VIOLÊNCIA E AGRESSIVIDADE NA JUVENTUDE Claire Vanessa da Silva Poleci de Freitas Prof. Davi Miranda Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Geografia / licenciatura (GED 0611) – Sociologia geral e da Educação 08/05/09 RESUMO Este trabalho objetiva citar a impressão generalizada do aumento de comportamentos violentos e do seu impacto na vida das comunidades como conseqüência a imagem de uma juventude violenta e agressiva. Podemos com isso, demonstrar as possíveis causas e chegar à conclusão que os jovens agridem, por serem agredidos, por uma nítida desigualdade social. Palavras-chave: Juventude; violência; sociedade. 1 INTRODUÇÃO A agressividade é própria da natureza animal, incluída a espécie humana. Denota o nosso espírito de sobrevivência. Frente a determinadas circunstâncias, cada um é agressivo a seu modo: ironia, humor, astúcia desprezo, presunção etc. Violência é quando se rompe a barreira da autoridade e a força física se impõe sobre o mais frágil ou indefeso e como reação ao agressor. A violência é a mais primária forma de manifestação da agressão. E a crescente onda de agressividade e violência envolvendo crianças e adolescentes, principalmente nos grandes centros urbanos, de certo, tem suas causas. Se violência é uma reação, com certeza irão reagir. 2 VIOLENCIA NA JUVENTUDE A sociedade está marcada pela corrupção, desrespeito à dignidade humana e toda forma de desrespeito à dignidade humana é uma violência e não apenas os crimes que deixam corpos ou feridos. Dignidade é o mínimo de respeitabilidade que um ser humano merece receber do Estado e da população em geral. Todos os cidadãos são iguais, e os jovens marginais são na verdade jovens que não aceitam desigualdade, eles não querem nada mais do que seus verdadeiros direitos. Todo ser humano tem a necessidade de se sentir amado, protegido, principalmente quando criança por não compreender o mundo que o cerca. É na primeira sociedade familiar que encontra suporte para um crescimento emocional sadio, sendo a família uma peça fundamental.
2 Uma família desestruturada poderá gerar adultos problemáticos para enfrentar a complexidade da violência social sendo facilmente levados ao abuso do álcool, drogas, facilitando o ingresso no mundo do crime. E como a violência é burra e não exige educação, está ao alcance de qualquer um. Programas de televisão banalizando a violência, ridicularizando heróis, filmes e desenhos direcionados a crianças e adolescentes instigando o desrespeito e a violência. A família não consegue filtrar as influências e valores negativos diante ao vendaval de informações a que as crianças e jovens são submetidas principalmente pela internet. O avanço tecnológico, que permite o acesso a informações e notícias de forma instantânea, provocou mudanças na família, e os pais, devido à agressividade dos filhos, não conseguem lhes impor limites. Talvez os meios de comunicação em geral não sejam tão responsáveis pelo aumento da violência e criminalidade nos jovens, mas a forma como são apresentados, os atos violentos, parecem valorizados. Isso necessariamente não tornaria as crianças e adolescentes mais violentos, mas contribuem para excitá-las, difundindo alguns dos tipos de violência. Segundo Paulini (2007, p.68), “Há uma educação não intencional, que jamais cessa. Pelo nosso exemplo, pelas palavras que pronunciamos, pelos atos que praticamos – influímos de maneira continua sobre a alma de nossos filhos.” Portanto, quase nunca entendemos como é violenta a ação que atinge o outro, exceto quando nós somos as vítimas. 3 CONCLUSÃO Concluí-se dessa forma que, a violência gera mais violência e que ela é produto de um quadro de injustiças sócias, desigualdade econômica, exclusão e falta de oportunidades que atinge a maioria da população refletindo principalmente no jovem por ser na adolescência a fase que ocorre a formação da identidade. Fase que deveria ser aproveitada para educar valorizando as diferenças humanas e valores éticos, paz, respeito e solidariedade. Somente pela educação, combatendo a ignorância e oportunizando novas perspectivas de vida em sociedade, onde o jovem se torne protagonista e agente de transformação social, num esforço conjunto família, escola, igreja e sociedade talvez se poderá mudar a sociedade e fazer reinar a justiça social. 4 REFERÊNCIAS SILVA, E; PAULINI, I. R. Sociologia geral da educação. Indaial: Asselvi, 2007.