Training Manual Ngo Pt Print.pdf

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  • Words: 25,623
  • Pages: 110
Manual de formação Aflatoun Versão ONG

Obrigado à Fundação Auridis, DfID, Orange e à Fundação do Banco CITI cujos generosos fundos permitiram muitos destesworkshops de formação e colaboração com instituições de formação de professores dos quais surgiu este Manual. Obrigado à direção e ao staff dos institutos de formação de professorese m Tillaberi e Dosso em Niger, Bondo no Kenya, Muhanga, Kavumu e Zaza no Ruanda, e ao Instituto Nacional pela Educação no Sri Lanka. Obrigado aos nossos parceiros, Defénse des Enfantes International - ADENI/DEI - Nigéria, Child Savings, Quénia, Associações de Microfinanciamento, Instituições do Ruanda (AMIR), Ruanda, e Network para a Educação Crianças e Jovens (NECY) - Sri Lanka, por facilitarem e desenvolverem as parcerias e as colaborações com institutos de formação de professores. E um enorme obrigado a todas as nossas organizações parceiras por nos darem a honra de trabalhar com membros do seu pessoal para a criação de um corpo global de Formadores Masters Regionais. Edição e finalização: Almudena Corral e Sophie Chadelle Layout: Eleonora Spagnuolo Illustrações: Lopez Lorenzana

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO Este Manual de formação tem o intuito de familiarizar o leitor não apenas com os termos corretos dos materiais de educação da Aflatoun, mas também com a abordagem pedagógica centrada na criança da Aflatoun.

O Manual está concebido para ajudar os parceiros ou as organizações a organizarem workshops de formação de professores com a duração de três dias e meio. No decurso deste workshop, os participantes irão beneficiar de uma orientação acerca do conceito, do programa e da rede da Aflatoun.

Serão introduzidos aos cinco temas educacionais recorrentes (os cinco elementos chave) que fornecem as fundações para todos os nossos recursos educacionais de sala de aula.

Os participantes também irão ser ajudados a dominar alguns métodos de aprendizagem ativa, de maneira a assegurar que as lições são participativas e experienciais. Além disso, irão aprender sobre a melhor maneira de montar um clube de poupanças Aflatoun..

No final deste workshop, os professores deverão sentir-se confiantes para utilizar os manuais de atividades que estiveram no centro da revisão do nosso currículo desde 2014.

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INTRODUÇÃO

A seguinte tabela, em conjunto com o índice, devem ajudá-lo/a a prosseguir o seu workshop, de acordo com as suas necessidades e o tempo disponível para si. Dia 1 Questionário Préformação 1. Introduções e visões globais 2. Orientação sobre o conceito, o programa e a rede da Aflatoun. 3. Métodos de aprendizagem ativa (i): brainstorming (chuva-deideias) incluindo KWL e Mapas em teia

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Dia 2 4. Prática de atividade do manual através de técnicas de brainstorming para ensinar sobre os Direitos e as Responsabilidades 5. Métodos de aprendizagem ativa (ii): Teatro de Imagens 6. Prática de atividade do manual utilizando o método de Teatro de Imagens para ensinar Compreensão Pessoal e Exploração e Direitos e Responsabilidades.

DIA 3 7. O Processo das Poupanças 8. Prática de atividade do manual sobre os temas de Poupanças e Gastos e Planear e Orçamentar 9. Equidade de Género na Sala de aula

Dia 4 10. Empreendimentos Financeiros e Sociais de crianças Questionário Pós -Formação

ÍNDICE

ÍNDICE

OD UÇ ÃO INT R

Prefácio: o Questionário Pré-Formação …………………………………………………………............................. 7 Sessão 1: Introduções e visão geral ..................................................................................................8 Sessão 2: Orientação….………………………………………………………………………………………………............... 13 Sessão 3: Métodos de aprendizagem ativa (i): Brainstorming incluindo quadros KWL e Mapas em Teia ..............................................................…............................................................ 23 Sessão 4: Prática de atividade do manual utilizando técnicas de brainstorming para ensinar Direitos e Responsabilidades ………………………………………………………………...................................... 33 Sessão 5: Métodos de aprendizagem ativa (ii): Teatro de Imagens........................................... 37 Sessão 6: Prática de atividade do manual utilizando Teatro de Imagens e Árvores de Problemas para ensinar Compreensão Pessoal e Exploração e Direitos e Responsabilidades....... 45 Sessão 7: O Processo das Poupanças ...........................................................................................49 Sessão 8: Prática de atividade do manual sobre os temas de Poupança e Gastos e Planear e Orçamentar ............................................................................................................... 53 Sessão 9: Equidade de Género na Sala de Aula............................................................................ 57 Sessão 10.: Empreendimentos Sociais e Financeiros de Crianças……………………………………......... 63

Anexos .......................................................................................................................................... 69 Anexo 1: Questionário de Pré-Formação ..................................................................................... 69 Anexo 2: Questionário Pós-Formação ............................................................................................ 73 Anexo 3: Materiais do jogo da bola dos cinco elementos chave.................................................. 77 Anexo 4: Grelha KSA .................................................................................................................... 78 Anexo 5: Jogo de cartas sobre Atividades Chave do Programa.................................................. 79 Anexo 6: Planos das Atividades 1 e 2 ......................................................................................... 88 Anexo 7: Plano de Atividade 3 .................................................................................................... 93 Anexo 8: Três Modelos de Poupança ........................................................................................... 96 Anexo 9: Regras de Ouro de Poupança ....................................................................................... 99 .

Anexo 10: Planos das Atividades 5 e 6 ...................................................................................... 100 Anexo 11: Tornando realidade o Ensino de Género Inclusivo: Checklist do Professor ................. 104 Anexo 12: Apresentação dos Empreendimentos Sociais e Financeiros de crianças......................................................................................................................................... 106 5

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PREFÁCIO

PREFÁCIO

PREFÁCIO POR FAVOR AJUDE-NOS A AVALIAR O WORKSHOP DE FORMAÇÃO!

Pedindo aos participantes para completar um Questionário PréFormação antes, e um Questionário Pós-Formação (ver Anexos 1 e-- 2) depois, esperamos avaliar a eficácia dos nossos workshops. Por sua vez, isto pode-nos ajudar a modificar a nossa abordagem na esperança de melhorar os resultados.

Antes de começar a primeira sessão do nosso workshop, por favor junte todos os seus participantes e peça-lhes que preencham o Questionário Pré-Formação individualmente.

Poderá precisar de assegurar aos seus participantes de que ainda NÃO é esperado que conheçam as respostas a todas estas questões e que isto é perfeitamente aceitável. Poderá querer explicar que lhes pedirá para preencher o mesmo formulário após o workshop, quando eles já serão capazes de responder à maior parte das questões, se não mesmo a todas as questões.

Depois de recolher todos os questionários, por favor envie-nos para o e-mail:. [email protected] para assistência na colocação em Excel.

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INTRODUÇÕES E VISÃO GERAL

SESSÃO

INTRODUÇÕES E VISÃO GERAL 90 min

(Antes de iniciar esta sessão, por favor administrE o Questionário Pré-Formação, que encontrará no anexo 1) Objetivos gerais da sessão: antes de o workshop iniciar, os participantes devem relaxar, acostumar-se uns aos outros, descobrir coisas sobre uns e outros, como os seus nomes. Enquanto formador, deverá explicar-lhes rapidamente que neste workshop eles irão aprender através de jogos e atividades e de sessões de prática de atividades do manual, ao invés de ouvir lições. Se está a trabalhar com professores que já se conhecem uns aos outros, poderá passar à frente as introduções e os jogos de aprender os nomes.

Horário de atividades sugerido 1. Apresentações..........................................................................................90 min 2. Jogo quebra-gelo ................................................................................... 90 min 3. Introduções a pares .............................................................................30 min 4. Jogos de aprender nomes..................................................................... 15 min 5. As Regras ............................................................................................. 15 min 6. Esperanças e Medos ............................................................................ 15 min

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INTRODUÇÕES E VISÃO GERAL

1 Exercício 1. Apresentação Objetivos - Receber rapidamente os participantes, agradecer e dar-lhes uma ideia sobre a natureza das atividades do workshop. Materiais - Nenhum Tempo - 5 min • É normal que os professores estejam nervosos e ansiosos sobre a natureza e o conteúdo do workshop. Terão muitas questões. Assegure-os que, à medida que forem progredindo, muitas dessas questões estarão respondidas.

• Agradeça às pessoas por terem vindo. Enfatize o facto de que isto é porque a Aflatoun respeita os professores e sabe que apenas eles podem fazer com que o programa seja bem sucedido e por isso foram convidados. A Aflatoun vê os professores como o centro do programa e percebe que precisa aprender com os professores. Agora sigamos e vamos jogar um jogo!

Exercício 2. Jogo do quebra-gelo Objetivos - Relaxar os participantes e demonstrar que o workshop será ativo. Materiais - Nenhum Tempo - 10 min • Escolha um jogo que queira que faça as pessoas rirem e mexerem-se à volta da sala.

Exercício 3. Introduçãoa pares Objetivos - Ajudar os participantes a descobrirem coisas sobre uns e outros para criar um ambiente divertido e para os habituar a estarem de pé a falar para todo o grupo. Materiais - Nenhum Tempo - 30 min • Os participantes sentam -se num círculo. • Coloca-os em pares de As e Bs. • Dá-lhes dois ou três minutos para entrevistarem o seu parceiro. Devem descobrir ’o nome do parceiro, assim como uma coisa boa que lhe tenha acontecido recentemente. Também deverão inventar uma grande mentira sobre o seu parceiro..

• Depois, irão apresentar os seus parceiros ao grupo. Eles dizem ao grupo o nome do parceiro’, a coisa boa que lhe aconteceu recentemente e a grande mentira; e.g. Esta é a Amita. . Ela é de Kandy . Ela casou recentemente. Todas as manhãs, ela nada com crocodilos.

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1 INTRODUÇÕES E VISÃO GERAL

Exercício 4. Jogos de aprendizagem Objetivo - Ajudar as pessoas a aprenderem os nomes uns dos outros e continuar o processo de ganhar confiança e espírito de equipa. Materiais - Uma bola ou um objeto luminoso para atirar e apanhar Tempo - 15 min Aqui estão dois jogos que poderás querer experimentar. "Apanha a bola"

• Pede aos professores para permanecerem de pé em círculo. • Uma pessoa atira a bola para outra. • Quando alguém apanha a bola, tens de dizer o nome da pessoa que a atirou. Se não se lembrarem do nome, podem perguntar.

• Continua a atirar a bola durrante 5 minutos. “Maria!” “Maria!”“Maria!”

• Os participantes fazem um círculo grande. • Uma pessoa coloca-se no centro do círculo. Essa pessoa quer escapar do centro e juntar-se aos outros que estão no círculo.

• Para tal, elaterá de dizer o nome de alguém do círculo três vezes seguidas antes de essa pessoa conseguir dizer o nome dela uma só vez.

• Se a pessoa que ela escolheu do círculo disser o seu nome antes de ela completar as três vezes, ela permanece no centro e terá de começar novamente com o nome’ de outra pessoa.

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INTRODUÇÕES E VISÃO GERAL

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Exercício

5. As Regras

Objetivos - Fortalecer os participantes permitindo-lhes que estabeleçam guias de conduta do workshop; Encorajar um sentimento de pertença ao workshop. Materiais - Um quadro flipchart e um marcador ou caneta Tempo 15 min • Começa por pedir aos professores que se sentem em círculo. Coloca o flipchart: e a caneta no chão, no meio.

• Pede-lhes para sugerirem regras de comportamento e de cronometragem para o workshop. Normalmente começam por pensar sobre as regras do seu comportamento. Se eles não se voluntariarem, podes sugerir guias sobre a, cronometragem, descortesia, agressividade, dizer asneiras, fumar e usar telemóveis. Tenta não colocar palavras nas suas bocas.

• Encoraja-os a sugerirem guias de comportamento sobre ti e os outros facilitadores. Os professores precisam de sentir desde o início que o workshop se baseará no diálogo entre iguais.

• À medida que os professores forem fazendo sugestões, pergunta ao grupo se concordam com a ideia e , depois, se concordam com a redação.

• Convida quem contribuiu com a ideia a ir ao centro e escrever a guia. Algumas pessoas acham que ajuda a criar um melhor ambiente se as regras forem positivas, ao invés de negativas. Por exemplo, "Devemos falar sempre cordialmente" em vez de "Não dizer asneiras...” Outra ideia é pedir aos professores para desenharem as regras em vez de as escreverem, por exemplo, fazendo um desenho de um telemóvel ou um cigarro com um traço por cima.

Exercício 6. Esperanças e Medos Objetivos - Permitir aos participantes que partilhem quaisquer preocupações ou ansiedades que tenham. E também, permitir que exprimam as suas expetativas em relação ao que irão aprender no workshop. Materiais - bloco de post-it, dois por cada participante Tempo 15 min • Pergunta aos participantes como se sentem. Se necessário, , explica-lhes que é natural que se sintam excitados ou ansiosos no início do workshop. Diz-lhes que queres começar por descobrir as suas expetativas e os seus medos que trouxeram com eles. Diz-lhes que o trabalho será mais fácil se forem todos honestos e abertos em relação aos seus sentimentos.

• Dá a cada um pequenos pedaços de papel ou dois post-it. • Pede-lhes para trabalharem sozinhos por uns momentos para refletirem sobre os seus sentimentos.

• Pede-lhes para escreverem três coisas que esperam atingir com o workshop e três coisas que possam estar a causar-lhes algum desconforto ou preocupação.

• Quando terminarem, deves recolher os /seus papéis. Podes colocá-los na parede e encorajar os professores a vê-los e a lê-los ou podes misturá-los e redistribuí-los, pedindo aos professores para os lerem.

• No final de cada dia, lê as expetativas e os medos. Pergunta se essas ainda são as suas preocupações. Se não, deita fora esse post-it. Pergunta se alguma das expetativas já foi atingida. , Se for esse o caso, retira-a igualmente da parede. 12

SESSÃO

ORIENTAÇÃO

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ORIENTAÇÃO 1 ¾ hrs

Irás encontrar-te a trabalhar com professores que nunca ouviram falar da Aflatoun. Antes de avançares, tens de lhes dar uma noção essencial sobre a formação. Os exercícios seguintes têm o intuito de demonstrar o que a Aflatoun envolve:

• um conceito (educação para crianças equilibrada entre social e financeira); • um programa (todas as atividades em que as crianças participam, tais como as sessões na sala de aula, clubes de poupanças, eleições de clube, projetos de empreendimentos);

• uma rede (a família global de organizações parceiras que adotam o programa e o tornam seu)

Horário de atividades sugerido 1. Descobre o que os participantes já sabem, e aquilo que querem saber ........................................................................................ 10 min 2. Apresentação breve sobre o programa Educação Social e Financeira (ESF) e os cinco elementos chave ..........................................................20 min 3. Jogo de bola sobre os cinco temas ...............................................25 min 4. Grelha KSA ....................................................................................5 min 5. Lição de história ........................................................................... 15 min 6. Programa de jogos de atividades .................................................30 min

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ORIENTAÇÃO

2 Exercício 1. Descobre o que os participantes já sabem Objetivos - Compreender as noções que o grupo possui sobre a Aflatoun e as curiosidades que têm. E também introduzir a grelha KWL pela primeira vez. Tempo 10 min Materiais - Três folhas flipchart para fazer uma grelha KWL

O que é que sabem sobre a Aflatoun? (Know)

O que é que querem saber sobre a Aflatoun? (Want)

O que é que aprendemos sobre a Aflatoun? (Learn)

• Reúne o grupo perto do quadro flipchart (em cima) • Pede ao grupo para partilharem o que já sabem sobre a Aflatoun e escreve as suas respostas numa coluna do flipchart.

• Depois, pergunta-lhes o que querem aprender sobre a Aflatoun e escreve as suas questões na segunda coluna.

• Explica aos participantes que irás pedir-lhes que preencham a terceira coluna no final do workshop.

Exercício

2. Apresentação breve sobre o conceito de Educação Social e Financeira e os cinco elementos chave Objetivos - Fornecer aos participantes informação essencial sobre os conceitos base dos livros da Aflatoun. Tempo 20 min Materiais - Nenhum Utiliza as seguintes notas para te ajudar a explicar os conceitos aos participantes. Tenta encontrar a tua própria maneira de passar esta informação. Sê criativo.

Conceito O que significa Educação Social e Financeira para crianças? A Aflatoun envolve um equilíbrio entre educação social e educação financeira para crianças. Estes dois têm de estar em equilíbrio. Educação social quer dizer ajudar as crianças a desenvolver o seu caráter, ensinando-lhes sobre os direitos das crianças e encorajando-as a desenvolver projetos relacionados com a justiça social. Educação financeira quer dizer ensinar as crianças a poupar, a manter registos financeiros e a desenvolver projetos para as gerações futuras.

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De que forma é que ambos se tornam mais fortes? Infelizmente, há alturas em que o conhecimento sobre dos nossos direitos não é suficiente por si só. Por exemplo, podemos dizer a uma rapariga que ela tem o direito a ter uma educação. Mas se ela nem sequer pode pagar o autocarro para a escola, ou se os seus pais não podem pagar o seu uniforme, para que lhe serve este direito? Da mesma, forma, podemos dizer a um rapaz que ele tem o direito de brincar, mas se ele nem sequer tem umas quantas moedas para comprar um brinquedo, de que forma é que o ajuda conhecer este direito? Muitas vezes, as pessoas precisam de algum dinheiro para que os seus direitos tenham algum significado.

Dica! As notas nesta secção têm o intuito de te ajudar a preparar o teu próprio discurso. Encontra a tua própria maneira de explicar estas ideias . Esta é a única sessão que requer que o facilitador faça um discurso.

Então, de que forma é que o social torna o financeiro mais forte? Na Aflatoun, não temos uma atitude relaxada a ensinar crianças sobre dinheiro. Sabemos que o dinheiro acarreta uma série de tentações e complicações. Por isso, antes de iniciarmos uma educação financeira, tentamos dar às crianças uma noção de justiça e uma compreensão de ética. Encorajamo-las a verem-se não apenas como indivíduos, mas como membros de uma família e de uma comunidade. Temos o cuidado de não apresentar o dinheiro como uma fonte garantida de felicidade. É tão provável o dinheiro trazer problemas como soluções. Queremos que as crianças compreendam que enquanto indivíduos podem beneficiar ao poupar e ao criar empreendimentos. Mas colocamos o mesmo ênfase no potencial dos empreendimentos terem um impacto positivo ao nível da comunidade.

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Quais são os cinco principais elementos chave e que tipo de coisas é que as crianças aprendem com eles? i. Compreensão Pessoal e Exploração Encorajamos as crianças a conhecerem-se a si mesmas e a permitirem-se crescer confiantes e a sentirem-se capazes de dirigir as suas próprias vidas. As crianças aprendem a estar mais atentas às suas emoções e a exprimirem-se. Aprendem que todos somos únicos e especiais, mas que ninguém é mais importante que qualquer outro. Também queremos que pensem por si mesmas. A frase da Aflatoun é "Separar a ficção dos factos!" Explorar, pensar, investigar e agir.’

ii. Direitos e Responsabilidades A Aflatoun está enraizada na Convenção dos Direitos das Crianças das Nações Unidas (CDCNU). Queremos que as crianças percebam que têm direitos e que o facto de todas as crianças terem os mesmos direitos é que as torna iguais. Todos temos formas diferentes de ver o mundo, seja a religião ou a política ou outro, mas o conjunto de valores que temos estão na CDCNU. No entanto, as crianças aprendem que os seus direitos não devem privar os outros dos seus direitos. Também somos cuidadosos ao ensinar crianças que têm direitos mas também têm as respetivas responsabilidades. Por exemplo, se uma criança tem o direito da educação, ela tem a responsabilidade de estudar arduamente. Se tem o direito de brincar, também tem a responsabilidade de brincar de forma segura. Se tem o direito de ter comida, também tem a responsabilidade de não a desperdiçar.

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iii. Poupança e Gastos As crianças são encorajadas a desenvolver uma atitude de poupança que as ensina a não desperdiçar nada, seja dinheiro, comida, tempo, água, ou outro recurso natural. A ênfase é colocada em poupar pequenas quantidades de forma regular, por exemplo, desenvolvendo uma disciplina de hábito de poupança. As crianças aprendem a diferença entre uma necessidade e um desejo. A ideia não é encorajar as crianças a quererem ser milionárias. É darlhes disciplina para que possam cuidar de si próprias à medida que forem crescendo.

iv. Planear e Orçamentar Se ensinarmos as crianças a poupar, também temos de as ensinar a manter um registo básico financeiro tais como colunas de recebimentos e gastos. Planear e Orçamentar ensina as crianças a criarem objetivos de poupança. Elas também aprendem a organizar os seus outros recursos, como o tempo.

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v. Empreendimentos Sociais e Financeiros de Crianças As crianças são encorajadas a desenvolver o seu próprio pequeno projeto de empreendimento social e/ou financeiro na escola. Os projetos de empreendimentos sociais podem ser qualquer coisa que torne a vida da criança, ou a escola, ou a comunidade mais justa, mais segura ou mais saudável. Por exemplo, por vezes as crianças plantam árvores à volta da escola para providenciar sombra e privacidade e para crescer fruta. Ou fazem uma campanha contra fumar, beber álcool e outras drogas, ou contra o bullying ou violência de professores.

Empreendimentos Financeiros referem-se a qualquer pequeno projeto em que existam ganhos, feito na escola. Muitas vezes, incluem venda de bolos ou manter galinhas e vender os seus ovos, ou a manutenção de hortas para vender vegetais em mercados.

Exercício 3. Jogo de bola dos cinco elementos chave Objetivos - Demonstrar aos participantes que os cinco elementos chave são igualmente importantes e que um bom programa precisa de lhes dedicar um tempo equivalente. Tempo - 25 min Materiais - Cinco bolas (cada uma com uma cor), cinco folhas com cada um dos cinco temas educacionais escritos (com cores correspondentes às boas) , cinco folhas com atitudes escritas (anexo 3) • Pergunta aos participantes qual dos cinco elementos chave é o mais importante. Pedelhes para explicarem a sua resposta..

• Coloca as cinco bolas coloridas num círculo e pede voluntários (se não tiveres bolas coloridas, coloca apenas papel normal numerado de 1 a 5).

• Pede cinco voluntários e coloca uma das folhas de papel em cada um . Cada uma das cinco folhas deve ter escrito um dos cinco temas educacionais.

• Pede aos voluntários para se juntarem todos pelos cotovelos. Depois, pede-lhes para formarem um círculo de maneira a que todos fiquem virados para fora.

• Explica-lhes que cada voluntário deve escolher uma bola que faça par com a folha colocada no seu peito. Peça-lhes começarem. O que normalmente acontece é que todos os voluntários tentam empurrar-se uns aos outros e assim não conseguem 18

completar a tarefa. Se isto acontecer, pergunta aos outros participantes porque é que não está a funcionar? Eles irão dizer-te que os voluntários têm de funcionar como uma equipa.

• Reinicia o jogo e relembra os voluntários que têm de cooperar. • Assim que tiverem conseguido apanhar as cinco bolas e regressado ao centro, pergunta aos participantes o que este exercício nos ensina acerca dos cinco elementos chave (eles são todos iguais e precisam de trabalhar em conjunto). Se quiseres, podes adicionar uma segunda parte ao jogo, da seguinte forma:

• Explica que no programa Aflatoun esperamos ver mudanças no que se refere ao conhecimento, às capacidades e às atitudes das crianças.

• Distribui as cinco folhas de atitudes aos participantes. • Traz de volta os voluntários ao meio do círculo. • Explica que, desta vez, eles têm de ir buscar as bolas coloridas tal como da outra vez, ainda trabalhando em círculo, cada voluntário deverá passar a sua bola ao participante com a folha de atitude correspondente.

• Depois, pergunta ao grupo todo se os elementos chave foram correspondidos com as atitudes certas.

4 Grelha KSA (Kowledge, Skills, Attitudes – Conhecimento, Capacidades e Atitudes) Objetivos - Observar as mudanças nas crianças que queremos que surjam com o programa e demonstrar que elas podem ser indicadoras para o trabalho de monitorização e avaliação. Tempo 5 min Materiais - Grelha KSA (anexo 4) Exercício

• Coloca uma grande Grelha KSA na parede. Reúne os participantes à sua volta. Mostralhes os cinco temas educacionais no eixo vertical à esquerda e os diversos resultados que esperamos observar em cada um no que se refere ao conhecimento, às capacidades e às atitudes.

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ORIENTAÇÃO

2 Exercício 5. Sessão sobre a história Objetivos - Fornecer aos participantes um pouco mais de informação sobre as origens do programa e do movimento Aflatoun. Tempo 15 min Materiais - Nenhum O texto seguinte foi concebido para te ajudar a fazer uma breve apresentação. Ou podes utilizá-lo para criar o teu próprio exercício.

Onde e quando A Aflatoun iniciou-se em Mumbai em 1991. Alguns académicos da Escola de Ciências Socias de Tata estavam a criar um pequeno programa com crianças de rua. Em 1992, houve bastante violência em Mumbai entre as pessoas Muçulmanas e Hindu. Os académicos decidiram que as crianças provenientes de diferentes classes deviam ter a possibilidade de se conhecerem para que conseguissem perder os medos e preconceitos da geração dos seus pais. Tal como com as crianças de rua, eles trouxeram crianças de ambientes ricos e pobres, e de comunidades muçulmanas e hindus. Ensinaram a estas crianças que elas eram todas iguais porque todas partilhavam os mesmos direitos. Assim, o programa começou com os direitos das crianças. Mais tarde, as crianças pediram para serem aconselhadas financeiramente. Muitas delas sobreviveram nas ruas porque tinham micro-empreendimentos e, por isso, precisavam de educação financeira. Foi assim que se deu início à abordagem equilibrada de educação social e financeira. Quem e onde Um dos fundadores do programa original foi uma mulher indiana chamada Jeroo Billimooria. Jeroo mudou-se posteriormente para Amesterdão na Holanda. Vivendo nesta nova cidade, ela começou a questionar-se se o programa que tinha ajudado a criar na Índia poderia resultar noutros países. Assim, ela encontrou organizações parceiras em 10 países piloto. Depois fez algo muito sensato. Forneceu-lhes os manuais das crianças que tinham sido desenvolvidos na Índia e propôs aos parceiros que os editassem para que se adequassem à cultura do seu próprio país. O piloto foi um sucesso e os Membros da Direção da Aflatoun iniciaram uma campanha em 2007 para conduzir o programa a 75 países e a um milhão de crianças até Março de 2011. Atualmente, a Aflatoun está presente em 95 países e quer atingir 10 milhões de crianças em 120 países até 2015. As organizações parceiras da Aflatoun incluem grandes organizações como a UNICEF, grandes ONG como a Plan International, ChildFund, World Vision, Children International and Mercy Corps, e muitas pequenas e dinâmicas ONG locais. O Secretariado da Aflatoun é constituído por uma pequena equipa internacional , que trabalham a partir de um escritório em Amesterdão. Isto é supervisionado por uma Direção Executiva que responde aos Membros da Direção. Cada uma das regiões geográficas em que a Aflatoun trabalha (África anglófona, África Francófona , Este e Norte de África, América, Europa, Ásia Central, Ásia) tem o seu próprio gestor de programa, também sedeado no Secretariado de Amesterdão.

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2 ORIENTAÇÃO

Exercício 6. Jogo sobre atividades chave Objetivos - Fornecer aos participantes informação essencial sobre os conceitos base dos livros da Aflatoun. Tempo - 30 min Materiais - Um conjunto de cartões (anexo 5) Instruções

• Coloca os sete cabeçalhos numa parede branca, descrevendo-os de forma muito breve. ‘Sessões da Aflatoun em sala de aula - num bom programa vemos as crianças e um professor a ter lições utilizando o material da Aflatoun.

• Dá a cada formando um ou dois cartões. Os cartões têm exemplos de programas existentes. Pede-lhes que leiam o seu cartão e pensem sobre a que cabeçalho de atividade poderá corresponder.

• Pede, um a um, que leia em voz alta o seu cartão e a coloque por baixo do cabeçalho correto. Pergunta ao resto do grupo se concorda. Pede-lhes para explicarem a sua resposta. ‘Pergunta porque é que pensam que isso e?‘ quem tem uma ideia diferente.?’*

*Estas duas questões estão enfatizadas em muitas sessões neste manual. Através do seu uso repetitivo, esperamos encorajar os professores a afastarem -se do hábito de colocar questões fechadas de sim/não para verificar se foi corretamente memorizado. Este tipo de questões promove o pensamento crítico. Requerem que a criança explique as suas respostas revelando os seus processos de pensamento. Outras crianças poderão, então, discordar, mas primeiro terão de ouvir de forma cordial e perceber que, por vezes, nós vemos as coisas de diferentes perspetivas. Poderás querer tirar um momento para realçar este contraste entre o ensino tradicional com a sua ênfase na memorização, e a aprendizagem centrada na criança que espera ensinar as crianças a pensar.

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MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

SESSÃO

MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

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MÉTODOS DEAPRENDIZAGEM ATIVA (I): BRAINSTORMING INCLUINDO QUADROS KWL E MAPAS EM TEIA 90 min Os objetivos gerais desta sessão são treinar os participantes através de diversas técnicas de brainstorming. As técnicas de brainstorming aparecem em muitas lições da Aflatoun, principalmente no início. Ajudam-nos a demonstrar que ensinar tem muito a ver com o que a criança já sabe assim como fornecer-lhe novas informações ou conhecimentos. Colocando exercícios de brainstorming no início de muitas sessões, conseguimos começar pelo que já é conhecido prosseguindo para o que ainda não é conhecido.

Horário de

atividades sugerido

1. Questionário de blocos de post-it ......................................................... 15 min 2. Grupos de Discussão de Prós e Contras ............................................20 min 3. Faz uma demonstração ....................................................................... 15 min 4. Reflete sobre a demonstração ............................................................. 10 min 5. Discussão de grupo sobre as vantagens de brainstorming ................ 10 min 6. Outras ferramentas de brainstorming: o quadro .................................... 10 min 7. Outras ferramentas de brainstorming: o mapa em teia............... ............. 10 min

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MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

3 (I):

MAP

Exercício 1.Questionário de com folhas post-it Objetivos - Explorar as atitudes das pessoas em relação ao ensino. Demonstrar que, tanto o ensino centrado na criança, como o ensino tradicional têm pontos fortes e fracos. Tempo - 15 min Materiais - Blocos de post-it, ou cartões, ou pedaços de papel. Breve aquecimento

S

Esta atividade começa com um breve exercício de associação de palavras.

• Dá a cada participante uma folha post-it. • Diz-lhes que irás dizer uma palavra. Quando eles a ouvirem, os participantes devem

THO

escrever nos post-it a primeira palavra que lhes vem à cabeça.

• Diz ‘verde’. • Após dez segundos , percorre o grupo e ouve as palavras a que eles associaram a

D

verde, por exemplo, árvore, relva.

US

S

Questionário com folhas post-it Agora estás pronto para começar.

• Dá a cada participante uma folha post-it. • Diz-lhes que irás dizer outra palavra. Quando eles a ouvirem, os participantes devem

TER ME

escrever no post-it a primeira palavra que lhes vem à cabeça.

CL

• Diz professor • Após dez segundos, pede-lhes que te sigam para um espaço branco na parede. Coloca dois cabeçalhos na parede. ‘ Um deve ler Ensino Tradicional e o outro Ensino centrado na criança’

EAR NING

• Pede a alguém que leia a palavra ou a frase que associaram à palavra professor. Por

TS

• Agora, pede ao grupo todo em que coluna é que acham que devem colocar a palavra

exemplo, alguém no grupo pode ler disciplina. disciplina. É uma característica do Ensino Tradicional ou do Ensino centrado na criança? Ou está algures entre os dois?

AN D

• Lembra-te de ouvir uma variedade de opiniões. Esta é uma oportunidade para modelares um importante processo, ou seja, uma discussão aberta com pouca pressão para produzir uma resposta correta. Encoraja os participantes a explicarem ou justificarem as suas opiniões. Tenta modelar essas duas perguntas essenciais, por exemplo , ‘Porque é que achas isso?’ e ‘Quem tem uma ideia diferente?’

CTIV

• Continua o processo até que todos os post-it tenham sido colocados na parede, para

E QUA

satisfação do grupo. Vê o quadro em baixo para teres uma ideia sobre como poderá ficar.

DRO

Lembra-te, a Aflatoun acredita que os bons professores combinam elementos do ensino tradicional e do ensino centrado na criança. Queremos que os nossos professores se sintam confiantes ao utilizarem uma abordagem equilibrada.

L

A 24

MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

3 Uma ilustração de como poderá ficar a tua parede após um questionário de post-it:

Ensino Tradicional

Ensino centrado na criança

Disciplina

Facilitador

Estático

Perito

Todos os sentidos Respeito

Autoridade

Interação com os pares

Ninguém o corrige

A criança não tem nada para oferecer Um sentido

Ativo

Exploração

Modelo

Partilha

Ouvir

A criança aceita tudo sem questionar

Não inova nem muda

Ensina a partir de livros

Não tem em consideração necessidades individuais

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MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

3 Exercício 2. Grupos de discussão de prós e contras Objetivos - Demonstrar que tanto o ensino tradicional como o ensino centrado na criança têm pontos fortes e fracos Tempo 20 min Materiais - folhas flipchart ou pequenas folhas de papel Esta é outra oportunidade para explicar que a Aflatoun não pretende atacar o ensino tradicional. Assegura aos participantes que nós queremos encorajar os professores a utilizarem elementos de ambas as abordagens.

• Coloca os participantes em grupos pequenos e distribui por cada um papel e marcadores. • Pede-lhes para dividirem o papel em quatro. Cada quarto do papel deve ter um dos seguintes cabeçalhos:

Ensino Tradicional (pontos fortes)

Ensino Tradicional (pontos fracos)

Ensino centrado na criança (pontos fortes)

Ensino centrado na criança (pontos fracos)

• Dá aos grupos dez a quinze minutos para completarem os seus quadros. • Pede a cada grupo para apresentar o seu quadro. • Coloca os quadros na parede

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Aqui está um exemplo de um quadro completo de um workshop feito com o Pessoal de uma formação de professores substitutos.

Ensino Tradicional (pontos fortes) Não consome muito tempo

• • Os aprendizes maximizam com ’os conhecimentos do professor

• Pode fornecer muita informação num período curto de tempo, especialmente em turmas grandes

• Cobre muito conteúdo • Não necessita de qualquer preparação • É mais fácil de controlar a turma e de manter a disciplina

Ensino Tradicional ((pontos fracos)

• • • •

Não prevê diferenças individuais Os aprendizes tornam-se passivos Não ensina competências cognitivas

Cobertura superficial ou vulgar sobre o assunto – O professor não se abstrai do livro para explorar de forma mais profunda sobre o assunto

• Secante! • Não há espaço para a criatividade • As crianças memorizam ideias e formulam o que não compreendem

Ensino centrado na criança (pontos fortes) • O conhecimento prévio da criança é aproveitado

• As crianças são treinadas para pensar • São requeridos processos de pensamento superiores

• Completo envolvimento dos aprendizes • As crianças aprendem fazendo • Promove o pensamento crítico e a

Ensino centrado na criança (pontos fracos)

• Consome muito tempo em termos de preparação

• Desafia a capacidade dos professores de controlar a turma

• Muitas vezes, os métodos de aprendizagem ativa exigem materiais caros

• Muitas vezes, os professores acabam por pagar os materiais do seu próprio bolso

resolução de problemas

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MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

3

MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

3 Exercício 3. Faz uma demonstração Objetivos - Fazer com que os participantes se envolvam em atividades de brainstorming para que aprendam através da experiência Tempo 15 min Materiais - Os participantes devem ter uma caneta e papel • Explica aos participantes que irás ensiná-los durante 15 minutos como se fossem uma turma de alunos . Não dês mais nenhuma explicação sobre o que se seguirá..

• Pede-lhes para trabalharem individualmente durante dois minutos. Durante esse período de tempo, eles devem escrever os nomes de todas as emoções de que se lembrarem. A única regra é que NÃO PODEM PARAR DE ESCREVER.

• Após os dois minutos, termina. Rapidamente, pede para ouvir algumas respostas. TOMA CUIDADO PARA NÃO OS CORRIGIR QUANDO DEREM AS SUAS RESPOSTAS.

• Agora, coloca-os em pares, rapidamente. Pede-lhes para compararem as suas listas. Se o parceiro tiver uma palavra que o outro não tenha, deve escrevê-la.

• Após os dois minutos, termina. Pergunta rapidamente a alguns alunos se aprenderam alguma nova palavra do seu parceiro. Toma cuidado para não corrigires as suas respostas.

• Agora, coloca-os em grupos de quatro ou cinco. Explica que cada pessoa no grupo deve ter um minuto para contar aos outros uma situação em que tenha experienciado uma das emoções da sua lista.

• Enquanto os estudantes estão a ter esta discussão, lembra-te de monitorizar e observar. Também poderás querer ir preparando a próxima atividade , escrevendo no flipchart , por exemplo.

Exercício 4. Reflete sobre a demonstração Objetivos - Ajudar os alunos a compreender o processo do brainstorming e o valor de permitir que as crianças trabalhem individualmente, em pares e em grupos. Tempo 10 min Materiais - Nenhum Aqui estão algumas questões (e respostas sugeridas que te poderão ajudar a orientar a discussão): Q. O que é que nós acabámos de fazer? R. brainstorming. Q. Que formas diferentes de trabalhar é que nós utilizámos? O que é que eu vos pedi para fazer? R. Trabalhámos individualmente e em grupos ou pares. Q. Que outras instruções é que eu vos dei? R. Disse-nos quanto tempo tínhamos e disse-nos que tínhamos de continuar a escrever. Q. De quem vinha a informação, dos alunos ou do professor? R. Dos alunos. 28

3 MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

Q. Quando eu ouvi algumas das vossas respostas, não fiz algo que um professor tradicional faria. O que foi? R. Não nos disse se as nossas respostas estavam certas ou erradas. Q. Quantas crianças participaram? R. Todas. Q. Qual foi a proporção entre o Tempo de Fala do Professor (TFP) e o Tempo de Fala dos Alunos (TFA)? R. Se o exercício correu bem, provavelmente não terás falado muito, para além das necessárias instruções e de pedir algumas respostas, por isso a proporção poderá ser de 20% para o TFP e de 80% para o TFA. Independentemente da proporção verdadeira, este é o local ideal para discutir o conceito de reduzir o TFP em prol do TFA, e de examinar os desafios para os professores e as vantagens para os alunos, ao fazerem isso. Q. Enquanto estavam a trabalhar, o que é que eu estava a fazer? R. Monitorizar e observar. Preparar a próxima atividade..

Exercício 5. Discussão de grupo sobre as vantagens de brainstorming Objetivos - Ajudá-los a apreciar os benefícios do brainstorming enquanto uma ferramenta de sala de aula. Tempo - 15 min Materiais – Folhas flipcharts, uma para cada grupo de cinco participantes • Coloca os participantes em grupos de cinco. Dá a cada grupo uma folha flipchart. • Pede-lhes para trabalharem em conjunto a preparação de uma lista de vantagens do brainstorming enquanto ferramenta de ensino.

• Após dez minutos , pede a cada grupo para fazer a sua apresentação rapidamente. • Tem à mão o teu próprio flipchart pronto (vê a ilustração em baixo) para apresentares, caso pressintas que os grupos deixaram escapar algo de importante. A ilustração de como poderá ser o teu próprio flipchart: Utilizações e vantagens do brainstorming 1. Ajuda a introduzir um novo assunto. 2. Ajuda as crianças a recuperar conhecimentos que já tenham . Poderás , então, construir a partir dessa base pessoal. 3. Mantém a atenção dos estudantes num tópico em particular e torna-os curiosos sobre a próxima sessão. 4. Cria muitas ideias. 5. O processo ensina as crianças a aceitar e respeitar as ideias das outras pessoas. Elas aprendem que todos vemos o mundo de forma ligeiramente diferente.. 6. Uma vez que todas as respostas são aceites, as crianças perdem o medo de falhar. Elas aprendem a tomar riscos. 7. Todos os alunos têm a oportunidade de se exprimirem. 8. Introduz o método de recolher ideias antes de escrever tarefas ou problemas. 29

MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

3 Exercício 6. Outras ferramentas de brainstorming: o quadro KWL Objetivos - Demonstrar novamente a utilização desta ferramenta Tempo 10 min Materiais - um quadro KWL! Ver abaixo

O que é que sabem sobre ...? (know)

O que é que queremos saber sobre...? (want)

O que é que aprendemos sobre...? (Learn)

• Pega num tema em que as pessoas consigam discutir, por exemplo, o desporto neste país ou SIDA/ / HIV. Pergunta-lhes o que sabem acerca desse assunto e escreve as suas respostas na primeira coluna. Esta é uma forma de brainstorming coletivo e ajuda os professores a perceber o grau de conhecimento dos alunos sobre o assunto em questão. Também alerta o professor para quaisquer más-interpretações que os alunos tenham sobre o assunto, por exemplo, ‘podemos apanhar HIV / SIDA dançando’. Um objetivo principal aqui é ajudar os estudantes a recuperar conhecimentos prévios, para ajudá-los a perceber o que já conhecem sobre o assunto. Isto vai-lhes providenciar uma base pessoal sobre a qual poderão construir novos conhecimentos ou perceber o que poderão ganhar no decurso da lição.

• Agora, pergunta-lhes o que querem saber sobre o assunto (desporto neste país ou HIV/SIDA). Preenche a segunda coluna. Isto ajuda as crianças a concentrarem a sua atenção na lição decorrente.

• Explica que o professor não irá preencher a terceira coluna até ao final da aula. É pouco provável que todas as questões surgidas na segunda coluna tenham sido respondidas na terceira coluna. Quando a aula terminar e algumas questões da segunda coluna permanecerem sem resposta, o professor pode utilizá-las para enviar trabalhos de casa ou para preparar a aula seguinte.

Exercício Objetivos

7. Outras ferramentas de brainstorming: o mapa em teia Mostrar um método para brainstorming coletivo que o professor pode fazer no quadro Tempo 10 min Materiais - Nenhum • Começa por escrever o nome do tópico escolhido num círculo no centro do quadro ‘Aflatoun’

• Pede aos estudantes para dizerem o que já sabem sobre o assunto. Tenta agrupar as ideias. Por exemplo, todas as respostas que tenham a ver com a história original da Aflatoun devem ser escritas no mesmo local do quadro. Ideias que estão relacionadas podem ser ligadas através de uma linha.

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3 Agrupar no mapa em teia Esta é uma simples técnica para recolher as ideias dos alunos, à medida que os envolves num brainstorming coletivo, e de organizar essas ideias no quadro de uma forma visual para lhes proporcionar estrutura . As crianças também podem aprender a técnica e utilizá -la para tirar notas durante as lições. De facto, a técnica é ensinada para ajudar os aprendizes com dificuldades de leitura. Em vez de escreverem as respostas e as ideias dos alunos ao calhas no quadro, o mapa mental cria padrões , cria ligações e estabelece associações entre a própria experiência dos alunos e novas informações, entre partes de um conceito e o seu todo. Começa com um centro ou um núcleo onde colocarás o conceito, tópico ou assunto da lição. Pergunta aos alunos o que sabem sobre isso . As principais ideias são ligadas ao tópico central através de linhas a partir do centro. O professor irá precisar de pensar sobre a sua capacidade de organizar essas ideias à medida que os alunos as vão exprimindo. Ideias de apoio transformam-se em ramificações de ideias centrais. Vai trabalhando a partir do centro para fora , de maneira a criar uma estrutura de palavras-chave, frases ou até imagens. A técnica é similar, de várias maneiras, ao mapa mental. Contudo, agrupar tende a criar diagramas mais simples e menos intrincados, por isso, os professores poderão sentirse mais confiantes e confortáveis ao usá-los. Os mapas mentais tendem a ser mais complicados e, muitas vezes, os professores sentem pouco artísticos para criarem um.

e-learning... e-learning... e-learning... e-learning... e-learning... Para ver uma demonstração de um brainstorming em sala de aula no Youtube, segue o link: http://youtu.be/s73MNJWDXws Para ver uma demonstração de um quadro KWL em sala de aula no Youtube, segue o link: http://youtu.be/3wLYRwSbSbw

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MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA(I): BRAINSTORMING INCLUDING KWL e MAPAS E M T E I A

• Também podes desenhar as respostas, ou então escrevê -las.

MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA (I): BRAINSTORMING INCLUINDO QUADROS KWL E MAPAS EM TEIA

3 Trabalhos e tarefas estranhos

Dinheiro de bolso

Resgate e depósito

Presentes de dinheiro no aniversário

Criação de receitas ou ganhos

Livro de poupança Fácil Acesso

Balanço

Clube de empresa financeira Aflatoun

Sistemas

Os pais podem perguntar para isso

Casa Contabilidade

POUPANÇA E GASTOS

Tentação para gastar

Onde ? O clube é divertido

Quanto é? Com que frequência? Por quanto tempo?

Poupanças Objetivos

Escola Necessidades vs Vontades

Banco

Estabelece objetivos claros de poupança

Juros do lucro Difícil de retirar

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Muito seguro

Hábitos semanais ajudam

SESSÃO

4

PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL: UTILIZANDO TÉCNICAS DE BRAINSTORMING PARA ENSINAR DIREITOS E RESPONSABILIDADES 2 ½ ou mais O objetivo desta sessão é oferecer aos professores prática no ensino dos planos de lição da Aflatoun. Esta é uma oportunidade para encorajares os professores a ensinar de uma maneira mais centrada na criança. Acabaste de os introduzir às técnicas de brainstorming na sessão prévia. Os planos da lição desta sessão incluem essas técnicas para ajudar a reforçar essa aprendizagem. Dependendo de quantos grupos decidires observar, ensinar esta lição pode facilmente demorar três ou quatro horas.

Horário de

atividades sugerido

1. Explica como irá decorrer a sessão............................................................... 5 min 2. Divide-os em grupos, dá-lhes os planos da lição e deixa-os preparem-se ................................................................................ 15 min 3. Observa-os a ensinar.................................................................... 50 min no mínimo 4. Dá-lhes um feedback .................................................................................. 10 min

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PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL UTILIZANDO TÉCNICAS DE BRAINSTORMING PARA ENSINAR DIREITOS E RESPONSABILIDADES

4

4 PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL UTILIZANDO TÉCNICAS DE BRAINSTORMING PARA ENSINAR DIREITOS E RESPONSABILIDADES

1. Explica como irá decorrer a sessão 5 min

• Explica aos participantes que os irás dividir em grupos de quatro ou cinco elementos, dá a cada grupo um plano de atividade e dá-lhes pelos menos 15 minutos para se familiarizarem com os conteúdos. Depois irão ensinar o grupo grande. Terás de realçar que eles irão realmente ensinar e NÃO fazer uma apresentação.

• Poderás precisar de realçar que eles não necessitam de fazer um planeamento da lição enquanto tal. O planeamento da lição já foi efetuado e é isso que eles estão a ler. Tudo o que eles precisam de fazer é assegurar que conseguem seguir as instruções.

• Realça o quadro de Feedback da Prática de Atividade do manual e diz-lhes que depois de ensinarem, irás pedir ao grupo todo para avaliar o seu desempenho utilizando estes critérios.

Quadro de Feedback da Prática de Atividade do Manual 1. O professor ensinou? Se sim, foi necessário e ajudou? Ou desnecessário? 2. Qual foi a proporção entre o tempo de fala do professor (TFP) e o tempo de fala ( dos alunos (TFA)? 3. Quantas crianças conseguiram participar ativamente? 4. O professor fez um bom uso de perguntas abertas? 5. Se a sala de aula foi barulhenta, esse barulho foi produtivo ou contraproducente? 6. Se a sala de aula foi silenciosa, esse silêncio foi produtivo ou contraproducente? 7. O que é que observaram? Crianças a trabalhar; • sozinhas • a pares • em grupos 8. De que coisas é que gostaste? 9. Que coisas terias feito de forma diferente?

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4 • Coloca-os em grupos de quatro ou cinco elementos. • Dá a alguns grupos o Plano de Atividade 1 e a outros o Plano de Atividade 2 (Anexo 6) • Realça, de novo, que eles irão ensinar o grupo grande. Eles podem escolher uma pessoa do seu grupo, ou então podem dividir a atividade de maneira a que cada pessoa ensine uma parte diferente.

• Ajuda-os com as suas questões. 3. Observa-os a cada um (até 50 min por grupo) • Pede ao resto do grupo para fazerem apenas o que o "professor" lhes pedir. Não é uma boa ideia que o grupo grande faça um roleplay enquanto crianças.

• Enquanto os participantes estão a ensinar tenta manter apontamentos para te ajudar a dar um feedback no final.

• Por causa do tempo, não serás capaz de observar cada grupo a ensinar a lição completa. Toma as tuas próprias decisões sobre como gerir o tempo. Por vezes ajuda ver grupos diferentes a fazerem diferentes partes da mesma lição.

4. Dá-lhes um feedback (10 min) • Começa por perguntar rapidamente aos professores como é que acharam que correu a sessão. • Faz algumas ou todas as perguntas ao grupo grande. • Acrescenta os teus próprios comentários. Tenta ser positivo mas não tenhas medo de sugerir ideias para melhorar.

Dicas! Tempo A prática de atividade do manual e a crítica construtiva entre pares que se segue cria a base de qualquer formação da Aflatoun. Arranjar o tempo suficiente para o fazer de forma decente é sempre um desafio. Dispende o máximo de tempo que puderes. Um plano de atividade da Aflatoun dura 40 - 50 minutos e os participantes serão agrupados em pelo menos cinco grupos de cinco elementos. Obviamente, não poderás ver cada grupo a apresentar a lição inteira. Terás de tomar as tuas próprias decisões sobre como gerir o tempo. Poderá ajudar-te se vires diferentes grupos a fazerem diferentes partes da mesma lição. Por exemplo, poderás pedir ao primeiro grupo para ensinar a secção "Início", a outro para ensinar ’ a atividade "Aprender" e a outro para ensinar a sessão "Reflete". Cuidado para não lhes dizeres isso antecipadamente, senão apenas irão ler essa parte do plano de atividade! Preparação Poderás precisar de realçar que os participantes não necessitam fazer o planeamento da lição. O plano de atividade que lhes deste está no seu formato completo. Apenas precisam de o ler, decidir sobre quem faz o quê e depois seguir as instruções escritas. Feedback Por favor, não te sintas sob pressão de trabalhar mecanicamente durante toda a lista de questões de feedback. Utiliza apenas as questões que te ajudarão a chegar ao coração de uma discussão construtiva. Se, por exemplo, um participante ensinou uma secção "Início" com Teatro de Imagens, não faz sentido perguntar ao grupo, no final, se o professor ensinou. 35

PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL UTILIZANDO TÉCNICAS DE BRAINSTORMING PARA ENSINAR DIREITOS E RESPONSABILIDADES

2. Coloca-os em grupos , dá-lhes os planos de atividade e deixa-os ler (15 min)

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MÉTODOS DE APRENDIZAGEM ATIVA (II):TEATRO DE IMAGENS 90 min - 2 ½ horas O Teatro de Imagens é uma ferramenta que dá às crianças a liberdade de expressarem a sua opinião e de compreenderem a matéria de uma forma rápida e divertida. Outra vantagem é que a técnica é fácil de ensinar e de aprender e não requer nenhum acessório. Assim como ajuda os professores a trabalharem os planos de atividade da Aflatoun, o Teatro de Imagens pode ser aplicado a qualquer área de um currículo nacional de um país.

Horário de

atividades sugerido

1. O Jogo da Estátua ..................................................................................... 10 min 2. Discussão sobre a liberdade ou não das crianças de comentar durante a aula....................................................................................................................... 10 min 3. Modelo de imagem.......................................................................................... 10 min 4. . Imagens de grupo .................................................................................... 45 min 5. Discussão sobre o papel do facilitador no Teatro de Imagens .................. 10 min 6. Aplica a técnica a assuntos mais sérios ..................................................... 45 min

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MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA II:TEATRO DE IMAGENS

SESSÃO

MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA II:TEATRO DE IMAGENS

5 Exercício 1. O Jogo da Estátua Objetivos - Ensinar aos participantes os princípios do Teatro de Imagens e a sua insistência no não movimento e sem som Tempo 10 min Materiais - Nenhum • Pede ao grupo para andar pela sala. Depois, pede-lhes para se agruparem rapidamente em grupos de dois, três, quatro ou o número que tu disseres.

• Depois de praticarem algumas vezes, diz-lhes que, para além do número, também irás dizer uma imagem. Eles têm que se agrupar no número correto de elementos do grupo e fazer uma imagem que demonstre o que disseste.

• Explica-lhes que eles não se podem mexer nem fazer qualquer som. Lista de imagens sugerida para o jogo: • • • • • • • • • •

2- uma mãe e criança 2 - um pai e criança 3 - um homem e dois cães 4 - uma banda 5 - um casamento 6 - um futebolista a marcar um golo 8 - uma aranha Todos! Um autocarro escolar cheio de crianças com um condutor. Todos! Professor e crianças numa sala de aula tradicional Todos! Professor e crianças numa sala de aula centrada na criança

Exercício 2. Discussão sobre a liberdade das crianças em exprimirem as suas opiniões Objetivos - Tornar os participantes mais conscientes das muitas razões porque falhamos em ouvir as crianças Tempo - 10 min Materiais - Nenhum • Pede ao grupo para explicar as razões porque nós, professores, muitas vezes, encontramos dificuldades em deixar as crianças exprimirem a sua opinião livremente. Encoraja-os a serem abertos e honestos.

• Pergunta-lhes quais são as vantagens em deixar as crianças exprimirem-se. • Explica que esta sessão será acerca de utilizar o teatro para permitir às crianças exprimirem a sua opinião.

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5 As crianças adoram jogos que requerem imagens paradas. Dá -lhes uma forma divertida e ativa de exprimirem as suas opiniões e ideias. Nem todas as crianças se sentem igualmente confiantes em falar ou escrever sobre um assunto, mas poucas têm problemas em utilizar o seu corpo para comunicar sentimentos e ideias depois de perceberem que o podem fazer. Além disso, muitas vezes, as crianças irão revelar mais através destas imagens do que fariam se lhes pedisses para falarem . Até em tenra idade, as crianças aprendem a censurar- se e a "terem cuidado com o que dizem" em frente aos adultos. O Teatro de Imagens pode ajudar a dar a volta a isso, revelando o que as crianças realmente pensam e sentem. É extremamente importante que não as ‘corrijas ou as censures por uma imagem que demonstrem. Mesmo que aches que a imagem é incorreta ou mal-interpretada, o teu papel restringe-se apenas a perguntar à audiência o que vêem e porquê.

Exercício 3. Modela uma imagem Objetivos - Ajudar os participantes a compreender o que é uma imagem de grupo e de que maneira o facilitador interage com a audiência Tempo - 10 min Materiais - Nenhum • Começa por demonstrar o que é uma imagem parada ou uma imagem de grupo. Pede a quatro voluntários para se levantarem e se sentarem numa fila. Diz-lhes que os vais "esculpir", ou seja, colocá-los numa posição e que queres que eles mantenham essa posição. Eles não podem mover-se nem falar. Pode ser uma boa ideia colocá-los na posição de 4 músicos, para que os outros participantes observem o que estás a fazer.

• Agora, pergunta aos participantes o que é que eles observaram e qual o nome da imagem.

• Faz à audiência algumas simples questões, tais como "O que é que vêem?" ou "Quem são estas pessoas?" ‘"Onde é que elas estão?" "Porquê?"

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MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA II:TEATRO DE IMAGENS

Nota!

MÉTODOS DEAPREND IZAGEMA TIVA II:TEATRO DE IMAGENS

5 Exercício 4. Imagens de grupo Objetivos - Dar a oportunidade aos participantes de praticarem a técnica Tempo 30 min Materiais - Nenhum • Agora que todos já perceberam a ideia, divide os participantes em subgrupos de quatro ou cinco elementos. Diz-lhes para trabalharem por grupo durante cinco minutos para preparar três imagens paradas que representem as seguintes ideias;



• Algo que me faz ficar triste • Algo que me faz ficar assustado • Algo que me faz ficar feliz Realça o facto de que, quando mostrarem as imagens, a audiência deverá compreender porque é que as pessoas na imagem estão tristes, assustadas ou felizes. Por outras palavras, as imagens devem contar uma história..

• Quando estiverem preparados, convida cada grupo a irem para um local onde todos os possam ver e pede-lhes para mostrarem as suas três imagens pela ordem que eles quiserem sem dizer à audiência qual é a mesma.

• À medida que os atores mostram cada imagem, faz -lhes as questões sugeridas no flipchart abaixo.

Dica! Assim que os participantes tiverem apreendido as três regras básicas poderão beneficiar de conselhos adicionais. Relembra-os de que a imagem deles deve ser visível para toda audiência e aberta como um livro aberto. Um ator com as suas costas viradas para a audiência irá impedir isto. Encoraja-os a fazerem imagens dinâmicas, com posturas interessantes.

Exercício 5. Discussão sobre o papel do facilitador no Teatro de Imagens Objetivos - Ajudar a audiência a perceber o papel do facilitador ao encorajar a discussão. Tempo 10 min Materiais - Nenhum • Pergunta ao grupo se repararam nas questões que tu, o facilitador, fizeste à medida que apresentavam as imagens.

• Mostra-lhes um flipchart de questões que um facilitador poderia incluir (em baixo) • Explica que o papel do facilitador é o de encorajar a discussão. O valor do exercício está em deixar que as crianças digam aquilo que pensam que vêem nas imagens. Quando as crianças dizem aquilo que julgam estar a acontecer nas imagens, pergunta-lhes "Porque é que achas isso?", e depois "Quem tem uma ideia diferente?". O exercício não é sobre tentar encontrar uma resposta certa ou errada. Não existe uma resposta certa ou errada. O que interessa é dar às crianças a liberdade de exprimir ideias e dar-lhes a prática de explicar e justificar os seus argumentos.

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5 Questões que um facilitador do Teatro de Imagens poderá perguntar:

MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA II:TEATRO DE IMAGENS

1. O que é que vêem? 2. Quem são estas pessoas? 3. O que se está a passar? Porque é que dizes isso? 4. Onde estão? Porque é que pensas isso? 5. Esta é uma situação realista? É uma imagem que reconheces da tua própria vida ou comunidade? 6. A imagem é clara? Continua a ‘perguntar "Porque é que pensas isso?" e "Quem tem uma ideia diferente?"

Exercício 6. Aplica a técnica a assuntos mais sérios Objetivos - Encorajar os participantes a refletir sobre como poderão aplicar a técnica a assuntos mais sérios e no seu ensino diário. Tempo 30 min Materiais - Cinco pedaços de papel, cada um com um tema educacional escrito. • Relembra os participantes que até agora apenas estiveram a praticar a técnica do Teatro de Imagens. Agora queremos começar a aplicar essas técnicas.

• Explica que até agora as imagens que fizeram foi por brincadeira. Agora queremos explorar assuntos mais sérios.

• Coloca os participantes em grupos pequenos. Diz-lhes que têm 10 minutos para fazerem duas imagens. As duas imagens sugeridas ajudarão a refletir sobre a injustiça nas suas próprias vidas, e sobre a injustiça nas vidas de crianças locais. Está à vontade para sugerir títulos de imagens! • Algo injusto que vejo no meu trabalho. • Uma imagem de crianças nesta cidade cujos direitos são negados.

• Mais uma vez, encoraja uma discussão rica utilizando as questões do facilitador. • Depois de teres visto todas as imagens, dá-lhes uma última tarefa. Coloca-os em cinco grupos. Diz-lhes que, secretamente, vais pedir a cada grupo para fazer uma imagem relativa à Aflatoun. Dá a cada grupo um pedaço de papel e pede-lhes para manterem em segredo. Nos pedaços de papel escreve um elemento chave diferente. Isto não só irá testar a sua capacidade de aplicar a técnica, como também servirá para recapitular esta parte do workshop.

• Dá-lhes cinco minutos para se prepararem. • Vê todas as imagens e pergunta à audiência as questões habituais. • Por fim, pergunta aos participantes como poderiam incluir o Teatro de Imagens no seu ensino diário em salas de aula em todas as matérias centrais do currículo. Vê algumas sugestões em baixo para começares:

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5 MÉTODOS DEAPREND IZAGEM ATIVA II:TEATRO DE IMAGENS

Teatro de Imagens em matérias centrais do currículo Sê imaginativo! O Teatro de Imagens pode ser utilizado em qualquer matéria para ajudar as crianças a exprimirem as suas ideias . A técnica também te pode ajudar a perceber o seu nível de compreensão. Aqui estão algumas matérias, para além de Educação Social e Financeira, onde a técnica pode ser aplicada. Consegues pensar noutras? Literatura: pede às crianças para mostrarem uma imagem de: • • • • •

uma cena importante de um livro. o que acham ser o maior problema que a personagem principal enfrenta Como acaba o livro? Podes-nos mostrar um final alternativo para o livro que preferisses? Podes-nos mostrar uma imagem que resuma o conflito entre duas personagens?

História: pede às crianças para mostrarem: • uma imagem de três datas significativas que tenham estudado... • imagens alternativas sobre como os eventos podiam ter sido diferentes Religião: pede às crianças para mostrarem: • uma cena que nos ensina uma lição sobre ajudar os pobres • uma imagem de uma cena que ainda comemoramos • uma imagem de uma cena com um significado pessoal forte

Uma última Dica! Com o Teatro de Imagens o trabalho do professor é o de oferecer às crianças um conceito ou um problema e dar -lhes a liberdade de formar uma imagem sobre a maneira como elas a percebem. O trabalho do professor é de simplesmente facilitar a discussão acerca da imagem. Os professores não devem dirigir a imagem , dizendo às crianças onde se colocar, etc.

Exercício

7. Mais três técnicas adicionais para experimentar: • Toca e Diz • Segue o teu coração • A caminho do ideal Objetivos - Desenvolver imagens mais profundas para criar discussões mais intensas com a audiência Tempo 30 min Materiais - Nenhum Vimos que no Teatro de Imagens as crianças apresentam uma imagem de um problema ou um conceito e o facilitador pergunta à audiência questões para criar uma discussão, explorando o problema ou o conceito. Por vezes, podes querer ajudar as crianças a desenvolver as suas imagens de forma mais profunda. Isto é feito permitindo que as personagens da imagem digam algumas palavras ou que façam simples movimentos. Isto pode dar mais informação à audiência acerca das pessoas na imagem, ajudando a aprofundar a discussão. Aqui estão algumas técnicas simples que talvez queiras aplicar. Provavelmente elas irão resultar melhor com crianças maiores de 12 anos. 42

5 Toca e Diz

• Divide os participantes em subgrupos e dá-lhes cinco minutos para refazerem uma imagem parada prévia, por exemplo, "Crianças desta área cujos direitos são negados". Como o tempo é limitado provavelmente apenas terás tempo para aplicar as seguintes técnicas a só uma imagem.

• Explica que irás agora utilizar algumas técnicas simples para dar vida às imagens de maneira a ajudar os participantes a explorá-las melhor e a exprimirem melhor os seus sentimentos e ideias.

• Com os atores ainda parados na imagem, toca no ombro de cada ator e pede-lhes para dizerem uma palavra ou uma frase que demonstre o que a sua personagem está a pensar ou a sentir na imagem. Não devem descrever a personagem. Em vez disso, deverão dizer uma frase que a sua personagem poderá dizer ou pensar. Podes praticar utilizando a imagem como um instrumento musical, tocando repetidamente nos atores por ordens diferentes..

• Se quiseres, podes avançar e adicionar movimentos. Cada personagem faz um movimento ao mesmo tempo que diz a sua palavra ou frase.

• Agora, uma nova ronda de questões, tais como: • • • • • •

Que informação aprendemos sobre os personagens? Como te sentes agora em relação a cada personagem? Quem está a causar o problema? Porquê? Quem está a sofrer na imagem? De que forma poderíamos ajudar esta pessoa? Porque é que estas pessoas se estão a comportar assim?

Segue o teu coração

• Diz aos atores que quando bateres palmas apenas queres que eles se mexam, muito devagar, para onde eles acharem que a sua personagem quer ir. Por exemplo, uma personagem poderá querer estar com outra pessoa, ou afastar-se da ação para proteger alguém, para se esconder de alguém, para confortar alguém, ou outra coisa. Claro que as personagens estarão em movimento e vão ter diferentes ideias. Pára após alguns segundos e dá feedback sobre as alterações que ocorreram. Experimenta as questões para a audiência, tais como: • Para onde se moveu esta personagem? Porque é que pensasque isso aconteceu? • O que é que cada movimento das personagens nos disse sobre o que elas querem? A caminho do ideal

• Se a imagem inicial é uma das opressões ou injustiças, tais como sem-abrigo ou violência, ou um problema, pede ao grupo para se mover muito devagar a partir da imagem original para outra imagem mostrando como poderá ser a solução. Por outras palavras, eles podem mostrar o problema e depois mostrar a solução.

• Pergunta à audiência o que vêem na nova imagem e quais foram os movimentos que tiveram que ocorrer para atingir o ideal, dando particular ênfase nos primeiros movimentos a serem feitos. Experimenta as questões, tais como: • O que é que cada personagem teve de fazer primeiro para começar a mudar a imagem do problema para a solução? • Qual foi a mudança mais importante que cada personagem teve de fazer?

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5 MÉTODOS DEAPRENDIZAGEM ATIVA II:TEATRO DE IMAGENS

• Que passos teríamos de dar na vida real para ajudar cada personagem na imagem a fazer essas mudanças?

e-learning… e-learning… e-learning… e-learning… e-learning… Para ver uma demonstração no YouTube segue este link: http://youtu.be/miZerHpx3zQ

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SESSÃO

PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL UTILIZANDO O TEATRO DE IMAGENS (E) ÁRVORES DE PROBLEMAS PARA ENSINAR COMPREENSÃO PESSOAL E EXPLORAÇÃO E DIREITOS E RESPONSABILIDADES

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PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL UTILIZANDO O TEATRO DE IMAGENS PARA ENSINAR COMPREENSÃO PESSOAL E EXPLORAÇÃO E DIREITOS E RESPONSABILIDADES 2 ½ hrs our mais O objetivo desta sessão é dar prática aos professores no ensino dos planos de atividade da Aflatoun. Esta é a tua oportunidade para encorajares os professores para ensinar de uma maneira mais centrada na criança. Já os introduziste às técnicas do Teatro de Imagens na sessão anterior. O plano de atividade nesta sessão inclui essas técnicas para ajudar a reforçar a aprendizagem.

Horário de

atividades sugerido

1. Explica como irá decorrer a sessão .........................................................5min 2. Divide-os em grupos, dá-lhes os planos da lição e deixa-os preparem-se ............................................................................................. 15 min 3. Observa-os a ensinar .......................................................... 50 mins no mínimo 4. Dá-lhes um feedback ........................................................................... 10 min

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PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL UTILIZANDO O TEATRO DE IMAGENS (E) ÁRVORES DE PROBLEMAS PARA ENSINAR COMPREENSÃO PESSOAL E EXPLORAÇÃO E DIREITOS E RESPONSABILIDADES

6 1. Explica como irá decorrer a sessão 5 min

• Explica aos participantes que os irás dividir em grupos de quatro ou cinco elementos, dá a cada grupo um plano de lição e dá-lhes pelos menos 15 minutos para se familiarizarem com os conteúdos. Depois irão ensinar o grupo grande. Terás de realçar que eles irão realmente ensinar e NÃO fazer uma apresentação.

• Poderás precisar de realçar que eles não necessitam de fazer um planeamento da lição enquanto tal. O planeamento da lição já foi efetuado e é isso que eles estão a ler. Tudo o que eles precisam de fazer é assegurar que conseguem seguir as instruções.

• Realça o quadro de Feedback da Prática de Atividade do Manual e diz-lhes que depois de ensinarem, irás pedir ao grupo todo para avaliar o seu desempenho utilizando estes critérios.

Quadro de Feedback da Prática de Atividade do manual 1. O professor ensinou? Se sim, foi necessário e ajudou? Ou desnecessário? 2. Qual foi a proporção entre o tempo de fala do professor (TFP) e o tempo de fala ( dos alunos (TFA)? 3. Quantas crianças conseguiram participar ativamente? 4. O professor fez um bom uso de perguntas abertas? 5. Se a sala de aula foi barulhenta, esse barulho foi produtivo ou contraproducente? 6. Se a sala de aula foi silenciosa, esse silêncio foi produtivo ou contraproducente? 7. O que é que observaram? Crianças a trabalhar; • sozinhas • a pares • em grupos 8. De que coisas é que gostaste? 9. Que coisas terias feito de forma diferente?

2. Coloca-os em grupos , dá-lhes os planos da atividade e deixa-os ler (15 min) • Coloca-os em grupos de quatro ou cinco elementos. • Dá-lhes o Plano de Atividade 3 (Anexo 7). • Realça, de novo, que eles irão ensinar o grupo grande. Eles podem escolher uma pessoa do seu grupo, ou então podem dividir a lição de maneira a que cada pessoa ensine uma parte diferente.

• Ajuda-os com as suas questões.

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3. Observa-os a cada um (até 50 min por grupo) • Pede ao resto do grupo para fazerem apenas o que o "professor" lhes pedir. Não é uma boa ideia que o grupo grande faça um roleplay enquanto crianças.

• Enquanto os participantes estão a ensinar tenta manter apontamentos para te ajudar a dar um feedback no final..

• Por causa do tempo, não serás capaz de observar cada grupo a ensinar a lição completa. Toma as tuas próprias decisões sobre como gerir o tempo. Por vezes , ajuda ver grupos diferentes a fazerem diferentes partes da mesma lição.

4. Dá-lhes um feedback 10 min • Começa por perguntar rapidamente aos professores como é que acharam que correu a sessão. • Faz algumas ou todas as perguntas ao grupo grande. • Acrescenta os teus próprios comentários. Tenta ser positivo e não tenhas receio de sugeirir ideias para melhorar.

Dicas! Tempo A prática de atividade do manual e a crítica construtiva entre pares que se segue cria a base de qualquer formação da Aflatoun. Arranjar o tempo suficiente para o fazer de forma decente é sempre um desafio. Dispende o máximo de tempo que puderes. Um plano de atividade da Aflatoun dura 40 - 50 minutos e os participantes serão agrupados em pelo menos cinco grupos de cinco elementos. Obviamente, não poderás ver cada grupo a apresentar a lição inteira. Terás de tomar as tuas próprias decisões sobre como gerir o tempo. Poderá ajudar-te se vires diferentes grupos a fazerem diferentes partes da mesma lição. Por exemplo, poderás pedir ao primeiro grupo para ensinar a secção "Início", a outro para ensinar a atividade "Aprender" e a outro para ensinar a sessão "Reflete". Cuidado para não lhes dizeres isso antecipadamente, senão apenas irão ler essa parte do plano de atividade!

Poderás precisar de realçar que os participantes não necessitam fazer o planeamento da lição. O plano de atividade que lhes deste está no seu formato completo. Apenas precisam de o ler, decidir sobre quem faz o quê e depois seguir as instruções escritas.

Feedback Por favor, não te sintas sob pressão de trabalhar mecanicamente durante toda a lista de questões de feedback. Utiliza apenas as questões que te ajudarão a chegar ao coração de uma discussão construtiva. Se, por exemplo, um participante ensinou uma secção "Início" com Teatro de Imagens, não faz sentido perguntar ao grupo, no final, se o professor ensinou.

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Preparação

PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL UTILIZANDO O TEATRO DE IMAGENS (E) ÁRVORES DE PROBLEMAS PARA ENSINAR COMPREENSÃO PESSOAL E EXPLORAÇÃO E DIREITOS E RESPONSABILIDADES

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O PROCESSO

DE POUPANÇAS

SESSÃO

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O PROCESSO

O PROCESSO DE POUPANÇAS 90 min Esta sessão tem como objetivo ajudar os participantes a pensar sobre como poderão querer organizar as poupanças das crianças nas escolas. A sessão pretende demonstrar aos participantes que não existe um modelo perfeito que a Aflatoun recomende. Em vez disso, eles terão que refletir sobre as suas circunstâncias locais e escolher um sistema que funcione melhor para eles. Muitas vezes, esta sessão cria ansiedade porque os professores apercebem-se de que serão responsáveis por salvaguardar o dinheiro das crianças. Deverás demorar o tempo necessário para ter em conta as suas preocupações e responder a todas as suas questões.

Horário de

DE POUPANÇAS

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atividades sugerido

1. Exercício do Miguel................................................................................30 min 2. Vota com os teus pés ............................................................................30 min 3. Regras de Ouro sobre Poupanças .......................................................30 min

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Exercício 1. Exercício do Miguel: as seis categorias da poupança Objetivos - Ajudar os participantes a perceber que a poupança é um conceito grande e que poupamos muitas coisas para além de dinheiro Tempo 30 min Materiais- Tabela flipchart (ver em baixo) Este exercício é opcional. Se o tempo for um problema, poderás apenas liderar uma rápida discussão sobre como as pessoas do grupo pouparam quando eram crianças.

O PROCESSO

DE POUPANÇAS

7

Aquecimento: Associação de palavras Dá a volta rapidamente ao círculo pedindo a cada pessoa para dizer uma palavra que lhes venha à cabeça quando ouvem a palavra água.

Seis categorias de poupança Agora, repete o exercício. Desta vez, pede às pessoas para dizerem palavras que associem a ‘poupança’. À medida que vão dizendo as palavras, escreve as suas respostas no quadro numa das seis colunas. Incluímos alguns exemplos de respostas típicas. Não lhes expliques porque é que estás a colocar diferentes palavras em diferentes colunas. De facto, não escrevas os cabeçalhos em cada coluna até ao final do exercício. Se pensares em mais colunas, poderás adicioná-las. Se te sentires mais confortável em utilizar menos colunas, também o poderás fazer.

Métodos de poupança

Materiais

• • • • •

Papel Canetas Roupas Petróleo Comida

• • • •

Recursos que temos

Recursos naturais

Investir

• Dinheiro • Subsídio de

Empréstimo

férias

• Água • Eletricidade • Tempo

Conta

Guardar em casa

Valores

• Amizade • Amor • Virgindade

• Crédito do telemóvel

• Pensão • Seguro

Quando tiveres respostas suficientes em cada coluna, escreve os cabeçalhos apropriados. Se não obtiveres nenhuma ou poucas respostas numa coluna, perde alguns minutos a incentivar os participantes a dá-las. O exercício demonstra o que é o conceito poupança. Realça que todas estas coisas também podem ser gastas. Os itens das primeiras quatro colunas diminuem à medida que são gastos. Mas os itens da última coluna, os valores, poderão aumentar à medida que são gastos.

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7

• Começa com uma breve conversa de cinco minutos sobre as diferentes maneiras como as pessoas poupam dinheiro. Pergunta aos participantes como é que eles poupavam quando eram crianças. Onde é que guardavam o seu dinheiro?

• Explica que, por todo o mundo, as crianças da Aflatoun e os seus professores pouparam de diferentes maneiras dependendo das circunstâncias locais. Vamos ver três modelos principais, embora existam muitos mais. Utiliza as notas em baixo para te ajudar a explicalos.

Modelo Um: As crianças poupam individualmente em casa ou na escola A imagem mostra uma criança Filipina com o seu banco de poupanças de bambu. Neste modelo, a criança mantém o seu próprio modelo num local seguro como um mealheiro/cofre (ou algo semelhante) em casa ou na escola.

Modelo Dois: As crianças poupam na sala de aula Neste modelo, as crianças poupam na escola como parte do Clube da Aflatoun. Por vezes, existe um Clube para toda a escola. Por vezes, existe um clube diferente para cada classe. As crianças guardam os seus registos individuais dos seus depósitos, resgates e balanços. O professor mantém o registo de toda a classe . O dinheiro é guardado num local seguro dentro da escola. Modelo Três: As crianças poupam num Banco O Modelo três é o mesmo que o modelo dois, à exceção que, uma vez por semana, o dinheiro é depositado num Banco. Muitas vezes, é aberta uma conta em nome do Clube. As poupanças das crianças são guardadas coletivamente mas os registos são mantidos a nível individual.

• Aponta para os três posters e descreve cada um. Assegura-te que os participantes compreendem o que cada um destes três modelos implica.

• Agora, explica que irás fazer uma série de perguntas. Para cada questão, eles terão de se alinhar em frente ao pôster que eles acham ser mais apropriado.

• Questões: Alinhem- se em frente ao modelo que acham ser...



• Mais fácil? • Mais seguro? • Mais amigo da criança? • Mais aplicável à tua organização? Após a primeira pergunta, vai ter com duas ou três pessoas em cada fila e pede-lhes para explicarem a sua preferência por aquele modelo. Pergunta-lhes porque é que pensam isso. Quem tem uma opinião diferente.?

• Repete este processo após cada questão.

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O PROCESSO

DE POUPANÇAS

Exercício 2. Vota com os teus pés Objetivos - Ajudar os participantes a pensar sobre ’a melhor maneira de organizar as poupanças das crianças nas suas escolas. Tempo 60 min Materiais Posters dos três modelos (Anexo 8)

Exercício 3. Regras de Ouro de Poupança Objetivos - Partilhar algumas regras para uma melhor prática Tempo 30 min Materiais Folheto (Anexo 9) • • • •

Folheto das Regras de Ouro de Poupança. Dá a cada participante cinco minutos para ler. Vê cada regra uma de cada vez, discutindo -as.

Encoraja os professores para te colocarem todas as questões que tenham sobre o processo de poupança.

O PROCESSO

DE POUPANÇAS

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PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL SOBRE OS TEMAS DE POUPANÇAS E GASTOS E PLANEAR E ORÇAMENTAR

SESSÃO

PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL SOBRE OS TEMAS DE POUPANÇAS E GASTOS E PLANEAR E ORÇAMENTAR 2 ½ hr ou m ai s O objetivo desta sessão é dar prática aos professores no ensino dos planos de atividade da Aflatoun. Esta é outra oportunidade para encorajares os professores para ensinar de uma maneira mais centrada na criança. Entre outras coisas, esta sessão irá dar-lhes outra hipótese de melhorar a utilização dos quadros KWL.

Horário de

atividades sugerido

1. Explica como irá decorrer a sessão 5 .................................................... 5min 2. Divide-os em grupos, dá-lhes os planos da lição e deixa-os preparem-se ....................................................................... 15 min 3. Observa-os a ensinar 50 min ............................................50 mins no mínimo 4. Dá-lhes um feedback .......................................................................... 10 min

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8 1. Explica como irá decorrer a sessão 5 min • Explica aos participantes que os irás dividir em grupos de quatro ou cinco elementos, dá

PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL SOBRE OS TEMAS DE POUPANÇAS E GASTOS E PLANEAR E ORÇAMENTAR

a cada grupo um plano de atividade e dá-lhes pelos menos 15 minutos para se familiarizarem com os conteúdos. Depois irão ensinar o grupo grande. Terás de realçar que eles irão realmente ensinar e NÃO fazer uma apresentação.

• Poderás precisar de realçar que eles não necessitam de fazer um planeamento da atividade enquanto tal. O planeamento da lição já foi efetuado e é isso que eles estão a ler. Tudo o que eles precisam de fazer é assegurar que conseguem seguir as instruções.

• Realça o quadro de Feedback da Prática de Atividade do Manual e diz-lhes que depois de ensinarem, irás pedir ao grupo todo para avaliar o seu desempenho utilizando estes critérios. Quadro de Feedback da Prática de Atividade de Ensino 1. O professor ensinou? Se sim, foi necessário e ajudou? Ou desnecessário? 2. Qual foi a proporção entre o- tempo de fala do professor (TFP) e o tempo- de fala ( dos alunos (TFA)? 3. Quantas crianças conseguiram participar ativamente? 4. O professor fez um bom uso de perguntas abertas? 5. Se a sala de aula foi barulhenta, esse barulho foi produtivo ou contraproducente? 6. Se a sala de aula foi silenciosa, esse silêncio foi produtivo ou contraproducente? 7. O que é que observaram? Crianças a trabalhar; • sozinhas • a pares • em grupos 8. De que coisas é que gostaste? 9. Que coisas terias feito de forma diferente?

2. Coloca-os em grupos , dá-lhes os planos da lição e deixa-os ler (15 min) • Coloca-os em grupos de quatro ou cinco elementos. • Dá a todos uma cópia do Plano de Atividade 5 ou da Atividade 6. (Anexo 10). • Realça, de novo, que eles irão ensinar o grupo grande. Eles podem escolher uma pessoa do seu grupo, ou então podem dividir a lição de maneira a que cada pessoa ensine uma parte diferente.

• Ajuda-os com as suas questões.

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8 • Coloca-os em grupos de quatro ou cinco elementos. • Dá a todos uma cópia do Plano de Lição 5 ou da Lição 6. (Anexo 10). • Realça, de novo, que eles irão ensinar o grupo grande. Eles podem escolher uma pessoa do seu grupo, ou então podem dividir a lição de maneira a que cada pessoa ensine uma parte diferente.

• Ajuda-os com as suas questões. 4. Dá-lhes um feedback 10 min • Começa por perguntar rapidamente aos professores como é que acharam que correu a sessão. • Faz algumas ou todas as perguntas ao grupo grande. • Acrescenta os teus próprios comentários. Tenta ser positivo mas não tenhas receio de sugerir algumas coisas que podem ser melhoradas.

Dicas! Tempo A prática de atividade do manual e a crítica construtiva entre pares que se segue cria a base de qualquer formação da Aflatoun. Arranjar o tempo suficiente para o fazer de forma decente é sempre um desafio. Dispende o máximo de tempo que puderes. Um plano de atividade da Aflatoun dura 40 - 50 minutos e os participantes serão agrupados em pelo menos cinco grupos de cinco elementos. Obviamente, não poderás ver cada grupo a apresentar a lição inteira. Terás de tomar as tuas próprias decisões sobre como gerir. Poderá ajudar-te se vires diferentes grupos a fazerem diferentes partes da mesma lição. Por exemplo, poderás pedir ao primeiro grupo para ensinar a secção "Início", a outro para ensinar ’ a atividade "Aprender" e a outro para ensinar a sessão "Reflete". Cuidado para não lhes dizeres isso antecipadamente, senão apenas irão ler essa parte do plano de atividade!

Preparation Poderás precisar de realçar que os participantes não necessitam fazer o planeamento da atividade. O plano de atividade que lhes deste está no seu formato completo. Apenas precisam de o ler, decidir sobre quem faz o quê e depois seguir as instruções escritas.

Feedback Por favor, não te sintas sob pressão de trabalhar mecanicamente durante toda a lista de questões de feedback. Utiliza apenas as questões que te ajudarão a chegar ao coração de uma discussão construtiva. Se, por exemplo, um participante ensinou uma secção "Início" com Teatro de Imagens, não faz sentido perguntar ao grupo, no final, se o professor ensinou.

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PRÁTICA DE ATIVIDADE DO MANUAL SOBRE OS TEMAS DE POUPANÇAS E GASTOS E PLANEAR E ORÇAMENTAR

3. Observa-os a cada um (até 50 min por grupo)

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EQUIDADE

DE GÉNERO NA SALA DE AULA

9 DE GÉNERO NA SALA

9

EQUIDADE DE GÉNERO NA SALA DE AULA 90 min

O objetivo desta sessão é permitir aos treinadores e aos professores perceber que a equidade de género está no coração da justiça social. Ajudá-los a perceber que o material educacional da Aflatoun é criado para desafiar os estereótipos de género e pra promover a equidade de género. Proporcionarlhes um espaço para refletir nas suas próprias atitudes e opiniões a este respeito. No final desta sessão, os participantes terão uma maior consciência sobre a equidade de género, sobre as suas próprias atitudes em relação a isso, e, as maneiras como os livros a tentam promover.

Horário de

atividades sugerido

1. História do cirurgião ..............................................................................5 min 2. Relógio de género.................................................................................30 min 3. Eles não podem porque.......................................................................30 min 4. Jogo de Bola Consciência sobre género ...............................................30 min 5. Olhando ao espelho..............................................................................30 min

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EQUIDADE DE AULA

SESSÃO

EQUIDADE DE AULAENDER DE GÉNERO EQUITY NA IN THE SALA DE AULA CLASSROOM

9 A U

Exercício 1. A História do cirurgião Objetivos - Fazer com que pelo menos alguns dos participantes tomem consciência dos seus próprios preconceitos de género Tempo - 5 min Materiais - Nenhum

L

• Conta a história em baixo e observa as reações e se as pessoas conseguem dar as respostas. Um homem ía a conduzir com o seu filho quando se envolveram num terrível acidente de carro. O pai morreu instantaneamente mas o filho foi imediatamente levado para o hospital em condições graves. O cirurgião no bloco operatório olhou para o rapaz e disse "Eu não o posso operar. Ele é meu filho. "Como é que explicam isso?"

A SAL A DE

A resposta, obviamente, é que a mãe do rapaz era o cirurgião.

• Se os participantes não foram capazes de responder à adivinha, explora com eles as

T H

razões que os impediram de ver o óbvio.

E IN Y

Dica! Em alguns países, esta história do cirurgião poderá não resultar, normalmente por razões culturais ou linguísticas. Se este for o teu caso, tenta encontrar uma história semelhante que funcione como ponto de partida. Um exemplo que encontrámos noutros países é assim: Havia duas famílias na mesma vila. Numa família, o pai passava todo o seu tempo no bar local a beber. Na outra família, era a mãe que estava sempre lá a beber. Qual foi o efeito em ambas as famílias? Qual é que achas que é o pior? Porquê?

Q

E aqui vai mais uma: Um camionista esteve envolvido num acidente de carro sério e foi levado para as Urgências do Hospital . A família do camionista apareceu imediatamente. Em grupos, discutam o que aconteceu. Depois de cada grupo ter dito o seu cenário, verifica se algum deles percebeu que o camionista poderia ter sido uma mulher. Explora as suas interpretações para evidenciar os preconceitos de género.

UI

DA

Se tiveres outros exemplos, porque não coloca-los num espaço apropriado na plataforma de elearning.

DE

DE G

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Exercício 2. Relógio de género Objetivos - Iniciar uma análise sobre como os papéis de género nos afetam profundamente todos os dias. Tempo 30 min Materiais - Folhas flipchart e marcadores

DE GÉNERO NA SALA

9 A U

• Divide as pessoas em grupos de cinco ou seis elementos e desenha um grande relógio numa folha de papel flipchart no quadro.

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• Para cada hora diferente, eles têm de escrever o que os homens da sua comunidade fazem tipicamente a essa hora e o que as mulheres fazem tipicamente a essa hora.

A SA L A D E

• Também podes pedir a diferentes grupos para se focarem nas atividades horárias de subconjuntos,

EQUIDADE DE AULA

ou seja, um grupo. pensa em homens/mulheres de uma área rural, outro em homens/mulheres urbanos, outro em homens/mulheres idosos, outro em homens/mulheres adolescentes.

• Como alternativa, pede a cada grupo para utilizar o Teatro de Imagens para criar diferentes imagens para diferentes horas em vez de darem a resposta por palavras.

• Por fim, pede a cada grupo para apresentar e discutir as principais diferenças que encontraram e como se sentem em relação a isso.

T

Exercício 3. Não podem porque... Objetivos - Uma forma divertida de refletir sobre preconceitos de género e para demonstrar que as únicas diferenças entre homens e mulheres são físicas. Tempo 30 min Materiais Cartões já preparados

H E IN Y Q

• Prepara alguns cartões. Algumas devem ter escrito "Mulheres não podem…" e outros "Homens não podem…”

• Pede aos professores para se dividirem em grupos de quatro elementos. Distribui uma carta

UI

por cada grupo.

• Dá a cada grupo cinco minutos para criar uma imagem parada para completar a frase que está na sua carta, por exemplo, "Mulheres não podem trabalhar na construção".

• Cada grupo mostra a sua imagem aos outros.

DA

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9

EQUIDADE DE AULA

DE GÉNERO NA SALA

• Os outros "lêem" a imagem e dizem aquilo que vêem. • Guia o grupo todo numa discussão, possivelmente utilizando as seguintes questões para te orientar. Discussão • • • • • •

Quais foram as limitações mostradas para homens e mulheres? Estas limitações estão baseadas em género e sexo? Estas limitações alteraram -se no teu tempo de vida? Achas que ainda vão alterar mais? Devem alterar-se mais? Achas que homens e mulheres devem participar de uma forma mais completa em todas os aspetos da sociedade?

Exercício 4. Jogo de Bola Consciência de Género Objetivos - Aumentar a consciência da nossa própria condição de género Tempo - 30 min Materiais Uma bola, papel flipchart, marcadores • Coloca os

símbolos de masculino e feminino no topo de duas colunas num quadro branco ou numa folha de flipchart. Reúne os participantes num círculo

• Explica que irás dizer alguns rótulos de género (por exemplo, maria-rapaz, homem, menina) à medida que atiras a bola. Quem apanhar a bola deve dizer imediatamente uma palavra que associam a esse rótulo de género (por exemplo, o facilitador diz "rapaz" e atira a bola. O participante apanha a bola e diz "calças"). Irás precisar de dois voluntários que fiquem junto ao flipchart com canetas prontos para escreverem as palavras ditas pelos participantes.

• Após alguns minutos, pede às pessoas para continuarem o exercício, mas para darem respostas no contexto de trabalho (por exemplo, o facilitador diz "mulher" e atira a bola. Um participante homem apanha a bola e diz "secretária".

• Continua a atirar a bola até teres duas listas de palavras escritas nos cabeçalhos Homem e Mulher.

• Agora, pergunta aos participantes quais as palavras que realmente não se podem aplicar a ambos, homens e mulheres. Neste processo de discussão, talvez terás de demonstrar que tanto os homens como as mulheres podem fazer qualquer trabalho. Remove todas as palavras que podem ser aplicadas tanto a homens como a mulheres.

• Por fim, deverás

ficar com apenas palavras que descrevem atributos físicos ou relacionados com o corpo, tais como amamentar na coluna da mulher, ou cancro da próstata na coluna do homem.

• Utiliza isto

para realçar a definição de que género é simplesmente uma construção social ou cultural que difere por todo o mundo. Sexo é uma definição simplesmente física.

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Muito bem, então, género é uma construção social. O que é que isso tem a ver comigo? Eu sou apenas um professor. As escolas desempenham um papel crucial ajudando-nos a definir os nossos papéis e as nossas relações relativamente ao género. Talvez até mais do que em qualquer outra instituição, a escola tem o potencial de reforçar ou reformular o status quo. É na escola que se instalam estes valores mais centrais da nossa cultura. É na escola que a sociedade passa esses valores que quer ver preservados nas gerações futuras. Assim é que identificamos os aspetos das nossas culturas que são prejudiciais para as crianças e que nós queremos modificar, é na escola que iniciamos este processo.

As escolas fazem muito mais do que simplesmente transmitir conhecimento de matéria para a próxima geração. Durante meio século, temos utilizado o termo "currículo escondido" para descrever a noção que os alunos aprendem lições culturais mais profundas na sua experiência escolar para além do que os professores estão a tentar ensinar nas salas de aula. As normas de comportamento que nós observamos à nossa volta informam as nossas próprias ações e ajudam a definir o que nós percebemos como sendo aceitável ou não.

Para já, nesta sessão de Equidade de Género na Sala de Aula, vimos que a grande extensão do conceito de género é uma construção social. Não será agora nossa responsabilidade enquanto professores aceitarmos o enorme poder que possuímos em termos de desafiar ou reformular normas de género prejudiciais? Uma sessão de duas horas de workshop como esta, pode fazer pouco por si só, para abordar preconceitos culturais intrínsecos. Contudo, se levarmos a sério o facto de sermos parte da solução e não parte do problema, esta sessão poderá ser o primeiro passo de um longo- processo de reflexão.

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EQUIDADE DE AULA

A sessão sobre género correu muito bem . Houve discussões acesas mas também muitos risos. Algumas das imagens mostradas em "Homens não podemporque…" e "Mulheres não podem porque" foram hilariantes. E quando terminámos o Jogo da Bola da Consciência de Género, houve um entendimento geral que a única diferença entre homens e mulheres é biológica e que as ideias sobre género são resultado de construções sociais que podem mudar. A sessão também serviu para criar um espírito de equipa e para aproximar toda a gente. Acabámos pelas 11h, mesmo a tempo do intervalo, e todos os participantes pareciam estar a divertir-se uns com os outros à medida que as mulheres distribuíam chá e biscoitos.

DE GÉNERO NA SALA

O que está de errado nesta imagem?

Exercício 5. Olhando ao espelho Objetivos - Refletir sobre como na nossa própria sala de aula o comportamento pode, involuntariamente, contribuir para o reforço do preconceito de género. Tempo 30 min Materiais Post-it e ‘cópias do Atingir o Género Inclusivo Ensinar: Checklist do professor (Anexo 11) Note! Muitas vezes, as sessões sobre o género envolvem um certo grau de conflito entre homens e mulheres e as suas diferentes experiências e expetativas, mesmo que os participantes não tenham total consciência disso. Um bom facilitador aproveita esta tensão , utilizando-a para orientar a discussão e para trazer criatividade e energia aos jogos e atividades. Como consequência, sessões como esta são normalmente divertidas, acabando com muitos risos. Contudo, com esta sessão esperamos acabar por canalizar essa energia de novo numa atividade mais silenciosa e refletiva. A ideia é dar aos participantes um espaço privado para refletir sobre como poderão modificar o seu próprio método de ensino futuro, na esperança de promover a equidade de género.

EQUIDADE \DE AULA

DE GÉNERO NA SALA

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• Pede aos participantes para se sentarem e trabalharem individualmente para preencherem o questionário. Encoraja um ambiente de silêncio e seriedade.

• Quando todos tiverem terminado, pede-lhes para formarem grupos de quatro elementos, e para partilharem com os seus colegas três coisas que querem mudar na maneira como ensinam para promover a equidade de género.

• Pede-lhes para também partilharem do questionário as três recomendações que acham serem mais difíceis.

• Por fim, volta a colocar toda a gente no círculo grande. Distribui blocos de post-it. Pedelhes para tirarem cinco minutos para refletirem sobre o seu próprio método de ensino, novamente. Desta vez, pede-lhes para fazerem um compromisso privado para realizarem três mudanças no seu método de ensino, após regressarem ao trabalho, para promoverem a equidade de g+enero. Pede-lhes para não colocarem os seus nomes no post-it e para os deixarem contigo à medida que vão saindo para o intervalo.

• Poderás, então, ter um momento para fazer uma colagem na parede destes compromissos. Coloca-os num sítio proeminente e encoraja os participantes a verem aquilo a que o grupo se comprometeu a fazer.

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SOCIAIS E FINANCEIROS DE CRIANÇAS

SESSÃO

EMPREENDIMENTOS SOCIAIS E FINANCEIROS DE CRIANÇAS 3 horas

Horário de

EMPREENDIMENTOS

Os professores podem-se sentir intimidados por terem de orientar sessões sobre empresas quando regressarem às escolas. Muitos irão achar que o assunto está fora da sua área de experiência e esse poderá ser de facto o caso. O que esta sessão faz é ajudar os professores a antecipar todos os passos que precisam de ser dados quando as crianças estão a criar um empreendimento, seja social ou financeiro. O trabalho do facilitador é desafiar as suas apresentações para assegurar que são realistas e pensadas de forma rigorosa. Isto acontecerá apresentando aos participantes uma série de questões desafiadoras para considerar e para responder. A sessão também deve servir para estimular o debate acerca das atitudes culturais em relação a empreendimentos e para explorar se o empreendedorismo é ou não encorajado pelos sistema escolar.

atividades sugerido

1. Aquecimento Associação de palavras .................................................. 15 min 2. Retrato de uma empreendedora como uma jovem mulher...................30 min 3. Cria um empreendimento....................................................................50 min 4. Apresentação de grupo........................................................................40 min

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SOCIAIS E FINANCEIROS DE CRIANÇAS

1 0 Exercício 1. Aquecimento Associação de palavras Objetivos - Explorar atitudes positivas e negativas que o grupo possa ter em relação ao conceito de empreendedorismo. Materiais Blocos de post-it Tempo 15 min Este é um exercício rápido de associação de palavras.

• Primeiro, faz algumas rondas de experiência até os participantes perceberem as regras. • Diz-lhes para pegarem numa caneta e num papel. Diz-lhes que vais dizer uma palavra. Quando eles a ouvirem, os participantes devem escrever nos post-it a primeira palavra que lhes vem à cabeça. Deverão fazê-lo imediatamente e sem pensar.

• Diz ‘sol’. • Após dez segundos, percorre o grupo e ouve as palavras a que eles associaram a sol por exemplo, vida, calor, verão.

• Faz outra ronda de treino com outra palavra, por exemplo, lua. Insiste novamente que devem escrever imediatamente a primeira palavra que lhes vem à cabeça.

• Agora dá a cada pessoa um post-it para escreverem a sua próxima resposta. Desta vez a palavra é ‘empreendedor’.

• Conduz toda a gente até um espaço branco na parede. Deves, ter preparado três cabeçalhos "Positivo", "Neutro" e "Negativo".

• Um a um, pede aos participantes para lerem em voz alta os seus post-it e organiza

EMPREENDIMENTOS

uma breve discussão sobre qual a coluna a ’que cada participante corresponde.

• Coloca-os em grupos para discutirem as seguintes questões: • Na tua cultura os empreendedores (incluindo os pequenos empreendedores) são vistos de forma positiva ou negativa? • Quando eras criança, conheceste algum empreendedor (incluindo pequenos empreendedores)? Que influências, se alguma, é que eles/elas tiveram sobre ti? • Enquanto criança, alguma vez foste encorajado /a considerar empreendedorismo comercial como carreira para escolheres? Dica! Antes da próxima atividade, o facilitador deve discutir com o grupo o que ‘significa a palavra empreendimento’. É importante explicar que para a Aflatoun um empreendimento refere-se a crianças sendo criativas, tomando a iniciativa e a fazer coisas que possam parecer novas e difíceis para elas, assim como a utilizar os seus recursos de forma sensata. Dá exemplos de empresas sociais: organizar uma viagem, fazer uma campanha de sensibilização na comunidade sobre uma questão importante, plantar árvores numa escola, etc. Qualquer coisa que faça com que a vida das crianças ou a comunidade seja mais justa, segura ou saudável. Dá exemplos de empreendimentos financeiros: fazer uma venda de bolos, fazer artesanato.

64

1 40

flipchart e marcadores.

• Diz aos grupos que irão criar uma personagem e que irão desenhá-la no centro do papel. A sua personagem pode ser rapaz ou rapariga /de áreas urbanas ou rurais. O facilitador também pode pré-determinar a natureza da personagem, se assim o entender.

• Depois de terem criado a personagem e a terem desenhado, os participantes escrevem diversas características que tal pessoa deverá ter ou precisar para ser bem sucedida como empreendedora..

• Estas características são escritas à volta da personagem. Por exemplo, a Joyce é. ‘uma rapariga de nove anos que vive numa área rural no Brasil. Ela é muito pró-ativa, sabe aquilo que quer, tem sonhos, é criativa, etc, etc.

• Assim que cada grupo tenha apresentado, pergunta aos participantes se estas são capacidades ou atributos que são normalmente incentivados na escola. Pergunta -lhes o que é que os professores podem fazer de forma diferente para encorajar estas características nas crianças.

SOCIAIS E FINANCEIROS DE CRIANÇAS

• Coloca os participantes em grupos de cinco ou seis elementos. Dá a cada grupo um papel

CR IA NÇ AS S L A A R P O

FIN AN CEI RE

SO CI AL O EMPREENDIMENTOS

Exercício 2. Retrato de uma empreendedora como uma jovem mulher Objetivos - Focar os participantes nas características que um empreendedor precisa para que os professores possam ajudar a cultivá-las nos seus alunos. Criar a possibilidade de que talvez as escolas não estão atualmente criadas para ajudar as crianças a desenvolver as características de que precisam para se tornarem empreendedoras. Materiais - Folhas flipchart e u marcadores Tempo - 30 min

EMP REE NDI MEN T

Um empreendimento social

65

SOCIAIS E FINANCEIROS DE CRIANÇAS

1 0

Exercício 3. Cria um empreendimento Objetivos - Encorajar os participantes a planear um empreendimento para poderem antecipar todos os passos, oportunidades e desafios que os professores e as crianças poderão encontrar quando forem fazer o mesmo na vida real. Materiais Uma folha flipchart para mostrar os critérios segundo os quais cada projeto será avaliado. Flipcharts e marcadores para os participantes. Uma cópia da apresentação de Emprendimento Social e Financeiro de crianças (Anexo 12). Tempo 50 min • O objetivo deste exercício é ajudar os participantes a começarem a pensar de forma rigorosam e realísta sobre todos os estádios que terão de passar para ajudar as crianças a criarem um empreendimento.

• Começa com uma breve recapitulação de alguns exemplos de rede de empreendimentos sociais, financeiros, híbridos (ver o "Jogo de Atividades Chave do Programa" no Anexo 5 para exemplos reais).

• Divide os participantes em subgrupos de quatro ou cinco elementos e dá-lhes as seguintes instruções: “Queres criar um empreendimento social ou financeiro com os teus colegas de equipa. Tenta assegurar-te de que nem todos os grupos estão a fazer um empreedimento financeiro ou que nem todos os grupos estão a fazer um empreendimento social. Será útil ver exemplos de ambas na fase das apresentações. Também será útil ter um grupo a planear uma empresa híbrida, por exemplo, uma que combine ambos os aspetos social e financeiro.

EMPREENDIMENTOS

• Diz-lhes que os seus empreendimentos devem ser tão realistas quanto possível. Devem ser baseados em realidades locais, e devem ser baseadas naquilo que aprenderam durante o workshop (direitos e responsabilidades, compreensão pessoal e exploração, poupanças e gastos, planear e orçamentar). Têm 50 minutos para escrever o seu plano. Diz-lhes que irão apresentar a sua empresa ao grupo grande.

• Explica que, como parte da sua apresentação, é esperado que apresentem um orçamento realista. Também devem providenciar respostas para todas as questões em baixo acerca de procura e viabilidade., Fundos e Financiamento e Ética. Devem escrever estas respostas na ficha de apresentação do Empreendimento Social e Financeiro de Crianças (Anexo 12) e utilizar estas respostas juntamente com o seu orçamento detalhado, como base da sua apresentação. Dica! Coloca ênfase no planeamento sério que aborde questões surgidas em. baixo. Os participantes devem entender que terão de apresentar planos detalhados, incluindo um orçamento. Dissuade gentilmente os participantes de cantar ou gozar. Este não é o lugar para um teatro, por muito bem intencionado que seja. Devem deixar esta sessão percebendo/ que as empresas sociais e financeiras para crianças requerem um planeamento e uma pesquisa rigorosos, assim como imaginação. Procura e viabilidade: Que tipo de pesquisa de mercado poderás querer levar a cabo para responder a estas questões? • Consegues identificar uma necessidade ou oportunidade para o teu empreendimento dentro da tua comunidade/escola para esta empresa? Como é que podes ter a certeza de que existe realmente uma necessidade disso Onde é? que irás vender os teus produtos (no caso de empreendimento financeiro)? • Irá haver concorrência? Existe outra pessoa com uma atividade semelhante? Sê honesto e realista! • Qual é o benefício para a comunidade/escola/crianças deste empreendimento? 66

 Como irás medir o seu sucesso? • Como irá a escola ou a comunidade ver este projeto? Como é que podes ter a certeza? • Quem poderá ajudar ou apoiar as crianças? • Quais são algumas possíveis fontes de oposição? Existe algum risco de que a empresa possa tornar infelizes algumas pessoas na escola ou na comunidade? Fundos e Financiamento • • • •

Quais os fundos ‘iniciais que irás precisar e onde os irás buscar? Que outros materiais ou serviços irás precisar e como os irás arranjar? Cada grupo deve criar um plano e um orçamento nesta fase. Exploraste com todos os participantes a possibilidade de a empresa poder falhar e que qualquer poupança utilizada possa ser perdida? Como irás discutir isto com eles? • Se o empreendimento criar lucro, o que será feito com ele? Como é que podes ter a certezade que isto é o que todos ou a maioria dos membros do clube quer? Ética • Que passos deste para assegurar de que não irão haver resultados negativos do teu empreendimento? • Pensaste no impacto ambiental do teu empreendimento? • Avaliaste o teu empreendimento em termos de respeito pelos direitos dos outros? Tenta dar alguns exemplos.

SOCIAIS E FINANCEIROS DE CRIANÇAS

1 0

EMPREENDIMENTOS

• O teu empreendimento promove a equidade de género? Dá alguns exemplos.

Um empreendimento financeiro

67

• Quantas crianças conseguiram participar? Quais foram os diferentes papéis que desempenharam? • Quantas iniciativas vieram da parte das crianças e quantas da parte do professor? Como é que o podes demonstrar? Que passos irás dar para assegurar que o professor não dominará as crianças, mas sim ouvir e agir segundo as suas sugestões?

Dica! Quando chegar a parte de explicar como irão financiar o seu empreendimento, o recurso de alguns dos participantes a um pensamento mágico que vai fazer com que digam que o clube de poupanças da escola tem uma enorme quantidade de dinheiro disponível! Para evitar tais fantasias , poderás dizer a cada grupo que apenas está disponível uma pequena quantia dessa fonte. Sugere uma‘quantia como o limite. Quanto dinheiro é que julgam, de forma realística, que as crianças têm disponível nas suas poupanças? Provavelmente apenas um pouco.

Exercício 4. Apresentações de grupo Objetivos - Avaliar a viabilidade financeira e a ética de cada empresa. Materiais - Nenhum Time 1 hora

EMPREENDIMENTOS

SOCIAIS E FINANCEIROS DE CRIANÇAS

1 0

• Pede a cada grupo para vir apresentar. • Após a sua apresentação, poderás querer falar sobre os critérios e pedir à audiência para dar uma nota até cinco a cada um.

• A equipa com a pontuação mais alta é a vencedora..

68

ANEXOS

ANEXOS

AN EX OS

ANEXO 1 QUESTIONÁRIO PRÉ-FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA AFLATOUN Local de formação:

Data:

i. Como avalias as tuas competências informáticas:

□ Nenhuma

□ Poucas

□ Boas

ii. Tens acesso à internet:

□ Não

□ Raramente

□ Muitasvezes

iii. Qual é o teu método preferido de comunicação com a Aflatoun e os outros formadores: □ Internet (discussão online, curso ou blogue)

□ Email □ Telefone

□Encontros

Outro, por favor especifica:

REAÇÕES 1. Antes de chegares, os objetivos da formação foram claramente comunicados Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

4. Com qual das seguintes áreas estás menos familiarizado? * O número está deliberadamente preparado para saltar de 1 a 4. Conceito Aflatoun

Poupança e Gastos

Exploração pessoal e Compreensão

Planear e orçamentar

Direitos e Responsabilidades

Empreendimento Social e Financeiro de crianças

69

ANEXOS

5. Eu estou confiante de que sei utilizar os seguintes métodos de aprendizagem ativa no meu próprio ensino: a) Brainstorming (chuva-de- ideias) Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

b) Árvores de problemas Discordo totalmente

c) Quadros KWL (O que já sei, o que quero aprender, o que aprendi) Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

d) Ditados rápidos Discordo totalmente

e) Teatro de Imagens Discordo totalmente

f) Jogo de memória Discordo totalmente

g) Estratégia jigsaw Discordo totalmente

6. Qual é que achas que é o resultado mais importante da formação Aflatoun? (Escolhe quantas quiseres) □ Conhecimento detalhado dos planos de atividade □ Paixão sobre o programa da Aflatoun □ Confiança na utilização de uma abordagem de ensino ativa e participativa □ Informação acerca dos sistemas de poupança da Aflatoun

70

ANEXOS

7. Para melhorar a sua formação, a Aflatoun deve:

CONHECIMENTO 8. Por favor, faz uma lista dos principais quatro grupos de direitos das crianças:

9. Quais das seguintes são as atividades chave da Aflatoun? (Escolhe todas as caixas relevantes) □ Dia do Desporto □ Criar Clubes da Aflatoun e fazer eleições □ Visitar bancos e outras visitas educacionais □ Praticar um sistema de poupança □ Cerimónia de Graduação □ Realizar empreendimentos sociais e fianceiros

10. Por favor, faz uma lista dos principais modelos de poupança da Aflatoun:

11. Por favor, dá o teu próprio exemplo de um projeto de uma empreendimento social ou financeiro que as crianças da Aflatoun possam implementar:

12. Eu gostaria de ter informação adicional acerca da Aflatoun: Sim

Se sim, por favor escreve aqui o teu número de telefone ou email:

NÃO

ATITUDES 13. Quais das seguintes afirmações são verdadeiras (V) e quais são falsas (F): As crianças podem aprender através do brincar Os professores devem promover atividades nas salas de aula em vez de fazerem palestras As crianças não podem liderar atividades nas salas de aula As crianças devem ser o centro da aprendizagem É stressante deixar as crianças participar nas atividades na sala de aula

71

14. Com que afirmações é que concordas (C) e discordas (D):

ANEXOS

As crianças pobres não têm dinheiro suficiente para fazerem poupanças As crianças não devem ser permitidas de ganhar dinheiro As crianças são capazes de gerir o seu dinheiro para atingir os seus objetivos Deve ser dada prioridade à educação de rapazes se os recursos forem limitados As raparigas devem participar em atividades extracurriculares ou nos seus próprios projetos

COMPORTAMENTO 15. Sinto-me preparado para conduzir aulas da Aflatoun na minha escola Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

16. Sinto-me confortável em partilhar o programa da Aflatoun com outros Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

17. Sinto-me confortável com a parte das poupanças do programa da Aflatoun Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

18. Os principais obstáculos em conduzir aulas da Aflatoun na minha escola são: □ A Aflatoun não cabe no currículo □ Os Professores já estão sobrecarregados □ A gestão da escola não irá aprovar □ Os pais não irão aprovar □ Não me sinto confiante o suficiente □ Não existem materiais educativos suficientes □ As crianças não estão preparadas □ Outros, por favor especifica:

19. Outros comentários:

72

Não sei

ANEXOS

ANEXO 2 QUESTIONÁRIO PÓS-FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA AFLATOUN Local de formação:

Data:

i. Como avalias as tuas competências informáticas:

□ Nenhuma □ Poucas

□ Boas

ii. Tens acesso à internet:

□ Não

□ Raramente

□ Muitasvezes

iii. Qual é o teu método preferido de comunicação com a Aflatoun e os outros formadores: □ Internet (discussão online, curso ou blogue)

□ Email □ Telefone

□Encontros

Outro, por favor especifica:

REAÇÕES

1. Antes de chegares, os objetivos da formação foram claramente comunicados Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Concordo plenamente

Não sei

O facilitador tornou o material interessante e excitante Discordo totalmente

Discordo

Concordo

3. Os conteúdos da formação da Aflatoun foram claros, fáceis de compreender e úteis Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

4. Qual foi a área da formação que foi menos clara para ti: Conceito Aflatoun

Poupança e Gastos

Exploração pessoal e Compreensão

Planear e orçamentar

Direitos e Responsabilidades

Empreendimento Social e Financeiro de crianças

73

ANEXOS

5. Eu estou confiante de que sei utilizar os seguintes métodos de aprendizagem ativa no meu próprio ensino: 5. Eu estou confiante de que sei utilizar os seguintes métodos de aprendizagem ativa no meu próprio ensino: a) Brainstorming (chuva-de- ideias) Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

b) Árvores de problemas Discordo totalmente

c) Quadros KWL (O que já sei, o que quero aprender, o que aprendi) Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

d) Ditados rápidos Discordo totalmente

e) Teatro de Imagens Discordo totalmente

f) Jogo de memória Discordo totalmente

g) Estratégia jigsaw Discordo totalmente

6. Qual é que achas que é o resultado mais importante da formação Aflatoun? (Escolhe quantas quiseres) □ Conhecimento detalhado dos planos de atividade □ Paixão sobre o programa da Aflatoun □ Confiança na utilização de uma abordagem de ensino ativa e participativa □ Informação acerca dos sistemas de poupança da Aflatoun

74

ANEXOS

7. Para melhorar a sua formação, a Aflatoun deve:

CONHECIMENTO 8. Por favor, faz uma lista dos principais quatro grupos de direitos das crianças:

9. Quais das seguintes são as atividades chave da Aflatoun? (Escolhe todas as caixas relevantes) □ Dia do Desporto □ Criar Clubes da Aflatoun e fazer eleições □ Visitar bancos e outras visitas educacionais □ Praticar um sistema de poupança □ Cerimónia de Graduação □ Realizar empreendimentos sociais e fianceiros

10. Por favor, faz uma lista dos principais modelos de poupança da Aflatoun:

11. Por favor, dá o teu próprio exemplo de um projeto de uma empreendimento social ou financeiro que as crianças da Aflatoun possam implementar:

12. Eu gostaria de ter informação adicional acerca da Aflatoun: Sim

Se sim, por favor escreve aqui o teu número de telefone ou email:

NÃO

ATITUDES 13. Quais das seguintes afirmações são verdadeiras (V) e quais são falsas (F): As crianças podem aprender através do brincar Os professores devem promover atividades nas salas de aula em vez de fazerem palestras As crianças não podem liderar atividades nas salas de aula As crianças devem ser o centro da aprendizagem É stressante deixar as crianças participar nas atividades na sala de aula

75

14. Com que afirmações é que concordas (C) e discordas (D):

ANEXOS

As crianças pobres não têm dinheiro suficiente para fazerem poupanças As crianças não devem ser permitidas de ganhar dinheiro As crianças são capazes de gerir o seu dinheiro para atingir os seus objetivos Deve ser dada prioridade à educação de rapazes se os recursos forem limitados As raparigas devem participar em atividades extracurriculares ou nos seus próprios projetos

COMPORTAMENTO 15. Sinto-me preparado para conduzir aulas da Aflatoun na minha escola Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

16. Sinto-me confortável em partilhar o programa da Aflatoun com outros Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

Não sei

17. Sinto-me confortável com a parte das poupanças do programa da Aflatoun Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo plenamente

18. Os principais obstáculos em conduzir aulas da Aflatoun na minha escola são: □ A Aflatoun não cabe no currículo □ Os Professores já estão sobrecarregados □ A gestão da escola não irá aprovar □ Os pais não irão aprovar □ Não me sinto confiante o suficiente □ Não existem materiais educativos suficientes □ As crianças não estão preparadas □ Outros, por favor especifica:

19. Outros comentários:

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Não sei

Materiais do Jogo de Bola dos cinco elementos chave Imprime o seguinte em diferentes folhas de papel. Ajuda se cada uma das cinco folhas forem de cores diferentes. Faz cinco bolas das mesmas cores. Se tal não for possível, imprime cinco folhas de papel branco, faz cinco bolas brancas e numera-as de 1 a 5.

ELEMENTO-CHAVE UM Compreensão Pessoal e Exploração

ELEMENTO-CHAVE DIREITOS E RESPONSABILIDADES

ELEMENTO-CHAVE POUPANÇA E GASTOS

ELEMENTO-CHAVE PLANEAR E ORÇAMENTAR

ELEMENTO-CHAVE EMPREENDIMENTOS SOCIAIS E FINANCEIROS

Aqui estão as folhas de atitudes correspondentes para a segunda parte do jogo. Não precisam de ser impressas em papel colorido.. ATITUDE EU ACREDITO EM MIM! EU CONSIGO ATINGIR MUITAS COISAS! ATITUDE EU QUERO QUE OS DIREITOS SEJAM CUMPRIDOS PARA TODAS AS CRIANÇAS DO MUNDO ATITUDE EU VALORIZO UMA UTILIZAÇÃO APROPRIADA DOS RECURSOS NATURAIS E FINANCEIROS ATITUDE EU QUERO PLANEAR ANTES DE GASTAR/FAZER COISAS ATITUDE EU VALORIZO OS EMPREENDIMENTOS COMO UMA MANEIRA DE MELHORAR A MINHA COMUNIDADE

77

ANEXOS

ANEXO III

longitudinal..

changes will

be visible through longitudinal impact studiesnas suas vidas.

Estas mudanças serão visíveis num estudo de impacto

ANEXO IV – Grelha KSA

ANEXOS

ANEXO V Jogo de atividades chave

Sessões/Lições da Aflatoun

Clubes Aflatoun e Eleições Visitas a bancos e visitas educacionais

Processo de poupanças Sistemas Financeiros Empreendimentos Sociais

Empreendimentos Financeiros

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ANEXOS

SESSÕES/LIÇÕES DA AFLATOUN

Egipto - NCCM As crianças do Egipto têm atividades extracurriculares da Aflatoun à tarde. A NCCM adaptou os materiais da Aflatoun cobrindo 1,5 horas por criança por semana no programa (60 horas por criança por ano).

Peru - Finca Peru Por duas horas por semana, enquanto as mães visitam bancos na vila, as suas crianças encontram-se nos Clubes da Aflatoun. Cada sessão da Aflatoun tem diferentes atividades acerca de certas questões: uma entrevista de um elemento-modelo, uma visita de estudo a uma pick-up de lixo, ou uma festa de final de programa.

Vietnam - VAPCR Duas escolas no Vietnam estão a integrar a Aflatoun nas classes de educação cívica e valores, e introduziram o programa a estudantes do 1º ao 9º ano.

Palestina – Sociedade Comunitária de Desenvolvimento para Pensamento e Cultura Através do teatro e drama, os clubes da Aflatoun para crianças mais velhas (maiores de 12 anos) ajudam a sensibilizar acerca do caráter, conceito e programa da Aflatoun a crianças de outras escolas.

China – Educação Melhor A Casa Aflatoun é um programa extracurricular principalmente para crianças rurais de comunidades pobres. As lições da Aflatoun são integradas nas classes da tarde como "Inglês feliz", "Leitura de livros de imagens" ‘Poemas’ e ‘Matemática na vida diária.

México - Educa As crianças têm classes Aflatoun semanais durante o horário escolar. Elas adoram as atividades dinâmicas que as ajudam a explorar, pensar, investigar e agir. Os pais também participam na classe uma vez por mês para lerem uma história.

80

ANEXOS

CLUBES E ELEIÇÕES

Nepal - Crianças Trabalhadoras no Centro de Preocupação do Nepal As casas de cuidados a crianças estabeleceram os clubes Aflatoun entre as crianças que lá estão. Se existirem problemas na casa, as crianças resolvem-nos através de discussões no clube onde procuram as soluções para o problema. Elas também decidem em conjunto como utilizar o seu dinheiro, seja para uma visita de estudo futura, seja para comprar roupa, ou para apoiar alguém.

Sri Lanka – Coalition for Educational Development As crianças estão a aprender que a angariação de fundos através da reciclagem pode ser divertida. Os clubes de crianças reuniram e reciclaram desperdícios usados de polietileno, como coberturas de copos de plástico, garrafas de plástico, etc., e ajudaram o distrito de Ratnapura a libertar-se de 30.000 kg de desperdício de polietileno.

Honduras – Fundo das Crianças A participação das crianças através do governo das escolas está incluída no currículo educacional do país.. Os clubes de crianças da Aflatoun integram isto nas suas atividades para criar processos democráticos e manter registos das suas poupanças. Os membros são sentados em grupos, com o nome do seu clube à vista na sua mesa.

Honduras and Perú – ChildFund and Vision Solidaria As raparigas do programa Emprendiendo no Perú decidiram que queriam aprender sobre o processo democrático experienciado pelos estudantes das Honduras, então iniciaram uma ligação às Honduras. Ambos os lados ficaram entusiasmados por partilhar experiências e informação.

Jordan – Jordan River Foundation Crianças de diferentes classes encontram-se todas as semanas no Centro da Família e da Criança Rainha Rania para levar a cabo atividades do clube: workshops artísticos, conversas, e aprendizagens com os facilitadores do centro.

81

ANEXOS

PROCESSO DE POUPANÇAS

Albania – Partnere per femijet Os estudantes da Albânia criaram uma caixa poupança da Aflatoun para as necessidades de toda a classe. Elas ficaram tão entusiasmadas que persuadiram os seus pais a preparar uma caixa poupança dos pais. Os pais abraçaram esta ideia e estão a ajudar a apoiar as necessidades da classe e a organizar eventos de grupo.

Quénia – International Child Support A maioria das poupanças são feitas coletivamente e são mantidas na escola. As crianças organizam e criam empreendimentos para gerar poupanças coletivas. Elas criaram postais para diferentes eventos e materiais úteis como cordas e vassouras.

Equador – ChildFund Cada classe tem a sua própria caixa de poupanças. As crianças podem fazer depósitos e resgates das suas próprias poupanças na caixa coletiva. Assim que tenham poupado acima de 10 dólares americanos, elas podem abrir a sua própria conta individual numa cooperativa local.

Mali – CAMIDE GAP Para que os pais e a comunidade apoiassem a Aflatoun, CAMIDE GAP teve um diálogo aberto com eles acerca do valor na participação da criança num processo transparente de poupanças. Os bancos da vila estavam localizados perto das escolas, o que ajudou a tornar o programa de poupança dos estudantes mais prático e facilmente acessível.

Laos – Ekphathana Instituição de Microfinanças Todas as sextas-feiras, a EMI visita a escola primária no distrito de Sisattanak, Vientiane, para ajudar os estudantes a monitorizar as poupanças nas suas próprias cadernetas EMI-Aflatoun e contas poupanças. Planeiam instalar uma cabine de poupanças na escola para os estudantes poderem participar diretamente no processo de poupança, mesmo após o horário escolar.

Zimbabwe – Junior Achievement Devido à híper-inflação, algumas escolas no Zimbabwe, com a ajuda dos professores e dos pais, optaram por poupar através de armazenar em vez de dinheiro.

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ANEXOS

Paquistão – Sahil No Paquistão, os juvenis da Prisão Adiala tiveram a ideia de "poupança social" ou poupar boas ações, uma vez que transações de dinheiro não são possíveis na prisão. Eles disseram que, além do dinheiro, podiam poupar tempo, boas ações, a sua saúde e até salvarem-se a si próprios de abusos e lutas. Poupanças individuais incluem boas ações, evitar lutas e oferecer orações. Poupanças de grupo incluem manter as suas celas limpas e participar nas sessões da Aflatoun.

Sistemas Financeiros

Guatemala – ChildFund Os estudantes que aprendem a Aflatoun em Chimaltenango estão a brir contas poupanças no Banrural (um banco local) e também em cooperativas.

Filipinas – NATCCO Todas as semanas, o coletor visita as escolas, recebe as poupanças dos estudantes e deposita-as na cooperativa local. Estes são considerados poupanças de grupo, apesar de os estudantes manterem cadernetas bancárias individuais. O sistema de receitas e despesas ajuda a salvaguardar o dinheiro dos alunos.

Uganda – PEDN No Uganda, contas bancárias individuais de crianças não são recomendadas uma vez que estas têm custos elevados administrativos. Além disso, o montante mínimo de depósitos e resgates significava que algumas crianças seriam excluídas se não tivessem recursos suficientes. PEDN escolheu abrir contas de grupo, embora as contas individuais ainda sejam oferecidas às crianças que consigam manter o montante mínimo estabelecido pelo banco.

Kyrgyzstan – SOS Children´s Villages Em Bishkek e Cholpon Ata, as crianças da Aflatoun conseguem manter o registo das suas poupanças através dos registos bancários da Internet. Cada criança da SOS Kyrgyzstan tem uma conta bancária, com uma conta subdividida para cada criança ao cuidado da SOS, onde as mesadas e os subsídios do governo Kyrgyz são mantidos. Isto ajuda a manter o processo de poupança seguro, acessível e transparente para as crianças.

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ANEXOS

El Salvador – Plan As crianças nos clubes estão a poupar em cooperativas locais perto das escolas. O tesoureiro mantém o registo de todos os depósitos levados para a escola, e depois vão com o professor à cooperativa depositar o montante total da semana.

VISITAS A BANCOS

Índia – Meljol As crianças foram ao Reserve Bank da Índia numa visita educacional. O RBI ajudou a dar educação financeira às crianças.

Uganda – PEDN Uma das crianças descrevou a sua visita ao Postbank Uganda em Kampala pela primeira vez "Nós fomos com os nossos livros e eles deram-nos formulários, onde anotamos o dinheiro que vamos depositar...vamos para a fila...existe a fotocópia e o original (formulários de depósitos), nós vamos lá e guardamos o dinheiro. O pessoal fez-nos algumas questões acerca do dinheiro que estávamos a poupar, para que é que o íamos utilizar e nós respondemos. Eu disse-lhes que eu queria comprar livros escolares e eles disseram que era uma boa ideia."

Moldávia – Children, Communities and Families Os estudantes e os seus pais visitaram um banco. Após a visita, as crianças disseram "Nós obtivemos informação acerca de coisas que não sabíamos antes, como fazer depósitos, onde é que guardam o dinheiro e como é feita uma transferência de dinheiro."

Paquistão- SSEWA Pak Um clube da Aflatoun em Lower Sindh organizou uma visita de estudo a Hyderabad para visitar um museu e ver a cidade.

Namíbia- Junior Achievement As crianças do Programa Aflatoun foram visitar o Standard Bank em Windhog, que é o banco que abriu contas individuais para crianças. Estas contas estão abertas com um mínimo de 50 cêntimos namibianos (menos de 10 cêntimos em euros)

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ANEXOS

Paquistão- SSEWA Pak Um clube da Aflatoun em Lower Sindh organizou uma visita de estudo a Hyderabad para visitar um museu e ver a cidade.

Empreendimentos Financeiros

Indonésia – LEKDIS Nusantara Os estudantes da Aflatoun desenvolveram criatividade e ´trabalho de equipa através de emprendimentos financeiros baseadas na escola, tais como fazendo vassouras e pratos com materiais de coco, processando ovos salgados, e fazendo batuques, que ajudaram a sensibilizar acerca da herança e do potencial local. Os estudantes venderam os seus produtos a outras crianças, pais e vizinhos.

Marrocos - Bayti As crianças de rua reuniram peças de metal e de madeira do lixo e criaram peças artísticas. Elas planeiam organizar uma exposição e vender o trabalho artístico aos convidados.

Perú - ODAER Os professores organizaram uma atividade de empresa todos os meses com as crianças porque existe um espaço perfeito para isto no seu currículo. Estas atividades requerem um capital inicial de cerca de 0,80€ (3-4 bases) por criança por atividade. Muitas escolas têm atividades de empresas como jardins nas escolas e projetos de reciclagem. Estas ajudam a sensibilizar e a criar fundos para eventos da escola ou da classe e necessidades (tais como ferramentas de jardinagem melhores para os jardins da escola).

Tajikistan – Saodat Para criar poupanças, os membros do clube da Aflatoun de escolas secundárias rurais em Spitamen compraram coelhos jovens no mercado. Eles alimentaram os coelhos por 3 meses e venderam-nos ganhando lucro. Os lucros foram utilizados na feira da escola para celebrar o feriado "Navruz" (Ano Novo).

Bangladesh – BRAC Nas escolas primárias em áreas rurais, os estudantes estão a poupar dinheiro e outros valores nas suas próprias caixas do BRAC Angariar bens tornou-se uma forma reconhecida e produtiva para as crianças utilizarem as suas poupanças. Partindo da tradição de as crianças criarem patos, galinhas e cabras dentro de casa, cerca de 1/3 até metade dos estudantes rurais estão a utilizar as poupanças Aflatoun para comprar mais destes bens. 85

ANEXOS

Empreendimentos Sociais

India - Meljol Numa comunidade onde o mascar de tabaco se tornou um hábito comum pouco saudável, as crianças organizaram campanhas de sensibilização para os idosos. Também reuniram baldes de tabaco pela comunidade e realizaram uma queima simbólica. Outro clube organizou um teatro para encorajar os membros da comunidade a procurar cuidados médicos de estabelecimentos de saúde e não de médicos curandeiros. Um clube cuja escola tinha uma elevada taxa de absentismo de professores, organizou uma viagem ao Gabinete de educação local para exigir educação.

Senegal – Oceanium As crianças plantaram árvores de manga à volta da escola para fazer com que os carros e as motos deixassem de andar demasiado perto. As árvores também forneceram fruta para a cozinha da escola. A fruta também pode ser vendida para se obter lucro. As árvores também proporcionam sombra quando está calor.

Bolivia – Cilaj As crianças perceberam que o bullying é um grande problema nas escolas. Elas organizaram uma marcha pelo centro da cidade e distribuíram folhetos nas escolas, para partilhar ideias sobre como parar o bullying nas escolas. Com cobertura dos media, os jovens perceberam que tinham poder e souberam que as suas vozes tinham sido ouvidas após a campanha.

Serbia -Pomoc Deci As crianças da Aflatoun organizaram um evento de moda. Para fazer com que as pessoas pensassem sobre o ambiente, elas utilizaram materiais reciclados para criar novas roupas. Elas publicitaram o evento às suas famílias e amigos e venderam bilhetes.

Nepal- Kapince Os membros do clube de crianças da Aflatoun organizaram uma campanha sobre higiene comunitária. Elas querem-se livrar dos sistemas de casas-debanho abertas na sua comunidade. A maior parte dos habitantes que não possui casa-de-banho em casa, utiliza os campos abertos. Alguns habitantes foram encorajados a construir casasde-banho transitórias nas suas casas.

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ANEXOS

Sri Lanka – Coalition for Educational Development As crianças estão a aprender que a angariação de fundos através da reciclagem pode ser divertida. As crianças do clube reuniram e reciclaram desperdício de plástico, como copos de papel, garrafas de plástico etc. e ajudaram a livrar-se de 30.000 kg de desperdício de polietileno.

Marrocos - Bayti As crianças de rua reuniram peças de metal e de madeira do lixo e criaram peças artísticas. Elas organizaram uma exposição e venderam os trabalhos artísticos às pessoas.

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ANEXOS

ANEXO VI Planos de Atividade 1 e 2

Nome da Aula

Plano de Lição 1: Nós temos direitos

elemento chave Objetivos da Aula

DIREITOS E RESPONSABILIDADES As crianças aprendem que existe um documento que protege os seus direitos e descobrem que os seus artigos podem ser categorizados em quatro grupos.

Duração:

50 min.

Início: Quadro Conhecer/Querer conhecer/Aprender (KWL) 10 min Desenha no quadro preto um quadro KWL tal como o seguinte. O que é que achamos que conhecemos sobre os direitos das crianças?

O que é que queremos conhecer sobre os direitos das crianças?

O que é que aprendemos sobre os direitos das crianças?

O que é que achamos que sabemos? Pede aos estudantes para partilhar as suas ideias contigo. À medida que o fazem, escreve os seus tópicos na primeira coluna.

O que é que queremos conhecer? De seguida, ajuda os estudantes a pensar em questões acerca dos direitos das crianças que eles gostariam de conhecer as respostas. Encoraja-as a partilhar contigo coisas que os deixem confusos ou curiosos. Coloca estas questões na coluna do meio.

Agora, pede-lhes para manterem estas questões no seu pensamento enquanto fazes a atividade principal.

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ANEXOS

Aprender: Os quatro grupos dos direitos das crianças (30 min) Lê este texto em voz alta para a classe. Ouçam! Segundo a lei, todo o adulto deve assegurar-se que as crianças têm os seus direitos. Existem muitos direitos diferentes, como vimos. É mais fácil entendê -los se nos lembrarmos que todos os direitos pertencem a um de quatro grupos. Estes grupos designam-se Sobrevivência, Desenvolvimento, Proteção e Participação.

1. DIREITOS DE SOBREVIVÊNCIA. Estes incluem o direito à , vida, o direito à saúde, o direito a comida nutritiva e e o direito a ter uma casa. 2. DIREITOS DE DESENVOLVIMENTO. Estes asseguram-se que uma criança pode crescer e tornar-se um adulto feliz preparado para a vida. Eles asseguram-se de que tens uma educação apropriada, ajuda quando és muito novo e que te é permitido brincar.. 3. DIREITOS DE PROTEÇÃO Estes mantêm-te em segurança de seres mal tratada, cruelmente ou de uma maneira injusta ou perigosa. Dizem que não te podem bater ou obrigar-te a fazer um trabalho que te possa fazer mal ou impedir-te de frequentares a escola. 4.DIREITOS DE PARTICIPAÇÃO. Estes dizem que toda a gente tem de respeitar os teus direitos de dizer o que pensas, de participar em atividades e de encontrar informação apropriada.

• De seguida, recorta as quatro cartas de cabeçalhos em baixo (Sobrevivência, Desenvolvimento, Proteção e Participação) e coloca - as na parede. Ou escreve-os no quadro preto. • Agora recorta as outras cartas de direitos e distribui-as. Pede às crianças para lerem em voz alta à vez a sua carta e que a coloque na parede por baixo do cabeçalho que acharem ser o correto. • Pede-lhes para explicarem porque é que pensam que pertence ali.

Reflexão: Quadro KWL Chama a atenção aos estudantes’ para as questões que levantaram anteriormente, ou seja, as questões na coluna "O que é que ?’ queremos conhecer". Descobre quais as respostas às questões que eles descobriram e escreve-as na coluna "O que é que aprendemos". Depois, pergunta se há mais alguma coisa que aprenderam que possa ir para a coluna "O ‘que é que aprendemos".

Lembra-te que é provável que algumas das questões das crianças não tenham sido respondidas. E as crianças podem ter novas questões . Se for o caso, estas questões podem ser o trabalho para casa. Discute sobre onde é que as crianças podem ir para responder a essas questões.

Os direitos das crianças podem ser categorizados nos seguintes quatro grupos: DIREITOS DE SOBREVIVÊNCIA. Estes incluem o direito à vida , o direito à saúde, o direito a comida nutritiva e e o direito a ter uma casa. DIREITOS DE DESENVOLVIMENTO. Estes asseguram-se que uma criança pode crescer e tornar-se um adulto feliz preparado para a vida. Eles asseguram-se de que tens uma educação apropriada, ajuda quando és muito novo e que te é permitido brincar. DIREITOS DE PROTEÇÃO Estes mantêm-te em segurança de seres mal tratada, cruelmente ou de uma maneira injusta ou perigosa. Dizem que não te podem bater ou obrigar-te a fazer um trabalho que te possa fazer mal ou impedir-te de frequentares a escola. DIREITOS DE PROTEÇÃO. Estes dizem que toda a gente tem de respeitar os teus direitos de dizer o que pensas, de participar em atividades e de encontrar informação apropriada.

89

ANEXOS

Estes são os cartões individuais que as crianças têm de agrupar sob os cabeçalhos:

As crianças têm o direito de ser amadas e protegidas. Todas as crianças são iguais. Nenhuma criança deve ser vítima de guerra. As crianças têm o direito de receber cuidados especiais para necessidades especiais. As crianças têm o direito a comer de forma apropriada e comida saudável. As crianças têm o direito a ter cuidados de saúde. As crianças têm o direito à educação. As crianças em conflito com a lei têm o direito a assistência especial. As crianças refugiadas têm o direito a assistência especial. As crianças têm o direito de exprimir a sua própria opinião. As crianças têm o direito de brincar. As crianças têm o direito de passar tempo com outras crianças. As crianças sem família têm o direito de proteção especial. Nenhuma criança deve ser explorada pelo trabalho. As crianças têm o direito à informação. Nenhuma criança deve ser mal tratada ou batida. Nenhuma criança deve ser sexualmente abusada. As crianças têm o direito a praticar a sua própria religião.

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Plano de Atividade 2: Dar respeito

Número de livro elemento chave

ANEXOS

Nome da Aula

Cinco DIREITOS E RESPONSABILIDADES

Tempo total

50 min.

Introduz: Brainstorming (chuva-de-ideias), Mapa em teia (10 min) • No centro do quadro, faz um círculo com a palavra Respeito escrita lá dentro.

RESPEITO

• Pergunta aos alunos o que é que significa respeito? - À medida que os estudantes vão respondendo, faz uma linha a partir do círculo e escreve a resposta. • Depois de os estudantes terem terminado o brainstorming, as suas definições de respeito, pede-lhes para lerem todas as palavras que estão no quadro. Coloca-os em pequenos grupos e pede a cada grupo para utilizar algumas dessas palavras para criar a sua própria definição de respeito. • Pede a cada grupo para ler a sua definição.

Aprender: Parece que, sente-se como, soa como 20 min • Como é que o respeito é dado na nossa comunidade? • Em grupos de cinco ou a turma toda, preenche o quadro Parece, Sente, Ouve sobre Respeito. • Explica aos estudantes: Por baixo da coluna Parece, os estudantes devem listar como é que o respeito parece ser. Por exemplo: olhar para a pessoa quando se está a falar, sorrir, não empurrar ou bater noutra pessoa. • Por baixo da coluna Sente, os estudantes devem listar como se sente ser respeitado. Por exemplo: sentir-se importante, ser cuidado, as pessoas gostam de mim, as pessoas preocupam-se com o que eu digo. • Por baixo da coluna Ouve, os estudantes devem listar como é soa quando alguém está a ser respeitoso. Por exemplo: não gritar, não discutir, ser agradecido.

91

Reflete: Partilhar , Refletir (15 min)

ANEXOS

• Pede aos estudantes para partilhar as suas respostas. • Faz uma tabela grande no quadro - como no folheto - e lista as respostas dos estudantes sob cada coluna. R- E- S- P- E-I-T-O !!!!!!! Parece, Sente, Ouve

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ANEXOS

ANEXO VII Plano de Atividade 3 Nome da Aula Número de livro elemento chave Tema Materiais Necessários

Plano de Atividade 3: Escolher uma luta Livro Cinco (Idade 12) Compreensão Pessoal e Exploração Resolução de conflito Uma cópia do Guião de Luta

Duração:

Início: Teatro de Imagens (15 min) i. Começa por pedir às crianças para formarem grupos de quatro ou cinco elementos. Pede-lhes para pensarem numa situação que testemunharam ou experienciaram na qual houve um conflito e para discutirem isso durante uns minutos. ii. De seguida, diz-lhes que têm cinco minutos para prepararem uma imagem desse conflito. Lembra-te que no Teatro de Imagens ninguém fala nem se mexe. iii. Quando tiverem tido tempo para se prepararem, pede a alguns grupos para, à vez, mostrarem a sua imagem do conflito aos outros. iv. À medida que cada grupo mostra a sua imagem, pergunta às outras crianças as seguintes questões: • • • • •

O que é que está a contecer na imagem; o que é o conflito ou argumento? Quem são as pessoas na imagem? O que é que elas querem? Porque é que não conseguem concordar? Isto é algo que já viram anteriormente? Isto poderia acontecer aqui?

Lembra-te que, não há respostas certas ou erradas! Apenas encoraja as crianças a explicar ou justificar as suas respostas.

Aprende: Escolher uma luta (25 min) Coloca as crianças em pares e dá a cada uma cópia do guião. Se tal não for possível, coloca-as em pares e mostra-lhes onde escreveste o guião no quadro (podes fazer isso na secção Início enquanto as crianças estão a trabalhar para preparar as suas imagens). Pede a cada par para seguir o guião.

93

ANEXOS

Guião de Luta. Pessoa 1: Olha, tu! Pessoa 2: Quem? Eu? Pessoa 1: Tu, estou a falar contigo. Tu! Pessoa 2: O que é? Pessoa 1: Para onde é que estás a olhar? Pessoa 2: Para nada. Pessoa 1: Estás. Estás a olhar para mim. Pessoa 2: Não’ estou. Pessoa 1: Estás. Estás a fazer agora mesmo.. Pessoa 2: Apenas porque gritaste. Eu não estava a olhar antes. Pessoa 1: Estavas. Estavas a olhar para mim. Pessoa 2: Não estava. Pessoa 1: Estás-me a chamar de mentiroso? Pessoa 2: Não. Pessoa 1: Estás. Pessoa 2: Só estou a dizer. Eu não estava a olhar para ti. Pessoa 1: Então, estás a dizer que sou um mentiroso. Pessoa 2: Pára de tentar distorcer o que eu estou a dizer. Eu não fiz nada. Pessoa 1: É melhor teres atenção a quem ’chamas de . mentiroso. Pessoa 2: Eu não estou. Pessoa 1: É melhor teres cuidado. Pessoa 2:Porquê? Pessoa 1: É melhor estares atento a mim. Pessoa 1: Disseste que eu não devia olhar para ti. Pessoa 1: O quê ? Estás a tentar ser engraçadinho, agora?! Não tentes ser engraçadinho comigo. Pessoa 2: Não estava. Era só uma piada. Pessoa 1: Bem, eu não me estou a rir. Pessoa 2: Ok. Eu não estava a falar a sério. Pessoa 1: Eu ponho esse sorriso do outro lado da tua cara se não tiveres cuidado. Pessoa 2: O quê? Pessoa 1: Não te metas comigo. O que é que estás p´raí a ladrar? Pessoa 2: Não’ estou. É’ simplesmente assim a minha boca. Pessoa 1: É isso. Por trás do corredor da Escola, depois das aulas! Pessoa 2: Mas eu não quero lutar! Pessoa 1: É melhor que apareças. Certo! Ou ponho o resto da malta atrás de ti...

94

Grupo A Questões • • • • • •

Esta é uma situação realística? Porquê? Achas que a Pessoa 2 podia ter feito alguma coisa para evitar a confrontação? O que é que aconselharias a Pessoa 2 a fazer para lidar com a situação? Conheces alguém que se comporte como a Pessoa 1? Quais são as principais causas das lutas na tua escola? O que é que podemos fazer para evitar lutas?

Reflete: Teatro de Imagens(10 min) Pede, novamente, às crianças para formarem os mesmos grupos do Teatro de Imagens no início da lição. Pede-lhes para se lembrarem da imagem que fizeram anteriormente. Now: • Pede a um dos grupos para se levantar e mostrar a sua imagem de novo. • Depois, pede a alguns voluntários da audiência para refazerem a imagem para que em vez de vermos o problema, vejamos a solução. • Quando isto for feito, pergunta às crianças; • Que mudanças tivemos que fazer para solucionar o problema do conflito? • Quem é que teve de fazer algo diferente? • Quem é que teve de parar de fazer algo? • Achas que isto resultaria na vida real?

95

ANEXOS

De seguida, coloca os estudantes de novo no mesmo grupo. Dá-lhes dez minutos para trabalharem em grupo, discutindo as seguintes questões, que deverás ter preparado antecipadamente no quadro. Diz a cada grupo que irás querer um membro para fazer uma breve apresentação das suas respostas.

ANEXOS

ANEXO VIII Três Modelos de Poupança Modelo Um. Poupança em Casa;

96

ANEXOS

Modelo Dois. Poupar num clube da escola.

97

Modelo Três Poupar num instituto financeiro.

1)

2)

3)

98

ANEXOS

ANEXO IX Regras de Ouro de Poupança 1. Nem todos os membros dos clubes Aflatoun têm de poupar - poupar é voluntário! 2. O processo de poupança no/ clube da classe é operado pelo Comité Executivo do programa de poupança e pelo professor. 3. Todas as crianças têm os seus próprios registos nos quais as contribuições individuais são anotadas. Cada classe/ clube também terá de manter um livro de registo. 4. As crianças podem poupar/resgatar semanalmente, quinzenalmente, em datas pré-determinadas (por exemplo, todas as segundas e quintas-feiras) 5. No caso de um depósito/resgate feito por uma criança exceder o montante pré- definido, a criança deve explicar ao professor de onde vem o dinheiro. A explicação fica registada no livro de registos. 6. As poupanças podem ser depositadas num banco local ou nos correios em nome da classe. Em áreas onde não exista um banco local, o dinheiro pode permanecer guardado /num local seguro na escola. 7. Uma proporção do dinheiro pode ser poupada para atividades coletivas, conforme for decidido pelas crianças . Esta proporção é determinada consensualmente pelas crianças, apoiadas pelo professor. 8. Os juros criados pelas contas de poupança no banco podem ser utilizados para objetivos coletivos. Isto também é feito consensualmente pela classe ou clube. 9. Os pais desempenham um papel de apoio, mas não podem participar diretamente no programa de poupança. As crianças tomam todas as decisões no que refere ao gasto das suas poupanças individuais e coletivas.

99

ANEXOS

ANEXO X Planos de Atividade 5 e 6 Nome da Aula

Plano de Atividade 5: O que fazes com o teu dinheiro

Número de livro

Cinco

elemento chave Tema

POUPANÇA E GASTOS Tomar decisões sobre dinheiro, poupar e gastar

Duração:

50 min.

Início: Quadro Conhecer/Querer conhecer/Aprender (KWL) 5 min Começa por pedir às crianças para formar pares e pensar durante três minutos sobre o que já sabem sobre poupar e gastar. Entretanto, desenha no quadro uma tabela KWL como a seguinte. O que é que pensamos que conhecemos sobre poupar?

O que é que queremos conhecer sobre poupar?

O que é que aprendemos sobre poupar?

Agora, pede aos estudantes para partilhar as suas ideias contigo. Enquanto o fazem, escreve os pontos sobre os quais todos concordam na coluna da esquerda "O que é que pensamos que conhecemos" De seguida, ajuda os estudantes a pensar em questões acerca de poupar e gastar que eles gostariam de conhecer as respostas. Encoraja-as a partilhar contigo coisas que os deixem confusos ou curiosos. Escreve as suas questões na coluna "O que é queremos conhecer"?’. Agora, pede-lhes para manterem estas questões no seu pensamento enquanto fazes a atividade principal.

Aprende: Gasta, Poupa, Investe, Doa! 20 min Explica aos estudantes que tal como viram na atividade anterior há quatro formas diferentes de usar o dinheiro. Elas podem gastá-lo, poupá-lo, investi-lo ou doá-lo. Em quatro pedaços separados de papel no quadro, faz uma lista dos seguintes cabeçalhos: gastar, poupar, investir e doar. Lidera uma discussão da classe que crie ideias para definir estes vocábulos e exemplos de cada um. Faz-lhes as seguintes perguntas: • O que significa gastar dinheiro? Tens algum exemplo? • Como é que as pessoas poupam dinheiro? Tens algum exemplo? • O que significa doar dinheiro? Tens algum exemplo? • O que significa estar investir dinheiro? Tens algum exemplo? Lista as respostas dos alunos nas tabelas apropriadas. Adiciona às suas respostas o que for necessário para clarificar as definições. 100

As definições sugeridas são:

ANEXOS

Poupar: guardar dinheiro ou coisas para futuras necessidades ou vontades ou para um objetivo em particular ou ocasião. Investir: guardar dinheiro ou coisas de tal forma que aumente o seu valor, como quando recebes juros sobre o teu dinheiro ou guardas qualquer coisa que poderás precisar no futuro. Gastar: utilizar o dinheiro para qualquer coisa que queiras ou precises. Doar: dar dinheiro, tempo, talento ou tesouro sem expetativa de receber algo em troca.

Dispõe as quatro tabelas, como se segue.

Gastar - Poupar

Doar - Investir

Em cada uma das caixas , pede à classe para sugerir três exemplos de itens em que gastariam o seu dinheiro, coisas para as quais poupariam, organizações para as quais gostariam de doar, e formas de investir o seu dinheiro.

Reflete: Quadro KWL(10 min) Chama a atenção aos estudantes para as questões que levantaram anteriormente, ou seja, as questões na coluna "O que é que queremos conhecer?". Descobre quais as respostas às questões que eles descobriram e escreve-as na coluna "O que é que aprendemos". Depois, pergunta se há mais alguma coisa que aprenderam que possa ir para a coluna "O que é que aprendemos".

Lembra-te. Que é provável que algumas das questões das crianças não tenham sido respondidas. E as crianças podem ter novas questões. Se for o caso, estas questões podem ser o trabalho para casa. Discute sobre onde é que as crianças podem ir para responder a essas questões.

10 1

ANEXOS

Nome da Aula

Plano da Atividade 6: Pensar sobre orçamentos

Número de livro

Quatro

elemento chave

planeando e orçamentando

Tema Objetivos da Aula

Aprender a fazer um orçamento Compreender como as escolhas financeiras à volta de um orçamento podem afetar a nossa vida

Materiais Necessários

Caneta, papel, quadro preto

Duração:

50 min.

Início: Quadro KWL(10 min) Agora, pede às crianças para formarem pares e pensarem durante três minutos sobre o que acham que já sabem sobre orçamentos. Para as ajudar a pensar, poderás fazer-lhesas seguintes perguntas; Entretanto, desenha no quadro uma tabela KWL como a seguinte.

O que é que pensamos que conhecemos sobre orçamentar?

O que é que queremos conhecer sobre orçamentar?

O que é que aprendemos sobre orçamentar?

Agora, pede aos estudantes para partilhar as suas ideias contigo. Enquanto o fazem, escreve os pontos sobre os quais todos concordam na coluna da esquerda "O que é que pensamos que conhecemos" Ajuda se agrupares as ideias em categorias. De seguida, ajuda os estudantes a pensar em questões acerca dos orçamentos que eles gostariam de conhecer as respostas. Encoraja-as a partilhar contigo coisas que os deixem confusos ou curiosos. Lista essas questões na coluna "O que é que queremos conhecer"

Aprende: Necessidades e Vontades - Diamante (25 min) Explica aos alunos que orçamentar é uma tarefa importante a fazer quando se está a poupar para organizar uma atividade.. • Pergunta se algum deles sabe porquê. • Assegura-te de que percebem que um orçamento ajuda-nos a planear uma atividade descobrindo o que iremos precisar e quanto irá custar . Ajuda-nos a lembramo-nos disso tudo que precisamos e salva-nos de planear uma atividade que custa mais do que aquilo que poupámos. 1. Divide os alunos em grupos de quatro ou cinco. Dá a cada grupo 20 moedas. 2. Explica aos alunos que eles têm que identificar doze itens que queiram comprar para eles, mas eles só podem utilizar as ‘suas moedas para comprar nove desses itens. 102

ANEXOS

3. Pede aos alunos para escolher nove dos doze itens, e para retirar o montante de dinheiro que cada item custaria no mercado. 4. De seguida, pede aos alunos para trabalharem em grupo de forma a transformar os nove itens num padrão de diamante, baseado por ordem de preferência, utilizando as seguintes especificações:

O mais preferido 2º preferido 3º preferido

2º preferido

3º preferido

4º preferido

3º preferido

4º preferido O menos preferido

5. À medida que os alunos fazem as suas escolhas sobre os itens mais preferidos, vai rodando os grupos e pergunta-lhes: • Quais são os itens no topo do diamante? • Quais são os itens na base do diamante? • Quais são os itens que se referem a necessidades e quais se referem a vontades? • Estás feliz com as tuas escolhas? 6. Pede aos grupos para partilharem os seus resultados. Assim que o tiverem feito, explica que as decisões financeiras que fazemos devem ter em consideração as nossas necessidades e vontades. 7. Pede aos grupos para repetirem a atividade com isto na mente, e para compararem a sua primeira lista com a segunda, quando terminarem. 8. Discute como este exercício seria útil ao permitir-nos priorizar entre as nossas necessidades e vontades, e a tomar uma decisão financeira sólida.

Reflete: Quadro KWL (10 min) Chama a atenção aos estudantes para as questões que levantaram anteriormente, ou seja, as questões na coluna "O que é que queremos conhecer?". Descobre quais as respostas às questões que eles descobriram e escreve-as na coluna "O que é que aprendemos". Depois, pergunta se há mais alguma coisa que aprenderam que possa ir para a coluna "O ‘que é que aprendemos".

Lembra-te que é provável que algumas’ das questões das crianças não tenham sido respondidas. E as crianças podem ter novas questões . Se for o caso, estas questões podem ser o trabalho para casa. Discute sobre onde é que as crianças podem ir para responder a essas questões.

10 3

ANEXOS

ANEXO XI Tornando realidade o Ensino de Género Inclusivo: Lista de verificação do professor Esta checklist pode ser utilizada como uma ferramenta para monitorizar práticas relacionadas com a preparação e apresentação do currículo que tu ensinas. Para cada item, coloca um visto se a situação ocorre sempre, normalmente ou nunca.

Aspetos do ensino de equidade de género

1. A linguagem e o conteúdo do material do curso ensinam a refletir e a valorizar a equidade nas contribuições e talentos de mulheres e homens. 2. Estabeleces os mesmos patamares de comportamento para todos os alunos da sala de aula (atenção, silêncio, etc.) 3. Utilizas uma variedade de experiências para ajudar os alunos a entender que o alcance total das emoções humanas é aplicável a toda a gente, por exemplo, não utilizando frases como "os rapazes não choram" ou dizendo às raparigas que rir alto não é próprio para uma senhora. 4. As atividades da turma e os exemplos são monitorizados com vista a atingir um equilíbrio de interesses e experiências de raparigas e rapazes e todos os grupos sociais e culturais. 5. Ajudas ambos os géneros a reconhecer que os seus papéis de adultos provavelmente irão incluir trabalho, parentalidade e trabalho doméstico. 6. Estabeleceste processos para assegurar que todas as crianças participam nas discussões da turma e outras atividades de aprendizagem, por exemplo, evitando situações em que as raparigas não falam nas discussões de grupo. 7. Evitas comparações entre raparigas e rapazes relativamente a comportamentos, atitudes e conquistas (por exemplo "As raparigas da turma estão a dar um bom exemplo". 8. Evitas perguntas que possam causar falsas distinções entre macho e fêmea, por exemplo Rapazes, o que acham? E o que acham as raparigas? 9. Utilizas termos latos de género em vez de específicos 10. Não enfatizas competições com base no género. 11. Evitas distribuir certas tarefas de rotina com base no género, por exemplo ‘Eu preciso de quatro rapazes fortes para mover as secretárias". "Raparigas, limpem o chão quando as secretárias forem movidas".

104

Sempre

Normalmente

Nunca

ANEXOS

12. Dás atenção equivalente a ambos os géneros (em vez de criticar o macho, apoiar a fêmea, ou vice-versa) 13. Estabeleces um ambiente na sala de aula para que não exista assédio com base no género, raça ou deficiência. 14. Esperas uma variedade de preferências académicas tanto para rapazes como para raparigas. 15. Incorporas o tópico da discriminação de género, estereótipo e preconceitos no conteúdo regular do curso e discussões sempre que possível. 16. Envolves os alunos na identificação de exemplos de discriminação de género, estereótipo e preconceito nos manuais, materiais, media e outros materiais do curso. 17. Fazes um esforço para mudar ou complementar materiais de instrução estereotipados. 18. Examinas de forma consciente as tuas próprias suposições e expetativas em relação a raparigas e rapazes relativamente a:

• • • •

Comportamento na Sala de aula Capacidades e conquistas nas matérias Apresentações de trabalhos Opções de vida futura e emprego

19. Monitorizas as tuas próprias práticas, com particular atenção a:

• tom de voz com rapazes e raparigas • frequência de interação com raparigas e rapazes quando observas o trabalho dos alunos e quando dás feedback • a quantidade e o tipo de elogios e críticas que podem ser aplicados de forma diferentes a raparigas e rapazes • diferentes expetativas de rapazes e raparigas de diferentes grupos sociais e culturais

10 5

ANEXOS

ANEXO XII Tabela de apresentação de Empreendimento Social e Financeiro de crianças

Procura e viabilidade: que estudo de mercado poderás querer fazer para ajudar a responder às questões em cima? 1. Consegues identificar uma necessidade ou oportunidade para o teu empreendimento na tua comunidade/escola? Como é que podes ter a certeza de que existe de facto uma necessidade disso? Onde irás vender os teus produtos (no caso de Empreendimento Financeiro)?

2. Irá haver concorrência? Há outra pessoa que já tenha uma atividade semelhante ? Sê honesto e realista! Que outras fontes de concorrência poderão existir?

3. Qual é o benefício para a comunidade / /escola / ou para as crianças que vem do teu empreendimento ? Como irás medir o seu sucesso?

4. Como irá a escola ou a comunidade ver o teu projeto? Como podes ter a certeza?

5. Que pessoas te poderão ajudar ou apoiar as crianças?

106

ANEXOS

6. Que possíveis fontes de oposição poderás ter? Existe o risco de o teu empreendimento fazer alguém na escola ou na comunidade infeliz?

Fundos e Financiamento pontos extra para planeamento realístico. Respostas irrealistas, incluindo "pensamento mágico", resultarão em pontos deduzidos.

7. Que fundos iniciais irás precisar e onde os irás encontrar?

8. Que outros materiais ou serviços irás precisar e como os irás encontrar?

9. Cada grupo deve criar um plano e um orçamento nesta fase.

10. Exploraste com todos os participantes a possibilidade de o teu empreendimento falhar e que as poupanças utilizadas estariam perdidas? Como irás discutir isto com eles?

11. Se o empreendimento criar lucro , o que será feito com ele ? Como podes ter a certeza de que isso é o que todos ou a maioria dos membros do clube quer?

10 7

108

ANEXOS

Ética 12. Que passos deste para assegurar que o teu empreendimento não terá resultados negativos?

13. Consideraste o impacto ambiental do teu empreendimento?

14. Avaliaste o teu empreendimento dar exemplos.

em termos de respeito pelos

direitos dos outros ? Tenta

15. O teu empreendimento promove a equidade de género? Dá alguns exemplos.

16. Quantas crianças conseguiram participar? Quais foram os diferentes papéis que desempenharam?

17. Quantas iniciativas vieram das crianças e quantas vieram do professor? Como é que o podes demonstrar? Que passos darás para assegurar que o professor não domina as crianças, mas ouve-as e age conforme as suas sugestões?

10 9

110

ANEXOS

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