Agrupamento Vertical de Escolas D. José I – V.R.S.A. Estudo Acompanhado Nome: _______________________________________ Data: ___/___/___
O MISTERIOSO ROUBO DO CÁLICE EGÍPCIO Aquela era uma noite ideal para se ficar na cama, pois chovia muito. Ao olhar pela janela, o Inspector Arruda viu que a chuva aumentara. Nesse momento, ao ouvir o toque do relógio, percebeu que já era bem tarde. Ocorre que estava tão entretido a examinar os documentos de um complicado caso, que não se dera conta do passar do tempo. “Meu Deus, é tarde!” Exclamou ao ver que o relógio marcava as três horas da madrugada. Por isso mesmo, deixou os seus relatórios para o dia seguinte e foi deitar-se. Logo cedo, quando mal acabara de se vestir para ir à esquadra, recebe um telefonema urgente df mK
eu da cidade. Informavam-no de um roubo misterioso. Uma preciosa peça antiga havia sido roubada e aparentemente o gatuno, que agira à noite, não deixara nenhuma pista. Como a esquadra ficava próxima do museu, ordenou aos seus assistentes que para lá fossem imediatamente e isolassem a área onde ocorrera o facto. Isso evitaria que eventuais provas importantes pudessem ser apagadas. Chegando no local, o Inspector foi recebido pelo director do museu, o Dr. Khorr Upto, uma respeitável autoridade em antiguidades. Este logo cuidou de o deixar a par da situação. - Foi uma tragédia, inspector. A mais preciosa peça de nossa colecção antiga foi roubada. É um cálice de valor inestimável cuja idade exacta ninguém sabe. Em torno dele há uma lenda que diz, "aquele que o usar para beber água, terá saúde eterna!" Sem falar no seu imenso valor, já que é ouro e coberto com jóias de grande beleza. E continuou o director: - O alarme do museu disparou minutos antes das 3:00hs da madrugada quando chovia. Pouco depois, o vigia da noite apercebeu-se que o depósito fora arrombado. Imediatamente ligoume e ordenei que toda área fosse isolada para impedir que vestígios importantes fossem apagados. Eu mesmo cheguei às três horas em ponto, e já encontrei tudo como o Sr. verá. Inclusive as pegadas, que acredito foram deixadas pelo ladrão. Ao terminar o relato, o director leva então o inspector ao local do roubo. O inspector então examina tudo. Observa que a porta está exactamente como foi encontrada pelo director. Está entreaberta, e o cadeado aberto sugere que foi arrombado. Ele também observa, no chão de barro, do lado de fora do depósito, encharcado pela chuva, algumas pegadas, que certamente foram deixadas pelo autor do delito. O director afirmara que ao chegar, as tais pegadas, já estariam no local...
Depois de cuidadosamente examinar o local do roubo, o inspector reflecte sobre as poucas evidências que possui, e percebe que está diante de um caso complicado. Mas, dono de uma mente arguciosa e lógica, o inspector não é de se abater facilmente. Desse modo, juntando o que viu com aquilo que ouviu do director, conclui que ele, o famoso director do museu estava a mentir descaradamente. Que evidências o levou a tal conclusão?
Resultado do Enigma Ora, o inspector lembra que às três horas da madrugada, enquanto ainda estava em casa, chovia muito forte. Assim, as pegadas que encontrou no chão de terra fora do depósito, não poderiam ter sido feitas durante a chuva, hora em que supostamente o alarme tocou, pois com aquela intensidade, certamente que teriam sido apagadas. Logo as pegadas foram feitas
depois da chuva, ou no máximo quando já estava acabando. Isso contraria a versão do director, que dissera chegar no local às 3:00hs, hora em que o roubo já acontecera, e já encontrara as pegadas. Além disso, ele percebeu que o cadeado não fora arrombado, pois a lingueta do seu fecho estava intacta, o que não ocorreria, caso tivesse sido forçado com um pé-de-cabra.