Usc 2008

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USC, 55 ANOS Quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

Inovação em ensino universidade celebra a qualidade de seus cursos, o apoio à comunidade e o sucesso de seus alunos no mercado de trabalho

valéria e a filha Gabriela na entrada da universidade: conhecimento passa por gerações

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Divulgação

Início

Uma história construída com o coração Pioneira no interior paulista, USC nasceu com o pensamento de ser grande William Douglas Agência BOM DIA

No dia 20 de outubro de 1953, o presidente Getúlio Vargas e o ministro da Educação Antônio Balbino assinaram o decreto 34.291, que autorizava o funcionamento dos cursos de geografia e história, letras neolatinas e pedagogia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, em Bauru. Assim, nascia a Fafil, primeira instituição a agregar estas disciplinas no interior do Estado de São Paulo. Mas o decreto consolidava um trabalho iniciado três décadas antes, em 1921, quando foi fundado o Externato

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São José, por iniciativa do padre Francisco Van der Mass. Para dar continuidade ao trabalho do padre, um grupo de educadoras religiosas, as apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, chegam à cidade em 1926 para dirigir o colégio e trabalhar na catequização e assistência social. Em 1940, o Externato alcança mais uma conquista: a abertura do curso ginasial, possibilitando que os alunos dessem continuidade aos estudos. Onze anos depois, o colégio São José passa a oferecer o curso científico para os alunos que desejavam aprofundar seus estudos na área de exatas, e o clássico, para os

Fachada do primeiro prédio da Fafil – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus

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Início Divulgação

No dia 6 de junho de 1986, o então Ministro da Educação Jorge Bornhausen (à dir.) e o senador Fernando Henrique Cardoso vêm a Bauru para oficializar a criação da universidade Juliana Lobato/Agência BOM DIA

Atual fachada da USC: Cristo é cartão-postal da universidade

estudantes que se dirigiam ao estudo das ciências humanas. Era o embrião da Fafil que começava a tomar forma. Tanto que, em agosto de 1951, as apóstolas encaminharam ao Rio de Janeiro (então Capital do país) a documentação solicitando a abertura de uma Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em Bauru. Foram dois anos de expectativa e de trabalho árduo, principalmente de irmã Arminda Sbrissia. Depois de passar uma temporada na Itália, em 1952, ela retornou ao Brasil e ficou responsável pela intermediação entre Bauru e os órgãos governamentais que autorizaram o funcionamento da faculdade. Irmã Arminda tornou-se a primeira diretora da Fafil, que foi aberta oficialmente no dia 7 de março de 1954, no mesmo prédio que o colégio São José. Expansão Com a credibilidade conquistada junto à população de Bauru e de todo o Estado (já que era comum virem alunas de outras cidades que se insta-

os primeiros Em seu primeiro ano, a Fafil tinha 67 alunos: 22 cursavam letras neolatinas, 26, pedagogia e 19, história e geografia.

lavam no Lar Universitário Nossa Senhora de Fátima), a Fafil lança, em 1966, a pedra fundamental para a construção de um novo prédio. O local escolhido foi em um terreno na rua Irmã Arminda, à época considerado distante do centro da cidade. O nome da rua homenageava a primeira diretora da faculdade, falecida em 1965. Outros passos importantes foram dados ainda na década de 60, como a implantação dos cursos de ciências e psicologia, em 1969. Também foi neste ano que a construção dos dois primeiros prédios no novo endereço começou. O mesmo ano marcou a entrada de José Carlos Rodrigues Rocha no curso de geografia, um aluno que iniciava uma relação intensa

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BOM DIA Luís Cardoso/Agência BOM DIA

Início

José Carlos Rodrigues Rocha: de aluno a professor

com a faculdade. Em 1970, as aulas já começaram a ser ministradas no novo prédio. E mais novidades: eram abertos os cursos de estudos sociais, matemática e ciências biológicas. A expansão continuou em 1975, com a abertura da faculdade de enfermagem e música, incluindo novos cursos. No mesmo ano, foi iniciado um processo para unificação das faculdades. Professor Lembra do José Carlos, aluno de geografia? Então, em 1976, ele se torna professor no curso da faculdade. “Quando entrei na faculdade, imaginava que seria professor de ensino fundamental ou médio. Foi uma grata surpresa conseguir uma vaga como professor na faculdade”, conta. José Carlos viu de perto o processo de unificação das faculdades ser concluído em 1980, quando o complexo passou a se chamar Fasc (Faculdades do Sagrado Coração). Mas a expansão continuava. Três anos mais tarde, a direção entrou com o pedido para que a faculdade se tornasse universidade. Após muita luta

e paciência, no dia 29 de abril de 1986, o então Ministro da Educação Jorge Bornhausen assina a portaria 294/86, criando a USC (Universidade do Sagrado Coração). No dia 6 de junho daquele ano, Bornhausen e o então senador Fernando Henrique Cardoso vêm a Bauru. Nesta visita, eles oficializam a criação da universidade, que “nascia” com 2,6 mil alunos, 18 cursos, quatro habilitações, 99 professores e 110 funcionários. Seqüência Daí em diante, a história é marcada pela constante expansão, abertura de novos cursos e uma relação de confiança cada vez maior com a população bauruense. Para José Carlos, que vivenciou este processo tão de perto e, hoje, é o coordenador do curso de geografia, o segredo do sucesso da USC é simples. “A direção sempre se preocupou com a expansão, mas sem nunca deixar de lado a qualidade do material humano. Mais do que formar profissionais, a USC sempre se preocupou com a formação geral de cidadãos”, conclui.

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Prática

Crescendo

juntos Atendimento à comunidade contribui para o aprendizado de alunos Aproximadamente 120 pessoas são atendidas todos os dias na Clínica de Educação para a Saúde da USC. A idéia de abrir um espaço para atender a comunidade surgiu em 1980 – inicialmente, o projeto visava atender quem morava nas imediações da universidade. Três anos depois, um convênio foi assinado com a Secretaria Municipal de Saúde de Bauru. Um quarto de século depois, a relação fica mais forte a cada dia. A enfermeira Leila Maria Vieira, diretora do centro de ciências da saúde da USC, conta orgulhosa que a gama de serviços prestados não pára de crescer. “Não se trata apenas atendimento médico e de laboratório: temos psicólogos, nutricionistas, enfermei-

O pequeno Davi é atendido pela enfermeira Leila na Clínica de Educação para a Saúde e observado pela mãe Samanta

ros, fisioterapeutas, dentistas, farmacêuticos e até terapeutas ocupacionais que auxiliam a população”, assinala. Para Leila, o nome da clínica resume a filosofia de trabalho. “É lógico que primeiro pensamos em curar, porque as pessoas chegam aqui com problemas de saúde. Mas a nossa preocupação também é educar e mudar alguns hábitos que as ajudarão a ter uma vida mais saudável”, explica. É preocupada em mudar

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Na sala de fisioterapia, criança passa por atendimento com a equipe de profissionais

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BOM DIA Fotos: Divulgação

Na clínica de psicologia, crianças também se divertem durante a sessão terapêutica

hábitos e em dar uma vida mais saudável para o pequeno Davi, de 3 meses, que Samanta Cristina Endrigo, 18 anos, decidiu levar o filho para ser atendido pelos pediatras da universidade. Entre os principais motivos da escolha, ela destaca a adoção da homeopatia, que ajuda a prevenir doenças e tem menos efeitos colaterais, a gratuidade do atendimento, já que toda a cobertura é paga pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e a qualidade dos serviços prestados. “O pessoal aqui é extremamente educado: eles são atenciosos e sempre me atendem muito bem. Mesmo antes de o Davi nascer, eu já tinha feito al-

guns exames aqui e sempre gostei”, elogia. Troca Para a diretora, a clínica permite que os alunos tenham contato direto com a realidade que enfrentarão após a formatura. Mais do que isso, Leila destaca a importância que o trabalho tem para as pessoas atendidas. “Não existe melhora na saúde sem que as pessoas se eduquem. Essa parceria é muito gostosa porque os nossos alunos ajudam os pacientes, mas também aprendem bastante sobre coisas que mais tarde terão de aplicar no trabalho”, destaca. (WD)

Paciente da terapia ocupacional na universidade

Atendimento realizado na clínica de odontologia

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Acervo

Um oásis de conhecimento Maior biblioteca universitária da região conta com mais de 120 mil títulos, entre livros, periódicos e até DVDs Os números encantam por sua grandiosidade: mais de 3,5 mil m², 119.277 livros e trabalhos científicos, além de 4.946 peças audiovisuais. Com esse acervo, a biblioteca Cor Jesu oferece não só ao público acadêmico, mas a toda a comunidade, o acesso ao conhecimento. O espaço recebe 1,3 mil pessoas por dia, entre estudantes, pesquisadores, professores e amantes da leitura. Até mesmo o empréstimo é permitido ao público não universitário, desde que se faça um cadastro todo início de ano (são disponibilizadas aproximadamente 100 carteirinhas para não estudantes). Caso o material buscado pelo pesquisador não faça parte do acervo, o problema é facilmente resolvido, conforme explica a responsável pela biblioteca, Irmã Vânia Cristina de Oliveira. “Temos o serviço de empréstimo entre bibliotecas, que busca os livros em outras universidades.” Também há a comutação, ou seja, outras bibliotecas disponibilizam cópias de artigos ou de periódicos. “Quanto às cópias, sempre nos preocupamos com a lei de direitos autorais”, ressalta Irmã Vânia. O acervo de revistas e jornais também é ampliado

Divulgação

Ponto de encontro de estudantes, pesquisadores e amantes da leitura, a biblioteca recebe até 1,3 mil pessoas por dia

constantemente. Hoje, a USC recebe mensalmente 857 títulos, entre revistas e jornais. O acervo audiovisual e de livros também cresce constantemente. Nos últimos quatro anos, foram comprados 2.074 novos títulos – na maioria dos casos, são adquiridos mais de um exemplar.

Além disso, a universidade já recebeu outros 5.550 livros como doação. “Temos de nos manter atualizados para sempre atender bem a comunidade”, pontua Irmã Vânia. Inclusão Tantos atrativos já fariam da biblioteca Cor Jesu uma Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

das mais completas do interior do Estado. Porém, ela apresenta ainda outro grande diferencial: o NIDB (Núcleo de Informações sobre Deficiência em Bauru). A sala localizada logo na entrada da biblioteca é adaptada para atender pacientes com necessidades especiais. O computador, por exemplo, possui teclado em braile. Há duas prateleiras com livros em áudio. Há ainda uma impressora em braile, além de alguns livros nesta linguagem, lupas e um aparelho usado para ampliar as letras em uma tela de TV para facilitar a leitura. A estrutura, criada em dezembro de 2002, atende pessoas como o estudante de pedagogia Cristian Elvis Fer-

nandes, 32 anos. Ele nasceu cego e sempre se interessou em estudar programas de inclusão para deficientes. “Todas as universidades poderiam ter uma sala como essa. As pessoas não imaginam as barreiras que superamos para estudar”, diz. Como também é diabético, Cristian tem menor sensibilidade na ponta dos dedos e não consegue usar a linguagem em braile. Por isso, Ricardo Luiz Nunes, 33, estudante de filosofia da USC, trabalha como bolsista fazendo leituras e ajudando Cristian. “Fiquei um pouco surpreso quando falaram deste trabalho. Aceitei na hora e gosto do que faço. Acima de tudo, é preciso ter dedicação”, aponta. (WD)

serviços oferecidos Curso de metodologia da pesquisa científica Visitas orientadas Renovação e reserva de livros via internet Empréstimo e consulta de livros e material audiovisual Comutação bibliográfica nacional Empréstimo entre bibliotecas Apoio Fapesp Acervo em braile O estudante de pedagogia Cristian Elvis Fernandes recebe ajuda de leitura do monitor Ricardo Luiz Nunes

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em casa

História em família Filha segue os passos da mãe dentro da universidade

Valéria e Gabriela de Almeida Oliveira, mãe e filha, almoçam juntas todos os dias, mas não em casa. Elas dividem a mesma mesa no restaurante da USC, onde Valéria, 38 anos, é professora e coordenadora do curso de turismo e Gabriela, 21, estudante do curso de publicidade e propaganda. A história de Valéria na universidade começa muito antes do trabalho como professora. Em 1996, ela foi contratada para trabalhar como assistente administrativa no departamento de ciências naturais e exatas. Incentivada pelos colegas e superiores, decidiu fazer o curso de turismo. Recebeu bolsa de estudos na USC e, assim que terminou a graduação, ingressou em uma especialização. Em 2003, assumiu uma vaga como docente. No mesmo ano, começou a dividir um lugar no restaurante com a filha – Gabriela iniciou um estágio no setor de comunicação da USC e, ali, descobriu sua vocação. “Antes, eu pensava em prestar algum curso na área de saúde, mas o estágio me ajudou a mudar de idéia”, conta. Inspirada pela trajetória da mãe, Gabriela não titubeou ao escolher a própria USC para fazer o curso de publicidade e propaganda. “Eu já conhecia a estrutura e sabia que era a melhor alternativa”, conta. Para Valéria, a decisão da filha foi motivo de orgulho. “Eu não sabia qual área ela gostaria de seguir, mas fiquei muito contente quando disse que também estudaria na USC”, comemora. A professora também aponta alguns fatores que acredita terem influenciado a escolha de Gabriela. “Ela sempre teve um convívio com o pessoal da universidade. Além de confiar na qualidade, sabe que o ambiente de lá é ótimo.” Este ano, Gabriela irá con-

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Prestes a terminar o curso de publicidade e propaganda, Gabriela já planeja uma pós para o ano que vem: caminho semelhante ao da mãe

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Fotos: Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

Mãe e filha, com o Cristo da USC ao fundo, divertem-se na entrada da universidade

cluir a graduação. Mas isso não significa que ela vá se distanciar da universidade. “Já estou me preparando para a pós-graduação, que também será na USC. Minha mãe é o meu espelho. Se eu conseguir um terço das conquistas dela, serei uma pessoa realizada”, conta. Sem regalias Apesar de ser coordenadora de um curso dentro da universidade e conhecer todos os professores da filha, Valéria faz questão de destacar que Gabriela não tem qualquer regalia. “Eu mesma poderia ter dado aula para ela, mas achei melhor não”, explica. Ela também frisa que a amizade entre ela e os professores da filha só ajuda. “Isso aumenta o respeito e a responsabilidade dela. Acho que foi mais uma das coisas que pesou no momento dela escolher o curso.” (WD)

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Mídia

Canal aberto com a população Rádio Veritas e TV USC levam informação e entretenimento à população, além de integrar alunos, profissionais e bauruenses Fotos: Divulgação

Desde 2001, a rádio Veritas FM, da USC, cumpre sua função: colocar Bauru em contato com o que acontece no mundo universitário, além de informar e entreter. Para o professor Enrique Corthom, diretor de comunicação e marketing da universidade, a Veritas é uma das provas do comprometimento da universidade com a cidade. “A universidade tem de ser uma parte ativa da comunidade, e a Veritas cumpre este papel”, analisa. O professor destaca que a programação da emissora é pensada para agregar cultura, mas de uma maneira que seja cansativa. “Temos um programa chamado ‘Sem Palavras’, de música instrumental brasileira. Ele é mais um dos que levam cultura para a população de maneira agradável”, aponta. Apesar do trabalho na rádio não ser diretamente relacionado com as aulas do curso de comunicação (os alunos tem laboratórios próprios), Enrique faz questão de lembrar que a vivência com a emissora ajuda na formação dos estudantes. “Viver estes espaços é importante para os estudantes. Tudo porque, no final, universidade significa universo, o todo – o importante é ter contato com o todo, e eles vivem em contato constante com a rádio”, reforça. Na telinha Função semelhante também é desempenhada pela TV USC. Criada em 2000, a emissora também serve como meio de divulgação das atividades e dos cursos desenvolvidos pela universidade. Este ano, por exemplo, professores e alunos criaram programas para apresentar as profissões e a estrutura da USC ao público. “Todos se envolveram no trabalho”, destaca Enrique. Além dos universitários, o canal também abre espaço para a comunidade em iniciativas como o programa “Fala Jovem”, produzido por alunos do ensino médio de quatro colégios bauruenses. “Nós só filmamos. Os jovens é quem fizeram todo o programa, decidindo inclu-

No estúdio da rádio Veritas, Wellington Leite apresenta o programa “Conexão”

TV USC aproxima alunos, professores, universidade e comunidade

sive os temas. Uma TV universitária deve abrir espaços para todos, por isso, agimos dessa forma”, destaca o diretor de comunicação. Interna Nos tempos em que a internet é cada vez mais essencial, os setores de comunica-

ção e tecnologia da USC também prestam um grande serviço para os estudantes: o acesso via wirelles gratuito em todo o câmpus. Todo aluno com notebook tem acesso gratuito à rede sem fio em qualquer espaço da universidade. Para o professor Enrique, isso compro-

va que a universidade também pensa na comunicação interna. “Cada vez mais, os alunos têm acesso a notebooks. É papel da universidade ajudá-los a estar sempre conectados. A tecnologia faz parte de tudo e os estudantes não podem estar alheios a isso”, resume. (WD)

Confira OUÇA A RÁDIO VÉRITAS www.usc.br/radioveritas 102,7 FM ASSISTA À TV USC Canal 14 da NET Bauru

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Para todos

Escrevendo a história Aluna da Universidade Aberta da Terceira Idade, dona Helena coordena projeto de elaboração de livro de memórias Realizar aos 66 anos o sonho da vivência universitária. Este foi o desafio aceito por Helena de Barros Barbosa, em 1995, na Uati (Universidade Aberta da Terceira Idade), quando o projeto estava no segundo ano na USC. O primeiro curso feito por Dona Helena foi o de informática, mas ela não parou por aí. Apaixonada pela leitura, ingressou em novos cursos. “Sou uma eterna estudante. Depois do primeiro curso, fui tão bem acolhida que decidi continuar aqui”, conta. Diferente dos cursos superiores convencionais, não há formatura na Uati, pois as atividades são contínuas, como explica a coordenadora das atividades, Gislaine Aude Fantini. “Temos pessoas com todos os graus de escolaridade que vêm para os nossos cursos. O importante é manter os idosos em atividade, seja física ou intelectual”, explica. Sem a “necessidade” de se formar, dona Helena continuou como aluna até o início de 2008, quando recebeu uma proposta diferente: auxiliar na orientação de um projeto. Aos 78 anos, a ex-professora primária ajudou alguns participantes da Uati a escreverem um livro de memórias – projeto foi abraçado pela direção da universidade e por cinco alunos. O livro, que tem previsão lançamento para novembro, foi elaborado gradualmente. O grupo se reunia uma vez por semana, por duas horas, e realizava uma atividade coordenada por dona Helena. “Eu escolhia alguns textos que eram lidos por eles. Depois, eles escreviam sobre as lembranças que tiveram enquanto liam”, narra. Dona Helena fazia a correção dos textos ao lado de cada

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Há 12 anos, dona Helena dedica-se às aulas da terceira idade na USC: “eterna estudante”

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Grupo da terceira idade durante apresentação de teatro

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Ginástica é uma das atividades desenvolvidas pelo grupo no câmpus da universidade

as atividades Ginástica Hidrocinesioterapia para hipertensos Fisioterapia preventiva Coral Espanhol Inglês Alemão Computação Atualidades Apreciação musical Artesanato Oficina de memória História da arte Respirar é viver Nutrição Matemática Fitoterapia Oficina de crescimento pessoal Técnica vocal Dança Exibição de filmes

aluno e, depois, os digitava. Neste último mês, ela se dedica ao trabalho de revisão de “Momentos de Uma Vida”, nome escolhido para a

obra. “Depois que me envolvi neste projeto, penso o dia todo no livro. Às vezes, estou deitada e tenho uma idéia. Levanto e anoto”, conta.

Como funciona Não tem segredo: os alunos se matriculam e escolhem quais as atividades (leia mais acima) que que-

rem desenvolver. Independentemente da quantidade de atividades, a mensalidade é a mesma: R$ 35. Todas as quartas-feiras, é

realizada uma palestra, na qual a presença é obrigatória para todos – falando em todos, a USC conta hoje com 180 alunos na Uati. (WD)

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Novidade

Mais sabor para Bauru Curso de gastronomia pretende formar profissionais que agitem restaurantes da cidade

Mudar os hábitos e implantar uma nova cultura gastronômica em Bauru. Você acha a proposta ousada, pretenciosa até? Pois fique sabendo que ela é, na verdade, uma das metas estabelecidas pelo coordenador do curso de gastronomia da USC, Helerson Balderramas, para seus alunos. O curso, que tem duração de dois anos, foi implantado em 2005. Com o objetivo de agitar os restaurantes bauruenses, o professor cita outra inovação da universidade como exemplo. “Há alguns anos, ninguém falava em turismo em Bauru. Depois que o curso foi implantado na USC, o mercado se movimentou”, analisa. Helerson, porém, faz questão de elogiar os restaurantes que já existem na cidade. “Temos ótimos lugares, mas eles podem se tornar ainda melhores quando contarem com os nossos alunos”, garante. Para o coordenador, a receita do sucesso do curso de gastronomia é simples: o amor das pessoas por aquilo que fazem. Para ele, vários estudantes já trabalham na área ou são formados em outras especialidades e estudam gastronomia por gostar de lidar com alimentos. Estrutura Helerson também aponta a estrutura como ponto forte da gastronomia na USC. “Já tínhamos uma boa base, que eram os laboratórios do curso de nutrição. Hoje, ainda dividimos algumas coisas, mas temos o nosso espaço.” Uma das provas de que o curso garantiu seu lugar (na USC e em Bauru) é que ele está vinculado a área de turismo. “São temas afins. Afinal, a gastronomia é um grande atrativo turístico e está ligada às tradições de cada lugar”, diz. (WD)

Estudantes do curso preparam frutas para aula

Mostra No mês de novembro, a USC deve sediar a 2ª Mostra Gastronômica. O evento pretende trazer para a universidade os principais restaurantes e adegas, com o objetivo de promover uma troca de experiências com os estudantes.

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moderno

Sem medo de inovar Universidade importa o método Syllabus para melhorar o processo de ensino dos alunos Buscar inovações de ensino fora do país que possam agregar conhecimento: este é um dos passos dados pela USC, no início deste ano, com a implantação da metodologia Syllabus de ensino, utilizada principalmente no Chile. Os universitários que cursam o primeiro ano de todos os cursos já estão inseridos nesta nova forma de ensino, na qual os alunos devem sempre se antecipar aos temas das aulas. O planejamento é disponibilizado via internet, com textos-base e orientações de como serão as aulas. Em sala, sempre é realizado um “quizz”, momento em que o professor faz perguntas para confirmar se os alunos fizeram a atividade prévia. De acordo com a coordenadora de projetos didáticos

e pedagógicos da universidade, Marisa Santos, o objetivo é fazer com que as aulas se tornem mais participativas. “O aluno passa a ter mais autonomia, participa mais das discussões em aula”, esclarece. E Marisa faz questão de lembrar que o aluno não é cobrado de chegar com domínio completo sobre os temas, mas sim preparado. “As aulas vão ajudar e esclarecer as dúvidas que surgiram durante as leituras”, explica. A estudante de odontologia Danielle Gomes Duarte, 18 anos, confessa que as primeiras aulas foram um pouco diferentes do que ela esperava. Porém, hoje, já está plenamente habituada ao método. “É bom porque você já chega sabendo o tema, não fica perdido”, justifica.

A estudante de odontologia Danielle Gomes Duarte: aula começa em casa, em frente ao computador

O sistema também exige grande dedicação aos estudos em casa. “Varia de uma disciplina para outra. Em casa, costumo estudar por volta de três a quatro horas por dia”, conta. A coordenadora reconhece que o sistema exige bastante dos alunos, mas destaca o empenho como diferencial dos estudantes. “Mesmo os nossos alunos do noturno gostam

do método. Eles são muito responsáveis”, justifica. Ansiedade A metodologia também é adotada para as disciplinas “práticas”, nas quais os alunos desenvolvem trabalhos nos laboratórios. Neste caso, os estudantes recebem o planejamento de como será o andamento da aula. Danielle conta que isso

ajuda a aumentar a expectativa pelo estudo em sala. “É um estímulo a mais, porque sabemos antes da aula tudo o que teremos”, diz. A aluna também ressalta que o método incentiva os estudantes interessados a desenvolverem pesquisas. “Lendo um pouco mais, acaba despertando o interesse para se aprofundar em alguns temas”, conclui. (WD)

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doutorados Biologia oral Implantologia

mestrados Odontologia Cirurgia e traumatologia Bucomaxilofacial Implantologia, saúde coletiva Biologia Oral Biologia oral Implantologia

especializações

Alunos da pós em implantologia: diferencial da universidade

Excelência que rende reconhecimento Pós-graduação e pesquisas aumentam credibilidade da universidade Uma excelência capaz de atrair profissionais de todo o país, e até do exterior, para o interior do Estado de São Paulo. Assim são os programas de pós-graduação da USC, que tem crescido em média 15% ao ano na última década. Para o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da universidade, José Jobson de Andrade Arruda, estes dados demonstram a credibilidade da instituição. “Alguns alunos até fazem cursos menos expressivos na graduação, mas nos procuram depois, no momento em que querem algo que sirva como diferencial no mercado de trabalho”, explica. José Arruda faz questão de enfatizar que, mesmo sendo uma universidade particular, a USC conta com o reconhecimento dos principais órgãos de fomento estatais. “A Fapesp [Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo] nos trata com um cari-

nho muito grande, pois sabe da nossa qualidade”, aponta. Para o professor, os seis cursos de mestrado e os três de doutorado não deixam dúvidas que a área de odontologia é, hoje, um dos pontos mais fortes da USC. “Temos dois alunos de Portugal, um do Panamá e outro da Bolívia na pós em implantologia. Isso mostra o nosso reconhecimento.” Outra mostra da força da universidade está nos eventos organizados pela instituição em outros pontos do país – os chamados circuitos (semanas de palestras e workshops), com alunos e docentes da pós-graduação, falando sobre as áreas que pesquisam. “São entre 300 e 400 vagas, depende da cidade. Mas sempre lota, é um orgulho”, comemora o pró-reitor. Diferencial Carlos Eduardo Francisconi Júnior, 32 anos, é cirurgião-dentista formado pela

USC. Ele também fez o mestrado na universidade e, agora, cursa o doutorado. Para Carlos, a estrutura e a qualidade do corpo docente são os diferenciais da universidade. “Temos os melhores equipamentos que existem para se trabalhar. Além disso, os professores estão sempre atualizados”, garante. Ele também assegura que a faculdade não perde nada para as que estão nas Capitais. “Prova disso é que tenho colegas que saem de cidades maiores e vêm para Bauru”, ilustra. Um destes alunos é Roberto Bittencourt Sidney, 28, que faz doutorado em implantologia. Graduado em Curitiba (PR), ele aponta a constante realização de pesquisas e o interesse dos alunos como ponto forte do curso em Bauru. “Não é uma compra de diploma. As pessoas estão interessadas em desenvolver pesquisas e compartilhar conhecimentos”, considera. (WD)

Ciências da Saúde Cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial Dentística restauradora com ênfase em estética Endodontia Enfermagem obstétrica Enfermagem em centro cirúrgico Enfermagem em formação especial de professores (novo) Enfermagem em saúde do adulto hospitalizado: um enfoque em clínica médico cirurgica (novo) Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Enfermagem do trabalho Fisioterapia dermatofuncional e saúde da mulher (novo) Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Fisioterapia na saúde do adulto - ênfase em reabilitação cardíaca e doenças metabólicas crônicas (novo) Fisioterapia na saúde do adulto - ênfase em terapia manual (novo) Fonoaudiologia - área de concentração: audiologia Hidrocinesioterapia (novo) Nutrição clínica Periodontia Saúde do trabalho Saúde mental Saúde pública Saúde pública com ênfase em saúde da família Terapia ocupacional na área infantil (novo) Ciências sociais aplicadas e exatas Comunicação nas organizações Desenvolvimento de sistemas para ambiente WEB baseados em tecnologia JAVA (novo) Formação de educadores em turismo e hotelaria Gestão empresarial internacional (novo) Matemática: novas dimensões da prática educativa Novas tecnologias para a industrialização na construção civil (novo) Ciências humanas Antropologia Bioética Cultura afro-brasileira: resistências e representações (novo) Deficiência auditiva – Libras (novo) Distúrbio de leitura/escrita, dislexia e aprendizagem (novo) Educação especial inclusiva: ênfase em deficiência mental ou deficiência auditiva Educação infantil (novo) Ensino de línguas estrangeiras - espanhol e inglês (novo) Pedagogia do teatro e dança (novo) Psicologia hospitalar Psicologia jurídica Psicopedagogia

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formação profissional

Estude aqui

Confira aqui a lista de cursos oferecidos pela USC e já comece a planejar o seu futuro profissional Fotos: Divulgação

Centro de ciências exatas e sociais aplicadas Administração Arquitetura e urbanismo Biblioteconomia: ciência da informação e documentação (novo) Ciências contábeis (novo) Ciências da computação (bacharelado/licenciatura) Ciências econômicas (novo) Comunicação social - Habilitação em jornalismo Comunicação social - Habilitação em publicidade e propaganda Comunicação social - Relações públicas Engenharia da computação Engenharia de alimentos Engenharia de produção (novo) Engenharia química Matemática (licenciatura) Química (bacharelado/licenciatura) Secretariado executivo trilingüe

Centro de ciências da saúde Ciências biológicas (bacharelado/lincenciatura) Enfermagem e obstetrícia Farmácia Fisioterapia Nutrição Odontologia Terapia ocupacional

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Centro de ciências humanas Ciências sociais - sociologia/antropologia/ciências políticas (licenciatura) Educação artística - Artes cênicas (licenciatura) Filosofia (licenciatura) Geografia (bacharelado/licenciatura) História (licenciatura) Letras - Português (licenciatura) Letras - Português/Inglês (licenciatura) Letras - Português/Espanhol (licenciatura) Letras - Tradutor (bacharel) Música - Educação musical (licenciatura) Música - Instrumento (bacharelado) Música - Regência (bacharelado) Pedagogia (licenciatura) Psicologia (formação de psicólogo) Serviço social (novo)

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