Wirth Park Corbusier Rev

  • October 2019
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TEORIA E HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DAS CIDADES PROFESSORAS: Fernanda Furtado, Marlice Nazareth e Vera Rezende.

Escola de Chicago, Funcionalismo e CIAM Grupo: Lianna Nogueira Maria da Conceição Martinez Michele Coyunji

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Int ro duçã o Este trabalho tem como meta o estudo das correntes urbanísticas desenvolvidas pela Escola de Chicago, Funcionalismo e o CIAM. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa acerca de seus principais expoentes, sendo eles: Burguess, Park e Le Corbusier, a fim de compreender o contexto histórico e social destes movimentos e sua influência na produção urbana. 2

Chicago

• O desenvolvimento urbano de Chicago constituiu-se em um plano ideal para a realização de estudos e pesquisas dos grupos sociais e seu comportamento. A cidade tinha, em 1840, 4.470 pessoas. Quarenta anos depois esse número cresceu para meio milhão e, em 1900, atingiu a marca de um milhão de pessoas. • As linhas ferroviárias que seguiam para o oeste dos Estados Unidos encontravam-se em Chicago, o que transformou a cidade em um pólo comercial que atraiu imigrantes de origem diversa, todos em busca de oportunidades de trabalho, motivados pela América em expansão. Nessa época, metade das pessoas que habitavam Chicago não eram norte-americanas. 3

SURGIMENT O • Nesse cenário, de rica diversidade cultural e conflituosa, a Escola de Chicago procedeu seus primeiros estudos. Sérgio Salomão Shecaira anota que “a explosão de crescimento da cidade, que se expande em círculos do centro para a periferia, cria graves problemas sociais, trabalhistas, familiares, morais e culturais que se traduzem em um fermento conflituoso, potencializador da criminalidade. A inexistência de mecanismos de controle social e cultural permite o surgimento de um meio social desorganizado que se distribui diferenciadamente pela cidade”. 4

• Trata-se de um meio de convívio que não se regula mais pelos agentes de controle social informal, como a escola, a igreja, as agremiações de recreação e lazer. • Rompem-se os laços de confiabilidade e de responsabilidade pelo bem comum. Referindose à Ecologia Criminal, Luís Fernandes, ligado à Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade do Porto e membro do Centro de Ciências do Comportamento Desviante, constata que “a ecologia urbana e social que tem origem na Escola de Chicago dos anos 20 nasce tomando como objeto de estudo os mundos desviantes existentes nos espaços urbanos”.

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INTRODUÇÃO A Escola de Chicago inaugura uma reflexão inédita ao tomar a cidade como seu objeto privilegiado de investigação, tratando-a como variável isolada, o que em si não constituiria um mérito, mas o que renderia à Escola os créditos da criação da Sociologia Urbana como disciplina especializada. A validade dessa reverência é discutível. Para Castells, essa sociologia que advoga a idéia da existência de um urbano per se, não é uma ciência, e sim uma ideologia. Essa crítica, mesmo procedente, não invalida a importância dessa abordagem que se orienta pelos conceitos da ecologia humana. A teoria de Robert Park, ilustre representante da Escola, sobre a ecologia humana e as áreas naturais pressupõe uma analogia entre o mundo vegetal e animal, de um lado, e o mundo dos homens, de outro.

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• Louis Wirth, outro autor de destaque da Escola, afirma que a cidade produz uma cultura urbana que transcende os limites espaciais da cidade, afirmação totalmente inovadora. A cidade atua e se desdobra para além de seus limites físicos, através da propagação do estilo de vida urbano, e torna-se o locus do surgimento do urbanismo como modo de vida.

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Contribuições da Escola de Chicago • Utilizando a teoria ecológica, os representantes da escola de Chicago, construíram a ecologia urbana. A ecologia- escreve McKenzie - é a ciência que se ocupa dos aspectos espaciais, das relações simbióticas de seres e de instituições na medida em que estejam empenhados nas forças seletivas, distributivas e adaptadoras do ambiente físico . • A Sociedade é constituída por indivíduos separados espacialmente da competição e da seleção, e estão num contínuo processo de mudança logo que novos fatores venham perturbar as relações competitivas ou facilitar a mobilidade.

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• Mas o âmbito da ecologia humana, entende-se para além destas fronteiras. Park, o representante máximo da escola de Chicago tinha sido discípulo de Windelband e Simel e profundo conhecedor de Durkheim, que dizia: “Cada grupo social é solicitado pela consciente participação num fim comum e numa vida comum, tornada possível pela existência de uma linguagem e por um fundo de símbolos e significados comuns.

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• Park ainda utiliza dos princípios da comunicação e da competitividade, explicando a presença do indivíduo no grupo e a distribuição lógica no território. Dessa dialética surgem as áreas naturais, advindas de processos naturais tais como: a competição, a dominação, a simbiose. Elas são o produto dos processos de ajustamento e cada uma delas tem uma função própria no contexto urbano, expressão de formação espontânea de agregados.

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• Crescidas em torno de um núcleo de pontos focais, constituído predominantemente pelas atividades comerciais e industriais dependentes do centro, as cidades mostram regularidades na estrutura e distribuição das áreas naturais que induzem os estudiosos a extrapolar um modelo generalizável.

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• Em Middle West, são várias zonas concêntricas, dentre as quais as zonas centrais assimilam menos os valores sociais da classe média que vive nas zonas intermediárias. A alta burguesia reside nos subúrbios periféricos. Os grupos étnicos em vias de assimilação do modos de vida norte-americano deslocam-se eventualmente para zonas intermediárias. Ao mesmo tempo, a pequena burguesia , WASP, ganha progressivamente acesso aos arredores mais prestigiosos enquanto ondas de imigrantes exóticos se inserem nos bairros centrais abandonados pelos grupos precedentes que conseguiram escapar do ghetto.

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Teorí a de las z onas concéntr icas ecol ógico- soci al es de Bur gess Fte.: PRECEDO LEDO, Andrés, Ciudad y Desarrollo Urbano, 1996

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• Uma das mais agudas intuições de Park, advém que diferentemente do sistema ecológico natural em que as espécies mais fortes são privilegiadas na obtenção dos recursos, mas não têm a capacidade de diminuir ou mudar o valor destes relativamente às outras espécies, no sistema ecológico humano, a atribuição de valor a determinados recursos é característico dos grupos dominantes que procuram não só apropriar-se dos recursos , mas modificar o seu valor, deslocando a desejabilidade para recursos que são para eles pouco interessantes.

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• Isto se encontra diretamente ligado ao problema de controle social, explicando assim a lógica distributiva das áreas naturais e dos seus habitantes, sendo imposta a estes por meios de comunicação em massa por exemplo.

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• Pizzorno observa que a escola de Chicago sustentava que a cidade não era apenas um artefato, mas num certo sentido, em alguns graus, um organismo , ou como dirá Wirth mais tarde, não uma forma convencional , mas típica, isto é, com leis típicas.A naturalidade da cidade resulta de ela ser composta de áreas naturais: a cidade é uma constelação de áreas naturais- dirá Park- cada uma delas com seu ambiente característico e cada uma delas com a sua função específica para desempenhar no conjunto da economia urbana.

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Os limites do modelo proposto pela Escola de Chicago na crítica sociológica • À teoria ecológica, foram feitas críticas sobretudo pelos ecologistas socioculturais. • 1 - Farey, insiste no fato de que a estrutura ecológica de Boston não se pode comparar aos círculos concêntricos de Chicago. Ele demonstrou que o panorama residencial irregular de Boston era devido aos valores culturais do velho centro ao qual estava muito ligada a alta burguesia ainda lá residente.

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2 - Hoyt, defende que uma cidade se divide em setores triangulares, como as fatias de um bolo e observa que em várias cidades setores triangulares inteiros perdem o prestígio à medida que se aproximam da periferia, ao passo que outros setores da periferia ao centro são habitados por estratos sociais mais favorecidos. 3 - Shecky e Bell, estudando Los Angeles, não puderam descobrir zonas concêntricas, e formularam então a Social área analysis para identificarem as características econômicas de vários bairros.

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• Na sociologia, a Escola de Chicago representa um conjunto de teorias cujo principal tema eram os grandes centros urbanos, pela primeira vez estudados etnograficamente. • Na arquitetura e no urbanismo, a Escola de Chicago representa um conjunto de ideais e pensamentos sobre o futuro das cidades e do planejamento urbano americanos, desenvolvidos no início do século XX. • Na economia, a Escola de Chicago representa uma corrente que defende o livre-mercado. Seu mais conhecido representante é Milton Friedman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1976. • Na comunicação, a Escola de Chicago representa um conjunto de estudos referentes a comunicação na sociedade, afirmando que a sociedade é um produto da comunicação que torna possível o consenso entre as pessoas. Também expressa que a comunicação serve, promove e reprime o conhecimento. 19

• A Escola de Chicago surgida na década de 1910 se caracterizava pela tentativa de teorizar uma ciência social sob base empírica. Entre seus teóricos, destacam-se Robert Park, que trabalhou com a função social do jornalismo, e Harold Lasswell, dedicado principalmente às potencialidades da propaganda. • Porém foi somente a partir dos anos 1920/1930, que uma série de manifestações culturais – vinculadas a uma nascente indústria de lazer – emergia poderosamente, atingindo todos os segmentos sociais do mundo urbanizado. O rádio, o cinema e a música popular avançavam a grandes saltos. Começava-se a viver, então, a chamada Era da cultura de massas.

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• Este novo fenômeno, a utilização dos novos meios de informação, capazes de atingir simultaneamente grandes camadas da população, para divulgar cultura e anúncios, mereceu sérios estudos de suas escolas de pensamento: a Escola de Chicago nos EEUU, e outra, na Alemanha, chamada Escola de Frankfurt.

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Bio gr afia Ro be rt E. Pa rk • Rob er t Ezra Par k (14 de fevereiro de 1864 7 de fevereiro de 1944) foi um sociólogo norte americano e um dos fundadores da Escola de Chicago.

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Sua Fo rm aç ão • Nascido em Harveyville, Pennsylvania, cresceu em Minnesota. Foi educado na Universidade de Michigan, onde foi ensinado pelo filósofo pragmatista, John Dewey. Seu interesse pelas questões sociais, especialmente as questões raciais e urbanas, levou-o a trabalhar como jornalista em Chicago. • Robert Park começou sua carreira como um repórter para jornais em Minneapolis, em Detroit, em Denver, em New York, e em Chicago, um encontro com jornalismo que influenciou seu trabalho mais tarde em sociologia. Park acreditava que um sociologista era “um tipo do super-reporter, como os homens que escrevem para a fortuna… que relata nas tendências a longo prazo que gravam o que estão indo realmente melhor que o que, na superfície, parece meramente ir.”.

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• Como estudante universitário na Universidade de Michigan, Park foi ensinado pelo filósofo pragmatista, John Dewey. que o introduziu a Franklin Ford. Park e Ford planearam um jornal, a notícia do pensamento, como um esforço gravar a opinião pública bem como flutuações gravadas de um papel de negócio no mercado conservado em estoque. A idéia nunca veio à realização, mas antecipou claramente uns eventos mais atrasados.

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• Depois de ser um jornalista em várias cidades dos EUA entre 1887 e 1898, ele então estudou psicologia e filosofia para um MA em Harvard (1898-9) tendo sido ensinado por outro proeminente filósofo pragmatista, William James. • Depois de graduar-se, foi à Alemanha estudar em Berlim, Strasbourg e Heidelberg entre 1899 e 1903 antes de retornar aos EUA Entre 1899 e 1900 estudou com Georg Simmel em Berlim, passou um semestre em Strasbourg em 1900, e adquiriu seu PhD em psicologia e filosofia em 1903 em Heidelberg sob orientação de Wilhelm Windelband (1848-1915). Sua dissertação foi intitulada Masse und Publikum. Eine methodologische und soziologische Untersuchung. Ele então retornou aos EUA em 1903 se tornando brevemente assistente em filosofia em Harvard em 1904-5. 25

• Park lecionou em Harvard até que Booker T. Washington convidou-o ao Instituto Tuskegee para trabalhar com questões raciais do sul do país. Juntou-se ao departamento de sociologia na Universidade de Chicago em 1914 ficando lá até sua aposentadoria em 1936. Continuou, no entanto, a lecionar até sua morte na Universidade Fisk. Park morreu em Nashville, Tennessee com 79 anos de idade. • Durante sua vida, Park se tornou uma figura reconhecida tanto dentro como fora da comunidade acadêmica. Em variadas épocas foi presidente da Associação Sociológica Americana e da Liga Urbana de Chicago, e membro do Conselho de Pesquisa em Ciências Sociais. 26

• Park influenciou no desenvolvimento da teoria da assimilação que era pertinente aos imigrantes dos Estados Unidos. Ele argumentava que existiam quatro passos no ciclo de relações de raça na história do imigrante. O primeiro era o contato seguido da competição. No terceiro passo cada grupo deveria se acomodar aos outros. Finalmente, quando este último falhava, o grupo imigrante aprenderia a assimilar. • Park provavelmente contribuiu com mais idéias para análises das relações raciais e contatos culturais do que qualquer outro cientista social moderno.

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• Durante a estadia de Park na Universidade de Chicago, seu departamento de sociologia começou a usar a cidade que a cercava como espécie de laboratório de pesquisa. • Seu trabalho, conjuntamente aos seus colegas como Ernest Burgess, Homer Hoyt e Louis Wirth, desenvolveu-se numa aproximação à sociologia urbana que se tornou conhecida como a Escola de Chicago: "Eu tenho sido majoritariamente um explorador em três campos: Comportamentos Coletivos, Ecologia humana e Relações de raça".

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Su as Obr as • • • • • • • •

1903: Masse und Publikum. Eine methodologische und soziologische Untersuchung (tese de Ph.D.) publicada em Berlin: Lack & Grunau, 1904 1912: The Man Farthest Down: a Record of Observation and Study in Europe com Booker T Washington, New York: Doubleday 1921: Introduction to the Science of Sociology (com Ernest Burgess) Chicago: University of Chicago Press 1921: Old World Traits Transplanted: the Early Sociology of Culture com Herbert A Miller, & Kenneth Thompson, New York: Harper & Brothers 1922: The Immigrant Press and Its Control New York: Harper & Brothers 1925: The City: Suggestions for the Study of Human Nature in the Urban Environment (com R. D. McKenzie & Ernest Burgess) Chicago: University of Chicago Press 1928: Human Migration and the Marginal Man, American Journal of Sociology 33: 881-893 1932: The University and the Community of Races Hawaii: University of Hawaii Press 29



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1932: The Pilgrims of Russian-Town The Community of Spiritual Christian Jumpers in America, por Pauline V. Young Ph.D. com uma introdução por Robert E. Park, Chicago: University of Chicago Press 1937: Cultural Conflict and the Marginal Man em Everett V Stonequist, The Marginal Man, Introdução de Park, New York: Charles Scribner's Sons 1939: Race relations and the Race Problem; a Definition and an Analysis com Edgar Tristram Thompson, Durham, NC: Duke University Press 1940: Essays in Sociology com C W M Hart, e Talcott Parsons et al., Toronto: University of Toronto Press 1946: An Outline of the Principles of Sociology, com Samuel Smith, New York: Barnes & Noble, Inc 1950: Race and Culture, Glencoe Ill: The Free Press, ISBN 0029237807 1952: Human Communities: the City and Human Ecology Glencoe, Ill: The Free Press 1955: Societies, Glencoe Ill: The Free Press 1967: On Social Control and Collective Behavior, Chicago: University of Chicago Press, ISBN 113554381X 1975: The Crowd and the Public and Other Essays, Heritage of Society 30

Le Co rb us ier (0 6/10/1 887 a 27/0 9/1 96 5) Con text ualiza ção : Mod ern ismo , Urb anis mo Cie nt íf ic o e o CI AM . • Século XX – estudo científico para o planejamento das cidades; • Os problemas urbanos decorrentes das cidades industriais, culminaram em uma nova prática ligada a uma análise teórica caracterizada por objetivos utilitários; • Neste período, desenvolveu-se o Urbanismo Científico, baseado no pensamento utópico da tradição platônica, que almeja a realização de modelos espaciais universais válidos para todos os lugares e momentos. 31

• Surge o Urbanismo de Regularização, que considera a cidade em sua globalidade espacial e permite um sistema de classificação das cidades assim como uma elaboração de conceitos e estudo de aspectos peculiares a realidade de trabalho. • O funcionalismo foi tratado principalmente nos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (C IAM), onde foi proposto um marco de projeto universal para o Urbanismo no qual o espaço seria organizado de acordo com as principais atividades humanas: trabalhar, morar, circular e recrear. • O CIAM constituiu-se em um instrumento de convergência, produzindo um ideário de aparência homogênea que culminou no estabelecimento de alguns pontos comuns para a produção da Arquitetura e do Urbanismo. Com o CIAM, difundiu-se o International Style (Estilo Internacional). 32

• O movimento moderno propôs a eliminação da ornamentação e se baseava na noção de industrialização, economia e design, acreditando-se que o arquiteto era responsável pela correta e socialmente justa construção do ambiente habitado pelo homem. • Um dos preceitos do modernismo foi o de renovar a Arquitetura e rejeitar toda a Arquitetura anterior ao movimento; principalmente o Ecletismo. • O Urbanismo passou a ser considerado como uma função pública, que deveria fazer uso da ciência para o desenvolvimento urbano, tendo como instrumento o plano, gerando uma institucionalização da máquina de planejamento, onde os princípios do funcionalismo se convertem em normas e instâncias políticoadministrativas. 33

Biog ra fia • 6 de outubro de 1887: Nasce Charles-Edouard Jeanneret-Gris, em La Chaux-de-Fond, na Suíça; • Originário de uma família de relojoeiros, ao mudar-se para Paris, em 1918, adotou o seu pseudônimo, decorrente do nome do seu avô materno. Le Corbusier. 34 Fonte: www.tu-harburg.de

For ma çã o e ob ra • Estudou Design na escola local de artes e ofícios, onde se envolveu com as últimas fases do movimento Arts and Crafts. • Em 1904, Le Corbusier passou 14 meses em Paris, onde pôde estudar novas técnicas construtivas em concreto armado e a cultura clássica francesa. • Seu primeiro trabalho desenvolvido foi um projeto residencial em 1905, em sua cidade natal, La Chaux-de-Fond, na Suíça. 35

• Em 1907, Le Corbusier viajou para a Itália, ficando impressionado com a cultura Italiana, em espacial a Cartuxa de Ema, que junto a influência do Urbanismo Utópico, resultou no projeto para uma escola de arte em La Chaux-de-Fonds. • Em 1910, é enviado para a Alemanha , escrevendo um livro, "Estudo sobre o movimento de arte decorativa na Alemanha", publicado em 1912. • Em 1911, viaja para o oriente , resultando em seu livro intitulado “Voyage d'Orient”. • Em 1913 Le Corbusier abriu seu próprio escritório em La Chaux-de-Fonds, objetivando se especializar em concreto armado. 36

• Em 1922, passou a trabalhar com seu primo Pierre Jeanneret. As principais produções deste escritório foram os projetos de cunho constitucional Maison Dom-Ino e as Villes Pilotis. Dom-Ino constitui um protótipo que reúne a influência social utópica e os avanços tecnológicos.

Maison Dom-Ino e estrutura da unidade Dom-Ino. Fonte: FRAMPTON, Kenneth, História Crítica da Arquitetura Moderna, São Paulo, Martins Fontes, 2000. 37

• Em 1927 desenvolve, junto a Pierre Jeanneret, o projeto para o concurso internacional para a sede da Liga das Nações em Genebra. Tem-se então a passagem de um estilo residencial para um estilo monumental, palaciano. Sede da Liga das Nações. Fonte: FRAMPTON, Kenneth, História Crítica da Arquitetura Moderna, São Paulo, Martins Fontes, 2000.

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• Em 1929 e 1936 viajou para a América do Sul, idealizando para o Rio de Janeiro, uma estrada beirando a costa, a cerca de 100 metros de altura, abrigando, debaixo desta, quinze andares com possibilidade para criar habitações. Algo semelhante foi pensado para Argel, o projeto Obus.

Projeto Obus. Fonte: FRAMPTON, Kenneth, História Crítica da Arquitetura Moderna, São Paulo, Martins Fontes, 2000. 39

Leg ad o Corb usiano • Sua obra teve influência do caos da velha Paris, decorrente da reconstrução de Haussman.

Plan Voisin (1925). Fonte: www.kosmograph.com

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• Corbusier considerava que “procurar a escala humana, a função humana é definir as necessidades humanas”. Portanto, os objetos para atender as demandas humanas constituíam objetos tipos, padronizados, seguindo o sentido de harmonia do corpo humano. Segundo este conceito de padronização, Corbusier desenvolveu o modulor, relacionando medidas do corpo humano.

Modulor. Fonte: www.khg.bamberg.de

Chaise longue Fonte:www.drwagnernet.com

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• Em seu livro “Vers une architecture” (Por uma arquitetura) fomentou as bases do movimento moderno de cunho funcionalista. • Para Le Corbusier, a casa era uma máquina de morar, voltando-se para a produção mecanicista propiciada com os avanços da industrialização para a construção civil. • Em 1928, no CIAM, produziu a Carta de Atenas, com relevante papel ao definir diretrizes e normas para aplicação do Urbanismo Moderno, objetivando o planejamento funcional da cidade de forma a atender as demandas sociais. Para tanto, propôs que a propriedade do solo ficasse a cargo da municipalidade. 42

Desenvolveu, também, princípios urbanísticos em La Ville contemporaine (1922) e La Ville radieuse (1933), sendo eles: •Eliminar o excesso populacional dos grandes centros; •Liberação do solo através da verticalização; •Concentração do comércio e atividade empresarial nos grandes centros; •Setorização residencial de acordo com a atividade desenvolvida pelo morador; •Segregação das vias de circulação; •Estabelecimento de cinturões verdes. 43

La Ville contemporaine 1922. Fonte: home.worldonline.dk

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La Ville Radieuse (1933). Fonte: home.worldonline.dk

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Portanto, sua obra urbanística pode ser assim sintetizada: • Os projetos executados inserem-se no período anterior à guerra de 1940, e no período seguinte ao projeto para Chandigarh. • Desenvolveu significativo número de planos base não executados como Plan Vision (1925), La Ville contemporaine (1922) e La Ville radieuse (1933), por exemplo. • Produção literária que fomentou as bases do urbanismo do século XX: - Vers une architecture (1923); - Urbanisme (1925); - La Ville radieuse (1935); - La Charte d’Athènes (1943); - Propos d’urbanisme (1946) - Manière de penser l’urbanisme (1946); - L’unité d’habitacion de Marseille (1950). 46

Em síntese, podem-se destacar cinco pontos característicos da obra corbusiana no âmbito arquitetônico: • Construção sobre pilotis; • Terraço Jardim; • Planta livre da estrutura; • Fachada livre da estrutura; • Janela em fita. 47

Segue-se com uma cronologia de algumas de suas obras: • 1905 – Villa Fallet, La Chaux-de-Fonds, Suíça.

Fonte: www.artnouveau.ch

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• 1919 - Maison Monol, Paris, França

Fonte: www.fondationlecorbusier.asso.fr

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• 1925 – Pavillon de L’Esprit Noveau, Exposition des Arts Décoratifs, Paris.

Fonte: caad.arch.ethz.ch

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• 1928 – Villa Savoye, Poissy-sur-Seine, França.

Fonte: faculty.evansville.edu

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• 1929 – Armée du Salut, Cité de Refuge, Paris, França.

Fonte:www.culture.gouv.fr

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• 1930 – Pavillon Suisse, Cité Universitaire, Paris, França.

Fonte: www.swissinfo.org

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• 1949 - Usine Claude et Duval, Saint-Dié-desVosges,França.

Fonte: chr.amet.chez-alice.fr

54

• 1950-1955 – Chapelle Notre Dame du Haut, Ronchamp, França.

Fonte: ionarts.blogspot.com

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• 1952-1959 - Edifícios em Chandigarh, Índia.

Fonte: www.atopia.tk

Fonte: www.pondichery.com

56

• 1953- Conjunto de edifícios-sede da Organização da Nações Unidas, Nova Iorque, EUA.

Fonte: kaleidoscope.blogspirit.com

57

• 1956 – Unité d’Habitation de Briey en Ferêt, França.

Fonte: www.fondationlecorbusier.asso.fr

58

• 1957-1960 – Sainte Marie de La Tourette, Lyon, França.

Fonte: forums.macgeneration.com

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• 1958 – Pavillon Philips, Bruxelas, Bélgica (demolido).

Fonte: phillal.club.fr

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• 1960 – Unitè d’ Habitation Firminy, Firminy, France.

Fonte: defisc.patrimoine.free.fr

Eglise Saint Pierre, junto às Unité d'Habitation de Firminy. Fonte: photo.blog.lemonde.fr

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• 1961- Carpenter Center for Visual Arts, Universidade de Harvard, Cambridge.

Fonte: www.hno.harvard.edu

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Re ferê ncia s: • • • • • • • • • • • • • • • • •

Referências bibliográficas: BENÉVOLO, Leonardo, História da Cidade, São Paulo, Editora Perspectiva, 1983. CHOAY, Françoise, O Urbanismo, Utopias e Realidades, Uma Analogia, São Paulo, Editora Perspectiva, 1979. FRAMPTON, Kenneth, História Crítica da Arquitetura Moderna, São Paulo, Martins Fontes, 2000. HALL, Peter, As Cidades do Amanhã, São Paulo, Editora Perspectiva, 1995. JEANNERET, Pierre, Le Corbusier, Oeuvre Complète de 1910-1929, Zurich, Les Éditons d’architecture, 1948. MADRIAGA, Inés Sánchez de, Introducion al urbanismo, Conceptos y métodos de la planificación urbana, Alianza Editorial. MONTANER, Josep Maria, A Modernidade Superada, Barcelona, Gráficas 92, 1997. RELPH, Edward. A Paisagem Urbana Moderna, Lisboa, Edições 70, 1987. Outras fontes de consulta: Diário digital. Disponível em: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=96& id_news=202907 Enciclopédia Virtual Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org Revista Urabanismo. Disponível em: http://revistaurbanismo.uchile.cl Revista Viver Cidades. Disponível em: http://www.vivercidades.org.br Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC). Disponível em: www.uniplac.net/emaj/Artigos IPP – Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Disponível em: www.lpp-uerj.net/forumrio/documentos/009_091.pdf The University of Chicago Centennial Catalogues. Disponível em: http://www.lib.uchicago.edu/projects/centcat/centcats/home

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