Trabalho Sessao 2

  • June 2020
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Tarefa 2 (1ª parte da tarefa)

Análise crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolares

“ A biblioteca escolar proporciona informação e ideias fundamentais para sermos bem sucedidos na sociedade actual, baseada na informação e no conhecimento. A biblioteca escolar desenvolve nos alunos competências para a aprendizagem ao longo da vida e estimula a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis.” in Manifesto da Biblioteca Escolar

A biblioteca deve ser o centro das aprendizagens e de todas as estratégias educativas. Daí a necessidade de ser integrada nos objectivos programáticos e educativos da escola / agrupamento. O seu papel encerra múltiplas vertentes: apoiar as actividades na sala de aula, colaborar com os professores a planear e implementar programas de informação que tenham um impacto positivo nos resultados de aprendizagem dos alunos. O seu papel incluiu, também, o reforço da qualidade das aprendizagens, das competências leitoras, do desenvolvimento individual e, logo, do sucesso escolar. Há ainda a referir o seu precioso contributo na formação de alunos autónomos na busca e produção de saberes, bem como na leitura. “ A biblioteca constitui um instrumento essencial do desenvolvimento do currículo escolar e as suas actividades devem estar integradas nas restantes actividades da escola e fazer parte do seu projecto educativo. Ela não deve ser vista como um simples serviço de apoio à actividade lectiva ou um espaço autónomo de aprendizagem e ocupação de tempos livres”. ( Veiga, 2001) O grande desafio de hoje é a articulação curricular e a participação nas planificações conjuntas de aulas e na preparação de actividades, assente numa gestão sustentada dos recursos da informação. A BE é um espaço privilegiado de conhecimento e aprendizagem; um instrumento essencial ao desenvolvimento dos curricula; um recurso fundamental para o desenvolvimento das várias literacias; um contributo importante para o sucesso educativo. A partilha de recursos e o trabalho colaborativo entre as escolas, bibliotecas municipais, possibilita rentabilizar recursos humanos e financeiros. Os seus fundos documentais

devem ser diversificados e em diferentes suportes,

atendendo às

necessidades da comunidade escolar. No século XXI, as tecnologias da informação e comunicação vão ter um papel determinante nas aprendizagens dos alunos ao longo 1

da vida. A BE deve fornecer aos seus utilizadores os recursos próprios da sociedade de informação e conhecimento. Cabe, igualmente, ao professor bibliotecário

criar

boas oportunidades, a fim de que os alunos tenham sucesso na sua vida futura. Neste sentido, a biblioteca deve disponibilizar serviços de informação e programas eficazes que contribuam para o desenvolvimento dos alunos ao longo da vida. Cabe-nos, a nós, professores bibliotecários, conquistar a comunidade escolar. Construir e fomentar equipas de colaboração dentro da escola. Ao serem implicados no processo, terão uma visão mais construtiva e colaborativa. Reforçar a confiança no papel do professor bibliotecário nas nossas escolas é, também, importante. Penso que esse reforço passa, necessariamente, por demonstrar liderança dentro da comunidade escolar “ Tenha um reconhecimento e apropriação por parte das escolas e das equipas e se assuma como um instrumento agregador capaz de unir a escola e as equipa em torno do valor da BE e do impacto que pode ter na escola e nas aprendizagens” Texto da Sessão (pág. 7 ). Uma boa liderança passa pela avaliação dos membros da equipa: descobrir o que lhes falta para o desenvolverem e capacitá -los com o que precisam. No entanto, penso que devemos considerar as seguintes áreas – conhecimento, habilidade e desejo. O professor bibliotecário deve reflectir continuamente e enfrentar a nova realidade educativa, que desperta a cada instante um enorme conjunto de questões “School librarians need to be clear about what actually is their motivating force for their instructional roles in schools. There are at least two ways of looking at this: Doing and Being (School librarian….pág.6) O modelo de auto-avaliação é importante porque através da recolha de evidências, da análise da informação recolhida, e da divulgação dos resultados da acção da BE podemos demonstrar o seu contributo e o seu impacto nas aprendizagens, bem como a eficiência dos seus serviços. A recolha de evidências também contribui para a existência de uma atitude permanente e sistemática de organização e para a construção da memória da biblioteca escolar. Há também a salientar o envolvimento dos utilizadores. Toda a comunidade escolar é chamada a participar no processo: Alunos (questionários, entrevistas, grelhas de observação); Encarregados de Educação (questionários, entrevistas); Conselho Pedagógico (análise do relatório; recomendações); Director (acompanhar e coadjuvar todo o processo). A integração de uma síntese dos resultados no relatório de avaliação da escola, permite à Inspecção a avaliação do impacto da BE na escola “ A implementação do Modelo de Auto - Avaliação pelas escolas / bibliotecas vai permitir aferir sucessos e pontos fracos da biblioteca escolar e obter orientações acerca das mudanças a introduzir, com vista à melhoria. Cremos, ainda, que contribuirá para a percepção do valor da BE, através do envolvimento de todos e da inclusão dos 2

resultados da auto-avaliação da biblioteca escolar no relatório de auto-avaliação da escola.” Teresa Calçada Ao aplicarmos o Modelo contribuímos para a afirmação e reconhecimento do papel da BE, determinamos o grau de consecução da sua missão e dos seus objectivos, aferimos a qualidade e eficácia dos serviços / satisfação dos utilizadores; identificamos pontos fortes e pontos fracos a melhorar; conhecemos o desempenho para se poder perspectivar o futuro. O Modelo vai estar, certamente, na origem da implementação de algumas acções de melhoria, onde se deverá destacar a qualidade do serviço prestado pela BE com reflexo nas aprendizagens em Língua Materna. O Plano Nacional de Leitura, deverá ser explorado, em múltiplos contextos com vista à melhoria das aprendizagens. Este Modelo funcionará, deste modo, como um instrumento pedagógico “ (…) através da definição de factores críticos de sucesso para áreas nucleares ao funcionamento e sucesso da BE e sugerindo possíveis acções para melhoria.” in Texto da Sessão (pág.1) Só com a recolha de evidências, através da auto – avaliação, se poderá saber qual o melhor percurso, bem como o levantamento dos pontos fortes e pontos fracos, permitindo estabelecer objectivos e prioridades. É também importante referir o conceito “ Evidence - Based practice” que associa a recolha de evidências a uma prática do quotidiano do professor bibliotecário. Ross Todd associa este conceito à necessidade que as BEs têm de fazer a diferença na escola e de provar o impacto que têm nas aprendizagens. Penso que ao enraizarmos este hábito na nossa prática quotidiana, estamos a caminhar, a passos largos, para a valorização do papel da BE na escola, e o reconhecimento do nosso trabalho enquanto professores bibliotecários. “ A avaliação tem um papel determinante, permitindo - nos validar o que fazemos, como fazemos, onde estamos e até onde queremos ir “ in Texto da Sessão (pág.5) Nesta perspectiva permite dotar as bibliotecas de um quadro de referência e prover um instrumento ao serviço da melhoria contínua da qualidade. Quanto à metodologia de sensibilização cabe-me salientar a importância determinante da formação / acção, pois ninguém pode ensinar aquilo que não sabe. O processo formativo permite efectuar um desempenho de qualidade, adquirir skills que possibilitem uma postura de abertura face à inovação e dar uma resposta capaz aos novos desafios. As competências que se destacam relativamente ao professor bibliotecário são múltiplas e desafiadoras (vide Texto Sessão pág.8). Será que conseguiremos corresponder e abarcar tantas valências? Será que não corremos o risco de nos afundarmos em Planos de Acção; Recolha de Evidências; Modelos de Auto – 3

Avaliação; Relatórios e afins?.... Será que vai restar tempo para a Descoberta? Para cativar os utilizadores? Deixo, aqui e agora, a minha reflexão e também a minha inquietação: Será que este Modelo não vai ser ” identificado” como um Modelo de Avaliação do desempenho do professor bibliotecário? Os múltiplos desafios e tarefas adicionados ao Modelo não irão burocratizar demasiado o cargo de professor bibliotecário? Restará espaço para formar leitores activos e envolvidos? Há que fornecer um ambiente onde os alunos sejam estimulados e capacitados para ler, ver, ouvir, para a compreensão e fruição. Embora o PB ou PBs estejam a tempo inteiro, a necessidade de aplicação de diversos instrumentos de recolha de dados, como os questionários…, o tempo que essas tarefas implicam, e, por outro lado a adesão da comunidade escolar na participação no preenchimento dos questionários, de forma construtiva e informada, serão constrangimentos que teremos que enfrentar. Termino com uma citação do Professor Marçal Grilo “ Uma escola sem Biblioteca é como uma biblioteca sem livros”.

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