Trata-se de uma dermatose causada por insetos pequenos (piolhos), que parasitam o couro cabeludo e o corpo. Os piolhos medem 2,1-3,6 mm, sendo o macho maior que a fêmea. Os do couro cabeludo diferem daqueles do corpo, por serem ligeiramente maiores. Não se trata, entretanto, de espécies diferentes. Pode ser classificada em Pediculose do couro cabeludo, Pediculose do corpo e Pediculose do púbis ou fitiríase. Destes tipos, a pediculose do couro cabeludo é a mais freqüente em crianças. A pediculose do corpo não ocorre antes da adolescência e a pediculose do púbis praticamente só é observada no adulto, geralmente transmitida por contato sexual. Considerada no passado como moléstia de pessoas de hábitos higiênicos precários, a pediculose do couro cabeludo tem uma distribuição em qualquer classe social, ocorrendo como pequenas epidemias em escolas e creches. É causada pelo Pediculus humanus capitis. O parasita se aloja preferencialmente na região occipital, de onde faz incursões às demais regiões do couro cabeludo e, mais raramente, à região interescapular e áreas vizinhas. Em crianças pequenas pode atingir os cílios e supercílios, geralmente pelo contato com adultos contaminados. O contágio é por contato pessoal, podendo também haver contaminação através de roupas, chapéus, pentes ou escovas, já que o piolho pode sobreviver por dois a três dias fora do indivíduo infestado. É mais comum no sexo feminino, provavelmente devido ao uso de cabelos compridos. Tratamento mais eficaz A chave para um tratamento eficaz é o tratamento do doente infectado e de todos os seus contactos. Além disso, está recomendada a lavagem a altas temperaturas (a mais de 60ºC) da roupa do doente e da roupa de cama e de banho. Tratamento É feito à base de inseticidas piretróides de uso local. Depois da aplicação, o medicamento deve permanecer na cabeça protegida por uma touca durante algumas horas. A aplicação deve ser realizada durante cinco dias consecutivos e repetida de sete a dez dias depois para atacar os ovos que ainda não haviam eclodido na fase inicial do tratamento, que deve ser estendido para toda a família e/ou parceiros, mesmo que assintomáticos. É importante que, nas escolas, sem exceção, os alunos que estiveram em contato com a criança afetada sejam tratados concomitantemente. O kit de tratamento tópico já vem com pente fino para remover as lêndeas mortas. Já existem medicamentos por via oral contra a pediculose. Como evitar? Inspecionar a cabeça diariamente a procura de piolhos e lêndeas. Passar assiduamente o pente fino. Não compartilhar objetos pessoais, tais como: travesseiro, pente, boné, lenço de cabeça, presilha, etc