Turma7 Grupo3 Coifa

  • April 2020
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Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas 1º Ano | 2º Semestre

Anatomia e Histologia 2008/2009

Inflamação da Coifa dos Rotadores Beatriz Moreira Helena Neves Luísa Santos Sara Silva

Grupo 3 Turma 7

1

Morfologia do Úmero e da Omoplata Ângulo Superior

Processo Coracóide

Acrómio Pescoço Anatómico

Fossa Supraespinhal

Cabeça do úmero

Fossa Infraespinhal

Pescoço Cirúrgico

Ângulo Inferior Capítulo Úmero Direito

Articulação Glenoumeral Direita

Vista Anterior

Vista Posterior

•Morfologia do úmero O úmero é um osso longo que compõe a porção esquelética do braço humano. Liga-se à omoplata e aos ossos do antebraço - o rádio e o cúbito. A articulação com a omoplata, na extremidade proximal, é feita através da cabeça do úmero que se encaixa na cavidade glenoidal da omoplata. Esta articulação permite grande liberdade no movimento. Já na extremidade distal, na região conhecida como cotovelo, uma parte do úmero, o capítulo, vai-se articular com a cabeça do rádio. •Morfologia da omoplata A omoplata (também designada de escápula) é um osso grande e plano, localizado na parte superior das costas, que junto com a clavícula forma a cintura escapular, responsável pela união de cada membro superior ao tronco. No plano coronal (ou frontal) tem um formato triangular e possui 3 ângulos: o ângulo inferior, o ângulo lateral e o ângulo superior. Possui uma espinha, que pode ser facilmente apalpada, e que dá origem ao acrómio, onde se articula com a clavícula. Possui também um processo coracóide que tem o formato de um dedo flectido e que se localiza inferiormente do acrómio. Uma face glenoidal, localizada posterolateralmente, articula-se com a cabeça do úmero. Existem também três fossas: subescapular, infraespinhal e supraespinhal.

Morfologia da Articulação Glenoumeral Acrómio

Membrana sinovial Cartilagem sobre a cabeça do úmero

Líquido sinovial

Cápsula articular Úmero

As principais características da articulação glenoumeral são a sua habilidade de, por um lado, estabilizar a cabeça do úmero precisamente no centro da cavidade glenoidal e, por outro, permitir uma vasta gama de movimentos. Este equilíbrio entre estabilidade e mobilidade é alcançado por uma combinação de mecanismos particulares desta articulação. Esta articulação é composta pela cabeça do úmero e pela cavidade glenoidal por parte da omoplata. A cartilagem articular reveste as superfícies em contacto numa articulação, sendo graças a ela que as superfícies articulares são polidas e esbranquiçadas. Esta cartilagem não é vascularizada. À volta da cabeça do úmero existe uma cápsula, a cápsula articular, que é um invólucro membranoso que envolve a superfície articular. Possui duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A membrana externa é composta por tecido fibroso, podendo possuir ligamentos que aumentam a sua resistência. Faz com que as extremidades dos ossos se mantenham juntas e suporta a membrana interna. Esta última é bastante vascularizada, sendo as células deste tecido que produzem o líquido sinovial, que é um líquido transparente e viscoso existente nas cavidades articulares, nome dado ao espaço entre as superficies da articulação. Tem por função lubrificar as articulações sinoviais, permitindo o seu movimento suave e de forma indolor. Contém também ácido hialurónico que confere a viscosidade necessária para a lubrificação da articulação. Existem pequenas estruturas em forma de saco, envolvidas por uma membrana sinovial, designadas bolsas sinoviais, cuja finalidade é facilitar o deslizamento dos músculos ou tendões sobre os ossos. Um exemplo é a bolsa subacromial existente sobre o tendão da coifa, que facilita o movimento durante a abdução do braço.

Articulação Glenoumeral Classificação Estrutural

Sinovial (Diartrose)

Morfológica

Esferóide

Funcional

Triaxial

As articulações podem ser classificadas em termos estruturais, havendo três tipos: fibrosas (apresentam tecido conjuntivo denso entre os ossos), cartilaginosas (os ossos são unidos por cartilagem) e as sinoviais, onde se inclui a articulação glenoumeral. Estas são as únicas que apresentam cápsulas articulares, que contém fluído sinovial. Tendo em conta a forma das superfícies articulares, pode-se também classificar as articulações em termos morfológicos. A articulação glenoumeral é um exemplo de uma esferóide (ou enartrose), uma vez que uma das superfícies é um segmento de esfera que encaixa dentro de uma cavidade. É a estrutura da articulação que determina os movimentos possíveis. Enquanto algumas se mantêm rígidas, outras são flexíveis, o que não é possível quando há um meio fibroso ou cartilaginoso entre as superfícies que impede o deslizamento. Nas articulações sinoviais o elemento existente entre elas é o fluído sinovial, permitindo a mobilidade destas articulações que podem, assim, ser também chamadas de diartroses, já que possuem uma grande amplitude de movimento. Funcionalmente, esta articulação pode então ser denominada de triaxial, já que, a partir de um centro comum, o osso é capaz de realizar movimentos em torno de três eixos – diz-se que tem três graus de liberdade.

Articulação Glenoumeral Ligamentos da articulação:  Coracoumeral

 Glenoumerais

 Umeral transverso

- Superior - Médio - Inferior

Os ligamentos são constituídos por tecido conjuntivo fibroso e unem duas superfícies articulares. Estes feixes permitem a liberdade de movimento mas têm grande resistência, pelo que ajudam a manter a articulação estável, limitando a amplitude dos movimentos e não cedendo facilmente à acção de uma força. Na articulação glenoumeral os ligamentos existentes são os seguintes: -Ligamento coracoumeral: feixe amplo que vai do processo coracóide da escápula até ao tubérculo maior do úmero. Suporta o peso do braço, estabiliza o úmero e restringe a sua rotação lateral. •Ligamentos glenoumerais: engrossamentos da cápsula articular sobre a parte ventral que reforçam a articulação. São espessos e são três: - Ligamento glenoumeral superior - Ligamento glenoumeral médio - Ligamento glenoumeral inferior •Ligamento umeral transverso: banda fina e estreita que se estende entre o tubérculo maior e menor, unindo-os.

Articulação Glenoumeral Movimentos

Estrutura da articulação

ial Sinov e id ó esfer

• Movimentos angulares: - Flexão / Extensão - Abdução / Adução

Facilidade de movimentos

• Movimentos circulares: - Rotação - Circundação

• Movimentos especiais: - Elevação / Abaixamento

Os tipos de movimentos possíveis, assim como a sua amplitude numa dada articulação, estão relacionados com a estrutura. Umas limitam-nos (as sinartroses por exemplo) enquanto outras, como é o caso da articulação do ombro ou glenoumeral, permitem muitos movimentos. Na articulação glenoumeral encontram-se 3 tipos de movimentos: •Movimentos angulares: quando o ombro dobra em relação ao resto do corpo, com alteração do ângulo entre eles. . Flexão / Extensão: movimento do ombro relativamente à posição anterior ou posterior, respectivamente; . Abdução / Adução: movimento que afasta ou aproxima o ombro em relação à linha mediana, respectivamente; •Movimentos circulares: sempre que há a rotação da estrutura em torno de um eixo. . Rotação: movimento em que há rotação da estrutura em torno do eixo mais longo. Pode ser interna ou externa. . Circundação: movimento que resulta da combinação dos movimentos angulares. •Movimentos especiais: são característicos de apenas algumas articulações, neste caso da articulação gleno-umeral. . Elevação / Abaixamento: movimento da omoplata para cima e para baixo respectivamente. . Projecção / Retracção: movimento dos ombros para a frente (posição anterior) ou para trás (posição posterior), respectivamente.

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Coifa dos Rotadores Conjunto de músculos cuja principal função é estabilizar a articulação glenoumeral e permitir o normal funcionamento motor da mesma. Durante todos os movimentos da articulação do ombro, mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal da escápula, evitando movimentos indesejados – estabilidade da articulação.

- Infra-espinhoso - Infra-escapular - Supra-espinhoso - Pequeno Redondo

A coifa dos rotadores trata-se de uma coifa tendinosa constituída por quatro músculos rotadores: o infra-escapular, o supra-espinhoso, o infra-espinhoso e o pequeno redondo. Juntos, estes músculos possuem um efeito de fixação essencial sobre a cabeça do úmero, mantendo-a na sua posição correcta em relação à cavidade glenoidal e controlando a tendência para o excessivo deslizamento. (Isto é necessário pois as oscilações do úmero na articulação glenoumeral são acompanhadas por movimentos complexos entre as superfícies articulares que contêm elementos de rolar, de deslizar e, às vezes, de girar. Na ausência de um controlo muscular intimamente integrado, graus excessivos de escorregamento podem ocorrer nesta articulação.)

7

Músculos da Coifa dos Rotadores Músculo

Origem

Inserção

Acção

Infra-espinhoso

Fossa infraespinhosa da escápula

Tubérculo maior do úmero

Roda a articulação do ombro lateralmente

Infra-escapular

Fossa infraescapular

Tubérculo menor do úmero

Roda a articulação do ombro medialmente

Fossa supra – espinhosa da escápula

Tubérculo maior do úmero

Abduz e roda lateralmente a articulação do ombro

Parte superior da Tubérculo maior margem lateral e sulco do da escápula úmero

Roda a articulação do ombro lateralmente

Supra-espinhoso

Pequeno redondo

•Infra-espinhoso - É um espesso músculo triangular que ocupa a maior parte da fossa infra-espinhosa; originase por fibras musculares dos dois terços mediais da fossa, e por fibras tendíneas das cristas na sua superfície: também se origina da fáscia infra-espinhosa, que o recobre e o separa do pequeno e grande redondo. As fibras convergem para um tendão que desliza sobre a borda lateral da espinha da escápula e, cruzando a parte posterior da cápsula da articulação do ombro, insere-se na faceta média do tubérculo maior do úmero. O tendão é às vezes separado da cápsula da articulação do ombro por uma bolsa, que pode comunicar com a cavidade articular. Algumas vezes o músculo apresenta-se fundido com o pequeno redondo. - Localizado na parte posterior do corpo; anteriormente está o supra-espinhoso, inferiormente o pequeno e o grande redondo. - A sua função é a rotação do úmero. (As designações supra-espinhoso e infra-espinhoso devem-se à posição superior e inferior relativamente à espinha da omoplata.) •Infra-escapular - É um músculo amplo e triangular, que ocupa a fossa infra-escapular e origina-se nos seus dois terços mediais, incluindo a área escavada adjacente à borda lateral da escápula. - Está localizado na parte posterior/lateral. - Muito conhecido também por subescapular, uma vez que se encontra por baixo da omoplata. •Supra-espinhoso - Origina-se dos dois terços mediais da fossa supra-espinhosa e da fáscia supra-espinhosa. - Localiza-se na parte superior, posterior do corpo; inferiormente a ele encontram-se os restantes músculos da coifa. - Como parte do tecto dos rotadores, ajuda a estabilizar a cabeça do úmero na fossa glenoidal, durante os movimentos da articulação glenoumeral. Quando o braço está pendente, o supraespinhoso cria tensão na cápsula, impedindo o deslizamento inferior do úmero. •Pequeno Redondo - É um músculo estreito e alongado, que se origina dos dois terços superiores de uma faixa achatada da parte lateral da superfície dorsal da escápula. - Localiza-se na parte posterior do corpo; superiormente a ele encontra-se o supra-espinhoso e o infra-espinhoso e inferiormente o grande redondo.

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Inflamação da Coifa dos Rotadores Incluem-se : Bursites (inflamação das bolsas sinoviais) Artrites (inflamação da articulação) Simples Tendinites (inflamação dos tendões) Calcificante Tendinite do músculo Supra-espinhoso

-

Causas: movimentos de abdução e flexão exagerada, levando à irritação do arco e inflamação da coifa (reacção inflamatória)

-

Consequências: cabeça do úmero e a coifa comprimidas contra o arco coraco-acromial

- Sintomas: dor intensa no ombro e dificuldade de movimento - Tratamento: medicação analgésica e anti-inflamatória, fisioterapia, cirurgia

A zona do ombro (da coifa dos rotadores) está sujeita a uma variedade de traumas (roturas, inflamações….) uma vez que a sua estabilidade é mantida por ligamentos e músculos que facilmente podem sofrer lesões. Dentro das doenças crónicas apresentadas, centrar-nos-emos na mais frequente, a tendinite do músculo Supra-espinhoso, que pode ser simples ou calcificante dependo se existe ou não deposição de cálcio nos tendões.

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