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GERAIS ROUBO A BANCO
Quadrilha rende chefe de vigilância de agência da Caixa, em BH, mas não consegue capturar tesoureiro e desiste do ataque
Assaltantes têm plano frustrado Uma quadrilha de pelo menos 12 assaltantes desistiu do plano de invadir a Caixa Econômica Federal da rua Tupinambás, 486, no Centro de Belo Horizonte, na manhã de ontem. O roubo, que poderia marcar a história da capital pela ousadia, e por se tratar da agência que concentra maior volume de dinheiro, pois paga benefícios trabalhistas como o seguro-desemprego e o FGTS, acabou sendo abandonado por acaso. “Após renderem o chefe da vigilância do banco na casa dele, em Betim, integrantes do bando partiram para a casa do tesoureiro, em Contagem, mas não o encontraram. Os dois cachorros do bancário foram mortos pelos ladrões, que acharam a casa vazia e tiveram que suspender o plano, liberando os reféns de Betim ”, relatou o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil.
A ação do grupo teve início às 21h da noite de quinta-feira, quando Neides Garcia da Silva, de 41 anos, foi rendido por três homens armados, quando chegava em sua casa, no bairro Jardim Teresópolis, em Betim, na Região Metropolitana de BH. Chefe da vigilância da Caixa, ele permaneceu sob o domínio do trio, juntamente com sua mulher e dois filhos, até as 5h30 da manhã de ontem, quando finalmente foram libertados. Os ladrões fugiram levando o celular da vítima. Ninguém ficou ferido. Somente após ser encaminhado à agência da Caixa na companhia dos policiais do Grupo de Resposta Especial (GRE) do Deoesp, o chefe da vigilância conseguiu entender o que havia ocorrido. “Explicamos a ele que o tesoureiro do banco também seria feito refém por outros integrantes da quadrilha, que invadiram
a casa dele, em Contagem. Como o bancário tinha saído com a mulher, os assaltantes entraram em contato com os cúmplices que estavam em Betim, avisando que o plano havia falhado.”
INVESTIGAÇÕES Para invadir a casa do tesoureiro sem chamar a atenção da vítima, os ladrões envenenaram os dois cães do bancário, que foram encontrados mortos, pela manhã. “Fizemos um levantamento em parceria com os policiais da Delegacia Especializada no Combate de Roubos a Bancos, apurando que o bando tem 12 integrantes. Eles estão usando pelo menos três carros, um deles um Vectra prata. Já reunimos informações suficientes para dar prosseguimento à captura do grupo, o que deverá ocorrer nas próximas horas”, garantiu Edson Moreira, no fim da tarde de ontem.
Durante toda a manhã, as portas da agência da Caixa permaneceram fechadas ao público. O entra-e-sai de militares do Batalhão de Missões Especiais (BME) e da 6ª Companhia do 1º Batalhão, que também atuaram no caso, despertou a curiosidade de quem passava nas imediações da agência, no Centro. A chegada de um equipe de policiais do GRE, fortemente armados, às 11h, aumentou as especulações. Um boato de que haveria bancários sendo mantidos reféns na agência, alterou a rotina dos empregados de outras empresas que funcionam no prédio da Caixa. Assustados, os ocupantes do edifício permaneceram nas janelas, observando do alto a movimentação dos policiais. A equipe do GRE deixou o prédio em menos de uma hora, permitindo a reabertura do banco, a partir do meio-dia. EULER JÚNIOR
GIRO
POLICIAL
AUREMAR DE CASTRO
TRANSTORNO
Incêndio no Barro Preto Foi controlado o incêndio de médias proporções que assustou os moradores do edifício de número 1.526 da avenida Bias Fortes, Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. No início da noite de ontem, os bombeiros ainda avaliavam se houve dano à estrutura do prédio de 15 andares, mas o laudo da perícia só deve sair em 30 dias. As chamas começaram no apartamento 1.204, no 12º andar, mas ainda não se sabe o que provocou o fogo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta de 16h. Vários moradores saíram às pressas do prédio, e alguns tiveram que descer até 15 lances de escada. Trinta homens e seis viaturas foram mobilizados para conter o fogo. Não houve vítimas entre os moradores, mas dois bombeiros ficaram feridos sem gravidade. O trânsito foi interditado, com apenas uma faixa para a passagem de veículos, o que congestionou todo o entorno da Praça Raul Soares. Até o início da noite, ainda havia retenções no Elevado Castelo Branco, rua Goitacazes e nas avenidas Carlos Luz , Pedro II, Santos Dumont e Paraná.
REAÇÃO
Dois mortos em clínica Dois acusados de assalto foram mortos em troca de tiros com policiais militares do 18º Batalhão da PM, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Outros dois, identificados como David Amaral Fonseca, de 23 anos, e Richard Davidson Almeida Gonçalves, de 26, foram presos em flagrante, depois que invadiram a clínica médica Líder, na avenida José Faria da Rocha, Eldorado. Os policiais recuperaram com os acusados R$ 5 mil em dinheiro, cheques e talões, carteiras com documentos e aparelhos de telefone celular roubados de médicos, funcionários e clientes. No momento ataque cerca de 30 pessoas estavam no local. Os mortos, um deles menor, são conhecidos pelos apelidos “Nico”e “Pipoca”. Junto aos corpos foram apreendidos dois revólveres calibre 38 e cinco capsulas deflagradas. A polícia investiga a participação de uma ex-funcionária na tentativa de assalto, que foi frustrada por um cliente, que obstruiu a porta do prédio da clínica com uma mesa de mármore.
TREVO Mobilização de policiais fortemente armados no Centro de Belo Horizonte atrai curiosos e provoca boatos. Delegado prevê captura do bando
MORTE NA DOPCAD
Internos assumem crime IZABELA FERREIRA ALVES A audiência de apresentação dos seis adolescentes acusados de matar o jovem L. P. S. C., de 15 anos, na Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), na madrugada de segunda-feira, está marcada para o dia 22. A juíza da Vara Criminal do juizado, Valéria Silva Rodrigues, esteve ontem no Centro de Internação de Adolescentes (CIA), no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte, pa-
ra apurar, com os menores, o estado em que a vítima chegou à unidade especializada da Polícia Civil, na madrugada de domingo. “Os acusados reforçaram que foram eles os autores do crime. Falaram que L. estava sujo de barro e com um pouco de sangue na cabeça, mas não estava muito machucado. Essas perguntas serão feitas de novo, oficialmente, no dia da audiência”, esclarece a juíza. Ela perguntou aos acusados se eles estavam as-
sumindo alguma coisa por outras pessoas, mas eles garantiram que não. O promotor Márcio Rogério de Oliveira requisitou à juiza o encaminhamento do processo à Corregedoria Geral de Polícia. Ontem, segundo a Polícia Civil, o órgão recebeu o processo requisitando a imediata instauração de inquérito para se apurar a regularidade dos procedimentos de recebimento e acautelamento provisório da vítima e dos autores do homicídio, bem como se
houve negligência quanto à vigilância e garantia da segurança do adolescente morto. “O inquérito requer ainda a verificação de como se deu a comunicação do fato à família, se os familiares foram prontamente comunicados da apreensão e do falecimento pelas autoridades responsáveis da Dopcad, como determina a lei”, completa o promotor. Após a conclusão da investigação, o inquérito seguirá para uma das promotorias criminais da capital. A Corregedoria de Polícia Civil instaurou, ainda ontem, a sindicância que vai apurar a morte do jovem. O prazo para a conclusão é de, normalmente, 30 dias, podendo ser prorrogado conforme a necessidade das investigações.
Acidente e morte na 381 Um acidente no km 440 da BR-381 matou Geraldo Fernandes Silva, de 67 anos, no trevo de Santa Luzia, Grande BH, na noite de quinta-feira. Ele conduzia a Parati placa GWV 3929, que se envolveu em uma batida com a carreta Ford Cargo placa GOI 5875. Célia Luminato, de 38, e Cleidemar Barbosa de Deus, de 45, passageiros do carro, ficaram feridos. O caminhoneiro Arnaldo de Miranda Magalhães escapou ileso. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a Parati teria cruzado a pista para entrar em Santa Luzia, quando foi atingida pelo caminhão. Também na Grande BH, em Esmeraldas, Joaquim Ferreira Bananeira, de 36, e Patrício Macena dos Santos, de 74, ficaram feridos em um acidente. Eles estavam no Corsa placa DDA 8269, que saiu da pista no Km 501,7 da BR-040. No mesmo trecho, Francisco Vilaca Gomes, de 53, morreu após ser atropelado. O motorista fugiu. Já em BH, no bairro Coração Eucarístico, região Noroeste, Stefano de Novaes, de 22, conduzia a moto Titan placa GYD 3597, quando colidiu com o Escort placa GSN 5168, também na noite de quinta-feira. Cinco pessoas ficaram feridas no acidente.
CHACINA DE FELISBURGO
TJMG nega habeas corpus BARREIRO
Preso confessa estupros A Polícia Civil apresentou, na manhã de ontem, um homem acusado de vários estupros e roubos na região do Barreiro, em Belo Horizonte. De acordo com os policiais, Euclides Bispo da Silva, de 26 anos,
dominava as vítimas na capital, mas as violentava em Ibirité, na região metropolitana. O suspeito confessou dois estupros, após ser reconhecido pelas vítimas, mas a polícia acredita que ele pode ter
violentado outras dez mulheres. Os dois casos em que houve confissão foram comprovados também por exames de DNA, com material recolhido na roupa das mulheres agredidas.
“Ele rendia as vítimas dentro de seus próprios veículos. Elas eram obrigadas a dirigir até o bairro Morada da Serra, em Ibirité, onde ocorria a maioria dos estupros, em lotes vagos”, conta o delegado Sebastião Francisco da Silva, da 36ª Delegacia Regional do Barreiro. Segundo ele, Euclides chegou a ligar para a família de algumas das vítimas para fazer ameaças, caso o crime fosse denunciado.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em sessão realizada ontem pela Câmara Especial de Férias, negou, por unanimidade, habeas corpus ao fazendeiro Adriano Chafik Luedy, acusado de ser mandante e executor da chacina de Felisburgo, ocorrida no município do Vale do Jequitinhonha, distante 731 quilômetros da capital, no fim do ano passado, quando foram mortos cinco sem-terra. Após a soltura do fazendeiro, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Ministério Público do Estado de Minas Gerais apresentou novo pedido de prisão preventiva, que foi acolhido pela Comarca de Jequitinhonha, o que levou ao pedido negado ontem pelo TJMG.