Trabalho De Gaby

  • October 2019
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A Igreja Perseguida em Mianmar 25ª posição na Classificação de países por perseguição

O Mianmar, antiga Birmânia, é conhecido como a "terra dos templos" e está localizado às margens do Golfo de Bengala e do Mar de Andaman, entre Bangladesh e a Tailândia. Seu território apresenta densas florestas e é caracterizado por uma região central de terras baixas, cercadas por um anel de montanhas íngremes e elevadas. Há uma alta taxa de mortalidade devido à AIDS. A doença diminuiu a expectativa de vida para 62 anos, e elevou a taxa de mortalidade infantil. A taxa de crescimento demográfico também é afetada pelo vírus, sendo a segunda mais baixa da região. Os birmaneses descendem de tribos mongóis que chegaram à região no século VII. O Estado foi unificado em 1054, com a fundação da dinastia Pagan pelo rei Anawrahta. Durante essa dinastia, inúmeros templos budistas foram construídos no país. Mais tarde, com a invasão de Gengis Khan em 1287, muitos desses templos foram destruídos. Entre 1287 e 1824, o país foi governado por seis dinastias distintas. As primeiras guerras anglo-birmanesas ocorreram em 1824 e 1853. Foi também em 1853 que, sob o governo do rei Mindon, iniciou-se uma intensa revolução industrial em paralelo à descoberta de petróleo. Em 1885, a Grã-Bretanha venceu a terceira guerra anglo-birmanesa e assumiu totalmente o controle do país. Já no século XX, com o início da II Guerra Mundial, os birmaneses chegaram a auxiliar o Japão em uma tentativa de expulsar os colonizadores ingleses. Finalmente, em 1947, o país obtém sua independência e torna-se uma união federativa de sete distritos e sete Estados minoritários. Em 1962, o Partido do Programa Socialista da Birmânia (PPSB) assumiu o poder e instaurou o socialismo. Decisões do governo deterioraram a situação econômica, e as mudanças de chefe de Estado, nomeadas pelo PPSB deixaram a população extremamente insatisfeita. Foram marcadas eleições para 1990, e o PPSB foi derrotado por 80%. O governo, entretanto, ignorou o resultado, proibiu as atividades da oposição, prendeu e exilou os oponentes e reprimiu as manifestações do povo. Ainda hoje há oponentes presos. A mais famosa é Aung San Suu Kyi, líder da oposição Liga Nacional Pró-Democracia. Ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991. Sua popularidade impede o governo de executá-la, mas ele a mantém incomunicável em sua prisão domiciliar. Depois que a junta militar aumentou o preço dos combustíveis em agosto de 2007, milhares de birmaneses marcharam em protesto, liderados por pró-democratas e monges budistas. No final de setembro de 2007, o governo massacrou os manifestantes, assassinando 13 pessoas e detendo milhares por participar dos protestos. Desde então, o regime vem invadindo casas e mosteiros, e detendo suspeitos de atividades pró-democráticas. Pouco menos de 90 %da população é alfabetizada. Embora seja rico em recursos naturais, o país sofre com a má administração do governo, com políticas econômicas ineficientes, e com a pobreza rural. A taxa de desemprego é muito baixa (5%), entretanto, mais de 30 %da população esta abaixo da linha de pobreza. Grande parte da população está envolvida em atividades ilícitas. Mianmar é o segundo maior produtor de ópio, droga utilizada na fabricação de heroína, e há sérios problemas no país relacionados ao uso de drogas e à prostituição. O país também trafica homens, mulheres, e crianças para exploração sexual, serviço doméstico ou trabalhos forçados no Leste e no Sudeste asiático.

A maioria dos birmaneses é adepta do budismo, que entrou no país durante os primeiros séculos da era cristã e tem sido a religião dominante desde o século IX, exercendo enorme influência sobre a nação. Os muçulmanos se encontram na região do Arakan, próxima à fronteira com Bangladesh no extremo sudoeste do país. Crenças tradicionais são praticadas por minorias étnicas e influenciam a prática do budismo. A Igreja O cristianismo chegou ao território birmanês no século X, levado por discípulos de Nestório. Mais tarde, chegaram o catolicismo romano no século XVI e o protestantismo em 1813. As reações ao cristianismo têm variado grandemente, mas o país continua sendo uma importante base para o ministério cristão na Ásia. A Igreja se divide em três grandes grupos: batistas, católicos romanos, anglicanos. Além desses, há outras pequenas denominações protestantes. A Perseguição O governo ainda interfere nas reuniões e atividades de praticamente todas as organizações, inclusive organizações religiosas. Ele faz isso de maneira explícita e implícita. O governo impede os clérigos budistas de promover os direitos humanos e a liberdade política. Mas, ao mesmo tempo, promove o budismo theravada sobre as outras religiões, em particular entre as minorias étnicas. As autoridades também desestimulam, e até proíbem, a construção de templos entre as religiões menores. Em alguns casos, funcionários do governo destroem os templos construídos sem autorização. Também é necessário solicitar a permissão do governo para fazer reformar e melhorias nos templos já existentes. Os cristãos das áreas rurais são perseguidos com freqüência pelos governantes, que se alinham com poderosos grupos budistas e tentam utilizar a religião como forma de controlar a população local. No dia 11 de março de 1998, logo após a meia noite, Sheh Wah Paw, uma jovem de 17 anos, estava orando com sua irmã, Thweh Ghay Say Paw, de 15 anos. Nas proximidades, soldados queimavam cabanas feitas de bambu na região fronteiriça com a Tailândia. Muitos da etnia karen estavam desabrigados e Sheh Wah Paw agradecia a Deus pela cabana de bambu que as abrigava. Próxima daquela cabana rudimentar estava localizada a igreja batista que a família de Sheh freqüentava regularmente. Aquela cabana, considerada uma bênção pela família Paw, estava para ser colocada à prova naquele momento. Kyaw Zwa, o patriarca da família, havia construído um abrigo provisório de concreto embaixo da cabana como esconderijo. Receando que sua casa pudesse ser destruída, ele refugiou-se com sua família naquele local, buscando proteção. No entanto, pouco tempo depois a cabana estava em chamas e o calor era tão intenso que o interior do abrigo parecia um verdadeiro forno. As chamas se espalharam pelo esconderijo e as roupas das pessoas que estavam ali começaram a pegar fogo. Finalmente, as garotas saíram correndo e gritando do abrigo. Infelizmente, duas semanas depois, as duas filhas de Kyaw Zwa faleceram em conseqüência das queimaduras. Um líder da região afirmou que aquela não era uma guerra entre cristãos e budistas, mas entre os karenes e os birmaneses, e que estavam usando a religião apenas como pretexto para dividir as duas etnias. Por isso, não é de se estranhar que a igreja batista tenha sido um dos primeiros locais a ser queimado, enquanto o mosteiro budista e os lares ao seu redor permaneceram intocados. Kyaw Zwa, entristecido pela perda de suas filhas, disse que os birmaneses odiavam os karenes, e que odiavam os karenes cristãos mais ainda. Por algum tempo ele questionou porque as orações de suas filhas aparentemente não tiveram resposta, mas depois seu coração encontrou a paz. Kyaw Zwa então afirmou o seguinte: "Eu sei que Deus me ajudou e que permitiu a morte de minhas filhas. Elas se foram, mas estão livres". Motivos de Oração 1. A Igreja tem crescido rapidamente. Ore para que esse crescimento persista e para que os líderes da Igreja birmanesa desenvolvam métodos eficientes para treinar os novos convertidos e comissioná-los como evangelistas. 2. A Igreja enfrenta ataques de budistas que procuram restringir a atividade cristã. Peça em oração que os cristãos encontrem meios eficazes de responder a esses ataques e que consigam ganhar o respeito dos líderes governamentais e servir ao país. 3. A Igreja birmanesa tem exercido um impacto considerável em todo o continente asiático. Louve a Deus pelo alcance dos ministérios dirigidos por grupos baseados em Mianmar. Ore para que esses trabalhos continuem a exercer impacto e influência em toda a região.

4. A Igreja e o país inteiro sofrem com o problema das drogas. Interceda em oração pelo fim do narcotráfico que domina grande parte da economia birmanesa. Ore também para que os cristãos encontrem métodos viáveis de oposição ao comércio de drogas e forneçam alternativas econômicas ao povo birmanês.

Dados Gerais Capital Rangoon Governo Junta militar chefiada pelo general Than Shwe, desde abril de 1992 População 47,6 milhões (30,6 %urbana) Área 676.577 km2 Localização Sudeste da Ásia Idiomas Birmanês e dialetos regionais Religião Budismo 89%, cristianismo 4%, islamismo 4%, animismo 1%, outros 2% População cristã 1,9 milhão Perseguição Limitações severas Restrições O governo impôs restrições a certas atividades religiosas, e freqüentemente abusa do direito à liberdade religiosa.

Notícias Exército birmanês continua a atacar minoria étnica Karen MIANMAR (25º) - O Exército de Mianmar continua seus ataques no Estado de Karen. Muitos cristãos do país pertencem a essa etnia.

Esses foram os maiores ataques desde 1997. Segundo as testemunhas, houve mais assassinatos, vilas queimadas, cidadãos presos (incluindo crianças) e a aplicação de trabalho forçado.

Conforme o último relatório dos Guardiões de um Mianmar Livre - uma equipe de apoio que trabalha no leste do país - o número de desabrigados no Estado de Karen chegou a 18 mil. Em uma área, mais de 800 pessoas foram capturadas e forçadas a trabalhar como carregadores para o exército, com mais outros mil prisioneiros. No último ataque relatado, um batalhão do exército atacou e queimou a vila Ger Baw Kee , no distrito Muthraw (noroeste do país) no dia 2 de junho. No dia anterior, as vilas de Naw Yo Hta and Kay Pu foram atacadas pela terceira vez com morteiros pelos batalhões do exército. Os carregadores fugitivos disseram que o Exército de Mianmar planeja expandir as operações, atacando outros distritos. O exército já está movimentando, pelo menos, duas divisões para as áreas-alvo. O grupo Christian Solidarity Worldwide (CSW) afirma que continuam os ataques deliberados contra cidadãos desarmados. Os aldeões foram baleados à queima-roupa, e diversos corpos encontrados estavam mutilados e decapitados. Além disso, os Guardiões dizem que, desde o dia 13 de maio, um batalhão especial do exército tem tentado capturar crianças karen enquanto iam à escola em áreas controladas pelo exército, mas cujos pais vivem nas colinas de Toungoo. A CSW diz que, nos ataques ao distrito de Muthraw no dia 20 de maio, um garoto de 17 anos foi morto e outro foi ferido quando as forças armadas abriram fogo contra os aldeões que estavam em uma fazenda. No distrito de Nyaunglebin, uma mina de solo do exército matou uma mulher karen que estava grávida de cinco meses. Atenção da comunidade internacional A crise em Mianmar tem atraído a atenção da comunidade internacional, segundo a CSW. No dia 31 de maio, a secretária de Relações Exteriores britânico, condenou a decisão do governo birmanês de aumentar a prisão domiciliar do vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Daw Aung San Suu Kyi. Os EUA também ficaram alarmados com a detenção de Daw e de outras figuras pró-democráticas. Os EUA foram além, anunciando que procurarão uma resolução do Conselho de Segurança da ONU contra Mianmar. Os Guardiões são uma organização que fornece ajuda emergencial médica e de alimentos para as pessoas desabrigadas. Eles também documentam e relatam violações contra os direitos humanos. Para mais informações, visite o site: www.freeburmarangers.org Um grupo de parlamentares britânicos escolheram um Dia Antecipado de Propostas (EDM, sigla em inglês), condenando as rudes violações contra os direitos humanos e exigindo que o governo britânico providencie a ajuda humanitária necessária para aqueles que fogem dos ataques. A proposta já conta com 81 adeptos. A diretora de advocacia da CSW, Tina Lambert, diz: "É difícil imaginar a brutalidade indiscriminada dessas atrocidades Enquanto estamos contentes em ver os EUA pressionando Mianmar através do Conselho de Segurança da ONU, exigimos que o restante da comunidade internacional siga o exemplo e procure um fim a esses ataques, através do apoio a uma resolução clara". CSW é uma organização de direitos humanos especializada em liberdade religiosa. Ela trabalha em favor daqueles perseguidos por sua fé cristã, e promove também liberdade religiosa a todos.

Fontes - 2007 Report on International Religious Freedom http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2007/ - CIA Factbook 2008 (https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/) - Enciclopédia do Mundo Contemporâneo. São Paulo. Publifolha: 1999 Atualizado em 27/05/2008

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