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Parashá HaShavuah: Noach – Bereshit 6:9 – 11:32 Porção Semanal: Noé – Gênesis 6:9 – 11:32 Haftará: Yeshayahu (Isaías) 54:1 – 55:5 / Mateus 24:36-46 Introdução “Porque eu, o eterno, não mudo; por isso vós, ó filhos de Yaakov, não sois consumidos”. Malachi (Malaquias) 3:6 Pode D’us se arrepender? No final da última Parashá, Bereshit, encontramos uma afirmação que nos provoca dúvidas: “Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração”. – Bereshit 6:6. Como pode D’us se arrepender? E Sua famosa declaração em B’Midbar (Números) 23:19: “D’us não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” Aqui a palavra no hebraico não é “arrepender-se”, pois D’us é soberano, Onisciente, Onipresente e Onipotente. Esta palavra é inachem ( ), e poderia ser traduzida como “sentiu-se aflito” ou “Suas narinas fumegaram”; mostrando descontentamento de D’us para com o estilo de vida maligno e promíscuo do homem. Neste versículo é usada uma figura de linguagem para facilitar o entendimento humano. Se D’us realmente tivesse se arrependido, nem Noach viveria. A Graça de D’us “Noach, porém, achou graça aos olhos do Eterno”. (Bereshit 6:8) – A palavra graça aparece nas escrituras pela primeira vez. Em hebraico, hen ( ), e significa “porção de uma dívida perdoada”, onde o credor usa de uma graça para abater parte de uma dívida. Por exemplo, se uma pessoa deve R$ 100,00 a alguém e este resolve perdoar R$ 80,00, a dívida passa a ser somente de R$ 20,00. A parcela perdoada é que se chama de "graça". Apesar desta palavra aparecer aqui pela primeira vez, a graça de D’us tem se manifestado desde a Criação. Não seria, por exemplo, a criação do homem a manifestação da graça de D'us? O cuidado na preparação de um lugar para colocar o homem, criar o sol, as estrelas, os astros para enfeitarem a sua noite, não seria a manifestação de sua graça? Quando o homem caiu em Bereshit 2:15 vemos a manifestação da graça de D'us ao prover, ainda no jardim, a promessa da vitória sobre o mal, através de Yeshua. Por acaso não foi pela graça que Elohim chamou, guiou e fez da descendência de Avraham uma grande nação? E não foi pela graça também que Elohim livrou Seu povo do Egito? E não foi pela graça que Elohim sustentou a Seu povo durante toda a jornada no deserto, e lhes deu vitória sobre seus inimigos? Não seria pela graça que apesar de toda perseguição, holocausto, pogrom, nazismo e anti-semitismo os judeus permanecem vivos, e restauraram sua nação, sua língua e até sua moeda? Tudo o que D'us fez foi pela sua graça, pelo seu amor incondicional. Se observarmos à natureza em seus mínimos detalhes – as plantas com seus tons variados, o ciclo da natureza, o mover dos astros em suas definidas órbitas – tudo isso não seria a manifestação da graça de D'us? A multiplicação das

sementes, os frutos não são todos resultantes da graça de D'us? Quando D'us coloca o homem no jardim e cria para o homem o trabalho (o cultivo do jardim) não é essa manifestação da graça de D'us? Isso é muito bonito e profundo! Veja o versículo abaixo, dos Ketuvim Netzarim (Novo Testamento), que nos fala de graça: E, despedida a sinagoga, muitos yehudim e prosélitos devotos seguiram a Sha'ul e Bar Naba; os quais, falando-lhes, os exortavam a que permanecessem na graça de Elohim. (Atos 13:43) Este verso é claro ao afirmar que os emissários e outros crentes estavam reunidos na sinagoga e quando eles saíram de lá, os emissários os exortaram (encorajaram) a permanecerem na graça de Elohim. Mas, onde eles haviam aprendido sobre a "graça de Elohim?" Na sinagoga, pois ali era o local de ensino e eles certamente aprendiam sobre os preceitos de Elohim e viam seu cumprimento na vida de Yeshua e permaneciam firmados nos ensinos que recebiam! E da mesma forma que havia graça antes de Yeshua, a Torá permanece válida após Yeshua. Lembremos-nos o que Yeshua diz em Matitiyahu (Mateus) 5:17-19: Não cuideis que vim destruir a Torah ou os profetas: não vim destruir, mas tornálos plenos (a palavra que geralmente é traduzida como cumprir é Plêero em grego, que significa completar, ou de forma mais especifica, tornar pleno). Amen. Porque vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um yud ou um traço se omitirá da Torah, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar uma destas mitzvot (mandamentos), por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Yeshua cumpriu e nos mostrou como devemos cumprir a Torah. Ele nos deu uma lição e uma ordem para cumprirmos também. Certamente a maior graça é crer em Yeshua como filho de D'us, ser salvo e alcançar a vida eterna através Dele. Ou seja, D'us enviou seu Filho como graça para quitar nossa dívida. Mas, o fato de ser salvo pela fé no sangue de Yeshua que me purifica de todos os meus pecados não torna a Torah inválida. Pois, se eu nego a Torah, estou negando o pecado, pois I Yochanan (João) 2:4 diz que o pecado é a transgressão da Torah. Se eu nego o pecado, eu nego à morte e como conseqüência a necessidade da morte de Yeshua que traz vida, e vida em abundância. Se Yeshua tivesse anulado a Torah estaria negando a si mesmo. Agora podemos ver algo maravilhoso – apesar de termos sido salvos pela maior graça, que foi o sacrifício de Yeshua, precisamos da Torah para nos conduzir, capacitar, orientar, nos ensinar, nos adestrar, nos corrigir. Imaginemos que agora o governo quer dar a graça aos adultos brasileiros de todos possuírem a carteira de habilitação. O fato de possuir a carteira não isenta ninguém de observar as leis de trânsito, não é mesmo? Da mesma forma, uma vez remido pelo sangue de Yeshua não podemos simplesmente esquecer toda das leis de D'us. Ao contrário, a redenção em Yeshua traz a cada um de nós maior peso de responsabilidade na observância da vontade de D'us. Só damos o devido valor a graça se conhecer a Torah e sua conseqüência. Na Torah de Moisés era pecado o adultério (Devarim (Deuteronômio) 5:18). Que diz a graça em Yeshua? – “Se Olhar para uma mulher com uma intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Matitiyahu (Mateus) 5:28). Na graça, o ódio ao irmão é semelhante ao homicídio. Vemos, então, que a graça embora seja recebida e dada pela fé e de graça, nos exige que andemos num nível e numa qualidade de vida muito mais alta que a Torah. Mas,

a Torah é boa, pois ela nos delimita, marcando até onde podemos chegar. Em outras palavras, a Torah nos estabelece limites e nos preserva e previne de conseqüências danosas. "E assim a Torah é santa, e a mitzvah santa, justa e boa". (Romanos 7:12) Noach, HaTsédec (o justo) A palavra Noach, , significa “aquele que traz conforto, descanso”. Vem da raiz Noh,

, que significa “descansar, consolar, confortar”. Noach achou graça

diante do Eterno pois era justo, em hebraico Tsédec (

), uma palavra que vai

aparecer em toda a Bíblia, e significa “estar na posição correta, ser aplainado, sem tortuosidades, que é tido como padrão de medida”. Noach estava na posição certa, trilhando os caminhos propostos pelo Eterno desde a Criação. Ele também era integro, no hebraico tamim ( ), termo derivado de Tamam, que significa “ser completo, estar terminado, perfeito, de acordo com a verdade”. A humanidade por outro lado estava corrompida, que no hebraico é sharad (

)

e significa “corrompido, destruído, destinado ao She’ol”, ou seja, um homem que se corrompe está destinado à cova, ao inferno. D’us não destruiu a humanidade, ela se destruiu. A Torah diz ainda que Noach foi "perfeito em sua geração". Na realidade, a sabedoria judaica diz que isto não é um exemplo de perfeição absoluta. A palavra "em sua geração" demonstra uma relatividade, pois se Noach tivesse vivido ao lado de pessoas como Moshe (Moisés) ou Avraham (Abraão), ele provavelmente não teria recebido este "título". Porém, a geração de Noach havia se tornado tão corrupta que um homem razoavelmente justo (tal como Noach) teria sido como uma pedra preciosa em meio ao carvão. Isto nos ensina que D’us leva duas coisas em consideração quando nos avalia: a) O que é dado (tanto espiritualmente quanto materialmente) à pessoa ao nascer; b) O meio em que vive; É por isto que o rabino Sha'ul (Paulo) fala em Romanos que os judeus possuem uma "vantagem" em relação aos outros povos, por terem a Torah desde o berço. Esta vantagem não é uma superioridade dos judeus, mas sim o fato de que a quem mais é revelado, mais se é cobrado. “Que vantagem, pois, tem o yehudi? ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiados os oráculos de Elohim”. Romanos 3:1-2 HaTevá (A Arca) A arca, em hebraico tevá,(

) – literalmente caixa de madeira - é o sinal da

aliança, o sinal da salvação. É importante entendermos que o objetivo de D’us não era destruí o mundo, mas sim renová-lo, purificá-lo, e a Tevá não era somente para Noach, e sim para todos aqueles que crescem. Noach e sua família foram escolhidos para proporcionarem a Tevá e anunciarem a salvação à todos os que crescem. Da mesma forma D’us escolheu um povo, Israel, para que através deles viesse a salvação (Yochanan/ João 4:22), Yeshua, que está disponível a todos os que crerem.

Assim como D’us escolheu uma família para através dela trazer outras famílias para a Tevá, ou seja, para a salvação, D’us escolheu uma família, um povo, para que através dele as demais famílias e povos da terra chegassem a Yeshua, salvação. “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Bereshit 12:3 O dilúvio foi uma grande provação, tribulação, da qual Noach foi livrado. Mas Noach foi livrado em meio a tribulação, e não dá tribulação. Ele estava no meio da tribulação, mas em segurança. Se ele, ou qualquer um de sua família, colocasse o pé for da Tevá, seria consumido. Da mesma forma será nos últimos dias; aquele que estiver em Yeshua, nossa Tevá, estará seguro, ainda que passe pela tribulação, mas qualquer que estiver em Yeshua, e colocar os pés para fora do caminho, duvidando, voltando atrás ou negando a fé, será consumido. E ao final da tribulação, do dilúvio, D’us renovou sua aliança com a humanidade. Yirmiyahu (Jeremias) 31:31-34 diz: “Eis que dias vêm, diz o Eterno, em que farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Yehudá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Eterno. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Eterno: Porei a minha Torá no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu D’us e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Eterno; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Eterno; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados”. A palavra traduzida como nova no texto acima é Chadashah, , e indica neste contexto uma renovação, e não uma substituição. Sendo assim, o texto seria melhor compreendido como: “Eis que dias vêm, diz o Eterno, em que renovarei minha aliança com a casa de Israel e com a casa de Yehudá”. Isto é o que o Eterno fará após a tribulação, renovará sua aliança com o por de Israel, e com toda a humanidade. Será um evento glorioso. Aliança em hebraico é Brit ( ), e significa “contrato, negócio, acordo”. Existem três pontos fundamentais em uma aliança com D’us: 1. Um sinal – no caso de Noach, temos um arco. 2. Um juramento e promessa – De que não voltaria a destruir a humanidade através de um dilúvio. 3. Perpetuidade – Para sempre. Repare que em Bereshit (Gênesis) 6:14, D’us manda Noach fazer um revestimento para a arca. A palavra utilizada no hebraico possui a mesma raiz de Kippur, que significa expiação. Isto também nos ensina uma preciosa lição. Se Noach tivesse sido obediente em tudo o que D’us o instruíra, mas não tivesse posto a cobertura na arca, a chuva teria penetrado a arca e eles teriam se afogado. Semelhantemente, não adianta vivermos uma vida onde obedecemos ao Eterno em tudo o que podemos, se não tivermos o Kippur, ou seja a expiação pelos nossos pecados, feita pelo sangue de Yeshua. Se você ainda está dependendo dos seus próprios esforços, pense bem nisto. Outra pergunta muito comum quando lemos Bereshit (Gênesis) 6:14 é: Por que D’us ordena que Noach construa a arca? D’us não poderia salvar Noach e sua família de

outra forma? Até mesmo, de uma forma milagrosa? Por que fazer Noach trabalhar durante tanto tempo sobre a arca? Segundo o Rabino Yaakov Menken, a resposta está naquilo que D’us esperava que a construção da arca inspiraria nos outros! Durante os 120 anos que Noach levou para construir a arca, D’us esperava que as pessoas observassem sua conduta, e, ao perguntarem a ele o que estava fazendo, pudessem mudar de idéia. Ou seja, a obediência de Noach serviria como plataforma inicial para que ele pudesse falar de D’us. Da mesma forma, D’us espera que a nossa obediência a Ele, através da conduta que Ele nos ensinou tanto na Torah quanto nos Nevi'im (Profetas), Ketuvim (Escritos) e nos Ketuvim Netzarim ("Novo" Testamento), possa ser uma plataforma inicial para falarmos de D’us. De que adiantaria Noach falar do dilúvio se ele não estivesse fazendo nada a respeito? Da mesma forma, de que adianta querermos falar de D’us se não vivemos em obediência? De fato, chegou aos ouvidos das pessoas a notícia de que um grande barco estava sendo construído por um homem. "Por que você está construindo este barco?” perguntavam a Noach. "Estou construindo," explicava Noach, "para me salvar do enorme dilúvio que D'us enviará sobre a terra. Ele exterminará todos vocês por causa de seus pecados." As pessoas levaram a sério as palavras de Noach? Nem um pouco. Suas vozes ribombavam com risos enquanto zombavam das palavras de Noach. "Quem se importa?" gritavam eles. "Somos tão fortes, que não tememos um dilúvio. Podemos subir nas árvores e nos telhados. Mesmo se as águas lá chegarem, seremos mais altos do que a inundação, porque somos gigantes”. De fato, as pessoas que viviam naquela época eram enormes. Curiosidade: A tevá tinha aproximadamente 144 metros de comprimento, 24 metros de largura e 14,4 metros de altura e estava dividida em três pavimentos. Noach e sua família ocupavam o superior, os animais o pavimento do meio, distribuídos em 300 compartimentos, e o lixo acumulado no inferior. A Torah de Noach Segundo a tradição judaica, D’us primeiramente deu suas instruções contidas na Torah a Adam, que a passou de geração em geração. Após a escravidão no Egito, D’us precisou dar novamente a Torah ao povo, tal era o grau de assimilação da cultura egípcia. Nesta parasha, vemos uma informação muito interessante que confirma o relato da tradição judaica: no capítulo 7, vemos que Noach sabia distinguir entre animais puros e impuros. De onde vinha este conhecimento de Noach? Da Torah do Eterno! O Cuidado com os Animais Os animais, assim como o homem, são criaturas de D’us, e especiais, pois a elas o Eterno também concedeu vida. A Torá nos instrui várias leis de respeito e bom tratamento aos animais, com finalidade de nutrir nossa midá (virtude) de compaixão e respeito para com todos os seres. Por exemplo, uma pessoa não deve comer antes de alimentar seu animal, pois este seria um ato de crueldade. A Torá também menciona que podemos aprender de certas características dos animais, como o afinco das formigas, e a agilidade de gazela.

Contudo, animais não possuem neshamá (o nível mais elevado da alma), e portanto, não tem vida após a vida. Quando morrem, seu ruach (um nível mais baixo de alma) é expirado. Como todos os outros elementos da natureza, os animais foram criados para servir o homem. Quando o animal morre, é sinal que sua missão no mundo já foi cumprida. Curiosidades: Na tevá de Noach os animais conviveram em paz entre si, assim como será após a vinda de Mashiach. As Sete Leis de Noach Após o Dilúvio e a saída de Noach e sua família da Tevá, D’us os abençoou e estabeleceu uma aliança assegurando-lhes de que jamais haveria outro dilúvio para destruir a terra. D’us fez surgir no céu o primeiro arco-íris que selaria para sempre esta aliança. De acordo com a tradição, D’us confiou a Noach e sua família um Código de Vida; um conjunto de leis sobre as quais uma nova civilização seria construída. Estas sete leis prescritas foram dadas por D’us para toda a humanidade e reafirmadas no Monte Sinai. Este Código de Sete Leis Fundamentais é tão abrangente que dá estrutura e propósito à vida para todos os tempos, guiando a humanidade a perceber seu potencial máximo e sua semelhança com o Criador. As Sete Leis de Noach são intemporais, não restritas a locais geográficos e jamais podem ser alteradas ou modificadas. 1. Creia em D’us - não adore ídolos 2. Respeite a D’us e louve-O - não blasfeme usando Seu nome. 3. Respeite a vida humana - não mate. 4. Respeite a família - não cometa atos sexuais imorais. 5. Respeite os direitos e a propriedade dos outros - não furte. 6. Estabeleça tribunais para a manutenção da justiça. 7. Respeite todas as criaturas - não coma a carne de um animal enquanto ainda está vivo, e nem seu sangue. Um princípio judaico diz, D’us falou, então faça, não questione, não discuta. Porque D’us sabe o que é melhor para nossa saúde e para nossa vida. A Embriaguez de Noach Mas uma vez vemos a Ietser Hará dominando o homem. Um dos preceitos da Torá é o de preservar a saúde de nosso corpo. Cada vez mais a ciência divulga a descoberta de novas doenças e sintomas com efeitos prejudiciais à saúde associados à bebida e ao fumo, muitas vezes, irreversíveis ao ser humano. O efeito do álcool quando consumido em doses maiores, não recomendáveis, confunde os sentidos e dificulta o auto controle, o que pode levar a pessoa a cometer atos impróprios além de tornar-se cada vez mais dependente. O Midrash aproveita o episódio da embriagues de Noach para advertir os homens sobre as conseqüências do alcoolismo. Quando Noach plantou o fruto da vinha, o demônio quis associar-se a este trabalho trazendo um cordeiro, um leão, um porco e

um macaco; imolou-os e regou a terra com seu sangue. O caráter dos animais sacrificados não tardou a manifestar-se em Noach e em seus descendentes depois de ingerir a bebida. (Se você prestar atenção à cena que segue abaixo, concordará com os efeitos desta "sociedade" até hoje...) Bebendo um copo o homem torna-se manso como um cordeiro; no segundo, sente-se forte como um leão. Após o terceiro copo, deita-se e rola como um porco e continuando a beber, não tarda a praticar insanidade e "macaquices" como o símio (M. Tanhumá, Noah 13). Para o judeu, o vinho e seu consumo devem estar sempre associados à realização de uma mitsvá, como o Kidush de Shabat (Santificação do Sábado), casamento judaico, Shevá Brachot (Sete Bênçãos), Brit Milá (Circuncisão), e em diversas outras ocasiões festivas (os chaguim). Em Bereshit (Gênesis) 9:22-27, vemos a história de Ham, e o que ele fez com Noach. A princípio, parece um pouco excessiva a maldição de Noach (Noé), comparado com o que o filho fez. Porém, a expressão no hebraico que é traduzida como "viu a nudez" indica que ele na realidade teve relações com o pai. Ou seja, foi um pecado extremamente grave, uma vez que foi uma relação homossexual, incestuosa e o que é ainda mais grave, abusando da privação dos sentidos da qual o pai sofrera. Para tal monstruosidade, é compreensível a dimensão da maldição. Ainda sobre a história de Ham, repare que é ele que dá origem aos Kena'ani (cananeus). Logo em Bereshit 10:19, já vemos que foram os descendentes de Ham que fundaram as cidades de S'dom e Amora (Sodoma e Gomorra), as cidades sexualmente mais sórdidas de já se teve notícia. Além disto, vemos ainda que Avraham, em Bereshit 24:3 faz o servo jurar que não buscará uma esposa para Yitzchak entre os Kena'ain (cananeus). Lemos ainda em Ezrah (Esdras) 9:1 que os Kena'ani (cananeus) realizam práticas abomináveis. Isto nos alerta para o fato de que o nosso comportamento tem direta influência no comportamento de nossos filhos. Como deve ter crescido Kena'an (Canaã), vendo o pai ter feito o que fez? Será coincidência o povo que veio dele ter sido sórdido sexualmente? Creio que não. Por isto, temos que ter muito cuidado com aquilo que deixamos de exemplo para os filhos. Lembrem-se de que não basta ensinar com palavras, é necessário ensinar com atos. Dos filhos de Noach descendem toda a humanidade. De acordo com os historiadores, de Ham descendem os povos africanos e parte dos povos asiáticos. De Yefet, os europeus e os povos do norte, e de Shem, como já é sabido, o povo semita, ou seja, os hebreus e árabes. Curiosidade: Noach alcançou a décima geração de seus descendentes, vivendo na mesma época que Avraham durante 58 anos. O Homem Desafia a D’us, e perde! Em Bereshit (Gênesis) 10:8, somos apresentados a Nimrod, de Bavel (Babel/Babilônia), o primeiro governante poderoso na terra. No passuk (versículo) 10:9, encontramos que Nimrod era um poderoso caçador perante o Eterno. Mas o que significa ser um poderoso caçador perante o Eterno? Encontramos a explicação na tradição judaica: Nimrode era um "caçador de homens", ou seja, ele procurava desviar os homens dos caminhos do Eterno. Sua megalomania não só foi responsável

por isto, mas também por liderar os esforços para criar a famosa torre de Bavel (Babel/Babilônia), em Bereshit (Gênesis) 11:4, uma tentativa de elevar o homem acima do Eterno. No episódio da Torre de Bavel, vemos o homem mais uma vez desobedecendo a D’us. D’us havia dito “povoem toda a terra”, mas os homens diziam “façamos uma torre (...), para que não sejamos espalhados por toda a terra”. Para fazer com que o homem cumprisse o Seu mandamento, D’us criou várias línguas de uma só vez, e espalhou o homem por várias regiões da terra. Curiosidade: A Parashá termina enumerando as dez gerações seguintes, de Noach até Avraham (o 1º patriarca), chegando até o ano 2018 após a criação. Haftará “Porque isto será para mim como as águas de Noach; pois jurei que as águas de Noach não passariam mais sobre a terra; assim jurei que não me irarei mais contra ti, nem te repreenderei. Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão abalados; porém a minha benignidade não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não mudará, diz o Eterno que se compadece de ti”. – Yeshayahu (Isaías 54:9-10) D’us reafirma sua promessa de fidelidade a Israel. Apesar de muitos quererem provar que Israel foi abandonado por D’us, Ele é fiel, e mantém Sua aliança Eterna com Seu povo. De D’us tivesse abandonado Seu povo, o que nos garantiria que Ele não nos abandonaria também? “Assim diz o Eterno, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Eterno dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Eterno, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. Assim disse o Eterno: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Eterno”. Yirmiyahu (Jeremias) 31:35-37 “Pela fé Noach, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a tevá, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé”. – Ivrim (Hebreus) 11:7 Assim como Noach, somos alertados sobre a vinda do Mashiach, e devemos ter fé, temer e estar em segurança na Tevá, Yeshua. Devemos estar preparados, pois o dia e a hora ninguém sabe. Como Noach, devemos andar em justiça e integridade. Vivemos tempos de Noach, D’us não vai mais renovar a Terra com água, porém a purificará definitivamente nos últimos tempos, e desta vez sua graça proveu muito mais do que 120 anos para teshuvá. No final deste tempo de purificação voltaremos ao estado em que fomos criados, vivendo no Tikun Olam (mundo restaurado), com corpos incorruptíveis, em comunhão com D’us como podemos ver na maravilhosa profecia de Yeshayahu (Isaías) 11: 6-10: “E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do

Eterno, como as águas cobrem o mar. E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé, a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos goyim; e o lugar do seu repouso (Noach) será glorioso”. “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amen; vem, ADONAI Yeshua. A graça do Senhor Yeshua seja com todos”. Revelação 22:20-21

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