2009 Revista Nesa

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O

Sou cheia de cavidades, conteúdos, somas Tábuas paralelas, segurando sonhos Sou alta, larga, profunda – com glórias Carrego das vidas, todas as histórias Sou aquela que regista a própria civilização Sou mais importante do que o pão Sou forte, plena cortejada e vaidosa Sou cheia de luz, em verso e prosa Tenho brilho por ter romance de alguém Sou altamente cultural também Sou a que guarda os tesouros da terra O Reino das palavras, na Paz e na guerra Sou a que só se desfaz por acidente Por incêndio – ou demente Tenho páginas de rostos no meu Ser Em belo acervo de aventura e prazer Sou a que é certa por linhas certas O mundo mágico dos Poetas Sou a maravilhosa biblioteca Reino da fantasia para mentes abertas. Silas Corrêa Leite

BIBLIOTECA ESCOLAR — BE As relações que se estabelecem entre a escola e a BE - Biblioteca Escolar podem assumir-se como determinantes ou inibidoras do seu sucesso. O Programa da BE está integrado nos planos estratégicos e operacionais da escola e na visão e objectivos educativos da escola. A nossa BE, encontra-se apetrechada com 11066 recursos de informação, livros, revistas e CD e DVD’s, cuidadosamente escolhidos para ajudar a comunidade escolar nos seus trabalhos de pesquisa, estudo ou lazer. A BE desenvolve uma excelente “oferta de serviços”, sobretudo culturais, actividades ligadas aos objectivos programáticos e curriculares, tais como: exposições, concertos, sessões de poesia, palestras, encontros com escritores etc. Podem igualmente utilizar-se uma série de computadores fixos e portáteis e um acesso grátis à Internet. Todas as mesas estão situadas junto a tomadas eléctricas para que possas ligar o teu portátil. Pretendemos uma BE interventiva no percurso formativo e curricular dos alunos e no desenvolvimento curricular em cooperação com os professores. Trabalhando no desenvolvimento das diferentes literacias, nomeadamente para as literacias digitais e para a Literacia da Informação, integrando e apoiando o desenvolvimento curricular. O coordenador da BE Gabriel Batista Produção: Gabriel Batista Capa: quadro pertencente à colecção da BE. Publicação: esateca / Escola Secundária de Albufeira

Escola Secundária de Albufeira

Blogue: www.esateca.blogspot.com

Contacto: [email protected]

40

REVISTA N E S A 08 / 09 Nº 1

POEMA DA BIBLIOTECA

ano de 2008 / 09 em revista

Biblioteca da Escola Secundária de Albufeira

Final de tarde na BE 27 de Outubro

misturam com a música, as canções, a poesia e algumas histórias de vida.

"Literacia e aprendizagem na

A música e a poesia num final de tarde na BE

Biblioteca Escolar " No Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, a BE assinalou a data, com a inauguração de uma EXPOSIÇÃO de PINTURA do artista plástico Serguei Sergueev; abertura e início da produção de textos para o "Livro em branco" a partir de um guião previamente definido, aberto a toda a comunidade educativa; exposição de cartazes de divulgação do Dia Internacional das BE; leitura de poemas; teatralização de pequenos textos; distribuição de marcadores alusivos à data e inauguração de um Placard digital.

Uma colaboração e um trabalho ao longo do O professor e artista Carlos Cunha encantou- ano

que

resultou

numa

boa

amizade!

nos com canções de música tradicional, poemas de Manuel Freire e fado de Coimbra.

O Departamento de Mentalidades da nossa Escola, em parceria com a BE, realizou diversas actividades com o objectivo de sensibilizar a comunidade educativa para a importância e utilidade da Filosofia. Destacamos em particular duas actividades, o colóquio com a professora Maria Luísa Ribeiro Ferreira, subordinado ao tema “Despertar no feminino” e a celebração do centenário do nascimento da filósofa Simone de Beauvoir. No dia 28 de Novembro realizou-se uma conferência na biblioteca da ESA, assinalando o centenário de Simone de Beauvoir, por iniciativa do Grupo de Filosofia em colaboração com a BE, subordinada ao tema "Despertar no feminino" tendo como convidada Maria Luísa Ribeiro Ferreira, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. As suas publicações situam-se no âmbito da Filosofia moderna, da didáctica da filosofia e da filosofia no feminino. Actualmente coordena um projecto de investigação sobre filosofia. O que os filósofos pensam sobre as mulheres? Haverá direitos específicos das mulheres? Qual o papel/lugar da mulher na filosofia ocidental? foram alguns dos temas em debate.

Obrigado Carlos.

Os alunos e professores presentes já se habituaram a estes momentos culturais no final de um dia de trabalho, em que os livros se As bibliotecas escolares têm um papel: • Informacional: Disponibilizam recursos de informação, apoiam a infra-estrutura tecnológica, contribuindo para o seu uso e integração nas práticas lectivas; • Transformativo: Formam para as diferentes literacias, contribuindo de forma colaborativa e articulada com os outros docentes para o desenvolvimento de competências que suportam as aprendizagens e a construção do conhecimento. • Formativo: Transformam-se de espaços de disponibilização de recursos em espaços de aprendizagem, de construção do conhecimento. (Bogel, 2006)

Ficou demonstrado que Simone de Beauvoir foi sem dúvida uma das grandes filósofas da modernidade que “agitou” uma época, lutando fervorosamente para que se tornasse claro que ”… essa consciência entre as mulheres de que a luta de classes não engloba a luta de sexos — é que é novo. A maioria das mulheres sabe disso agora. Essa é a maior conquista do movimento feminista. É a que vai alterar a história nos próximos anos.” Este debate foi enriquecido com a intervenção pertinente dos alunos que nele participaram 2

39

“Para perpetuar uma série de expressões algar- Os sorrisos escutavam aquela figura sentada,

Exposição de Pintura na BE - 17 de Novembro

vias”, António Vieira Nunes, filho da terra e do despretensiosa, simples, que lia e não se cansamar, faz do livro a arma da sua cruzada, em nome va, feliz por estar a partilhar a palavra que gosta da memória do falar que conhece há setenta e e que lhe custa que se perca, e de quando em vez dois anos.

transformavam-se em risos, quando a semântica

Amadurecido, este homem deixa o legado impres- era mais atrevida, antecedida do aviso para a so da palavra original, genuína, unificadora das

s a u d á v e l

suas vivências multifacetadas, gravando nas

A par da toada humorística e da defesa da tradi-

páginas as quadras que contam a história das

ção oral da sua região, António Vieira Nunes

gentes que aqui estão desde sempre, as Algarvia-

também leu as suas preocupações com o estado

das encadernadas num incontornável azul.

da Nação, atento à educação, à política e princi-

Veio de Loulé ao espaço em constante escalada

palmente à liberdade- ou ao mau uso dela.

pelo futuro, mas erguido sobre a palavra, para

Ficou ainda para autografar as Algarviadas dos

ler, ele mesmo, as estrofes que não trabalhou

curiosos que querem saber mais do sítio que

para serem quadras, mas que afinal resultaram

escolheram, ou dos que não escolheram e aqui

em quadras.

nasceram e querem alguém com quem conver-

No dia 26 do Maio maduro, António Vieira

sar, no mesmo “linguajar”, deixando perceber

Nunes sentou-se na nossa Biblioteca, antes mes-

uma vontade incessante de continuar a partilha.

mo da dita apresentação ao município, e durante

Eu, que pertenço ao grupo dos que estão cá de

uma hora leu quadras do livro e textos que ainda

passagem, fiquei atraída do princípio ao fim por

hão-de ser matéria-prima para outros, interca-

este retorno às raízes do espaço que agora vejo

lando com explicações sobre o seu ofício de gra-

descaracterizado no neologismo “Allgarve”. Não

var o “linguajar” algarvio, com ou sem rima.

sou de cá, mas sinto. E prefiro o arcaísmo bonito

Leu e repetiu palavras, acentuando o sotaque

à novidade metalizada.

popularmente correcto, a entoação sincopada,

(Também sei que já poderia escrever maio, mas

uma espécie de errata fonética – onde se pro-

enquanto me for concedido, abdicarei da minús-

nuncia “porco”, deve pronunciar-se “pórque”,

cula, em nome de um bem maior. E talvez por

porque é nesta final transformação vocálica que

isso me tenha lembrado do Zeca.)

reside grande parte do encanto da oralidade

“Quem te quebrou o encanto nunca te amou”.

algarvia,

Prof. Ana Rita

inconfundível,

mas



esbatida.

m a l í c i a .

Entrelaçou a leitura com interpelações aos ouvidos atentos, de modo a descobrir se as expressões que ia resgatando do passado eram novidade ou velhas conhecidas. “Marafado”, “escarado” e tantas outras que surgem grafadas no livro tal como o algarvio ainda não seduzido pela língua padrão as diz. E não, não são gralhas, são os exotismos de um património rural que António Nunes quer que fique no ouvido, palavras que não quer mudas, apesar da inevitável mutação. 38

Exposição colectiva de Pintura na BE: No dia 17 de Dezembro teve lugar uma exposição de vários pintores, entre eles: Graciete Monteiro, Cármen Rosa, Ferrão Kvinge, Virgínia Fernandes, Mª Cristina Ferreira ,Mª de Jesus Pires, Beatriz Rosa Barão, Gheorghe Cadenina, Paula Brito, Mª Teresa Costa e Serguei Serguev.

Debate nacional sobre educação Num debate nacional sobre educação julgamos que será oportuno referir o papel e a importância que as bibliotecas escolares assumem hoje no contexto da escola e de uma aprendizagem de qualidade. Aliás, numa leitura atenta de diversas participações, nos fóruns, nos diferentes temas propostos e ainda nos depoimentos, a transversalidade de algumas questões levantadas pelos intervenientes é recorrente. A saber, entre outras, a necessidade da escola preparar para a aprendizagem ao longo da vida, para o domínio de um conjunto de competências capazes de permitir o acesso à (in) formação, requisito base para a mobilidade social e profissional no mundo actual e a atribuição do insucesso escolar aos fracos níveis de literacia, nomeadamente da leitura, que muitos professores referem como grande constrangimento ao progresso na aprendizagem. Que novo papel é, hoje, pedido à escola na formação dos jovens, não só para o domínio das múltiplas literacias subjacentes à Sociedade da Informação, que pretendemos do Conhecimento, mas também na sua formação individual? Assistimos a profundas alterações sociais, económicas e tecnológicas, sendo as que decorreram da expansão das TIC determinantes para a mudança do paradigma de escola. Formar para a autonomia, para a aprendizagem ao longo da vida e para o exercício efectivo da cidadania são hoje conceitos vitais no processo educativo. O papel da escola alterou-se, para além de transmissora/ mediadora deve associar na prática pedagógica a aquisição e domínio dos instrumentos que permitirão ao jovem aprender ao longo da vida, recolocando a função e o papel da biblioteca no centro do novo modelo de construção do conhecimento, no qual, sem dúvida, o conceito de literacia é o que melhor traduz a transversalidade da biblioteca escolar. Neste contexto a biblioteca escolar assume, sem dúvida, um papel capital, na medida em que constitui a estrutura organizacional capaz de consubstanciar uma nova concepção de escola, pois promove outras práticas pedagógicas, permitindo o desenvolvimento de modelos assentes na resolução de problemas, através de pesquisa e produção documentais em diferentes suportes e linguagens, facilitando a aquisição de competências de informação. Por outro lado, é o lugar ideal de indução de práticas que promovam a formação de leitores e o acesso a equipamentos culturais diversificados que mobilizem os jovens para prática da leitura nas suas múltiplas dimensões, para a construção da autonomia, consolidando a necessidade de ler e aprender ao longo da vida. Acreditamos que as medidas que vierem a ser tomadas, decorrentes deste amplo debate e da vontade política, não podem deixar de ter em conta a mais valia que as bibliotecas escolares constituem no sistema educativo. Teresa Calçada — coordenadora do Gabinete da Rede das Bibliotecas Escolares 3

Algrave-se a Palavra

Colóquio "Despertar no Feminino"

livro, guiou-nos numa digressão ao longo dos tempos com o intuito de exaltar o dialecto a

l

g

a

r

v

i

o

.

A Biblioteca foi pequena para acolher todos os parti-

Bem haja António Vieira Nunes por ser um

cipantes.

de contas património oral de todos nós!...

acérrimo defensor das “Algarviadas”, afinal

O que os filósofos pensam sobre as mulheres? Haverá direitos específicos das mulheres? Qual o papel/lugar da mulher na filosofia ocidental? foram alguns dos temas em debate. Ficou demonstrado que Simone de A tradição ainda é o que era!...

Beauvoir foi sem dúvida uma das grandes filósofas da modernidade que “agitou” uma época, lutando fervoro-

Quem disse que tradição já não é o que era

samente para que se tornasse claro que ”… essa

enganou-se!...

consciência entre as mulheres de que a luta de classes

Quem veio prová-lo, foi António Viera Nunes

não engloba a luta de sexos — é que é novo. A maio-

que esteve presente na Biblioteca da ESA, no

ria das mulheres sabe disso agora. Essa é a maior

dia 26 de Maio pelas 20h, promovendo o seu

conquista do movimento feminista. É a que vai alterar

livro “Algarviadas” que segundo o autor, nas-

a história nos próximos anos.”

ceu para perpetuar uma série de expressões algarvias. À boa e tradicional maneira portuguesa, António Vieira Nunes proporcionou boa disposição a todos os presentes, lendo excertos do seu livro, destacando vocábulos típicos do Algarve (sem esquecer a devida pronúncia) que relatam parte da maneira de falar de algumas aldeias algarvias. O autor das “Algarviadas” relembrou palavras

O debate foi enriquecido com a intervenção pertinente dos alunos que nele participaram, através da coloca-

que muitos já tinham esquecido e outras que O nosso agradecimento pela disponibilidade demons-

recordadas originaram risos e sorrisos cúm-

ção de questões e apresentação de trabalhos que rea- trada pela ilustre Dr.ª Mª Luísa Ribeiro Ferreira, que lizaram sobre Simone de Beauvoir bem como a leitura muito contribuiu para o enriquecimento filosófico dos de excertos de algumas das suas obras.

plices na plateia. Foi com saber, engenho e mestria que o

nossos alunos.

homem dos sete ofícios (como se pode ler na sua biografia) compôs quadras que abordam temas tais como: a educação e a política. António Vieira Nunes na apresentação do seu 4

Algrave-se a Palavra O maduro Maio já prenuncia as enchentes que cairão neste chão até à próxima poda. Cruzamentos de vozes, que falam o mesmo mas de outra forma, sotaques a que o solo já se habituou, especialmente quando o sol se mostra, prolongado, desinibido. Vieram à montanha, mas se Maomé é o profeta, ele que mostre os seus dons de poliglota e faça a visita guiada a Meca. E assim se vai gesticulando, adaptando, aldrabando palavras que não são nossas, para que os que vêm de longe repousem de costas, s e m

g r a n d e s

d e m o r a s .

Mas nem só de pronúncias de fora vive este sul,

que

o

sol

vai

abençoando.

Há a nossa língua, que esses que vêm de fora sabem que existe, e há o “linguajar” desta terra comprometida com o mar. Há sons, expressões, há um dialecto de gerações e emoções, que aos poucos vai sofrendo a erosão das chegadas e partidas, perdido no babilónico cruzamento de vozes.

Cont.

37

A importância e o papel das Organizações

Por fim, a Eng.ª Valentina Calixto, Presidente

Não Governamentais (ONG´s), na linha das

da Administração da Região Hidrográ-

"Histórias de quando Aprender é mides de Gizeh. A propósito desta viagem um Prazer" referiu: “Dessa emocionante visita guardei

acções pela sustentabilidade e da defesa do

fica do Algarve, apresentou os principais

documentação literária e fotográfica. Mal

Meio Ambiente, foram realçados pelo Dr.

eixos de intervenção a nível da gestão da água

sabia eu que, passados alguns meses, esses

José Paulo Martins, pertencente à Direcção

no Algarve.

elementos ainda haviam de servir-me para alguma coisa. Mas aconteceu. Um jornal de

da Quercus.

Luanda - O Comércio de Angola - abriu, na altura, um concurso para jornalistas amadores na modalidade de reportagem. Eu concorri com um trabalho sobre a minha visita às pirâmides e ganhei o primeiro prémio”, fim de citação. Estes dois extractos das histórias vividas pelo Dr Leopoldo constituem dois

Projecto do Curso EFA NS 1º A

bons exemplos de que estudar e aprender dão

No passado dia 20 de Novembro, os prazer, mas também podem trazer compenalunos do Curso EFA NS 1 A envolvidos, des- sações financeiras e novas oportunidades aos de o início do ano lectivo, no Projecto subor- mais persistentes. dinado ao tema “Histórias de Quando

A Coordenadora do Projecto do Curso

Aprender é um Prazer / Stories from EFA NS 1 A, Maria Elísia Correia, agradece when we enjoyed learning” substituiram aos professores Gabriel Batista, Francisco a sala de aula pela Biblioteca a fim de ouvi- Lopes, Ilena Luís e Ana Duro a sua colaborarem histórias de vida contadas pelo Dr Leo- ção e/ou participação neste projecto que, de poldo Santos, aposentado de uma carreira de acordo com o Plano Anual de Actividades, se advocacia longa e trabalhosa, mas repleta de vai desenvolver ao longo do presente ano lechistórias de um humanismo exemplar. E é tivo. Foi, também, possibilitada pelo Dr. Francisco

neste campo que o nosso convidado destacou

Lopes, Professor da Escola Secundária de

a coragem e a determinação da sua mãe, que

Albufeira, a perspectiva geológica da acção

lhe serviu de exemplo pela vida fora, e tam-

do Homem sobre a Natureza.

bém o facto de ela o ter escolhido, de entre os seus doze filhos, para continuar os estudos.

Artigo 100º (Biblioteca: objecto e âmbito)

“Senti-me, na altura, um privilegiado, mas também percebi muito bem que isso era, nem

1. A biblioteca escolar (a seguir identificada pela sigla BE) é um serviço orientado para o sucesso educativo, formação pessoal, informação cultural e educativa com vista à formação dos membros da comunidade educativa ao nível das literacias da informação e à aprendizagem ao longo da vida. 2. A sua acção estabelece-se enquanto pólo de dinamização informacional da comunidade educativa através da selecção, organização e disponibilização de recursos documentais para apoio a actividades curriculares, não curriculares e de lazer. In: Regulamento Interno

36

mais nem menos, do que um prémio à minha aplicação aos estudos e à minha vontade de aprender”,fim de citação. Homem feito, e de regresso da sua comissão militar em Goa, visitou a cidade do Cairo e as milenares pirâ5

Debate - Acção Humana e Meio Ambiente

Dia Escolar da Não-Violência e da Paz "Dia Escolar da Não-Violência e da Paz"

Questões ambientais na BE

Professora da Universidade de Évora, que trouxe para a discussão a Filosofia do Ambiente

No passado dia 25 de Maio, pelas 10h30, na Biblioteca da ESA, teve lugar um debate intitulado Acção Humana e Meio Ambiente, o qual visou as problemáticas associadas à acção do Ser

perspectivada na ética da Natureza, na visão antropocêntrica da Natureza e nos esboços para um novo paradigma na relação Homem - Natureza.

Humano sobre a Natureza. Esta actividade foi

Que a não-violência comece em nós.

organizada no âmbito do projecto Nova Projectanda, dinamizado por formadores e formandos

"A única revolução possível é dentro de nós.”Gandhi

dos cursos EFA - nível secundário, tendo contado com a participação de várias turmas e professores do ensino diurno. O objectivo fundacional foi reflectir acerca do modelo de civilização que se pretende, tendo por base as noções de sustentabil i d a d e

e

c i d a d a n i a .

O mês de Janeiro encerra com o Dia da Não-Violência, comemorado no dia 30 de Janeiro.

Há uma razão histórica e espiritual para a escolha dessa data. Em 1948, no dia 30, Mahatma Gandhi, líder indiano fundador do movimento de não-violência, foi brutalmente assassinado aos 78 anos. Na BE a data foi assinalada com: —Discussão na comunidade escolar sobre o tema; .Distribuição de autocolantes elaborados na BE;

Após a abertura da sessão pela Presidente do

—Construção e colocação de cartazes;

Conselho Executivo da ESA Dr.ª Célia Pedroso,

— Criação e distribuição de Panfleto sobre “ Bullying o que a Escola deve saber.”

foi apresentado o filme ARK: A Verdade. Seguiuse, então, o debate pela Dr.ª Maria Teresa Santos, 6

35

fez uma apresentação sobre o trabalho

Encontro BE Algarve 2009

desenvolvido pelo referido grupo no último Decorreu no museu de S. José em Lagoa no

ano.

"A poesia está na escola ...e

mas que descreveram a invenção do mundo

em toda a parte"

ra da cultura portuguesa pelo mundo desven-

dia 5 de Maio, o Encontro de Bibliote-

dado:

Afonso Dias na ESA

cas Escolares do Algarve. Sob o tema Grupos redes A

de

Trabalho:

/construção

sessão

de

de

construção

de

conhecimentos.

ab er t u r a

pelos navegadores portugueses e a sementei-

No desenvolvimento do projecto " a poesia está na escola... e em toda a parte"

co nt ou

Afonso Dias realizou um recital de poesia ( duas sessões), em que a música foi utilizada como elemento valorizador da beleza das palavras, com recurso a algumas canções.

Evidenciando o trabalho colaborativo em Pêro Vaz de Caminha, Fernão Mendes Pinto, Camões, Bocage, Pessoa, Torga, Sophia ... A plateia esteve sempre muito atenta e participativa. Acções como esta recomendam-se. Obrigado Afonso Dias pela entrega e dedicação.

Subordinado ao tema " Descobrimentos - ou a travessia da sombra" recitou vários poe-

rede e a troca de conhecimentos e expecom a presença do Dr. Luís Correia Direc-

riências entre as Bibliotecas Escolares e a

tor Regional do Algarve, Dr.Rui Correia

Biblioteca Municipal de Albufeira. Este tra-

Vice-Presidente da Câmara de Lagoa, Dr.ª

balho tem por objectivo optimizar os recur-

Clara Andrade Bibliotecária Municipal de

sos existentes no Concelho, bem como,

Lagoa e a representante do Gabinete da

melhorar as práticas de biblioteca ao servi-

eram ou como são; tal como os outros dizem que são, ou o que pare-

Rede de Bibliotecas Escolares Dr.ª Maria

ço do sucesso educativo.

cem; tal como deveriam ser. Expressa essa coisas por meio de um dis-

O poeta é um imitador, como o pintor e qualquer outro artista. E imita necessariamente por um dos três modos: as coisas, tal como

João Filipe. Na mesa moderada pela Dr.ª curso que consiste de metáforas [...].

Filomena Branco, o Coordenador do Grupo de Trabalho das Bibliotecas Escolares do

Aristóteles

Concelho de Albufeira, Dr. Gabriel Batista 34

7

Lídia Jorge em noite de poemas e canções

cais de poemas da autora e músicas originais

presidentes dos conselhos executivos da Escola

do professor Carlos Cunha, a escritora foi

EB 2,3 Dom Martim Fernandes, Dr. Aurélio Nas-

uma agradável parceira de conversa, com os

cimento, da Escola EB 2,3 de Ferreiras, Dr. Antó-

alunos e docentes a lerem poemas e a falarem

nio Paiva ,Os Presidentes das Juntas de Freguesia de Albufeira, Sr. Hélder Sousa e de Ferreiras, o

da sua experiência de leitura das suas obras.

Sr. Fernando Gregório, assim como os encarregados de educação dos alunos envolvidos nos projectos. Na Escola Secundária de Albufeira, visitou o Núcleo de Tecnologia Ambiental (Projecto)

Enquadrado no projecto "Nova Projectanda CEFA - NS", a escritora e poetisa Lídia Jorge participou numa tertúlia literária com alunos No final o livro de honra da escola foi enrie docentes dos Cursos de Educação e Forma- quecido com palavras sábias da escritora num autógrafo com mensagem de estímulo

ção de Adultos da ESA.

e contactou com alunos dos Cursos Profissionais de Design e Artes Gráficas e Artes do Espectáculo. respectivos alunos. O trabalho vencedor, elaborado por quatro alunos do 12º ano, resulta do levantamento das barreiras

aos jovens leitores desta escola. Iniciando-se com uma apresentação multi-

urbanísticas, sociais e de comunicação existentes

média que acompanhou a bio bibliografia da A noite de 16 de Fevereiro não terminou sem autora, foram posteriormente lidos poemas e um beberete e conversas pela noite fora.

na cidade de Albufeira, para as quais propuseram

analisadas

passagens

de

várias

soluções.

obras. A Costa dos Murmúrios, O Dia dos Prodígios, A Instrumentalina, O Vento Assobiando nas Gruas e muito mais obras que serão lidas ou relidas nos próximos tempos, ou como a educação não fica fechada entre quatro paredes mas solta-se na imaginação do leitor.

“Vida de uma outra forma”, apresentado por alunos da Escola Secundária de Albufeira, é o título do trabalho vencedor na categoria 2 (3º ciclo e

Numa noite ponteada com momentos musi-

secundário) do concurso, que pretende sensibiliAssistiu ainda a um momento musical pelo Pro- zar crianças e jovens dos ensinos básico e secunfessor Carlos Cunha e de poesia denominado “A dário para as questões da deficiência.

“Em que dia nos transformámos em leitores para sempre? Cada um de nós lembrará a sua história. Recordará um colo, um abraço, um livro colocado na mão de alguém, uma estante, um professor, uma certa noite, um certo dia. Aquele momento e aquela hora em que se associou uma voz humana com a capacidade de multiplicar imagens infinitas dentro da cabeça… “ Lídia Jorge

poesia na escola…e em toda a parte…”, por Afonso Dias, ao qual se seguiu uma apresentação dos trabalhos 8

v e nc e do r e s ,

por

p ar t e

do s 33

Dr.ª Isilda Gomes Governadora Civil de Faro na BE O Carnaval passou pela BE

D. João V acompanhado da sua esposa D. Maria Ana de Áustria entregou Atlas do novo mundo para enriquecimento do fundo documental da BE!

ALUNOS DE ALBUFEIRA VENCEM “ESCOLA ALERTA”

A Presidente do Conselho Executivo da Escola cia. Secundária de Albufeira, Dr.ª Célia Pedroso, recebeu a Governadora Civil de Faro, Dr.ª Isilda Gomes, que realizou a visita no âmbito da Agenda Temática “O Algarve e a Educação” e das come-

(Desconhece-se o parentesco com o chinês!) "Filho de D. Pedro II e de Maria Sofia de Neubourg, foi aclamado rei em 1707. Culturalmente, o reinado de D. João V tem aspectos de muito interesse. O barroco manifesta-se na arquitectura, mobiliário, talha, azulejo e ourivesaria, com grande riqueza. No campo filosófico surge Luís António Verney com o Verdadeiro Método de Estudar e, no campo literário, António José da Silva. É fundada a Real Academia Portuguesa de História e a ópera italiana é introduzida em Portugal. "

morações regionais do Ano Europeu para a Criatividade e a Inovação, acompanhada pelo Director regional de Educação do Algarve Dr. Luís Correia, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Albufeira Dr. José Carlos Rolo, Presidente do Conselho Directivo Professor Doutor Jorge San- No final efectuou-se a cerimónia tos da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve, Dr.ª Ana Linhares do Instituto

Dia Internacional da mulher - Cartaz da BE

da Segurança Social, e os presidentes das juntas de

freguesia

de

Albufeira

e

Ferreiras.

Lançado

no

ano lectivo de 2003/2004, o Programa “Escola Alerta” visa sensibilizar crianças e jovens dos de entrega de prémios aos alunos vencedores do ensinos básico e secundário para as questões da Concurso “Escola Alerta”. deficiência, mobilizando-os para o combate à dis- A Escola transformou a sua Biblioteca Escolar criminação, através da eliminação das barreiras num espaço de recepção para os cerca de 90 conurbanísticas, arquitectónicas e de comunicação, vidados, entre os quais, alguns elementos e a preque dificultam ou impedem a acessibilidade e o sidente da associação de pais desta escola, Dr.ª pleno gozo de cidadania a pessoas com deficiên- Ana Vidigal,

cont. 32

9

Primeiros socorros - Suporte básico de vida

Inauguração da Exposição de Daniel Coelho

Depois da apresentação de um pequeno filme realizado pelos alunos, o convidado Paulo Severino da Associação de Nadadores Salvadores de Albufeira falou sobre os seguintes temas: Cadeia de sobrevivência e suporte básico de vida

Decorreu dia 5 de Junho na BE uma apresentação sobre primeiros socorros pelos alunos da Área Projecto do 12º ano turma A.

Aconteceu na BE a inauguração da Exposi- educativa com um momento cultural, desta ção Fotográfica - Light Contrast, do vez dedicado à fotografia. A inauguração da fotógrafo Daniel Coelho. Como as fotos Exposição fotográfica “Light Contrast” de documentam a sessão contou com uma forte Daniel Coelho teve lugar no dia 10 de Maradesão da comunidade, que se mostrou bastante interessada. A presidente do conselho executivo da escola, Drª Célia Pedrosa, a directora do Centro de Formação, Drª Filo-

O Presidente da CMA na ESA

mena Rua e o Arqº. Carlos Travassos foram

A palestra que contou com o Presidente da Câmara Municipal de Albufeira Desidério Silva, com a

algumas das personalidades presentes. No

No âmbito das actividades desenvolvidas pelo Presidente do Conselho Executivo da ESA Dr.ª grupo de Filosofia, em articulação com a BE/ Célia Pedroso, com o Coordenador da BE/CRE

seguimento da exposição irá decorrer no dia

ço, pelas 20h 00m, na biblioteca da ESA, onde estiveram presentes várias turmas acompanhadas dos respectivos professores.

CRE, decorreu no dia 26 de Maio, pelas 10 horas, Dr. Gabriel Batista e alguns docentes da escola. no auditório da escola, uma palestra intitulada Foi moderada pelas Professoras Paula Serôdio e “O Presidente vem à escola”. Esta actividade Anabela Santos, com a colaboração da professora prende-se directamente com os conteúdos da dis- Mª Céu Ferreira, que iniciaram o diálogo com os ciplina de Filosofia, nomeadamente nas unidades alunos das turmas B, E e J, do 10ºano; F, do

Presidente do Conselho Executivo, Drª Célia

”Ética, Direito e Política”, do 10ºano e 11ºano, e M, do 12ºano, partindo da afirmação de “Argumentação e Filosofia”, do 11ºano. G.Orwell “ A linguagem política foi concebida

Pedroso que proferiu umas breves palavras

para fazer as mentiras parecer verdades (…)”.

Esta inauguração contou com a presença da

27 de Março, pelas 10:00h, um workshop de de agradecimento ao fotógrafo Daniel Coefotografia do mesmo autor, inserido no pro- lho e a todos os presentes. Destacou ainda, o grama dos Dias da Cultura da ESA. As inscri- trabalho meritório desenvolvido pela Biblioções estão a decorrer em impresso próprio na teca, na pessoa do Coordenador que não tem

Perante um auditório repleto de alunos que colocaram questões muito pertinentes ao Presidente, ficou clara a necessidade de subordinar a política à ética. O Presidente da CMA respondeu a todas as questões que lhe foram colocadas, tendo con-

BE.

medido esforços de forma a dinamizar aque-

tribuído verdadeiramente para a construção de

Mais uma vez, a Biblioteca da Escola Secun-

le espaço, proporcionando à comunidade

uma cidadania consciente e activa nos nossos alu-

dária de Albufeira presenteou a comunidade

educativa

nos.

cont.

10

31

momentos culturais diversificados e de

Integração no espaço Europeu- Eleições europeias 2009

vozes dos mais entendidos na matéria , o trabalho do fotógrafo prima pela originalidade e ao mesmo tempo pela simplicidade. Para encerrar a inauguração foi oferecido um beberete de confraternização. Salientase ainda que esta exposição fotográfica esteve patente ao público até ao dia 27 de Março, nos dias úteis das 8h30m às 22h 30m.

Decorreu na Escola Secundária Albufeira, o 3º dia de palestras sobre a Integração no espaço Europeu - Eleições Europeias 2009, dirigidas em especial aos alunos dos curexcelente qualidade. Em seguida, os presen-

sos profissionais, promovidas pela equipa da BE.

tes percorreram a exposição, apreciando as catorze fotografias que integram a “Arte fotográfica” de Daniel Coelho. As fotografias caracterizadas pelo contraste luz/sombra foram do agrado do público, sobretudo pela “técnica utilizada pelo artista”- segundo as A Dr.ª Célia Pereira formadora do Centro de Formação Europeia Jacques Delors, nesta acção desenvolvida com o objectivo de divulgar e debater com alunos e professores as grandes questões europeias da actualidade.

Palestra: “ Ensinar hoje: os novos desafios”.

Na medida em que por vezes, os cidadãos não podem deslocar-se às instituições recolher informação, são as instituições que vêm até aos cidadãos prestar esclarecimentos sobre esses temas tão pertinentes na formação dos jovens.

Balcão tecnológico de biblioteca Esta é a primeira imagem do novo balcão de biblioteca da Escola Secundária de Albufeira:

“A ser assim, o processo educativo é necessariamente processo de criação ou recriação. Ou seja: a criação não é adorno do acto educativo, a criação é intrínseca ao acto educativo. As máquinas não criam. O ser humano cria. Cria cultura. Cria saber(es). Cria-se. A criativida-

As fotos em detalhe seguem depois. O modelo é uma criação original da equipa da Biblioteca da

de, entendida como capacidade de criar, é o centro do centro de aprendizagem. A esta luz, a

ES Albufeira, que levou algum tempo na sua con-

Escola é Casa de Aprendizagem e, portanto, Casa de Criatividade. Com efeito, a criatividade

cepção e testes.

joga em todos os campos da vida humana. É por isso que a educação é pluridimensional e a

Este balcão de atendimento é um verdadeiro bal-

escola genuína só pode ser escola cultural.”

cão tecnológico, tendo em conta o número de ligações de rede em uso (4) integrando os 3 computadores envolvidos na prestação do serviços ao público e a fotocopiadora de rede. Tudo integra-

No dia 25 de Março, pelas 11 horas e 30 minutos, a convi-

do, tudo optimizado em função do elevado traba-

te do Departamento de Mentalidades em articulação com Equi-

Foram vários anos a utilizar um balcão improvi- lho ao público.

pa da Biblioteca Escolar, o Prof. Doutor Manuel Ferreira

sado, uma decisão que foi tomada sempre com Para ver se estava tudo a funcionar... convidou-se este balcão em mente. Agora aí está, ainda fres- o Ricardo Araújo Pereira para falar sobre o seu quinho e em fase de ligações.

último livro. A surpresa nesse dia dividia-se entre

Patrício, esteve presente no Auditório da escola, a fim de apresentar a palestra –“ Ensinar hoje: os novos desafios”.

o balcão e o Ricardo. Fica para outro artigo! 30

11

Palestra "Integração no espaço Europeu" Dr.ª Vilma Dourado

deste homem, pai de quatro filhos. Que afir- apenas um minuto de vida. Não há nada a

Decorreu no auditório da ESA a primeira

se ele, "e nunca a culpa é só de um".

O cirurgião, catedrático, marido, pai,

Transparente.

homem, o que não quis ser ministro por ser

de três palestras subordinadas ao tema - Integração no espaço Europeu.

Falou da morte de uma criança de oito anos, considerado

mou não ser santo pois "já me divorciei", dis- f a z e r " .

ciplina de Área de Integração e foi dirigida

profissionais.

dito

"politicamente

assim.

incorrecto",

no Afeganistão, que voltava para casa com resumiu assim o absurdo desta vida.

Estas palestras inserem-se no âmbito da dis-

em especial aos alunos do 10º ano dos cursos

Assim,

palestrante Dr.ª Vilma Dourado faz parte da

dois saquinhos de farinha.

Hoje ouvi novamente falar do absurdo da

Esmagada por um camião no meio de mais

vida, mas não em poemas, filmes, imagens

uma troca de avisos dos grandes filhos da

repetidas

putrefacção. A criança que ele viu morrer

O absurdo da vida e o meu próprio absur-

tinha o direito ao devir. E não ficar estraça-

do, por todas as vezes em que me vejo

lhada, o sangue misturado com a farinha,

co m o

carne morta, finita.

Hoje ouvi um homem nobre e acordei da

Para quê? Para quê? "Quando começarem a

ingratidão. E percebi como é bom voltar

urinar pelas pernas abaixo e o esfíncter já

para casa com dois saquinhos, nem que

não segurar o saco rectal, as fezes saírem

seja de nada.

descontroladamente, nessa altura resta

ballerin@

v ít im a

da

no

informação.

m eu

c a su l o .

equipa do Centro EUROPE DIRECT do Algarve

situado

em

Faro.

www.ccdr-

alg.pt/europedirect

“A qualificação da população portuguesa constitui factor crucial, indispensável para que o País possa prosseguir o desenvolvimento sustentado necessário à melhoria das condições de vida e segurança das populações para níveis equivalentes à média dos países da União Europeia. A União Europeia definiu para si metas que pretendem assegurar que o espaço europeu adquira uma economia competitiva geradora de rendimentos que reforcem a capacidade de desenvolvimento económico e social. A Inovação e o Conhecimento foram identificados como sendo os pilares de sustentação para este processo e os motores para a sua implementação.” “ Dois são os caminhos em que se efectiva a procura da Verdade: o da descoberta e construção da Verdade, em diálogo frontal com a Realidade; o da propiciação da Verdade ao outro, através da formação do outro. O primeiro caminho é o da investigação criadora. O segundo caminho é o do ensino ou formação. Ensinar, formar, é dar ao outro a possibilidade e as condições de apropriação da Verdade, que primeiro se descobriu ou construiu, através da vivência e experiência comum da edificação de si.” A Universidade Pública Portuguesa — Reflexão para uma política de desenvolvimento 12

29

Humanamente correcto

A arte dos vitrais: Horácio Viegas

Hoje assisti a uma palestra com o Dr. Fernando Nobre, presidente da AMI. Chegou ontem do Mali, mas à hora marcada lá estava ele, sem o mínimo vestígio de cansaço ou desinteresse. À medida que o ia ouvindo apercebia-me da minha pequenez e agradeE como o discurso é o espelho da alma”Oratio vul-

tus animi est”, foi de alma e coração aberto que o Dr. Fernando Nobre frisou veemente “... na nossa vida o importante é Ser e não Ter, e cada um de nós pode marcar a diferença, fazendo algo que contribua para um mundo melhor”. Muitos pensarão que é pura utopia, contudo utópicos como Fernando Nobre precisam-se urgentemente!... Seguiu-se o momento das perguntas e respostas onde o Dr. Fernando Nobre respondeu às questões colocadas pelos nossos alunos em tom paternalista, com franqueza, frontalidade e sinceridade tendo impressionado todos os presentes. Dr. Fernando Nobre a Porta Amiga da Escola Secundária de Albufeira estará sempre aberta para o receber e ouvir, o senhor é duplamente Nobre (não o é apenas de nome!) mas de carácter.

cia por isso mesmo o ter decidido à última da hora entrar. Apercebia-me das vezes que me esqueço de como o mundo é grande e trágico, de como ainda tenho uma redoma que me isola de todas as mortes e dores, de como os danos colaterais são tudo menos laterais, profundos e cegos na sua

escolha

e

devastação.

E ali estava ele, depois de mais uma

Inauguração da exposição de Horácio S. B. Viegas " A Arte dos Vitrais" no dia 23 de Março de 2009 pelas 20:00 na biblioteca da Escola Secundária de Albufeira, integrada na semana da leitura.

viagem extensa, intensa, a partilhar sem eufemismos a miséria e perversidade que já presenciou e que não o deixa esquecer. E ali estava ele, médico, professor, homem. Profundamente homem. Inteiro, A perceber que é tão importante estar a falar para duas dezenas de jovens e meia dúzia de adultos como estar no Mali a organizar mais uma maratona de vacinação. A ensinar que os podero-

Na inauguração, o convidado de hon-

sos têm "mais deveres do que direi-

ra, padre César Chantre pároco das

tos" e que foi essa inversão de priori-

freguesias de Paderne, Boliqueime e

dades que infectou o nosso mundo. O

Ferreiras teceu algumas palavras

nosso mundo. Difícil adjectivar este espírito de missão. A dedicação e principalmente a crença optimista

sobre a importância histórica dos vitrais na formação pessoal e religiosa da população.

Cont. 28

13

Director Regional visita exposição de Vitrais A exposição A Arte dos Vitrais, recebeu a visita do Senhor Director Regional da Educação do Algarve, Dr. Luís Correia.

O importante é «SER» e não «TER» Dr. Fernando Nobre Foi com muita honra que a Biblioteca da

Escola Secundária de Albufeira, recebeu no

Duas surpresas esperavam o nosso ilustre convidado, o professor Carlos Cunha cantou ao som da guitarra “Meninos de Huambo”, homenageando

o

nosso

convidado

que

conhece como ninguém a realidade africana.

passado dia 23 de Abril, pelas 11 horas, o Dr. Fernando Nobre Presidente da AMI que partilhou connosco o seu testemunho de uma

vida

ao

serviço

dos

outros.

A acompanhar a visita do Director Regional, esteve presente a Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Albufeira Dr.ª Ana Vidigal, a Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária de Albufeira, Dr.ª Célia Pedroso e a

A turma C do 10º ano decidiu presentear

Presidente da Comissão Instaladora da Escola Básica e Secundária de Albufeira, Dr.ª Graça

o nosso convidado com um “movie maker”

Fernandes.

“Diário de Fernando Nobre” este foi um dos momentos mais emocionantes, pois o nosso ilustre Doutor ficou com uma lágrima ao canA palestra proferida pelo Dr. Fernando

t

o

d

o

o

l

h

o



Nobre na BE subordinada ao tema: "Juntos contra a Indiferença", não deixou ninguém indiferente muito pelo contrário, todos se centraram e ficaram fascinados com o homem, simples, sensível, genuíno e carismático que fazem deste médico um ser especial.

Durante a palestra, o Dr. Fernando Nobre falou do seu percurso de vida, que no nosso entender, é uma dádiva ao mundo, uma vez que este médico pratica uma “medicina humanitária “num mundo cada vez mais vazio de valores e cioso de poder.

14

27

Feira do livro na BE

A cultura grega continua viva

A feira do livro começou na Biblioteca.

A cultura grega continua viva

E acabou por se estender ao espaço exterior. Antes da palestra houve tempo para uma pequena representação teatral com alunos do professor Paulo Moreira.

Com esta equipa de vendedores as vendas estavam asseguradas!

"...Vindos de toda a parte do mundo grego, os sofistas (mestres de sabedoria), dedicavam-se a fazer conferências e a dar aulas nas várias cidades-estado, sem se fixarem em A palestra da Professora Doutora Adriana Nogueira, contou com a presença do Professor Doutor Manuel Ferreira Patrício.

nenhuma. Atenas é todavia a cidade onde mais afluem, onde no século V a. C. adquirem um enorme prestígio. Aproveitam as ocasiões em que existe grandes aglomerações de cidadãos, para exibirem os seus dotes retóricos e saber, ensinando nomeadamente a arte da retórica. O seu ensino é, portanto, itinerante, mas também remunerado. Cont.

Para o próximo ano há mais! 26

15

Cont.

"...Se todas as opiniões e todas as aparências são verdadeiras, conclui-se necessariamente que cada uma é verdadeira e falsa ao mesmo tempo. Visto que, frequentemente, surgem, entre os homens, opiniões contrárias, e cremos que se engana quem não pensa como nós, é obvio que existe e não existe ao mesmo tempo a mesma coisa. Admitindo isto, devese também admitir que todas as opiniões são verdadeiras. (...) Se as coisas são como afirma Protágoras, será verdade o que quer que se

diga".

Aristóteles.

LIVRO EM BRANCO Como sinal de reconhecimento a Presidente do Conselho Executivo Dr.ª Célia Pedroso entregou uma pequena lembrança.

Met.IV,5,1009.

Ensinar hoje: os novos desafios

• Textos escritos durante o ano lectivo de 2008/2009

A palestra com o Prof. Doutor Manuel Ferreira Patrício o pai da Escola Cultural em Portugal, decorreu perante uma assistência muito atenta, fazendo parte dela alguns dos seus ex alunos e hoje professores desta escola.

Biblioteca Escolar – Escola Secundária de Albufeira

"...O modelo da escola cultural encara a escola numa perspectiva multidimensional. O programa educativo escolar possui três dimensões: a dimensão lectiva, a extra-lectiva e a interactiva. A primeira é definida pelo plano de estudos aprovado pelo Ministério da educação. É heteroprogramática e obrigatória. A segunda e a ter-

O LIVRO EM BRANCO

ceira são autoprogramáticas. Cada estabeleciA apresentação esteve a cargo da Dr.ª Célia Pedroso.

mento de ensino, através do seu conselho pedagógico e traduzindo a vontade de professores e alunos, define o programa de actividades de complemento curricular e as actividades de interacção. São duas dimensões de carácter facultativo e livre. A dimensão extra-lectiva dá expressão às actividades artísticas, culturais e desportivas que, por serem inteiramente livres e facul-

Era uma vez uma biblioteca escolar (BE) com muitos livros e muitos leitores. Os leitores entravam, consultavam os materiais existentes, escreviam nos seus cadernos e depois guardavam tudo nas suas pastas. A BE pensou num modo dos seus leitores e visitantes deixarem algo escrito, que pudesse ser guardado e recordado mais tarde, um “Livro em Branco” . Ao escrever um texto original em forma de prosa, a tua presença ficará assinalada nesta BE! Mais tarde, todos os textos serão digitados e desta forma darão lugar a um livro que enriquecerá o fundo documental desta Biblioteca.

tativas, estão a juzante da dimensão lectiva. "

16

25

Arte, Beleza e Simpatia na BE

Executivo e pelo Coordenador da Biblioteca. "...Como é fácil verificar, a cultura constitui

a finalidade e o objecto da escola, cada uma das dimensões tem um papel a desempenhar Depois de um brilhante espectáculo na Esco-

na transmissão do legado cultural e na cria-

la Secundária de Albufeira, as "Xaile" visita-

ção cultural."

ram a "A Arte dos Vitrais" de Horácio Viegas, em exposição na Biblioteca da ESA.

Claro que não podia faltar a fotografia de

Esteve presente o representante da Associação de Pais e Encarregados de Educação da

Apreciaram as diversas peças do artista, família para mais tarde recordar!

Escola Secundária de Albufeira o Sr. Helder

acompanhadas pela Presidente do Conselho

Silvestre.

Após o concerto e a visita à biblioteca, as Xaile assinaram o livro de honra e tomaram um "Xá"ile!

Um autógrafo bem artístico e simpático: 24

17

Workshop A Arte dos Vitrais - Horácio Viegas

Este feliz encontro com Ricardo Araújo Pereira

A exposição " A Arte dos Vitrais" de Horácio Viegas foi complementada com um Workshop

terminou com uma sessão de autógrafos e fotografias onde o Ricardo se mostrou muito disponí-

muito concorrido.

vel e bastante fotogénico.

Alunos e professores, muito atentos, ouviram as explicações do mestre!

À semelhança de Gil Vicente dos tempos modernos, Ricardo Araújo Pereira conseguiu através do seu livro: Boca do Inferno dar vida à máxima: “A rir castigam-se os costumes.”

Por fim assinando o livro de honra da Escola. E umas poses a pedido!

Desenharam e elaboraram um vitral.

A satisfação do trabalho final! 18

23

Concurso Nacional de Leitura - Fase regional

Assumiu com frontalidade que nunca teve jeito para representar e que na escola, quando se tratava de peças de teatro era o último a ser escolhido. Ricardo a sua veia teatral desabrochou substancialmente, pois nós não nos esquecemos dos seus sketches imitando: Scolari, o professor Marcelo Rebelo de Sousa e ainda o nosso Primeiroministro. Fez referência ao seu trabalho como guionista das “Produções Fictícias” e explicou em que consiste o trabalho do humorista que segundo ele”deve

No dia 27 de Março teve lugar a fase regional do CNL no Convento de S. José em Lagoa.

olhar para as coisas como se fosse a primeira vez, com um olhar diferente tal como uma criança.” Realçou ainda que se serve da “sua fulgurante imaturidade” para escrever.

Foram muitas as perguntas que os alunos colocaram ao Ricardo e ele respondeu a todas, intercalando as respostas com histórias que vinham a propósito e claro está que não faltaram as anedotas que deliciaram os presentes.

Com tempo e disposição para alguns autógrafos!

Oportunamente, Ricardo Araújo Pereira aguçou a

Os alunos tinham como leitura obrigatória:

curiosidade dos nossos alunos, despertando-os para a leitura. Disse que na adolescência leu mui- Fez referência à escrita de Lobo Antunes onde os leitores deduzem tudo sem que o autor lhes diga to e continua a ler.



Amor de perdição de Camilo Castelo Branco;



As intermitências da morte de José Saramago;

Tendo sido questionado sobre os seus escritores

nada, recordou as primeiras páginas do Memo-



Um momento inesquecível de Nicholas Spark.

favoritos nomeou: Miguel Esteves Cardoso, Sha-

rial do Convento de José Saramago, destacando

kespeare, José Saramago e Lobo Antunes. Prosse- as preocupações do rei em relação à descendência guiu, deambulando por obras e autores, falando, e relembrou-nos o sobrinho interesseiro e a tia ora em tom sério ora em tom de brincadeira com

beata da obra Queirosiana: A Relíquia. Que inte-

os tais “olhos de humorista.”

ressante

ouvir

falar

assim

de

literatura!...

Sendo um benfiquista ferrenho, Ricardo Araújo Pereira contou-nos um pequeno episódio da sua vida, onde convenceu os pais a dar boleia a Eusébio da Silva Ferreira (seu ídolo) até ao aeroporto, rematou dizendo: “os meus pais não se aperceberam que nesse dia levaram no carro um ser divino” 22

19

Os alunos da Escola Secundária de Albufeira classificaram-se: •

Melissa dos Santos, 12º F - 1º lugar



Ana Marques, 12º F - 2º lugar

Ricardo Araújo Pereira na BE

o

futuro

veio

provar

o

contrário!...

Frequentou as aulas de escrita criativa com o Há coincidências felizes, no Dia Mundial do professor Rui Zink e foi assim que começou

Gonçalo Parelho 11º E - 4º lugar

Riso a Biblioteca da ESA recebeu o mais

a dar os primeiros passos.

mediático humorista da actualidade –

Contou também, que sempre se sentiu atraí-

Antes da entrega de prémios os presentes tiveram oportunidade de assistir a uma represen-

Ricardo Araújo Pereira.

do por aquilo que leva as pessoas a rir, o

tação teatral.

Este encontro foi promovido pelo Departa-

modo como riem, a contracção dos músculos,

mento de Língua Materna em parceria com

a expressão facial despertaram nele um espe-

a Biblioteca da ESA, actividade inserida no

cial interesse que procurou descobrir, desen-

Projecto de Leitura Contratual das turmas

volver e aprofundar ao longo dos anos. Na

B, C ,F,G e I do 10ºAno, da professora Fer-

infância começou por fazer rir a avó (uma das

nanda Lamy.

pessoas mais importantes da sua vida!) que lhe dizia:”Não tens piadinha nenhuma!”, certo é que hoje faz rir e/ou reflectir um país inteiro!

Os alunos Melissa e Ana estão apurados para a fase Nacional a realizar em Lisboa.

Foi diante de uma plateia curiosa e vibrante que Ricardo Araújo Pereira começou por fazer um breve resumo da sua biografia. Sem tiques de vedeta, com serenidade e espontaneidade, confidenciou-nos que desde muito

Parabéns pelo empenho demonstrado.

cedo quis ser escritor, porém os pais achavam que ninguém pode viver da escrita mas 20

Cont.

21

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