2004.10.13 - Mortes Nas Brs Aumentam - Estado De Minas

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ESTADO DE MINAS ● Q U A R TA - F E I R A ,

13 DE OUTUBRO DE 2004 ● EDITOR: Arnaldo Viana ● EDITOR ASSISTENTE: Aníbal Penna ● E-M AI L: [email protected] ● TELEFON E: (31) 3263-5244

FESTA DAS CRIANÇAS DURA UMA SEMANA

GERAIS/

Com o recesso escolar, cidades programam uma série de atividades e brincadeiras diferentes.

CENTRO-OESTE

c m y k

PÁGINA 21

NEWTON FRANÇA

Minas registra, em quatro dias, o recesso mais violento do ano nas rodovias. Apenas nas estradas federais foram 28 mortes, contra 12 registradas no período de 3 a 7 de setembro

7 DE SETEMBRO Duração do recesso: 4 dias (3 a 7)

12 DE OUTUBRO Duração do recesso: 4 dias (8 a 12)

Mortos:

Mortos:

12 123

28 182

Considerados levantamentos feitos pela PRF do meio dia de sexta-feira ao início da tarde de terça-feira

Considerados levantamentos feitos pela PRF do meio dia de sexta-feira ao início da tarde de terça-feira

Feridos:

Feridos:

Em um dos acidentes mais graves, Palio foi esmagado por cegonheira. Menino foi resgatado com arranhões, mas perdeu os pais

FERNANDA ODILLA As rodovias que cortam Minas Gerais bateram um triste recorde no recesso encerrado ontem: o levantamento inicial da polícia e dos bombeiros é de 39 mortes e 249 feridos, em pelo menos 368 acidentes entre sexta-feira e a tarde de ontem. Nas BRs que cortam o Estado, o número de mortes registradas nos últimos quatro dias pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi 133% maior que no recesso de 3 a 7 de setembro, quando foram computadas 12 mortes até a tarde da terça-feira, dia da Independência. “Infelizmente, este é o feriado mais violento do ano”, lamenta o inspetor Aristides Júnior, da PRF, que contabilizou 28 vítimas fatais somente nas BRs. O saldo recorde de mortes do 12 de outubro superou também o número registra-

do durante a Semana Santa. De acordo com a PRF, entre os dias 8 e 11 de abril, nas rodovias federais ocorreram 296 acidentes, com 27 vítimas fatais. Para os patrulheiros, não foram as chuvas, tampouco os problemas no pavimento e na sinalização das pistas os principais responsáveis pelas tragédias. “Calculamos que as condições das estradas influenciam em até 5% no número de acidentes. O que a gente mais vê é excesso de velocidade, ultrapassagem proibida e saída de pista”, afirma Aristides Júnior, inconformado com a imprudência dos motoristas que se arriscam nas estradas. Nem mesmo as crateras que exigem atenção e obrigam os motoristas a andar lentamente reduziram o número de acidentes na BR-116, durante o feriado. Nos 265 quilômetros que ligam Caratinga a Leopoldina,



a PRF contabilizou 37 batidas e capotamentos e seis mortes. A explicação dos patrulheiros é uma só: ao escolher o menor buraco para cair, o motorista se arrisca até mesmo na contramão com imprudência. O Departamento Nacional Infra-estrutura de Transportes (Dnit) informa que a operação tapaburaco deve começar ainda nesta semana na 116. Já a recuperação do trecho está prevista somente para o ano que vem. Além da BR-116, duas outras rodovias foram palco de tragédias durante os quatro dias de recesso. Ontem, a BR-040 fez mais uma vítima fatal. O motoqueiro Melchior Batista Cunha, de 41 anos, morreu no km 66,6, próximo a Paracatu, Noroeste de Minas. Ele bateu sua Titan placa JJS-2337, de Brasília, no Palio Weekend placa JFV0670, também do Distrito Federal, por vol-

LEIA MAIS SOBRE VIOLÊNCIA NAS ESTRADAS PÁGINA 18

ta das 10h40. A motorista do carro, Simone Cursino Guimarães, de 43, saiu ilesa do acidente. No final da noite de ontem, mais uma pessoa ficou ferida na 040, próximo a Felixlândia. O motorista foi levado em estado grave para um hospital de Curvelo. Mas, de acordo com a PRF, a BR-381, com suas curvas sinuosas e piso escorregadio, é a mais perigosa das rodovias federais, especialmente entre Belo Horizonte e João Monlevade. Foi justamente nesse trecho que um acidente impressionou até mesmo os mais experientes salva-vidas das estradas. Na manhã de sábado, uma carreta tombou sobre um Palio, que seguia em direção à capital mineira. Ezequias Alves de Oliveira, de 3 anos, foi resgatado com pequenos arranhões das ferragens, mas perdeu seus pais, que morreram na hora.

CYAN MAGENTA AMARELO PRETO

BETO NOVAES / 10/10/2004

Mortes nas BRs aumentam



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CYAN MAGENTA AMARELO PRETO

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