Trabalho Do Power Point

  • December 2019
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MUM Modelos de urbanismo e mobilização

Património natural da Póvoa de Varzim Caracterização ambiental do Concelho da Póvoa de Varzim O Concelho da Póvoa de Varzim está inserido numa as regiões mais profundamente humanizadas do Noroeste Peninsular. Com efeito, a ocupação humana permanente desta região remonta comprovadamente ao Neolítico e desde aí a riqueza e produtividade dos solos levaram à sua exploração continuada. Destes milhares de anos de povoamento intenso não sobrou muito da paisagem natural, podemos mesmo dizer que no concelho não haverá um centímetro de terreno cujo revestimento vegetal, aspecto e fauna não tenha sido directa ou indirectamente resultado da acção humana.

Esta humanização da paisagem teve aspectos que beneficiaram o ambiente, diversificaram os ecossistemas e criaram novos nichos ecológicos. Durante milénios o Homem manteve a região um sábio equilíbrio entre forças da natureza e as suas necessidades. O Mar também foi explorado de forma equilibrada, fazendo da Póvoa o grande centro abastecedor de pescado ao Norte de Portugal.

A riqueza da região fez com que esta zona se tornasse uma das mais densamente povoadas, mas as viagens marítimas e a

emigração foram canalizando os excessos demográficos para outras paragens. Desde meados da década de 50 o equilíbrio com a Natureza sofreu uma viragem. A introdução dos adubos químicos em larga escala, a que se seguiram os pesticidas e herbicidas, provocaram autênticas mortandades nas espécies animais. A racionalização e intensificação da produção agrícola levou ao desaparecimento de sebes e bosques, que existiam entre os campos, sustentando e protegendo uma numerosa fauna selvagem. Por sua vez o abandono das práticas agrícolas e pecuárias tradicionais, trouxe a desvalorização dos espaços florestais como elemento imprescindível da economia rural, acarretando o desleixo e descuido sobre esses locais. O aumento dos incêndios florestais, favorecido pelos tojos e giestais, levou o agricultor e proprietário florestal a encarar esses espaços como pouco rentáveis e susceptíveis de serem abandonados e transformados em matagais, ou pior, convertidos em eucaliptais que se tornam autênticos desertos ecológicos, não permitindo a sobrevivência de praticamente nenhum outro ser vivo.

Ao abandono e decadência da floresta sucedeu o florescimento

exagerado de espécies intrusivas e infestantes, como a mimosa e Austrália, que hoje ocupam largos sectores da floresta dentro do Concelho, com consequências graves para o equilíbrio natural, dado serem espécies que não só toleram o fogo como na sequência de incêndios invadem os terrenos antecipando-se ao desenvolvimento e colonização de outras espécies botânicas.

O desenvolvimento da prática da caça ao longo deste século, bem como as campanhas contra os "nocivos", veio igualmente reduzir a diversidade zoológica da região. Quantas vezes não sabemos da existência desta ou aquela espécie cinegética pelas recordações de antigos caçadores quando relembram as perdizes, as lebres, os patos bravos, narcejas e galinholas ou até impensáveis abetardas e sisões que do Sul demandavam os campos do Norte. Quantas espécies desapareceram ser deixar rasto.

Impõe-se uma palavra à memória de Cândido Landolt autor da primeira resenha faunística do Concelho e especialmente para Carlosé Grila, autor de notáveis estudos sobre a fauna marinha poveira e cuja precoce morte impediu de continuar uma obra de mérito. Graças aos trabalhos destes dois investigadores podemonos aperceber das mutações havidas na Fauna da nossa região. Na actualidade a destruição ainda é mais rápida e violenta.

Numerosas espécies animais desapareceram, porque, pura e simplesmente, os seus habitats foram de tal forma modificados que assim não mais poderão aqui voltar. Os campos masseira de Aguçadoura e Estela (notáveis peças de engenharia ambiental, já que, aliavam notáveis qualidades na produção de hortícolas e vinha, ao equilíbrio com a fauna e flora locais, que eram perpetuadas e até incrementadas nos taludes e áreas envolventes às masseiras) hoje são sumariamente abatidas. Os taludes substituídos por muros de blocos e a agricultura enfiada em estufas não dando hipóteses à Natureza de sobreviver.

As zonas húmidas desapareceram quase totalmente, encaradas como locais sem interesse e que se impunha sanar. As poças e lagoas anteriormente existentes na zona urbana da Póvoa, ou as de Amorim, Beiriz, Gândara e outras, onde largas centenas de aves migradoras e invernantes se acolhiam, desapareceram ou sobre elas pende a ameaça de se tornarem vazadouros de esgotos ou lixos. O crescimento urbano da cidade interrompeu os corredores migratórios de diversas espécies de aves que a circundavam. A Natureza foi afastada cada vez para mais longe, enclausurando

momentaneamente alguns espaços naturais logo engolidos pela voragem do crescimento urbano. Quantas crianças da nossa cidade nunca viram um grilo ou até mesmo uma vaca a pastar. O conhecimento da Natureza hoje é mediatizado, muitos jovens são capazes de conhecer espécies exóticas através dos programas educativos da televisão e incapazes de identificar uma ave que se atravesse no seu caminho.

A construção de estradas, nomeadamente da "Variante", significou uma intrusão num ambiente natural e, quantas vezes, na morte de animais que a tentaram atravessar.

Vemos fontes e poços que há poucos anos eram frequentadas por inúmeras pessoas e se encontram hoje contaminados com resíduos muitas vezes perigosos. Quantas vezes passamos no campo ou na praia e vemos espessas colunas de fumo resultado da queima desregrada de lixos sem qualquer cuidado.

Uma perspectiva pessimista? Apesar deste panorama a vida teima em perpetuar-se, é sempre possível observarmos algumas espécies de aves e outros animais em passeios que damos ou mesmo no centro da Cidade que espelham mesmo que palidamente a riqueza e diversidade de outrora.

Tenhamos a esperança de que se soubermos reencontrar o equilíbrio, e acautelar a Natureza que nos rodeia ela regressará no seu esplendor.

O Clima: •

Temperado Marítimo



Os ventos predominantes



A Pluviosidade



As temperaturas

Ondas utilizadas para gerar energia na Póvoa de Varzim A Póvoa de Varzim prepara-se para receber o primeiro parque mundial de conversão de energia das ondas, com o recurso a uma tecnologia única conhecida como pelamis. A construção deste cluster é da responsabilidade de uma das maiores empresas no mercado nacional das energias renováveis – a Enersis – e da empresa escocesa Ocean Power Delivery.

Ocean Power Delivery – será um importante pólo de energia alternativa não só para o concelho, mas também para todo o país. Segundo noticiou esta segunda-feira o "Jornal de Notícias (JN), que citou as últimas estimativas da Enersis, este pólo poderá abastecer «mais de um terço do concelho em 2008, já que 10 por cento da energia produzida reverterá a favor do município». Para se ter uma ideia, cerca de 25 mil habitantes poderão usufruir da energia das ondas. Aires Pereira, edil da Póvoa de Varzim, salientou ao JN que se trata de «uma excelente poupança do município em termos energéticos», mas também uma forma de garantir novos postos de trabalho.·

Até 2008 é de esperar que este cluster consiga produzir energia suficiente para abastecer O Okeanós está dividido em duas fases -, Aguçadoura 1 e 2 -, e trata-se de uma instalação feita a partir de tecnologia pioneira. Os equipamentos estão já a ser montados e, posteriormente, serão rebocados para o mar ao largo da Póvoa de Varzim, já no próximo mês de Setembro. Numa fase experimental vão ser instaladas três estruturas de produção de energia, denominadas pelamis (estruturas semi-submersas na água em forma de tubos de 37,5 metros de comprimento e 3,5 metros de diâmetro). Dependendo do «sucesso da experiência», o objectivo é instalar um parque com 38 pelamis, sublinhou o autarca.

Portugal é um país estratégico na produção de energia a partir das ondas e possui um dos maiores potenciais a nível mundial para a utilização desta energia renovável. Segundo o Centro de Energia das Ondas, além de fornecer «energia eléctrica renovável, a energia das ondas é igualmente vista como uma oportunidade para desenvolver

produtos com um forte potencial de exportação a nível mundial, assim como um ramo de tecnologia com aplicação na exploração de outros recursos marinhos». Em Setembro de 2007, Portugal vai receber a próxima Conferência Europeia de Energia das Ondas e das Marés.

Cividade de Terroso

A freguesia de Terroso, conhecida a nível nacional pela importância da sua cividade, situa-se no centro-leste do concelho e no limite com o município vizinho de Vila do Conde. Situada a mais de cento e sessenta metros de altitude, a Cividade de Terroso é um dos vários povoados castrejos que representam a época da Idade do Ferro na região. Classificada como Imóvel de Interesse Público, terá sido construída e ocupada entre 500 a. C. e meados do século I d. C.. Trata-se de um povoado fortificado proto-histórico, constituída por três linhas de muralhas. Caracteriza-se pela existência de uma plano ordenador, muito semelhante àquele que se pode ver na Citânia de Sanfins, no concelho de Paços de Ferreira. As escavações arqueológicas feitas até hoje revelam vários níveis de

ocupação. Em torno de um pátio lajeado, encontravam-se quatro grandes unidades, cada uma delas dividida em núcleos. O primeiro documento escrito sobre Terroso data de 953. No Livro de Mumadona, surge a referência a «subtus montis Terroso», relacionada com a topografia do território e, em concreto, com o monte em que nasceu a freguesia. Este monte viria a ser utilizado para o transporte da água que, pelo Aqueduto de Santa Clara, abasteceria o Mosteiro de Santa Clara e toda esta região. Quanto ao topónimo, deve provir do latim terrosu, que significa cheio de terra ou com terra misturada. A paróquia de Santa Maria de Terroso aparece instituída do século XII para o século XIII. Estava então integrada na Terra de Faria. Dado que o templo paroquial já existia no século XI, é de crer que a sua antiguidade seja ainda maior. Até 1836, Terroso pertenceu ao concelho de Barcelos, como aconteceu com outras freguesias do concelho. Com a reorganização administrativa desse ano, passou então para o município da Póvoa de Varzim. A abundantemente referida Cividade de Terroso é de visita obrigatória. O próprio monte fornece excelentes vistas sobre a freguesia e uma ampla área em seu redor. A rua da Certainha, a rua da Cividade e uma zona arborizada precedem a chegada ao reduto arqueológico.

Fim

Tânia faria e Mafalda Marques

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