Unimar Urgencia

  • November 2019
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Capítulo 2   Unidades Pré Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências  (Pronto atendimento do Hospital São Francisco de Marília) 01 – Dimensionamento e Organização Assistencial Como deve ser: Estas Unidades devem contar, no mínimo, com equipe  de saúde composta por  médico e enfermeiro nas 24 horas     para atendimento contínuo de clínica médica e clínica pediátrica. Nos casos em que a estrutura loco­regional exigir, tomandose em conta as características epidemiológicas, indicadores de saúde como morbidade e mortalidade, e características da rede assistencial, poderá ser ampliada a equipe, contemplando as áreas de clínica cirúrgica,  ortopedia e odontologia de urgência. Como ocorre : O atendimento ocorre no esquema de plantão das 8 às 24 horas, ou seja, durante 15 horas ao  contrário do que é preconizado, que seria 24 horas. Para resolver esse problema seria necessário a contratação de mais profissionais médicos  para que estes preenchessem essa janela. Os profissionais da área da saúde são: 5 Médicos 3 Enfermeiros 2 Técnicos de enfermagem 10 Auxiliares de enfermagem Os médicos seguem o seguinte esquema de horário: 8 – 12    :   2 Médicos – 1 Clínico/ 1 Pediatra 12 – 16 :   1 Médico   ­ 1 Pediatra  16 – 18 :  1 Médico   ­ 1 Pediatra Clínico e com função de Clinico Geral 18 – 24 : 1 Médico    ­ 1 Pediatra Cirúrgico e com função de Clínico Geral 

Fica evidente a falta de Médico Clínico Geral nos três últimos rodízios, o que obriga que os  pediatras acumulem funções de pediatra e clínico, sendo que no segundo rodízio não existe  atendimento em clínica médica, somente em pediatria. Para solucionar esse problema seria necessária a contratação de mais 3 médicos que  atuariam como clínicos gerais e mais 4 médicos que estariam atendendo das 24 às 4 e das 4  às 8 da manhã, completando as 24 horas de atendimento.

02 - Recursos Humanos Como deve ser : As Unidades Não­Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências deverão contar, obrigatoriamente, com os seguintes profissionais:  coordenador ou gerente, médico clínico geral, médico pediatra, enfermeiro,  técnico/auxiliar de enfermagem, técnico de radiologia, auxiliar de serviços gerais, auxiliar  administrativo e, quando houver laboratório na unidade, também deverão contar com  bioquímico, técnico de laboratório e auxiliar de laboratório.

Como ocorre:  Existem todos os profissionais obrigatórios para as Unidades Não Hospitalares. Sendo que uma vez que o serviço de Radiologia e Laboratório Clínico é terceirizado, os profissionais radiologista, bioquímico, técnico de laboratório e auxiliar de laboratório também o são. Somente deve ser solucionado o problema com o número de médicos explicitado acima.

03 – Área Física Como deve ser : A área física deve ser estruturada de acordo com o tamanho e complexidade da unidade, conforme legenda a seguir: Opcional * Desejável ** Obrigatório *** São consideradas as seguintes áreas físicas para a adequada estruturação das Unidades Não-Hospitalares de Atendimento de Urgência: A - Bloco de Pronto Atendimento: • Sala de recepção e espera (com sanitários para usuários) • Sala de arquivo de prontuário médico *** • Sala de triagem classifi catória de risco *** • Consultórios médicos *** • Consultório odontológico * • Sala para assistente social * • Sala para atendimento psicológico * B - Bloco de Apoio Diagnóstico • Sala para radiologia *** (no local, exceto quando houver hierarquia entre as unidades 24 horas não-hospitalares de atendimento de urgência de diferentes portes em uma determinada localidade e desde que haja garantia de acesso e transporte, dentro de intervalo de tempo tecnicamente aceitável, de acordo com parâmetros construídos pelas equipes loco-regionais). • Laboratório de Patologia Clínica ***

(no local ou com acesso garantido aos exames, dentro de um intervalo de tempo tecnicamente aceitável, de acordo com parâmetros construídos pelas equipes loco-regionais). • Sala de coleta * (quando o laboratório for acessível, isto é, fora da unidade). C - Bloco de Procedimentos: • Sala para suturas *** • Sala de curativos contaminados *** • Sala para inaloterapia/medicação *** • Sala de gesso * • Sala de pequena cirurgia * D – Bloco de Urgência/Observação: • Sala de reanimação e estabilização /Sala de urgência *** • Salas de observação masculina, feminina e pediátrica (com posto de enfermagem, sanitários e chuveiros) *** • Sala de isolamento (com ante-sala, sanitário e chuveiro exclusivos) ** E - Bloco de Apoio Logístico • • • • • •

Farmácia (exclusiva para dispensação interna) *** Almoxarifado *** Expurgo/Lavagem de material *** Central de material esterilizado *** Rouparia *** Necrotério ***

F - Bloco de Apoio Administrativo • Salas de Gerência e Administração *** • Sala de reunião * • Sala de descanso para funcionários (com sanitários e chuveiros) *** • Vestiários para funcionários *** • Copa/Refeitório *** • Depósito de Material de Limpeza *** • Área para limpeza geral *** • Local de acondicionamento de lixo *** • Estacionamento (ambulâncias, pacientes e funcionários) ***

Como é: A - Bloco de Pronto Atendimento: • Sala de recepção e espera (com sanitários para usuários) • Consultórios médicos *** • Consultório odontológico * • Sala para assistente social * B - Bloco de Apoio Diagnóstico • Sala para radiologia *** • Laboratório de Patologia Clínica *** • Sala de coleta * C - Bloco de Procedimentos: • Sala para suturas *** • Sala de curativos contaminados *** • Sala para inaloterapia/medicação *** Tudo em uma só sala D – Bloco de Urgência/Observação: • Sala de reanimação e estabilização /Sala de urgência *** • Salas de observação masculina, feminina e pediátrica (com posto de enfermagem, sanitários e chuveiros) *** Existe somente 1 sala de observação com 7 leitos e 1 berço, onde ficam juntos, homens, mulheres e crianças Não existe sanitários ou chuveiros E - Bloco de Apoio Logístico • Central de material esterilizado *** Externo F - Bloco de Apoio Administrativo

• Vestiários para funcionários *** • Copa/Refeitório *** Uso do Hospital • Estacionamento (ambulâncias, pacientes e funcionários)

Solução :  Construção de departamentos inexistentes:   A - Bloco de Pronto Atendimento: • Sala de arquivo de prontuário médico *** • Sala de triagem classificatória de risco *** • Sala para atendimento psicológico * B - Bloco de Apoio Diagnóstico Completo C - Bloco de Procedimentos: • Sala para suturas*** • Sala de curativos contaminados *** • Sala para inaloterapia/medicação *** D - Bloco de Urgência/Observação: • Salas de observação masculina, feminina e pediátrica*** (com posto de enfermagem, sanitários e chuveiros) • Sala de isolamento (com ante-sala, sanitário e chuveiro exclusivos) ** E - Bloco de Apoio Logístico • • • • •

Farmácia (exclusiva para dispensação interna) *** Almoxarifado *** Expurgo/Lavagem de material *** Rouparia *** Necrotério

F - Bloco de Apoio Administrativo • Salas de Gerência e Administração

• Sala de reunião • Sala de descanso para funcionários (com sanitários e chuveiros) • Depósito de Material de Limpeza • Área para limpeza geral • Local de acondicionamento de lixo • Vestiários para funcionários • Copa/Refeitório - Exclusivos do PA

4 –Materiais e Equipamentos Como deve ser :

Alguns materiais e equipamentos devem, necessariamente, fazer parte do arsenal de qualquer unidade 24 horas como: Estetoscópio adulto/infantil, esfigmomanômetro adulto/infantil, otoscópio com espéculos adulto/infantil, oftalmoscópio, espelho laríngeo, bolsa autoinfl ável (ambú) adulto/infantil, desfibrilador com marca-passo externo, monitor cardíaco, oxímetro de pulso, eletrocardiógrafo, glicosímetro, aspirador de secreção, bomba de infusão com bateria e equipo universal,cilindro de oxigênio portátil e rede canalizada de gases ou torpedo de O² (de acordo com o porte da unidade), maca com rodas e grades, respirador mecânico adulto/infantil, foco cirúrgico portátil, foco cirúrgico com bateria, negatoscópios nos consultórios, serra de gesso, máscaras laríngeas e cânulas endotraqueais de vários tamanhos, cateteres de aspiração, adaptadores para cânulas, cateteres nasais, sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos, luvas de procedimentos, máscara para ressuscitador adulto/infantil, ressuscitadores infantil e adulto com reservatório, cadarços para fi xação de cânula, laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas, cânulas oro-faríngeas adulto/infantil, jogos de pinças de retirada de corpos estranhos de nariz, ouvido e garganta, fi os cirúrgicos, fi os-guia para intubação, pinça de Magyll, bisturi (cabo e lâmina), material para cricotiroidostomia, drenos para tórax, pacotes de gaze estéril, pacote de compressa estéril, esparadrapo, material para punção de vários tamanhos incluindo agulhas metálicas e plásticas, agulhas especiais para punção óssea, garrote, equipos de macro e microgotas, cateteres específi cos para dissecção de veias, tamanho adulto/infantil, tesoura, seringas de vários tamanhos, torneiras de 3 vias, frascos de solução salina, caixa completa de pequena cirurgia, frascos de drenagem de tórax, extensões para drenos torácicos, sondas vesicais, coletores de urina, espátulas de

madeira, sondas nasogástricas, eletrodos descartáveis, equipamentos de proteção individual para equipe de atendimento, cobertor para conservação do calor do corpo, travesseiros e lençóis, pacote de roupas para pequena cirurgia, conjunto de colares cervicais (tamanho P, M e G), prancha longa para imobilização da vítima em caso de trauma, prancha curta para massagem cardíaca, gerador de energia elétrica compatível com o consumo da unidade, sistema de telefonia e de comunicação.

Como é : Os materiais em negrito na página anterior são os materiais inexistentes

Solução: Solicitação e compra dos materiais faltantes.

5 – Medicamentos Abaixo a lista de medicamentos que devem estar disponíveis na unidade de urgência, contemplando medicamentos usados na primeira abordagem dos pacientes graves e também sintomáticos, antibióticos e anticonvulsivantes, uma vez que alguns pacientes poderão permanecer nestas unidades por um período de até 24 horas ou, excepcionalmente, por mais tempo se houver dificuldade para internação hospitalar: adrenalina, água destilada, aminofi lina, amiodarona, amitriptilina, ampicilina, atropina, bicarbonato de sódio, biperideno, brometo de ipratrópio, bupivacaína, captopril, carbamazepina, carvão ativado, cefalexina, cefalotina, cetoprofeno, clister glicerinado, clordiazepóxido, cloridrato de clonidina, cloridrato de hidralazina, cloreto de potássio (não tem o de 20%),cloreto de sódio, clorpromazina, clorafenicol, codeína, complexo b injetável, deslanosídeo, dexametasona, diazepam, diclofenaco de sódio, digoxina, dipirona, enalapril, escopolamina (hioscina), fenitoína, fenobarbital, fenoterol bromidrato, flumazenil, furosemida, gentamicina, glicose isotônica, glicose hipertônica, gluconato de cálcio, haloperidol, hidrocortisona, insulina, isossorbida, lidocaína, manitol, meperidina, metildopa, metilergometrina, metilprednisolona, metoclopramida, metropolol, midazolan, nifedipina, nistatina, nitroprussiato de sódio, óleo mineral, omeprazol, oxacilina, paracetamol, penicilina, prometazina, propranolol, ranitidina, ringer lactato, sais para reidratação oral, salbutamol, soro glico-fisiológico, soro fi siológico, soro glicosado, sulfadiazina prata, sulfametoxazol + trimetoprim, sulfato de magnésio, tiamina (vit. b1), tramadol, tobramicina colírio, verapamil, vitamina k.

Como é:

Os medicamentos em negrito são os medicamentos faltantes.

Solução:

Solicitação e compra dos medicamentos faltantes.

Capítulo 3 Atendimento Hospitalar de Marília Existem vários hospitais em Marília, entre eles: • • • • • •

Hospital São Francisco de Assis Hospital Santa Casa Hospital Espírita de Marília Hospital Universitário da UNIMAR Hospital Das Clínicas da FAMEMA Hospital Materno Infantil

Mas aqui vamos nos atentar àqueles que possuem maior importância na estrutura do sistema de atendimento à Urgência e emergência de Marília. Hospital das Clínicas Unidade Clínico-Cirúrgica da Faculdade de Medicina de Marília O Hospital das Clínicas Unidade Clínico-Cirúrgica da Faculdade de Medicina de Marília, construído na década de 60, possui uma arquitetura com caraterísticas das construções da época para hospitais, que era de prédios grandes com estrutura bastante reforçada. Ao ser visto pelo alto, apresenta-se em forma de cruz, janelas grandes para facilitar a ventilação e o projeto respeita uma proposta de hospital para prestar atendimento a pacientes portadores de tuberculose, que na época eram internados para tratamento. Este prédio foi idealizado e construdo na gestão do então governador Adhemar de Barros, inaugurado no dia 04 de abril de 1.965 e já no início da década de 70, foi cedido pelo Governo do Estado de São Paulo para a Faculdade de Medicina de Marília.

Conta com área total construída de 12.207,36 m² e 650 colaboradores na área de recursos humanos, ocupando assim lugar de destaque entre as instituições que mais oferecem empregos para o município e região. Este prédio, atualmente, está sendo utilizado como unidade de atenção à saúde a nível de alta complexidade, para pacientes portadores de patologias clínicas e cirurgícas adulto, onde são desenvolvidas atividades assitênciais, de ensino e pesquisa, com caráter docenteassistencial para graduação, pós-graduação e campo de estágio para a formação de alunos nos cursos de nível técnico. Área de Atendimento e Procedimentos : Conta com 91 leitos distribuídos da seguite forma: •



40 leitos de Urgência/Emergência; • 25 leitos Eletivos; • 07 leitos de Isolamento; • 07 leitos de Psiquiatria; • 02 leitos de Radiomoldagem; 10 leitos de Observação para Urgência.

Este prédio abriga, ainda: •

02 Unidades de Terapia Intensiva com doze leitos cada (totalizando vinte e quatro leitos)



01 Centro Cirúrgico com: o 07 salas cirúrgicas o 08 leitos de recuperação pós-anestésica o 01 centro de Videoendoscopia, colonoscopia e broncoscopia com três salas o 01 Sala de Emergência com três leitos.



01 Área específica para acomodação dos estudantes que estão de plantão e Central de salas de aula climatizada, para discussão de casos dentro do próprio hospital. Área de Apoio e Diagnóstico:

Serviço de Imagem que conta com Ultra-som, RX com 3 aparelhos fixos, 1 portátil e 1 intensificador de imagem; Tomografo Helicoidal; Resonância Nuclear Magnética com 1,5 tesla, alocada em uma área de 250 m²;





Farmácia Hospitalar, que trabalha com dose unitária no processo de dispensação de medicamentos;



• •

Métodos Gráficos, contando com eletrocardiograma, ecocardiograma, holter, espirometria e eletroencefalograma; •

Laboratório de Análises Clínicas;



Serviço de Radioterapia. Apoio Técnico:

Serviço de Enfermagem; • Unidade de Nutrição e Dietética; • Serviço de Prontuário de Pacientes; • Serviço Social; • Agência Transfusional; • Serviço de Controle de Infecção Hospitalar; • CEATOX (centro de apoio as intoxicações); • Serviço de Psicologia Hospitalar; • Lavanderia; • Limpeza; • Zeladoria; • Serviço de Comunicação e Central de Materiais, que é responsável pelo processamento dos materiais de todas unidades que compreendem o complexo Famema. •



Em seus anexos, contamos com uma área construída de 1.168 m², onde estão alocadas a Divisão de Recursos Humanos, Finanças, Transporte, Serviço de Manutenção Elétrica e Predial, Divisão de Materiais, Almoxarifado, Compras e Patrimônio, Núcleo Técnico de Informações, Faturamento e estacionamento com capacidade aproximada para 100 veículos. Este Hospital é referência no nível terciário para o atendimentoa uma população aproximada de 700.000 habitantes, compreendendo 38 municípios da DIR-XIV, cujo atendimento é totalmente voltado para o SUS, com uma média de 700 internações, 500 cirurgias/mês, realizando em média 340.320 procedimentos ano. Desenvolve, também, os programas de Humanização na Assistência Hospitalar, Gestão do Gerenciamento dos Serviços de Saúde, integra a rede de Hospitais que compões o Sistema Nacional de Capitação de Órgãos. Em parceria com a Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília, implantou o PROIID ( Programa Interdisciplinar de Internação Domiciliar) e, em parceria com o Hospital Regional de Echaporã, criou 20 leitos de retaguarda, para pacientes fora da possibilidade terapêutica ou com problemas sociais. Contudo, a mais recente parceria foi com a Secretaria de Estado da Saúde, onde os profissionais deste Hospital prestam assitência junto ao Hospital Regional de Assis, com o intuito de que esse hospital aumentasse a oferta de serviços prestados à população daquela região.

Como deve ser :

Hospital Materno-Infantil (HMI – HCII) Há anos o atual Hospital Materno-Infantil (HMI) vem sofrendo grandes mudanças. Até meados de 1988 era uma instituição privada sem fins lucrativos, chamado Hospital Marília. Foi, então, desapropriado e municipalizado, passando seu gerenciamento à Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília (FMESM) acrescentando-se à região - como Hospital Municipal de Marília (HMM) - 183 leitos destinados ao Departamento de Cirurgia, Ortopedia/Traumatologia e Oftalmologia para o sistema público, convênios e particulares.

Em janeiro de 1988, a Prefeitura Municipal de Marília cedeu, através de concessão de direito real de uso, as dependências, instalações e equipamentos do prédio do antigo Hospital Marília. A Fundação recebeu também recursos orçamentários da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Ministério da Saúde (SUS) e Projeto UNI Marília. Apesar de ser totalmente gerenciado e financiado com recursos próprios (principalmente através do convênio de prestação de serviço ao SUS), desde 1989 o hospital recebe auxílios financeiros do Governo do Estado e, com a estadualização da Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), tornou-se possível desenvolver conjuntamente ações e atividades de docência, pesquisa e assistência junto à Secretaria de Estado da Saúde, sendo o hospital denominado Hospital das Clínicas II (HC II). Em janeiro de 1990 passou a atender o Serviço de Urgência/Emergência e Clínica Médica, suprindo a demanda de atendimentos com o Pronto-Socorro. Em setembro de 1991, incorporou o atendimento de Urgências Psiquiátricas. No final de 1997 os Hospitais das Clínicas I e II passaram por reformulações em suas estruturas físicas e formas de funcionamento, passando o HC II a sediar os ambulatórios de especialidades cirúrgicas, ortopedia e oftalmologia. Devido às dificuldades de financiamento, a capacidade operacional do HC II foi reduzida em 54%. Entretanto, em outubro de 1998, com recursos obtidos junto à Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília, foi possível reformar e adequar tecnologicamente o hospital, sendo denominado Unidade Materno-Infantil em 1999.

Atualmente, a unidade tem capacidade potencial de 83 leitos com a seguinte divisão: •

12 leitos de Obstetrícia (leitos conjuntos: mãe e bebê) • 13 leitos de Ginecologia • 26 leitos de Pediatria • 08 leitos de UTI Neonatal • 08 leitos de berçário intermediário • 22 leitos para convênios e particulares • 02 leitos da unidade semi-intensiva • 04 leitos de observação de urgência/emergência

Além disso, o hospital realiza atendimentos ambulatoriais de pediatria especializada, saúde mental, onco-ginecologia, ginecologia geral e pré-natal de alto risco; conta com o Serviço de Urgência/Emergência à criança e à mulher, cinco salas de centro cirúrgico e duas salas de centro obstétrico, além de apoio diagnóstico de Raios - X, ultrassonografia e eletrocardiograma. A instituição conta ainda com 344 funcionários além de cinco docentes de enfermagem, seis docentes de ginecologia e obstetrícia, 13 docentes de pediatria e seis anestesistas. Em dezembro de 2002 o hospital recebeu o título "Hospital Amigo da Criança",

após a busca de aprimoramento tanto na conduta técnica quanto na mudança da postura dos profissionais, tornando-os cada vez mais preocupados com a abordagem holística do paciente. Após avaliação das ações desenvolvidas no cumprimento dos Dez Passos Para o Sucesso do Aleitamento Materno, realizada pela equipe de avaliadores do Ministério da Saúde, a obtenção do título foi o reconhecimento do esforço desenvolvido em dois anos de trabalho por todo corpo de funcionários, docentes, médicos, residentes e direção do hospital.

Em parceria com os projetos do Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), o hospital tem desenvolvido ações relativas a este programa com os seguintes projetos: - Projeto "Método Mãe-Canguru": propiciou o desenvolvimento de habilidades e competências a toda equipe de colaboradores, a fim de aprimorar o atendimento e as ações de saúde, com enfoque na qualidade da assistência direta ao cliente, tornando-a cada vez mais humanizada e individualizada, numa perspectiva interdisciplinar de saúde integral pais-bebê. - Projeto "Humanização da UTI Neonatal": Este projeto relaciona-se à atenção do recém-nascido de risco e busca melhor eficiência e eficácia na assistência, com vistas a um atendimento mais humanizado, desenvolvido por uma equipe interdisciplinar. - Projeto "Humanizarte": foi iniciado em 08 de Fevereiro de 2001 na Unidade de Pediatria, com o objetivo de tornar mais agradável o período de internação hospitalar da criança através da criação de um ambiente terapêutico de acordo com suas etapas de crescimento e desenvolvimento. Desta forma, a unidade de internação tornou-se menos traumática e mais humanizada. A decoração das paredes da enfermaria foi criada por uma artista plástica juntamente com a participação das crianças internadas e retratou, de forma lúdica, procedimentos realizados no cotidiano da unidade. - Projeto "Classe Hospitalar": teve início em fevereiro de 1998 e funciona com 20 horas semanais, contando com uma professora para realização dos trabalhos. O atendimento educacional é oferecido às crianças e jovens hospitalizados para tratamento por período prolongado ou não. A faixa etária das crianças está entre três e 14 anos de idade, portanto a escolaridade varia da pré-escola ao ensino fundamental. As atividades desenvolvidas são diversificadas e condizentes com a idade e nível de desenvolvimento da criança ou adolescente. - Projeto "Biblioteca Viva" (Amigos da Leitura): desenvolvido em parceria com a UNESP e seus alunos de graduação em Biblioteconomia. São desenvolvidos programas de leitura com objetivo de aproximar a criança e o adolescente do livro,

da leitura e do texto literário, permitir à criança internada o acesso lúdico à palavra escrita e minimizar o stress da internação hospitalar.

- Projeto "Caixa Cultural": realizado através de uma parceria com o SESI, que tem como objetivo desenvolver atividades que visam a difusão literária e cultural, dirigida aos funcionários, promovendo o prazer pela leitura e dinamizando o processo cultural. Este projeto é desenvolvido através da colocação de uma caixa na chefia de enfermagem, contendo exemplares de clássicos da literatura brasileira e universal, que fica a disposição para empréstimo aos interessados. Tal caixa permanece no setor durante seis meses, sendo então, substituída por outra contendo outros exemplares. A mesma é controlada pela secretária deste setor . O acervo total circulante de livros de propriedade do SESI é de aproximadamente sete mil exemplares. - Projeto "Acolhimento": para Unidade de Urgência e Emergência Pediátrica, sendo referência do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento de urgência e emergência da população pediátrica do município e Marília. Nesta unidade são atendidos os pacientes referenciados, de Marília e região, e também a demanda espontânea, que representa um grande número de atendimentos de nível primário, que deveriam estar sendo realizados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Pronto Atendimento (PA).Os clientes da demanda espontânea são atendidos pelo serviço através de um enfermeiro que segue um protocolo estabelecido, elaborado pela equipe multidisciplinar dessa unidade e diretoria técnica do hospital. Se a criança apresentar queixas, sinais e sintomas estabelecidos no protocolo, a enfermeira encaminha o paciente para abertura de ficha e atendimento médico. Os casos de Urgência e Emergência recebem atendimento imediato por equipe especializada. - Projeto "Recanto da Beleza": Funcionamento de um salão de beleza nas dependências dos Hospitais, com o objetivo de melhorar a alto estima, favorecer o restabelecimento do paciente, atenuar o desconforto gerado pela patologia e pela internação hospitalar. - Projeto "Hospitalart" : consiste de uma programação cultural, coordenada por uma comissão efetiva, direcionada aos funcionários dos hospitais e anexos. Este evento ocorre durante o mês de novembro através da elaboração de um cronograma de atividades culturais, tais como, teatro, dança, canto, entre outros. Os funcionários também desenvolvem trabalhos manuais que são expostos durante a semana para apreciação da população interna e externa. Todas as atividades tem como objetivo promover a integração entre os funcionários e a divulgação de talentos.

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