2005.01.03 - Alerta Nas Estradas Mineiras - Estado De Minas

  • April 2020
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E STA D O D E M I N A S



S E G U N D A - F E I R A ,

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GERAIS FÉRIAS

Polícia Rodoviária Federal chama atenção de motoristas para pontos críticos nas rodovias que cortam Minas Gerais, principalmente nas curvas perigosas das BRs 381, 040 e 262

Alerta nas estradas mineiras EUGÊNIO GURGEL

FERNANDA ODILLA E FÁBIO FABRINI Os motoristas que estão saindo de férias hoje e vão pegar as estradas precisam de atenção redobrada. A Polícia Rodoviária Federal alerta para sete trechos (veja mapa), para evitar acidentes. Os números assustam. Em 24 horas, pelo menos 14 pessoas morreram em 79 acidentes, durante os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. O número de mortos aumentou 366%, se comparado às três mortes registradas na Operação Ano-novo do ano passado, que terminou em 2 de janeiro. No topo das estatísticas estão as rodovias que ligam Belo Horizonte ao Espírito Santo, a São Paulo e ao Rio de Janeiro, destino da maioria dos motoristas que saem de férias. A BR-381 é a que ganhou o maior número de alertas, por causa das curvas sinuosas e da sinalização precária. Todos os sete trechos da estrada que requerem cuidados especiais estão entre a capital mineira e João Monlevade. Na BR-040, os pontos mais perigosos estão entre o quilômetro 580, na “curva do sabão”, e o quilômetro 616, na ponte sobre o rio Maranhão. E os buracos e as ondulações na pista são os principais problemas da BR-262, entre Betim e Pará de Minas, e na BR135, entre Curvelo e Montes Cla-

ros, no Norte de Minas. Além de alertar para os trechos mais problemáticos, a PRF pede para que, antes de iniciar a viagem, os motoristas façam rigorosa revisão do veículo, verifique a documentação e evite dirigir por mais de quatro horas seguidas. No período de férias, serão intensificados a fiscalização e o policiamento com viaturas caracterizadas, viaturas sem timbre, motos, caminhões boiadeiros, radares e bafômetros. Os patrulheiros estarão atentos ao grande movimento das estradas, que ficam lotadas no início e fim de janeiro e durante o Carnaval, no começo de fevereiro, este ano.

CIDADE DESERTA Enquanto as estradas registram intenso fluxo de veículos, as principais vias da capital mineira ficaram desertas nos primeiros dias de 2005. Ontem, era possível caminhar tranqüilamente na avenida Afonso Pena, no viaduto Santa Tereza e no elevado da avenida Francisco Sales. Na praça da Savassi, as pessoas aproveitaram a ausência de movimento para dormir nos bancos. Era possível ver pessoas apenas nas sorveterias e nos poucos bares e restaurantes que abriram suas portas. Para a manhã de hoje, a BHTrans espera grande movimentação na Rodoviária.

A volta para casa, depois do feriadão, lotou a BR-381, no sentido João Monlevade-BH, ontem à tarde. Movimento deve ser intenso esta semana

Grande BH tem 15 homicídios no feriadão

OPERAÇÃO ANO-NOVO VIOLÊNCIA NAS ESTRADAS DE 31/12 A 2/01 Ano 2004* 2003 2002 2001 * DE 31/12 A 1/01

Acidentes

Feridos

Mortos

79 222 219 167

65 136 155 124

14 3 9 8

Fonte: PRF

Bombeiro resgata corpo de menina Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros encerraram ontem as buscas aos mortos do acidente com um ônibus da viação Gontijo, perto de Pouso Alegre, Sul de Minas. Pela manhã, mergulhadores encontraram o corpo da adolescente Joelma Araújo dos Santos, de 13 anos, a última das oito vítimas que permanecia desaparecida. Ela boiava a três quilômetros do local onde o veículo, que saiu de Petrolina (PE) com destino a São Paulo (SP), e despencou no rio Sapucaí, às margens da rodovia Fernão Dias, no final da madrugada de sábado. A maioria dos mortos foi resgatada na noite de anteontem, quando os guinchos que passaram todo o dia na área do acidente conseguiram içar o ônibus de um local com mais de dez metros de profundidade. Parentes das vítimas começaram a chegar ao Instituto Médico Legal de Pouso Alegre pela manhã, para a liberação dos corpos, que ontem mesmo seguiriam para as cidades onde serão sepultados. Peritos da Polícia Civil recolheram destroços do ônibus e avaliaram o local do desastre. Um laudo técnico, que poderá apontar as causas da tragédia, deve sair em até 30 dias. Grande parte dos passageiros vinha de cidades do Norte de Minas e do Nordeste, e seguia para São Paulo a trabalho ou passeio. Rosa Barbosa de Amorim, de 60 anos, Selvino Pereira Silva, de 40, Rivaldávio Rodrigues Rocha, de 32, e Sérgio Ferreira de Souza, de 20, eram de Salinas, no Norte do Estado. O desastre chocou a ci-

dade de 36,7 mil habitantes, que, ontem, vivia a expectativa da chegada dos corpos. Músicos de uma banda de forró, Rivaldávio e Sérgio fariam uma apresentação na capital paulista e eram muito populares no município. Durante a tarde, pelo menos 200 pessoas visitaram a família dos dois, que moravam no bairro Sílvio Santiago. “Eles tocavam quase todos os fins de semana aqui. Por isso, eram muito queridos, principalmente, pela juventude. É como se parte da alegria dessa cidade estivesse indo embora”, lamentou a cunhada de Rivadávio, Avaílde Ferreira Arcanjo. Os quatro corpos serão enterrados hoje, em Salinas e distritos vizinhos. Os outros mortos, que viviam em São Paulo e em Ponto Novo (BA), são Maria Araújo dos Santos, de 34, mãe de Joelma, Luci Batista de Araújo, de 41, e Agnelo Artur de Souza, de 59. Ontem, o último passageiro ferido no acidente (Veraldina Batista Araújo, de 59) recebeu alta do Hospital Regional Samuel Libânio, em Pouso Alegre.

BATIDA Outro grave acidente, ocorrido em Paraopeba, região Central do Estado, deixou um morto e quatro feridos na manhã de ontem. Por volta das 10h30, o Fiat Stilo placa HAM1577, de Belo Horizonte, bateu de frente no Uno Mille HCL2163, de Goiânia, na altura do km 434 da BR-040. O motorista do Uno, Sílvio Rogério Bragato, de 33, morreu no local. Os feridos foram encaminhados, em estado grave, para o Hospital de Paraopeba.

BETO NOVAES

Viaduto Santa Tereza é um dos mais movimentados de BH, mas teve um domingo atípico, sem carros

ANÁLISE DA NOTÍCIA O aumento de mais de 300% no número de mortos em acidentes no feriado, em relação ao ano passado, demonstra a necessidade de maior conscientização dos motoristas sobre os riscos de trafegar nas rodovias do País. O maior rigor do Código de Trânsito Brasileiro não foi suficiente para conter os abusos ou mesmo o uso de álcool ao volante. Especialmente neste período de férias, a Polícia Rodoviária Federal emite vários alertas, mas eles não parecem suficientes. O ideal seria, então, campanhas mais efetivas, não só abordando o risco, mas priorizando a educação no trânsito. Claro que isso deve vir acompaMaria Clara Prates ) nhado de uma melhor manutenção das rodovias do País. (M

Pelo menos 15 pessoas foram assassinadas na Região Metropolitana, das 19h do dia 31 às 19h de ontem. Entre as vítimas, está Paulo Roberto Pereira, de 36 anos, que seria usuário de droga. O corpo dele foi encontrado no Beco Querubim, no bairro Nazaré, região Nordeste da capital, na manhã de ontem. Detetives da Divisão de Crimes Contra a Vida apuraram que os criminosos entraram na casa da vítima por volta das 23h de sábado, que foi arrastada e morta no beco, com quatro tiros. A mãe da vítima disse que correu assim que a casa foi invadida e por isso não saberia descrever sobre os criminosos. Os detetives informaram que Paulo não tinha passagem pela polícia, mas apuraram que um irmão dele é presidiário. Ainda na capital, na rua Domingos Rodrigues, no bairro Taquaril, região Leste, Manole Ferreira Maia, de 39, foi assassinado com golpes de faca no tórax e nos braços. O crime ocorreu às 19h50 de sábado. Em Santo Antônio do Amparo, no Centro-Oeste do Estado, um menino de 10 anos foi baleado no rosto por um adolescente de 15 anos, ontem. O autor do crime teria dito à PM que a arma disparou no momento em que ele mostrava a arma à vítima, que morreu no Pronto-Socorro da cidade. O menino foi encaminhado à Delegacia de Bicas.

FUGA Ainda ontem, 15 presos fugiram da cadeia Pública de Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte. Segundo a PM, eles fizeram um buraco na lage da cela oito e interligaram e arrombaram os cadeados das celas cinco, seis, sete, oito e nove. Nove foram recapturados. O secretário do Conselho Municipal de Defesa Social de Sete Lagoas, Paulo Roberto Naves, informou que havia superlotação na cadeia, o que pode ter facilitado a fuga, já que mais presos poderiam trabalhar na fuga e dispistar os policiais. Ele acrescenta que havia 128 presos na cadeia, contrariando o limite de 47 presos.”Quatro celas estão em reforma e as outras seis com a média de 20 detentos, havendo a superlotação. Precisamos urgente da construção de mais cadeias”, comenta Naves.

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