegetal � centra-se no estudo das caracter�sticas das forma��es vegetais predominantes em Portugal Continental e nas Regi�es Aut�nomas, associando-as quer �s condicionantes naturais como o relevo e o clima, quer � ac��o humana. A abordagem deste tema deve conduzir � compreens�o da diversidade da cobertura vegetal em Portugal e ao conhecimento dos impactos da actividade humana sobre as forma��es vegetais existentes, bem como a import�ncia do ordenamento florestal. O desenvolvimento deste tema visa tamb�m a compreens�o da import�ncia do sector florestal na economia portuguesa, tendo subjacente a sua valoriza��o econ�mica numa perspectiva de sustentabilidade. O m�dulo B3 -O Quadro Natural de Portugal � A �gua -visa a compreens�o de que a �gua, elemento fundamental da qualidade de vida e estruturante das actividades econ�micas, � um recurso escasso e mal distribu�do devido a factores de ordem clim�tica, morfol�gica e geol�gica. Portugal, pela sua posi��o geogr�fica, encontra-se nas margens da desertifica��o, facto que enfatiza a import�ncia da gest�o racional da �gua tendo como unidades de planeamento as bacias hidrogr�ficas, quer nacionais, quer internacionais, e da constitui��o de reservas estrat�gicas. A abordagem deste tema deve ser feita de uma forma sist�mica, enfatizando a import�ncia da preserva��o deste recurso, que � um bem p�blico a que todos t�m direito a ter acesso em boas condi��es de qualidade, mas, simultaneamente, o dever de a devolver ao ambiente em condi��es que permitam a sua posterior utiliza��o.

O m�dulo B4 -Portugal � A Popula��o -centra-se no estudo das caracter�sticas da popula��o portuguesa e da sua distribui��o espacial, privilegiando uma abordagem que permita a compreens�o de que, seja qual for a unidade espacial utilizada, existem assimetrias na distribui��o da popula��o. Na abordagem deste tema considera-se oportuno fazer uma curta evolu��o retrospectiva dos diferentes indicadores demogr�ficos de modo a facilitar a compreens�o das caracter�sticas actuais da popula��o portuguesa e a constru��o de uma vis�o prospectiva da sua evolu��o, equacionando problemas demogr�ficos que, tamb�m, afectam a Uni�o Europeia. O desenvolvimento deste tema pressup�e, ainda, que se veicule a ideia de que a melhoria da qualidade de vida da popula��o e o desenvolvimento socioecon�mico equilibrado s�o objectivos fundamentais do ordenamento do territ�rio a realizar em v�rias escalas, atrav�s dos diferentes instrumentos de planeamento a aplicar de forma articulada. O m�dulo B5 -Portugal � As �reas Urbanas -tem por objectivo a compreens�o de que as aglomera��es urbanas centralizam fluxos de pessoas, de bens, de capitais e de informa��o e estruturam as redes de transporte e de comunica��es, e que um desenvolvimento territorial equilibrado dever� passar pela exist�ncia de uma rede urbana polic�ntrica e equilibrada, pelo refor�o das parcerias entre o mundo rural e o mundo urbano e pela promo��o de sistemas de transportes e de comunica��es integrados. A abordagem deste tema pressup�e, ainda, o estudo da estrutura interna das �reas urbanas, salientando que, quer o aumento da dimens�o espacial, quer o aumento da popula��o urbana se devem, em grande parte, � moderniza��o e � especializa��o dos transportes o que explica a import�ncia crescente das �reas urbanas na organiza��o do espa�o e das actividades econ�micas. O m�dulo B6 -Portugal � As �reas Rurais -visa o conhecimento dos principais bloqueios ao desenvolvimento do sistema agr�rio, quer no dom�nio da produ��o, quer no da transforma��o e da comercializa��o. Visa, tamb�m, compreender os problemas inerentes ao funcionamento do sector, tanto internos como os que se relacionam com o impacto da Pol�tica Agr�cola Comum (PAC) na agricultura portuguesa e a forma como estes problemas se relacionam com as condi��es de vida da popula��o nas �reas rurais.

Programa de Geografia Cursos Profissionais No quadro de uma economia aberta ao exterior, com trocas desiguais e sistemas comerciais agressivos, os espa�os rurais perderam diversidade produtiva e funcional e fragilizaram-se, incapazes de absorver o progresso t�cnico e cient�fico da agricultura produtiva. Este contexto exige a revitaliza��o das �reas rurais, atrav�s da descoberta das suas potencialidades end�genas, da valoriza��o do patrim�nio natural, do patrim�nio cultural e da diversifica��o das suas estruturas produtivas. O m�dulo B7 -Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens -tem por objectivo o conhecimento da distribui��o espacial das redes de transporte no territ�rio nacional, salientando os contrastes territoriais da sua implanta��o e os problemas da� decorrentes, � escala nacional e � escala da Uni�o Europeia. A abordagem deste tema deve permitir compreender o papel da moderniza��o dos transportes e das telecomunica��es no progressivo encurtamento das dist�ncias relativas entre os lugares, na crescente dinamiza��o das actividades econ�micas e na melhoria da qualidade de vida da popula��o o que implica conhecer as vantagens e as desvantagens de cada modo de transporte, da sua correcta articula��o e dos respectivos impactos ambientais. O m�dulo B8 -O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante -centra-se na compreens�o de que o turismo, nas �ltimas d�cadas do s�culo XX, ganhou, gra�as ao crescimento econ�mico das sociedades tecnologicamente mais desenvolvidas, uma import�ncia econ�mica crescente. Tornou-se na maior ind�stria do mundo e deu lugar ao turismo de massas. Portugal como destino e como emissor, integra, cada vez mais, este fen�meno planet�rio, da� a import�ncia do estudo das causas e dos factores que conduziram � mobilidade de grande n�mero de pessoas que interagem com lugares e seus residentes, das motiva��es subjacentes a essas desloca��es, dos impactos decorrentes da rapidez dos transportes, particularmente os econ�micos, os ambientais e os de sa�de p�blica global. O m�dulo B9 -Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios -visa o estudo do processo de constru��o da Uni�o Europeia, dos seus alargamentos espaciais e do seu aprofundamento pol�ticoadministrativo, aspectos fundamentais na an�lise de um espa�o que Portugal integra h� duas d�cadas. A abordagem deste tema tem subjacente a ideia central de que os desafios e as prioridades que se colocam ao desenvolvimento territorial equilibrado e sustent�vel da Uni�o Europeia pressup�em a coopera��o e a solidariedade territorial entre regi�es e entre Estados-membros, caminhos dif�ceis num

mundo conturbado e em mudan�a acelerada onde a Europa pretende, simultaneamente, caminhar para a coes�o interna e afirmar-se como centro de decis�o no sistema mundial. O m�dulo A3 � A Geografia e a Geoinforma��o � visa o conhecimento do contributo te�rico da Geografia para a representa��o computacional do espa�o e do contributo desta para a melhoria qualitativa da an�lise geogr�fica e tem subjacente a perspectiva de que existe um di�logo necess�rio entre a Geografia e a Geoinforma��o O desenvolvimento deste tema pressup�e que se fa�a uma an�lise da evolu��o do conceito de espa�o geogr�fico e das perspectivas defendidas pelas diferentes correntes de pensamento geogr�fico, desenvolvidas ao longo do s�culo XX. Esta abordagem pressup�e o estudo dos conceitos-chave em cada corrente de pensamento geogr�fico bem como a tecnologia de representa��o e as t�cnicas de an�lise associadas a esses conceitos. Esta an�lise permitir� ainda conhecer o alcance e as limita��es actuais do geoprocessamento.

Programa de Geografia Cursos Profissionais 3. Compet�ncias a Desenvolver Os alunos, ao longo dos diferentes m�dulos, dever�o desenvolver as compet�ncias que a seguir se enunciam. Compet�ncias anal�tico-conceptuais � Compreender os conceitos geogr�ficos de forma a construir uma vis�o integrada da Geografia como ci�ncia. � Reconhecer a exist�ncia de diferentes padr�es de distribui��o dos fen�menos geogr�ficos. � Reconhecer situa��es problem�ticas relativas ao uso do espa�o geogr�fico, propondo solu��es fundamentadas para a sua resolu��o. � Compreender a exist�ncia de conflitos no uso do espa�o e na gest�o dos recursos em regi�es de desigual desenvolvimento. � Reconhecer a import�ncia do ordenamento do territ�rio no atenuar das desigualdades de desenvolvimento. � Avaliar as potencialidades do territ�rio, propondo medidas para a sua valoriza��o. � Compreender a estrutura��o do territ�rio nacional em diferentes escalas de an�lise. � Compreender a interac��o do territ�rio nacional com outros espa�os, particularmente o espa�o ib�rico e o europeu. Compet�ncias t�cnico-metodol�gicas � Utilizar os m�todos indutivo e dedutivo no estudo dos fen�menos geogr�ficos. � Utilizar o processo de infer�ncia para interpretar documentos geogr�ficos, encaminhar a pesquisa, responder a problemas ou levantar novos problemas � Sistematizar dados, dando-lhes coer�ncia e organizando-os em categorias na procura de modelos explicativos de organiza��o do territ�rio. � Utilizar t�cnicas de express�o gr�fica e cartogr�fica, tratando a informa��o de forma correcta e adequada aos fen�menos em an�lise e rentabilizando o uso das Tecnologias de Informa��o e de Comunica��o (TIC). Compet�ncias atitudinais

� Desenvolver atitudes de rigor, de curiosidade, de honestidade e de perseveran�a face ao conhecimento e aos trabalhos de car�cter cient�fico. � Desenvolver o esp�rito de toler�ncia e a capacidade de di�logo cr�tico em processos de trabalho cooperativo, de pesquisa e de comunica��o da informa��o. � Interessar-se pela concilia��o entre o crescimento econ�mico e a melhoria da qualidade de vida das popula��es, valorizando o patrim�nio natural e o patrim�nio cultural. � Desenvolver atitudes de respeito pelo uso dos recursos de modo a leg�-los �s gera��es vindouras em condi��es de serem utilizados. � Desenvolver atitudes e pr�ticas quotidianas assentes numa �tica ambiental. � Desenvolver uma cultura c�vica valorizadora do ordenamento do territ�rio. � Avaliar o contributo das TIC como factor de desenvolvimento e de utiliza��o individual e social do espa�o geogr�fico. � Interessar-se pela participa��o c�vica nos processos de desenvolvimento territorial.

Programa de Geografia Cursos Profissionais 4. Orienta��es Metodol�gicas / Avalia��o A escola tem vindo a assumir na sociedade actual uma importante fun��o prospectiva. Espera-se que forme indiv�duos que, como cidad�os, associem autonomia e solidariedade, dominem, simultaneamente, conhecimentos estruturantes e espec�ficos, mantenham a disposi��o para actualizarem o seu saber, sejam capazes de reflectir criticamente e se manifestem tolerantes e capazes de dialogar. Deste modo, a escola deve ter como finalidade facilitar a apropria��o individual e o desenvolvimento integrado de atitudes/valores, de capacidades/compet�ncias e de conhecimento. Neste sentido e porque importa que os alunos adquiram do mundo uma imagem multifacetada mas coerente e integrada, h� que equacionar a sua aprendizagem tendo em conta o valor formativo dos processos de pesquisa em Geografia, na perspectiva de que a utiliza��o de diferentes sistemas de comunica��o � importante nos processos de reorganiza��o cognitiva que estruturam as aprendizagens. Assim, resumir uma comunica��o, desenvolver um esquema, elaborar um organograma, dar um t�tulo a uma imagem, construir um gr�fico, organizar uma tabela de dados, elaborar um mapa, constituem situa��es conceptualmente estruturantes, facilitadoras da aprendizagem. Ao elaborar o seu projecto pedag�gico-did�ctico, cada professor de Geografia deve ter em conta o valor potencial do meio que rodeia a escola, n�o s� como objecto de estudo, mas tamb�m em recursos cient�ficos e pedag�gicos. Na verdade, para al�m dos problemas concretos que a realidade sempre proporciona e que podem converter-se em �reas de questionamento disciplinar e interdisciplinar, � poss�vel tamb�m discriminar no espa�o em que a escola se situa fontes de informa��o ao n�vel de conhecimentos produzidos e sistematizados. De facto, diversos servi�os oficiais e particulares publicam estat�sticas, estudos, programas e relat�rios contendo dados e informa��es actualizadas, utiliz�veis em actividades pedag�gicas. Importa, pois, diversificar as fontes a que se recorre e multiplicar as formas de abordar os problemas para que n�o aconte�a que uma qualquer experi�ncia inovadora se transforme em mais uma pr�tica rotineira e estereotipada. A concretiza��o das sugest�es antes referidas implica criar situa��es de aprendizagem que contemplem uma escolha cuidada e criteriosa de t�cnicas e actividades a utilizar dentro e fora da sala de aula, dentro e fora da escola. Nesse sentido, devem privilegiar-se actividades que, no �mbito da investiga��o geogr�fica, viabilizam a escolha, o tratamento e a apresenta��o de informa��o e

estimulam a ocorr�ncia de situa��es did�cticas inovadoras. Assim, s�o de considerar a realiza��o de actividades que impliquem contactos planeados, presenciais ou � dist�ncia, estruturados em projectos coerentes, com diversos intervenientes na tomada de decis�es relativas � gest�o e ao ordenamento do territ�rio, entendido nas suas m�ltiplas dimens�es. Esses contactos podem traduzir-se na realiza��o de entrevistas e no convite a especialistas para debate dos temas em an�lise. A recolha de informa��o deve fomentar a observa��o directa (naturalista ou estruturada), recorrendo a visitas de estudo e ao trabalho de campo e a pesquisa documental, baseada em publica��es estat�sticas, documenta��o cartogr�fica, relat�rios, legisla��o (nacional e comunit�ria), textos da imprensa, livros, Internet, etc. O trabalho de campo � uma metodologia de trabalho que permite aos alunos desenvolver compet�ncias essenciais da Geografia, nomeadamente as relacionadas com a observa��o directa das paisagens, que estimula a curiosidade geogr�fica e que serve de ponto de partida, muitas vezes, para estudos mais aprofundados que englobem o m�todo investigativo e a resolu��o de problemas. O tratamento da informa��o recolhida deve articular-se de forma coerente com o modelo de pesquisa adoptado, tendo em aten��o a necess�ria diversifica��o de processos: num�rico (determina��o de frequ�ncias, m�dias, percentagens, amplitudes, etc.), gr�fico (cartesianos, circulares, triangulares), matricial e cartogr�fico. A organiza��o e sistematiza��o dos dados podem proporcionar a produ��o de recursos, tais como ficheiros de conceitos, de imagens, de problemas, ficheiros bibliogr�ficos e dossi�s tem�ticos. Considerando a import�ncia crescente que as t�cnicas de express�o gr�fica t�m assumido, mesmo em contextos exteriores � Geografia, deve valorizar-se a sua utiliza��o, seleccionando e/ou produzindo documentos com o rigor e a adequa��o que ao ge�grafo se exigem.

Programa de Geografia Cursos Profissionais Torna-se imprescind�vel, ainda, a refer�ncia � utiliza��o de meios inform�ticos e telem�ticos na concretiza��o das m�ltiplas actividades propostas. Armazenar, processar e transmitir informa��o s�o hoje tarefas infinitamente facilitadas com a generaliza��o daqueles meios, n�o se podendo negligenciar o seu potencial de transforma��o em casa, nos locais de trabalho, na escola e na sala de aula. As suas implica��es na mudan�a de comportamentos, atitudes e valores dos alunos devem ser enquadradas em atitudes pedag�gicas que valorizem a articula��o da escola com o exterior. Neste sentido, o ensino da Geografia pode beneficiar largamente das novas tecnologias em causa: no acesso � informa��o, recorrendo, por exemplo, a bases de dados e a sistemas de informa��o geogr�fica; no seu tratamento, independentemente dos processos utilizados; na sua comunica��o, utilizando, por exemplo, o correio electr�nico; no seu armazenamento, constituindo ficheiros informatizados. Com o desenvolvimento dos temas do programa, constantes dos m�dulos 1 a 7, pretende-se que os alunos adquiram uma forma��o-base s�lida, que lhes permita conhecer o territ�rio nacional e compreender as diversidades de paisagens nele existentes. Assim, sugere-se que a lecciona��o desses temas, adopte a seguinte estrutura de refer�ncia: � identifica��o de situa��es/tend�ncias, tanto ao n�vel local como regional; � identifica��o dos factores explicativos e estabelecimento de rela��es de causalidade, tanto ao n�vel geral como regional; � identifica��o dos principais problemas, suas causas e implica��es; � identifica��o de potencialidades relevantes, seu significado e amplitude; � identifica��o de medidas existentes e poss�veis, tanto de combate aos problemas como de valoriza��o das potencialidades, debate acerca da sua natureza, pertin�ncia e aplicabilidade. Sempre que qualquer dos temas a abordar revelar maior interesse para a comunidade local e/ou regional, tendo em conta a eventual import�ncia econ�mica ou social que a� assumem os recursos e actividades econ�micas em causa, sugere-se um estudo mais exaustivo, refor�ando a articula��o das diferentes escalas de an�lise dos problemas e o recurso a estrat�gias que preconizem uma maior interac��o Escola-Meio, valorizando assim, a dimens�o regional do ensino da

disciplina. No entanto, � fundamental garantir o tratamento equilibrado de todos os espa�os que constituem o territ�rio nacional para que os alunos adquiram uma vis�o integrada do espa�o nacional, tendo em conta a diversidade e a especificidade das �reas que o comp�em. Considera-se tamb�m importante, em cada tema, estabelecer compara��es entre a realidade nacional e outros espa�os supranacionais, pois essa compara��o permite relativizar o n�vel de desenvolvimento dos territ�rios considerados, independentemente da escala de an�lise adoptada. Nesse sentido, sugerese que o desenvolvimento dos temas/conte�dos seja complementado com mapas tem�ticos que sistematicamente enquadrem o pa�s em contextos geogr�ficos mais amplos (Pen�nsula Ib�rica, Europa e, em alguns casos, Mundo) e com mapas de s�ntese que permitam uma vis�o de conjunto de Portugal para cada um dos temas analisados. De salientar que, em cada tema, a lecciona��o dos conte�dos que o constituem n�o � necessariamente sequencial pelo que, sempre que poss�vel, deve ser feita a sua integra��o. Paralelamente � utiliza��o dos documentos j� mencionados, deve real�ar-se a necessidade de recorrer a outros que pela sua especificidade, permitem e requerem an�lises mais complexas, mas tamb�m de conte�do mais profundo, eventualmente justific�veis para a compreens�o e valoriza��o dos processos que envolvem a organiza��o espacial de um territ�rio concreto -o mapa topogr�fico, a fotografia a�rea e um vasto conjunto de cartografia tem�tica fundamental para o tratamento da generalidade dos temas propostos. Uma pedagogia activa, centrada na interac��o professor-aluno e orientada para o desenvolvimento de compet�ncias, implica considerar, com aten��o e rigor, os efeitos reguladores da avalia��o, valorizando a sua componente formativa.

Programa de Geografia Cursos Profissionais O professor � um organizador de situa��es de aprendizagem contextualizadas, adaptadas �s caracter�sticas dos alunos com quem trabalha e tendo como referente as compet�ncias que se pretende desenvolver. A resolu��o de problemas e o desenvolvimento de projectos ou de qualquer outra actividade � um trabalho simultaneamente cognitivo e social. � preciso, portanto, que o aluno se implique nas tarefas a desenvolver, o que passa por uma rela��o pedag�gica cooperativa e pela colabora��o entre pares. Todo o processo de avalia��o implica uma recolha de informa��o, a elabora��o de ju�zos e a tomada de decis�es adaptadas a cada aluno, tendo uma fun��o eminentemente reguladora do acto educativo. Sendo cada situa��o de aprendizagem �nica e cada aluno um ser diferente, n�o se pode pretender que todos tenham o mesmo ritmo de aprendizagem e evidenciem os mesmos comportamentos. Avaliar compet�ncias implica integrar a avalia��o no trabalho quotidiano da aula, observando os alunos em situa��o de aprendizagem, o que pressup�e um olhar atento sobre os recursos cognitivos que os alunos est�o a mobilizar e de que forma o est� a fazer. Neste contexto, o professor deve ser capaz de criar situa��es de aprendizagem abertas, de identificar obst�culos, de analisar e coordenar tarefas e de observar, de forma sistem�tica, os processos de aprendizagem, tendo em aten��o as estrat�gias cognitivas e metacognitivas mobilizadas pelos alunos na resolu��o dos problemas. Nesta perspectiva, a avalia��o dever� ser integrada, integral, cont�nua e sistem�tica. Integrada porque faz parte do conjunto de actividades de ensino/aprendizagem e integral porque tem em conta n�o apenas o desenvolvimento das compet�ncias anal�tico-conceptuais mas tamb�m o processo cognitivo que o possibilitou, os procedimentos adoptados e as atitudes reveladas. Apesar da import�ncia da recolha de informa��o sobre os produtos de aprendizagem, a avalia��o dever� incidir, essencialmente, sobre os processos, fazendo-o de forma sistem�tica atrav�s da interac��o permanente professor-alunoalunos, desenvolvendo pr�ticas de auto e de heteroavalia��o. S� assim a avalia��o assumir� toda a sua dimens�o formativa, favorecendo a autoconfian�a e a progress�o na aprendizagem. No que se refere � dimens�o sumativa da avalia��o � preciso ter presente que as compet�ncias n�o podem ser avaliadas utilizando modelos padronizados. O grau de desenvolvimento de compet�ncias de cada aluno � diferente, de acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e

com as decis�es que toma na realiza��o de cada tarefa. Deste modo, � necess�rio estabelecer para cada aluno um balan�o individualizado de compet�ncias para fins formativos e sumativos. Avaliar � emitir um ju�zo de valor resultante do confronto entre um referente -o que implica a operacionaliza��o do sistema de refer�ncias, definindo o perfil das compet�ncias a desenvolver -e um referido -aquilo que o que o aluno fez, de facto. Este balan�o pressup�e que cada tarefa e as suas exig�ncias s�o conhecidas antes da avalia��o e que o ju�zo que o professor emite se baseie, n�o na compara��o entre alunos, mas na compara��o entre o que exigia a tarefa a realizar, o que o aluno fez e o que deveria ter Neste contexto, o avalia��o que ir� proporcionando ao

feito se fosse competente. professor dever� empenhar-se na elabora��o do sistema de utilizar, aluno um progressivo envolvimento nessa tarefa, tendo em conta:

� a necessidade de optar por uma avalia��o criterial que balize objectivos interm�dios no itiner�rio da forma��o, permitindo ao aluno localizar-se no seu pr�prio progresso; � a vantagem de procurar implementar uma avalia��o interactiva, incidindo principalmente sobre os processos de aprendizagem de forma a proporcionar reajustamentos frequentes; � a necessidade de construir instrumentos de avalia��o diversificados -listas de controlo, folhas de registo, grelhas de an�lise de trabalhos (individuais ou de grupo), grelhas de observa��o da participa��o em debates, provas escritas e orais, de acordo com as diferentes situa��es e compet�ncias a avaliar.

Programa de Geografia Cursos Profissionais 10 5. Elenco Modular N�mero Designa��o Dura��o de refer�ncia (horas) A1 Portugal � Espa�os Internos e Externos 33 B1 O Quadro Natural de Portugal � O Relevo 33 B2 O Quadro Natural de Portugal � O Clima 33 A2 O Quadro Natural de Portugal � A Cobertura Vegetal 33 B3 O Quadro Natural de Portugal � A �gua 33 B4 Portugal � A Popula��o 24 B5 Portugal � As �reas Urbanas 18 B6 Portugal � As �reas Rurais 18 B7 Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens 18 B8 O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante 21 B9 Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios 21 A3 A Geografia e a Geoinforma��o 33 6. Bibliografia Bibliografia de car�cter cient�fico BARRETO, A.,(Org.) (2000). A Situa��o Social em Portugal, 1960-1999, volume II. Indicadores Sociais em Portugal e na Uni�o Europeia. Lisboa: Imprensa das Ci�ncias Sociais; Instituto de Ci�ncias Sociais da Universidade de Lisboa. Esta obra, de autores diversos, inclui indicadores representativos da situa��o social portuguesa e indicadores relativos �s empresas existentes e respectivos trabalhadores. Apresenta, ainda, tabelas contendo as compara��es, desde 1960, entre os pa�ses da Uni�o Europeia. Explora, tamb�m, as dimens�es da an�lise demogr�fica de Portugal e da Uni�o Europeia. BRITO, R. S. (1994). Perfil Geogr�fico. Lisboa: Ed. Estampa. Nesta obra colectiva � apresentado um quadro geogr�fico do territ�rio nacional, sendo abordadas quest�es relativas � morfologia e climatologia, � distribui��o populacional, �s actividades econ�micas, �s formas de povoamento, aos transportes, �s pol�ticas econ�micas e aos desequil�brios regionais e, ainda, �s rela��es entre Portugal e a Uni�o Europeia. COMISS�O EUROPEIA (1999). EDEC � Esquema de Desenvolvimento do Espa�o Comunit�rio. Luxemburgo: Servi�o das Publica��es Oficiais das Comunidades Europeias. Esta obra � um contributo para a pol�tica de desenvolvimento territorial, uma nova dimens�o da pol�tica europeia aprovada no conselho informal de ministros respons�veis pelo Ordenamento do Territ�rio, em Maio de 1999. � constitu�da por duas partes, a primeira um contributo para um desenvolvimento equilibrado e sustent�vel do territ�rio da UE; a segunda, relativa �s tend�ncias, perspectivas e desafios do desenvolvimento territorial na UE.

Programa de Geografia Cursos Profissionais COMISS�O EUROPEIA (1995). A Europa em N�meros. Luxemburgo: Servi�o de Publica��es das Comunidades Europeias. 4� edi��o. Esta obra � uma s�ntese da integra��o europeia e das respectivas pol�ticas sectoriais, nomeadamente, popula��o e condi��es sociais, energia e ind�stria, agricultura e pesca, com�rcio externo e balan�a de pagamentos, servi�os e transportes, ambiente e desenvolvimento, salientando factos relevantes da Comunidade atrav�s de coment�rios, gr�ficos, quadros estat�sticos e mapas relevantes, no momento da sua publica��o, e que ajudam a compreender algumas das actuais reformas e directrizes comunit�rias. DAVEAU, S. (1995). Portugal Geogr�fico. Porto: Ed. S� da Costa. Nesta obra, dividida em cinco partes, s�o expostos de uma forma simples, dados de base que permitem a qualquer cidad�o entender o pa�s. Na primeira parte, aborda-se a posi��o de Portugal no mundo, sendo analisada a sua situa��o em termos de ambiente natural e de rela��es entre os homens. Na segunda parte, faz-se o enquadramento de Portugal no contexto da Pen�nsula Ib�rica e do Atl�ntico. Na terceira parte, analisa-se a diversidade interna do territ�rio, bem como conjuntos regionais diferenciados. Na quarta parte, abordamse as marcas da vida rural nas paisagens. Por fim, as �reas urbanizadas, a sua estrutura em constante muta��o e as suas fun��es, constituem os temas da �ltima parte. ENVIRONMENT AGENCY OFFICE FOR OFFICIAL PUBLICATIONS OF THE EUROPEAN COMMUNITIES (1998). Europe�s environment: the second assessment. Luxemburg: Elsevier Science Ltd. Oxford. Nesta obra s�o descritos o estado do ambiente, os impactos e as pol�ticas que visam dar resposta aos doze maiores problemas ambientais europeus nomeadamente, as altera��es clim�ticas, a deple��o do ozono estratosf�rico, os lixos, a biodiversidade, a degrada��o das �guas doce e marinha, das �reas costeiras, dos solos e do ambiente urbano. Cont�m dados e cartografia relevantes para a doc�ncia da disciplina de Geografia. GASPAR, J. (1993). As Regi�es Portuguesas. Lisboa: Minist�rio do Planeamento e da Administra��o do Territ�rio. Esta obra tra�a um retrato sucinto das regi�es portuguesas, apresentando as suas principais caracter�sticas geogr�ficas, hist�ricas, culturais e socio-econ�micas. Trata-se de uma obra fundamental, uma vez que apresenta as regi�es portuguesas como espa�os identificados com caracter�sticas culturais pr�prias, resultantes da interac��o de factores diversos e correspondendo a realidades com contornos territoriais bem

definidos. Esta publica��o apresenta tamb�m uma s�rie de fotografias e de mapas ilustrativos das caracter�sticas apresentadas. INE. (1998). Pescas em Portugal-1986-1996. Lisboa: Direc��o Geral das Pescas e Aquacultura Nesta obra � tra�ada uma vis�o actual e prospectiva das Pescas em Portugal, desde a ades�o � Comunidade Econ�mica Europeia. � realizada uma caracteriza��o da frota portuguesa e respectiva actividade, dos pesqueiros, do destino do pescado, do com�rcio externo do sector e da caracteriza��o da popula��o que trabalha na actividade. Cont�m dados e quadros relevantes para a doc�ncia da disciplina de Geografia. MAOT (2001). Estrat�gia Nacional de Conserva��o da Natureza e Biodiversidade (vers�o para discuss�o p�blica). Lisboa: Minist�rio do Ambiente e Ordenamento do Territ�rio. Esta publica��o, embora seja uma vers�o para discuss�o p�blica, cont�m as op��es estrat�gicas fundamentais relativas � Conserva��o da Natureza e � Biodiversidade. � constitu�da por cinco cap�tulos dos quais se destacam os dois primeiros relativos aos princ�pios, objectivos e op��es estrat�gicas fundamentais que norteiam a Estrat�gia, e o terceiro cap�tulo, onde se apresentam as orienta��es no sentido da integra��o de pol�ticas e se fixam as linhas orientadores para a elabora��o de planos de ac��o. MARN. (1995). Plano Nacional da Pol�tica de Ambiente. Lisboa: Minist�rio do Ambiente e Recursos Naturais. Esta obra, constitu�da por dois volumes, � um documento que sistematiza as m�ltiplas iniciativas que � data estavam previstas ou em curso no sentido de concretizar o primeiro Plano Nacional de Pol�tica de Ambiente, sendo assim, o instrumento de refer�ncia na condu��o de Portugal para um modelo de desenvolvimento sustent�vel. O segundo volume apresenta, entre outros anexos relevantes, a caracteriza��o sum�ria do estado do ambiente. MEDEIROS, C. A. (1996). Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupa��o humana � uma Introdu��o. Lisboa: Ed. Estampa.

Programa de Geografia Cursos Profissionais Esta obra apresenta um quadro resumido das principais quest�es da Geografia de Portugal, funcionando como uma introdu��o ao estudo aprofundado das mesmas; por um lado, apoia-se em trabalhos acad�micos e em obras de base e, por outro lado, reflecte a concep��o pessoal e a experi�ncia do autor. As mat�rias est�o divididas por v�rios cap�tulos que tra�am os diferentes temas da geografia f�sica e humana de Portugal: o territ�rio e a sua posi��o, o relevo, o clima, a popula��o, as actividades econ�micas, as aglomera��es urbanas, a estrutura��o do territ�rio e as suas rela��es com o exterior. MEDEIROS, C.A. (Dir.). BRUM FERREIRA, A. (Coord). 2005. Geografia de Portugal, o Ambiente F�sico. Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. 2005. Esta obra � o 1.� volume de uma colec��o de oito volumes sobre a Geografia de Portugal (4) e do Resto do Mundo (4) que come�ou a ser publicada em Agosto de 2005. Constitui a primeira Geografia de Portugal desenvolvida, escrita em colabora��o por especialistas dos diferentes dom�nios das partes constituintes: formas de relevo e din�mica geomorfol�gica, o espa�o atl�ntico oriental, o ambiente clim�tico, os recursos h�dricos e a vegeta��o. MEDEIROS, C.A. (Dir.).BARATA SALGUEIRO, T. e FERR�O, J. (Coord). 2005. Geografia de Portugal, Sociedade, Paisagens e Cidades. Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. 2005. Esta obra � o 2.� volume de uma colec��o de oito volumes sobre a Geografia de Portugal (4) e do Resto do Mundo (4) que come�ou a ser publicada em Agosto de 2005. Constitui a primeira Geografia de Portugal desenvolvida, escrita em colabora��o por especialistas dos diferentes dom�nios das partes constituintes: evolu��o hist�rica e ocupa��o do territ�rio, popula��o e territ�rio, cidade e sistema urbano, paisagens urbanas e a cidade como espa�o de vida e lugar de produ��o. MEDEIROS, C.A. (Dir. e Coord.).2006. Geografia de Portugal, Actividades Econ�micas e Espa�o Geogr�fico . Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. 2005. Esta obra � o 3.� volume de uma colec��o de oito volumes sobre a Geografia de Portugal (4) e do Resto do Mundo (4) que come�ou a ser publicada em Agosto de 2005. Constitui a primeira Geografia de Portugal desenvolvida, escrita em colabora��o por especialistas dos diferentes dom�nios das partes constituintes: actividades rurais, a floresta, na mem�ria e no futuro do espa�o rural; a pesca, a energia, as actividades industriais; os servi�os, o com�rcio retalhista, a oferta de bens e as experi�ncias de vida; os transportes, o turismo e as novas din�micas

territoriais; o envolvimento econ�mico internacional, com�rcio e investimento. M.E.P.AT. (1999). Portugal P.N.D.E.S., 2000-2006. Diagn�stico Prospectivo. Lisboa: Minist�rio do Equipamento, do Planeamento e da Administra��o do Territ�rio. Nesta obra, que cont�m dados e quadros estat�sticos relevantes para a doc�ncia da disciplina de Geografia, � avaliada a situa��o da sociedade e da economia portuguesas nos finais da d�cada de 90 e elaborada uma vis�o prospectiva para o s�culo XXI. MINIST�RIO do PLANEAMENTO (1999). Portugal, Plano de Desenvolvimento Regional 2000-2006. Lisboa: Minist�rio do Planeamento. Esta obra, dividida em nove cap�tulos, constituiu a proposta portuguesa de enquadramento, orienta��o estrat�gica, sistematiza��o operacional, programa��o financeira e estrutura organizativa que deu origem ao estabelecimento do III Quadro Comunit�rio de Apoio (2000-2006). Articula-se com o pressuposto no Plano Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (PNDES) que tem uma abrang�ncia e um alcance mais amplos que o PDR e ainda, na perspectiva comunit�ria, com o processo de reforma dos Fundos Estruturais. MINIST�RIO DO EQUIPAMENTO, DO PLANEAMENTO E DA ADMINISTRA��O DO TERRIT�RIO. (1999). Portugal -Plano Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social 2000-2006 � Diagn�stico Prospectivo. Lisboa: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional. Nesta obra, que cont�m dados e quadros estat�sticos relevantes para a doc�ncia da disciplina de Geografia, � avaliada a situa��o da sociedade e da economia portuguesas nos finais da d�cada de 90 e elaborada uma vis�o prospectiva para o s�culo XXI. MOITA, L. (Dir.). (2000). Janus 2001-Anu�rio das Rela��es Exteriores. Lisboa: P�blico e Universidade Aut�noma. Esta obra, uma colect�nea de artigos de v�rios autores, est� organizada em tr�s cap�tulos distintos: um primeiro cap�tulo, cujo tema � Portugal e o Mundo, onde � feita uma an�lise da conjuntura internacional; um segundo cap�tulo, sobre a arquitectura pol�tica europeia, onde se realiza um levantamento de posi��es que ajudam a compreender a inser��o portuguesa no espa�o europeu e no contexto internacional e, um terceiro cap�tulo que

Programa de Geografia Cursos Profissionais abrange cerca de metade da obra, constituindo um dossi� sobre a actualidade das migra��es internacionais e, ainda, sobre a emigra��o e a imigra��o, em Portugal. RABELLA, J.M. (Dir.). (1998). Atlas de Espa�a y Portugal. Barcelona: Ediciones Pen�nsula. Esta obra � uma pequeno atlas composto por quinze mapas parciais, vinte mapas tem�ticos e numerosos diagramas, e permite estabelecer compara��es ao n�vel do territ�rio peninsular e ilhas portuguesas e espanholas. SALGUEIRO, T. B.(1992). A Cidade em Portugal: uma Geografia Urbana. Lisboa: Ed. Afrontamento. Nesta obra sistematizam-se e organizam-se os conhecimentos de geografia urbana que possam ser utilizados na defini��o de pol�ticas urban�sticas. Na primeira parte, analisa as caracter�sticas morfol�gicas das cidades portuguesas tendo em conta a sua evolu��o hist�rica e o papel dos diversos agentes e da legisla��o urban�stica na configura��o do territ�rio. Em seguida, explica a organiza��o funcional do espa�o urbano. Por �ltimo, aborda o tema das muta��es que as cidades sofrem ao longo do tempo. Bibliografia de car�cter pedag�gico CARDINET, J. (1989). Avaliar � Medir? Rio Tinto: Edi��es Asa. CASANOVA, M. A. (1995). Manual de Evaluaci�n Educativa. Madrid: Ed. La Muralla. CATAL�N, A. e CATANY, M. (1996). Education Ambiental en la Ense�anza Secundaria. Madrid: Miraguano Ediciones. COLL, C. (1994). La concepci�n construtivista y el planteamiento curricular de la Reforma. In Esca�o, J. e Serna, M. G. C�mo se Aprende y c�mo se Ense�a. Barcelona: Ed. Horsori. COLL, C. (1995). El Curriculm en el Aula. Barcelona: Editorial Gr�o. GIMENO, J. (1988). El Curriculum: una Reflexi�n sobre la Practica. Madrid: Ed.Morata. PAQUAY, I., CARLIN, G.et al. (Org.) (2001). L`�valuation des Comp�tences chez l�Apprennant Pratiques, Methodes et Fondaments. Actas do Congresso de 2000. UCL: Presses Universitaires de Louvaton. PERRENOUD, Ph. (1994). La Formation des Enseignants entre la Th�orie et la Pratique. Paris: L�Harmattan.

PERRENOUD, Ph. (1998). Construire des Competences des l��cole. Paris: ESF. NOVAK, J. B. (1988). Aprendiendo a aprender. Barcelona: Ed. Mart�nez Roca. PEREZ, M. R. e LOPEZ, E. D.(1990). Curriculum y aprendizaje. Madrid: Ed. Itaka. ZABALZA, M. (1994). Planifica��o e Desenvolvimento Curricular na Escola. Lisboa: Edi��es Asa. Bibliografia de did�ctica da Geografia ALEXANDRE, F. e DIOGO, J. (1990). Did�ctica da Geografia. Contributos para uma Educa��o no Ambiente. Lisboa: Texto Editora. AUDIGIER, F. (1992). Pensar la Geografia escolar. Documents d�An�lisi Geogr�fica. N.� 21, pp. 15/33. BAILEY, P. (1981). Did�ctica de la Geograf�a. Madrid: Ed. Cincel. BAUD, P. & Outros (1999). Dicion�rio de Geografia. Lisboa: Ed. Pl�tano. BOIRA, J. & Outros (1994). Espacio Subjectivo y Geograf�a. Valencia:, Ed.Nau Llibres.

Programa de Geografia Cursos Profissionais BROEK, J. (1981). Inicia��o ao Estudo da Geografia. Rio de Janeiro: Zahar Editores. CACHINHO, H. e REIS, J. (1991). Geografia Escolar � (Re)pensar e (Re)agir. Finisterra. Vol. XXVI, n�52, pp. 429/443. CLAVAL, P. (1989). La Place de la G�ographie dans l�Ensegnement. L�Espace G�ographique. Vol. XVIII, n�2, p.123/24. CLAVAL, P. (1993). La G�ographie au temps de la chute des murs. Paris: Editions L�Harmattan. COMISS�O DA EDUCA��O GEOGR�FICA (1992). Carta Internacional da Educa��o Geogr�fica. Lisboa: Associa��o dos Professores de Geografia. DAVEAU, S. (1984). Vis�o do Mundo, Televis�o e Ensino da Geografia. Finisterra.Vol. XIX, n�38, pp. 252/256. ELLIOTT, J. (1991). L�Education � l�Environnement en Europe:Innovation, Marginalization ou integration dans Environnement. Paris: OCDE. FABREGAT, C. (1995). Geograf�a y Educacion, Sugerencias Did�cticas. Madrid: Ed. Huerga Fierro. GRAVES, N. (1985). La Ense�anza de la Geograf�a. Madrid: Ed.Visor. GRAVES, N. (1989). Nuevo m�todo para la Ense�anza de la Geograf�a. Barcelona: Ed. Teide. JIM�NEZ, A M. e GAITE, M. J. M. (1995). Ense�ar Geograf�a, de la Teor�a a la Pr�ctica. Madrid: Ed. Sintesis. JOHNSTON, R. J. (1994). A Question of Place, Exploring the Practice of Human Geography. Oxford: Ed. Blackwell. LACOSTE, Y. (1986). La Ensenanza de la Geografia. Salamanca. ICE. LACOSTE, Y. (1986). Penser et Enseigner la G�ographie. L� Espace Geographique. Vol. XV, n� 1, pp. 24/27. LACOSTE, Y. (1999). G�ographie, �ducation civique. Paris: �ditions de la Cit�. SOUTO GONZ�LEZ, X. M. (1990). Proyectos Curriculares y Did�ctica de Geografia, Geocr�tica, n.� 85, Univ. Barcelona, pp.3/43.

SOUTO GONZ�LEZ, X. M. (1996). Metodolog�a y Procedimentos en Did�ctica de Geograf�a: la Propuesta del proyecto GEA. III Jornadas de Did�ctica de la Geograf�a, Un. de Madrid, pp. 173/184. SOUTO GONZ�LEZ, X.,M. e SANTOS, R. (1996). Ensen�r Geograf�a o Educar Geogr�ficamente a las Personas. Did�ctica de las ciencias sociais, Geografia e Hist�ria, n� 9, IBER, pp. 15/26. S�tios na Internet www.aprofgeo.pt Outros s�tios inseridos na revista Geoboletim, publica��o da Associa��o Portuguesa de Professores de Geografia.

Programa de Geografia Cursos Profissionais Parte II MM��dduullooss �ndice: PP��ggiinnaa M�dulo A1 Portugal�Espa�osInternoseExternos16 M�dulo B1 OQuadroNaturaldePortugal�ORelevo22 M�dulo B2 OQuadroNaturaldePortugal�OClima28 M�dulo A2 OQuadroNaturaldePortugal�ACoberturaVegetal34 M�dulo B3 OQuadroNaturaldePortugal�A�gua40 M�dulo B4 Portugal�APopula��o47 M�dulo B5 Portugal�As�reasUrbanas54 M�dulo B6 Portugal�As�reasRurais62 M�dulo B7 Portugal�AMobilidadedePessoasedeBens68 M�dulo B8 OTurismonoMundoActual�UmaInd�striaGlobalizante75 M�dulo B9 PortugaleaUni�oEuropeia�ProblemaseDesafios82 M�dulo A3 AGeografiaeaGeoinforma��o91

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO A1 Portugal � espa�os internos e externos Dura��o de Refer�ncia: 33 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo A1 -Portugal � espa�os internos e externos -pretende-se que os alunos compreendam a constitui��o do territ�rio nacional, a posi��o relativa das suas grandes unidades territoriais e, ainda, da sua import�ncia decorrente, entre outros aspectos, da respectiva �rea e da popula��o residente. Pretende-se, tamb�m, que os alunos compreendam a rela��o de Portugal com v�rios espa�os econ�micos, pol�ticos e sociais, valorizando a cultura portuguesa. O desenvolvimento deste tema pressup�e, ainda, que se veicule a ideia de que Portugal poder� desempenhar um papel importante como interface entre os pa�ses do �Norte� e os pa�ses do �Sul�, entre a Uni�o Europeia e outros espa�os econ�micos, quer por ac��o dos nossos emigrantes, quer pela exist�ncia de falantes da l�ngua portuguesa. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender a constitui��o do territ�rio nacional � conhecer a posi��o de Portugal no globo � explicar a import�ncia do espa�o lus�fono � debater o papel da l�ngua portuguesa como potenciadora de Portugal como actor internacional � debater o papel da emigra��o na afirma��o internacional de Portugal � debater o papel das comunidades portuguesas na visibilidade internacional de Portugal � utilizar diferentes processos de localiza��o

� utilizar t�cnicas de express�o gr�fica e cartogr�fica � pesquisar dados estat�sticos na internet e em outras fontes � seleccionar, sistematizar e interpretar dados estat�sticos � seleccionar as escalas mais adequadas � representa��o de diferentes espa�os administrativos e econ�micos � interpretar mapas � interpretar gr�ficos � manifestar esp�rito de toler�ncia e capacidade de di�logo cr�tico � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A1: Portugal � espa�os internos e externos Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo o aluno deve ser capaz de: � referir a constitui��o do territ�rio nacional � referir a localiza��o de Portugal Continental e Insular � mencionar a posi��o relativa das diferentes unidades territoriais portuguesas � referir a dimens�o relativa das diferentes unidades territoriais portuguesas � referir o peso demogr�fico das diferentes unidades territoriais portuguesas � descrever a divis�o administrativa de Portugal � compreender a import�ncia estrat�gica da localiza��o de Portugal Continental e Insular � reconhecer a import�ncia das comunidades de emigrantes portugueses � reconhecer a import�ncia de Portugal no contexto cultural europeu e mundial � reconhecer a import�ncia de Portugal no contexto econ�mico europeu � debater a import�ncia da Comunidade dos Pa�ses de L�ngua Portuguesa (CPLP) � compreender a import�ncia das diferentes comunidades portuguesas � compreender a import�ncia estrat�gica da l�ngua portuguesa � recolher dados em fontes diversas � calcular dist�ncias reais a partir de mapas � determinar coordenadas terrestres em mapas de diferentes escalas � determinar posi��es relativas recorrendo aos rumos da rosa-dos-ventos � construir mapas e gr�ficos � interpretar mapas e gr�ficos � interpretar dados estat�sticos

�mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo inicial � Portugal � espa�os internos e externos desdobra-se nos conte�dos seguintes. A1. 1 -A constitui��o do territ�rio nacional A1. 2 -A posi��o de Portugal Continental e Insular A1. 3 -A inser��o de Portugal em diferentes espa�os Com o conte�do A1.1 � A constitui��o do territ�rio nacional -pretende-se que os alunos conhe�am a divis�o administrativa de Portugal ao n�vel das NUT I, das NUT II, dos distritos e dos concelhos. O tratamento deste conte�do deve, ainda, permitir que os alunos compreendam aspectos da soberania portuguesa sobre espa�os como o espa�o a�reo e o espa�o mar�timo, nomeadamente, no que diz respeito � Zona Econ�mica Exclusiva (ZEE), � Zona Cont�gua, ao Mar Territorial e �s �guas Interiores. A este prop�sito, devem ser debatidas consequ�ncias que a inser��o na Uni�o Europeia implicou na soberania sobre alguns destes espa�os. Com o conte�do A1.2 � A posi��o de Portugal Continental e Insular -pretende-se que os alunos compreendam a import�ncia geoestrat�gica de Portugal Continental e Insular. A operacionaliza��o deste tema deve incluir a determina��o da localiza��o absoluta de Portugal Continental e das Regi�es Aut�nomas e da respectiva posi��o relativamente aos diferentes continentes, pa�ses e cidades que se encontrem mais pr�ximos, a latitudes semelhantes ou com os quais Portugal tenha rela��es preferenciais.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A1: Portugal � espa�os internos e externos Com o conte�do A1.3 � A inser��o de Portugal em diferentes espa�os -pretende-se que os alunos, compreendam, por um lado, a import�ncia da ades�o de Portugal � Comunidade Europeia e � Moeda �nica e, por outro lado, a import�ncia que podem ter as rela��es privilegiadas do nosso Pa�s com os espa�os lus�fonos, em especial as antigas col�nias, no quadro das rela��es externas comunit�rias. Este conte�do pressup�e, tamb�m, que se fa�a uma reflex�o sobre a import�ncia que as comunidades de portugueses que vivem no estrangeiro podem ter na visibilidade do nosso Pa�s, a diversos n�veis. A visibilidade internacional de Portugal deve ser, tamb�m, com a nomea��o de portugueses para desempenhar cargos em organismos internacionais ou com a atribui��o de pr�mios internacionais a personalidades portuguesas. A abordagem dos conte�dos do M�dulo A1 � Portugal � espa�os internos e externos � pressup�e a aquisi��o dos seguintes termos/conceitos: -�guas interiores -Mercado Comum do Cone Sul -assimetria regional (MERCOSUL) -cidadania -Moeda �nica -Comunidade dos Pa�ses de L�ngua Portuguesa -Nova Unidade Territorial (NUT) (CPLP) -Organiza��o de Coopera��o e de Desenvolvimento -concelho Econ�micos (OCDE) -coordenadas geogr�ficas -Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) -distrito -Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo -escala (mapa) (OPEP) -espa�o lus�fono -popula��o absoluta -espa�o mar�timo -popula��o presente -espa�o a�reo -popula��o residente -lusofonia -Regi�o Aut�noma -emigra��o -soberania -emigrante permanente -subsidariedade -Global Position System (GPS) -territ�rio -localiza��o: -Tratado de Maastricht absoluta -Tratado de Roma relativa -voluntarismo -Mar territorial -Zona Cont�gua

-Mercado Comum -Zona Econ�mica Exclusiva (ZEE) Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o 5 O desenvolvimento deste tema deve ser entendido, por um lado, como um per�odo privilegiado para o professor realizar uma avalia��o diagn�stica indiciadora do perfil do aluno e, por outro lado, organizar estrat�gias de remedia��o que permitam ao aluno consolidar/recuperar/construir conceitos que deveriam ter sido adquiridos no Ensino B�sico. A abordagem deste m�dulo deve ser entendida como uma abertura de caminhos que, no decorrer do desenvolvimento dos temas de outros m�dulos, poder�o ser retomados de forma mais exaustiva. A abordagem deste tema pressup�e o recurso sistem�tico � recolha de informa��o bibliogr�fica, de pesquisa na imprensa escrita ou on line, � constru��o/an�lise de gr�ficos e de mapas, � an�lise de quadros estat�sticos que poder�o ser pesquisados pelos alunos em fontes diversas ou serem preparados antecipadamente pelo professor, preferencialmente retirados das diferentes estat�sticas publicadas pelo INE. � importante que o professor antes de iniciar a lecciona��o do tema recolha textos/informa��o de obras/revistas/artigos e obtenha um conjunto de s�tios na internet que os alunos possam consultar a prop�sito de assuntos t�o diferentes como os que este m�dulo, t�o aberto, permite abordar.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A1: Portugal � espa�os internos e externos A prepara��o atempada de mapas-base permitir� ao professor seleccionar as escalas e as unidades administrativas mais adequadas aos objectivos da representa��o. A lecciona��o deste m�dulo deve basear-se na cria��o de situa��es de aprendizagem que promovam actividades em que os alunos desenvolvam compet�ncias na �rea da express�o gr�fica e cartogr�fica, da interven��o em debates relativos ao tema, no trabalho individual e em grupo, da pesquisa e da aquisi��o/recupera��o de vocabul�rio espec�fico. A abordagem deste tema pode ser proporcionadora do incremento da leitura atrav�s, nomeadamente, da an�lise de extractos de obras liter�rias ou de artigos de revistas. Dada a natureza do tema, o professor deve ter em aten��o as decis�es tomadas ao n�vel das iniciativas, dos objectivos e das op��es estrat�gicas tomadas no �mbito do Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNTOT), programa posto � discuss�o p�blica em Maio de 2006. Devem, ainda, ser criadas, situa��es de aprendizagem que permitam ao aluno realizar exerc�cios de localiza��o absoluta como seja a determina��o das coordenadas geogr�ficas dos pontos extremos de Portugal Continental e das Regi�es Aut�nomas dos A�ores e da Madeira. Os exerc�cios de localiza��o relativa devem posicionar Portugal Continental relativamente �s Regi�es Aut�nomas, as ilhas constituintes de cada arquip�lago relativamente umas �s outras e, ainda, relativamente aos pa�ses do continente europeu, americano e/ou africano que se localizam a longitudes e a latitudes semelhantes. A este prop�sito deve recordar-se a constitui��o dos grupos ocidental, central e oriental do arquip�lago dos A�ores. Devem, ainda, ser criadas actividades conducentes � operacionaliza��o de conceitos como o de escala e o de dist�ncia, nomeadamente atrav�s de actividades que visem a determina��o de dist�ncias reais entre Lisboa e outras cidades de Portugal Continental e, pelo menos, as cidades de Ponta Delgada e do Funchal.

Outra actividade que ajuda � compreens�o da constitui��o do territ�rio nacional � a determina��o da dist�ncia entre as diferentes ilhas que fazem parte dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira e do comprimento e largura m�ximos de algumas das respectivas ilhas. Sugere-se, tamb�m, que os alunos comparem as �reas de diferentes unidades territoriais como, por exemplo, a �rea da ilha da Madeira ou de S. Miguel e os concelhos do continente com �rea semelhante. Esta compara��o pode realizar-se atrav�s do recorte das ilhas e do seu �encaixe� nos diferentes concelhos do Continente. Os alunos podem, tamb�m, realizar actividades que levem � compara��o da sua constitui��o e da sua �rea com as de outros arquip�lagos, com � o caso das Baleares e das Can�rias. No �mbito da lecciona��o de conte�dos que visem o aprofundamento do conhecimento sobre o espa�o interno devem, tamb�m, ser abordadas quest�es relativas ao espa�o mar�timo e ao espa�o a�reo, � soberania em navios e em avi�es, aos corredores a�reos ou �s rotas mar�timas que envolvem a passagem pelas �guas portuguesas. Um caso particular a poder ser debatido � o do cruzamento das nossas �guas por navios que transportem materiais perigosos ou do nosso espa�o a�reo por avi�es militares de pa�ses que integrem, ou n�o, alian�as de que Portugal faz parte. A lecciona��o dos conte�dos relativos aos espa�os externos com os quais Portugal se relaciona deve ser entendida como um motivo de incentivo, por um lado, � pesquisa e, por outro lado, � interven��o oral quer em debates, quer na apresenta��o de trabalhos. No �mbito da lecciona��o das rela��es de Portugal com espa�os externos tem particular import�ncia a an�lise das consequ�ncias da integra��o na Uni�o Europeia, nomeadamente, no que diz respeito ao �mbito da aplica��o das decis�es a� tomadas.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A1l: Portugal � espa�os internos e externos Os trabalhos a desenvolver neste campo devem, ainda, incluir, por exemplo, a quantifica��o aproximada das comunidades de emigrantes em pa�ses como a Fran�a, a Alemanha, o Reino Unido, o Luxemburgo, o Canad�, os Estados Unidos da Am�rica, a �frica do Sul e a Venezuela. Sugere-se que sejam debatidos casos de visibilidade, pol�tica ou social, positiva e negativa de alguns dos elementos destas comunidades ou das comunidades, no seu conjunto. Os trabalhos a desenvolver neste campo devem, ainda, incluir, por exemplo, a quantifica��o aproximada das comunidades de emigrantes em pa�ses como a Fran�a, a Alemanha, o Reino Unido, o Luxemburgo, o Canad�, os Estados Unidos da Am�rica, a �frica do Sul e a Venezuela. Sugere-se que sejam debatidos casos de visibilidade, pol�tica ou social, positiva e negativa de alguns dos elementos destas comunidades ou das comunidades, no seu conjunto. Considera-se pertinente que sejam realizados debates sobre, por exemplo, o papel da televis�o na visibilidade internacional de Portugal ou da l�ngua portuguesa, nomeadamente, atrav�s da emiss�o de programas de entretenimento difundidos para as comunidades portuguesas ou falantes da l�ngua Portuguesa, da nomea��o de portugueses como embaixadores da UNICEF, ou de outros organismos da ONU, do �xito internacional de portugueses em diferentes actividades como as de car�cter cient�fico, art�stico, desportivo, liter�rio ou, mesmo, de visitas a pa�ses estrangeiros de figuras pol�ticas como, por exemplo, o presidente da rep�blica ou o primeiro -ministro. Considera-se imprescind�vel que sejam realizados debates decorrentes da apresenta��o do resultado de pesquisas individuais/em grupo ou da an�lise de textos que permitam compreender a import�ncia internacional da l�ngua portuguesa. A prepara��o de instrumentos de avalia��o adequados permitir�, ao professor e aos alunos, controlarem as aprendizagens, possibilitando ao primeiro desencadear a realiza��o de actividades de remedia��o e aos segundos uma reflex�o cr�tica sobre o seu desempenho. Os debates ou os jogos de pap�is que se sugerem proporcionam ao professor a

oportunidade para discutir casos a ocorrer no ano da lecciona��o e para realizar registos das compet�ncias do dom�nio atitudinal. A recolha de dados que envolvam a compara��o ao n�vel europeu ou ao n�vel mundial, deve ser realizada na mesma fonte a fim de n�o haver distor��es e veicular pr�ticas de rigor cient�fico. Bibliografia / Outros Recursos 6 BONIFACE, P.(Dir.). (2000). Atlas das Rela��es Internacionais. Lisboa: Pl�tano Edi��es T�cnicas, Lda. GRESH, A., VIDAL, D., ACHCAR, G., RADVANYI, J., REKACEWICZ, P. (Dir.).(2003). Atlas da globaliza��o, Le Monde diplomatique. Lisboa:Gr�fica Europam, Lda HERAS, R. (Dir.) (2006). Anu�rio EL MUNDO , 2005. Madrid: El Mundo. INE. (2006). Estimativas da Popula��o Residente, 2005. Lisboa: INE. INE. (2006). Estat�sticas Demogr�ficas 2004. Lisboa: INE. INE. (2005). Projec��es de Popula��o Residente, Portugal, 2000 a 2050. Lisboa: INE. INE. (2004). Retrato Territorial de Portugal, 2003.Lisboa: INE MEDEIROS, C. A. (1996). Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupa��o humana � uma Introdu��o. Lisboa: Ed. Estampa.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A1: Portugal � espa�os internos e externos MEDEIROS, C. A. (Dir.). BARATA SALGUEIRO, T. FERR�O,J. 2005. Geografia de Portugal, sociedade, paisagens e cidades. Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. M.E.P.AT. (1999). Portugal P.N.D.E.S., 2000-2006. Diagn�stico Prospectivo. Lisboa: Minist�rio do Equipamento, do Planeamento e da Administra��o do Territ�rio. MOITA, l.(Dir.). (2007) Janus 2007 Anu�rio das Rela��es Exteriores, Portugal no Mundo. Lisboa: P�BLICO e Universidade Aut�noma de Lisboa. MOITA, l.(Dir.). (2005) Janus 2006, Portugal no Mundo -A Nova Diplomacia. Lisboa: P�BLICO e Universidade Aut�noma de Lisboa. MOITA, L. (Dir.). (2000). Janus 2001-Anu�rio das Rela��es Exteriores. Lisboa: P�blico e Universidade Aut�noma. MOTA, I. PINTO, M. VASCONCELLOS e S�, RIBEIRO, F. QUINTAS, E. SOROMENHO-MARQUES V. (2005). Estrat�gia Nacional para o Desenvolvimento Sustent�vel, 2005/2015. Lisboa: Pandora, Edi��es, Imagem e Comunica��o MONTEIRO, H., SARAIVA, J.A. (Dir.) (2006). Anu�rio Expresso, 2005/2006. Lisboa: Expresso. MONTEIRO, H. (Dir.) (2007). Anu�rio Expresso, 2006. Lisboa: Expresso. PNUD. (2005). Relat�rio do Desenvolvimento Humano 2005.Lisboa: Ana Paula Faria, Editora. PNUD. (2006). Relat�rio do Desenvolvimento Humano 2006.Lisboa: Ana Paula Faria, Editora. RIBEIRO, O. (1970). Ensaios de Geografia Humana e Regional. Lisboa: Ed. S� da Costa. RIBEIRO, O. (1986). Inicia��o em Geografia Humana. Lisboa: Ed. S� da Costa. RIBEIRO, O. (1991). Portugal, o Mediterr�neo e o Atl�ntico: esbo�o de rela��es geogr�ficas. Lisboa: Ed. S� da Costa RIBEIRO, O. LAUTENSACH, H., DAVEAU, S.(1987-1991). Geografia de Portugal. 4 Volumes.

Lisboa: Ed. S� da Costa. SANTOS, N. P. (1995). As dimens�es da emigra��o na sociedade portuguesa contempor�nea. Cadernos de Geografia. N.� 14. VALENTE ROSA, M. J.VIEIRA, C. (2003). A Popula��o Portuguesa no s�culo XX. Lisboa: ICS da Universidade de Lisboa. S�tios da Internet www.ine.pt www.onu.pt

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B1 O Quadro Natural de Portugal � O Relevo Dura��o de Refer�ncia: 30 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo B1 -O Quadro Natural de Portugal � O Relevo -pretende-se dar ao aluno uma vis�o do relevo de Portugal, proporcionando-lhe um conhecimento das caracter�sticas geomorfol�gicas relacionadas com os agentes internos e externos que mais as condicionaram. Esta abordagem do relevo pressup�e, tamb�m, que se enquadre o relevo de Portugal Continental nas grandes unidades geomorfol�gicas da Pen�nsula Ib�rica e, quando necess�rio, da Europa. No que diz respeito ao litoral e ao relevo submarino, al�m dos conhecimentos relativos � respectiva morfodin�mica, � importante veicular as suas inter-rela��es com as actividades humanas dada a relev�ncia que estas podem ter para a economia nacional em consequ�ncia do peso crescente da actividade tur�stica como factor de crescimento econ�mico e de desenvolvimento, e, tamb�m, da evolu��o do peso ambiental, social e econ�mico que tem a pesca, a captura de marisco e a apanha de moluscos. A abordagem do quadro natural de Portugal � O Relevo, deve ter sempre subjacente a valoriza��o econ�mica do mesmo numa perspectiva de sustentabilidade. A abordagem deste m�dulo deve ainda contribuir, para uma forma��o-base s�lida e conducente ao entendimento da diversidade das paisagens em Portugal, da constru��o de uma �cultura de risco� e do entendimento aprofundado do papel do ordenamento do territ�rio na constru��o de um futuro duradouro. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam:

� compreender as grandes caracter�sticas do relevo de Portugal Continental e Insular � compreender a origem das principais formas de relevo de Portugal Continental e Insular � interpretar aspectos f�sicos das paisagens utilizando quer a observa��o directa, quer a observa��o indirecta � interpretar mapas hipsom�tricos de diferentes escalas � localizar espa�os e fen�menos geogr�ficos � executar croquis simples � compreender a import�ncia da valoriza��o do patrim�nio natural � manifestar atitudes de respeito pelo patrim�nio natural de modo a leg�-lo �s gera��es vindouras em condi��es de ser utilizado � manifestar esp�rito de toler�ncia e capacidade de di�logo cr�tico � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B1: O Quadro Natural de Portugal � O Relevo Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo os alunos devem ser capazes de: � ler mapas de pequena escala � ler mapas f�sicos de grande escala � calcular dist�ncias a partir de um mapa � descrever caracter�sticas morfol�gicas de Portugal Continental � relacionar a morfologia de algumas serras com a natureza das rochas constituintes � explicar a orienta��o das principais serras de Portugal Continental � identificar formas de relevo originadas em per�odos clim�ticos diferentes dos actuais � integrar o relevo de Portugal Continental nas grandes unidades geomorfol�gicas da Pen�nsula Ib�rica � identificar formas de relevo de origem vulc�nica como as caldeiras e os cones vulc�nicos � explicar a forma��o de cones vulc�nicos e de caldeiras, nos A�ores � caracterizar a morfologia da ilha da Madeira � relacionar a morfologia dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira com a sua origem vulc�nica � referir a altitude aproximada da serra da Estrela, do pico Ruivo, na ilha da Madeira, e do Pico, na ilha do Pico � localizar em mapas de diferente escala as formas de relevo mencionadas neste m�dulo � caracterizar a linha de costa de Portugal Continental e Insular �

descrever a ac��o erosiva do mar sobre a linha de costa � caracterizar o litoral de Portugal Continental e Insular � debater a import�ncia da extens�o da plataforma continental nos recursos piscat�rios � caracterizar a plataforma continental de Portugal Continental e Insular � apresentar algumas potencialidades tur�sticas do litoral e do relevo submarino � debater a import�ncia do relevo para o turismo � debater a import�ncia do relevo no ordenamento do territ�rio �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo B1 -O Quadro Natural de Portugal � O Relevo -desagrega-se nos conte�dos seguintes. Esta desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sequencial dos diferentes conte�dos, sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso � recupera��o/reorganiza��o de anteriores aprendizagens formais ou informais. B1.1 B1.2 B1.3 B1.4 B1.5

-As caracter�sticas morfol�gicas de Portugal Continental -O relevo de Portugal Continental no conjunto da Pen�nsula Ib�rica -A morfologia dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira -O relevo dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira e a Tect�nica de Placas -O litoral e o relevo submarino

Com o conte�do B1.1 � As caracter�sticas morfol�gicas de Portugal Continental � pretende-se desenvolver uma vis�o da distribui��o das principais formas de relevo. Assim, sugere-se que os alunos identifiquem a orienta��o, a altitude e a dimens�o relativa das principais formas de relevo, salientando o contraste norte-sul e litoral-interior dessa distribui��o. No que diz respeito �s serras, pretende-se que os alunos conhe�am a localiza��o, a orienta��o, a altitude e o comprimento das mais importantes. Sugere-se que as actividades incidam sobre as seguintes serras e alinhamentos de serras: Arr�bida, Bu�aco, Caldeir�o, Caramulo, Lous�-EstrelaGardunha, Monchique, Montejunto-Aire-Candeeiros, Montemuro-Alv�o-Mar�o, PenedaAmarelaGer�s, Penha Garcia, Perdig�o, Sintra e S. Mamede.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B1: O Quadro Natural de Portugal � O Relevo A diferente orienta��o das serras portuguesas deve ser relacionada com as orogenias herc�nica e alpina que est�o na sua origem. Os cimos aplanados de serras como a do Alv�o ou da Estrela devem ser relacionados com as caracter�sticas da forma��o destas serras. A abordagem deste conte�do deve, tamb�m, incidir sobre as seguintes �reas planas e aplanadas: plan�cie litoral da orla ocidental, peneplan�cie alentejana, parte terminal das bacias do Tejo e do Sado, planalto transmontano. Sugere-se, tamb�m, o estudo da depress�o R�gua-Chaves (falha de Penacova-R�gua-Verin). Estas sugest�es de estudo n�o invalidam que se estudem formas de relevo relevantes a n�vel local. Sugere-se, ainda, que, no �mbito deste conte�do, se abordem algumas singularidades ligadas � geomorfologia como � o caso das formas glaci�rias, dos montes-ilha (inserberg) ou das formas c�rsicas. Sugere-se que se identifique a constitui��o litol�gica de algumas serras de modo a estabelecer a liga��o com a explora��o de minerais n�o met�licos como, por exemplo, os m�rmores, os xistos e os granitos, debatendo, ent�o, os impactos econ�micos, ambientais, paisag�sticos e os riscos de algumas dessas explora��es. Com o conte�do B1.2 � O relevo de Portugal Continental no conjunto da Pen�nsula Ib�rica � pretende-se veicular a ideia de que o relevo de Portugal Continental �, em muitos casos, a continua��o natural das grandes unidades geomorfol�gicas da Pen�nsula Ib�rica. Devem abordar-se, pelos menos, os casos da Meseta Ib�rica e do Sistema Central. Pode-se, a prop�sito do enquadramento do relevo de Portugal Continental no conjunto da Pen�nsula Ib�rica, alargar a vis�o de conjunto ao relevo alpino que envolve a bacia do Mediterr�neo de modo a relacionar fen�menos s�smicos sentidos nessa regi�o com o deslocamento da placa africana.

Com o conte�do B1.3 � A morfologia dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira � pretende-se que a abordagem deste conte�do permita a identifica��o do relevo das ilhas constituintes dos diferentes arquip�lagos de modo a salientar a �frescura/juventude� de algumas formas existentes no arquip�lago dos A�ores como, por exemplo, os cones vulc�nicos, as faj�s ou as caldeiras. No caso da ilha da Madeira pretende-se que se saliente, por um lado, a exist�ncia de duas encostas, uma voltada a norte e outra voltada a sul e, por outro lado, o impacto no relevo, da natureza da rocha e do grande dinamismo da escorr�ncia superficial. Com o conte�do B1.4 � O relevo dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira e a Tect�nica de Placas � pretende-se uma abordagem que relacione a actividade vulc�nica e as formas de relevo vulc�nico com a posi��o dos arquip�lagos relativamente ao rift. �, tamb�m, fundamental explicar a forma��o das caldeiras, actividade do vulc�o dos Capelinhos e os fen�menos de vulcanismo secund�rio existentes na actualidade. �, tamb�m, importante perspectivar a evolu��o do arquip�lago dos A�ores decorrente da localiza��o do grupo ocidental e dos grupos central e oriental relativamente ao rift e fazer uma sensibiliza��o para as potencialidades do aproveitamento da energia geot�rmica. Com o conte�do B1.5 � O litoral e o relevo submarino � pretende-se, por um lado, estudar as caracter�sticas do litoral de Portugal Continental, veiculando como se processa a ac��o do mar sobre a linha de costa e, por outro lado, o estudo das caracter�sticas da plataforma continental. Considerase mais importante do que fazer o estudo per si da forma��o/evolu��o de alguns acidentes da costa, a valoriza��o ambiental de alguns acidentes como sejam o estu�rio do Tejo, o estu�rio do Sado, as �rias� de Aveiro e Formosa. Contudo, isso n�o impede que os alunos identifiquem acidentes da costa como sejam a concha de S. Martinho, o cabo da Roca, o cabo Espichel, o Cabo de S.Vicente ou o Cabo Gir�o. Considera-se interessante proporcionar, no caso de Portugal Continental, uma forma��o sum�ria sobre as altera��es do n�vel do mar e a exist�ncia de retalhos de plataformas de abras�o emersas e

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B1: O Quadro Natural de Portugal � O Relevo de uma arriba f�ssil como a da Costa da Caparica ou de localidades que, em tempos recentes, se localizavam perto do litoral e, actualmente, est�o bastante afastadas da linha de costa. Sob o ponto de vista do turismo, deve ser feita uma sensibiliza��o para novas potencialidades oferecidas pelo relevo submarino nomeadamente os vales submarinos e as recentes descobertas das chamin�s submarinas. No que diz respeito � plataforma continental ser� importante relacionar as suas caracter�sticas com as potencialidades da pesca ao longo do litoral portugu�s relacionando-as com as esp�cies que vivem em estreita liga��o com os fundos marinhos e as esp�cies que vivem na coluna de �gua, sobretudo as esp�cies migradoras como a sardinha e o atum, e com o esfor�o de pesca posto em pr�tica pelas diferentes artes e tipos de pesca. � pertinente debater a import�ncia que as diferentes esp�cies marinhas, estuarinas ou fluviais podem ter enquanto atrac��o tur�stica, como actividades de lazer ou, mesmo, como alimentos de elevada qualidade alimentar e/ou base de uma gastronomia rica e diversificada regionalmente. A abordagem dos conte�dos do m�dulo 1 -O Quadro Natural de Portugal � O Relevo -pressup�e os seguintes termos/conceitos: -assoreamento -geomorfologia -arriba -graben -arriba f�ssil -gruta -aplana��o -horst -ba�a -maci�o antigo -cabedelo -meseta ib�rica -caldeira -monte-ilha -canh�o (submarino) -moreia (glaci�ria) -campo de lapiez -morfologia (relevo) -�caos de blocos� -orla secund�ria -chamin� submarina -orogenia alpina -cone vulc�nico -orogenia herc�nica -crista m�dio-oce�nica -orografia -curva batim�trica -perfil (do relevo)

-curva de n�vel -peneplan�cie -declive -placa (tect�nica) -depress�o (geomorfol�gica) -planalto -dolina -plan�cie abissal -dragagem -plan�cie aluvial -encosta -Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) -energia renov�vel -plataforma de abras�o marinha -equidist�ncia das curvas de n�vel -plataforma continental -esp�cie b�ntica (peixe) -polje -esp�cie demersal (peixe) -praia -esp�cie endob�ntica (peixe) -restinga -esp�cie pel�gica (peixe) -ria -epigenia -rift -espor�o (rochoso) -talude continental -estratigrafia -vale em �U� (glaci�rio) -estrato -vulcanismo secund�rio -estu�rio -fumarola Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o A abordagem deste tema pressup�e o recurso sistem�tico � an�lise de mapas de escala diversa, de imagens (fotografias, dispositivos) e de croquis de modo a que sejam criadas refer�ncias visuais e mentais que permitam ao aluno, por um lado, comparar formas de relevo entre si e, eventualmente, extrapolar a forma��o de formas de relevo semelhantes �s estudadas. O recurso a visitas de estudo � uma estrat�gia fundamental � aquisi��o destas refer�ncias tal como, o recurso ao registo em v�deo de diferentes situa��es relativas ao tema como, por exemplo, a erup��o dos Capelinhos ou a actividade vulc�nica secund�ria, nos A�ores.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B1: O Quadro Natural de Portugal � O Relevo A avalia��o deve realizar-se ao longo do desenvolvimento das actividades propostas e, na sua vertente sumativa, envolver tarefas pr�ticas semelhantes �s que a seguir se descrevem. A constru��o de escalas e de outros instrumentos de registo � importante, sobretudo, para o registo de compet�ncias n�o ajuiz�veis em momentos, por exemplo, de avalia��o escrita. A distribui��o do relevo, tanto de Portugal Continental como de Portugal Insular, deve centrar-se na an�lise de mapas como, por exemplo, as folhas do Atlas do Ambiente (escala 1:1 000 000) ou em mapas de maior escala mas que permitam a localiza��o das principais serras, o c�lculo do seu comprimento aproximado, a compara��o das dimens�es relativas, a identifica��o das altitudes aproximadas e a sua orienta��o. A observa��o, por exemplo, de diapositivos � uma actividade que permite, por um lado, estruturar a conceptualiza��o dos conceitos e a realiza��o de perfis variados. A localiza��o, no mapa geol�gico, de algumas serras associada � observa��o directa ou indirecta das mesmas vai permitir inferir a rela��o entre alguns aspectos da morfologia e a composi��o litol�gica e, posteriormente, inverter o processo de infer�ncia, por exemplo, em situa��o de avalia��o. Esta actividade tem toda a vantagem em realizar-se sobre mapas de igual escala como, por exemplo, as folhas do Atlas do Ambiente. A an�lise comparativa do relevo da Pen�nsula Ib�rica deve ser tamb�m realizada em mapas de pequena escala (1:24 000 000). A rela��o entre o relevo da Pen�nsula Ib�rica, o da Europa e o do norte de �frica deve ser estabelecida atrav�s da an�lise de mapas (1:6 000 000) que abranjam o continente europeu e o do norte de �frica a fim de melhor ser entendido, por um lado, o relevo que envolve as margens do mar Mediterr�neo e, por outro lado, a origem vulc�nica de partes do territ�rio nacional e a sismicidade actual e antiga (terramoto de 1755).

O estudo do relevo litoral e do relevo submarino tem toda a vantagem em ser realizado atrav�s da an�lise, no caso do arquip�lago da Madeira, do mapa hipsom�trico correspondente � folha VII.4 do Atlas do Ambiente (escala 1:100 000) e no caso do arquip�lago dos A�ores nas duas folhas publicadas pelo Instituto Geogr�fico Cadastral (escala 1:200 000) e, ainda da observa��o de imagens fixas ou m�veis. Uma actividade importante � a determina��o da largura da plataforma continental ao longo de Portugal Continental, o que ajuda, por exemplo, a combater a ideia que a nossa costa � muito rica em esp�cies pel�gicas migradoras ou n�o. Caracter�sticas das formas de relevo como, por exemplo, o cimo de serras como a da Estrela, as serras espanholas da Cordilheira Central (Gata, Gredos ou Guadarrama), os vales glaci�rios como o do rio Z�zere (Manteigas), a garganta epig�nica de Vila Velha de R�d�o, as caldeiras como, por exemplo, a das Sete Cidades ou a das Furnas, o Curral das Freiras devem ser observadas e analisadas a partir de imagens (fotografias ou outras) de modo a serem posteriormente identificadas pelos alunos. O estudo do recorte da costa deve privilegiar actividades alicer�adas em mapas e centradas, por exemplo, na identifica��o da orienta��o e no c�lculo do comprimento dos grandes arcos arenosos, da extens�o da �ria� de Aveiro, do estu�rio do rio Tejo, da �ria� Formosa ou de restingas como a de Tr�ia. Este estudo, ao ser complementado com a observa��o de imagens ajuda, por um lado, � estrutura��o dos conceitos e, por outro lado, em situa��o de avalia��o sumativa, � identifica��o das formas como primeiro passo para a sua explica��o. Uma actividade que os alunos podem realizar ao n�vel local, regional ou nacional a fim de melhor perspectivarem os efeitos da subida do n�vel do mar sobre a linha de costa �, em computador ou sobre mapas, verificarem os efeitos de uma subida de v�rios cent�metros ou metros. O estudo do relevo submarino pressup�e uma recolha atempada de videogramas a fim de os alunos conceptualizarem as formas existentes, os declives, a vida submarina e as eventuais vantagens e os eventuais riscos de uma actividade tur�stica descontrolada, da sobre-explora��o e da polui��o/contamina��o dos recursos.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B1: O Quadro Natural de Portugal � O Relevo Os alunos podem ser tamb�m incentivados a realizar actividades de pesquisa que visem, por um lado, alargar os respectivos conhecimentos e melhorar a produ��o e a apresenta��o de trabalhos recorrendo a t�cnicas variadas e, por outro lado, valorizar o patrim�nio geomorfol�gico e geol�gico. � o caso, por exemplo, de afloramentos rochosos com 1100 milh�es de anos no NE de Portugal Continental, um s�tio-padr�o de registo geol�gico de v�rios milh�es de anos quase completo, junto ao Cabo Mondego, as pegadas de dinossauros, de faci�s rochosos como o do calc�rio apinhoado do Turoniano, do inselberg de Monsanto, de aldeias constru�das com as rochas da regi�o como a do Piod�o. Outra actividade que pode ser proposta � a investiga��o dos impactos, na sa�de p�blica, decorrentes da composi��o das rochas com as quais se constr�em as casas como � o caso do rad�o ou da explora��o de min�rios como �, por exemplo, o caso do ouro ou do ur�nio. Os alunos poder�o, em jogos de pap�is, analisar textos legais relativos ao ordenamento do territ�rio nas �reas costeiras e tomar contacto com os princ�pios subjacentes � Lei de Bases do Ordenamento do Territ�rio e do Urbanismo. Esta actividade ajuda a construir uma atitude cr�tica e interventiva sobre diversas quest�es suscitadas pela aplica��o, por exemplo, dos Planos de Ordenamento das Orlas Costeiras (POOC). Bibliografia / Outros Recursos BRITO R. S. (dir.) (1994). Perfil geogr�fico. Lisboa: Ed. Estampa. DAVEAU, S. (1987-1991). Geografia de Portugal. Lisboa: Ed. S� da Costa. DAVEAU, S. (1998). Portugal geogr�fico. Porto: Ed. S� da Costa. MEDEIROS, C. A. (1996). Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupa��o humana: uma introdu��o. Lisboa: Ed. Estampa. MEDEIROS, C.A. (Dir.). BRUM FERREIRA, A. (Coord). 2005. Geografia de Portugal, o

Ambiente F�sico (parte I). Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. 2005. RABELLA,J.M. (Dir.). (1998). Atlas de Espa�a y Portugal. Barcelona: Ediciones Pen�nsula. RIBEIRO, O (1991). Portugal, o Mediterr�neo e o Atl�ntico: esbo�o de rela��es geogr�ficas. Lisboa: Ed. S� da Costa. Legisla��o -Lei n.� 48/98, de 11 de Agosto � Lei de Bases do Ordenamento do Territ�rio e de Urbanismo; estabelece as bases da pol�tica de ordenamento do territ�rio e de urbanismo. -Decreto-Lei n.� 380/99, de 22 de Setembro � estabelece o programa de ac��o legislativa complementar � Lei n.� 48/98. -Decreto-Lei n.� 310/2003, de 10 de Dezembro � revoga alguns artigos do D.L. n.� 380/99.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B2 O Quadro Natural de Portugal � O Clima Dura��o de Refer�ncia: 30 horas Apresenta��o 1 Com m�dulo B2 -O Quadro Natural de Portugal � O Clima -pretende-se que o aluno desenvolva o conhecimento do clima de Portugal, nomeadamente das suas caracter�sticas e das especificidades decorrentes da localiza��o do territ�rio nacional e, ainda, dos factores f�sicos que condicionam a distribui��o da temperatura e da precipita��o. O conhecimento da especificidade do clima de Portugal, sobretudo de Portugal Continental, pressup�e que os alunos sejam capazes de o diferenciar dos outros tipos de clima mais frequentes no continente europeu e de compreenderem as vantagens e as desvantagens da� decorrentes. Deve ser estabelecida uma abertura para o enquadramento nos grandes conjuntos mundiais de clima e, veicular a ideia da pouca representatividade da distribui��o, a n�vel mundial, do clima do tipo mediterr�neo. A abordagem deste m�dulo deve contribuir, tamb�m, para uma forma��o-base s�lida conducente, por um lado, � compreens�o da diversidade de paisagens em Portugal, e, por outro lado, ao conhecimento aprofundado do ordenamento do territ�rio. Deve contribuir, tamb�m, para a compreens�o da import�ncia econ�mica do clima, em Portugal. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender � compreender � compreender � interpretar

as caracter�sticas do clima de Portugal Continental e Insular o padr�o da distribui��o espacial da temperatura e da precipita��o a varia��o interanual e intra-anual da precipita��o de forma sum�ria cartas sin�pticas

� interpretar de forma sum�ria imagens de sat�lite � interpretar blocos-diagrama � pesquisar informa��o meteorol�gica na Internet � utilizar t�cnicas de express�o gr�fica e cartogr�fica � interpretar mapas com a distribui��o de diversos elementos do clima � debater a import�ncia da valoriza��o econ�mica do clima � manifestar preocupa��es relativas � necessidade de consolidar uma �cultura de risco� relacionada com os fen�menos meteorol�gicos � manifestar preocupa��es relativamente ao processo de desertifica��o � manifestar esp�rito de toler�ncia e capacidade de di�logo cr�tico � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas � manifestar interesse/preocupa��o pelos problemas ambientais ao n�vel mundial

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B2: O Quadro Natural de Portugal � O Clima Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo o aluno deve ser capaz de: � caracterizar a varia��o anual da temperatura em Portugal � caracterizar a varia��o anual da precipita��o em Portugal � explicitar a distribui��o espacial da temperatura em Portugal � explicar o papel do relevo na distribui��o espacial da temperatura � explicitar a distribui��o espacial da precipita��o � relacionar a variabilidade da precipita��o com a desloca��o em latitude dos centros de alta e de baixa press�o � explicar o papel do relevo na distribui��o espacial da precipita��o � descrever as situa��es meteorol�gicas mais frequentes em Portugal Continental, no Ver�o e no Inverno � explicitar consequ�ncias das situa��es meteorol�gicas mais frequentes em Portugal Continental � explicitar riscos da varia��o inter anual e intra-anual da precipita��o � caracterizar o regime termopluviom�trico das principais regi�es portuguesas � explicitar consequ�ncias do regime termopluviom�trico � compreender a tend�ncia para a ocorr�ncia, cada vez mais frequente, de fen�menos meteorol�gicos extremos � caracterizar as diferencia��es clim�ticas nos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira � relacionar as caracter�sticas clim�ticas dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira com a sua

localiza��o � debater a valoriza��o do clima, em Portugal � debater as vantagens comparativas do clima de Portugal, no contexto europeu � construir gr�ficos termopluviom�tricos e com a direc��o dos ventos �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo B2 -O Quadro Natural de Portugal � O Clima -desagrega-se nos conte�dos seguintes. Esta desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sequencial dos diferentes conte�dos, sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso � recupera��o/reorganiza��o de anteriores aprendizagens formais ou informais. B2.1-As caracter�sticas clim�ticas de Portugal Continental B2.2 -A diferencia��o clim�tica de Portugal Continental B2.3 -O clima de Portugal no contexto dos grandes conjuntos clim�ticos europeus B2.4 -As caracter�sticas clim�ticas dos A�ores e da Madeira Com o conte�do B2.1 � As caracter�sticas clim�ticas de Portugal Continental � pretende-se que os alunos compreendam as caracter�sticas do regime termopluviom�trico relacionando-as com a circula��o da Atmosfera, sobretudo, na zona temperada do norte, com a localiza��o de Portugal continental em latitude e na margem ocidental do continente europeu e, ainda, com as situa��es meteorol�gicas mais frequentes. Considera-se pertinente que a abordagem das situa��es meteorol�gicas mais frequentes seja relacionada com a exist�ncia de anos ou de sequ�ncias de anos secos ou de anos h�midos no sentido de se debaterem os riscos decorrentes, sobretudo, da variabilidade, quer interanual, quer intra-anual da precipita��o. A an�lise das sequ�ncias antes mencionadas deve servir, tamb�m, para o debate/sensibiliza��o relativamente � maior probabilidade de ocorr�ncia de fen�menos meteorol�gicos extremos e das respectivas consequ�ncias.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B2: O Quadro Natural de Portugal � O Clima As situa��es meteorol�gicas mais frequentes podem, tamb�m, relacionar-se com impactos como o da nortada nas praias do litoral ocidental, como a utiliza��o do vento para a produ��o de energia e�lica e, mesmo, debater a import�ncia da localiza��o de Portugal na margem ocidental do continente europeu na dissipa��o/concentra��o da polui��o atmosf�rica. A prop�sito da utiliza��o do vento para a produ��o de energia e�lica, � importante salientar, por um lado, o contributo desta fonte de energia para a diminui��o da depend�ncia externa de Portugal relativamente �s importa��es e aos pa�ses fornecedores de combust�veis f�sseis e, por outro lado, o contributo para o nosso Pa�s cumprir as metas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto. A abordagem deste conte�do deve, assim, permitir aos alunos compreenderem a import�ncia da previs�o meteorol�gica na vida quotidiana. A compara��o da dura��o do per�odo seco estival nas diferentes regi�es portuguesas deve ser orientada para os seus reflexos em actividades como a agricultura, nomeadamente, a produ��o de vinhos verdes e maduros e para a import�ncia do regadio enquanto que a compara��o da distribui��o da radia��o solar pode ser orientada, por exemplo, para as vantagens econ�micas do respectivo aproveitamento. Neste caso, � importante analisar os impactos ambientais e econ�micos da instala��o de centrais fotovoltaicas. Com o conte�do B2.2 � A diferencia��o clim�tica de Portugal Continental � pretende-se que os alunos compreendam o papel da continentalidade e do relevo na diferencia��o tanto da distribui��o da temperatura como da precipita��o. Assim, o estudo da distribui��o destes dois elementos de clima deve ser realizado em estreita rela��o com o mapa hipsom�trico. No caso da temperatura � fundamental relacionar a sua distribui��o com a altitude e com a exposi��o geogr�fica das localidades analisando, por exemplo, os casos da parte ocidental e da parte oriental da bacia hidrogr�fica portuguesa do rio Douro e o caso da parte terminal da bacia do

rio Guadiana. � importante estudar a distribui��o da insola��o no territ�rio nacional e dos factores que influenciam essa distribui��o assim como as suas vantagens e desvantagens. Um caso particular a analisar, � o incremento recente do turismo de neve na serra da Estrela e da necessidade deste crescimento ser regulado em termos de ordenamento territorial, sobretudo quando se pretendem implementar programas como o �Serra da Estrela Din�mica� no �mbito do Plano Estrat�gico Nacional de Turismo (PENT). No caso da distribui��o da precipita��o � fundamental relacion�-la com a orienta��o do relevo, por exemplo, no Noroeste, ao longo da chamada �barreira de condensa��o�, na Cordilheira Central, no vale do rio Douro, no vale do rio Mondego e no vale do Guadiana. O estudo da distribui��o da precipita��o pressup�e o estabelecimento da rela��o existente entre o gradiente t�rmico vertical e a humidade relativa de forma a explicar o mecanismo da forma��o da precipita��o orogr�fica. Com o conte�do B2.3 � O clima de Portugal no contexto dos grandes conjuntos clim�ticos europeus � pretende-se que os alunos compreendam e debatam as vantagens e desvantagens comparativas do clima de Portugal no contexto da Europa e, sobretudo, no contexto da Uni�o Europeia, nomeadamente as vantagens que oferece o clima temperado mediterr�neo em termos, por exemplo, da produ��o de hortofrut�colas com destino � exporta��o para os pa�ses do norte da Europa ou da produ��o dos chamados produtos mediterr�neos, como, por exemplo, o azeite. Outro debate a realizar � o da import�ncia do clima na atrac��o de imigrantes e de turistas oriundos dos pa�ses do norte da Europa. Com o conte�do B2.4 � As caracter�sticas clim�ticas dos A�ores e da Madeira � pretende-se a caracteriza��o do clima nas ilhas dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira, estabelecendo as principais diferen�as relativamente a Portugal Continental. Nesta abordagem, � importante analisar o papel da insularidade no clima, salientando, no caso do arquip�lago dos A�ores a influ�ncia na precipita��o decorrente da localiza��o numa �rea com muita influ�ncia das perturba��es da frente polar, em fase de nascimento ou de juventude. No caso do arquip�lago da Madeira � de salientar a influ�ncia da sua localiza��o e do impacto da distribui��o do relevo que d�o um car�cter subtropical ao clima, sobretudo, nas altitudes mais baixas da encosta sul.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B2: O Quadro Natural de Portugal � O Clima A abordagem dos conte�dos do m�dulo B2 -O Quadro Natural de Portugal � O Clima -pressup�e os seguintes termos/conceitos: -albedo -amplitude da varia��o t�rmica -anticiclone -aquecimento global -�buraco do ozono� -carta sin�ptica -central fotovoltaica -clima -continentalidade -convec��o t�rmica -declive barom�trico -deple��o do ozono estratosf�rico -depress�o barom�trica -desastre natural -desertifica��o -efeito de abrigo -efeito de estufa -elemento de clima -energia renov�vel -estado de tempo -estrutura vertical da atmosfera -evapora��o -evapotranspira��o -exposi��o geogr�fica -factor de clima -fen�meno meteorol�gico extremo -fontes m�veis de polui��o -fontes fixas de polui��o -frente polar -frente fria -frente oclusa -frente quente -frontog�nese -front�lise -gases com efeito de estufa (GEE) -gradiente t�rmico vertical -humidade absoluta -humidade relativa -insola��o -instabilidade (massa de ar) -linha isob�rica

-linha isoi�tica -linha isot�rmica -massa de ar -m�s seco -nebulosidade -�nortada� -parque e�lico -per�odo seco estival -perturba��o da frente polar -polui��o atmosf�rica -precipita��o atmosf�rica -press�o atmosf�rica -protocolo de Quioto -radia��o solar -regime termopluviom�trico -sat�lite geoestacion�rio -sector anterior (de uma perturba��o) -sector interm�dio -sector posterior -situa��o meteorol�gica -superf�cie frontal fria -superf�cie frontal quente -temperatura m�dia -tipos de nuvens: de desenvolvimento horizontal de desenvolvimento vertical -tipos de massas de ar: mar�tima/continental quente/fria polar/tropical -tipos de precipita��o: convectiva frontal orogr�fica

-ventos Al�seos -ventos de Oeste -zona (terrestre) Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o 5 A abordagem do tema deste m�dulo pressup�e o recurso sistem�tico � leitura e � interpreta��o de mapas tem�ticos, ao tratamento gr�fico de dados clim�ticos, � observa��o de imagens de sat�lite, � recolha de informa��o meteorol�gica em v�rios s�tios da Internet, � observa��o e � interpreta��o de blocos-diagrama. Este tema deve ser utilizado para se debaterem quest�es ligadas ao ordenamento do territ�rio e, ainda, quest�es relacionadas com a valoriza��o econ�mica do clima muito para al�m da explora��o do turismo de sol e praia. Deve ser, ainda, perspectivado no sentido se compreender a necessidade do cumprimento da legisla��o europeia e das metas estabelecidas no Protocolo de Quioto. O estudo do clima de Portugal Continental e Insular deve centrar-se em actividades de car�cter pr�tico tanto ao n�vel da constru��o de gr�ficos como da an�lise de mapas tem�ticos. Estas actividades devem ser alvo da constru��o de instrumentos de avalia��o que permitam o registo de informa��es diversas, tanto no dom�nio das compet�ncias t�cnico-metodol�gicas como das compet�ncias do dom�nio das atitudes.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B2: O Quadro Natural de Portugal � O Clima As actividades devem, tamb�m, contribuir para o desenvolvimento de compet�ncias anal�ticoconceptuais por ajudarem a �construir ci�ncia�, a desenvolver uma linguagem cient�fica adequada e, posteriormente, em momentos de avalia��o sumativa a responder mais facilmente a quest�es que exijam opera��es mentais de n�vel mais elaborado. Devem analisar-se, sempre que poss�vel, situa��es meteorol�gicas que ocorrem no per�odo de abordagem deste m�dulo a fim de os alunos poderem, mais facilmente, relacionar os estados de tempo com as situa��es que lhe est�o na origem. Situa��es de excep��o devem tamb�m ser aproveitadas para ajudar a construir a imagem de que o clima n�o � mais do que uma sucess�o de estados de tempo e que algumas das an�lises realizadas se fazem sobre m�dias relativas a per�odos de diferente extens�o. Estas situa��es de excep��o devem ser aproveitadas para debater as consequ�ncias, por exemplo, da polui��o nos fen�menos meteorol�gicos traduzidos pelo aumento global da temperatura, da subida do n�vel do mar e da maior frequ�ncia da ocorr�ncia de fen�menos meteorol�gicos extremos. A recolha atempada de imagens v�deo a partir de programas de divulga��o emitidos pelos diferentes canais televisivos ajuda � compreens�o e ao debate destes problemas. A observa��o directa das caracter�sticas da precipita��o frontal, fria ou quente, deve ser relacionada com os tipos de nuvens que lhes est�o associadas e com os impactos de um e de outro tipo de precipita��o. A constru��o de gr�ficos da precipita��o mensal referente a v�rios anos � uma estrat�gia eficaz para a compreens�o da variabilidade inter anual e intra-anual da precipita��o. A constru��o destes gr�ficos permite que os alunos interiorizem o valor n�o s� das oscila��es inter anuais e intra-anuais da precipita��o e, tamb�m, construam refer�ncias s�lidas relativas � diferencia��o f�sica do espa�o nacional. Esta an�lise � importante para os alunos interiorizarem o problema da

desertifica��o que poder� ser, mais tarde retomado aquando da an�lise das consequ�ncias de uma agricultura extensiva dedicada � produ��o de cereais. A constru��o de gr�ficos com as principais direc��es do vento vai ajudar � conceptualiza��o da din�mica da baixa atmosfera no nosso Pa�s e, ainda, ajudar a debater os impactos dos ventos na ondula��o, no encerramento dos portos, no aproveitamento tur�stico do litoral, sobretudo, a norte do Cabo Carvoeiro quando sopra a �nortada�. Uma actividade a realizar � a identifica��o de andares de vegeta��o relacionandoos com a varia��o, sobretudo, da temperatura com a altitude, introduzindo, assim, mais uma componente do estudo das paisagens. O conhecimento das diferen�as da distribui��o espacial dos v�rios elementos de clima deve centrarse na an�lise de mapas j� existentes e de dados recolhidos especificamente para o efeito. No que diz respeito ao enquadramento do clima de Portugal nos grandes conjuntos clim�ticos europeus � fundamental que os alunos construam e comparem gr�ficos termopluviom�tricos de esta��es meteorol�gicas caracter�sticas do clima temperado mar�timo, do clima temperado continental, de climas de transi��o entre o temperado mar�timo e o temperado continental e, ainda, dos climas temperados ditos frios a fim de, mais tarde, poderem identific�-los e justificar as vantagens e as desvantagens do clima de Portugal. Simultaneamente, os alunos adquirem balizas importantes para compreenderem o significado dos valores m�dios da temperatura e dos totais da precipita��o. O recurso � an�lise de not�cias da imprensa di�ria ou a recolha de informa��o a partir de notici�rios televisivos �, tamb�m, importante para os alunos constru�rem refer�ncias s�lidas e constatarem os impactos das diferentes situa��es meteorol�gicas na vida quotidiana e, mesmo, na economia dos pa�ses. Recomenda-se a observa��o do boletim meteorol�gico emitido pela TVE. Atrav�s do sitio do Instituto Nacional de Meteorologia � f�cil aceder, atrav�s dos links de interesse, � informa��o meteorol�gica de outros pa�ses como a Espanha, o Reino Unido ou a Alemanha.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B2: O Quadro Natural de Portugal � O Clima Uma actividade interessante para os alunos � o c�lculo da varia��o da amplitude t�rmica anual em diferentes tipos de clima. Estes alunos podem, tamb�m, desenvolver actividades de pesquisa que visem a recolha de patrim�nio cultural oral como �, por exemplo, a recolha de prov�rbios relacionados com o clima, verificando a �validade� cient�fica dos mesmos. O estudo do clima nas ilhas dos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira deve centrarse numa metodologia semelhante. A an�lise de imagens como por exemplo, da ilha do Pico com o Pico a emergir do manto de nuvens � uma estrat�gia eficaz para se abordar o n�vel �ptimo de condensa��o e, ajudar os alunos a explicar casos semelhantes. A constru��o de gr�ficos termopluviom�tricos relativos a esta��es meteorol�gicas localizadas na encosta norte e na encosta sul da ilha da Madeira associada � constru��o de gr�ficos relativos �s direc��es mais frequentes do vento ajudar� os alunos a compreenderem melhor a oposi��o entre as vertentes expostas aos ventos dominantes e as que n�o recebem esses ventos. Esta an�lise poder� abrir caminho � compreens�o da import�ncia das diferencia��es locais do clima em actividades como o turismo ou a agricultura. Bibliografia / Outros Recursos BRITO R. S. (Dir.) (1994). Perfil Geogr�fico. Lisboa: Ed. Estampa. DAVEAU, S. (1987-1991). Geografia de Portugal. Lisboa: Ed. S� da Costa. DAVEAU, S. (1998). Portugal Geogr�fico. Porto: S� da Costa. Ed. MEDEIROS, C. A. (1996). Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupa��o humana: uma introdu��o. Lisboa: Ed. Estampa. MEDEIROS, C.A. (Dir.). BRUM FERREIRA, A. (Coord). 2005. Geografia de Portugal, o ambiente f�sico (parte I). Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. 2005.

RIBEIRO, O (1991) � Portugal, o Mediterr�neo e o Atl�ntico: esbo�o de rela��es geogr�ficas. Lisboa: Ed. S� da Costa. S�tios da Internet www.meteo.pt www.wetterzentrale/de

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO A2 O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal Dura��o de Refer�ncia: 33 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo A2 � O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal � pretende-se que os alunos conhe�am a distribui��o geogr�fica e as caracter�sticas das forma��es vegetais predominantes em Portugal, associando-as, por um lado, a condicionantes naturais como o relevo e como o clima e, por outro lado, � ac��o humana. �, ainda, objectivo deste tema que os alunos compreendam a import�ncia do sector florestal na economia portuguesa. Este m�dulo visa, ainda, que os alunos analisem os impactos da actividade humana sobre as forma��es vegetais existentes no territ�rio nacional e sejam capazes de compreender a import�ncia do ordenamento florestal, nos seus m�ltiplos aspectos. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � conhecer a composi��o das principais forma��es vegetais existentes no territ�rio nacional � conhecer as principais forma��es vegetais degradadas existentes no territ�rio nacional � conhecer a distribui��o das principais esp�cies florestais existentes no territ�rio nacional � compreender a import�ncia econ�mica da floresta � compreender a import�ncia da floresta na manuten��o da biodiversidade � compreender o valor dos endemismos enquanto patrim�nios naturais � compreender a import�ncia da preserva��o dos parques naturais �

compreender o valor patrimonial da laurissilva � interpretar paisagens florestais � manifestar preocupa��es relativamente � necessidade da implementa��o do ordenamento florestal � compreender os problemas associados aos fogos florestais � debater as vantagens e os inconvenientes das fileiras florestais � realizar pesquisas sobre o tema � manifestar esp�rito de toler�ncia e de di�logo cr�tico � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas � manifestar atitudes de autonomia na realiza��o de trabalhos de campo � manifestar atitudes de respeito pelo patrim�nio natural

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A2: O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo o aluno deve ser capaz de: � diferenciar forma��es vegetais espont�neas de forma��es vegetais introduzidas � caracterizar a floresta atl�ntica � descrever o estado da floresta atl�ntica, em Portugal � distinguir uma floresta caducif�lia de uma floresta de con�feras � caracterizar a floresta mediterr�nea � descrever o estado da floresta mediterr�nea � explicar a exist�ncia de forma��es vegetais degradadas � distinguir esp�cies florestais resinosas de esp�cies folhosas � caracterizar a distribui��o espacial das principais forma��es vegetais � dar exemplo de esp�cies importantes no espa�o portugu�s � caracterizar fileiras florestais importantes na economia nacional � referir o valor aproximado da produ��o econ�mica anual da floresta � explicar o valor econ�mico interno da floresta � explicar o valor econ�mico da exporta��o dos produtos florestais � explicar a import�ncia local dos baldios � explicar o valor ambiental das florestas � justificar a relev�ncia do ordenamento florestal � referir comportamentos humanos de risco relativamente ao fogos florestais � interpretar mapas com a distribui��o espacial das principais forma��es vegetais � identificar �reas florestadas em fotografias a�reas � interpretar dados estat�sticos relativos ao tema �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo A2 � O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal � desdobra-se nos

conte�dos seguintes. A2.1 A2.2 A2.3 A2.4

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A A O A

floresta -distribui��o espacial e composi��o flor�stica floresta no contexto econ�mico nacional ordenamento florestal e os fogos florestais cobertura vegetal nos A�ores e na Madeira

A abordagem do conte�do A2.1 � A floresta � distribui��o espacial e composi��o flor�stica � dever� privilegiar a identifica��o das caracter�sticas das principais forma��es florestais � florestas, matos, forma��es vegetais litorais � que se podem encontrar no espa�o nacional, a sua localiza��o e extens�o, e as principais esp�cies que fazem parte da respectiva composi��o flor�stica. Um aspecto a veicular � o da g�nese de algumas forma��es/esp�cies vegetais, contribuindo, deste modo, para uma correcta conceptualiza��o da cobertura vegetal do nosso Pa�s. Com este conte�do pretende-se, tamb�m, que se tenha uma vis�o retrospectiva da extens�o de algumas das forma��es florestais existentes, relacionando-as com as causas que estiveram subjacentes, por um lado, � redu��o da respectiva extens�o como � o caso, da floresta temperada atl�ntica e da floresta mediterr�nea e, por outro lado, ao aumento da �rea ocupada por outras forma��es como �, por exemplo, o caso das manchas florestais de pinheiro bravo e de eucalipto. Deve, tamb�m, ser debatido o impacto da redu��o/fragmenta��o/degrada��o das florestas portuguesas na biodiversidade, valorizando-as enquanto �ltimos redutos vegetais da Europa, e relacionar a distribui��o de algumas esp�cies florestais com altera��es clim�ticas ocorridas, por exemplo, nas glacia��es.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A2: O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal A lecciona��o deste conte�do deve, ainda, permitir que os alunos identifiquem a localiza��o predominante e compreendam as raz�es e o significado da origem de algumas forma��es vegetais degradadas como � o caso, por exemplo, do maquis, do garrigue, dos urzais, dos tojais ou dos estevais. No �mbito deste conte�do pretende-se, ainda, que os alunos se consciencializem da import�ncia dos baldios em determinadas �reas e da reac��o das popula��es locais � floresta��o e, tamb�m, que compreendam o significado dos endemismos, sobretudo, os raros, existentes em Portugal. O conte�do A2.2 � A floresta no contexto econ�mico nacional � deve permitir que os alunos compreendam a import�ncia econ�mica de algumas fileiras florestais como as relacionadas, por exemplo, com o pinheiro bravo, no que diz respeito ao fabrico de m�veis e � extrac��o de resina, com o sobreiro, relativamente � produ��o de corti�a e com o eucalipto na ind�stria de pasta para papel ou, mesmo, ligadas a novas potencialidades dos produtos florestais como, por exemplo, os castanheiros no que diz respeito � produ��o de castanhas ou com as nogueiras na produ��o de nozes. A abordagem deste conte�do implica que se identifique a import�ncia regional das produ��es supracitadas e do seu reflexo na economia nacional, salientando o caso dos produtos florestais, lenhosos e n�o lenhosos, mais relevantes ao n�vel nacional e ao n�vel internacional, quer no contexto da UE, quer extracomunit�rio. Um aspecto a debater � o da cria��o de maior VAB (valor acrescentado bruto) de produtos oriundos da floresta como � o caso, por exemplo, da castanha ou dos pinh�es. Esta an�lise, pressup�e, compara��es com o que se pratica nos pa�ses com um perfil produtivo semelhante ao nacional como, por exemplo, a Espanha ou a Gr�cia contribuindo, assim, para que os alunos conceptualizem o enquadramento internacional do sector florestal. A lecciona��o deste tema pressup�e, ainda, que sejam analisados aspectos relacionados com a import�ncia do sector florestal portugu�s, nomeadamente, como factor de diversifica��o de actividades e como contributo para uma melhor utiliza��o da m�o-de-obra na agricultura e para a

fixa��o da popula��o rural. Para al�m dos produtos tradicionais do sector florestal (madeira, corti�a, resina, frutos), devem ser debatidos outros casos como, por exemplo, da silvopastor�cia, da utiliza��o da biomassa, da ca�a, da pesca, da apicultura ou do lazer. � fundamental que a abordagem deste conte�do permita aos alunos compreenderem, por um lado, o contributo ambiental da floresta para os ecossistemas, em especial os favor�veis � agricultura e, por lado, a import�ncia econ�mica da vertente ambiental da floresta como � o caso, por exemplo, da protec��o do solo e dos recursos h�dricos, da biodiversidade, da valoriza��o da Reserva Ecol�gica Nacional (REN) e, mesmo, do chamado sequestro do carbono. Com o conte�do A2.3 � O ordenamento florestal e os fogos florestais � pretende-se que os alunos analisem o estado da floresta portuguesa de modo a valorizarem o ordenamento florestal enquanto potencializador econ�mico do sector, como contributo para o bem-estar local, nacional e global e, ainda, como patrim�nio natural relevante, ao n�vel europeu. Neste conte�do, � tamb�m importante abordar a quest�o dos fogos florestais n�o s� no que diz respeito � redu��o dos riscos como, tamb�m, aos seus impactos naturais e econ�micos. Esta abordagem pressup�e, tamb�m, a an�lise dos problemas relacionados com o cadastro florestal e o debate de eventuais medidas para o sector. Com o conte�do A2.4 � A cobertura vegetal nos A�ores e na Madeira � pretende-se que os alunos compreendam as caracter�sticas das forma��es vegetais predominantes nos dois arquip�lagos salientando o respectivo valor econ�mico, natural e ambiental. Assim, considera-se fundamental o estudo da Laurissilva, entendida como uma rel�quia da floresta Terci�ria, uma forma��o vegetal que desapareceu da Pen�nsula Ib�rica e do Norte de �frica onde s� permaneceram muito poucas esp�cies das que a constitu�am, e que tem os seus �ltimos redutos na Macaron�sia, especialmente na ilha da Madeira.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A2: O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal O desenvolvimento deste conte�do pressup�e, tamb�m que se fa�a refer�ncia � redu��o das plantas aut�ctones e � introdu��o de esp�cies que se tornaram infestantes, associada, por exemplo, � necessidade de combust�vel, � marcenaria ou aos ciclos econ�micos das ilhas � da laranja e do anan�s, nos A�ores, do vinho ou da banana, na Madeira. A abordagem dos conte�dos do m�dulo A2 � O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal � pressup�e a aquisi��o dos seguintes termos/conceitos: -�rea protegida -peixe di�dromo -apicultura -produto lenhoso -aquicultura -produto n�o lenhoso -baldio -protec��o integrada -biodiversidade -quercus -cadastro (florestal) -reflorestamento -coberto florestal -repovoamento florestal -composi��o for�stica -sistema agroflorestal: -con�fera . agrosilvicultura -desrama��o . silvicultura -desbate . agrosilvopastoril -esp�cie aut�ctone -ordenamento territorial -esp�cie ex�tica -ordenamento florestal -esp�cie infestante -planta end�mica -fileira florestal -Plano Director Municipal (PDM) -folhosa -Plano Intermunicipal de Ordenamento do Territ�rio -forma��o vegetal (PIOT) -limpeza florestal -Reserva Agr�cola Nacional (RAN) -macaron�sia -Reserva Ecol�gica Nacional (REN) -mato -qualidade de vida -montado -uso do solo -ind�stria de tritura��o -valor acrescentado bruto (VAB) -Invent�rio florestal nacional (IFN) Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o 5 A lecciona��o deste tema deve promover a concretiza��o de situa��es de aprendizagem que visem a realiza��o de actividades pr�ticas que permitam aos alunos desenvolver compet�ncias no �mbito da express�o gr�fica e cartogr�fica, da observa��o directa e indirecta, do tratamento de dados estat�sticos, da realiza��o de trabalhos de campo ou na constru��o/aplica��o de pequenos question�rios. E, tamb�m, importante, que se preparem antecipadamente mapas-base com a divis�o de Portugal em concelhos e/ou NUT III para, sobre eles, os alunos desenvolverem v�rios

trabalhos. Dada a natureza do tema deste m�dulo, o professor deve ter em aten��o a Estrat�gia Nacional para as Florestas e os Resultados do Invent�rio Florestal Nacional (IFN) 2005/06 que cont�m informa��o diversa, nomeadamente, cartografia tem�tica e dados estat�sticos actualizados. Outro documento importante na prepara��o deste m�dulo diz respeito �s decis�es tomadas ao n�vel das iniciativas, dos objectivos, das op��es e das novas nomenclaturas tomadas no �mbito do Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNTOT), programa posto � discuss�o p�blica em Maio de 2006. As actividades a realizar pelos alunos devem rentabilizar as respectivas viv�ncias, facto que ajudar� a desenvolver, para al�m de refer�ncias s�lidas subjacentes � constru��o de conceitos, compet�ncias no �mbito da observa��o directa e da observa��o indirecta, proporcionadoras do �xito em momentos de avalia��o sumativa.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A2: O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal A prepara��o das actividades propostas implica, simultaneamente, a constru��o/prepara��o, em grupo disciplinar, de instrumentos de avalia��o diversos. O conhecimento da distribui��o espacial das principais esp�cies florestais deve desenvolver-se atrav�s da an�lise de mapas com a distribui��o dessas esp�cies (sobreiro, pinheiro bravo, pinheiro manso, azinheira, castanheiro e carvalhos), mas � fundamental que sejam propostas aos alunos actividades que envolvam a observa��o directa das esp�cies predominantes ao n�vel nacional, e das esp�cies existentes na �rea de inser��o da escola. A observa��o de imagens a�reas � uma actividade fundamental n�o s� na conceptualiza��o das caracter�sticas espaciais do nosso Pa�s, como, tamb�m, um treino no uso das novas tecnologias. O recurso �s imagens a�reas, acompanhado com fotografias/diapositivos/filmes das �reas observadas � muito enriquecedor sob o ponto de vista pedag�gico. A prop�sito deste tema sugere-se, ainda, que os alunos analisem e debatam textos (extractos de livros cient�ficos e/ou artigos da imprensa escrita) sobre os efeitos que as altera��es clim�ticas podem trazer � distribui��o das esp�cies, especialmente das esp�cies florestais. Relativamente �s forma��es vegetais degradadas, para al�m, da observa��o das principais esp�cies constituintes, os alunos devem debater, pelo menos, a import�ncia dos matos na economia tradicional de regi�es como, por exemplo, o Nordeste, a fim de melhor interiorizarem a g�nese de conflitos sociais que ocorreram nessa regi�o aquando do processo de floresta��o desencadeado na segunda metade do s�culo passado. Outro aspecto a debater acerca das forma��es degradadas � o da import�ncia da cobertura vegetal na serra da Arr�bida, tanto no que diz respeito � g�nese do maquis e do garrigue, como da import�ncia patrimonial natural da mata do Solit�rio. Sugere-se que os alunos identifiquem algumas das esp�cies constituintes como � o caso do carvalho-cerquinho, do medronheiro, do loureiro ou da palmeira das vassouras. No �mbito deste m�dulo, os alunos podem, tamb�m, desenvolver pesquisas relativas a esp�cies aut�ctones existentes no nosso Pa�s e debater a import�ncia do seu contributo para a biodiversidade e para a economia. Sugere-se, por exemplo, a realiza��o de pesquisas sobre

endemismos raros ou em risco de extin��o como � o caso, por exemplo, da pseudo-arm�ria, da corriola do Espichel ou do l�rio do Ger�s. Estas pesquisas tornam-se sempre uma mais valia, em termos profissionais, e podem fomentar o gosto pelo envolvimento em actividades de conserva��o do patrim�nio natural. Outra actividade que os alunos podem desenvolver � relativa � sensibilidade/sensibiliza��o da popula��o sobre o valor dos parques naturais, envolvendo-se na realiza��o de actividades da lazer. A planifica��o de actividades que permitam aos alunos compreender o peso da floresta no contexto econ�mico deve incluir a an�lise das estat�sticas relativas � composi��o do sector industrial, � composi��o do VAB e � composi��o da balan�a comercial. A prop�sito deste conte�do, os alunos podem localizar empresas cuja actividade esteja ligada ao sector industrial, analisando, depois, o padr�o dessa distribui��o espacial. A valoriza��o do ordenamento florestal deve decorrer da realiza��o de actividades que incluam, por exemplo, a an�lise da �rea ardida, em Portugal, nos �ltimos anos, e do que essa �rea representa em termos nacionais e em termos regionais. A prop�sito dos fogos florestais, sugerese que os alunos realizem pequenos question�rios sobre comportamentos de risco ou, realizem ac��es de divulga��o/preven��o. A prepara��o do tema deve incluir a recolha atempada e o debate dos comportamentos de risco que a popula��o tem, e da necessidade do cumprimento das normas existentes relativas � preven��o desses mesmos riscos.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A2: O Quadro Natural de Portugal � A cobertura vegetal Uma valoriza��o correcta do ordenamento florestal deve, tamb�m, envolver aspectos relacionados com um, cada vez maior, peso da floresta na economia e de novas potencialidades que se abrem � floresta, nomeadamente, fun��es l�dicas (pesca, ca�a) geradoras de emprego. Os problemas resultantes de um mau de ordenamento florestal ou da sua inexist�ncia podem ser equacionados e debatidas as suas solu��es atrav�s da realiza��o de actividades pr�ticas em que os alunos observem, por exemplo, a quantidade de solo arrastado em diversas condi��es de cobertura vegetal. Se for poss�vel, podem ser organizadas visitas de estudo a centros de estudo experimental como, por exemplo, o Centro Experimental de Eros�o da Herdade de Vale Formoso, perto de M�rtola. A prepara��o de actividades relativas ao conhecimento da cobertura vegetal dos A�ores e da Madeira deve envolver actividades de pesquisa relativa, por exemplo, � identifica��o das esp�cies aut�ctones e das esp�cies infestantes. No caso dos A�ores, sugere-se a realiza��o de pequenos trabalhos sobre a criptom�ria, a faia do norte,o teixo (pau-da-rainha) ou as hort�nsias e, no caso da Madeira, sobre o barbusano, o loureiro-das-ilhas, o ger�nio, o massaroco ou a orqu�dea-da-serra. Bibliografia / Outros Recursos 6 FERR�O, J.E.M. (1992) A Aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses. Lisboa: Instituto de Investiga��o Cient�fica Tropical, Comiss�o Nacional para as Comemora��es dos Descobrimentos Portugueses, Funda��o Jos� Berardo FITZSIMONS, C.(1992). Guia do Jovem Ecologista -�rvores e Florestas .Hong Kong: Contexto MEPAT/SEDR. (1999). Portugal � Plano Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social. Diagn�stico Prospectivo. Lisboa: MEPAT/ SEDR MEDEIROS, C. A. (Dir.). FERREIRA, A. B. (COORD). (2005). Geografia de Portugal, Ambiente F�sico. Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. MOTA, I. PINTO, M. VASCONCELLOS e S�, RIBEIRO, F. QUINTAS, E. SOROMENHO-MARQUES

V. (2005). Estrat�gia Nacional para o Desenvolvimento Sustent�vel, 2005/2015. Lisboa: Pandora, Edi��es, Imagem e Comunica��o PALAMEQUE, F.L. (Coord.) (2000). Geografia da Europa. Barcelona: Ed. Ariel, S.A. RAIMUNDO, A.R,F., CADETE, A. (1991). Manual Ilustrado das Esp�cies da Flora Portuguesa. (I, II vol). Lisboa: Direc��o Geral de Planeamento e Agricultura (DGPA) QUINTAL, R. (1996, 2.� edi��o). Laurissilva, a Floresta da Madeira. Funchal: Editorial Correio da Madeira, Lda. RABELLA, J.M. (Dir.). (1998). Atlas de Espa�a y Portugal. Barcelona: Ediciones Pen�nsula. SJOGREN, E. ( 2001). Plantas e Flores dos A�ores. Erik Sj�gren & Technical Editor VEDEL, H. (1977). �rvores e arbustos, Pen�nsula Ib�rica e Mediterr�neo. Cac�m: C�rculo de Leitores S�tios da Internet www.ine.pt www.icn.pt www.dgrf.pt

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B3 O Quadro Natural de Portugal � A �gua Dura��o de Refer�ncia: 30 horas Apresenta��o 1 No m�dulo B3 -O Quadro Natural de Portugal � A �gua -pretende-se que os alunos consolidem a ideia de que a �gua �, no s�culo XXI, um recurso que gerar� muitos conflitos entre pa�ses, entre regi�es e tens�es sociais a v�rias escalas. Portugal insere-se neste quadro por se localizar na parte terminal de tr�s das maiores bacias hidrogr�ficas da Pen�nsula Ib�rica e por apresentar diferen�as na distribui��o deste recurso cuja transfer�ncia de umas �reas para outras poder� gerar conflitos. Com este m�dulo pretende-se, ainda, que os alunos reforcem a ideia de que a �gua e, sobretudo, a �gua pot�vel �, cada vez, mais um recurso escasso � escala mundial, continental, regional ou local. � um elemento fundamental da qualidade de vida e estruturante das actividades econ�micas e exige, por isso, uma correcta utiliza��o e gest�o. Portugal, pela sua posi��o geogr�fica, encontra-se na margem do processo de desertifica��o, facto que acentua ainda mais a pertin�ncia de uma gest�o racional da �gua a realizar, sobretudo, ao n�vel das bacias hidrogr�ficas e da constitui��o de reservas estrat�gicas de �gua. A abordagem deste m�dulo visa, tamb�m, o desenvolvimento de uma consci�ncia ambiental baseada na ideia de que o uso da �gua pressup�e a sua devolu��o ao ambiente em condi��es que permitam a sua posterior utiliza��o, da�, uma vez mais, a import�ncia da sua correcta gest�o e a import�ncia do debate das medidas e dos impactos das op��es tomadas e envolve, ainda, uma componente de extrema import�ncia que � relativa � qualidade da �gua para diferentes usos, facto que constitui uma ocasi�o para enfatizar quest�es ligadas � Educa��o para o Consumidor. Na abordagem deste m�dulo deve, tamb�m, dar-se relev�ncia aos planos sectoriais e especiais de ordenamento do territ�rio relacionados com as tem�ticas desenvolvidas e � chamada Lei da �gua.

Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender o subterr�neos, Portugal � compreender a � compreender a

padr�o de distribui��o dos recursos h�dricos superficiais e em distin��o entre recurso potencial e recurso dispon�vel necessidade da gest�o integrada das bacias hidrogr�ficas e das �reas

costeiras com elas relacionadas, em Portugal � compreender a import�ncia da �gua das bacias hidrogr�ficas internacionais nos recursos h�dricos nacionais � compreender que o consumo per capita de �gua varia com as actividades desenvolvidas pela popula��o e o seu n�vel tecnol�gico � debater as vantagens da monitoriza��o dos recursos h�dricos � compreender o papel dos recursos h�dricos no ordenamento do territ�rio � conhecer o quadro legislativo relativo � �gua � utilizar a express�o gr�fica e cartogr�fica � pesquisar dados relativos ao tema � manifestar esp�rito de toler�ncia e capacidade de di�logo cr�tico � manifestar atitudes conducentes a uma correcta utiliza��o da �gua � manifestar comportamentos que revelem preocupa��es relativas � qualidade da �gua � manifestar atitudes que revelem o conhecimento dos direitos e dos deveres de um consumidor consciente

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B3: O Quadro Natural de Portugal � A �gua � manifestar preocupa��o relativas � valoriza��o de uma �cultura de risco� � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo o aluno deve ser capaz de: � caracterizar a distribui��o dos recursos h�dricos superficiais, em Portugal Continental � caracterizar a distribui��o dos recursos h�dricos subterr�neos, em Portugal Continental � relacionar a distribui��o espacial e temporal dos recursos h�dricos superficiais com o regime termopluviom�trico � relacionar a distribui��o dos recursos h�dricos subterr�neos com a litologia � compreender a import�ncia das bacias hidrogr�ficas enquanto unidades fundamentais para a gest�o das �guas superficiais � caracterizar redes hidrogr�ficas � relacionar as caracter�sticas das redes hidrogr�ficas com a litologia � relacionar situa��es de risco de cheias com as caracter�sticas das redes e das bacias hidrogr�ficas � identificar redes e bacias hidrogr�ficas a partir de mapas de diferentes escalas � compreender a distribui��o dos recursos h�dricos nos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira � caracterizar o padr�o de distribui��o dos recursos h�dricos no territ�rio nacional � conhecer os principais usos da �gua, em Portugal

� equacionar problemas relacionados com a capita��o dos consumos � distinguir usos consumidores e n�o consumidores de �gua � debater a import�ncia da manuten��o de caudais ecol�gicos � compreender a necessidade de uma planifica��o adequada das infra-estruturas de abastecimento p�blico � construir gr�ficos de barras e sectogramas � conhecer par�metros indicadores da qualidade da �gua em fun��o dos diferentes usos e de acordo com a legisla��o em vigor � conhecer efeitos da m� qualidade da �gua na sa�de p�blica � compreender a necessidade de protec��o das origens da �gua � debater as vantagens da adequa��o do tratamento da �gua ao seu uso �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo B3 -O Quadro Natural de Portugal � A �gua -desagrega-se nos conte�dos seguintes. Esta desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sequencial dos diferentes conte�dos, sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso � recupera��o/reorganiza��o de anteriores aprendizagens formais ou informais. B3.1 B3.2 B3.3 B3.4 B3.5

-As grandes bacias hidrogr�ficas -As redes hidrogr�ficas -As �guas subterr�neas -A gest�o dos recursos h�dricos -Os recursos h�dricos nos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira

Com o conte�do B3.1 � As grandes bacias hidrogr�ficas � pretende-se veicular a ideia de que Portugal Continental, embora tendo um superavit em recursos h�dricos, apresenta diferen�as acentuadas na distribui��o das �guas superficiais nas v�rias regi�es hidrogr�ficas. Esta ideia pressup�e o estudo das caracter�sticas das diferentes bacias hidrogr�ficas, o que implica, por um lado a compara��o da sua dimens�o, das fontes de abastecimento e das caracter�sticas f�sicas das bacias distinguindo, o caso das bacias exclusivamente nacionais e o das bacias internacionais e, por outro lado, o estudo das caracter�sticas das respectivas redes.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B3: O Quadro Natural de Portugal � A �gua A an�lise das bacias hidrogr�ficas internacionais deve incidir em aspectos relacionados com os planos de ordenamento/coopera��o internacional na gest�o das referidas bacias nomeadamente no que diz respeito ao fornecimento de caudais ecol�gicos, sobretudo, em situa��es de seca prolongada, � qualidade da �gua, � partilha de informa��o em per�odos de grande precipita��o e � necessidade da preven��o dos efeitos das ondas de cheia decorrentes da eventual abertura de barragens em territ�rio espanhol. Com o conte�do B3.2 � As redes hidrogr�ficas � pretende-se que os alunos estabele�am a rela��o existente entre os caudais dos rios, a forma das redes e o tipo dos vales. A forma das redes deve, tamb�m, ser relacionada com o tipo de rocha, factor importante na escorr�ncia superficial. Considera-se, tamb�m, pertinente abordar os riscos decorrentes da ocorr�ncia de cheias relacionados com a forma das redes e a tipologia dos vales. Com o conte�do B3.3 � As �guas subterr�neas � pretende-se que os alunos compreendam a import�ncia das �guas subterr�neas no contexto dos recursos h�dricos nacionais e regionais o que implica, por um lado, que valorizem a sua correcta gest�o e a necessidade de se protegerem os locais de capta��o e, por outro lado, que conhe�am os factores que interferem na forma��o dos aqu�feros. Este �ltimo aspecto pressup�e o estudo do papel das rochas e das suas caracter�sticas no processo de infiltra��o, de constitui��o dos len��is fre�ticos e de circula��o das �guas subterr�neas. Casos particulares a serem estudados devem ser o dos calc�rios, analisando o Maci�o Calc�rio Estremenho, e o das �guas f�sseis, sobretudo em �reas onde se multiplica a abertura de furos. O estudo das �guas subterr�neas implica, tamb�m, a abordagem das �guas minerais e do termalismo, salientando aspectos que interessam ao cidad�o comum como � o caso do pre�o da �gua engarrafada face � boa ou deficiente qualidade da �gua de abastecimento

p�blico municipal ou do pre�o de uma �gua mineral face ao de uma �gua de nascente. A an�lise de not�cias relativas � abertura/recupera��o de estabelecimentos hoteleiros em est�ncias termais serve para enfatizar a import�ncia econ�mica crescente do termalismo associada a outras actividades como sejam, por exemplo, a manuten��o/recupera��o f�sica das pessoas ou a pr�tica do golfe. No estudo das �guas subterr�neas devem ser equacionadas quest�es como a da polui��o, da contamina��o e da sobre-explora��o, debatendo as respectivas consequ�ncias, quer ao n�vel dos efeitos na sa�de p�blica, quer dos custos do tratamento dessas �guas. Um caso particular a ser estudado � o dos efeitos da sobre-explora��o dos aqu�feros localizados no litoral e da ocorr�ncia de fen�menos de saliniza��o e das alternativas para a resolu��o deste problema, muito importante, por exemplo, no Algarve. A sobre-explora��o deve ser, tamb�m, associada a fen�menos de subsid�ncia. Com o conte�do B3.4 � A gest�o dos recursos h�dricos � devem abordar-se quest�es relacionadas com a quantidade e a qualidade das �guas, quer superficiais, quer subterr�neas. Em termos de quantidade, a an�lise do regime dos rios portugueses deve ser relacionada com a irregularidade da precipita��o, salientando a necessidade da constitui��o de reservas estrat�gicas de �gua, atrav�s da constru��o de barragens. Considera-se fundamental analisar o caso da utiliza��o das �guas da albufeira do Alqueva e, se for considerado oportuno, debater a constru��o de barragens nos afluentes nacionais do rio Douro com � o caso do rio Sabor. A quantidade de �gua dispon�vel pressup�e o conhecimento da evolu��o dos consumos, sobretudo individuais e municipais e, ainda, do desperd�cio deste recurso. A distribui��o do �ndice de atendimento � muito vari�vel no territ�rio nacional, devendo essa varia��o ser valorizada enquanto indicador de assimetrias, a diversos n�veis, que � necess�rio atenuar se queremos, enquanto pa�s, caminhar no sentido da coes�o nacional. Um aspecto particular a debater � a velocidade da constru��o de infra-estruturas de abastecimento p�blico e o crescimento dos aglomerados populacionais ou da popula��o flutuante, sobretudo, em �reas com grande relev�ncia do turismo de massas.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B3: O Quadro Natural de Portugal � A �gua A an�lise de quest�es relacionadas com a qualidade da �gua pressup�e o conhecimento dos par�metros inerentes aos diferentes usos da �gua, aos usos das diferentes bacias hidrogr�ficas e � previs�o da evolu��o dos consumos individuais, urbanos, agr�colas e industriais. Considera-se muito pertinente a an�lise e o debate de alguns artigos da chamada Lei da �gua. Esta an�lise, associada � an�lise da Lei de Bases do Ordenamento de Territ�rio e de Urbanismo, implica o debate sobre as regras de utiliza��o do plano de �gua das albufeiras de �guas p�blicas, da pertin�ncia dos Planos de Ordenamento das Albufeiras (POA) e dos custos decorrentes do tratamento para obten��o de �gua de qualidade para, depois, ser usada para fins que exijam menor qualidade. Pressup�e, ainda, a valoriza��o da necessidade de protec��o das origens da �gua. A gest�o dos recursos h�dricos deve ainda contemplar problemas relacionados com o saneamento b�sico e os impactos ambientais das �guas residuais urbanas e industriais e os resultantes da cria��o intensiva de gado e da polui��o difusa decorrente da agricultura. Um debate a proporcionar � o relativo ao destino das lamas industriais provenientes do tratamento das �guas industriais e das suiniculturas, exemplificando este �ltimo caso com problemas vividos na Sub-Regi�o Oeste. Sob o ponto de vista do turismo deve ser dada particular aten��o aos impactos da inexist�ncia ou da exist�ncia de um deficiente tratamento das �guas residuais e da localiza��o dos emissores submarinos na qualidade das �guas balneares, quer fluviais, quer mar�timas e das consequ�ncias para a sa�de p�blica da� decorrentes. Com o conte�do B3.5 � Os recursos h�dricos nos arquip�lagos dos A�ores e da Madeira � pretende-se que os alunos apliquem os conhecimentos antes adquiridos, relacionando as disponibilidades h�dricas com as caracter�sticas clim�ticas e altim�tricas das ilhas que constituem os dois arquip�lagos, analisando as caracter�sticas das redes na ilha de S. Miguel e

na ilha da Madeira. No caso da ilha da Madeira deve ser feita uma chamada de aten��o para as caracter�sticas da rede, o declive das encostas e o risco de ocorr�ncia de fen�menos de deslizamento de terrenos ou de cheias repentinas. No que diz respeito a casos particulares, deve ser debatido o da qualidade da �gua das lagoas, como a das Sete Cidades ou das Furnas nos A�ores, e o do transporte de �gua da vertente norte para a vertente sul, na ilha da Madeira, o que vai proporcionar, por exemplo, a possibilidade de fazer culturas tropicais na faixa de baixa altitude. O termalismo na ilha de S. Miguel, pela sua relev�ncia local deve, tamb�m, ser abordado. A abordagem dos conte�dos do m�dulo B3 -O Quadro Natural de Portugal � A �gua -pressup�e os seguintes termos/conceitos: -albufeira -par�metro microbiol�gico -�guas continentais -par�metro organol�ptico -�gua doce -perfil transversal (curso de �gua) -�gua f�ssil -plano de �gua -�gua pluvial -Plano de Ordenamento das Albufeiras de �guas -�gua pot�vel P�blicas (POA) -�gua naturalmente gaseificada -Plano de Ordenamento das Bacias Hidrogr�ficas -�guas marinhas (POBH) -�guas residuais urbanas -Plano Regional de Ordenamento do Territ�rio (PROT) -�guas subterr�neas -Programa Nacional para o Uso Eficiente da �gua -�guas superficiais (PNUEA) -aqu�fero -ponor -autodepura��o -popula��o flutuante -bacia hidrogr�fica -produtividade dos aqu�feros -barragem -linha de �gua -capita��o -litologia -capta��o -origem da �gua -caudal -recurso dispon�vel -caudal ecol�gico -recurso h�drico -conflu�ncia -recurso potencial

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B3: O Quadro Natural de Portugal � A �gua -contamina��o microbiol�gica -rede hidrogr�fica -depura��o -ressurg�ncia -desastre natural -saliniza��o -desertifica��o -solidariedade territorial -deslocaliza��o industrial -subsid�ncia -efluente -subst�ncia indesej�vel -encaixe (curso de �gua) -subst�ncia t�xica -escoamento superficial -tipos de vale: -esta��o de tratamento de �gua de abastecimento em garganta (ETA) em �V� -esta��o de tratamento de �guas residuais (ETAR) em �V� aberto -eutrofiza��o em caleira aluvial -evapotranspira��o -vale cego -exsurg�ncia -valor m�ximo admiss�vel (VMA) -infiltra��o -valor m�ximo de emiss�o (VME) -lamas -valor m�ximo recomend�vel (VMR) -levada -valor m�nimo admiss�vel (VmA) -toalha fre�tica -qualidade da �gua Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o 5 A abordagem deste tema pressup�e o recurso sistem�tico � an�lise de mapas, tanto de pequena escala como de grande escala, de videogramas, de imagens (fotografias, diapositivos), � recolha e ao tratamento de dados de natureza diversa. O estudo dos recursos h�dricos, em Portugal, deve centrar-se tanto quanto poss�vel em actividades pr�ticas como a constru��o de mapas e de gr�ficos, a observa��o de esquemas diversos, o debate de textos e de not�cias recolhidas na imprensa di�ria. Estas pr�ticas n�o dispensam a observa��o

directa e indirecta fundamentais na conceptualiza��o de alguns aspectos do tema. A recolha atempada de imagens v�deo relativas a desastres naturais � uma estrat�gia importante para levar ao alunos a manifestarem preocupa��es com uma �cultura de risco�, muito pouco valorizada no nosso Pa�s. Dada a natureza do tema, o professor deve ter em aten��o as decis�es tomadas ao n�vel das iniciativas, dos objectivos e das op��es tomadas no �mbito do Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNTOT), programa posto � discuss�o p�blica em Maio de 2006. Este tema proporciona, tamb�m, a cria��o de situa��es de aprendizagem conducentes ao desenvolvimento de uma maior consci�ncia ambiental e � forma��o de consumidores esclarecidos. A prepara��o de instrumentos de avalia��o adequados permitir�, ao professor e aos alunos, controlarem as aprendizagens, proporcionando aos primeiros a possibilidade de desencadear a realiza��o de actividades de remedia��o e aos segundos uma reflex�o cr�tica sobre o seu desempenho. Os debates ou os jogos de pap�is que se sugerem proporcionam ao professor a oportunidade para discutir casos a ocorrer no ano da lecciona��o e para realizar registos das compet�ncias do dom�nio atitudinal. A constru��o de gr�ficos relativos � dimens�o das bacias hidrogr�ficas e � delimita��o das mesmas, por exemplo, em mapas f�sicos, s�o actividades que proporcionam n�o s� a constru��o de refer�ncias em termos de dimens�o relativa como, tamb�m, a visualiza��o da distribui��o espacial das maiores e das mais pequenas e da diversidade/semelhan�a das respectivas caracter�sticas, dos problemas e da respectiva solu��o e das vantagens da aplica��o de economias de escala.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B3: O Quadro Natural de Portugal � A �gua O estudo das caracter�sticas f�sicas das bacias hidrogr�ficas � uma actividade que deve envolver, para al�m da an�lise do mapa f�sico, a an�lise dos declives, da distribui��o da precipita��o, o c�lculo aproximado da quantidade de �gua que, em determinadas condi��es de precipita��o, pode ser drenada por uma bacia. Deste modo, os alunos mais facilmente compreender�o a varia��o dos caudais, o regime dos rios e eventuais riscos da� decorrentes. A compara��o de imagens relativas �s bacias do rio Douro e do rio Tejo ajudam � compreens�o, por exemplo, das caracter�sticas dos fen�menos das cheias na parte terminal de uma e de outra bacia e do seu reflexo na resolu��o dos problemas delas decorrentes. Uma actividade que pode ser muito enriquecedora � o debate ou jogo de pap�is sobre as vantagens e os inconvenientes da constru��o de barragens no nosso Pa�s, sobretudo, quando ela implica a submers�o de pequenos aglomerados populacionais ou de patrim�nios pr�-hist�ricos como � o caso das gravuras rupestres ou, ainda, como se compatibiliza a ocupa��o das margens das �reas alagadas e os usos do plano de �gua com o uso da �gua das albufeiras. Desta forma, podem ser equacionados problemas ambientais, econ�micos, sociais, analisando diferentes pontos de vista e debatendo solu��es. O decalque das redes hidrogr�ficas � uma actividade que permite a aquisi��o pr�tica do conhecimento das diferentes formas das redes e das suas eventuais consequ�ncias. Um caso de estudo interessante � o relativo � rede do rio Douro pois permite debater os problemas resultantes de uma rede com conflu�ncias no mesmo ponto do rio principal. O decalque das redes e a localiza��o da rede no mapa geol�gico permite, tamb�m, relacionar a forma da rede com a natureza da rocha. O decalque da rede hidrogr�fica numa �rea calc�ria e de fronteira entre calc�rios e outras rochas ajuda � compreens�o de conceitos como o de forma da rede, de �perda�, de �exsurg�ncia� ou de �ressurg�ncia�.

Outra actividade que pode ser realizada � a determina��o do comprimento de um curso de �gua, utilizando um cordel ou uma linha grossa, permitindo ao aluno adquirir uma t�cnica que pode aplicar em outras situa��es, na sua vida futura. O recurso � compara��o de dados, por exemplo, da produtividade dos aqu�feros proporciona uma conceptualiza��o mais estruturada das diferen�as/semelhan�as entre regi�es hidrogr�ficas. Uma actividade que permitir� aos alunos identificar a localiza��o das origens de �guas minerais e de �guas de nascente � a recolha de informa��o nos r�tulos das garrafas uma vez que, no caso do engarrafamento, quer de �guas minerais, quer de nascente, a deslocaliza��o industrial � um processo pouco vi�vel. Esta actividade permite, tamb�m, associar a localiza��o das �guas minerais e das �guas termais �s grandes falhas tect�nicas como � o caso da falha R�guaVerin onde se localizam Campilho, Pedras Salgadas, Vidago e Chaves. Este momento �, tamb�m, oportuno para estabelecer a diferen�a entre �guas naturalmente gaseificadas e �guas gaseificadas, proporcionando aos alunos uma maior consci�ncia, enquanto consumidores. A elabora��o de pequenos question�rios que sirvam para os alunos aquilatarem do grau de satisfa��o dos consumidores de �gua da rede p�blica de abastecimento � outra actividade proporcionadora do desenvolvimento de compet�ncias dos dom�nios t�cnicometodol�gico, anal�ticoconceptual e do dom�nio atitudinal. Uma actividade com interesse por promover, por um lado, o debate e, por outro lado, um conhecimento mais estruturado das assimetrias nacionais � a compara��o das taxas de cobertura do abastecimento de �gua e de saneamento b�sico pois faz emergir diferen�as regionais significativas que permitem equacionar problemas e debater poss�veis solu��es. O decalque das principais linhas de �gua, por exemplo, na ilha de S. Miguel e na ilha da Madeira, vai permitir aos alunos identificar novas formas de redes, desenvolver a compreens�o do papel do relevo na forma das redes e, em situa��o de avalia��o sumativa, possibilitar a transfer�ncia de conhecimentos para situa��es que ocorram no territ�rio continental ou vice-versa.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B3: O Quadro Natural de Portugal � A �gua A recolha de informa��o sobre o termalismo na ilha de S. Miguel, a partir, por exemplo, de folhetos de informa��o tur�stica proporciona o aprofundamento de conhecimentos que, depois, pode ser completado por pesquisa bibliogr�fica. A an�lise do quadro normativo legal tanto no que diz respeito � �gua como ao ordenamento do territ�rio � uma actividade indispens�vel tanto na forma��o cient�fica como na participa��o c�vica. Bibliografia / Outros Recursos BRITO R. S. (Dir.) (1994) .Perfil Geogr�fico. Lisboa: Ed. Estampa. BURROUGHS,J. e outros .(1999). Observar o Tempo. S. Pedro do Estoril: Edi��es Atena, L.tda. DAVEAU, S. (1987-1991) . Geografia de Portugal. Lisboa: Ed. S� da Costa. DAVEAU, S. (1998) . Portugal Geogr�fico. Porto: Ed. S� da Costa. MEDEIROS, C. A (1996). Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupa��o humana: uma introdu��o. Lisboa: Ed. Estampa. MEDEIROS, C.A. (Dir.).BRUM FERREIRA, A. (Coord). 2005. Geografia de Portugal, o ambiente f�sico (parte I). Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores.2005. PROJECTO SIAM II. 2006. Altera��es Clim�ticas em Portugal, Cen�rios, Impactos e Medidas de Adapta��o. Lisboa: Gradiva e Santos, F.D. e Miranda, P. (editores). 2006. RIBEIRO, O (1991) � Portugal, o Mediterr�neo e o Atl�ntico: esbo�o de rela��es geogr�ficas. Lisboa: Ed. S� da Costa. S�tios da Internet -http://www.iambiente.pt -http://www.diramb.gov.pt/ -http://www.eea.eu.int -Os indicados no boletim trimestral da Associa��o de Professores de Geografia � Geoboletim � e os indicados na p�gina da Internet desta Associa��o: www.aprofgeo.pt

Legisla��o -Lei n.� 58/2005, de 29 de Dezembro � chamada Lei da �gua, imprescind�vel � prepara��o do tema. -Resolu��o do Conselho de Ministros n.� 113/2005 � aprova o Programa Nacional para o Uso Eficiente da �gua � Bases e Linhas Orientadoras (PNUEA). -Lei n.� 48/98, de 11 de Agosto � Lei de Bases do Ordenamento do Territ�rio e Urbanismo; estabelece as bases da pol�tica de ordenamento do territ�rio e de urbanismo. -Decreto-Lei n.� 380/99, de 22 de Setembro -estabelece o programa de ac��o legislativa complementar � Lei n.� 48/98. -Decreto-Lei n.� 36/98, de 1 de Agosto � Normas, crit�rios e objectivos da qualidade da �gua, em fun��o dos seus principais usos; a antiga Lei da �gua. -Decreto-Lei n.� 45/94, de 22 de Fevereiro � regula o processo de planeamento dos recursos h�dricos. -Agenda 21 � Cap�tulo 18 � protec��o da qualidade dos recursos h�dricos.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B4 Portugal � A Popula��o Dura��o de Refer�ncia: 25 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo B4 -Portugal � A Popula��o -pretende-se que os alunos compreendam as caracter�sticas actuais da popula��o portuguesa e sejam capazes de ter uma vis�o prospectiva da sua evolu��o, equacionando problemas demogr�ficos que, tamb�m, afectam a Uni�o Europeia. Pretende-se, ainda, que os alunos conhe�am as caracter�sticas da popula��o portuguesa e da sua distribui��o espacial, privilegiando uma abordagem que permita ao aluno compreender, por um lado, que a popula��o � um recurso a potencializar e que, por outro lado, qualquer que seja a unidade espacial utilizada, existem assimetrias na distribui��o da popula��o que t�m subjacentes outras assimetrias que � necess�rio atenuar, se se quiser caminhar para o desenvolvimento assente numa maior coes�o social. O desenvolvimento deste tema pressup�e, ainda, que se veicule a ideia de que a melhoria da qualidade de vida da popula��o e o desenvolvimento socio-demogr�fico equilibrado s�o objectivos fundamentais do ordenamento do territ�rio, a realizar a v�rias escalas. Deste modo, considera-se oportuno fazer a refer�ncia aos instrumentos de planeamento territorial e � respectiva escala de interven��o, bem como � necessidade de articula��o entre eles. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender a evolu��o num�rica da popula��o portuguesa � compreender a distribui��o espacial da popula��o portuguesa � explicar a evolu��o das diferentes vari�veis demogr�ficas � debater as principais assimetrias demogr�ficas no territ�rio nacional

� discutir solu��es para o problema do despovoamento � debater o papel da emigra��o e da imigra��o, em Portugal � utilizar t�cnicas de express�o gr�fica e cartogr�fica � pesquisar dados estat�sticos no s�tio da Internet do INE e em outros semelhantes � seleccionar, sistematizar e interpretar dados estat�sticos � seleccionar o tipo de cartografia mais adequado ao fen�meno demogr�fico a representar � seleccionar as escalas de um gr�fico mais adequadas ao fen�meno demogr�fico a representar � interpretar mapas e gr�ficos diversos � manifestar esp�rito de toler�ncia e capacidade de di�logo cr�tico � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B4: Portugal � A Popula��o Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo o aluno deve ser capaz de: � conhecer os diferentes momentos censit�rios � caracterizar a evolu��o num�rica da popula��o na segunda metade do s�culo XX at� � actualidade � explicar a evolu��o da popula��o portuguesa � explicar a evolu��o das taxas de natalidade, em Portugal � explicar a evolu��o da taxa de mortalidade, em Portugal � explicar o envelhecimento demogr�fico � relacionar a evolu��o num�rica da popula��o portuguesa, na segunda metade do s�culo vinte at� � actualidade, com o comportamento das vari�veis demogr�ficas � caracterizar a distribui��o espacial da popula��o portuguesa no Continente e nas Regi�es Aut�nomas � explicar a litoraliza��o da distribui��o da popula��o portuguesa � caracterizar a estrutura et�ria da popula��o portuguesa � explicar a estrutura et�ria da popula��o portuguesa � caracterizar a estrutura da popula��o activa portuguesa � explicar a estrutura da popula��o activa portuguesa � distinguir taxa demogr�fica de um �ndice demogr�fico � equacionar problemas da demografia portuguesa � debater os problemas da popula��o portuguesa � caracterizar a emigra��o portuguesa na segunda metade do s�culo XX e na actualidade �

caracterizar a imigra��o em Portugal � construir mapas, gr�ficos e diagramas triangulares � construir pir�mides et�rias � interpretar mapas, gr�ficos, diagramas triangulares e pir�mides et�rias � tratar dados estat�sticos �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo B4 -Portugal � A Popula��o -desagrega-se nos conte�dos seguintes. Esta desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sequencial dos diferentes conte�dos, sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso � recupera��o/reorganiza��o de anteriores aprendizagens formais ou informais. B4.1 -A evolu��o num�rica B4.2 -A distribui��o espacial B4.3 -As estruturas demogr�ficas B4.4 -A emigra��o e a imigra��o Com o conte�do B4.1 � A evolu��o num�rica � pretende-se que os alunos compreendam a evolu��o num�rica da popula��o portuguesa e os seus diferentes ritmos evolutivos, relacionando a evolu��o da taxa de crescimento efectivo da popula��o com a evolu��o das taxas de natalidade, de mortalidade, de imigra��o e de emigra��o, uma vis�o retrospectiva necess�ria � compreens�o da situa��o actual. � importante que se identifiquem problemas como o envelhecimento demogr�fico e o decl�nio da fecundidade, reflectindo sobre medidas a aplicar para a respectiva solu��o/atenua��o, veiculando a ideia que estes problemas, como outros problemas demogr�ficos, n�o se resolvem em curtos intervalos de tempo. O tratamento deste conte�do deve, ainda, permitir que os alunos expliquem o actual crescimento da popula��o portuguesa, salientando os problemas da� decorrentes e debatam medidas que permitam inverter as actuais tend�ncias. Dada a relev�ncia deste problema � fundamental que os alunos

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B4: Portugal � A Popula��o comparem os valores nacionais com os de outros pa�ses comunit�rios (ou mesmo do mundo) e analisem medidas implementadas em outros Estados-membros que visem o mesmo objectivo. Com o conte�do B4.2 � A distribui��o espacial � pretende-se que os alunos analisem a desigual distribui��o geogr�fica da popula��o portuguesa, a litoraliza��o e o despovoamento, sobretudo, do interior, a diferentes escalas de an�lise: Novas Unidades Territoriais (NUT I, NUT II, NUT III) e concelhos. O tratamento deste tema deve incidir sobre a varia��o espacial da popula��o, pelo menos entre os dois �ltimos censos, relacionando essa varia��o com a evolu��o do saldo natural, do saldo migrat�rio e com os movimentos migrat�rios internos. Esta abordagem implica o estudo da distribui��o espacial das diferentes vari�veis demogr�ficas, salientando as semelhan�as e as diferen�as entre as v�rias unidades administrativas, as respectivas causas e consequ�ncias. A distribui��o espacial da popula��o nas Regi�es Aut�nomas deve ser direccionada para a sua rela��o com as caracter�sticas do relevo, dos diferentes elementos do clima e da localiza��o das actividades econ�micas e, para o seu impacto nas caracter�sticas da rede rodovi�ria. A lecciona��o deste tema deve, tamb�m, enfatizar o papel de instrumentos de ordenamento do territ�rio, tais como os planos especiais e os Planos Regionais de Ordenamento do Territ�rio (PROT), os Planos Intermunicipais de Ordenamento do Territ�rio (PIOT) e os Planos Municipais de Ordenamento do Territ�rio (PMOT), cujos objectivos t�m sempre em vista a melhoria da qualidade de vida da popula��o. � de salientar as vantagens de uma efectiva aplica��o coordenada e integrada para, por um lado, assegurar uma gest�o mais racional dos recursos naturais, a preserva��o do equil�brio ambiental e, por outro lado, assegurar uma igualdade de oportunidade dos cidad�os no acesso �s infra-estruturas, aos equipamentos, aos servi�os e a determinadas fun��es urbanas.

Com o conte�do B4.3 � As estruturas demogr�ficas � pretende-se que os alunos analisem a estrutura et�ria e a estrutura da popula��o activa � escala nacional e � escala regional, mobilizando nessa an�lise conhecimentos antes adquiridos, solidificando concep��es tanto retrospectivas como prospectivas da evolu��o dessas estruturas. A prop�sito da estrutura da popula��o activa devem equacionar-se problemas como os impactos da redu��o e do envelhecimento dos activos, na inova��o, na seguran�a social e na idade da reforma e do grau de instru��o da popula��o, na aquisi��o de compet�ncias profissionais diversificadas. Sugere-se, tamb�m, que se debatam quest�es relacionadas com o emprego, nomeadamente, o desemprego, o subemprego, e o emprego tempor�rio. A este prop�sito � importante que os alunos tomem conhecimento de situa��es/problemas existentes em outros Estados-membros. Com o conte�do B4.4 � A emigra��o e a imigra��o � pretende-se uma abordagem da din�mica da emigra��o, em Portugal, analisando as suas motiva��es, as suas �reas emissoras, os seus destinos, as caracter�sticas sociais, et�rias, profissionais e culturais dos seus intervenientes tanto na actualidade como durante a segunda metade do s�culo passado e, ainda os seus reflexos a diversos n�veis. Esta abordagem deve ter em aten��o os problemas da emigra��o clandestina, tanto no caso dos emigrantes portugueses como no caso dos actuais imigrantes, debatendo problemas como a integra��o dos imigrantes assim como a das gera��es seguintes, a toler�ncia racial e a toler�ncia religiosa. Na situa��o actual da imigra��o � importante analisar o caso da imigra��o origin�ria das antigas col�nias africanas portuguesas, da imigra��o oriunda do Brasil, dos Estados da Europa de Leste, quer esses pa�ses integrem ou n�o a Uni�o Europeia e, ainda, a imigra��o origin�ria de pa�ses como, por exemplo, o Reino Unido. Um caso interessante para analisar � o do regresso dos emigrantes portugueses. Esta abordagem deve, necessariamente, incidir sobre as motiva��es da imigra��o e os seu impacto no territ�rio e na economia nacionais.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B4: Portugal � A Popula��o A abordagem dos conte�dos do m�dulo 4 -Portugal � A Popula��o -pressup�e os seguintes termos/conceitos: -acr�scimo populacional -mortalidade -analfabetismo -mortalidade infantil -assimetria regional -movimento migrat�rio -capacidade de carga humana -nado-vivo -censo -natalidade -classe et�ria -n�vel de qualifica��o profissional -classe oca -Nova Unidade Territorial (NUT) -concelhos fronteira -plano especial de ordenamento do territ�rio -crescimento efectivo da popula��o -Plano Intermunicipal de Ordenamento do Territ�rio -crescimento natural -Plano Municipal de Ordenamento do Territ�rio (PMOT) -crescimento migrat�rio -Plano Regional de Ordenamento do Territ�rio (PROT), -demografia -pir�mide et�ria -densidade populacional -pol�tica demogr�fica -desemprego -popula��o absoluta -desenvolvimento sustent�vel -popula��o activa -despovoamento -popula��o presente -emigra��o -popula��o relativa -emigrante permanente -popula��o residente -emigrante tempor�rio -qualidade de vida -emprego tempor�rio -recenseamento -envelhecimento demogr�fico -rejuvenescimento (demogr�fico) -esperan�a de vida -saldo migrat�rio -estrutura activa -saldo natural -estrutura et�ria -subemprego -�xodo rural -taxa de alfabetiza��o -fecundidade -taxa de crescimento efectivo -idade m�dia ao 1.� casamento -taxa de crescimento migrat�rio -imigra��o -taxa de crescimento natural -�ndice de depend�ncia de idosos -taxa de desemprego -�ndice de depend�ncia de jovens -taxa de mortalidade -�ndice de depend�ncia total -taxa de mortalidade infantil -�ndice de renova��o de gera��es -taxa de natalidade -�ndice sint�tico de fecundidade -taxa de fecundidade -litoraliza��o (do povoamento) -territ�rio fronteiri�o -migra��o -tipos de emprego Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o 5 A abordagem deste tema pressup�e o recurso sistem�tico � constru��o de gr�ficos e de mapas, � an�lise de quadros estat�sticos que poder�o ser pesquisados pelos alunos em fontes diversas ou

serem preparados antecipadamente pelo professor, preferencialmente retirados das diferentes estat�sticas publicadas pelo INE, � pesquisa e � an�lise de bibliografia espec�fica. A abordagem deste tema deve permitir que os alunos construam uma correcta imagem sociodemogr�fica do nosso Pa�s, atrav�s da compara��o dos valores nacionais com os valores relativos � Uni�o Europeia, � Europa e, eventualmente, ao n�vel mundial. Este tema deve ser utilizado para os alunos aprofundarem o conhecimento das diferentes unidades administrativas, nomeadamente as NUT I, NUT II, NUT III e os concelhos. Muita da cartografia a produzir pelos alunos deve ser realizada � escala das NUT III a fim de os alunos se familiarizarem com esta escala de an�lise, tendo o professor o cuidado de fornecer os mapas-base com a delimita��o actualizada das referidas NUT. � importante que o professor, atempadamente, obtenha um conjunto de mapas sobrepon�veis, � mesma escala -relevo, hidrografia, distribui��o da precipita��o, distribui��o da temperatura, n�mero de horas de sol, distribui��o da popula��o, distribui��o dos diferentes indicadores demogr�ficos, distribui��o das cidades, distribui��o das redes de transporte e mapas com a divis�o administrativa para facilitar a conceptualiza��o das caracter�sticas das diferentes NUT II e NUT III.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B4: Portugal � A Popula��o A abordagem deste tema deve privilegiar a recupera��o/consolida��o/aprofundamento de conceitos j� iniciados no Ensino B�sico. Dada a natureza do tema, o professor deve ter em aten��o as decis�es tomadas ao n�vel das iniciativas, dos objectivos e das op��es tomadas no �mbito do Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNTOT), programa posto � discuss�o p�blica em Maio de 2006. A lecciona��o deste m�dulo deve basear-se na cria��o de situa��es de aprendizagem que promovam actividades em que os alunos desenvolvam compet�ncias na �rea da express�o gr�fica e cartogr�fica, da interven��o em debates relativos ao tema, do trabalho individual e em grupo, da pesquisa e da aquisi��o/recupera��o de vocabul�rio espec�fico. A abordagem deste tema pode ser proporcionadora do incremento da leitura atrav�s, nomeadamente, da an�lise de extractos de obras liter�rias ou de artigos de revistas. As actividades a desenvolver pelos alunos devem ainda permitir a revis�o das f�rmulas de c�lculo das diferentes vari�veis demogr�ficas e a pr�tica de c�lculo de taxas e de �ndices demogr�ficos. A constru��o de mapas e de gr�ficos deve, tamb�m, alertar os alunos para, por exemplo, os problemas de �manipula��o� da express�o gr�fica, exemplificando como a selec��o das classes pode interferir na visualiza��o espacial dos fen�menos representados ou como a escolha das escalas vertical e horizontal de um gr�fico tornam uma varia��o mais �explosiva� ou mais �lenta�. A prepara��o de instrumentos de avalia��o adequados permitir�, ao professor e aos alunos, controlarem as aprendizagens, possibilitando ao primeiro desencadear a realiza��o de actividades de remedia��o e aos segundos uma reflex�o cr�tica sobre o seu desempenho. Considera-se interessante que a constru��o de gr�ficos seja realizada em papel milim�trico, sendo feita uma chamada de aten��o para a cor deste, a fim de que a cor da base n�o esbata o fen�meno a representar. Assim, os alunos podem desenvolver uma atitude cr�tica quando essa constru��o for feita em computador.

A prepara��o atempada de mapas-base permitir� ao professor seleccionar as unidades administrativas mais adequadas aos objectivos da representa��o. A escolha dos tons e das cores a utilizar permitir� aos alunos o desenvolvimento de compet�ncias est�ticas que lhe poder�o ser �teis em trabalhos a realizar durante o curso e, mesmo, na sua vida activa. As actividades relativas � evolu��o num�rica da popula��o e das vari�veis demogr�ficas devem basear-se nos valores das �s�ries demogr�ficas longas� publicadas pelo INE, podendo, se for considerado relevante pelo professor, fazer-se um recuo dos dados a cartografar at� ao in�cio da primeira metade do s�culo XX. Uma tarefa interessante � a identifica��o numa curva evolutiva de ritmos diferentes de varia��o, atrav�s do prolongamento das diferentes partes de uma curva com uma r�gua ou mesmo um l�pis. A recolha de dados que envolvam a compara��o ao n�vel europeu ou ao n�vel mundial, deve ser realizada na mesma fonte a fim de n�o haver distor��es e veicular pr�ticas de rigor cient�fico. No que diz respeito � constru��o de mapas, os alunos podem recorrer ao uso de classes com intervalos regulares ou, ent�o, de classes com intervalos irregulares recorrendo, para isso, � elabora��o de diagramas de dispers�o. No que diz respeito a actividades relacionadas com a estrutura et�ria e com a estrutura da popula��o activa, � fundamental que os alunos construam pir�mides et�rias de modo a poderem compar�-las nos diferentes espa�os nacionais e ao longo do tempo, consolidando mais facilmente as diferen�as regionais e a evolu��o no tempo. Esta metodologia pressup�e que os valores das diferentes classes et�rias sejam apresentados em percentagem, o que n�o inviabiliza que, em certas situa��es, se recorra � compara��o de valores absolutos.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B4: Portugal � A Popula��o Os alunos dever�o familiarizar-se com t�cnicas de an�lise de n�meros com um n�mero elevado de algarismos e, ainda, com o recurso a escalas simples para fazer compara��es, por exemplo, de gr�ficos de barras ou gr�ficos circulares. Este treino ser-lhes-� �til em situa��es de avalia��o sumativa. A interven��o em debates ou em jogos de pap�is sobre os problemas relacionados com, por exemplo, a situa��o do emprego ajudam a preparar os alunos para eventuais entraves que v�o encontrar no mercado de trabalho, ajudando-os na tomada de decis�es relativamente ao respectivo futuro. Os debates ou os jogos de pap�is que se sugerem proporcionam ao professor a oportunidade para discutir casos a ocorrer no ano da lecciona��o e para realizar registos das compet�ncias do dom�nio atitudinal. Bibliografia / Outros Recursos 6 BARRETO, A.,(Org.) (2000). A Situa��o Social em Portugal, 1960-1999, volume II Indicadores Sociais em Portugal e na Uni�o Europeia. Lisboa: Imprensa das Ci�ncias Sociais; Instituto de Ci�ncias Sociais da Universidade de Lisboa. BRITO, R. S. (1994). Perfil Geogr�fico. Lisboa: Ed. Estampa. COMISS�O EUROPEIA (1995). A Europa em N�meros. Luxemburgo: Servi�o da Publica��es das Comunidades Europeias. 4� edi��o. DAVEAU, S. (1995). Portugal Geogr�fico. Porto: Ed. S� da Costa. INE. (2002). Censos 2001,XIV Recenseamento Geral da Popula��o, IV Recenseamento Geral da Habita��o Resultados Definitivos. Lisboa: INE. INE. (2002). Estat�sticas Demogr�ficas 2001. Lisboa: INE. INE. (2004). Retrato Territorial de Portugal, 2003.Lisboa: INE INE. (2004). Revista de Estudos Demogr�ficos, n.� 36. Lisboa: INE. INE. (2005). Estat�sticas Demogr�ficas 2003. Lisboa: INE. INE. (2006). Estat�sticas Demogr�ficas 2004. Lisboa: INE. INE. (2005). Projec��es de Popula��o Residente, Portugal, 2000 a 2050. Lisboa: INE. FONSECA, M. L. (1990). Popula��o e territ�rio: do pa�s � �rea metropolitana.

Lisboa: Mem�rias do Centro de Estudos Geogr�ficos. JACINTO, R. (1995). As regi�es portuguesas de fronteira: perspectivas de desenvolvimento e de coopera��o transfronteiri�a. Cadernos de Geografia, N� 14. MEDEIROS, C. A. (1996). Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupa��o humana � uma Introdu��o. Lisboa: Ed. Estampa. MEDEIROS, C. A. (Dir.). BARATA SALGUEIRO, T. FERR�O, J. 2005. Geografia de Portugal, sociedade, paisagens e cidades. Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. M.E.P.AT. (1999). Portugal P.N.D.E.S., 2000-2006. Diagn�stico Prospectivo. Lisboa: Minist�rio do Equipamento, do Planeamento e da Administra��o do Territ�rio.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B4: Portugal � A Popula��o MOITA, L. (Dir.). (2000). Janus 2001-Anu�rio das Rela��es Exteriores. Lisboa: P�blico e Universidade Aut�noma. MOTA, I. PINTO,M. VASCONCELLOS e S�,J. RIBEIRO,F. QUINTAS,E. SOROMENHO MARQUES, V. (2005).Estrat�gia Nacional para o Desenvolvimento Sustent�vel, 2005/2015.Lisboa: Pandora, Edi��es, Imagem e Comunica��o. PNUD. (2003). Relat�rio do Desenvolvimento Humano Recursos Editoriais, L.da. PNUD. (2004). Relat�rio do Desenvolvimento Humano PNUD. (2005). Relat�rio do Desenvolvimento Humano Editora. RIBEIRO, O. (1970). Ensaios de Geografia Humana e Costa.

2003.Lisboa.Mensagem. Servi�o de 2004.Lisboa: MENSAGEM. 2005.Lisboa: Ana Paula Faria, Regional. Lisboa: Ed. S� da

RIBEIRO, O. (1986). Inicia��o em Geografia Humana. Lisboa: Ed. S� da Costa. RIBEIRO, O. (1991). Portugal, o Mediterr�neo e o Atl�ntico: esbo�o de rela��es geogr�ficas. Lisboa: Ed. S� da Costa. RIBEIRO, O. LAUTENSACH, H., DAVEAU, S.(1987-1991). Geografia de Portugal. 4 Volumes. Lisboa: Ed. S� da Costa. SANTOS, N. P. (1995). As dimens�es da emigra��o na sociedade portuguesa contempor�nea. Cadernos de Geografia. N.� 14. VALENTE ROSA, M. J.VIEIRA,C. (2003).A Popula��o Portuguesa no s�culo XX. Lisboa: ICS da Univ. de Lisboa. S�tios da Internet www.ine.pt

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B5 Portugal � As �reas Urbanas Dura��o de Refer�ncia: 18 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo B5 -Portugal � As �reas Urbanas -pretende-se que os alunos compreendam a organiza��o interna das cidades, a sua diferencia��o funcional, o modo como as cidades crescem, as causas que est�o subjacentes a esse crescimento, nomeadamente o papel dos transportes, os problemas da� decorrentes e as respectivas solu��es, tendo em aten��o que muitos deles n�o s�o de f�cil, nem de imediata solu��o. Com este m�dulo pretende-se ainda que os alunos analisem a rede urbana portuguesa, as suas caracter�sticas, as suas fragilidades, as suas potencialidades e os respectivos impactos no ordenamento do territ�rio nacional. � objectivo deste tema que os alunos analisem a posi��o das cidades portuguesas no contexto e na hierarquia das cidades da Pen�nsula Ib�rica e da Uni�o Europeia, equacionando problemas relacionados com a necessidade de uma maior visibilidade das cidades portuguesas, sobretudo as de n�vel hier�rquico superior. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender � compreender � compreender � compreender � compreender � interpretar �

a dificuldade em definir cidade tanto interna como internacionalmente a evolu��o da organiza��o interna de uma cidade a forma��o das �reas metropolitanas os problemas decorrentes da expans�o urbana os problemas da rede urbana portuguesa paisagens urbanas

realizar pesquisas sobre o tema � manifestar preocupa��es relativamente � qualidade de vida urbana � compreender as vantagens e as limita��es da concentra��o e da dispers�o do povoamento � manifestar esp�rito de toler�ncia e de di�logo cr�tico � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas � manifestar atitudes de autonomia na realiza��o de trabalhos de campo � manifestar atitudes de respeito pelo patrim�nio natural e constru�do

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B5: Portugal � As �reas Urbanas Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo o aluno deve ser capaz de: � diferenciar espa�o rural de espa�o urbano � reflectir sobre a dificuldade em definir cidade � distinguir cidade de centro urbano � relacionar a diferencia��o do espa�o urbano com o desenvolvimento dos transportes urbanos � caracterizar as �reas funcionais do espa�o urbano � relacionar a localiza��o das diferentes fun��es urbanas com o valor do solo � explicar o papel das actividades terci�rias na organiza��o do espa�o urbano � explicar a interdepend�ncia locativa das diferentes fun��es � explicar a diferencia��o social das �reas residenciais � explicar a degrada��o da qualidade de muitas �reas residenciais � relacionar as principais fun��es das diferentes �reas urbanas com as caracter�sticas da popula��o � relacionar o crescimento das �reas suburbanas e periurbanas com o dinamismo demogr�fico e funcional dos centros urbanos � problematizar os impactos territoriais resultantes da progressiva substitui��o do solo agr�cola por usos urbanos e industriais � explicar o processo de forma��o das �reas metropolitanas � identificar os principais efeitos polarizadores das �reas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a n�vel nacional e regional � enunciar problemas decorrentes da edifica��o dispersa

� explicar o papel da ind�stria no desenvolvimento das �reas onde se implanta; � equacionar os principais problemas urbanos; � discutir medidas de recupera��o da qualidade de vida urbana propostas e/ou adoptadas pelos �rg�os de decis�o; � analisar a distribui��o espacial dos centros urbanos, em Portugal; � caracterizar a rede urbana portuguesa; � comparar a rede urbana portuguesa com redes urbanas de pa�ses europeus; � discutir medidas conducentes ao equil�brio da rede urbana � equacionar o papel das cidades m�dias na reorganiza��o da rede urbana � problematizar o papel dos transportes e da cria��o de infra-estruturas e equipamentos no desenvolvimento das cidades m�dias � discutir formas de complementaridade e de coopera��o entre as cidades � discutir a posi��o hier�rquica das cidades portuguesas nas redes urbanas ib�rica e europeia � equacionar medidas que visem aumentar a visibilidade internacional das cidades portuguesas. � equacionar as consequ�ncias das parcerias entre cidades e o mundo rural �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo B5 -As �reas Urbanas -desagrega-se nos conte�dos seguintes. Esta desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sequencial dos diferentes conte�dos, sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso � recupera��o/reorganiza��o de anteriores aprendizagens formais ou informais. B5.1 B5.2 B5.3 B5.4

-A -A -A -A

organiza��o interna expans�o urbana rede urbana portuguesa rede urbana portuguesa no contexto da Uni�o Europeia

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B5: Portugal � As �reas Urbanas A abordagem do conte�do B5.1 � A organiza��o interna � dever� iniciar-se pela diferencia��o entre espa�o urbano e espa�o rural e pela discuss�o dos crit�rios nacionais que levam � diferencia��o entre cidade e centro urbano. A reflex�o sobre os diferentes crit�rios de defini��o de cidade deve ser alargada aos crit�rios existentes em outros pa�ses dada a grande diferen�a de pa�s para pa�s, mesmo dentro da Uni�o Europeia. A lecciona��o deste conte�do deve permitir, por um lado, que os alunos compreendam que a organiza��o interna da cidade � um processo evolutivo que deve ser relacionado com a acessibilidade, com o valor do mercado imobili�rio e fundi�rio, com as l�gicas de localiza��o das diferentes actividades e com a din�mica da popula��o e, por outro lado, que este processo evolutivo se reflecte na morfologia urbana. A distin��o das diferentes �reas funcionais deve permitir que os alunos identifiquem incompatibilidades no uso do solo urbano. No que diz respeito �s �reas residenciais � importante, ainda, salientar que � segrega��o funcional se sobrep�e a segrega��o social, debatendo os problemas que da� decorrem. Neste contexto, devem analisar-se programas como o Programa Especial de Realojamento (PER), sobretudo aplicados na �rea de localiza��o da escola. Interessa, tamb�m, analisar a perman�ncia de alguns tipos de ind�stria no interior da malha urbana e debater a localiza��o perif�rica de alguns tipos de ind�stria, distinguindo �reas em que predomina um padr�o difuso dessa distribui��o ou um padr�o mais concentrado. Os alunos devem analisar a tipologia dos edif�cios que, em regra, est� associada a cada um desses padr�es. A lecciona��o deste conte�do deve, tamb�m, abordar a qualidade de vida no interior do espa�o urbano focando aspectos como o da qualidade da habita��o, o da requalifica��o/reabilita��o urbana, (�reas degradadas, frentes ribeirinhas e espa�os industriais abandonados), a acessibilidade, a qualidade e a diversidade de equipamentos e, ainda, a localiza��o e a funcionalidade dos espa�os verdes , salientando o caso dos corredores ecol�gicos.

O conte�do B5.2 � A expans�o urbana � deve abordar as caracter�sticas do crescimento em altura e em superf�cie, relacionando-as com o pre�o do solo e com as redes inerentes a cada um dos modos de transporte. O estudo do crescimento espacial das cidades deve, tamb�m, incidir sobre o processo de terciariza��o, o papel segregador das actividades de n�vel hier�rquico superior, distinguindo-se os casos do Central Business District (CBD) e da localiza��o de novas formas de com�rcio e de servi�os e os seus impactos na segrega��o espacial da fun��o habitacional. No estudo do crescimento espacial das cidades � interessante analisar o caso de patrim�nios constru�dos que foram valorizados enquanto testemunhos de antigas fun��es e de antigas localiza��es urbanas e de outros a que foram dadas novas fun��es, depois de processos de recupera��o. A lecciona��o da expans�o das cidades e dos centros urbanos deve conduzir � explica��o da forma��o da �reas metropolitanas, salientando que a evolu��o dos processos de suburbaniza��o e de periurbaniza��o levam as �cidades-m�e� a adquirirem uma estrutura mais polic�ntrica. A este prop�sito, devem salientar-se as vantagens dos diferentes centros urbanos que se desenvolvem em redor da cidade principal se articularem em termos funcionais e em termos de transportes, dando �s �reas metropolitanas que integram ganhos em din�mica e em competitividade. Devem, ainda, salientar-se os impactos da expans�o urbana desordenada sobre as �reas envolventes e os custos dos processos de edifica��o dispersos. A abordagem deste conte�do deve, ainda, incidir sobre a forma��o das �reas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, tra�ando o seu quadro econ�mico, a sua import�ncia �s escalas regional e nacional, as diferen�as entre cada uma delas, reflectindo sobre os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. A este prop�sito, � pertinente debater os aspectos positivos e os aspectos negativos da rurbaniza��o.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B5: Portugal � As �reas Urbanas O estudo da expans�o das cidades e dos centros urbanos deve levar � reflex�o sobre os problemas decorrentes do despovoamento dos centros hist�ricos e sobre as medidas tendentes � sua resolu��o, identificando programas que visam esse objectivo como � o caso do Programa de Requalifica��o Urbana e de Valoriza��o Ambiental das Cidades (POLIS) ou do Programa de �reas Urbanas Degradadas (PRAUD). No �mbito deste ponto deve ainda reflectir-se sobre a constitui��o de �reas urbanizadas de g�nese ilegal (AUGI) e sobre a press�o que os interesses imobili�rios exercem sobre os terrenos afectos � Reserva Ecol�gica Nacional (REN) e � Reserva Agr�cola Nacional (RAN). Outros aspectos a analisar s�o os efeitos ambientais do excessivo e r�pido crescimento das aglomera��es urbanas como sejam o ajustamento das infra-estruturas urbanas �s necessidades da popula��o, nomeadamente no sector da habita��o, no sector social (escolas, servi�os de sa�de, servi�os administrativos), no abastecimento de �gua, no tratamento de res�duos s�lidos e de �guas residuais, no fornecimento de energia, no elevado grau de impermeabiliza��o dos solos, contributo para a concentra��o de poluentes decorrentes das migra��es pendulares. A este prop�sito � importante que se debatam, por um lado, a sobrecarga do consumo de combust�veis f�sseis nas contas nacionais e as solu��es para este problema e, por outro lado, consequ�ncias de ordem individual, nomeadamente o stress. Uma reflex�o importante � relativa � delapida��o de recursos naturais que deveriam ser entendidos como bens p�blicos como � o caso de solos de elevada aptid�o agr�cola como os de classe A, em resultado da substitui��o progressiva do uso de solos agr�colas por usos urbanos e industriais. A lecciona��o deste tema deve servir, tamb�m, para salientar a pertin�ncia do Ordenamento do Territ�rio, ao n�vel local, analisando instrumentos como o Plano Director Municipal (PDM), o Plano de Pormenor (PP) e o Plano de Urbaniza��o (PU), e ainda, ao n�vel regional, instrumentos como, por exemplo, os Planos Intermunicipais de Ordenamento do Territ�rio (PIOT).

Com o conte�do B5.3 � A rede urbana portuguesa � pretende-se que os alunos analisem as caracter�sticas das grandes �reas metropolitanas, da grande mancha litoral ocidental (difusa), da linha de cidades ao longo do litoral algarvio e dos subsistemas urbanos interiores, identificando, deste modo, as caracter�sticas da rede urbana portuguesa, salientando a sua macrocefalia demogr�fica, a sua primazia funcional, o grande d�fice em cidades m�dias e a sua distribui��o espacial. A este prop�sito, devem ser enunciadas medidas para a respectiva solu��o/minimiza��o, debatendo as vantagens da dispers�o e da concentra��o do povoamento e do resultado da aplica��o de programas como, por exemplo, o Programa de Consolida��o do Sistema Urbano Nacional (PROSIURB) ou os objectivos e estrat�gias de programas como o Programa de Requalifica��o Urbana e de Valoriza��o Ambiental das Cidades (POLIS). A lecciona��o deste conte�do deve, tamb�m, valorizar o papel do Ordenamento do Territ�rio na reorganiza��o da rede urbana, debatendo medidas que visem atenuar o crescimento das grandes aglomera��es e dinamizar o papel das cidades m�dias com a cria��o, por exemplo, de comunidades urbanas, de comunidades intermunicipais e o incentivo ao desenvolvimento de eixos/sistemas urbanos com ganhos de dimens�o e de competitividade decorrentes da complementaridade e da coopera��o. Neste conte�do, � tamb�m importante abordar as vantagens das parcerias entre cidades e o mundo rural e o papel polarizador que, actualmente, desempenham algumas cidades inseridas no espa�o rural, constituindo verdadeiras ilhas de dinamismo demogr�fico num mar de despovoamento. Com o conte�do B5.4 � A rede urbana portuguesa no contexto da Uni�o Europeia � pretende-se que os alunos compreendam o car�cter perif�rico das cidades portuguesas e a sua inser��o na hierarquia das cidades peninsulares e europeias. A este prop�sito � importante que os alunos sejam alertados para o significado do que � uma cidade m�dia, em termos nacionais e em termos internacionais. A compara��o da rede urbana portuguesa com a de outros pa�ses dever� ser, tamb�m, encarada como um motivo de reflex�o no �mbito das solu��es para os problemas da rede urbana portuguesa.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B5: Portugal � As �reas Urbanas Uma quest�o que vai emergir da compara��o da rede urbana portuguesa e de outras redes urbanas europeias � a pouca visibilidade das cidades portuguesas, o que permitir� reflectir sobre as consequ�ncias da promo��o de uma maior visibilidade internacional de Lisboa e o acentuar da macrocefalia da rede urbana portuguesa tanto demogr�fica como funcional. Uma outra quest�o a debater � o papel da cidade do Porto no Noroeste Peninsular, com ganhos na visibilidade internacional. Na abordagem deste conte�do, sugere-se que se analise o caso das cidades e dos centros urbanos existentes nos setenta e quatro �concelhos fronteira�, debatendo as consequ�ncias da aplica��o de programas/medidas que os abranjam. A abordagem dos conte�dos do m�dulo B5 -Portugal � As �reas Urbanas -pressup�e os seguintes termos/conceitos: -lugar central -acessibilidade -aglomera��o urbana -�rea complementar -�rea de influ�ncia -�rea funcional -�rea metropolitana -�rea periurbana -�rea suburbana -�rea urbanizada de g�nese ilegal (AUGI) -�baixa� / CBD -barreira -bem central disperso raro vulgar -centralidade -centro urbano/cidade -cluster -coes�o territorial -complementaridade -Comunidade Intermunicipal (ComInt) -Comunidade Urbana (ComUrb)

-coopera��o interurbana -corredor ecol�gico -descentraliza��o -desconcentra��o -deseconomia de aglomera��o -diferencia��o funcional -diferencia��o social -economia de aglomera��o -economia de escala -edifica��o dispersa -eixo urbano -espa�o intra-urbano -espa�o urbano -especula��o fundi�ria -expans�o urbana -factor de localiza��o industrial -frente ribeirinha -fun��o urbana fun��o rara vulgar -Grande �rea Metropolitana (GAM) -lugar central -macrocefalia/bicefalia malha urbana/tecido urbano -meio de transporte migra��o pendular -n�vel de conforto -ordenamento territorial -ozono troposf�rico -parcerias urbano/rural -padr�o de localiza��o concentrado difuso disperso -Plano Director Municipal (PDM) -Plano Intermunicipal de Ordenamento do Territ�rio (PIOT) -periurbaniza��o -Plano Estrat�gico para os Res�duos S�lidos Urbanos (PERSU) -Plano de Pormenor (PP) -Plano de Urbaniza��o (PU) -p�lo de atrac��o industrial -popula��o urbana -Programa de �reas Urbanas Degradadas (PRAUD)

-Programa de Consolida��o do Sistema Urbano Nacional e Apoio � Execu��o dos Planos Directores Municipais (PROSIURB) -Programa de Requalifica��o Urbana e de Valoriza��o Ambiental das Cidades (POLIS) -Programa Especial de Realojamento (PER) -reabilita��o urbana -rede urbana monoc�ntrica polic�ntrica -reabilita��o urbana -renda locativa -renova��o urbana -requalifica��o urbana -Reserva Agr�cola Nacional (RAN) -Reserva Ecol�gica Nacional (REN) -rurbaniza��o -qualidade de habita��o -qualidade de vida -segrega��o funcional -segrega��o social -solo expectante -suburbaniza��o -taxa de urbaniza��o -terciariza��o -tecido industrial -uso do solo

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B5: Portugal � As �reas Urbanas Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o A abordagem deste tema pressup�e a realiza��o de actividades pr�ticas diversas. � importante que as actividades envolvam a observa��o de imagens de natureza variada sobre os diferentes aspectos em estudo, a consulta de legisla��o e a an�lise, pelo menos, de um PDM, de um PU, de um PP e de uma carta de condicionantes de uma mesma cidade. � importante que os alunos desenvolvam, tamb�m, actividades baseadas no manuseamento de dados estat�sticos com vista ao desenvolvimento de compet�ncias relacionadas com a selec��o, an�lise e a interpreta��o de dados. A lecciona��o deste tema deve promover a concretiza��o de situa��es de aprendizagem que visem a realiza��o de actividades pr�ticas que permitam aos alunos desenvolver compet�ncias no �mbito da express�o gr�fica e cartogr�fica, da observa��o directa e indirecta, do tratamento de dados estat�sticos, da realiza��o de trabalhos de campo ou da constru��o/aplica��o de pequenos question�rios. E, tamb�m, importante, que se preparem antecipadamente mapas-base com a divis�o de Portugal em concelhos para, sobre eles, os alunos desenvolverem v�rios trabalhos. Dada a natureza do tema, o professor deve ter em aten��o as decis�es tomadas ao n�vel das iniciativas, dos objectivos, das op��es e das novas nomenclaturas tomadas no �mbito do Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNTOT), programa posto � discuss�o p�blica em Maio de 2006. A prepara��o destas actividades implica, simultaneamente, a constru��o/prepara��o, em grupo disciplinar, de instrumentos de avalia��o diversos. As actividades a desenvolver pelos alunos devem rentabilizar as viv�ncias dos alunos, facto que ajudar� a desenvolver, para al�m de refer�ncias s�lidas subjacentes � constru��o de conceitos, compet�ncias no �mbito a observa��o directa e indirecta, proporcionadoras do �xito em momentos de avalia��o sumativa.

A observa��o de imagens de �reas urbanas e de �reas rurais, com identifica��o das caracter�sticas de umas e de outras, ajuda os alunos a desenvolverem compet�ncias no �mbito da observa��o, da constru��o mental dos conceitos que est�o associados ao tema e, ainda, do treino da descri��o oral. Quanto ao conceito de cidade, � importante que os alunos se debrucem sobre os aspectos legais que est�o na base da eleva��o de uma vila a cidade. Uma actividade que os alunos podem realizar � o c�lculo, em percentagem, das povoa��es que foram elevadas � categoria de cidade nas diferentes d�cadas do s�culo XX e nos primeiros anos do s�culo XXI. A observa��o de imagens a�reas de cidades portuguesas permite, desenvolvendo uma vez mais compet�ncias ligadas � observa��o e � descri��o de paisagens, que os alunos identifiquem semelhan�as e diferen�as entre elas, identifiquem, por exemplo, as caracter�sticas dos centros hist�ricos, o tipo de plantas ou as vias de comunica��o. Os alunos podem realizar trabalhos de investiga��o envolvendo a apresenta��o oral sobre cidades portuguesas que s�o Patrim�nio da Humanidade ou sobre cidades sujeitas a interven��o no �mbito do Programa POLIS. No que diz respeito � identifica��o de diferentes �reas funcionais, os alunos podem realizar plantas funcionais da �rea de inser��o da escola e compar�-las com outras da sua viv�ncia, nomeadamente as das respectivas �reas de resid�ncia. Na �rea de inser��o da escola, os alunos podem ainda realizar actividades dirigidas � tomada de conhecimento sobre a respectiva evolu��o funcional, identificando, por exemplo, parcelas de solo expectante, processos de requalifica��o, de reabilita��o ou de renova��o urbana. A diferencia��o morfol�gica e funcional pode ser inferida/aprofundada com a realiza��o de actividades como a compara��o do custo da habita��o em diferentes pontos de uma mesma cidade ou a descri��o da tipologia dos edif�cios.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B5: Portugal � As �reas Urbanas A realiza��o de uma visita de estudo ao CBD da cidade onde se localiza a escola �, tamb�m, muito importante, para estabelecer diferencia��es funcionais e at� arquitect�nicas. A�, os alunos podem desenvolver actividades que lhes permitam compreender a sua grande acessibilidade, atrav�s, por exemplo, do n�mero de carreiras de autocarro que a� se encontram ou do desenho das linhas de metropolitano, no caso de Lisboa, a import�ncia do valor do mercado imobili�rio, a localiza��o de novas formas de com�rcio, a exist�ncia de �reas pedonais, debatendo problemas como o da polui��o atmosf�rica gerada pela circula��o autom�vel que se traduz na concentra��o do ozono troposf�rico e na forma��o da chamada �sopa cancer�gena�, salientando os seus efeitos na sa�de p�blica. Estas �ltimas actividades podem ser realizadas em outros pontos da cidade a fim de se poderem comparar resultados. Assim, � de todo o interesse a escola ter sensores para medi��o, por exemplo, do di�xido de carbono ou do ru�do. Uma actividade que poder� proporcionar um debate com forte componente formativa �, no caso da �rea Metropolitana de Lisboa ou do Porto, o c�lculo dos gastos em combust�vel quando as desloca��es casa/trabalho se realizam em autom�vel pr�prio tendo, para al�m do condutor um, dois ou tr�s passageiros e comparar os custos com o pre�o dos passes nos transportes p�blicos, do estacionamento na periferia das grandes aglomera��es e o tempo de desloca��o. O estudo da rede urbana portuguesa deve ter por base a constru��o de um mapa com a localiza��o de todas as cidades portuguesas e a constru��o de um gr�fico com a popula��o de cada uma delas. A an�lise destes produtos, realizados individualmente ou em grupo, vai permitir aos alunos a conceptualiza��o mais estruturada do espa�o nacional pois vai tornar mais evidente a implanta��o das cidades e das aglomera��es. Sugere-se que os alunos calculem a evolu��o do peso demogr�fico, expresso em percentagem, das �reas Metropolitanas de Lisboa e do Porto relativamente ao resto do Pa�s desde, pelo menos, da d�cada de cinquenta. No sentido de proporcionar uma melhor compreens�o de como as cidades e os centros urbanos se

relacionam, sugere-se que os alunos construam mapas com a localiza��o, por exemplo, das grandes e m�dias empresas diferenciadas por grandes ramos de actividade. A observa��o de imagens de sat�lite, recolhidas � noite sobre o espa�o europeu, � uma estrat�gia �ptima para os alunos compreenderem a rede urbana europeia e muitos dos seus problemas, identificando os decorrentes da grande concentra��o de cidades e os dos espa�os de fraca ocupa��o humana. A compara��o das redes urbanas de Portugal com a de outros pa�ses como, por exemplo, a Espanha, a It�lia e a Alemanha, vai permitir que os alunos compreendam, por um lado, a posi��o das cidades portuguesas na hierarquia peninsular e, por outro lado, aprofundem os conceitos de rede polic�ntrica e de rede monoc�ntrica. A compreens�o da posi��o das cidades portuguesas no contexto mais restrito das cidades da Pen�nsula Ib�rica ou mais alargado da Uni�o Europeia deve ser aprofundada atrav�s, por exemplo, da compara��o do movimento de passageiros e de aeronaves nos aeroportos, do movimento de mercadorias nos principais portos ou das caracter�sticas das redes de transportes, sobretudo na rede rodovi�ria e na rede ferrovi�ria. Bibliografia / Outros Recursos INE. (2005). Anu�rio Estat�stico de Portugal, 2004. Lisboa: INE. INE. (2002). Atlas das Cidades.2002.vol.I.Lisboa: INE. INE. (2005). Atlas das Cidades.2002.vol.II.Lisboa: INE. INE. (2004). As Cidades em N�meros. Informa��o Estat�stica 2000-2002.Lisboa: INE. Colec��o Estat�stica em CD-Rom.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B5: Portugal � As �reas Urbanas INE. (2003). Movimentos Pendulares e Organiza��o do Territ�rio Metropolitano: �rea Metropolitana de Lisboa, �rea Metropolitana do Porto, 1991-2001.Lisboa: INE. INE. (2004). Retrato Territorial de Portugal, 2003.Lisboa: INE. INE.(2004). Revista de Estudos Demogr�ficos, n.�36. Lisboa: INE. FONSECA, M.L. (Coord.).(1995). Lisboa: Abordagens Geogr�ficas. Estudos para o Planeamento Regional e Urbano, n.�42. Lisboa: CEG/UL. MEPAT/SEDR.(1999). Portugal -Plano Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social. Diagn�stico Prospectivo. Lisboa: MEPAT/ SEDR. MEDEIROS, C. A. (Dir.). BARATA SALGUEIRO, T. FERR�O, J. (2005). Geografia de Portugal, sociedade, paisagens e cidades. Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. MOITA, L.MENDES, J.M.(Coord.).(1999). Janus 99-2000, Anu�rio de Rela��es Exteriores. Lisboa: P�blico & UAL. MOITA, L. (Coord.).(2000). Janus 2001, Anu�rio de Rela��es Exteriores. Lisboa: P�blico & UAL. MOTA, I. PINTO, VASCONCELOS e S�, J. RIBEIRO, F. QUINTAS, E. SOROMENHO MARQUES, V.(2005). Estrat�gia Nacional para o Desenvolvimento Sustent�vel 2005/2015 � Um Projecto para Portugal. Lisboa: Pandora. 2005. PALAMEQUE, F.L. (Coord.) (2000). Geografia da Europa. Barcelona: Ed. Ariel, S.A.. RABELLA,J.M. (Dir.). (1998). Atlas de Espa�a y Portugal. Barcelona: Ediciones Pen�nsula. Legisla��o -Decreto-Lei n.� 276/99, de 23 de Julho � define as linhas de orienta��o da pol�tica de gest�o da qualidade do ar e transp�e para a ordem jur�dica interna a Directiva n.� 96/62/CE.

-Decreto-Lei n.�292/2000, de 14 de Novembro � revis�o do Regulamento Geral do Ru�do aprovado pelo Decreto-Lei n.� 251/87, de 24 de Junho, com altera��es introduzidas pelo Decreto-Lei

n.�292/89, de 2 de Setembro. -Decreto-Lei n.�11/82, de 2 de Junho � regime de cria��o e extin��o das autarquias locais e de designa��o e determina��o da categoria das povoa��es. S�tios da Internet www.ine.pt.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B6 Portugal � As �reas Rurais Dura��o de Refer�ncia: 18 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo B6 -Portugal � As �reas Rurais -pretende-se dar ao aluno uma vis�o do espa�o rural de Portugal, proporcionando-lhe um conhecimento das caracter�sticas desse espa�o e dos principais bloqueios ao desenvolvimento do sistema agr�rio, quer no dom�nio da produ��o, quer nos dom�nios da transforma��o e da comercializa��o. A abordagem deste tema deve permitir ao aluno compreender que, no quadro de uma economia aberta ao exterior, com trocas desiguais e sistemas comerciais agressivos, os espa�os rurais perderam diversidade produtiva e funcional e fragilizaram-se, incapazes de absorver o progresso t�cnico e cient�fico, sobretudo no que diz respeito � agricultura produtiva. Assim, torna-se relevante abordar o impacto na agricultura portuguesa resultante da integra��o de Portugal na Uni�o Europeia e reflectir sobre as formas de potencializar o sector agr�rio, dotando-o de uma estrutura de produ��o que lhe permita enfrentar os desafios da concorr�ncia internacional e afirmar as vantagens competitivas dos produtos nacionais face � produ��o externa. O desenvolvimento deste tema pressup�e, tamb�m, que se veicule a ideia de que o contexto actual exige a revitaliza��o das �reas rurais, atrav�s da explora��o das suas potencialidades end�genas e da diversifica��o das suas estruturas produtivas. Neste contexto, a abordagem do espa�o rural em Portugal deve ter sempre subjacente a valoriza��o econ�mica do mesmo numa perspectiva de sustentabilidade. A abordagem deste m�dulo deve ainda contribuir, para uma forma��o-base s�lida conducente ao entendimento da diversidade das paisagens rurais, em Portugal e do entendimento aprofundado do papel do ordenamento do territ�rio na constru��o de um futuro duradouro. Compet�ncias Visadas 2

Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender os principais bloqueios da agricultura portuguesa � compreender que a paisagem constitui uma dimens�o fundamental caracterizadora do territ�rio e do seu ordenamento � avaliar o impacto da PAC na agricultura portuguesa � compreender os problemas ambientais do sistema de produ��o agro-pecu�rio � discutir medidas de desenvolvimento integrado das �reas rurais � realizar pesquisas sobre o tema � seleccionar, sistematizar e interpretar dados estat�sticos � utilizar t�cnicas de express�o gr�fica e cartogr�fica � seleccionar o tipo de cartografia adequada aos fen�menos a representar � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas � manifestar esp�rito de toler�ncia e capacidade de di�logo cr�tico � manifestar interesse/preocupa��o relativamente � qualidade de vida nas �reas rurais � manifestar atitudes de respeito pelo patrim�nio existente no espa�o rural

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B6: Portugal � As �reas Rurais 3 Objectivos de Aprendizagem No final deste m�dulo os alunos devem ser capazes de: � distinguir espa�o agr�rio de espa�o agr�cola � caracterizar o sistema agr�rio das diferentes regi�es agr�rias � relacionar a heterogeneidade espacial das estruturas agr�rias com factores f�sicos e humanos � explicar os problemas estruturais da agricultura portuguesa � debater o papel da floresta na economia nacional � relacionar o desenvolvimento do sector agr�cola com as estruturas et�ria e s�cioprofissional da popula��o activa agr�cola � salientar a import�ncia da pluriactividade na fixa��o da popula��o rural � caracterizar a ocupa��o da Superf�cie Agr�cola Utilizada (SAU) � explicar os factores que condicionam o uso do espa�o agr�cola � problematizar a ocupa��o do solo considerando as suas aptid�es � diferenciar os objectivos iniciais da PAC dos das respectivas reformas � explicar os reflexos da PAC e das respectivas reformas na agricultura portuguesa � reconhecer que a potencia��o do sector agr�rio pressup�e transforma��es no dom�nio da produ��o, da transforma��o e da comercializa��o dos produtos � discutir impactos ambientais dos sistemas de produ��o agro-pecu�ria � equacionar a valoriza��o das �reas rurais tendo em conta o desenvolvimento sustent�vel dessas �reas � equacionar o impacto do turismo no desenvolvimento das �reas rurais � reflectir sobre as consequ�ncias da implanta��o de ind�strias nas �reas rurais �

reconhecer o papel dinamizador dos servi�os nas �reas rurais � reconhecer a import�ncia das iniciativas e dos programas comunit�rios para o desenvolvimento rural 4 �mbito dos Conte�dos O m�dulo B6 -As �reas Rurais -desagrega-se nos conte�dos seguintes. Esta desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sequencial dos diferentes conte�dos, sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso � recupera��o/reorganiza��o de anteriores aprendizagens formais ou informais. B6.1. B6.2. B6.3. B6.4.

As caracter�sticas do espa�o agr�rio Os problemas da agricultura portuguesa A agricultura portuguesa e a Pol�tica Agr�cola Comum As novas oportunidades para as �reas rurais

Com o conte�do B6.1 � As caracter�sticas do espa�o agr�rio � pretende-se que os alunos compreendam que a heterogeneidade espacial das estruturas agr�rias resulta da ac��o conjugada de diversos factores, de ordem f�sica e humana. Assim, sugere-se que se analise, ao n�vel das regi�es agr�rias, a heterogeneidade espacial das estruturas agr�rias, tendo em conta os seguintes aspectos: o sistema de cultura, a morfologia agr�ria, o tipo de povoamento rural, a estrutura e a distribui��o das explora��es agr�colas e a estrutura e forma de explora��o da SAU. No desenvolvimento deste conte�do, considera-se ainda importante que se inventariem as principais produ��es agro-pecu�rias e florestais e a sua evolu��o. �, tamb�m pertinente, reflectir sobre os inc�ndios florestais e as suas implica��es na degrada��o do solo ar�vel. Com o conte�do B6.2 � Os problemas da agricultura portuguesa � pretende-se que os alunos reflictam sobre os principais bloqueios ao desenvolvimento do sistema agr�rio, quer no dom�nio da produ��o, quer nos dom�nios da transforma��o e da comercializa��o. No desenvolvimento deste

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B6: Portugal � As �reas Rurais conte�do devem ser analisados aspectos relacionados com os factores de produ��o, as caracter�sticas dos recursos humanos (estrutura por idade e por sexo, n�vel de instru��o e de qualifica��o profissional), as situa��es de pluriactividade e pluri-rendimento, as condi��es de acesso aos mercados, e aspectos institucionais e culturais de forma a equacionar os problemas inerentes ao funcionamento do sector, bem como os que se relacionam com as condi��es de vida da popula��o nas �reas rurais. Neste contexto, pretende-se que se saliente o baixo grau de auto-aprovisionamento do sector agroalimentar em alguns produtos, evidenciando a depend�ncia externa, considerando as condi��es que t�m contribu�do para a estagna��o da generalidade dos ramos que o comp�em, e os problemas relacionados com as redes de comercializa��o dos produtos. Tamb�m a an�lise de situa��es de inadequa��o do uso do solo agr�cola permitir� reflectir sobre as consequ�ncias da� decorrentes. Com o conte�do B6.3 � A agricultura portuguesa e a Pol�tica Agr�cola Comum � torna-se relevante abordar o impacto na agricultura portuguesa resultante da integra��o de Portugal na Uni�o Europeia e reflectir sobre as formas de potencializar o sector agr�rio, dotando-o de uma estrutura de produ��o que lhe permita enfrentar os desafios da concorr�ncia internacional e afirmar as vantagens competitivas dos produtos nacionais face � produ��o externa. Assim, devem-se analisar os objectivos da PAC e as sucessivas reformas, em fun��o da sua emerg�ncia, ao longo do tempo, de forma a que os alunos reflictam sobre os efeitos positivos e negativos da sua aplica��o � agricultura portuguesa. Sugere-se que se privilegie uma an�lise factual, na medida em que se pretende que os alunos compreendam a actual situa��o do sector agr�cola em Portugal e os dinamismos recentes, nomeadamente os que se relacionam com a PAC e a preocupa��o com a qualidade ambiental. Nesta mat�ria, as defini��es da Reserva Agr�cola Nacional (RAN) e da Reserva Ecol�gica Nacional (REN) s�o fundamentais para o ordenamento deste espa�o. O desenvolvimento deste conte�do pressup�e, tamb�m, que se equacionem medidas que

permitam reestruturar o sector de forma a aumentar a competitividade, garantindo a sustentabilidade atrav�s da redu��o do impacto ambiental da actividade e do fomento de pr�ticas ecol�gicas, nomeadamente a pr�tica da agricultura biol�gica. Neste contexto, devem ser equacionadas medidas que concorram para a moderniza��o dos meios de produ��o e de transforma��o dos produtos, bem como dos circuitos de distribui��o, nomeadamente atrav�s da aplica��o racional dos financiamentos comunit�rios e dos programas de apoio postos � disposi��o da agricultura portuguesa. Considera-se ainda importante evidenciar o papel que a forma��o profissional e o associativismo dos agricultores podem desempenhar no aumento da produtividade agr�cola. Com o conte�do B6.4 � As novas oportunidades para as �reas rurais � pretende-se que os alunos compreendam o alargamento da interven��o da PAC a quest�es ambientais e de desenvolvimento rural, equacionando medidas que possibilitem o desenvolvimento plurisectorial e integrado das �reas rurais. Neste contexto, � importante que os alunos valorizem a diversidade paisag�stica das �reas rurais, tendo presente que, a paisagem constitui uma dimens�o fundamental caracterizadora do territ�rio e do seu ordenamento, porque tem um valor de identidade, enquanto valor cultural e societal, � uma realidade din�mica e � um recurso com valor intr�nseco e de usufruto para a popula��o e por isso, � fundamental para a sustentabilidade do povoamento. Considera-se tamb�m pertinente que se debatam os pontos fracos e as potencialidades de dois tipos de �reas rurais: as �reas rurais com algum dinamismo e as �reas rurais marginalizadas. Assim, sugere-se que se equacionem medidas de desenvolvimento integrado que permitam, por um lado, neutralizar os impactos negativos dos m�todos de produ��o intensivos (preservando a biodiversidade e reduzindo a polui��o dos solos e das �guas) e, por outro lado, valorizar os recursos end�genos, nomeadamente, atrav�s do aproveitamento do seu potencial em energias renov�veis, do investimento na qualidade de produtos agro-pecu�rios locais, da diversifica��o da economia dessas �reas em actividades como a silvicultura, o turismo em espa�o rural (TER) e outras actividades dos sectores secund�rio e terci�rio. No desenvolvimento deste conte�do, considera-se importante referir estrat�gias desenvolvidas pela Comunidade que conduzem � reabilita��o de �reas rurais, nomeadamente a iniciativa Liga��es entre Ac��es de Desenvolvimento da Economia Rural (LEADER) e o Programa Operacional Agricultura e

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B6: Portugal � As �reas Rurais Desenvolvimento Rural (POADR/AGRO), reflectindo sobre a sua aplica��o nas regi�es de interven��o em Portugal. Neste contexto, considera-se pertinente que, ao debater as quest�es anteriormente referidas, se saliente a import�ncia da salvaguarda do patrim�nio natural e constru�do. A prop�sito da valoriza��o da diversidade paisag�stica, � importante fazer refer�ncia ao facto de regi�es como o Douro ou de produtos como a vinha da ilha do Pico serem classificados como Patrim�nio da Humanidade. A abordagem dos conte�dos do m�dulo B6 -Portugal � As �reas Rurais -pressup�e os seguintes termos/conceitos: -afolhamento -agricultura integrada -agricultura biol�gica -baldio -bloco com SAU -campo aberto fechado -Carta de Riscos de Inc�ndios Florestais (CRIF) -culturas permanentes tempor�rias -culturas forrageiras -culturas sob coberto -desenvolvimento sustent�vel -emparcelamento -espa�o rural -espa�o agr�rio -espa�o agr�cola -estrutura agr�ria -estufa -estrutura fundi�ria -explora��o agr�cola -floresta de folhosas

de resinosas -forma de explora��o da terra: -Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) -Fundo Europeu de Orienta��o e Garantia Agr�colas (FEOGA) -Fundo Social Europeu (FSE) -grau de auto-aprovisionamento -horta familiar -ind�stria agro-alimentar -Liga��es entre ac��es de desenvolvimento da economia rural (LEADER)) -morfologia agr�ria -montado -Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) -Produto Agr�cola Bruto (PAB) -Pol�tica Agr�cola Comum (PAC) -parcela -pastagens permanentes tempor�rias -patrim�nio cultural paisag�stico -Patrim�nio da Humanidade -Programa Espec�fico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa (PEDAP) -pluriactividade -pluri-rendimento -Programa Operacional agricultura e desenvolvimento rural (POADR/AGRO) -produtividade agr�cola -pousio -povoamento rural disperso concentrado disperso ordenado -regi�o agr�ria -rendimento agr�cola -rota��o de culturas -Superf�cie Agr�cola Utilizada (SAU) -sebe

vivas mortas -set-aside -sistema de cultura policultura/monocultura intensiva/extensiva de sequeiro/de regadio -sistema de propriedade -turismo em espa�o rural (TER) -modalidades de hospedagem de habita��o turismo rural agro-turismo de aldeia casas de campo hot�is rurais parques de campismo rurais -terras ar�veis -tipos de agricultura tradicional/moderna de subsist�ncia/de mercado -turismo cineg�tico -uso do solo agr�cola -vinha de enforcado em latada -volume de m�o-de-obra agr�cola (VMOA) -unidade de trabalho ano (UTA) Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o A abordagem deste tema pressup�e a organiza��o de situa��es de aprendizagem que visem a realiza��o de actividades pr�ticas com o recurso sistem�tico � an�lise de mapas de escala diversa, de imagens (fotografias, diapositivos) e de croquis de modo a que sejam criadas refer�ncias visuais e mentais que permitam ao aluno, por um lado, comparar entre si diversos tipos de paisagem e,

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B6: Portugal � As �reas Rurais eventualmente, extrapolar para tipos de paisagem semelhantes/contrastantes com as estudadas. O recurso a visitas de estudo e a trabalho de campo s�o estrat�gias fundamentais � aquisi��o destas refer�ncias. � importante tamb�m que os alunos manuseiem dados estat�sticos e realizem actividades que permitam desenvolver compet�ncias relacionadas com a selec��o, a sistematiza��o e a interpreta��o de dados e com o uso das t�cnicas de express�o gr�fica e cartogr�fica. Neste sentido, � importante que se preparem antecipadamente mapas-base com a divis�o das regi�es agr�rias, para, sobre eles, os alunos desenvolverem trabalhos diversos. Dada a natureza do tema, os professores devem ter em aten��o as novas nomenclaturas, iniciativas e objectivos do Programa Nacional de Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNPOT), posto a discuss�o p�blica em Maio de 2006. A avalia��o deve realizar-se ao longo do desenvolvimento das actividades propostas e, na sua vertente sumativa, envolver tarefas pr�ticas semelhantes �s que a seguir se descrevem. A constru��o de escalas e de outros instrumentos de registo � importante, sobretudo, para o registo de compet�ncias n�o avali�veis em momentos, por exemplo, de avalia��o escrita. A an�lise evolutiva de indicadores como a estrutura da popula��o activa do sector prim�rio, o Produto Agr�cola Bruto (PAB) o volume de m�o-de-obra agr�cola, das unidades de trabalho/ano (UTA), entre outros, e a sua compara��o com os dos pa�ses da Uni�o Europeia � uma estrat�gia que permitir� aos alunos, por um lado, compreender a import�ncia do sector agr�cola na economia nacional e, por outro lado, construir refer�ncias em termos relativos. A observa��o de imagens (fotografias, diapositivos) de diferentes paisagens rurais e a identifica��o dos elementos que as constituem, ajudam os alunos a desenvolver compet�ncias de observa��o e de constru��o mental dos conceitos associados ao tema, e ajudam, ainda, a treinar a descri��o oral e a valorizar a paisagem como recurso e como patrim�nio cultural.

A constru��o de gr�ficos, relativos � evolu��o das principais produ��es agropecu�rias e florestais, da �rea ocupada e do rendimento � uma actividade que permitir� aos alunos desenvolverem compet�ncias relacionadas com a selec��o e interpreta��o de dados estat�sticos e compreenderem a desigual import�ncia relativa desses dados, quer em termos nacionais, quer em termos regionais. A organiza��o de um debate sobre os riscos dos inc�ndios florestais e as suas implica��es ambientais, com base na an�lise da Carta de Riscos de Inc�ndios Florestais (CRIF) � uma actividade que permitir� desenvolver compet�ncias relativas ao respeito pelo patrim�nio e pela gest�o sustentada dos recursos existentes. Actividades como a constru��o de mapas tem�ticos referentes a aspectos como a estrutura das explora��es agr�colas, a dimens�o m�dia das explora��es, a dimens�o m�dia da SAU, entre outros, proporcionam n�o s� o desenvolvimento de compet�ncias anal�ticas, como a constru��o de refer�ncias sobre o tema e a visualiza��o da distribui��o espacial dos fen�menos representados, mas tamb�m de compet�ncias t�cnicas relacionadas com a express�o gr�fica e cartogr�fica. A pesquisa, na regi�o em que a escola se insere, de fontes de informa��o relevantes sobre as caracter�sticas dos espa�os agr�colas pr�ximos e a aplica��o de pequenos question�rios � popula��o, s�o actividades que permitem desenvolver compet�ncias dos diferentes dom�nios. Uma actividade que pode ser enriquecedora, pela diversidade de compet�ncias que mobiliza, � a organiza��o de um debate ou jogo de pap�is sobre problemas da actividade agr�cola vividos ou observados pelos alunos, a sua delimita��o e o levantamento de hip�teses que podem encaminhar pesquisas posteriores. A an�lise dos objectivos da PAC e das sucessivas reformas, permitir� aos alunos compreenderem os efeitos positivos e negativos da sua aplica��o � agricultura portuguesa, possibilitando-lhes discutir e equacionar medidas conducentes �s transforma��es necess�rias no dom�nio da produ��o, da transforma��o e da comercializa��o dos produtos. Outras actividades a realizar s�o a recolha e an�lise, na imprensa, de informa��o relevante sobre iniciativas de desenvolvimento das �reas rurais, integradas ou n�o nos programas comunit�rios de apoio � revitaliza��o das �reas rurais, a organiza��o de dossi�s sobre o tema e a sua divulga��o em exposi��es, debates, pain�is ou outras formas de divulga��o.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B6: Portugal � As �reas Rurais Bibliografia / Outros Recursos BRITO R. S. (dir.) (1994). Perfil Geogr�fico. Lisboa: Ed. Estampa. CAVACO, C. (1985). A Agricultura a Tempo Parcial como �Factor de Estabilidade e de Paz Social� em Portugal. Finisterra. V.20, N� 39 p. 47-107. CAVACO, C. (1994). Do Despovoamento Rural ao Desenvolvimento Local. Lisboa: Direc��o Geral do Desenvolvimento Regional. CAVACO, C. (1999). (coord.). Desenvolvimento Rural. Desafio e Utopia. Lisboa: Centro de Estudos Geogr�ficos. CUNHA, A. (2004). A Pol�tica Agr�cola Comum na Era da Globaliza��o. Coimbra. DAVEAU, S. (1987-1991). Geografia de Portugal. Lisboa: Ed. S� da Costa. DAVEAU, S. (1998). Portugal Geogr�fico, Lisboa: Ed. S� da Costa. INE (2002). Estat�sticas Agr�colas 2001. Lisboa: INE. INE, (2001). Recenseamento Geral da Agricultura, 1999-An�lise de Resultados, Lisboa: INE. JACINTO, R. (1995). O mundo rural e o seu desenvolvimento. Cadernos de Geografia. N.� 14. MADRP. GPPAA. Anu�rio Hortofrut�cola e Culturas Arvenses, Azeite e Tabaco, 2000/01. Lisboa: Eurostandarte. MADRP.GPPAA. Anu�rio Pecu�rio 2000. Lisboa: Eurostandarte. MEDEIROS, C. A (1996). Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupa��o humana: uma Introdu��o. Lisboa: Ed. Estampa. MEDEIROS, C.A. (Dir.). BRUM FERREIRA, A. (Coord). (2005). Geografia de Portugal, o ambiente f�sico (parte I). Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. 2005. MEDEIROS, C.A. (Dir. e coord). (2005). Geografia de Portugal, actividades econ�micas e espa�o geogr�fico. (parte I e parte II) Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. 2005.

RIBEIRO, O (1991). Portugal, o Mediterr�neo e o Atl�ntico: esbo�o de rela��es geogr�ficas, Lisboa: Ed. S� da Costa. RIBEIRO, O., LAUTENSACH, H., DAVEAU, S.(1987-1991). Geografia de Portugal. 4 Volumes. Lisboa: Ed. S� da Costa. S�tios na Internet www.agrobio.pt www.europa.eu.pt www.euroinf.ce.pt www. icn.pt www.iflorestsp.br www.ine.pt www.min-agricultura.pt

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B7 Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens Dura��o de Refer�ncia: 18 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo B7 -Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens -pretende-se que os alunos compreendam o papel da moderniza��o dos transportes no encurtamento das dist�ncias e no aumento dos fluxos, equacionando a inter-rela��o entre a melhoria das acessibilidades e a dinamiza��o das actividades econ�micas e vice-versa, e os reflexos na melhoria da qualidade de vida da popula��es ou seja, o seu papel na coes�o social e territorial, a diferentes escalas. No �mbito deste m�dulo, pretende-se que os alunos compreendam a import�ncia de aumentar a conex�o entre as diferentes redes transeuropeias, nomeadamente a de electricidade, g�s natural como factor fundamental para a diminui��o da depend�ncia externa e regula��o do com�rcio mundial de energia. Com este m�dulo pretende-se, tamb�m, salientar o papel das TIC na melhoria da qualidade de vida, na coes�o social e na coes�o territorial, atrav�s da simplifica��o do acesso � informa��o a diversos n�veis (educa��o, sa�de, servi�os), do contributo para a moderniza��o e para o incremento da competitividade das empresas. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � distinguir meio de transporte de modo de transporte � compreender a distribui��o das diferentes redes de transportes � compreender as vantagens da articula��o intermodal dos transportes � compreender o papel dos transportes nas rela��es entre diferentes espa�os, �s escalas

local, regional nacional, europeia e, mesmo, mundial � compreender as vantagens e as desvantagens dos diferentes modos de transporte � debater o papel dos transportes como factor de desenvolvimento � debater o papel dos transportes como geradores de problemas ambientais � debater os reflexos dos transportes e das comunica��es na qualidade de vida � manifestar preocupa��es relativas ao desperd�cio energ�tico/econ�mico no uso dos diferentes modos de transporte � manifestar preocupa��es relativamente � excessiva depend�ncia do transporte rodovi�rio � manifestar interesse pela resolu��o de problemas associados � sinistralidade, nos diversos modos de transporte � compreender a deficiente intermodalidade e conectividade internacional dos transportes � interpretar mapas distorcidos, de is�cronas e de is�timas � compreender o papel das TIC na difus�o do conhecimento � debater o papel das TIC na coes�o social e territorial � compreender como os transportes invis�veis podem revolucionar as condi��es de trabalho � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas � manifestar esp�rito de toler�ncia e de di�logo cr�tico � manifestar atitudes de autonomia na realiza��o dos trabalhos propostos

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B7: Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo o aluno deve ser capaz de: � distinguir meio de transporte de modo de transporte � relacionar o encurtamento das dist�ncias com o desenvolvimento dos transportes � relacionar a dinamiza��o das actividades econ�micas com o desenvolvimento dos transportes � comparar as vantagens e as desvantagens dos diferentes modos de transporte � conhecer a distribui��o espacial das redes de transporte no territ�rio portugu�s � discutir os problemas dos diferentes modos de transporte no territ�rio nacional � discutir a inser��o das redes de transporte nacionais nas redes transeuropeias � explicar a import�ncia dos transportes na economia portuguesa � equacionar as quest�es de seguran�a, ambientais e de sa�de resultantes do uso dos diferentes modos de transporte � referir as vantagens do uso do transporte multimodal � conhecer a distribui��o espacial das redes de comunica��o no territ�rio portugu�s � relacionar o aumento dos fluxos de comunica��o com o progresso e a rapidez de difus�o das TIC � equacionar os impactos das TIC na qualidade de vida das popula��es � equacionar os impactos territoriais resultantes do desenvolvimento das TIC � relacionar o aumento de rela��es espaciais e pessoais com a moderniza��o dos transportes e das comunica��es �

compreender a import�ncia das redes portuguesas nos fluxos mundiais e no ciberespa�o � discutir as implica��es do uso dos transportes e das TIC na qualidade de vida da popula��o �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo B7 -Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens -desagrega-se nos conte�dos seguintes. Esta desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sequencial dos diferentes conte�dos, sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso � recupera��o/reorganiza��o de anteriores aprendizagens formais ou informais. B7.1 B7.2 B7.3 B7.4 B7.5

-A competitividade dos diferentes modos de transporte -A distribui��o espacial das redes de transporte -Os transportes e o com�rcio externo -O papel das TIC na dinamiza��o dos diferentes espa�os -Os transportes e as comunica��es e a qualidade de vida das popula��es

Com o conte�do B7.1 � A competitividade dos diferentes modos de transporte � pretende-se que os alunos compreendam, para al�m da import�ncia econ�mica dos transportes, as vantagens e as desvantagens dos diferentes modos de transporte. No que diz respeito �s vantagens devem ser equacionadas as que est�o relacionadas com a situa��o ultraperif�rica das Regi�es Aut�nomas e com o recurso �s plataformas multimodais. No que diz respeito �s desvantagens devem ser debatidas as que se relacionam, por exemplo, com os custos unit�rios do transporte, com o consumo de combust�veis f�sseis, com os impactos ambientais da polui��o que geram, equacionando o futuro de cada modo de transporte no espa�o comunit�rio, com os entraves naturais � utiliza��o de cada um deles e com os estrangulamentos � circula��o que n�o est�o relacionados com aspectos naturais. Com o conte�do B7. 2 � A distribui��o espacial das redes de transporte � pretendese que os alunos conhe�am as caracter�sticas da distribui��o espacial da rede rodovi�ria e debatam os objectivos do Plano Rodovi�rio Nacional (PRN).

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B7: Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens No que diz respeito � rede ferrovi�ria, para al�m, das caracter�sticas da sua distribui��o, devem ser analisados os projectos relativos � op��o da alta velocidade e os casos portugueses de articula��o vantajosa entre este modo de transporte, o mar�timo e o rodovi�rio. No �mbito deste conte�do deve, tamb�m, debater-se de que modo o Programa Operacional de Desenvolvimento das Acessibilidades (PRODAC) pode contribuir para a coes�o nacional e para a qualidade de vida da popula��o analisando os casos da melhoria das acessibilidades a Lisboa e ao Porto nas respectivas �reas metropolitanas Quanto ao modo mar�timo, � fundamental analisar a localiza��o e a fun��o dos diferentes portos comerciais, as vantagens comparativas e os inconvenientes tanto da localiza��o como da respectiva especializa��o, salientado a import�ncia dos equipamentos na sua competitividade. O estudo do movimento de mercadorias nos diferentes portos portugueses deve envolver n�o s� o movimento e o tipo de mercadorias, como o n�mero e a natureza dos navios no territ�rio portugu�s mas, tamb�m, o movimento de outros portos ao n�vel peninsular e, mesmo, europeu como � o caso do porto de Roterd�o. Este estudo deve, ainda, incidir sobre o papel dos portos de Sines como grande porto atl�ntico da Europa e, ainda, Set�bal, Lisboa, Aveiro e Leix�es nas liga��es internacionais, via Pen�nsula Ib�rica. Outro aspecto a abordar � o da acostagem crescente dos grandes paquetes de turismo, tanto no porto do Funchal, como nos portos a�oreanos e nos portos do Continente, nomeadamente, Lisboa. No que diz respeito ao modo fluvial, embora de muito pouca import�ncia, ao n�vel nacional, s�o de salientar os recentes projectos de turismo com uma componente fluvial como sucede, por exemplo, no rio Douro e se pretende desenvolver ao longo do rio Tejo e no rio Guadiana, da foz at� M�rtola.

Este conte�do envolve, ainda, o estudo da rede nacional de aeroportos, salientando a import�ncia do modo a�reo no caso das regi�es insulares e das regi�es interiores cujo acesso � demorado por modo rodovi�rio ou ferrovi�rio. O estudo da hierarquia dos aeroportos envolve a compara��o do movimento de naves e de passageiros, distinguindo o tr�nsito nacional do tr�nsito internacional. Devem ser, tamb�m, estudadas as redes de transporte de electricidade e de g�s natural associando a distribui��o espacial de cada uma delas �s origens ex�genas do fornecimento, ao risco inerente � dupla depend�ncia externa (produto e fornecedores) e ao peso do sector energ�tico nas contas p�blicas nacionais. Com o conte�do B7.3 � Os transportes e o com�rcio externo � pretende-se que os alunos conhe�am as caracter�sticas do com�rcio externo e do papel dos transportes nesse com�rcio. � importante debater o impacto econ�mico das liga��es �s redes transeuropeias, equacionando o chamado �efeito de mangueira�, o papel promotor de desenvolvimento ou de �afastamento� das grandes rotas comerciais. � importante debater o futuro do transporte mar�timo ao n�vel da Uni�o Europeia e dos seus reflexos na actividade dos portos comerciais portugueses, n�o deixando de equacionar o aumento do risco de acidentes nas rotas de maior frequ�ncia, nomeadamente, a que envolve a passagem pelo canal da Mancha e pelo estreito de Gibraltar. Com o conte�do B7.4 � O papel das TIC na dinamiza��o dos diferentes espa�os � pretende-se que os alunos compreendam o papel da r�dio, da televis�o, do telefone fixo, do telefone m�vel, das liga��es por cabo e por sat�lite e da Internet na vida quotidiana e na vida das empresas, nomeadamente, na facilidade do acesso � informa��o, na moderniza��o e na internacionaliza��o das empresas, no aparecimento de novos modalidades de emprego e do seu reflexo no modo de vida das pessoas. Com o conte�do B7.5 � Os transportes e as comunica��es e a qualidade de vida das popula��es � pretende-se que os alunos compreendam o reflexo da moderniza��o dos transportes e da generaliza��o crescente das TIC no estilo de vida das popula��es, nas novas formas de emprego e na �explos�o� da sua mobilidade, valorizando um conceito de qualidade de vida cujo actor central � a pessoa humana.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B7: Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens A abordagem dos conte�dos do m�dulo B7 -Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens pressup�e os seguintes termos/conceitos: -alta velocidade (ferrovi�ria) -itiner�rio principal (IP) -�rea atractiva -is�crona -�rea repulsiva -is�tima -auto-estrada -log�stica -via sem custos para o utilizador (SCUT) -meio de transporte -assimetrias regionais -modo de transporte -barreira -navega��o de cabotagem -bitola -Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo -central de ciclo combinado (OPEP) -ciberespa�o -obra de arte de engenharia -coes�o social -plano rodovi�rio nacional (PRN) -coes�o territorial -produto interno bruto (PIB) -conectividade -Programa Operacional de Desenvolvimento das -densidade da rede Acessibilidades (PRODAC) -dist�ncia relativa -pol�tica geral de transportes (PGT) -dist�ncia -custo -rede rodovi�ria nacional -dist�ncia -tempo rede rodovi�ria complementar -efeito de mangueira rede nacional fundamental -embarca��es: -rede transeuropeia (RTE) para transporte de passageiros -rede transeuropeia de transportes (RTT) para carga geral -Tecnologias de Informa��o e Comunica��o (TIC) cargueiros -telecom�rcio para transporte de gran�is -teletrabalho graneleiros -tipos de cais: para transporte especializado gran�is porta-contentores terminal de contentores para actividades costeiras terminal Ro/Ro rebocadores -tonelagem de Arquea��o Bruta (tAB) batel�es -transhipment dragas -transporte multimodal -fluxo de informa��o STAR (Ac��o Especial no Campo -transporte p�blico das Tele-Comunica��es para o Desenvolvimento individual Regional) colectivo -gasoduto -Global System Position (GPS) -interface/plataforma multimodal -itiner�rio complementar (IP) Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o 5

A abordagem da mobilidade das pessoas e de bens deve realizar-se, preferencialmente, a partir de actividades pr�ticas das quais se destacam a an�lise de mapas e de gr�ficos, a pesquisa, a constru��o de mapas e de gr�ficos de modo a que os alunos construam/consolidem o seu pr�prio conhecimento e possam fundamentar as opini�es relativas aos problemas e respectivas solu��es, neste sector. O tema deste m�dulo permite, ainda, que os alunos desenvolvam uma ac��o mais interventiva, nomeadamente no que respeita �s grandes op��es estrat�gicas que o Pa�s tem que tomar e cujos impactos ser�o de longa dura��o. Dada a natureza do tema, � importante que o grupo disciplinar se debruce, no momento da lecciona��o, sobre as decis�es ao n�vel das iniciativas, objectivos e op��es tomadas no �mbito do Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNPOT), programa posto � consulta p�blica em Maio de 2006. As actividades realizadas no �mbito da distribui��o espacial das redes de transporte devem servir para os alunos �constru�rem ci�ncia�, controlarem a sua pr�pria aprendizagem de modo a promover o �xito da avalia��o sumativa. A compreens�o da competitividade dos diferentes modos de transporte deve ser desenvolvida a partir, por exemplo, da an�lise da composi��o das importa��es portuguesas de modo a que os alunos verifiquem o que representam, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), os gastos em combust�veis f�sseis. Deve, tamb�m, ser promovida a realiza��o de actividades que visem a

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B7: Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens compara��o dos gastos em combust�vel nos diferentes modos de transporte. O debate sobre not�cias da imprensa relativas aos encargos que s�o cometidos aos consumidores individuais decorrentes do uso do autom�vel pr�prio ou da realiza��o de viagens de avi�o tem um papel importante na forma��o de consumidores cada vez mais respons�veis. Os alunos podem realizar pesquisas no sentido de saberem os impostos que incidem sobre um litro de combust�vel e sobre os impactos do aumento dos combust�veis na vida quotidiana. Outra pesquisa interessante � a relativa ao conhecimento da quantidade de combust�vel que levam os dep�sitos dos diferentes tipos de avi�es comerciais e dos gastos, por exemplo, quando levantam voo. A este prop�sito podem ser promovidas reflex�es sobre o contributo dos avi�es comerciais e da localiza��o dos aeroportos para a polui��o atmosf�rica. Devem, tamb�m, ser promovidas reflex�es sobre os custos da insularidade na desloca��o de pessoas e de bens. O professor, no �mbito do seu grupo disciplinar, deve providenciar a constitui��o de dossi�s tem�ticos, relativos, por exemplo, aos grandes bloqueios ao transporte rodovi�rio em consequ�ncia do mau tempo ou de greves, independentemente do pa�s em que estas se verifiquem. A an�lise destas situa��es poder� ser �til quando forem debatidos os estrangulamentos � circula��o rodovi�ria e as propostas da pol�tica europeia de transportes. O decalque, por exemplo, da rede de auto-estradas recorrendo a mapas actualizados que podem ser obtidos junto do Instituto Portugu�s de Estradas (IPE) ou fornecidos por alguns jornais, em regra no princ�pio de cada ano civil, ajudam � caracteriza��o da rede e � compreens�o dos objectivos dos Itiner�rios Principais (IP) e dos Itiner�rios Complementares (IC), particularmente as chamadas circulares rodovi�rias. Esta caracteriza��o pode ser complementada pelo c�lculo da densidade da rede vi�ria (actividade que pressup�e a consulta de estat�sticas), relacionando, depois, os mapas constru�dos com estes valores com a distribui��o da popula��o, das cidades e da

morfologia. Considera-se muito importante que os alunos desenvolvam actividades que visem o estudo da sinistralidade rodovi�ria em Portugal, equacionando os custos em vidas e em sa�de da� decorrentes. Outra actividade fundamental � a realiza��o de estudos sobre o tr�nsito na localidade onde vivem, identificando situa��es de maior e menor fluidez do tr�nsito, problemas de estacionamento, apresentando solu��es para os mesmos. Uma actividade importante para os alunos compreenderem as caracter�sticas da rede rodovi�ria no arquip�lago dos A�ores e da Madeira � a descri��o da rede de estradas, associandoa a factores de ordem f�sica e relacionando-a com o povoamento disperso ao longo das vias de comunica��o. A an�lise da rede ferrovi�ria, a partir de mapas que os organismos competentes disponibilizam, ajuda a perceber a evolu��o da dimens�o da rede ferrovi�ria, as vantagens e as desvantagens da exist�ncia de circuitos ou de linhas do tipo �penetra��o�. Considera-se pertinente a promo��o de um debate acerca da desactiva��o de algumas linhas ferrovi�rias e a reactiva��o de outras, muito poucas, associadas a projectos tur�sticos. Outra actividade estat�sticas � a entre a evolu��o comboios suburbanos e nos

que os alunos podem desenvolver atrav�s da an�lise de distin��o do n�mero de passageiros transportados no metropolitano e nos comboios interurbanos ou, mesmo, internacionais.

Considera-se pertinente que os alunos se consciencializem dos custos de cada quil�metro de autoestrada ou de uma linha f�rrea, em fun��o das caracter�sticas morfol�gicas e do n�mero de obras de-arte de engenharia que envolvem. O pre�o do custo de cada quil�metro de via pode ser pesquisado junto das entidades competentes, sugere-se, por exemplo, a compara��o dos custos de um quil�metro da A3 e da A6. Os alunos podem tamb�m debater a import�ncia da navega��o por sat�lite, sobretudo, no com�rcio e no turismo internacionais. No caso da rede rodovi�ria e da rede ferrovi�ria � importante debater os projectos de liga��es internacionais, as vantagens e os problemas que envolvem, �s vezes, algumas dessas liga��es.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B7: Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens Considera-se de grande interesse pedag�gico, por incentivar comportamentos com reflexos c�vicos not�veis, a realiza��o de trabalhos que visem o c�lculo com os gastos em combust�vel, em portagens e em tempo das desloca��es, em autom�vel pr�prio, para ir trabalhar, por exemplo, em Lisboa e, ainda, o c�lculo do espa�o necess�rio ao parqueamento dos autom�veis que entram diariamente, por exemplo, em Lisboa. No desenvolvimento destes trabalhos �, tamb�m, importante analisar os constrangimentos que induzem a n�o ades�o �s alternativas de transporte p�blico. No caso do modo mar�timo, � importante que os alunos analisem as estat�sticas dos transportes no sentido de verificarem o movimento portu�rio em termos de tonelagem e valor das mercadorias carregadas e descarregadas, do n�mero de embarca��es, e sejam capazes de os relacionar, por exemplo, com o tipo de produtos importados e respectiva proced�ncia. � importante que os alunos participem numa visita de estudo ao porto comercial de Sines de modo a compreenderem as vantagens e as desvantagens da sua localiza��o, das condi��es naturais e dos equipamentos, nomeadamente, os ligados � descarga de carv�o (liga��o � central t�rmica), de petr�leo (liga��o � refinaria) e de g�s natural. Os alunos devem, ainda, participar numa visita de estudo a um porto como o de Set�bal, de Lisboa, de Aveiro ou o de Leix�es. Um dos aspectos a discutir a prop�sito da visita de estudo � o ligado aos riscos decorrentes de desastres naturais. Assim, os alunos podem discutir a import�ncia que Portugal pode assumir nas rela��es internacionais quer entre continentes e a Uni�o Europeia quer com outros espa�os comerciais, pa�ses ou associa��es de pa�ses, assumindo novas fun��es como a de transhipment. Uma actividade que pode ser proposta aos alunos � a hierarquiza��o dos portos de pesca, atrav�s da compara��o da pesca descarregada, permitindo, a esse prop�sito, debater tipos de pesca, tipos de embarca��es e sua rela��o com os locais onde operam, caracter�sticas da frota e

equipamentos. As actividades a propor aos alunos no �mbito dos transportes ferrovi�rios devem centrar-se, por um lado, no estudo das caracter�sticas da rede, debatendo a diminui��o da sua extens�o e as suas liga��es internacionais e, por outro lado, na an�lise de quadros ou gr�ficos que permitam relativizar a import�ncia do transporte suburbano, interurbano, nacional e internacional de passageiros e de mercadorias. Na abordagem dos transportes a�reos deve ser promovido um debate sobre a cria��o do �c�u �nico europeu� e de uma autoridade europeia da seguran�a a�rea. As situa��es de aprendizagem criadas para analisar as liga��es transeuropeias �s redes de transporte de electricidade e de g�s natural devem basear-se na an�lise de mapas e serem acompanhadas de debates acerca dos problemas decorrentes da demasiada depend�ncia dos combust�veis f�sseis e do �jogo� importa/exporta que est� ligado � energia el�ctrica. Um debate a promover, incentivador do interesse pelas causas p�blicas, � acerca da cria��o de um mercado ib�rico de energia e dos reflexos do pre�o do petr�leo e da polui��o na defini��o da pol�tica europeia de transportes e de energia. Outra actividade que poder� ter um efeito interessante � o da realiza��o, por parte dos alunos, de ac��es de divulga��o de poupan�a de energia, das vantagens da diminui��o das importa��es de combust�veis f�sseis ou da constru��o de edif�cios ecol�gicos. Estas ac��es v�o dar aos alunos oportunidade de desenvolver compet�ncias, certamente �teis no desempenho das suas actividades profissionais e, eventualmente, o gosto de intervir nas causas de interesse p�blico. No que diz respeito ao papel das TIC, considera-se importante que os alunos desenvolvam pequenas actividades, de �mbito local, relativas ao tema e que pesquisem, por exemplo, os objectivos de programas europeus como o STAR ou o TELEMATIQUE, que o substituiu. Os alunos devem ser, tamb�m, incentivados a analisar a qualidade dos diferentes modos de transporte em termos de seguran�a, sinistralidade, conforto e cumprimento de hor�rios recolhendo informa��o, por exemplo, junto do Instituto Portugu�s da Qualidade ou, desenvolvendo, eles pr�prios, pequenos question�rios que aplicar�o e tratar�o. Poder�o, depois, debater de que modo os diferentes aspectos analisados se reflectem na qualidade de vida das popula��es.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B7: Portugal � A Mobilidade de Pessoas e de Bens Quanto ao contributo das TIC para a melhoria da qualidade de vida das popula��es, os alunos podem ser incentivados a fazer um brainstorming sobre essas implica��es e, posteriormente, procederem � s�ntese das ideias, organizando-as, por exemplo, com base nas respectivas vantagens e nos efeitos perversos. Uma tema interessante para reflex�o �, por exemplo, � o das repercuss�es que o telem�vel teve no comportamento das pessoas. Estas estrat�gias desenvolver�o compet�ncias que ajudar�o � s�ntese, nomeadamente, em situa��es de avalia��o. Bibliografia / Outros Recursos 6 CE. (1992). Livro Branco: A pol�tica comum dos transportes. Vers�o on line. CE. (2001). Livro Branco: A pol�tica europeia de transportes no horizonte 2010: a hora das op��es. vers�o s�ntese on line. DGTTF. (Direc��o Geral dos Transportes Terrestres e Fluviais). 2005. Evolu��o do Sector de Transportes Terrestres � Documento S�ntese (1995-2004). Lisboa:DGTTF. 2005. EUROSTAT. Panorama of Transports, Statistical overview of Transport in the Europeen Union, 1070 2010. Bruxelas: UE. MEDEIROS, C.A. (Dir. e coord). (2005). Geografia de Portugal, actividades econ�micas e espa�o geogr�fico. (parte VIII, parte X) Rio de Mouro: C�rculo de Leitores e Autores. 2005. INE. (2001). Estat�sticas dos transportes e comunica��es 1999. Lisboa: INE. INE. (2003). Estat�sticas dos Transportes, 2001. Lisboa: INE. INOFOR. (Instituto para a Inova��o na Forma��o). 2000. O Sector dos transportes em Portugal: v�rios sub-t�tulos. Lisboa: INOFOR. Colec��o: Estudos Sectoriais.

MEPAT. SEDR. (1999). Portugal, Plano Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social, 2000 2006, Diagn�stico Prospectivo. Lisboa: MEPAT e SEDR. Legisla��o -Decreto-Lei n.� 380/85, de 26 de Setembro � consagra o regime jur�dico das comunica��es p�blicas rodovi�rias afectas � rede nacional, PRN/85. -Decreto-Lei n.� 222/98, de 17 de Julho � apresenta o PRN 2000 e rev� o PRN 85. Este decreto foi revogado pela Lei n.� 98/99, de 26 de Julho. -Decreto-Lei n.� 182/2003, de 16 de Agosto � actualiza��o do PRN. S�tios na Internet www.cp.pt www.dgtt.pt www.ine.pt www.iestradas.pt www.refer.pt www.vtpi.org.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B8

O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante Dura��o de Refer�ncia: 25 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo B8 -O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante -pretendese que o aluno aprofunde conhecimentos sobre o turismo, na actualidade, nomeadamente em termos de n�mero, destino, motiva��o e idade das pessoas que se deslocam, desenvolvendo compet�ncias que favore�am um desempenho profissional qualificado. Um desempenho profissional qualificado pressup�e, tamb�m, que o aluno seja capaz de explicar problemas ligados � desloca��o em longitude e em latitude, de conhecer os desafios que algumas desloca��es implicam bem como dos cuidados especiais a ter em determinados ambientes, sobretudo, os naturais mais extremos ou em sociedades muito diferentes das ocidentais. Pretende-se, tamb�m, que o conhe�a as caracter�sticas do turista nacional e as suas prefer�ncias, bem como as ofertas existentes, quer o destino das desloca��es seja nacional ou internacional. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender � conhecer os � conhecer as � conhecer as � compreender � compreender

as caracter�sticas do turismo, na actualidade principais destinos tur�sticos, na actualidade caracter�sticas dos diferentes espa�os naturais caracter�sticas dos diferentes espa�os culturais o papel do turismo na difus�o de doen�as a zonalidade ou azonalidade da distribui��o de fen�menos geogr�ficos

� compreender a fragilidade dos ecossistemas em ambientes extremos � compreender as motiva��es subjacentes � procura tur�stica � compreender as implica��es socioecon�micas resultantes da actividade tur�stica � compreender a necessidade de fomentar um turismo regional que combine m�ltiplas vertentes � compreender que a actividade tur�stica n�o � solu��o para todos os problemas de coes�o nacional � compreender que a actividade tur�stica � uma actividade que pressup�e estabilidade, a v�rios n�veis � valorizar o patrim�nio natural e cultural numa perspectiva de desenvolvimento regional � criticar programas tur�sticos � manifestar toler�ncia e capacidade de di�logo cr�tico � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas � manifestar preocupa��o pelos impactos negativos do turismo

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B8: O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante Objectivos de Aprendizagem No final deste m�dulo o aluno deve ser capaz de: � explicar as implica��es entre turismo e a mobilidade � reconhecer a exist�ncia de condicionantes geogr�ficas � mobilidade � descrever a oposi��o clim�tica entre as zonas temperadas e as zonas frias do hemisf�rio norte e do hemisf�rio sul � caracterizar as altas latitudes sob o ponto de vista clim�tico e geomorfol�gico � descrever as implica��es da latitude nas desloca��es tur�sticas � descrever a diferencia��o clim�tica entre as fachadas ocidentais e orientais dos continentes � descrever as implica��es da longitude nas desloca��es tur�sticas � explicar as implica��es da linha internacional de mudan�a de data nas desloca��es em longitude � referir as caracter�sticas f�sicas das altas montanhas � descrever o padr�o de distribui��o dos andares fitoclim�ticos em montanhas a diferentes latitudes � relacionar a altitude a que se encontram as neves perp�tuas com a latitude � descrever as implica��es da varia��o clim�tica em altitude nas desloca��es tur�sticas � reconhecer problemas para a sa�de humana decorrentes das desloca��es em latitude, longitude e altitude � caracterizar a composi��o flor�stica da floresta de chuva e da savana � descrever a distribui��o espacial da floresta virgem e da savana

� caracterizar os desertos sob o ponto de vista geomorfol�gico e clim�tico � localizar as grandes quedas de �gua com interesse tur�stico � descrever as caracter�sticas f�sicas de um fiorde � localizar as �reas vulc�nicas com interesse tur�stico � debater a import�ncia dos espa�os naturais no turismo � debater o papel do turismo na degrada��o/preserva��o dos espa�os naturais � debater o papel do turismo na degrada��o/preserva��o dos ambientes extremos � caracterizar os fundos oce�nicos e a respectiva vida marinha � debater o papel do turismo de sol e praia no incremento da actividade tur�stica � relacionar os principais fluxos tur�sticos ao n�vel mundial com o turismo de sol e praia � debater a import�ncia do turismo na degrada��o/preserva��o dos litorais � referir problemas de sa�de associados � qualidade das �guas balneares e das areias das praias � referir caracter�sticas das ilhas tropicais que as tornam atractivas como destino tur�stico � debater as consequ�ncias do turismo em �reas de grande stress dos recursos naturais � localizar grandes cidades que constituem destinos tur�sticos importantes � conhecer o padr�o da organiza��o morfo-funcional das cidades europeias e das cidades americanas � conhecer as caracter�sticas da organiza��o morfo-funcional das cidades de origem mu�ulmana � debater o interesse tur�stico por ��cones� arquitect�nicos em grandes cidades � inventariar os espa�os que foram �ber�o� de civiliza��es importantes � inventariar espa�os religiosos que constituem destinos tur�sticos importantes � debater a import�ncia tur�stica dos espa�os religiosos � debater a import�ncia de eventos culturais como potenciadores do turismo � relacionar os principais fluxos tur�sticos ao n�vel mundial com o turismo cultural � debater as consequ�ncias da press�o tur�stica nos espa�os culturais �

debater impactos socio-econ�micos do turismo em �reas com diferente desenvolvimento tecnol�gico � referir comportamentos de risco em �reas tur�sticas espec�ficas � reconhecer a exist�ncia de problemas associados a fen�menos de acultura��o

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B8: O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante � relacionar a difus�o geogr�fica de doen�as com o aumento da actividade tur�stica � explicar a import�ncia do aproveitamento sustent�vel do potencial tur�stico nacional � inventariar recursos tur�sticos em Portugal � inventariar problemas ambientais decorrentes da implanta��o do turismo e respectivas infraestruturas em Portugal � criticar circuitos tur�sticos existentes no mercado � descrever o perfil do turista portugu�s �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo B8 -O Turismo no nos conte�dos seguintes. Esta sequencial dos diferentes conte�dos, � recupera��o/reorganiza��o B8.1 B8.2 B8.3 B8.4

� � � �

Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante -desagrega-se desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso de anteriores aprendizagens formais ou informais.

O Turismo e a Mobilidade Os Destinos Tur�sticos Os Impactos do Turismo O Turismo em Portugal

Com o conte�do B8.1 � O Turismo e a Mobilidade � pretende-se relacionar o crescimento da actividade tur�stica com a moderniza��o dos transportes, a densifica��o e a expans�o das redes de transporte, o que permitiu atingir com mais facilidade lugares pr�ximos e lugares distantes, em consequ�ncia da redu��o dos tempos de viagem, da redu��o dos pre�os e da melhoria das condi��es econ�micas da popula��o e de emprego, da �cultura do lazer�, do aumento da

longevidade em boas condi��es de sa�de, da forma��o profissional, da comodidade e, ainda, da internacionaliza��o das empresas e do n�mero crescente de multinacionais. Pretende-se, tamb�m, que se equacionem, por um lado, os problemas das desloca��es em latitude como a dura��o dos dias e a altura meridiana do Sol e, por outro lado, os problemas relacionados com as desloca��es em longitude como a diferencia��o clim�tica entre as margens ocidentais e orientais dos continentes, sobretudo, nas zonas temperadas, a diferen�a hor�ria, a passagem da linha internacional de mudan�a de data e o jet lag. A prop�sito deste conte�do pretende-se, tamb�m, que seja abordada a altera��o das condi��es atmosf�ricas e da temperatura com a altitude e analisar, quanto � localiza��o e � �poca de ocorr�ncia, as �reas mais sujeitas aos efeitos de tuf�es/furac�es e de tornados. Com o conte�do B8.2 � Os Destinos Tur�sticos � pretende-se analisar a evolu��o dos principais destinos tur�sticos assim como a �recupera��o� de rotas mais antigas, o aparecimento de novas motiva��es tur�sticas decorrentes do fasc�nio e da divulga��o do ex�tico, do diferente, da aventura quer em espa�os naturais, quer em espa�os concebidos para o efeito. Deste modo, � importante a caracteriza��o de alguns espa�os naturais como a floresta equatorial tamb�m conhecida como rainforest, particularizando, pelo menos o caso da Amaz�nia, a savana, os desertos quentes e frios, as regi�es polares e circumpolares, as altas montanhas, os fiordes, os altos planaltos como os africanos ou o Tibete, as grandes quedas de �guas, as ilhas tropicais, as praias com boa ondula��o, ou, mesmo, as regi�es de forte actividade vulc�nica ou de rift. Esta abordagem deve ser sempre acompanhada por uma reflex�o sobre a fragilidade de muitos destes ambientes, dando especial relev�ncia aos ambientes extremos. Este conte�do pressup�e, tamb�m, o estudo dos grandes destinos culturais dando especial relev�ncia aos espa�os �ber�o da Humanidade�, �s cidades europeias, americanas, asi�ticas, ou de origem mu�ulmana, e aos grandes monumentos Patrim�nio da Humanidade. Um outro aspecto a desenvolver � a diferencia��o entre os destinos preferidos pelos mais jovens e os destinos da popula��o da chamada terceira idade.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B8: O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante Com o conte�do B8.3 � Os Impactos do Turismo � pretende-se abordar as implica��es da actividade tur�stica na economia, no territ�rio, no ambiente e na sa�de, ao n�vel local, regional, continental ou, mesmo, planet�rio. Assim, � importante analisar os conflitos gerados pelo turismo no sector econ�mico (tradicional ou moderno, informal ou formal) e a forma como os turistas interagem com as comunidades que visitam qualquer que seja o n�vel socio-econ�mico das comunidades em confronto, dando especial relev�ncia para os fen�menos de acultura��o. No que diz respeito aos impactos ambientais devem ser abordados, sobretudo, os decorrentes do turismo de massas ou do turismo mais �ambiental� sobre os ambientes mais fr�geis, nomeadamente, na biodiversidade, salientando os aspectos positivos da actividade tur�stica, em particular, no desenvolvimento de determinadas �reas. Com este conte�do pretende-se, ainda, estabelecer a rela��o entre o crescimento da actividade tur�stica, a moderniza��o dos transportes e a difus�o de algumas doen�as, end�micas ou epid�micas, cuja preven��o � importante. � o caso, por exemplo, do paludismo, da febre hemorr�gica, da febre amarela, do �bola e das doen�as sexualmente transmiss�veis como a SIDA ou das formas mais perigosas da hepatite. Com o conte�do B8.4 � O Turismo em Portugal � pretende-se desenvolver o conhecimento sobre o espa�o nacional enquanto destino da actividade tur�stica e sobre as potencialidades da actividade tur�stica enquanto motor de crescimento econ�mico e de desenvolvimento. Esta vis�o deve veicular a ideia de que o turismo deve ser aproveitado com compet�ncia, qualidade e de forma racional pois, de outra forma, torna-se uma actividade sem durabilidade e altamente lesiva do desenvolvimento das popula��es e do ambiente. � importante abordar as raz�es da import�ncia internacional do Algarve e da Madeira e a emerg�ncia de novas �reas como a de Lisboa. A abordagem dos conte�dos do m�dulo B8 -O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria

Globalizante -pressup�e os seguintes termos/conceitos: -acultura��o -jet lag -alpinismo -lazer -atol -linha internacional de mudan�a de data -�gua balnear -mangal -balan�a tur�stica portuguesa -neves perp�tuas -bandeira azul -nomadismo pastoril -biodiversidade -o�sis -altura meridiana do Sol -operador tur�stico -andar fitoclim�tico -Organiza��o Mundial de Turismo (OMT) -associa��o vegetal -pacote tur�stico -barkhane -pousada -catarata/queda de �gua -Pousada da Juventude -centro hist�rico/ casco antigo -Programa das Na��es Unidas para o Ambiente (PNUA) -circuito tur�stico -rarefac��o do ar -conurba��o/megalopolis -recife -composi��o flor�stica -reg -costa de submers�o -recreio -crevasse -recurso em stress -cruzeiro tur�stico -rehidrata��o oral -cultura -rota tur�stica -desertos de abrigo -safari -difus�o -safari fotogr�fico -distribui��o azonal -sapal -distribui��o zonal -savana -doen�a end�mica -turista -doen�a epid�mica -turismo formal -ecoturismo -turismo informal -efeito de barreira -turismo internacional -emprego sazonal -turismo interno/interior -erg -turismo jovem -esp�cie amea�ada -turismo nacional -geiser -turismo religioso -floresta virgem/floresta de chuva -turismo s�nior -fuso hor�rio -turismo sustent�vel -glaciar

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B8: O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante -guia tur�stico -turismo de sol e praia -hora oficial/hora legal -turismo de neve -horizonte geogr�fico -vegeta��o xer�fila -iceberg -viagem organizada -inlandsis -viagem tur�stica -inter rail Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o 5 A abordagem do tema deste m�dulo pressup�e o recurso sistem�tico � observa��o indirecta, � consulta bibliogr�fica, � pesquisa na Internet, � consulta de mapas, � an�lise de programas tur�sticos dispon�veis no mercado nacional e � elabora��o de pequenas monografias. A prepara��o deste tema, por parte dos professores, deve, por exemplo, abranger a recolha de videogramas sobre diferentes espa�os ou a selec��o de extractos de filmes que permitam conhecer espa�os geogr�ficos diferentes dos vividos pelos alunos, promover o debate sobre contactos entre pessoas e entre sociedades diferentes ou diferentes modos de vida. Dada a natureza do tema, os professores devem ter em aten��o as iniciativas e os objectivos propostos para o sector no Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNPOT), programa posto � discuss�o p�blica em Maio de 2006. A prepara��o do tema deve, tamb�m, envolver a recolha de elementos sobre a Confer�ncia do Rio (1992), a Confer�ncia Mundial de Turismo Sustent�vel realizada nas Can�rias (1995), a Confer�ncia Internacional sobre Biodiversidade e Turismo realizada em Berlim (1997) e sobre os princ�pios subjacentes a um turismo sustent�vel enunciados na Agenda 21. A planifica��o das actividades a desenvolver pelos alunos deve ter subjacente a preocupa��o de recuperar/rentabilizar aprendizagens realizadas no �mbito de outros m�dulos e o objectivo de contribuir para um desempenho profissional qualificado, constituindo os aspectos antes focados a base da avalia��o sumativa.

No desenvolvimento de actividades que visem a compreens�o dos reflexos da mobilidade no crescimento da actividade tur�stica, os alunos podem realizar pequenas pesquisas no sentido de, por um lado, saber a evolu��o do n�mero de turistas, a redu��o dos tempos de desloca��o, a frequ�ncia e custo dos transportes para diferentes destinos, quer internos, quer externos, e por outro, a evolu��o dos vencimentos em v�rias profiss�es, do tempo de f�rias, bem como a exist�ncia de subs�dio de f�rias e do d�cimo quarto m�s. No que diz respeito �s desloca��es em latitude, os alunos devem interpretar esquemas indicativos da dura��o do dia e da noite, a diversas latitudes, a fim de poderem explicar cuidados a ter nas altas latitudes, nomeadamente na preven��o de traumas oculares, ou de queimaduras solares nos ombros e na cabe�a, nas regi�es equatoriais. Quanto �s desloca��es em longitude � necess�rio que os alunos realizem exerc�cios de c�lculo de diferen�as hor�rias, sobretudo, entre destinos frequentes ou recentes dos turistas nacionais, nomeadamente, para os pa�ses da Uni�o Europeia ou para o Brasil, os Estados Unidos da Am�rica do Norte, a Turquia, a Tail�ndia, a China, o Jap�o, a Austr�lia ou as ilhas tropicais. Os alunos devem, tamb�m, realizar exerc�cios que envolvam a localiza��o da linha internacional de mudan�a de data e o seu cruzamento de leste para oeste e vice-versa. �, ainda, profissionalmente relevante, realizarem exerc�cios com a hora de chegada e partida de avi�es, indo ou vindo de Oeste para Este e vice-versa. Actividades que poder�o ser estimulantes para os alunos s�o, por uma lado, a recolha de informa��o relativa aos grandes operadores tur�sticos organizados a n�vel mundial ou �s grandes cadeias de

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B8: O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante hot�is e, por outro lado, a recolha de informa��o evocativa de antigas viagens em grandes paquetes como o Queen Mary ou o Queen Elizabeth, nos �expressos� como o do Oriente ou o Transiberiano ou sobre os primeiros contactos com povos como os Masai ou os �ndios da Amaz�nia. Quanto � evolu��o e ao aparecimento de novos destinos tur�sticos, a fim de os alunos interiorizarem conhecimentos sobre esses espa�os, devem analisar gr�ficos termopluviom�tricos que lhes permitam caracterizar a evolu��o anual da temperatura e da precipita��o. No caso, por exemplo, dos desertos e das altas montanhas devem ser sensibilizados para a varia��o diurna da temperatura. Devem, tamb�m, observar e descrever imagens relativas aos diferentes ambientes naturais, aumentando, por um lado, o conhecimento sobre outros lugares e, por outro lado, desenvolvendo compet�ncias com relev�ncia para o desempenho profissional. A abordagem deste tema pressup�e, tamb�m, a realiza��o de trabalhos pr�ticos individuais ou em grupos de dois alunos, sobre diferentes espa�os culturais, trabalhos esses que, propostos com crit�rio, permitir�o aos alunos contactar com realidades muito variadas. Para melhor avaliarem a dimens�o dos impactos do turismo, os alunos podem realizar actividades sobre a bacia do Mediterr�neo e, tamb�m, realizar pequenas investiga��es sobre os impactos do turismo, por exemplo, sobre realidades/casos do seu conhecimento, extrapolando, depois, para realidades mais distantes ou fazendo, depois, s�nteses. A selec��o destas actividades deve feita de modo a possibilitar a maior diversidade de casos poss�vel. As actividades a desenvolver sobre o turismo nacional devem iniciar-se com a an�lise das estat�sticas do turismo e centrar-se, por exemplo, em trabalhos sobre as caracter�sticas geogr�ficas e culturais dos principais destinos externos dos turistas portugueses, como � o caso do Brasil. � pertinente que os alunos realizem an�lises cr�ticas sobre os principais circuitos

oferecidos ao cliente nacional, pesquisando, por exemplo, a localiza��o e a categoria dos hot�is propostos, o custo e o n�mero das actividades opcionais, as dist�ncias a percorrer diariamente, o tempo de perman�ncia nos diversos locais ou a relev�ncia dos locais a visitar. Deste modo, desenvolver�o um conhecimento sobre os produtos oferecidos aos clientes e sobre a respectiva qualidade. Quanto a actividades a desenvolver sobre o espa�o nacional � fundamental que as propostas de trabalho abranjam uma grande diversidade de aspectos que, embora n�o percorrendo o territ�rio de forma exaustiva, possam constituir um leque representativo da realidade nacional, facultar um conhecimento do conte�do das estat�sticas nacionais e desenvolver compet�ncias relativas ao manuseamento dos dados. Bibliografia / Outros Recursos 6 ARROTEIA, J. (1994). O Turismo em Portugal: subs�dios para o seu conhecimento. Aveiro: Sec��o Aut�noma da Universidade de Aveiro. BAPTISTA, M. (1997). Turismo: Competitividade Sustent�vel. Lisboa: Verbo. BAPTISTA, M. (2003). Turismo: Gest�o Estrat�gica Lisboa: Verbo. BOYER, M. (1996). L�invention du tourisme. Paris: Gallimard. BRITO, S. P. (2003). Notas sobre a evolu��o do viajar e a forma��o do turismo. Lisboa: Medialivros. COLLILINS, M. Ed. (1991). As �ltimas florestas tropicais. Barcelona: Ind�stria Gr�fica, S.A.. CROUCH, D.. Ed. (2000). Leisure and Tourism Geographies: practises and geographical knowledge. London: Routledge. CTP/SAERR. (2205) Reinventando o Turismo em Portugal. Lisboa: CTP. CUNHA, L. (1997). Economia e Pol�tica do Turismo. Alfragide: McGraw-Hill.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B8: O Turismo no Mundo Actual � Uma Ind�stria Globalizante CUNHA, L. (2001). Introdu��o ao Turismo. Lisboa: Verbo. DGT. (2000). O Turismo em 1999. Lisboa: Grafinina. FOSTER, D. (1999). Viagens e Turismo, manual de gest�o. Mem Martins: Ed. CETOP. HALL, C.M.; PAGE, S.J. (1999). The Geography of Tourism and Recreation: environment, place and Space. London: Routledge. INE. (2005). Estat�sticas do Turismo, 2004. Lisboa: INE. MEDEIROS, C.A. (Dir. e Coord.) (2006). Geografia de Portugal, Actividades Econ�micas e Espa�o Geogr�fico. (parte IX) Rio de Mouro: Circulo de Leitores. UMBELINO, J. (1999). Lazer e Territ�rio � Contributo geogr�fico para a an�lise do uso do tempo. S�rie de Estudos n.� 1. Lisboa: CEGPR, UNL. UMBELINO, J. (Coord.). (2000). Sustainable Tourism. Lisboa: Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional ( CEGPR), UNL. S�tios na Internet www.dgturismo.pt www.iturismo.pt www.visitportugal.com www.ine.pt/prodserv/quadros/public.asp

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO B9 Portugal e a Uni�o Europeia -Problemas e Desafios Dura��o de Refer�ncia: 25 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo 8B -Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios -pretende-se dar ao aluno uma vis�o do processo de constru��o da Uni�o Europeia, dos seus alargamentos espaciais e do seu aprofundamento pol�tico-administrativo, aspectos fundamentais na an�lise de um espa�o que Portugal integra h� duas d�cadas. Esta abordagem pressup�e uma permanente actualiza��o/adequa��o � evolu��o do processo de alargamento e, ainda, a caracteriza��o demogr�fica e socio-econ�mica da UE, a an�lise do seu desenvolvimento territorial assim como as grandes op��es territoriais, para o espa�o comunit�rio, visando alcan�ar a coes�o econ�mica e social das suas regi�es. O desenvolvimento deste tema tem subjacente a ideia central de que os desafios e as prioridades que se colocam ao desenvolvimento territorial equilibrado e sustent�vel da Uni�o Europeia pressup�em a coopera��o e a solidariedade territorial entre regi�es e entre Estados-membros, caminhos dif�ceis num mundo conturbado e em mudan�a acelerada onde a Europa pretende, simultaneamente, caminhar para a coes�o interna e afirmar-se como centro de decis�o no sistema mundial. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender o papel do processo de integra��o na consolida��o do espa�o comunit�rio � problematizar os impactos do alargamento do espa�o comunit�rio � compreender a necessidade de adapta��o das institui��es europeias tendo em vista o

alargamento � compreender as tend�ncias demogr�ficas na Uni�o Europeia � compreender o papel da UE no sistema mundial � compreender que a pol�tica comunit�ria visa a coes�o econ�mica e social dos Estadosmembros � compreender os impactos do modelo de crescimento econ�mico e dos padr�es de consumo no ambiente. � compreender a necessidade da valoriza��o/protec��o como forma de gest�o equilibrada dos recursos h�dricos e dos solos � compreender a import�ncia da coopera��o inter-regional no atenuar das assimetrias regionais. � compreender a necessidade de concilia��o entre o processo de alargamento e o processo de aprofundamento. � realizar pesquisas sobre o tema � seleccionar, sistematizar e interpretar dados estat�sticos � utilizar t�cnicas de express�o gr�fica e cartogr�fica � seleccionar o tipo de cartografia adequada aos fen�menos a representar � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas � manifestar esp�rito de toler�ncia e capacidade de di�logo cr�tico � manifestar atitudes reveladoras da preocupa��o relativamente � necessidade da valoriza��o/protec��o como forma de gest�o equilibrada dos recursos naturais

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B9: Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo os alunos devem ser capazes de: � descrever o processo de constru��o da Uni�o Europeia � inferir a necessidade de uma maior coes�o econ�mica e social no espa�o comunit�rio � reflectir sobre as implica��es, em Portugal, dos sucessivos alargamentos � reconhecer as desigualdades de desenvolvimento entre os pa�ses da UE � reconhecer as disparidades entre as grandes regi�es europeias e as desigualdades de desenvolvimento intra-regionais � reflectir sobre a exclus�o social e a segrega��o espacial no interior das regi�es � compreender a emerg�ncia das regi�es enquanto agentes de negocia��o e do aprofundamento da UE � analisar criticamente o impacto das ajudas comunit�rias no territ�rio e nos sectores de actividade � referir os princ�pios fundamentais da pol�tica comunit�ria de ambiente � explicar os problemas na qualidade e na quantidade da �gua dispon�vel � explicar os impactos das diferentes utiliza��es do solo na sua degrada��o/valoriza��o � relacionar a polui��o atmosf�rica com a produ��o e o consumo de energia � explicar a perda da biodiversidade no espa�o comunit�rio � equacionar estrat�gias de conserva��o e gest�o racional dos recursos energ�ticos � referir as principais op��es estrat�gicas para a manuten��o da biodiversidade

� equacionar os constrangimentos dos modelos � caracterizar as tend�ncias demogr�ficas na � debater a necessidade de articula��o entre � explicar a mobilidade da m�o-de-obra na UE � conhecer o processo que conduziu � adop��o de comunica��es � reconhecer os grandes objectivos das redes � reconhecer os impactos da mundializa��o na �mbito dos Conte�dos

de organiza��o pol�tica da UE UE a pol�tica econ�mica e a de emprego

da pol�tica europeia de transportes e

transeuropeias economia nos territ�rios comunit�rios

4 O m�dulo B9 -Portugal e a conte�dos seguintes. Esta sequencial dos diferentes conte�dos, � recupera��o/reorganiza��o B9.1 B9.2 B9.3 B9.4

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Uni�o Europeia � Problemas e Desafios -desagrega-se nos desagrega��o n�o implica necessariamente uma abordagem sendo aconselh�vel a integra��o dos mesmos, com recurso de anteriores aprendizagens formais ou informais.

A constru��o da Uni�o Europeia As pol�ticas regionais da Uni�o Europeia e as regi�es portuguesas A Pol�tica Ambiental Comunit�ria e a valoriza��o ambiental em Portugal Os desafios do desenvolvimento territorial na Uni�o Europeia.

Com o conte�do B9.1 � A constru��o da Uni�o Europeia � pretende-se que os alunos compreendam o processo de constru��o da Uni�o Europeia, sobretudo a partir do Tratado de Roma, analisando a reformula��o dos seus objectivos ao longo das suas diferentes etapas. Neste contexto, considera-se importante fazer uma refer�ncia breve aos antecedentes da actual UE, referindo factores que estiveram na sua origem, nomeadamente o papel desempenhado pelos Planos Marshall e Schuman no processo de reafirma��o da Europa do p�s-guerra.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B9: Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios No desenvolvimento deste conte�do, � importante que os alunos compreendam os objectivos essenciais de alguns dos avan�os mais significativos do processo de constru��o europeia, nomeadamente o Acto �nico Europeu (AUE), o Tratado de Maastricht e a Uni�o Econ�mica e Monet�ria (UEM). A prop�sito do Tratado de Maastricht, deve salientar-se que o alargamento do campo de ac��o da Comunidade teve em considera��o o respeito pelo princ�pio da subsidariedade e a pondera��o do princ�pio da solidariedade, a par de uma maior efic�cia na ac��o. Assim, � importante que os alunos conhe�am os dom�nios de actua��o da Comunidade (coes�o econ�mica e social, dimens�o social, investiga��o e desenvolvimento, ambiente e forma��o profissional); os novos campos de ac��o (pol�tica industrial, desenvolvimento das redes transeuropeias, defesa do consumidor e educa��o, forma��o profissional, sa�de e cultura) e as quest�es relacionadas com o aprofundamento da integra��o europeia no mercado �nico, na irreversibilidade da UEM, na Pol�tica Externa e de Seguran�a Comum (PESC) e na cidadania europeia. No que se refere �s quest�es relacionadas com o alargamento, sugere-se que se aborde a conjuntura pol�tica europeia da d�cada de 90, equacionando as tomadas de decis�o que visam dotar a Europa de novos poderes e de novos meios que a tornem capaz de dar resposta ao alargamento a Leste. Assim, considera-se pertinente que os alunos equacionem os v�rios desafios que se colocam � Uni�o Europeia com os futuros alargamentos sendo importante a reflex�o sobre os seus impactos, nomeadamente para Portugal, quanto �s altera��es do poder de decis�o dos pequenos pa�ses e � reparti��o dos fundos comunit�rios, equacionando tamb�m os impactos da reestrutura��o do territ�rio comunit�rio para o desenvolvimento dos v�rios pa�ses. Com o conte�do B9.2 � As pol�ticas regionais da Uni�o Europeia e as regi�es portuguesas � pretende-se que os alunos compreendam a exist�ncia de disparidades econ�micas e sociais entre

os v�rios Estados � membros, bem como a exist�ncia de desigualdades entre as v�rias regi�es da UE e no interior de cada regi�o. Pretende-se ainda, que se equacione a import�ncia que assume, com o Tratado de Maastricht, a redu��o das disparidades no interior da Uni�o Europeia, com destaque para Portugal, salientando os apoios comunit�rios aos v�rios n�veis e os seus impactos, sobretudo ao n�vel do desenvolvimento territorial. Considera-se importante que os alunos conhe�am os motivos que est�o na origem dos apoios comunit�rios e os crit�rios subjacentes � sua atribui��o. No desenvolvimento deste conte�do, sugere-se uma abordagem que permita aos alunos debaterem os crit�rios de identifica��o das regi�es (as homog�neas, as funcionais e as reticulares), e uma an�lise que leve � caracteriza��o das grandes regi�es europeias (a Diagonal Continental/Pent�gono, o Arco Atl�ntico/Fachada Atl�ntica, o Arco Mediterr�nico, o Mediterr�neo e as regi�es ultraperif�ricas) identificando as assimetrias existentes entre elas. Pretende-se, tamb�m, que os alunos identifiquem contrastes no interior das grandes regi�es e debatam quest�es como a exclus�o social e as bolsas de pobreza, cada vez mais acentuadas, salientando a sua persist�ncia, mesmo nos centros urbanos de elevado crescimento econ�mico. No final desta an�lise, � importante debater a necessidade de uma maior coopera��o no interior do espa�o comunit�rio, bem como o papel que os v�rios instrumentos da pol�tica regional podem ter no atenuar dos desequil�brios inter e intra-regionais. A prop�sito da �Europa das Regi�es�, � importante salientar a perspectiva, cada vez mais acentuada, de que as regi�es constituem os interlocutores directos com os �rg�os de poder e de decis�o da UE e evidenciar os aspectos que as unem, bem como aqueles que as dividem. Neste contexto, sugere-se a refer�ncia ao dinamismo do Arco Atl�ntico/Fachada Atl�ntica, que procura criar um eixo motriz de coopera��o do litoral atl�ntico valorizando os recursos end�genos de toda esta regi�o. � importante tamb�m que a reflex�o sobre a extens�o das disparidades econ�micas e sociais no interior da Uni�o Europeia seja complementada com a an�lise da forma como as pol�ticas comunit�rias e nacionais implementadas t�m contribu�do para atenuar as disparidades existentes.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B9: Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios Com o conte�do B9.3 � A Pol�tica Ambiental Comunit�ria e a valoriza��o ambiental em Portugal � considera-se importante inventariar e caracterizar os problemas ambientais que afectam o territ�rio comunit�rio, nomeadamente a polui��o atmosf�rica relacionada com a produ��o e o consumo de energia, a degrada��o dos recursos h�dricos e dos solos, assim como a redu��o da biodiversidade, fazendo uma especial refer�ncia aos res�duos s�lidos. A abordagem destes problemas deve proporcionar a reflex�o sobre o modo como o modelo de crescimento econ�mico adoptado, associado aos padr�es de consumo na Europa, tem contribu�do para a degrada��o e delapida��o dos recursos naturais. Neste contexto, considerase pertinente sensibilizar os alunos para a import�ncia das atitudes individuais e colectivas na solu��o das situa��es inventariadas. O desenvolvimento deste conte�do, deve privilegiar uma abordagem centrada na import�ncia que a Pol�tica do Ambiente tem vindo a assumir no conjunto das pol�ticas comunit�rias, sobretudo a partir do Tratado de Amesterd�o (1997), no qual se refor�ou a necessidade de inserir a protec��o do ambiente como uma prioridade para a consecu��o do desenvolvimento sustent�vel. Neste sentido, importa real�ar a necessidade de desenvolver um planeamento territorial inovador, eficiente e respeitador dos recursos, �s diferentes escalas (transnacional, nacional, regional ou local) e integrado nas directivas da Uni�o Europeia. Neste contexto, � importante salientar que Portugal procurou afirmar a Pol�tica do Ambiente em sintonia com as preocupa��es comunit�rias sobretudo em quatro vectores: a cria��o de um quadro legislativo de acordo com o Direito Internacional e o Direito Comunit�rio; a cria��o do Minist�rio do Ambiente (1990) e das Direc��es Regionais do Ambiente; a canaliza��o para o sector ambiental de maiores recursos financeiros, em particular no �mbito do Quadro Comunit�rio de Apoio; a crescente

participa��o da sociedade civil na defesa do ambiente. Considera-se, tamb�m, importante sublinhar que, para que haja um desenvolvimento sustentado, s�o fundamentais a preserva��o dos patrim�nios natural e cultural e a diminui��o do risco. A Uni�o Europeia prop�e uma grande diversidade de medidas que visam, a qualquer escala de interven��o espacial: a manuten��o da biodiversidade; a gest�o dos recursos h�dricos; a protec��o dos elementos naturais (ar, �gua e solo); a protec��o da diversidade das paisagens naturais e culturais. Com o conte�do B9.4 � Os desafios do desenvolvimento territorial na Uni�o Europeia � pretende-se que os alunos compreendam que, num mundo em mudan�a acelerada, muitos s�o os desafios que se colocam � Uni�o Europeia para os quais se pretende mostrar uma vis�o global sobre as perspectivas futuras, valorizando aspectos qualitativos e voluntaristas num contexto de m�ltiplas escolhas. A abordagem deste conte�do deve ter como base referencial os espa�os/territ�rios (do local ao global, do rural ao urbano) e as pessoas que os habitam. Neste conte�do, sugere-se que se debata a necessidade de uma nova organiza��o pol�tica baseada no princ�pio da subsidariedade, questionando qual o modelo de organiza��o mais adequado e que respeite a diversidade nacional de cada Estado-membro. Neste �mbito, importa equacionar at� que n�vel de aprofundamento pode avan�ar a UE, se n�o se concretizar a uni�o pol�tica. No desenvolvimento deste conte�do, considera-se, tamb�m, importante que os alunos compreendam os aspectos demogr�ficos e econ�micos mais significativos do espa�o comunit�rio. Assim, dever� ser feita refer�ncia �s grandes tend�ncias demogr�ficas da UE, nomeadamente, o decl�nio demogr�fico e as altera��es na estrutura et�ria, para que os alunos compreendam os reflexos das caracter�sticas da m�o-de-obra e das condi��es de trabalho na Uni�o Europeia, na competitividade das empresas e no aumento do desemprego estrutural. Neste contexto, � pertinente reflectir sobre a aparente contradi��o entre este aumento e as migra��es de trabalho envolvendo m�o-de-obra de qualifica��o muito distinta (trabalhadores sem qualifica��o, por um lado, e os de alta forma��o t�cnica, por outro lado). Por �ltimo, � conveniente uma reflex�o sobre o modo como a volatilidade do emprego desencadeia um aumento da mobilidade

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B9: Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios da popula��o, a diversas escalas (inter-regional, intra-regional e intracomunit�ria) e de que forma o Acordo de Schengen vem solucionar, ou n�o, esta problem�tica. Considera-se tamb�m fundamental que os alunos compreendam o processo conducente � adop��o de uma pol�tica europeia de transportes e de comunica��es tendo como pressuposto um modelo de circula��o � escala europeia que melhor sirva o cidad�o e o tecido empresarial. Neste contexto, � importante evidenciar os principais objectivos e constrangimentos da sua concretiza��o, nomeadamente ao n�vel das redes transeuropeias. No que respeita �s quest�es da mundializa��o da economia sugere-se uma abordagem que permita aos alunos analisarem os seus impactos a v�rias escalas de an�lise, bem como a compreens�o das dificuldades de competitividade sentidas pela Uni�o e que t�m conduzido ao aumento do desemprego e � diminui��o dos sal�rios reais, real�ando assim a necessidade de uma maior coes�o econ�mica e social. Por �ltimo, considera-se importante debater os desafios da pol�tica ambiental da UE, sobretudo no que respeita � gest�o da �gua e dos solos, ao equil�brio da energia/ambiente e � manuten��o da biodiversidade. Neste �mbito, importa salientar a necessidade de avalia��o das condicionantes/restri��es ambientais, bem como a obrigatoriedade de estudos de impacto ambiental, o que mostra o esfor�o da UE em integrar a componente ambiental no ordenamento do territ�rio, reflectindo sobre as dificuldades de concilia��o entre a competitividade das empresas da UE e a protec��o ambiental. A abordagem dos conte�dos do m�dulo B9 -Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios -pressup�e os seguintes termos/conceitos: -Acordo Schengen -ordenamento territorial -Acto �nico Europeu (AUE) -Pa�ses da Europa Central e Oriental (PECO)

-�rea protegida -Paridade do poder de compra (PPC) -Banco Central Europeu (BCE) -Parlamento Europeu -Comunidade Econ�mica Europeia (CEE) -Parque Natural -Comiss�o Europeia -Plano Estrat�gico para os Res�duos -Comunidade Europeia do Carv�o e do A�o (CECA) S�lidos Urbanos (PERSU) -Comunidade Europeia de Energia -PIB per capita At�mica (EEA/EURATOM) -Plano Nacional da �gua (PNA) -crescimento econ�mico -PNB per capita -Comit� das Regi�es -plano Marshall -competitividade -plano Schuman -crit�rios de ades�o -princ�pio da coes�o econ�mica social (CES) -desemprego estrutural -princ�pio da solidariedade -desenvolvimento -princ�pio da subsidariedade -deslocaliza��o -produtividade -exclus�o social -Pol�tica Europeia de Seguran�a Comum (PESC) -formas de Integra��o -Quadro Comunit�rio de Apoio (QCA) -Fundo de Coes�o -Rede Natura -Fundo Social Europeu (FSE) -regi�es europeias -globaliza��o -regi�es funcionais -�ndice de desenvolvimento ajustado ao g�nero (IDG) -regi�es homog�neas -�ndice de desenvolvimento humano (IDH) -regi�es reticulares -�ndice de pobreza humana (IPH) -reserva natural -�ndice de Sustentabilidade Ambiental -segrega��o espacial -�ndice de realiza��o tecnol�gica (IRT) -taxa de Desemprego -�ndice sint�tico de desenvolvimento regional (ISDR)) -Tratado de Amesterd�o -Investiga��o & Desenvolvimento (I&D) -Tratado de Maastricht -Investiga��o e desenvolvimento tecnol�gico (IDT) -Tratado de Nice -Organiza��o de Coopera��o e Desenvolvimento -Tratado de Roma Econ�mico (OCDE) -Uni�o Econ�mica e Monet�ria (UEM)

-mundializa��o -Zona EURO

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B9: Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o A lecciona��o deste tema deve basear-se na an�lise de documentos publicados pelas institui��es da UE, de mapas tem�ticos e de dados estat�sticos e de relat�rios e de outros documentos emanados da UE onde se apresentam as propostas e os projectos comunit�rios. Sugere-se a an�lise de dados estat�sticos diversificados sobre este tema, designadamente a consulta das estat�sticas do Eurostat e a realiza��o de actividades que permitam o desenvolvimento de compet�ncias de selec��o, de sistematiza��o e de interpreta��o de informa��o diversificada, assim como o uso de t�cnicas de express�o gr�fica e cartogr�fica recorrendo, sempre que poss�vel, �s TIC. A avalia��o deve realizar-se ao longo do desenvolvimento das actividades propostas e, na sua vertente sumativa, envolver tarefas pr�ticas semelhantes �s que a seguir se descrevem. A constru��o de escalas e de outros instrumentos de registo � importante, sobretudo, para o registo de compet�ncias n�o avali�veis em momentos, por exemplo, de avalia��o escrita. Uma actividade que permitir� aos alunos compreender o processo de constru��o da Uni�o Europeia � a an�lise comparativa das linhas orientadoras dos principais tratados (de Roma, de Maastricht, de Amesterd�o e de Nice). A constru��o de gr�ficos relativos a indicadores demogr�ficos e econ�micos permitir� aos alunos compreenderem os aspectos demogr�ficos e econ�micos mais significativos do espa�o comunit�rio, constru�rem refer�ncias em termos relativos e desenvolverem compet�ncias relacionadas com a selec��o e a interpreta��o de dados estat�sticos. No que diz respeito � compara��o das desigualdades de desenvolvimento entre os pa�ses do espa�o europeu, pretende-se que os alunos comparem indicadores e �ndices estat�sticos, que lhes permitam identificar os diferentes n�veis de desenvolvimento dos v�rios Estados�membros,

nomeadamente o IDH, o IPH 2 e o PIB per capita em d�lares/PPC. Outra actividade a realizar � a an�lise das disparidades regionais, a n�vel das NUT II (por ser a unidade estat�stica que permite comparar regi�es dos diferentes pa�ses), a partir do estudo de alguns indicadores tais como o PIB/capita, emprego por sector de actividade, escolaridade da popula��o activa, percentagem de popula��o em Investiga��o e Desenvolvimento Tecnol�gico (IDT). A an�lise destes indicadores e de outros como, as caracter�sticas da m�ode-obra, os �ndices de produtividade e a taxa de desemprego devem ser feita � escala nacional e regional e permitir� aos alunos compreenderem as dificuldades de concretiza��o de um desenvolvimento territorial equilibrado. Atrav�s da inventaria��o de alguns exemplos de aplica��o de fundos comunit�rios na regi�o/concelho em que se insere a escola, os alunos poder�o ser levados a conhecer os diferentes programas e iniciativas comunit�rias, nomeadamente no que se refere aos seus objectivos e sectores a que se destinam. Esta estrat�gia permitir�, ainda, reconhecer a import�ncia das ajudas comunit�rias para o desenvolvimento regional/local. A an�lise de mapas, de gr�ficos e de quadros estat�sticos permitir� a identifica��o de outras regi�es portuguesas onde foram ou est�o a ser aplicados os diferentes tipos de fundos comunit�rios. Dever-se-� salientar que os montantes dos fundos e a sua forma de aplica��o diferem entre regi�es/localidades consoante as suas defici�ncias e/ou sectores a que s�o aplicados. Os alunos poder�o, ainda, ser incentivados a discutir os crit�rios de elei��o das regi�es/localidades e as formas de aplica��o dos apoios. Uma actividade enriquecedora pela diversidade de conhecimentos e de compet�ncias que mobiliza � a organiza��o de um debate sobre a forma como as pol�ticas comunit�rias e nacionais implementadas t�m contribu�do para atenuar as disparidades existentes ao privilegiar, na distribui��o dos fundos comunit�rios, as regi�es menos favorecidas e ao definir para as diferentes regi�es comunit�rias os sectores a desenvolver.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B9: Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios Uma outra actividade a realizar � a an�lise comparativa da Pol�tica do Ambiente e do enquadramento legal de suporte em Portugal (Lei de Bases do Ambiente, aprovada em 1987) que permitir� aos alunos compreenderem porque � que Portugal se encontra, ainda, bastante longe dos n�veis m�dios dos pa�ses comunit�rios e quais os vectores privilegiados nessa pol�tica. A organiza��o de debates sobre as implica��es das pol�ticas, programas e projectos comunit�rios no territ�rio nacional, discutindo as realiza��es mais importantes concretizadas no �mbito de alguns planos, como por exemplo, Plano Nacional da �gua (PNA), Plano Estrat�gico para os Res�duos S�lidos Urbanos (PERSU), Plano de Redu��o dos Res�duos Industriais, Rede de Zonas Protegidas, Natura 2000, Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), s�o actividades que permitir�o compreender a pol�tica ambiental do nosso pa�s. Outras actividades poss�veis s�o a recolha de informa��o sobre exemplos concretos no territ�rio portugu�s (ou quando necess�rio a outra escala), que correspondam a realiza��es, de sucesso ou n�o, que tenham como objectivo a melhoria da qualidade ambiental e a melhoria da qualidade de vida da popula��o. Sugerem-se, como exemplos de situa��es a abordar: a preserva��o da biodiversidade em espa�os pertencentes � rede Natura 2000; a gest�o dos recursos h�dricos, evitando a sua polui��o pelos efluentes das actividades humanas ou atrav�s de constru��es de barragens que permitam atenuar os efeitos naturais de secas ou de inunda��es; a diminui��o da contamina��o do solo incentivando a difus�o da agricultura biol�gica; a diminui��o da eros�o de um solo impedindo a desfloresta��o ou o seu uso excessivo para fins urban�sticos; a diminui��o da emiss�o de poluentes para a atmosfera pelo desenvolvimento de estruturas urbanas menos consumidoras de energia e que gerem menos tr�nsito; a preserva��o e desenvolvimento criativo das paisagens com valor hist�rico, cultural, est�tico e ecol�gico; a reabilita��o de

paisagens degradadas pela interven��o humana nomeadamente pelo excessivo uso agr�cola ou pela extrac��o de min�rios. � ainda de discutir o papel desempenhado pelas Organiza��es N�o Governamentais (ONG) na divulga��o de situa��es de risco e na influ�ncia que podem ter nas tomadas de decis�o do poder pol�tico. A compreens�o do impacto significativo da redu��o dos tempos de percurso na estrutura��o dos fluxos no territ�rio europeu poder� ser conseguida atrav�s da constru��o e da an�lise de mapas, � escala da Uni�o Europeia, com a situa��o actual das dist�ncias-tempo entre as capitais da UE e a situa��o prevista para 2020. Este exerc�cio permitir�, ainda, evidenciar o estado de concretiza��o dos diversos projectos de redes transeuropeias de transportes A discuss�o do modelo de circula��o � escala europeia poder� ser efectuada atrav�s da an�lise de complementaridades/concorr�ncia entre os diversos modos de transportes, como por exemplo os Comboios de Alta Velocidade e os transportes a�reos. Com o objectivo de suscitar um debate sobre o custo-benef�cio de cada uma das op��es, considera-se importante que os alunos reconhe�am a exist�ncia de diversas possibilidades de expans�o das redes de transportes, como sejam as SCUT (vias sem custos para o utilizador) ou as linhas de alta velocidade ferrovi�ria. Relativamente � inser��o nas redes transeuropeias que sejam analisadas e discutidas as diferentes propostas de constru��o de infra-estruturas de transporte no nosso Pa�s, sobretudo aquelas cujo papel estruturante � importante ou cuja liga��o �s redes transeuropeias seja pol�mica ou tenha tido solu��es diferentes das, eventualmente, j� constru�das e, se poss�vel analisar os/as impactos/ conex�es localizadas na �rea onde se insere a escola, tendo como objectivo perspectivar os efeitos a m�dio prazo decorrentes da sua implanta��o.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B9: Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafios Bibliografia / Outros Recursos AEA (1998). Europe�s Environment: the second assessment. Luxembourg: Official Publications of the European Communities. AEA (1999). Environment in European Union at the turn of the century. Copenhaga: Ag�ncia Europeia do Ambiente. ARMSTRONG, H. W. e TAYLOR, J. (1993). Regional Economics and Policy. London: Prentice Hall/ Harvester Wheatsheaf. BARRETO, A. et al. (2000). A situa��o social em Portugal 1960-1999 � Indicadores sociais em Portugal e na Uni�o Europeia, vol. II. Lisboa: Ed. Imprensa de Ci�ncias Sociais, Instituto de Ci�ncias Sociais. CEE (1990). Livro verde sobre ambiente urbano. Comunica��o da Comiss�o ao Conselho e ao Parlamento. Bruxelas: Comiss�o das Comunidades Europeias. CEE (1995). A Europa em N�meros. 4� Edi��o. Luxemburgo: Servi�o das Publica��es Oficiais das Comunidades Europeias. CEE (1993). Em direc��o a um desenvolvimento sustent�vel. Um programa da Comunidade Europeia de pol�tica e ac��o em mat�ria de ambiente e desenvolvimento sustent�vel. Bruxelas: Comiss�o das Comunidades Europeias. CEE (1996). Cidades Europeias Sustent�veis. Relat�rio do Grupo de Peritos sobre o Ambiente Urbano. Bruxelas: Comiss�o Europeia.

COMISS�O EUROPEIA (1999). EDEC � Esquema de Desenvolvimento do Espa�o Comunit�rio. Luxemburgo: Servi�o das Publica��es Oficiais das Comunidades Europeias. COMISS�O DAS COMUNIDADES EUROPEIAS (1994). Europa 2000+. Luxemburgo: Servi�o das Publica��es Oficiais das Comunidades Europeias. COMISS�O EUROPEIA (2001). Sexto relat�rio peri�dico relativo � situa��o socioecon�mica e ao desenvolvimento das regi�es da UE. Luxemburgo: Servi�os da Publica��es Oficiais das Comunidades Europeias. COMISS�O EUROPEIA (2001). Unidade da Europa, Solidariedade dos Povos, Diversidade dos Territ�rios. Luxemburgo: Servi�os da Publica��es Oficiais das Comunidades Europeias. COMISS�O EUROPEIA (2002). Primeiro relat�rio preliminar sobre a Coes�o. Luxemburgo: Direc��o-Geral da Pol�tica Regional. COMISS�O EUROPEIA E MINIST�RIO DO PLANEAMENTO (2000). Quadro Comunit�rio de Apoio III, Portugal 2000-2006. Lisboa: Direc��o-Geral do Desenvolvimento Regional. DGOTDU (2000). Vocabul�rio do Ordenamento do Territ�rio. Lisboa: Direc��o Geral do Ordenamento do Territ�rio e Desenvolvimento Urbano. FERNANDES, A. J. (1989). Portugal face � Pol�tica Regional da Comunidade Europeia. Lisboa: Publica��es Dom Quixote.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo B9: Portugal e a Uni�o Europeia � Problemas e Desafio HENRIQUES, A. G.(1999). Planeamento de recursos h�dricos rumo a um desenvolvimento sustent�vel. Lisboa: Instituto da �gua. LOBO, M. S. et al, (1990). Normas Urban�sticas Volume I -Princ�pios e Conceitos Fundamentais. Lisboa: Direc��o Geral do Ordenamento do Territ�rio, Universidade T�cnica de Lisboa. MAOT (2001). Estrat�gia Nacional de Conserva��o da Natureza e da Biodiversidade.(Vers�o para discuss�o p�blica). Lisboa: Minist�rio do Ambiente e Ordenamento do Territ�rio. MAOT/DGOTDU (2000). Relat�rio do Estado do Ordenamento do Territ�rio 1999. Lisboa: Direc��oGeral do Ordenamento do Territ�rio e Desenvolvimento Urbano. MARN (1995). Plano Nacional de Pol�tica de Ambiente. Lisboa: Minist�rio do Ambiente e Recursos Naturais. MATEUS, A. e outros (1995). Portugal XXI, Cen�rios de Desenvolvimento. Lisboa: Bertrand Editora. MENDES, M. C. (1990). O Planeamento Urbano na Comunidade Europeia. Colec��o Universidade Moderna n� 91. Lisboa: Publica��es D. Quixote. MEPAT (1998). Portugal � uma vis�o estrat�gica para vencer o s�culo XXI. Plano Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social. Lisboa: Minist�rio do Equipamento, do Planeamento e da Administra��o do Territ�rio. MEPAT (1998). Plano Nacional de Desenvolvimento Regional 1989-1993. Lisboa: Minist�rio do Planeamento e da Administra��o do Territ�rio. MEPAT (1999). Plano de Desenvolvimento Regional 2000-2006. Lisboa: Minist�rio do Equipamento, do Planeamento e da Administra��o do Territ�rio. MEPAT/DGOTDU (1999). O Territ�rio para o S�culo XXI � Ordenamento, Competitividade

e Coes�o � Semin�rio Internacional. Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Territ�rio (PNPOT): Resumos. Lisboa: Direc��o-Geral do Ordenamento do Territ�rio e Desenvolvimento Urbano. SALVADOR, R. (1997). Avalia��o Cr�tica das Pol�ticas de Desenvolvimento Regional em Portugal. Lisboa: Edi��o F�rum para a Competitividade. PARTID�RIO, M.R. (1999). Introdu��o ao Ordenamento do Territ�rio. Lisboa: Universidade Aberta. PNUD (v�rios). Relat�rio de Desenvolvimento Humano 2001. Lisboa: Trinova Editora.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�DULO A3 A Geografia e a Geoinforma��o Dura��o de Refer�ncia: 33 horas Apresenta��o 1 Com o m�dulo A3 � A Geografia e a Geoinforma��o � pretende-se que os alunos compreendam a complementaridade existente entre a Geografia e a Geoinforma��o, atrav�s do conhecimento do contributo te�rico da Geografia para a representa��o computacional do espa�o e do contributo desta para a melhoria qualitativa da an�lise geogr�fica. O desenvolvimento deste tema pressup�e que se fa�a uma an�lise da evolu��o do conceito de espa�o geogr�fico e das perspectivas defendidas pelas diferentes correntes de pensamento geogr�fico, desenvolvidas ao longo do s�culo XX. Deste modo, pretende-se que os alunos compreendam o contexto em que se desenvolveu cada corrente de pensamento geogr�fico, a perspectiva filos�fica em que se insere, o objecto de estudo, a metodologia seguida e os conceitoschave, bem como a tecnologia de representa��o e as t�cnicas de an�lise associadas a esses conceitos. Com esta abordagem, pretende-se ainda que os alunos conhe�am o alcance e as limita��es actuais do geoprocessamento. Compet�ncias Visadas 2 Com este m�dulo pretende-se que os alunos desenvolvam compet�ncias que lhes permitam: � compreender � compreender � compreender pensamento geogr�fico, � compreender

a especificidade e a relev�ncia social da Geografia a import�ncia do di�logo entre a Geografia e a Geoinforma��o o contexto social e filos�fico subjacente a cada uma das correntes de desenvolvidas no s�culo XX os diversos pontos de vista que podem estar presentes na resolu��o de

problemas de car�cter geogr�fico � compreender os principais conceitos que organizam o espa�o geogr�fico, em cada corrente � debater as vantagens e as limita��es das diversas perspectivas e m�todos da Geografia � discutir a adequa��o das perspectivas e m�todos da Geografia na resolu��o de problemas concretos na representa��o do espa�o geogr�fico � compreender o alcance e as limita��es do geoprocessamento � utilizar a terminologia geogr�fica de forma adequada � realizar pesquisas sobre o tema � manifestar rigor e empenhamento na realiza��o das actividades propostas � manifestar capacidade de di�logo cr�tico

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A3: A Geografia e a Geoinforma��o Objectivos de Aprendizagem 3 No final deste m�dulo os alunos devem ser capazes de: � reconhecer a import�ncia do geoprocessamento para a Geografia � reconhecer o contributo da Geografia para a Geoinforma��o � referir o contexto em que se desenvolveu a Geografia ideogr�fica neo-kantiana � referir a perspectiva filos�fica subjacente � indicar o objecto e a metodologia seguidas pela Geografia neo-kantiana � identificar os respectivos conceitos-chave � identificar o conceito de espa�o subjacente a esta corrente geogr�fica � referir a tecnologia de representa��o e as t�cnicas de an�lise associadas a esses conceitos � referir o contexto em que se desenvolveu a Geografia Quantitativa � referir a perspectiva filos�fica subjacente � Geografia Quantitativa � indicar o objecto e a metodologia seguidas pelos defensores Geografia Quantitativa � identificar os respectivos conceitos-chave da Geografia Quantitativa. � identificar o conceito de espa�o subjacente a esta corrente geogr�fica � referir a tecnologia de representa��o e as t�cnicas de an�lise associadas a esses conceitos � identificar as limita��es do geoprocessamento na representa��o de conceitos da Geografia Quantitativa � referir o contexto em que se desenvolveu a Geografia Cr�tica � referir a perspectiva filos�fica subjacente � Geografia Cr�tica � indicar o objecto e a metodologia seguidas pelos defensores da Geografia Cr�tica

� identificar conceitos-chave da Geografia Cr�tica � identificar o conceito de espa�o subjacente a esta corrente geogr�fica � identificar as limita��es do geoprocessamento na representa��o de conceitos da Geografia Cr�tica � utilizar o vocabul�rio espec�fico de forma adequada � interpretar textos representativos das correntes de pensamento geogr�fico em estudo �mbito dos Conte�dos 4 O m�dulo A3 � A Geografia e a Geoinforma��o � desagrega-se nos conte�dos seguintes: A3.1 � O di�logo entre a geografia e a Geoinforma��o A3.2. � A evolu��o do conceito de espa�o geogr�fico A3.3. � Alcance e limites do geoprocessamento Com o conte�do A3.1. � O di�logo entre a geografia e a geoinforma��o� pretende-se que os alunos compreendam que Geografia e Geoinforma��o s�o ci�ncias complementares, cujos objectos te�ricos se cruzam, embora com pontos de vista diferentes. O objecto de estudo da Geografia � o espa�o geogr�fico, um espa�o criado atrav�s de uma rela��o dial�ctica entre o homem e o meio. O conceito de espa�o geogr�fico �, tamb�m, uma no��o-chave na fundamenta��o te�rica da ci�ncia da geoinforma��o, cujo fundamento b�sico � a constru��o de representa��es computacionais do espa�o. No desenvolvimento deste conte�do, � importante que os alunos compreendam qual o objecto de estudo da Geografia e de que forma ela se relaciona com as Ci�ncias da Terra e as Ci�ncias Sociais. � ainda importante que compreendam que os mapas t�m sido, ao longo do tempo, ferramentas fundamentais para a Geografia. � cartografia cl�ssica sucedeu a abordagem mais moderna de an�lise geogr�fica, atrav�s dos Sistemas de Informa��o Geogr�fica (SIG). Na sociedade actual as interven��es no territ�rio t�m que ter uma correcta fundamenta��o, atrav�s do diagn�stico das situa��es e da avalia��o das diferentes propostas de interven��o.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A3: A Geografia e a Geoinforma��o As Tecnologias de Informa��o Geogr�fica (TIG) s�o hoje o melhor instrumento ao dispor dos t�cnicos e dos pol�ticos a quem compete a gest�o territorial. Da� a import�ncia do di�logo entre as duas disciplinas. No que se refere �s quest�es relacionadas com a geoinforma��o considera-se pertinente que os alunos compreendam que a tecnologia de informa��o geogr�fica se desenvolveu muito rapidamente a partir da d�cada de 70, do s�culo XX, mas n�o foi acompanhada por um esfor�o de cria��o de um corpo te�rico de aplica��o gen�rica, independente dos aspectos de implementa��o. Dado o seu car�cter interdisciplinar, a constru��o das bases conceptuais da ci�ncia da geoinforma��o parte da identifica��o das fontes de contribui��o te�rica, nas �reas cient�ficas com que se relaciona. Sendo a constru��o de representa��es do espa�o em computador o seu fundamento b�sico, � importante que se fa�a uma revis�o das principais concep��es do espa�o geogr�fico. Com o conte�do A3.2 � A evolu��o do conceito de espa�o geogr�fico � pretende-se que os alunos conhe�am as concep��es do espa�o geogr�fico defendidas pelas diferentes correntes de pensamento geogr�fico desenvolvidas ao longo do s�culo XX, de forma a estabelecer, por um lado, o modo como a tecnologia de GIS permite exprimir essas concep��es e, por outro lado, quais as dificuldades ainda existentes no processamento das diferentes concep��es de espa�o geogr�fico. Esta abordagem deve centrar-se nas correntes de pensamento geogr�fico desenvolvidas ao longo do s�culo XX, em particular, a Geografia ideogr�fica neo-kantiana, a Nova Geografia (Quantitativa) e a Geografia Cr�tica. O estudo de cada uma destas correntes deve enfatizar o contexto que favoreceu o seu aparecimento, a perspectiva filos�fica dominante, o objecto da Geografia, a metodologia, o tipo de espa�o geogr�fico definido e os conceitos-chave a ele associados, bem como os principais defensores de cada corrente. Com o conte�do A3.3 � Alcance e limites do geoprocessamento � pretende-se que os alunos identifiquem o conceito-chave que define o tipo de espa�o geogr�fico defendido por

cada corrente de pensamento geogr�fico, a representa��o computacional que melhor se aproxima desse conceito e as t�cnicas de an�lise geogr�fica associadas. Pretende-se ainda que os alunos compreendam que, apesar do avan�o das TIG nas �ltimas d�cadas, ainda est�o longe de dar suporte adequado �s diferentes concep��es de espa�o geogr�fico. Neste contexto, � importante que os alunos compreendam que o conceito-chave da geografia ideogr�fica, a unicidade da regi�o, se exprime atrav�s de conceitos como �unidade�rea� (Hartshorne) ou �unidade de paisagem� (Tricart) ou �land-unit� (Zonneveld), que se baseiam na delimita��o de unidades homog�neas. A tecnologia de GIS actual permite resolver sem limita��es esta concep��o de espa�o, atrav�s da representa��o computacional do pol�gono fechado com os seus atributos, sendo a t�cnica de an�lise de dados mais comum a intersec��o de conjuntos. Relativamente � Geografia Quantitativa sugere-se que se saliente que o conceitochave � o padr�o de distribui��o espacial dos fen�menos em estudo, que se exprime atrav�s de um conjunto de acontecimentos, de amostras pontuais ou de dados agregados por �rea. A representa��o computacional associada s�o as superf�cies, correspondentes a grades regulares e malhas triangulares e as redes, representadas por matrizes de interac��o espacial. As t�cnicas de an�lise de dados mais comuns s�o a estat�stica espacial e a l�gica nebulosa. A representa��o dos conceitos de espa�o da geografia neo-kantiana e a distribui��o espacial dos fen�menos (geografia quantitativa) tem sido resolvida de forma mais ou menos completa pelas tecnologias de GIS porque correspondem � representa��o de fen�menos espaciais de forma est�tica. Por�m, muitos fen�menos espaciais s�o din�micos e a tecnologia de GIS n�o os consegue representar de forma adequada. � o caso dos modelos preditivos, com representa��o espa�otempo, em que a evolu��o dos fen�menos � expressa atrav�s de representa��o funcional. As t�cnicas actuais de geoprocessamento tamb�m n�o conseguem resolver de forma adequada as dualidades forma-fun��o e estrutura-processo. Com a tecnologia actual de GIS � poss�vel representar a forma de organiza��o do espa�o mas n�o a fun��o dos seus componentes; � poss�vel estabelecer a estrutura do espa�o mas n�o a natureza din�mica dos processos que nele se realizam.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A3: A Geografia e a Geoinforma��o Do mesmo modo, importa que os alunos compreendam que para os conceitos de espa�o da Geografia Cr�tica, espa�o entendido como �sistema de objectos e sistema de ac��es� e a oposi��o entre �espa�o de fluxos� e �espa�o de lugares�, as t�cnicas actuais de GIS n�o s�o capazes de fornecer respostas. A abordagem dos conte�dos do m�dulo 9. A Geografia e a Geoinforma��o pressup�e os seguintes termos/conceitos -�rea geogr�fica -organiza��o espacial: -�rea de influ�ncia espa�o cont�nuo -espa�o geogr�fico: espa�o rede espa�o espa�o espa�o espa�o espa�o espa�o espa�o

f�sico -paisagem absoluto -rede relativo -regi�o: de vida homog�nea vivido administrativa de fluxos funcional/polarizada de lugares -p�lo

-land-unit -sistema -limites geogr�ficos: -Sistemas de Informa��o Geogr�fica (SIG) linha -territ�rio faixa -territorialidade -linguagem morfo-funcional -Tecnologias de Informa��o Geogr�fica (TIG) -linguagem estruturo-funcional -unicidade -lugar: -unidade-�rea posi��o -unidade de paisagem situa��o -zona Situa��es de Aprendizagem / Avalia��o Este tema deve ser utilizado para se debaterem quest�es ligadas ao contributo do geoprocessamento para a Geografia e desta para a ci�ncia da geoinforma��o. A lecciona��o deste tema deve basear-se na an�lise e interpreta��o de textos sobre o que � a

Geografia e qual a sua import�ncia como disciplina e na an�lise de textos de autores representativos das diferentes correntes de pensamento geogr�fico. A lecciona��o deste m�dulo deve basear-se na cria��o de situa��es de aprendizagem que promovam actividades em que os alunos desenvolvam compet�ncias na �rea da an�lise e interpreta��o de textos, da interven��o em debates relativos ao tema, do trabalho individual e em grupo, da pesquisa e da aquisi��o/recupera��o de vocabul�rio espec�fico. A abordagem deste tema pode proporcionar o incremento da leitura atrav�s, nomeadamente, da an�lise de extractos de obras liter�rias ou de artigos de revistas. A avalia��o deve realizar-se ao longo do desenvolvimento do processo educativo e, na sua vertente sumativa, deve envolver actividades como a realiza��o de debates ou de jogos de pap�is, as quais proporcionam ao professor a oportunidade para realizar registos das compet�ncias dos dom�nios anal�tico/conceptual e atitudinal. A prepara��o de instrumentos de avalia��o adequados permitir�, ao professor e aos alunos, controlarem as aprendizagens, possibilitando ao primeiro desencadear a realiza��o de actividades de remedia��o e aos segundos uma reflex�o cr�tica sobre o seu desempenho. Uma actividade enriquecedora pela diversidade de conhecimentos e de compet�ncias que mobiliza � a organiza��o de uma discuss�o/debate sobre a problem�tica da evolu��o do conceito de espa�o. O debate ou jogo de pap�is sobre o alcance e as limita��es da representa��o computacional do espa�o � outra actividade que pode ser muito enriquecedora e que possibilita a aplica��o de conhecimentos veiculados pelas disciplinas da forma��o t�cnica.

Programa de Geografia Cursos Profissionais M�dulo A3: A Geografia e a Geoinforma��o Bibliografia / Outros Recursos BAYLEY, T., GATRELL, A. (1995). Spatial Data Analysis by Example. Londres: Longman BURROUGH, P. (1986). Principles of Geographical Information Systems for Land Resources Assessment. Oxford: Oxford University Press. BURROUGH, P. & Frank, A .(ed.) (1996). Geographic Objects with Inderteminate Boundaries. Londres: Taylor and Francis. CASTELLS, M. (1999). A Sociedade em Rede. S�o Paulo: Paz e Terra. CHORLEY, R.J. & HAGGETT, P. (ed.) (1967). Models in Geography. Londres: Methuen. CHRISTOFOLETTI, A. (1985). Perspectivas da Geografia. S�o Paulo: Difel. CLAVAL, P. (1976). Essai sur L ��volutionde la G�ographie Humaine.Paris : Les Belles Lettres CLAVAL, P. (1984). G�ographie Humaine et �conomique Contemporaine.Paris:PUF. CLAVAL, P. (2006). Hist�ria da Geografia. Lisboa: Edi��es 70. CORR�A, R. L. (ed.) (1995). Sexto Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. HAGERSTRAND (1967). Innovation Diffusion as a Spatial Process.Chicago: The University of Chicago Press. HAGGETT, P. et al. (1977). Locational Analysis in Human Geography. Londres: Edward Arnold HARTSHORNE, R. (1978). Prop�sitos e Natureza da Geografia. S�o Paulo: Hucitec. HARVEY, D. (1969). Explanation in Geography. Nova Iorque: St Martin�s Press. HARVEY, D. (1988). The Condition of Postmodernity. Londres: Basil Blackwell. JOHNSTON, R.J. (1986). Geografia e Ge�grafos. S�o Paulo: Difel. LACOSTE, Y. (1977). A Geografia Serve Antes de Mais Para Fazer A Guerra. Lisboa: Iniciativas Editoriais. MORAES, A. C. R. (1995). Geografia: Pequena Hist�ria Cr�tica. S�o Paulo: Hucitec. SANTOS, M. (1985). Espa�o e M�todo. S�o Paulo: Nobel. SANTOS, M. (1996). A Natureza do Espa�o: T�cnica e Tempo. Raz�o e Emo��o. S�o Paulo:Hucitec. TRICART, J. (1977). Ecodin�mica. Rio de Janeiro: IBGE-SUPREN.

ZONNEVELD, I.S. (1989). Landscape Ecology.

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