TV Clube (Teresina) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa TV Clube TV Radio Clube de Teresina SA Av. Valter Alencar 2120 Monte Castelo País
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Cidade de concessão
Teresina, PI
Cidade-sede
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Slogan
Só se vê na Globo
Canal
4 analógico
Afiliações
Rede Globo
Fundador
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Proprietário Pertence a
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Arrendatário
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Presidente
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Vice-presidente
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Fundação
3 de dezembro de 1972
Extinção
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Sucessora
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Prefixo
ZYB 350
Significado da sigla
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Cobertura
Estado do Piauí
Afiliações anteriores Nomes anteriores Potência Website
Site oficial
A TV Rádio Clube de Teresina S/A foi inaugurada em 3 de dezembro de 1972 pelo engenheiro Válter Alencar, diretor da Rádio Clube de Teresina (existente desde 1960). O canal 4 se tornou a primeira emissora do Piauí e a única a operar nesse estado por 14 anos.
Em 1985, o monopólio da Clube foi quebrado por uma retransmissora da Band (TV Timon, atual TV Meio Norte), instalada na vizinha cidade maranhense de Timon, separada de Teresina e do Piauí apenas pelo Rio Parnaíba.
Índice [esconder]
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1 História 2 Programas o 2.1 Diários o 2.2 Semanais 3 Ligações externas
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4 Curiosidades
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[editar] História A concessão da TV Rádio Clube foi obtida por Válter Alencar em 1965. Mas o início da operação comercial do canal 4 só ocorreria em 3 de dezembro de 1972, após dois meses de testes. "A força de um ideal" foi o slogan adotado pela emissora durante vários anos. Num primeiro momento, a Clube intercalava programas locais com atrações da REI (Rede de Emissoras Independentes), formada pela Rede Record e TV Rio e da Rede Tupi. Em dezembro de 1974, tornar-se-ia a quinta afiliada da Rede Globo em todo o país. No estado, a emissora foi parceira na instalação da TV Alvorada do Sul de Floriano, em 1995, primeiro canal comercial do interior piauiense. Em junho de 1975, Válter Alencar morre. Seus filhos Segisnando e Valter Filho assumem o comando da TV Rádio Clube, que passa a investir em mais equipamentos e na ampliação tanto da programação local como na de rede (nessa época, a grade global — exceto o Jornal Nacional, transmitido via Embratel — era enviada a Teresina via malote). Como conseqüência, capítulos de novelas eram exibidos com dias de atraso em relação ao eixo Rio-São Paulo. Com a criação da estatal Radiotepi, o sinal da Clube passa a ser expandido para alguns municípios do interior do estado.
[editar] Programas [editar] Diários • • • •
Bom Dia Piauí (noticiário matinal) Piauí TV 1ª edição Globo Esporte (bloco local de cinco minutos) Piauí TV 2ª edição
[editar] Semanais
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Clube Comunidade (versão local do Globo Comunidade) Vai ao ar aos domingos das 7:00 às 7:30h, com os apresentadores Edigar Neto e Letícia Pereira. Através de matérias leves e elaboradas, o Clube Comunidade mostra assuntos e entrevistas de interesse geral, atividades culturais, além de possuir um quadro chamado 'Eu Quero um Emprego' voltado às centenas de trabalhadores desempregados no estado.
[editar] Ligações externas •
www.portaldaclube.com
[editar] Curiosidades •
Não é a única retransmissora da Globo a cobrir seu principal mercado, Teresina. Sofre concorrência da TV Mirante Cocais, localizada em Timon, cidade da Grande Teresina localizada no Maranhão (que opera no canal 14 UHF). Ambas porém têm público alvo distintos pois a TV vizinha tem programação e publicidade voltada para o público maranhense e seu sinal só tem captação de qualidade perfeita nas zonas próximas ao centro de Teresina.
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Além disso, como a TV Clube ao longo de sua história cobre jornalisticamente a cidade de Timon ambas compartilham matérias produzidas em seus jornais locais, sendo comum ver no JMTV da emissora timonense (14) matérias produzidas pela TV Clube em Timon bem como assistir no PITV (4) matérias produzidas pela equipe da TV Mirante.
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É interessante o fato de que apesar de a TV Clube, por sua tradição e pelo fato de Timon ser basicamente uma cidade dormitório de Teresina, ser mais assistida nessa cidade que a Mirante, a Mirante Cocais contar com expressiva audiência em Teresina devido à grande colônia maranhense residente em Teresina, dada a sua localização geográfica, que faz dela uma referência tão importante para os maranhenses do interior quanto São Luís.
TV Meio Norte Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa
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TV Meio Norte Sistema Timon de Radiodifusão Ltda.
País
Brasil
Cidade de concessão
Timon,MA
Cidade-sede
Teresina,PI
Slogan
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Canal
7 VHF analógico analógico
Afiliações
Rede Bandeirantes
Fundador
Fernando Macieira Sarney e Paulo Guimarães
Proprietário
Paulo Guimarães
Pertence a
Sistema Meio Norte de Comunicação e demais sócios
Arrendatário
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Presidente
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Vice-presidente
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Fundação
1º de janeiro de 1995
Extinção
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Sucessora
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Prefixo
ZYA 655
Significado da sigla
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Cobertura
Piauí e Leste do Maranhão
Afiliações anteriores
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Nomes anteriores TV Timon
Potência
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Website
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A TV Meio Norte (também conhecida como TVMN, MN e Meio Norte) é uma emissora de televisão brasileira sediada em Teresina, capital do Piauí. A emissora gera a programação da Rede Meio Norte em via satélite para todo o estado do Piauí, com rede formada pela TV Meio Norte, com concessão em Timon e sede em Teresina e suas retransmissoras no interior do Piauí e Maranhão.
Índice [esconder] •
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1 História o 1.1 1995-2000 o 1.2 2000 em diante: Bandeirantes 2 Programação Local o 2.1 Programas Atuais o 2.2 Terceirizados o 2.3 Extintos 3 Emissoras do Sistema Meio Norte o 3.1 Piauí o 3.2 Maranhão 4 Curiosidades 5 Programação da TV MEIO NORTE o 5.1 Segunda à Sexta o 5.2 Sábado o 5.3 Domingo 6 Ligações externas
[editar] História [editar] 1995-2000 Ver artigo principal: TV Timon Em 1 de janeiro de 1995, a TV Timon passa a se chamar TV Meio Norte. Era parte de uma estratégia de padronização adotada pelo empresário Paulo Guimarães, que em 1993 comprara do espólio do jornalista Helder Feitosa (assassinado em 1987) o jornal O Estado (rebatizado de Jornal Meio Norte) e as rádios Poty AM (610 KhZ, extinta) e FM (94,1). No ano seguinte, um jornal com o mesmo nome de O Estado comprado por Guimarães circulou em Teresina, mas sem sucesso.
[editar] 2000 em diante: Bandeirantes
Em 9 de janeiro de 2000, a TV MN (como também passou a ser conhecida) voltou as origem ao trocar a programação nacional do SBT pela da Rede Bandeirantes. Essa mudança objetivava transformar a TVMN numa emissora de programação eminentemente local. Uma grande festa no Parque Potycabana marcou a mudança de sinal da emissora, que ampliou progressivamente a sua grade local. A TV MN, que cobria todo o Piauí, leste e norte do Maranhão e oeste do Ceará, foi a primeira a abandonar o SBT, alegando prejuízos dado dessa emissora, por conta de troca de horário da tarde e noite determinado pelo Sílvio Santos, o fim das transmissões esportivas e falta de espaço ao jornalismo nacional e local. Atualmente só forma cadeia com a Bandeirantes durante o horário nobre (19h20min até 22) e também exibe programação local das 22h as 23h35 aproximados. Mas durante a madrugada ocorrem reprises de programas locais. Em 6 de dezembro de 2007, sem nenhum motivo aparente, a programação da TV MN que era transmitida pela B4 para as parabólicas, saiu do ar e deixou ser assistida pelo Brasil. No entanto, entrou no ar por outra parabólica Intelsat.[carece de fontes?] Notícias não confirmadas de que a TV MN poderá sair da Bandeirantes para operar sem afiliações, ou seja, uma programação própria, já que gera mais de 14 horas de programação local. A futura afiliada da Bandeirantes seria a TV Cidade Verde, que retransmite o SBT.[carece de fontes?]
[editar] Programação Local [editar] Programas Atuais • • • • • • • • • • •
Agora (Silas Freire e Elizabeth Sá) Ronda Notícias (Ieldyson Vasconcelos) Load (Suyane Pessoa) Revista Meio Norte (Vanusa Coelho) Ronda 1ª Edição (Ieldyson Vasconcelos) Ronda 2ª Edição (Beto Rego) Super Top (Wrias Moura) Olé (Marcos Prado) Encena (Cinthia Lages) Jornal 70 minutos (Maia Veloso e Rômulo Rocha) Informe Meio Norte
[editar] Terceirizados • • • • • • •
Inside TV (Rivanildo Feitosa) Canal Saúde (Karla Berger) 100 Milhas (Kerly Soares) Caminhos e Trilhas (Juarez França) Programa Atmosfera (Machado Junior) Aplub Vida (Beto Rego e Vanusa Coelho) Igreja Viva
[editar] Extintos • • • • • • • • •
Ronda Policial MN 40 Graus MN Integração MN Urgente! TJ MEIO-DIA Aqui Agora Tem De Tudo Jaca Da Juju Esporte Meio Norte
[editar] Emissoras do Sistema Meio Norte [editar] Piauí • • • • • • • •
TV Meio Norte (BAND) - canal 7 - Teresina (Geradora) TV Piauí (RedeTV!) - canal 19 - Teresina (Geradora) TV Meio Norte (BAND) - canal 3 - Santa Filomena TV Meio Norte (BAND) - canal 34 - Barras TV Meio Norte (BAND) - canal 6 - Picos TV Meio Norte (BAND) - canal 7 - Piripiri TV Meio Norte (BAND) - canal 7 - Floriano TV Meio Norte (BAND) - canal não disponível - Campo Maior (Piauí)
[editar] Maranhão •
TV Upaon-Açu - canal 28 - Em São Luís (Entrou no ar em setembro de 1997 e está fora do ar desde agosto de 2000). Operava com a marca TV MN e a programação era composta por um misto da rede CNT, a que era afiliada e dos programas da TV MN de Teresina. Sua concessão original foi dada para a exploração de TV por assinatura em UHF, atualmente conhecida como TV Mista. Apesar de fora do ar permanece oficialmente em operação, devendo entrar com sinal definitivo através do sistema de TV digital.
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TV Meio Norte - canal 9 - Coelho Neto (Retransmite com alguma inserção local a Rede Mundial de Televisão da LBV).
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TV Mirante Cocais (Rede Mirante) - Canal 14 UHF - Timon - Transmite a programação da afiliada maranhense da Globo, com inserção jornalística local nos jornais da rede.
[editar] Curiosidades •
O Grupo Meio Norte, ao qual está ligada a emissora, possui três concessões capazes de atingir toda Teresina: TV Piauí (RedeTV); TV Mirante Cocais (Rede Globo - MA) além da própria TV MN.
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Isso ocorre porque Timon, de onde é gerado o canal 14 UHF da TV Mirante Cocais, é completamente conurbada com Teresina,o centro das duas cidades é dividido apenas pelo Rio Parnaíba,o que faz com que Teresina seja coberta por dois canais da Rede Globo, um com programação 100% maranhense e outra 100% piauiense.
[editar] Programação da TV MEIO NORTE [editar] Segunda à Sexta • • • • • • • • • • • • • • • • •
05:00 - Bom Dia Meio Norte 06:00 - Prece Milagrosa 06:30 - Ronda Noticias 07:00 - Ronda 1ª Edição 08:35 - Informe Meio Norte 08:40 - Revista Meio Norte 10:30 - Informe Meio Norte 10:45 - Ronda 2ª Edição 13:00 - Agora 14:55 - Informe Meio Norte 15:00 - Load 15:55 - Informe Meio Norte 16:00 - Super Top 17:30 - Informe Meio Norte 17:40 - Olé 18:10 - 70 minutos (até 19hs20min.) 22:00 - Inside TV (Terça-Feira)/Canal Saúde (Quinta-Feira)/Encena (SextaFeira)
FM CULTURA - 10 anos de história 20/9/2006 12:21:10
Com o objetivo de valorizar os aspectos culturais da cidade a fim de levar educação e cultura a toda população, a Rádio FM Cultura de Teresina, 107,9 Mhz, tem proporcionado aos seus ouvintes muita música e informação de qualidade ao longo de quase uma década de trabalho. Fundada em 30 de dezembro de 1996, a FM Cultura teve seu projeto idealizado e iniciado na gestão do ex-prefeito Wall Ferraz. Inicialmente, a emissora começou como um órgão subordinado à Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Atualmente, a rádio é um veículo de comunicação vinculado à Secretaria Municipal de Comunicação. Durante a história da FM Cultura, destaca-se a participação de artistas conhecidos no Brasil e no mundo que estiveram presentes nos estúdios da emissora, confirmando a importância cultural da rádio. Mais recentemente, o músico Marcos Valle e a cantora de bossa nova Clara Moreno visitaram os estúdios da rádio e participaram ao vivo da programação. Anteriormente, a FM Cultura já recebeu a visita dos atores Orlando Drummond, Elizabeth Savalla e Tânia Alves, além dos músicos Zeca Baleiro,
Armandinho e muitos outros nomes da música popular brasileira. Em sua programação, a FM Cultura prima pela transmissão de música de qualidade, que vai desde o mpb até a música clássica. Mais de 20% da grade musical da emissora são preenchidos com músicas genuinamente piauienses, sendo uma das únicas rádios que respeita as determinações da lei municipal que garante a obrigatoriedade da veiculação de música local. Segundo Renato Basílio, Diretor geral da rádio, a FM Cultura é uma emissora que tem muita importância para Teresina, pois é a única que toca cultura e música piauiense. Renato Basílio afirmou também que está sendo planejada uma grande festa em comemoração ao aniversário de 10 anos da rádio, com shows de bandas locais e toda a população teresinense será convidada. EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO Em agosto deste ano, a rádio FM Cultura de Teresina conquistou 2º lugar na categoria profissional do VI Prêmio Denatran de Educação para o Trânsito com a elaboração de três spots de campanha destacando a importância da segurança das crianças nos veículos. O prêmio de R$ 2 mil recebido em nome do diretor da emissora vai ser entregue no próximo dia 27, em Brasília, com a presença de todos os ganhadores. Confirmando a função social da emissora, a FM Cultura, Strans e Secretaria Municipal de Comunicação vão fechar a Semana Nacional do Trânsito, no dia 25 de setembro, com uma blitz educativa que vai acontecer na Avenida Frei Serafim, a partir das 8 horas da manhã. PROGRAMAÇÃO Diariamente, a rádio Fm Cultura veicula programas que divulgam notícia e música de alto nível desde as 6 horas da manhã. Confira a programação diária: Notícias em Trânsito – programa jornalístico e musical no início da manhã. De 6 às 8h . Cultura Mix 1º edição – Descontração e informação na medida certa. De 8 às 11h. Alta Fidelidade – O melhor do rock alternativo no Brasil e no Mundo. De 11 às 12 Jornal da RFI – As notícias em destaque no mundo, através do programa produzido pela Rádio França Internacional. De 12 às 12h:15 Sala Vip – Seleção exclusiva com o melhor da música instrumental. De 12:30 às 14h Toque de Classe – Bossa nova, jazz, música americana e o melhor da MPB de todos os tempos – De 21 às 00h O telefone da Rádio FM Cultura de Teresina é 3215-7596
Casa Zabelê
História Segundo a lenda, Zabelê, uma jovem índia que se apaixonara por um jovem índio de uma tribo diferente, foi vítima da intolerância de seus familiares, perdendo seu amor e sua vida. Como Zabelê, há milhares de meninas em nossa Arquidiocese que têm suas vidas igualmente vitimizadas por seus familiares, atingidas por tantas outras formas de violência, tais como a negligência, a pobreza, a prostituição, o abuso, o abandono, a drogadição. A ASA buscou junto à Prefeitura Municipal de Teresina-PMT e o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, a realização de uma sólida parceria para a construção da CASA DE ZABELÊ onde, desenvolvendo atividades sociais, pedagógicas, desportivas, culturais, psicológicas e profissionalizantes, as 115 meninas conquistam a quebra do ciclo da violência. Hoje, contextualizadas na família, na escola e na comunidade em que vive, cada menina vai reconstruindo sua própria vida. Baseada numa pedagogia do diálogo, oficinas orientadas e atendimento personalizado, estimulam nas educandas o desenvolvimento de competências pessoais, sociais, produtivas e cognitivas. Enfim, no dia-a-dia, as meninas vão aprendendo um jeito novo de viver, discutindo, num permanente exercício de protagonismo juvenil, os mais diversos temas do cotidiano, tais como: família, escola, sentimentos, uso de drogas, higiene, doenças, sexualidade, violência doméstica, gravidez, amor... A ASA sabe que sua missão nunca se encerra, é preciso ir além do atendimento. É preciso combater as causas, ocupar espaços escondidos onde violência e abuso sexuais acontecem. É preciso prevenir, sensibilizar e mobilizar a sociedade para atuar no processo de combate e enfrentamento da violência sexual. Com esse intuito e dentro de uma dimensão articulada e orgânica com outras ações afins desenvolvidas pela ASA, a Casa de Zabelê, através do Projeto Zabelê Abre Janelas (ASA/World Childhood Foundation - WCF Brasil), em parceria com o Projeto Girassol (ASA/Petrobras), Programa Sentinela (ASA/Governo Federal-MDS) e o Programa Umbuzeiro (ASA/UNICEF), atua na capacitação de atores sociais e na construção de um amplo diálogo, em âmbito estadual. Por que ir além, para nós, significa mais vida(,-excluir) para tantas vidas. Casa de Zabelê Autores: Patrícia Laczynski e Veronika Paulics Contato:
[email protected] Localidade: Teresina-PI A Casa de Zabelê é uma iniciativa da Prefeitura de Teresina-PI, para combater a prostituição e o trabalho infantis, conscientizar a família e promover a escolarização e a saúde das meninas adolescentes do município. É a primeira experiência com mulheres adolescentes no Piauí. O QUE É Parte de uma política mais abrangente da Secretaria Municipal da Criança e Adolescente de Teresina, a Casa de Zabelê atualmente atende 102 meninas, o que representa cerca de 60% das meninas que estão nas ruas no município. Elas têm, em sua maioria, entre 12 e 14 anos, e são vítimas de violência doméstica, negligência, pobreza, uso de drogas e prostituição. As adolescentes que participam do programa recebem mensalmente uma bolsa-incentivo à escola no valor de R$ 50,00. O funcionamento da casa em dois turnos
(das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas), atendendo dois grupos distintos de meninas, foi a forma encontrada para não prejudicar as atividades escolares. Para conquistar a confiança das meninas e convencê-las a participarem do Programa, o primeiro passo é a ida dos educadores para a rua fazendo uma abordagem inicial e contatos cotidianos. Além disso, o Conselho Tutelar, o SOS Criança e outros programas da Prefeitura e da Ação Social Arquidiocesana também encaminham algumas meninas para a Casa de Zabelê. Em alguns casos, foi iniciativa das próprias meninas procurar a Casa de Zabelê. O trabalho desenvolvido pela equipe técnica, sempre em conjunto com as adolescentes busca resgatar a auto-estima das meninas, a partir de um atendimento psicossocial e educativo baseado em atividades que permitam a socialização e a introdução de hábitos de convivência, estimulando e possibilitando a expressão, o auto-conhecimento e o conhecimento do outro, o espírito de grupo e trocas culturais. As atividades cotidianas abrangem aspectos na área de saúde, com atendimento psicológico, médico e odontológico; na área pedagógica, com o desenvolvimento de ações educativas complementares às da escola formal, através da metodologia Centro de Interesses, que contempla temas, situações, idéias ou palavras sugeridas pelas meninas e desenvolvidas nas habilidades de leitura, escrita e matemática; na área social, com sistematização de dados relativos à vida das meninas e das famílias atendidas, reuniões constantes, criação de grupos de convivência familiar e de troca de experiências; na área esportiva e cultural, com o desenvolvimento de habilidades de expressão corporal através do esporte, da dança e do teatro; e atividades complementares, como corte e costura, doces e salgados, reciclagem de papel, estamparia e informática. As atividades de corte e costura resultaram em desfiles de moda e na grife "Z de Zabelê", com motivos afro-indígenas. Os desfiles entusiasmaram as meninas, principalmente quanto à confecção das roupas. A participação das meninas, desde a elaboração das regras de convivência e programação das atividades até a avaliação do projeto, é um dos aspectos mais importantes, e elemento fundamental para se alcançar os objetivos propostos. ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO A Ação Social Arquidiocesana (ASA) de Teresina começou a desenvolver em 1987 um trabalho de atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco. Nos primeiros anos da década de 90, começou a ser articulado o Pacto pela Infância, favorecendo a discussão e a mobilização de diversos atores em torno de uma política para a infância e a juventude. A criação dos Conselhos e a combinação dos esforços das secretarias municipais e estaduais na área social, dos movimentos populares e ONGs (Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua - MNMMR - e Ação Social Arquidiocesana ASA, Associações de Moradores) e a constituição do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum DCA), com apoio do CBIA - Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência - e do Unicef, foram decisivos para a implementação de uma política pública para a infância e a juventude no município.
Em 1992, foi criada a Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente (SEMCA), em parceria com a ASA, que já tinha o Programa Periferia voltado para crianças e adolescentes vulnerabilizados. Em 1993, foram definidas as diretrizes da política de atendimento, com duas áreas prioritárias: a de assistência por meio de creches comunitárias, para crianças de 0 a 6 anos; e a de proteção e defesa, que agrupa diversos programas para população de até 18 anos em situação de risco. O projeto Casa de Zabelê foi concebido em 1994, quando a Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente, a Ação Social Arquidiocesana (ASA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) firmaram um convênio de cooperação por quatro anos para atender especialmente meninas em situação de risco. Em um primeiro momento foi feito um diagnóstico da situação de risco pessoal e social das meninas, através de fóruns de discussão sobre a problemática envolvendo representantes de organizações da sociedade civil e de instituições do Poder Público. Foram constatados vários casos de adolescentes vítimas de prostituição, violência doméstica, negligência e uso de drogas. Num segundo momento foram realizados debates que apontassem alternativas sociais para o atendimento das meninas. Estavam envolvidos nestes processo o Conselho Municipal de Defesa da Criança e Adolescente, segmentos da sociedade civil, poder público municipal, órgãos internacionais (BID e Unicef) e educadores sociais. Antes de sua efetiva implementação, a proposta pedagógica foi experimentada, tendo sido uma oportunidade para os educadores conhecerem e intervirem no imaginário construído pelas meninas em suas experiências de vida nas ruas, e trabalharem conceitos, atitudes, hábitos, normas necessárias à convivência social. PARCERIAS A Ação Social Arquidiocesana é a responsável pela execução e coordenação do trabalho. A Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente é a responsável pelo acompanhamento, controle e avaliação das ações e pelo repasse de material de higiene, limpeza e medicamentos. O BID foi o órgão financiador, responsável pelo repasse de recursos, bem como pelo apoio técnico, relacionado ao planejamento, execução e avaliação do projeto. A partir de janeiro de 1999, com o término do convênio, o BID deixou de ser o financiador da Casa de Zabelê e a Prefeitura assumiu esta responsabilidade. Outras organizações, governamentais ou não, prestam apoio. A Fundação Municipal de Saúde oferece atendimento médico e odontológico. A Secretaria Estadual de Saúde presta atendimento a meninas gestantes. O Sindicato de Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina participa doando vale-transporte para o deslocamento das adolescentes. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura garante matrícula nas escolas, fornece merenda escolar e realiza acompanhamento pedagógico às meninas do projeto. Inter-Link oferece cursos de computação. A Casa Savina Petrille apóia e acolhe meninas gestantes sem vínculo familiar.
RECURSOS O custo mensal total da Casa de Zabelê, incluindo a bolsa-incentivo, está estimado em R$ 40 mil, assumidos integralmente pela Prefeitura. A equipe técnica da Casa de Zabelê é composta por 20 pessoas, sendo 14 contratadas pela ASA (seis educadores, quatro instrutores das oficinas de esporte, dança e reciclagem de papel, quatro da área de serviços gerais e cozinha), quatro pertencentes ao quadro de servidores municipais (uma assistente social, uma supervisora pedagógica, uma psicóloga e um motorista), uma coordenadora, que é funcionária do governo do Estado e está à disposição da ASA, e uma assistente social voluntária. A equipe técnica participa de atividades de capacitação, sob orientação pedagógica do Projeto Axé da Bahia, organização não-governamental que presta atendimento psicossocial e pedagógico e garante a defesa de direitos de crianças e adolescentes em situação de risco, além de oferecer cursos para profissionais que trabalhem nesta área. DIFICULDADES Não ter condições de atender as meninas que completam 18 anos e que precisam continuar seus estudos e não possuem emprego constitui o maior obstáculo para o projeto. Para resolvê-lo a coordenação da Casa de Zabelê está tentando um financiamento para montar uma malharia e uma panificadora, que pretende envolver também as mães das meninas atendidas. No caso da fábrica de malhas já há um espaço e algumas máquinas. O objetivo destes dois projetos é proporcionar a capacitação profissional e condições de geração de renda de meninas maiores, sem atrapalhar sua freqüência à escola. RESULTADOS São 102 meninas atendidas na Casa de Zabelê em 1999 (em comparação a 18 meninas, em 1996), que deixaram uma situação precária de vida, muitas delas vindas de situação de prostituição, recebendo atendimento digno e tendo possibilidades de construção de um projeto de vida. De todas as meninas atendidas, muito poucas desistiram do programa, deixaram a escola ou voltaram para a prostituição. No caso de gravidez em adolescentes (veja DICAS nº 74), houve 12 casos em 1998, e somente um em 1999 (dados válidos em junho).
O programa tem possibilitado a mudança de hábitos, de atitudes e de crenças das meninas. Elas chegam no programa sem o mínimo de amor próprio e, aos poucos, começam a se valorizar, a se respeitar e respeitar o outro. Isso é fruto do trabalho da equipe técnica, que percebe hoje nas adolescentes um menor nível de agressão, maior aprendizagem, maior nível de consciência e maturidade, o que já está resultando em formação de agentes multiplicadores dentro da própria Casa (as meninas que estão há mais tempo freqüentando o projeto ajudam no trabalho com as mais novas).
Estas conquistas foram possíveis pelo esforço da equipe de educadores em conseguir trabalhar com a mesma linguagem das meninas e das mães. Estas se apresentam mais interessadas em assuntos como saúde e educação de suas filhas. O envolvimento das meninas é tanto que duas delas, já com 18 anos e com um nível bom de escolarização (2º ano do Ensino Médio e 7º ano do Ensino Fundamental), estão trabalhando como funcionárias da Casa de Zabelê, prestando atendimento na área de saúde. Além disso, a Casa de Zabelê está funcionando como ponto de referência para a comunidade, no que diz respeito a denúncias, informações e apoio a meninas em situação de risco. Casa de Zabelê foi um dos 20 programas premiados em 1998 pelo Programa Gestão Pública e Cidadania, iniciativa conjunta da Fundação Getúlio Vargas, Fundação Ford e BNDES.
Data: 23/09/2004 Seção: Geral Veículo: Jornal Meio Norte (Piauí) Impacto: Neutro Casa de Zabelê resgata a cidadania de meninas Resgatar a auto-estima de meninas de Teresina em situação de risco. Esse é o objetivo da Casa de Zabelê, desde o início do funcionamento da casa, há 8 anos. Atualmente, a entidade atende a 115 crianças e adolescentes do sexo feminino. Várias atividades são realizadas para estimular o senso crítico das meninas e prepará-las para o mercado de trabalho. A coordenadora da Casa de Zabelê, Carla Simone, ressalta que a entidade funciona nos dois turnos. As meninas, de 8 a 17 anos, são atendidas fora de horário da escola. Na casa, elas recebem atendimento “biopsicossocial”, que envolve várias áreas de acompanhamento. “A Casa de Zabelê é o local onde a menina encontra apoio. É onde ela vai desenvolver o senso crítico para enfrentar a vida”, frisou. Segundo a coordenadora, os profissionais da casa e as meninas trabalham uma temática a cada dois meses. Nos temas escolhidos são sempre levantados as duas realidades que podem ser enfrentadas. “A gente trabalha contrapondo duas realidades, para que elas possam perceber qual é o melhor a ser seguido”, destacou Carla. Em agosto, a Casa de Zabelê escolheu como cenário principal a vida da própria menina para ser trabalhada, a casa e a comunidade onde elas moram. No próximo mês, as Leis entrarão em discussão. Juntamente com alunos da Universidade Federal do Piauí, através do projeto Cajuína, serão realizadas atividades que passem informações para as meninas sobre direitos e deveres. Na oportunidade, será elaborada uma cartilha explicativa contendo os órgãos, números de telefone e ou-tras informações com relação a quem podem recorrer em situações de risco. A Casa de Zabelê desenvolve atividades relacionadas ao esporte, à dança, que se tornou uma das melhores para o resgate de auto-estima, também atividade de capacitação para o mercado de trabalho, como estamparia, reciclagem e oficina de moda. A entidade é uma parceria entre a Ação Social Arquidiocesana (ASA) e a Prefeitura de Teresina. Lá as meninas também têm acompanhamento pedagógico de reforço escola, e ainda psicológico e de assistente social.
As meninas atendidas da Casa de Zabelê são geralmente encaminhadas por órgão de defesa, como Conselho Tutelar, Juizado, Promotoria, Projeto Sentinela e também por famílias que buscam atendimento da Casa. Elas ficam na casa até que tenham superado a situação.