Vox 2 - Pdf

  • July 2020
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  • Words: 6,563
  • Pages: 16
CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL Contrato nº 5368/01/01 ECT/DR/SPM/SBORL

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Índice Mensagem do Presidente

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Editorial

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Cursos e Eventos

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Relatório

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Voz Profissional

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Diagnóstico

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Dia Nacional da Voz

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2º Consenso Nacional sobre Voz Profissional

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Programa Científico

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Maria Alvim Intérprete e Profª de Canto

Ms. Márcia Menezes Fonoaudióloga

Edson Mazieiro Locutor

Dr. Luiz Cantoni Otorrinolaringologista

Neusa D’Onofrio Professora de Literatura

Capa Dia Nacional

Voz da

IMPRESSO FECHADO - PODE SER ABERTO PELA ECT

A N O 8 - N º 2 - A b r i l 2 0 0 2

A atriz Samanta Precioso como operadora de telemarketing

Mensagem do Presidente

SBLV Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz

SBLV

Para este primeiro semestre muitas importantes atividades estão programadas pela SBLV, envolvendo múltiplos tópicos de nosso interesse.

Presidente: Dr. José Antonio Pinto

O Dia Nacional da Voz, o Consenso sobre Voz Profissional, o Mini-Fórum e o início dos cursos itinerantes pelo Brasil constituem momentos marcantes para todos os membros da SBLV e exigem nossa participação efetiva.

2ª Vice Presidente: Fga. Ligia de Mota Ferreira

O Dia Nacional da Voz terá como tema a Voz Profissional exatamente por este assunto representar o enfoque principal em nosso Consenso de maio no Rio de Janeiro. A disfonia como doença do trabalho constitui hoje tema de extrema complexidade envolvendo aspectos ético-médico-legais ainda controversos e indefinidos. Já há muitos anos a PUC-São Paulo tem organizado seminários discutindo a temática, assim como o Pró-Consenso do ano passado serviu de pedra angular para que se organizassem grupos de trabalho com especialistas de várias áreas na tentativa de criarmos critérios que definissem com maior precisão os distúrbios vocais resultantes do uso profissional da voz. O caminho percorrido é longo e ainda não vimos o seu fim, por isso urge que tenhamos a colaboração multidisciplinar de todos os especialistas convocados para esse árduo trabalho para que possamos ver no encontro do Rio, em maio, os resultados atingidos. Os cursos itinerantes enfocando “Atualização em Laringologia e Voz” serão realizados nos pontos extremos de nosso país, permitindo que os otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos e professores de canto destas regiões tenham acesso aos mais recentes avanços nas respectivas áreas. Nosso Mini-Fórum em princípios de junho deverá discutir tudo o que foi realizado e o que se deseja realizar, trazendo para discussão o nosso anteprojeto de regimento interno e a organização inicial do próximo Triológico, planejado para outubro de 2003. De 19 a 23 de novembro de 2002 teremos o 36º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia, em Florianópolis, com extenso programa em Laringologia e Voz, contando com importantes convidados internacionais como Andrew Blitzer, Peak Woo, Bruce Benjamin e outros. Não se esqueçam dos excepcionais descontos aos sócios da SBLV neste evento! Unam-se a nós, tragam suas sugestões e contribuições...

1ª Secretária Fga. Elizabete Carrara 2ª Secretária Prof. de Canto Helly Anne Caram Tesouraria Dr. Domingos Tsuji e Fga. Ana Cláudia Rocha Guilherme Conselho Fiscal Dr. Jefferson D’Avilla, Dr. Ewaldo D. de Macedo Filho, Fga. Maria da Glória de Melo Canto, Dr. Frederico Jucá, Dr. João Batista Ferreira e Fga. Christiana Monteiro. Conselho de Ex-Presidentes Dr. Paulo Pontes, Dra. Mara Behlau, Dr. Marcos Sarvat, Dr. Nédio Steffen e Dr. Agrício N. Crespo. Diretoria de Publicações Dr. Luiz Cantoni, Fga. Márcia Menezes, Prof. de Canto Maria Alvim, Dr. Luiz Antonio Prata de Figueiredo, Fga. Ana Paula Brandão Barros. Diretoria de Cursos e Eventos Dra. Cláudia Eckley, Dra. Daisy Manrique, Fga. Ligia Marcos, Cantor José Antonio Soares e Dr. Denílson S. Fomin, Fga. Sabrina A. Araújo. Conselho de Relações Interprofissionais Dr. Paulo Perazzo, Dr. Silvio Caldas Neto, Prof. de Canto Felipe Abreu, Dr Alfredo Tabith Jr. e Fga. Ruth Bompet de Araújo. Conselho de Relações Internacionais Fga. Silvia Pinho, Fga. Viviane Barrichelo, Dr. Rogério Dedivitz, Dr. Rui Imamura.

Vox Brasilis Ano 8 • Nº 1 • Janeiro de 2002 Realização Sintonia Comunicação Jornalista Responsável Edson Parente - MTB 28628 Projeto Gráfico José Antonio Martins Diretoria de Publicações [email protected] Colaboraram nesta edição Ana Elisa Ferreira, Edson Mazieiro, Comitê Nacional de Fonoaudiologia e Telemarketing da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, José Antônio Pinto, Luiz Antônio Figueiredo, Luiz Cantoni, Márcia Menezes, Marcos de Sarvat, Maria Alvim, Neusa D’Onofrio, Reginaldo R. Fujita, Samanta Precioso e Vida Alves.

Nós esperamos por um ano produtivo trabalhando com todos.

Vox Brasilis é o boletim informativo da Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz.

A SBLV precisa de você!

Fale conosco Av. Indianópolis, 740 • Moema • 04062-001 • São Paulo • SP Telefax: (11) 5052-2370 / 5052-9515 E-mail: [email protected]

José Antonio Pinto

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1o Vice Presidente: Dr. Gabriel Kuhl

  

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Editorial

Caros Leitores... Como vocês vão perceber, diversas mudanças estão ocorrendo no nosso Vox Brasilis, todas com o objetivo de tornar a nossa revista o mais aberta possível e também transformá-la em um meio de contato e comunicação da nossa Sociedade. Diversas sugestões e projetos foram propostos para transformar a revista e o nosso site em um meio de comunicação mais efetivo. Todo este trabalho será realizado paulatinamente e sempre aberto a sugestões de todos os nossos leitores. Todas as sugestões e opiniões podem ser encaminhadas e publicadas na seção “Bate Papo com o Leitor”. Queremos ouvi-los sobre os artigos publicados e os eventos da Sociedade, transformando esta seção em um canal aberto. Também estaremos abrindo espaço para outras seções, como a de classificados e a de anúncios de cursos (relativos à Laringologia e Voz), incentivando uma maior participação de todos. Em cada edição do Vox desenvolveremos um tema principal e, dentro deste tema, serão abordadas as visões otorrinolaringológica, fonoaudiológica e do professor de canto. Nesta edição o principal tema é relacionado ao Dia Nacional da Voz, que este ano abordará a Voz Profissional em todas as suas modalidades, abrangendo locutores, cantores, atores e professores, além de todas as outras profissões que necessitam deste importante meio de comunicação. Dentro deste raciocínio apresentamos artigos que abordam a avaliação da voz profissional, a atuação da fonoaudiologia no telemarketing, os profissionais da voz falando sobre o seu trabalho e a preparação da voz através de técnicas de aquecimento vocal. Para saber se tudo isso ficou bom, é só ler... e encaminhar sua opnião e sugestões!

Bate Papo com o Leitor Novidades A partir da próxima edição, a Vox Brasilis abrirá um espaço exclusivo para os sócios da SBLV, contendo classificados, anúncios de cursos e eventos, perguntas, sugestões e divulgação de teses defendidas. É um espaço gratuito que visa a participação e integração dos associados. Vale lembrar que este material também será divulgado em nosso site www.sblv.com.br Diretoria de Publicações Erramos: Em nossa última edição deixamos de mencionar o nome da Fga. Leslie Piccolotto Ferreira como a autora do artigo “XI Seminário de Voz - PUC-SP - A Disfonia como Doença de Trabalho”, publicado na página 8. Pedimos desculpas e agradecemos a sua compreensão.

Vote no novo logotipo da Revista Vox Brasilis

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Acesse o site www.sblv.com.br

Cursos

Cursos e Eventos Cursos itinerantes da SBLV A SBLV deverá realizar durante o ano de 2002 cursos itinerantes em diferentes regiões de nosso país sobre “ATUALIZAÇÃO EM LARINGOLOGIA E VOZ” com a participação de otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos e professores de canto. Estes mini-cursos, ministrados por ilustres professores, serão intensivos com demonstrações práticas, clínicas e cirúrgicas. As datas e os locais dos mesmos serão: 14 e 15 de Junho de 2002 Recife - PE 16 e 17 de Agosto de 2002 Manaus - AM 11 e 12 de Outubro de 2002 Porto Alegre - RS

Eventos

Eventos Está programado para o segundo semestre deste ano o 10º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia. O evento será realizado de 26 a 28 de setembro, em Belo Horizonte. Mais informações: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, fone: (11) 3873-4211 ou na secretaria executiva da Congress Eventos fone: (31) 3273-1121.

De 19 a 23 de novembro será realizado, na cidade de Florianópolis-SC, o 36º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia. Informações na SBORL, fone: (11) 5052-9515

Diretorias Regionais da SBLV Região 1 - Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins Dr. Eduardo Kauffman Fga. Ana Cláudia M. P. de Farias Azevedo

Região 4 - Espirito Santo e Rio de Janeiro Dr. Roberto Meirelles Fga. Jaqueline Priston Região 5 - Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais Dr. Edson L. C. Monteiro Fga. Sílvia Ramos

Região 2 - Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte Dr. José Wilson Meirelles da Trindade Fga. Roxana Alencar

Região 6 - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul Dr. Marcos A. Nemetz Fga. Sandra Lucia Pollo

Região 3 - Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia Dr. Frederico Jucá Fga. Mara Bonora

Região 7 - São Paulo Dr. Mario Luiz A. S. Freitas Fga. Ana Lúcia Spina

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Relatório SEMANA NACIONAL DA VOZ 2001 - BALANÇO FINAL

A Semana Nacional da Voz, realizada entre 16 e 21 de abril de 2001, mais uma vez foi coroada com êxito, com a participação em massa dos otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos em todo o Brasil. Segundo o relatório final, foram examinados um total de 41.052 pacientes, com a idade variável de um a 87 anos, predominando o sexo feminino (66,74%). Na avaliação conjunta otorrino-fono foram encontrados os seguintes dados:

 Análise perceptiva: • Rouquidão: leve – 32,88% moderada – 18% extrema – 5,1% • Aspereza: leve – 27,28% moderada – 12,33% extrema – 2,51% • Soprosidade: leve – 22,75% moderada – 8,74% extrema – 1,94% • Astenia: leve – 10,02% moderada – 3,84% extrema – 3,84% • Tensão: leve – 27,49% moderada – 12,85% extrema – 3,05% 

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Anamnese: • Queixas: sim: 79,43% não: 20,57% • Dor de garganta: 47,53% • Rouquidão: 61,70% • Pigarro: 66,71% • Voz alterada: 53,24% • Disfagia: 20,83%



Faz uso profissional da voz? Sim: 35,30%

 A qualidade da voz atrapalha seu desempenho profissional? Sim: 28,13% 

Há abuso/fadiga vocal? Quanto? Sim: 57,08% constante – 33,29% freqüente – 34,35% eventual – 24,63%



Já havia procurado atendimento anterior? Sim: 31,65% Não: 68,35%

 O avaliador considera que haja fatores de risco? Tabaco – sim: 19,78% Álcool – sim: 16,69% Exposição a químicos inalatórios – sim: 17,06%  Existem evidências de alteração da voz? Sim: 44,12% Existem evidências de lesão orgânica na faringe ou laringe? Sim: 26,33%



Quais? • suspeita de lesão benigna: 89,46% • suspeita de lesão pré-neoplásica: 5,39% • suspeita de lesão neoplásica maligna: 5,15%   Orientado(a) a buscar atendimento médico? Sim: 58,09% ico?   Orientado(a) a buscar atendimento fonoaudiológ fonoaudiológico? Sim: 52,33%   Estados/% atendimentos São Paulo: 31,83% Pernambuco: 15,28% Rio de Janeiro: 13,83% Ceará: 11,46%   Cidades/% atendimentos : Recife: 11,10% Fortaleza: 9,8% Campinas: 5,85% São Paulo: 2,96%

VINHETAS HISTÓRICAS EM LARINGOLOGIA O nascimento da Laringologia deve-se a MANUEL GARCIA, professor de canto espanhol, que descreveu suas pregas vocais após auto-laringoscopia indireta, realizada com pequeno espelho de dentista refletindo a luz solar, em 1854. Posteriormente, TÜRCK e CZERMAK na Europa popularizaram a visualização indireta da laringe. Somente em fins do século XIX, KIRSTEIN realizou a primeira laringoscopia direta(autoscopia), aperfeiçoada por KILLIAN, que metodizou a técnica e o instrumental, realizando a laringoscopia direta em suspensão, que permitia a cirurgia endolaríngea bimanualmente. HILÁRIO DE GOUVEIA, primeiro professor catedrático de ORL no Brasil, executou no Rio de Janeiro, em 1907, a primeira laringoscopia direta em suspensão com a aparelhagem de Killian. A primeira laringectomia total realizada no Brasil deve-se a WALTER SENG, cirurgião geral em São Paulo, que apresentou em 1915 à Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, “um caso de extirpação da laringe”. Porém, EDUARDO RODRIGUES DE MORAIS em Salvador, Bahia, executou a primeira laringectomia por especialista em 1922, usando a técnica de Perier, de baixo para cima. Pouco depois, SOUZA MENDES, no Rio de Janeiro, efetuou a primeira laringectomia de cima para baixo, técnica de Gluck-Soerensen. BUENO DE MIRANDA, em São Paulo, realizou a primeira hemilaringectomia, em 1925. Em 1954, JORGE FAIRBANKS BARBOSA, em São Paulo, realizou a primeira laringectomia total com esvaziamento cervical radical bilateral em monobloco, para tratamento de um paciente com câncer de laringe com metástases cervicais. O paciente sobreviveu por 23 anos com boa voz esofágica. Dr. José Antonio Pinto

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Voz Profissional

Os Profissionais da Voz falam sobre Voz Profissional A Voz Profissional na Publicidade

Denis Maestrello

Entre os profissionais de Voz que atuam em rádio, gravar comerciais para grandes clientes, agências e produtoras é pertencer a um seleto clube. Porque diferente do rádio, que privilegia aquele profissional que consegue estabelecer um bom contato com o ouvinte, a publicidade privilegia o profissional que, além do bom contato, possui uma Voz que passe credibilidade, que convença e venda o produto ao ouvinte. Diferente do profissional do rádio onde a Voz se apresenta, se identifica, facilitando o contato, na publicidade a Voz é anônima e precisa superar essa distância, com a técnica, com o timbre, com a interpretação, com a emoção. Nos comerciais de televisão a Voz é coadjuvante indispensável. Nos comerciais de rádio é corpo e alma do comercial. Como profissional de Voz em publicidade, recebo com muito orgulho o tema A Voz Profissional para o Dia Nacional da Voz deste ano. Muita gente envolvida no trabalho com a Voz vai obter mais conhecimento, mais informação, mais consciência sobre seu instrumento de trabalho. OBS: o maiúsculo do V na palavra Voz é proposital pela importância dela em minha vida, em todos os aspectos. Edson Mazieiro Profissional de Voz em Publicidade Presidente do Clube da Voz – Associação que reúne as vozes mais solicitadas da propaganda brasileira. Denis Maestrello

Falando, cantando, ... vivendo Conciliar a saúde do corpo com a da “alma” sempre foi uma preocupação humana, em qualquer época. Cuidamos dos aspectos físicos, buscando os consultórios médicos, recorrendo a uma alimentação saudável, iniciando a prática de exercícios físicos ou de esportes, como também nos dirigimos aos consultórios de psicólogos, ao ombro de um amigo, ao altar diante da imagem de um santo, ou mesmo a um salão de beleza, porque, afinal, a alma merece atenção. Mas diante de todos esses cuidados, algo em nós fica esquecido: a voz. Talvez por ser um dom tão natural que se manifesta no momento em que nascemos. Claro que nos preocupamos quando nos resfriamos, sentimos uma leve rouquidão ou uma inflamação na garganta. Basta um remédio, que logo passa. Mas quando usamos a voz como meio de sobrevivência, a situação muda. Tomemos com exemplo um dos profissionais da voz: o professor. Para este, a comunicação oral é imprescindível. Há o giz, a lousa, o livro, o conhecimento. Mas sem a voz, como o conhecimento seria transmitido? Como um belo poema chegaria ao aluno? Como ele motivaria uma sala de aula dispersa e desanimada? Falando alto? Gritando? É a partir daí que as conseqüências surgem: rouquidão constante, desânimo, medo, insegurança... Nesse momento a fonoterapia entra em ação. É com a ajuda do fonoaudiólogo, através de constantes exercícios, que vamos readquirindo a voz natural, a coragem e a vontade de continuar. Dessa forma, esse cuidado vem fazer par com os do corpo e da alma e nos dar a garantia de uma existência mais feliz.

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Neusa D’ Onofrio Professora de Literatura

J. Gomes

Minha voz, minha profissão, meu instrumento de trabalho, minha vida. Como descrever em poucas linhas um compromisso travado com a arte, traçado aquém da memória humana, uma missão de alma? Esta alma que canta o tempo todo e que exterioriza seus pensamentos através da voz. Me pego cantando por dentro e, até quando canto por fora, percebo que é um canto vindo de dentro. Ouço a melodia das inflexões e crio música à capela todo o tempo, enquanto falo. Agradeço a Deus por ter o dom, aliás, os dons (que palavra sonora), o de cantar e o de desenvolver o dom de cantar nas pessoas que me procuram. Falo para quem quer ouvir e cantar. Me emociono com o que falo, pois sinto que faz diferença em quem escuta. Ouvi certa vez que “professar é a arte de mudar o mundo a cada dia”. Sei que tenho missões importantes e sérias. Cumpro essas missões sorrindo, pois vivo de bem com a minha voz, apreciando os pensamentos e as palavras em toda sua sutileza, seja para ensinar canto ou cantar. Canto para quem quer ouvir e cantar. Minhas mãos suam frio na criação desta poesia e meus olhos se enchem de água pela emoção de me sentir privilegiada por ter sido escolhida para essa missão. Cantar, para mim, é deixar a alma escolher uma música para se expressar. Como foi a alma que escolheu, essa música tem verdade e afinidade com meu EU, sendo assim, cantando, eu me entrego realmente ao momento. A interpretação flui naturalmente pois, no canto, a mensagem é verdadeira e o encanto está presente. Sinto ser a última coisa que faço. Me deixo ser levada até acabar a música. Quando vejo que a vida não se esvaiu de mim, agradeço por ter, mais uma vez, a oportunidade de sentir essa vibração sonora percorrendo meu corpo físico, por ter materializado a alma na emoção e me integrado a um só ser. Já me sinto feliz e com a missão cumprida, mas ouço palmas e, quando abro os olhos, percebo que alguém me ouviu e pôde me entender, dou um suspiro e me sinto sem forças, mas ao mesmo tempo, renovada e com a sensação de que não era eu naquele momento, uma sensação de cumprimento do dever, da missão da alma e que só fui um veículo para que ela se expressasse. Minha voz vem com a intenção de dar um recado, falando ou cantando, sozinha, para alguém, para um público ou para quem quiser escutar, por isso cuido muito bem dela. Maria Alvim Intérprete e profª de canto

A voz. Ah, como é importante nossa voz!

Vida Alves Comunicação

Sou uma profissional da voz. Meu nome é Vida Alves e comecei minha carreira profissional de rádio quando tinha 10 anos de idade. Cantava em programas infantis. Logo depois passei para o radioteatro. Alguns anos depois veio a televisão para o Brasil. E, como a TV Tupi Difusora, a pioneira, era de Assis Chateaubriand, de quem eram também as duas emissoras de rádio Tupi e Difusora de São Paulo, lógico que o novo veículo se abasteceu do velho, o rádio. Foram os profissionais da voz que fizeram a televisão. Eu não gostava da minha voz, confesso. Mesmo porque ela, quando eu era menina, nunca dava o “tom certo.” Os diretores implicavam comigo: “Vida, fale mais grosso. Sua voz é de criança”, “Vida, fale mais fino. Que coisa, parece um homem.” E lá ia eu, de susto, querendo agradar. Sobrevivi, o tempo passou, a carreira afirmou. Hoje, tantos anos passados, voz mais pastosa, modificada pela idade, e estando afastada da televisão, espanto-me quando, em lojas ou na rua, alguém me chama e diz: “Você não é a Vida Alves? Eu a ouvi conversando e logo reconheci. Sua voz é inconfundível! Sua voz sempre chegou aos nossos corações. Parabéns!” É, como é importante nossa voz. E só hoje é que agradeço a Deus por ter me dado a minha voz. Estranha, diferente, imperfeita, sei lá. Mas a ela devo minha carreira de atriz. Obrigada, então, voz! Vida Alves Atriz

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Diagnóstico

Avaliação do Profissional da Voz Ana Elisa Moreira Ferreira 1, Reginaldo R. Fujita2

Definida no Pró-Consenso Nacional (2001) como “a forma de comunicação oral utilizada por indivíduos que dela dependem para sua atividade ocupacional” (Vox Brasilis, agosto/2001), a voz profissional tem sido alvo de preocupação dos otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos e professores de canto. É importante compreendermos que são profissionais da voz aqueles cuja demanda é maior se comparados com outros e o comportamento vocal exigido necessita especificidades que devem ser conhecidas, avaliadas e orientadas pelos profissionais da saúde. É necessário, portanto, que se entenda a avaliação do profissional da voz como um procedimento que vai além da prática clínica rotineira, não se restringindo aos instrumentos e análises aplicados ao paciente disfônico. Dependendo da voz como instrumento de trabalho, esses profissionais necessitam do nosso olhar diferenciado dos demais pacientes. Equipe Multidisciplinar Avaliar o profissional da voz não é apenas avaliar as características da disfonia apresentada, mas o desempenho do comportamento vocal não profissional e profissional, e este último no que tange estilo e performance. Neste sentido é necessária a participação de uma equipe interprofissional e integrada, especializada e conhecedora das especificidades vocais do profissional em questão. O otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, compondo a equipe de base nos casos de disfonia em voz profissional, têm seus laudos e condutas complementados por outros parceiros dependendo do profissional da voz em questão. Os pareceres dos diretores de cena, professores de canto e de interpretação, preparadores vocais e/ou maestros são imprescindíveis quando avaliamos um profissional da voz artística (locutor, ator, cantor e, entre esses últimos, principalmente em se tratando do canto clássico). No telemarketing, a pressão ambiental negativa, as exigências constantes da gestão administrativa, o cumprimento de metas e as condições ambientais adversas configuram situações que exigem nossa atuação conjunta com psicólogos, ergonomistas, engenheiros, gerentes e médicos do trabalho, nos auxiliando na compreensão dos fatores de risco relacionados à voz. Avaliação Otorrinolaringológica Cabe ao otorrinolaringologista a avaliação do órgão de trabalho do profissional da voz, a laringe, e suas estruturas vizinhas que possam estar comprometendo, de alguma forma, o desempenho vocal. Problemas como processos alérgicos, pulmonares, gástricos, medicações que desidratam a laringe e o muco ou impedem o turnover celular (anti-hipertensivos, quimioterápicos, diuréticos) devem ser inquiridos e avaliados. O exame otorrinolaringológico completo e a video-laringoscopia, de preferência com estroboscopia, devem ser meticulosamente realizados e, se possível, registrados em arquivo, com especial atenção ao estado de hidratação do paciente, pois muco espesso e desidratação de mucosa podem mascarar alterações estruturais da mucosa de cobertura. Deve ser feita a entrega do exame gravado ao paciente e todo diagnóstico deve ser bem explicado sem, porém, definir aptidão ao trabalho (parecer que cabe ao médico do trabalho). A orientação terapêutica em casos de disfonia e a definição do melhor tratamento médico são de competência do otorrinolaringologista (lei promulgada pelo CFM). Avaliação Fonoaudiológica O fonoaudiólogo é responsável pela avaliação dos aspectos fonoaudiológicos envolvidos na comunicação oral do profissional da voz, principalmente focando na eficiência dos órgãos fonatórios e o resultado dessa função, a voz. Não está limitado à avaliação da qualidade vocal, mas é de sua responsabilidade o diagnóstico diferencial do comportamento vocal (segundo a lei 6965/81). Lembramos que a atuação não se restringe ao atendimento ao indivíduo com alterações vocais, já que a prática da Fonoaudiologia junto ao profissional da voz vai além da disfonia, abraçando todos os aspectos da comunicação oral envolvidos na profissão. Para o melhor diagnóstico e emissão de um laudo eficiente, portanto, os procedimentos devem contemplar uma ampla anamnese, análise perceptivo-auditiva da qualidade vocal, parâmetros e medidas fonatórias, relação corpo-voz e postura corporal, relação da qualidade de vida e voz, análise acústica computadorizada da voz e da psicodinâmica vocal, sempre compreendendo a relação desses aspectos com a situação de trabalho, uso vocal específico da profissão e, quando presente, relação com a alteração vocal instalada. Simulados da voz profissional e avaliação in loco são procedimentos essenciais que, agregados aos anteriores, nos dão a compreensão da dinâmica vocal desses profissionais.

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O fonoaudiólogo está habilitado a realizar o diagnóstico da voz, traçando o perfil, competência e eficiência da qualidade vocal ocupacional, delimitando as necessidades de reabilitação do paciente. RESPEITANDO-SE A CONDUTA PARTICULAR DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO ATENDIMENTO AO PACIENTE PROFISSIONAL DA VOZ, O MAIS IMPORTANTE É ENTENDERMOS QUE TODAS AS AVALIAÇÕES SE INTEGRAM. É NECESSÁRIO AINDA UM RELACIONAMENTO INTERPROFISSIONAL ESTREITO, NO QUAL OS LIMITES, DEVERES, ATITUDES E OBRIGAÇÕES FIQUEM CLAROS, SEM ESQUECER JAMAIS DO BEM-ESTAR DO PACIENTE. 1 Fonoaudióloga especialista em Voz e em Motricidade Oral, mestranda em Lingüistica/ PUC-SP, Membro da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2 Professor doutor pela disciplina de Otorrinolaringologia da UNIFESP-EPM.

ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO TELEMARKETING A área de telemarketing é bastante recente no Brasil, tendo seu início nos anos 50. A globalização e o ritmo acelerado dos negócios têm exigido cada vez mais soluções que propiciem dinamismo, custos menores e maior produtividade. Com a evolução tecnológica as empresas criaram mecanismos para se adaptar ao novo mercado disponibilizando serviços. Denis Maestrello

Neste contexto, o operador de telemarketing é o profissional que estabelece, por meio do telefone e via Internet, o contato entre empresa e cliente. Sua função é contatar o cliente com qualidade e eficiência, garantindo uma imagem positiva da empresa e do produto. A comunicação eficiente é fundamental neste processo. O fonoaudiólogo atua em Call Centers (centrais de atendimento) desenvolvendo competências comunicativas e promovendo saúde vocal e auditiva prevenindo, assim, possíveis alterações nessas funções. O trabalho fonoaudiológico tem a preocupação de conhecer estes profissionais da voz falada, seu contexto de trabalho, sua demanda vocal e auditiva, atuando de acordo com a realidade e necessidades, tanto dos funcionários quanto da empresa. A elaboração e desenvolvimento do trabalho do fonoaudiólogo em Call Centers é bastante abrangente, com participação nos processos de seleção, treinamento, monitoria e acompanhamento, envolvendo a colaboração e coleta de dados de diversos setores da empresa. Dessa forma, a assessoria fonoaudiológica no telemarketing é mais um passo na ocupação de um outro campo de trabalho para o fonoaudiólogo além do atendimento aos profissionais que apresentam alterações, já sedimentado atualmente. Comitê Nacional de Fonoaudiologia e Telemarketing da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia/ SBFa

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Dia Nacional da Voz Dia Nacional da Voz - 16 de Abril A Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz e a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia promovem mais CIONAL D um DIA NA NACIONAL DA VO ABR 2002 002. Com o slogan: “V “VO VID A V OZ , que acontecerá em 16 DE AB R I L DE 2 002 OZ É VI DA” , essas ROF entidades realizarão por todo o País, neste dia, palestras e outras atividades onde será abordada a VOZ P PROF ROFII SSIONAL SSIONAL. A Voz como instrumento de trabalho ROF SSIONAL, mesmo porque é de conhecimento que 40% da população Essa edição abordará a VOZ P PROF ROFII SSIONAL ROF ativa utiliza a voz como instrumento de trabalho. A VOZ P PROF ROFII SSIONAL abrange todas as pessoas que dependem desse instrumento em seu ambiente de trabalho. Em especial, são considerados profissionais da voz os professores, leiloeiros, cantores, atores, vendedores, ambulantes, advogados, telefonistas, recepcionistas, políticos, líderes religiosos, jornalistas, entre outros. Embora essas sejam algumas das categorias que mais problemas apresentam, não podemos nos esquecer que a VOZ é um instrumento importantíssimo na vida de todos. Portanto, deve ser observada com mais cuidado. Os profissionais da voz necessitam de informação, educação e treinamento vocal, além de exames periódicos para manter seu instrumento de trabalho sempre saudável. Em uma pesquisa recentemente apresentada, soube-se que, por exemplo, somente no Estado de São Paulo atuam 220 mil professores. Destes, 60% apresentam ou já apresentaram algum problema vocal e 67,2% nunca receberam orientação sobre como utilizar a sua voz. As queixas apresentadas pelos profissionais servem de alerta para problemas vocais futuros ou já instalados. Destacam-se a rouquidão, perda da voz, voz fina, voz grossa, voz fraca, voz forte, falta de ar, fadiga ao falar, garganta seca, dor, ardor, pigarro, desconforto ao engolir e tosse. Outros fatores correlacionados são a dor de cabeça, dor nas costas, dores na articulação têmporo-mandibular, rinite alérgica, asma, bronquite, sinusite, sintomas gástricos e auditivos. Deve-se atentar para o fato de que o uso inadequado e intenso da voz pode resultar em cansaço, irritação, coceira, tosse e pigarro devido ao atrito entre as duas pregas vocais, lembrando que os distúrbios vocais podem ser determinados e/ou aumentados pela intensidade e modo do uso vocal. Por isso há necessidade de orientação adequada aos profissionais que utilizam a voz como o seu principal instrumento de trabalho. São considerados riscos ocupacionais os agentes químicos, biológicos, ergonômicos, físicos e acidentes. Um dos principais sintomas das alterações ocupacionais da voz é a disfonia. As enfermidades vocais têm grande impacto social, emocional, profissional e econômico. Estima-se que representem um prejuízo de mais de 100 milhões de reais ao ano com licenças, afastamentos e readaptações por disfonia. Sabese também que o emprego de pequena parte desta quantia em medidas educativas, preventivas e curativas reduziria estes valores de modo significativo.

Evento de Abertura: “Nós da Voz” O evento será um congraçamento entre profissionais da voz e da área da saúde. As mais representativas vertentes das profissões que se utilizam da voz serão representadas no palco do teatro São Pedro no dia 15 de abril próximo: cantores de música popular, cantores eruditos, vocalistas, locutores de publicidade, narradores e comentaristas esportivos, apresentadores de programas de rádio e TV, cantores e cantoras de jingles, dubladores, grupos vocais, vozes caricatas entre outras. O espetáculo, devido à sua diversidade artística, promete marcar fundo o objetivo da campanha, esperando sensibilizar a mídia, que também congrega um volumoso elenco de profissionais da voz.

“NÓS DA VOZ” - Descubra quem somos e um pouquinho da nossa história! Teatro São Pedro - 15/04/2002 às 21:00hs Reservas com Suellen: 5052-9515 RS 20,00 para não-sócios RS 15,00 para sócios RS 10,00 para sócios estudantes

INFORMAÇÕES GERAIS: Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz - Fones: (11)5052.9515 / (11)5052.2370 INFORMAÇÕES À IMPRENSA: Ardek Comunicações - Terezinha Pereira - Fones: (11)5634.1016 / (11)9605.6383. E-mail: [email protected]

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2º Consenso Nacional sobre Voz Profissional Será realizada nos dias 10 e 11 de maio de 2002 a 2ª Reunião Pró-Consenso de Voz Profissional, na cidade do Rio de Janeiro. O evento acontecerá no auditório no Centro Empresarial Rio, na Praia de Botafogo, 228. As inscrições podem ser feitas na SBLV. Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz - SBLV Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia - SBORL Câmara Técnica de Otorrinolaringologia do CREMERJ GRUPOS DE TRABALHO GR U PO 1 - Listar atribuições, competências, limitações e restrições das diversas e respectivas profissões envolvidas na avaliação, GRU tratamento, cuidado, treinamento, capacitação e aperfeiçoamento dos indivíduos que utilizam a Voz Profissional. Entidades envolvidas: SBOR L, SB MT -ANAMT P M, S OB ES e AB ERG O. SBORL, SBLLV, SB SBFFa., ABC, AB ABMT MT-ANAMT -ANAMT,, SB SBP SOB OBES ABERG ERGO. Dr. Marcos Sarvat (coord.) - [email protected] - (21) 2537-3115 GR U PO 2 - Principais necessidades dos profissionais da voz, diferenciando voz falada e cantada. GRU Entidades envolvidas: SBOR L, SB SBORL, SBLLV, SB SBFFa. e ABC. Dr. Paulo Pontes (coord.) - [email protected] - (11) 5549-2188 ou 5549-2093 GR U PO 3 - Listar os conceitos e evidências científicas reconhecidas na área de voz falada e cantada. GRU Entidades envolvidas: SBOR L, SB SBORL, SBLLV, SB SBFFa. e ABC. Nédio Steffen (coord.) - [email protected] - (51) 3339-5255 e 3226-2235 GR U PO 4 - Listar as condições clínicas ou enfermidades que predispõem à disfonia. GRU Entidades envolvidas: SBOR L, SB SBORL, SBLLV e SB SBFFa.. Dr. Domingos Tsuji (coord.) - [email protected] - (11) 251-5504 GR U PO 5 - Listar riscos ambientais e condições em postos de trabalho e sugerir questionários para levantamento sobre saúde GRU vocal, identificando também a implicação nociva de determinados hábitos pessoais e condições extra-ocupacionais. OB ES, AB ERG O e Assessoria Jurídica. MT -ANAMT P M, S Entidades envolvidas: SBOR L, SB OBES, ABERG ERGO ABMT MT-ANAMT -ANAMT,, SB SBP SOB SBORL, SBLLV, SB SBFFa., ABC, AB Dr. Henrique Olival Costa (coord.) - [email protected] - (11) 3032-7630 GR U PO 6 - Solicitar às entidades públicas e às representativas de empregadores e de empregados usuários de Voz Profissional GRU que listem os problemas decorrentes, para as partes, da incapacidade ou afastamento por disfonia. OB ES. MT -ANAMT PM e S Entidades envolvidas: SBOR L, SB OBES. ABMT MT-ANAMT -ANAMT,, SB SBP SOB SBORL, SBLLV, SB SBFFa., ABC, AB Dr. Marcos Nemetz (coord.) - [email protected] - (47) 326-3790 e 326-0417 GR U PO 7 - Elaborar, de acordo com sua competência, Protocolos de Atendimento aos indivíduos que se utilizam da Voz GRU Profissional, de modo a compor normas técnicas para essas áreas. Entidades envolvidas: SBOR L, SB SBORL, SBLLV, SB SBFFa. e ABC. Dr. Milton Nakao (coord.) - [email protected] ou [email protected] - (67) 783-4855 e 782-9378 GR U PO 8 - Elaborar o conteúdo mínimo dos respectivos Laudos e Relatórios para fins médico-legais, de modo a sugerir, GRU ouvidas ABMT-ANAMT e SBPM, a elaboração das normas técnicas para essas áreas (associado ao 5). Entidades envolvidas: SBOR L, SB MT -ANAMT P M e AB ERG O. SBORL, SBLLV, SB SBFFa., ABC, AB ABMT MT-ANAMT -ANAMT,, SB SBP ABERG ERGO. Dr. Casimiro J. Vilela Filho (coord.) - [email protected] (21) 2423-1284 GR U PO 9 - Elaborar o conteúdo mínimo dos respectivos laudos e relatórios para fins médico-legais, de modo a sugerir, GRU ouvidas ABMT-ANAMT e SBPM, a Elaboração das Normas Técnicas para essas áreas; Entidades envolvidas: SBOR L, SB MT -ANAMT P M e AB ERG O. SBORL, SBLLV, SB SBFFa., ABC, AB ABMT MT-ANAMT -ANAMT,, SB SBP ABERG ERGO. Dr. Osíris Camponês do Brasil (coord.) - [email protected] - (11) 3032-7630 GR U PO 1 0 - Elaborar, de forma articulada e conjunta, propostas de mudanças legislativas no âmbito da União, dos Estados e/ GRU 10 ou dos Municípios. Entidades envolvidas: SBOR L, SB MT -ANAMT P M, AB ERG O e Assessoria Jurídica. SBORL, SBLLV, SB SBFFa., ABC, AB ABMT MT-ANAMT -ANAMT,, SB SBP ABERG ERGO Dr. José Antônio Pinto (coord.) - [email protected] - (11) 5573-1970

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Programa Científico AQUECIMENTO VOCAL

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J. Gomes

Foram abordadas, na edição anterior, a importância do aquecimento e considerações gerais sobre o canto. A título de ilustração, vou descrever os exercícios mais comuns de um aquecimento vocal, que eu aplico, como professora de canto. Existem vários exercícios que visam aquecer toda a musculatura que envolve a fonação para a voz cantada, considerando o corpo todo. Porém, o tempo para realizá-los, dentro de uma aula ou antes de uma apresentação, é curto. Por isso, separei um pouco de cada grupo de exercícios para que o aquecimento fique completo sem que ocupe um tempo muito longo ou se torne cansativo. Antes de iniciar o aquecimento, peço ao aluno que se espreguice e boceje. Depois, solicito que ele se concentre para que possa encontrar o que eu denomino “o próprio eixo”, assumindo uma postura ereta, porém com a musculatura relaxada. Nesse estágio, ainda inicial, buscamos atingir o que denomino “ponto nulo”, ou seja, o desvinculo total com o ambiente externo ou outras preocupações. Continuamos o aquecimento alongando a musculatura do corpo todo. É importante o professor de canto realizar o exercício juntamente com o aluno, no primeiro momento, dando as coordenadas e, logo em seguida, apenas observá-lo, fazendo as correções necessárias. O aluno também deve ser informado quanto à maneira correta de executar os exercícios e quanto ao objetivo de cada um. É sempre bom lembrar do foco do alongamento e do foco do exercício para que se trace um relaxamento paralelo em outras partes do corpo, que não sejam as do foco do trabalho. Devemos observar a postura global, o relaxamento dos joelhos e a respiração durante os exercícios. Para o alongamento do pescoço usamos os tradicionais “ Sim / Não / Talvez - Meia lua” com atenção no eixo da coluna cervical e no relaxamento dos ombros, para que não haja uma “briga” muscular atrapalhando o exercício. Concluímos esta etapa com a rotação completa para a direita e para a esquerda. Nos ombros fazemos, primeiramente, exercício de contração / relaxamento, para depois exercitarmos rotação para a direita e para a esquerda. A rotação dos quadris em torno do eixo da coluna nas duas direções mencionadas acima contribuem para o relaxamento da cintura pélvica. Finalizamos a parte de corpo soltando todas as articulações com o famoso “ balancinho”. Iniciamos o aquecimento respiratório com um sopro prolongado para não sobrecarregar a inspiração. Em seguida, vários sopros curtos para aumentar a resistência respiratória, chamando a atenção para a dosagem de ar que entra e em quais momentos. Este é um controle totalmente individual e não deve causar cansaço nem tontura quando o exercício é realizado corretamente. É necessário variar o andamento deste exercício para treinar o controle de entrada e saída de ar. Se o aluno relatar cansaço ou tontura, deve soltar o sopro prolongado várias vezes, espreguiçar e bocejar, de acordo com a necessidade. Exercícios de apoio são excelentes para o aquecimento pois serão utilizados na sustentação de frases curtas ou longas. O “SSS” prolongado sem variar a emissão é um bom exercício. Lembrar, aqui, do relaxamento paralelo durante a execução para obter um domínio de expiração melhor. Este exercício, quando realizado corretamente, dá segurança ao aluno quanto à sua capacidade respiratória e domínio de expiração. Esta segurança permite que o aluno cante frases longas sem que falte ar. O aquecimento agora abrange os músculos articulatórios e os músculos extrínsecos da laringe.

Para aquecer a musculatura da face, começamos com caretas e automassagem, alongando a musculatura. Ao abrir várias vezes a mandíbula,dentro do limite de abertura, alongamos o masseter, o que dá mais flexibilidade e velocidade na articulação. Exercícios de língua são importantes para melhorar a velocidade no posicionamento das vogais, para o abaixamento da laringe e para o aquecimento da musculatura responsável pela movimentação, no eixo vertical, da laringe, o que melhora a flexibilidade para a emissão de graves e agudos. Os lábios fazem o último molde do som da voz. Portanto, devem ser aquecidos para que o som não fique prejudicado em sua porção final. Outra função dos lábios, principalmente dos superiores, é sustentar a emissão, uma vez que o ponto de apoio da ressonância equilibrada é a parte anterior do palato. Com o corpo e os músculos aquecidos podemos nos dirigir ao aquecimento específico da voz. Começamos com a emissão de uma nota confortável, dentro do registro médio, que o próprio aluno escolhe. A mastigação com sonorização, nesta nota confortável, mantém a ressonância alcançada, se realizada sem variação. Em seguida, realiza-se a vibração de língua usando o apoio, relaxando e direcionando o som. Com o som estável, pode-se variar para o agudo e para o grave, sem se preocupar com altura da nota ou atingir o limite da tessitura de cada um. Aqui, deve-se tomar cuidado para não perder a postura da coluna cervical. Devemos equilibrar o volume, tomando consciência e relaxando as possíveis tensões. Usar o bocejo como referência, sem perder o direcionamento do som é uma boa dica. Agora iniciamos o aquecimento vocal através dos vocalises. Os exercícios e o tempo necessário para realizá-los podem variar dependendo muito do estilo e do que este estilo exige do cantor. Portanto, não convém citar vocalises aqui, se não sabemos para qual estilo e para quem direcionar. São muitos e variados e o ideal é que se aprenda com o monitoramento do professor de canto, para que o aluno conquiste o domínio das variações vocais, associado ao relaxamento, à respiração adequada, à articulação e à ressonância, com velocidade e precisão. Tudo isso sem esforço, o que leva a uma melhor qualidade e projeção da voz. O ponto de vista do cantor deve ser de cima e por trás. Estaremos abordando o desaquecimento vocal, numa edição futura, visto que os temas propostos, “aquecimento e desaquecimento vocal”, envolvem tantas considerações importantes e sutis que fazem muita diferença no resultado final. Portanto, devemos reconhecê-las para que possamos aplicar de maneira prática e segura.

Maria Alvim Professora de canto

PÁGINA RESERVADA PARA ANÚNCIO

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE LARINGOLOGIA E VOZ Av. Indianópolis, 740 • Moema 04062-001 • São Paulo • SP Telefax: (11) 5052-2370 / 5052-9515 E-mail: [email protected]

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