ACARÁ-DISCO (Symphysodon aequifasciata) Acará-disco é o nome comum atribuído a todas as espécies catalogadas como pertencentes ao gênero Symphysodon.
Disco azul-royal Certos aquaristas entendem que, na verdade, todos os discos fazem parte de uma mesma espécie, uma vez que conseguem reproduzir-se entre si, produzindo filhotes férteis durante gerações consecutivas. Os discos amadurecem, isto é, tornamse aptos para a reprodução, a partir de um ano de idade. Quando em cativeiro, esta espécie apresenta grande dificuldade de reprodução e de criação dos filhotes. Entretanto, é possível obter sucesso, se forem respeitadas as exigências ambientais e alimentares desses animais. O ritual de acasalamento começa com uma corte pacífica, em que o macho gira em frente e em torno da fêmea (é necessária muita atenção para acompanhar esse rito). Em seguida, o casal escolhe um local escondido e escuro, em que vão ser depositados os ovos. Nessa área, realizam uma limpeza completa, removendo todos os pedregulhos e detritos. A desova demora cerca de uma hora e, logo depois de o macho fertilizar os ovos, o par mantém constante agitação da água em torno deles, abanando-os com as nadadeiras, para garantir a oxigenação necessária. É bastante freqüente a contaminação dos ovos por fungos, entretanto, todos aqueles que forem infectados serão devorados pelo par.
Depois da eclosão dos ovos, os filhotes fixam-se em alguma superfície, em que permanecem presos por cerca de três dias. Nesse período, é muito importante observar o comportamento dos pais, que podem devorar os filhotes, no caso de não estarem bem alimentados. Outro fator que aumenta a taxa de mortalidade dos filhotes é a insuficiência do muco epitelial, produzido pelos pais, uma vez que este é o nutriente exclusivo nos primeiros dias de vida. Entretanto, isso pode ser sanado com dietas especiais. Criadores de discos salientam que o sucesso na reprodução entre os espécimes nascidos em cativeiro é bem maior do que no de animais coletados em seu habitat natural. As variedades criadas e melhoradas geneticamente em cativeiro apresentam tonalidades bem vivas, como se pode ver nas subespécies verdes, azul-cobalto, azul-turquesa, azul-royal, vermelhas e mistas.
Branco perola Os acarás-disco apresentam bom comportamento em aquários exclusivos, com apenas exemplares de sua espécie, e convivem bem igualmente em aquários mistos. Entretanto, não se recomenda coloca-los na convivência de peixes muito pequenos, que podem ser devorados, nem dos muito agressivos e ativos, uma vez que os discos se assustam facilmente e podem se intimidar, recusando-se a receber alimentação e, portanto, ficando mais suscetíveis às doenças. Esta espécie não tolera qualquer tipo de poluição ambiental; por isso, recomenda-se que um quinto da água seja trocada regularmente; o uso de filtração contínua (com turfa e carvão) também auxilia na manutenção das boas condições da água.
Uma das espécies que tem facilitado muito a vida dos aquaristas é um acará-disco vermelho, trazido do Oriente. É conhecido como “red dragon” ou “pigeon Blood”, pelas suas características de fácil reprodução.
Vermelho de Schlingmann O DISCO SE IRRITA COM FACILIDADE Red Dragon ou Pigeon Blood CRIANDO DISCOS Alguns autores aconselham que seja usada na criação de discos água estéril, ou seja, uma água sem microorganismos. Para que se consiga esta água, eles utilizaram luzes ultra violeta ou ozonizadores. Estes autores aconselham ainda que o aquário não tenha areia nem planta e que os restos de comida sejam retirados diariamente por sifonagem. Mas outros autores (inclusive eu) já conseguiram manter seus discos em aquários sob outras condições, tais como uso de filtro biológico e plantas tais como as ceretopteris, hygrophila, valisneria, além de água limpa, neutra e pobre em calcário.
Os discos são peixes, que apesar de calmos, por natureza, podem se irritar facilmente. Sendo assim, por via das dúvidas, vamos lhe dar um conselho. Crie seus discos sozinhos, sem a companhia de peixes de outras espécies. Algumas espécies de peixes, mesmo as mais calmas, podem causar no disco um tipo de comportamento muito estranho: em dado momento ele pode enfurecer, começar a nadar velozmente de um lado para outro, bater nos vidros e até ficar em um canto do aquário com a parte inferior do corpo voltada para cima. Esse comportamento pode acontecer uma vez e não se repetir mais, mas há casos de peixes que se comportam assim muitas vezes chegando até a morrerem. Por outro lado, isso já foi notado até com discos que viviam sozinhos no aquário, não se sabendo até hoje porque o peixe age assim. DIMENSÕES E ACESSÓRIOS DO AQUÁRIO
Pigeon branco Vamos, portanto, sem desprezar as opiniões diversas sobre o assunto, falar mais detalhadamente da criação de discos com filtros e plantas.
Um aquário ideal para discos deve ter 100 litros de água, ou mais. As proporções de um aquário de 100 litros são: 70cms. de comprimento, 35 cm. de largura e 45 cm. de altura. Nele você terá o espaço necessário para criar um casal de discos adultos ( com cerca de 15 cm de diâmetro) ou 6 discos jovens. Esse aquário deve ser equipado com filtro biológico e, por cima deste, cascalho de rio não alcalino. Sob a areia, e entre os canos do filtro biológico, coloque pequena quantidades de argila e xaxim em barras para servir de substrato para que as plantas cresçam.
A iluminação pode ser do tipo gro-lux e luz do dia. Lâmpadas incandescentes podem ser colocadas, nos casos de plantas que não estejam se desenvolvendo bem. O uso do filtro externo, para que se obtenha uma água limpa, é muito importante. O material filtrante deve ser trocado quinzenalmente. Fazem parte ainda do equipamento um termostato e um aquecedor. ESCOLHENDO UM BOM EXEMPLAR Existem duas espécies de acarás disco: o Symphysodon discus (Heckel) e o Symphysodon aequifasciata, esta última constituída de três subespécies: a S.a.aequifasciata (Pellegrin), a S.a. haraldi (Schultz) e a S.a. axelrodi (Schultz). A compra de um acará disco é realmente uma aventura, isto porque, a maioria dos exemplares chegam em más condições e freqüentemente doentes. Algumas lojas, no entanto, tem se preocupado com tal problema, fornecendo peixes em melhores condições. De qualquer forma, daremos agora alguma dicas para que você, ao comprar um exemplar, verifique se ele está em bom estado de saúde.
Vermelho Turquesa-Sol 1-Observe bem o colorido do peixe. Exemplares mais escuros não deverão ser adquiridos. As listras iridescentes (horizontais) devem estar brilhantes e não apagadas. 2-As nadadeiras deverão estar abertas e os olhos brilhantes. 3- A parte superior da cabeça e o abdômen deverão estar roliços e nunca escavados (isso
significa que o peixe está recusando alimento há muito tempo). Verifique se o peixe se interessa por comida e se estão aceitando tubifex. 4-Se você está pensando em promover a procriação de discos, é óbvio que você compre um casal. O que não é tão óbvio é diferenciálos, pois macho e fêmea são muito semelhantes. Apesar disto, na loja você pode ter sorte e conseguir um casal. Para tanto, observe se existem dois peixes juntos em um canto do aquário, espantando os demais. Isso pode significar que esses dois são um casal. Outra forma prática, mas um pouco mais custosa, é que você compre seis discos e jogue com probabilidades: espere que cresçam e que, pelo menos dois deles se acasalem.
TRANSPORTE E ALIMENTAÇÃO O transporte do disco deverá ser feito em um saco plástico escuro. Ao chegar em casa, você deve colocar o saco fechado dentro do aquário e esperar cerca de 30 minutos para solta o peixe. Isso é importante para que ele se acostume com a temperatura da água do aquário. A seguir, solte o peixe, abrindo lentamente o saco, isto com a luz do aquário e se possível do cômodo desligadas. Não queira alimentar seu peixe no primeiro dia, a não ser que você disponha de alimentos vivos. Os discos são muito exigentes com alimentação, dando preferência aos alimentos vivos como as dáfnias, vermes e larvas de mosquito, este último seu prato predileto. O tubifex deverá ser evitado no cardápio do disco, por ser um alimento muito contaminado. Caso você não disponha de tais alimentos, poderá substitui-lo por coração de boi conservado em geladeira e oferecido em pedaços do tamanho da boca do peixe. No início eles poderão recusar este alimento mas, em breve, começarão a procurar pedaços no fundo do aquário. A temperatura da água deve ser mantida entre 26 e 32 graus Celsius.
LIMPEZA, ILUMINAÇÃO E COMPORTAMENTO
Seguindo essas dicas você terá sucesso na criação do disco.
A limpeza do aquário é um ponto importante e você deverá retirar os detritos por sifonagem, uma vez por semana. Ao fazer a sifonagem, retire cerca de 25% da água, repondo esse volume em seguida, com água envelhecida por 3 dias e na mesma temperatura da água do aquário.
O ESSENCIAL NA SUA MANUTENÇÃO
Tangerina O aquário de discos deverá receber luz, cerca de 12 a 18 horas por dia. É bom que você saiba que alguns peixes são às vezes marginalizados por outros companheiros de aquário. Eles, então, se isolam em um canto, freqüentemente machucados pelas brigas e recusam a alimentação. Estando muito fracos, estes peixes podem facilmente contrair doenças, por serem alvo fácil dos inúmeros organismos patogênicos existentes na água. Portanto, muito cuidado com as brigas em que seus discos possam se envolver.
Costumo ouvir os mantenedores de peixes tropicais - e isto inclui os varejistas da aquariofilia - dizerem que gostariam de ter discos em seus aquários, mas que são peixes difíceis de manter. Se pudéssemos mudar esta noção errônea, poderíamos abrir consideravelmente o mercado destes ciclídeos. Nós, os criadores e aquaristas de discos, sabemos que não é assim. Se fossem problemáticos, difíceis de serem mantidos, não haveria essa profusão de variedades sendo oferecidas no mundo inteiro. O que tenho observado é que enganos são freqüentemente cometidos pelo desconhecimento de aspectos básicos sobre o comportamento e a biologia da espécie, a físico-química do aquário, das plantas e peixes compatíveis, e dos problemas mais comuns que acometem os discos.
DOENÇAS E TRATAMENTO Uma doença comum aos discos e, também, ao acará-bandeira é o aparecimento de vários orifícios na parte superior da cabeça, que vão aumentando com o tempo, em número e tamanho. Em certos casos há a formação de uma substância branca que sai desses orifícios. Essa moléstia é tida como incurável. Eu contudo, já obtive uma reversão no processo da doença, isolando o peixe doente em um aquário, com 4 gramas de sal grosso por litro. Essas 4 gramas foram adicionadas em duas vezes, com intervalos de dois dias entre uma dose e outra. O peixe deve ser mantido nessa água até a melhora, a uma temperatura de 35 graus, e com alimentação abundante. Esse tratamento pode ser usado na maioria das doenças pois, geralmente, ele adoece por estar mal nutrido.
ADQUIRINDO DISCOS Se você vai experimentar discos pela primeira vez em seu aquário e está receoso de perde-los, considere a aquisição de uma variedade mais rústica e menos cara. Se você conseguir criar estes peixes até a idade adulta, pode então vende-los a seus amigos e recuperar o investimento, antes de passar para linhagens mais exóticas. Assim, se algum erro for cometido no inicio, é preferível que isto aconteça com peixes menos valiosos. Adquira de preferência peixes juvenis (3 a 4 cm de tamanho) pois estes se adaptam mais facilmente a qualquer tipo de alimentação, são mais fáceis de transportar, mais disponíveis
em número no mercado da aquariofilia e mais baratos no seu custo. Os peixes adultos, apesar de já possuírem toda a coloração definida, não aceitam tão bem uma alimentação diferente daquela a que estão acostumados, e seu preço, dependendo do tamanho e da variedade escolhida, costuma ser duas a dez vezes maior que os mesmos exemplares juvenis. Os discos crescem depressa, e se o aquarista for paciente, em nove meses eles atingem a maturidade sexual e a idade adulta. Os discos são peixes de cardume, de maneira que não devem ser mantidos sozinhos. Os criadores de ciclideos usam o número seis como a quantidade mínima para se obter um par ou casal, mas, com sorte, você pode até conseguir três. Normalmente, em um pequeno grupo como este, logo se estabelece uma hierarquia social, com indivíduos dominantes exercendo a sua agressividade sobre os dominados. A adição posterior de um novo espécime ao grupo costuma causar a sua segregação pela maioria, que chega até em certos casos a infligir danos físicos ao recémchegado, relegando-o a um canto do aquário e condenando-o à fome. Este comportamento é normal, e a retirada deste dominante costuma apenas eleger um outro à mesma sorte. Mas você não deve deixar as coisas chegarem a este ponto: a situação pode ser amenizada com a introdução do novo disco à noite, rememorando o aquário se necessário, para melhorar as suas chances de aceitação. Adquira peixes saudáveis. Evite discos que exibam os seguintes sinais: que estejam escuros, parados num canto do aquário, com respiração ofegante, que tenham o ventre afundado ou a região da cabeça acima dos olhos emagrecidas, com a quilha frontal saliente; que carreguem fezes gelatinosas ou brancas difíceis de se soltarem, indicativo de doença geralmente causada por protozoários intestinais; que tenham pequenos buracos na cabeça e na face, indicativo de extrema deficiência nutricional; que arremetam e se esfreguem contra qualquer objeto dentro do aquário, sinal de que são portadores de parasitas de pele ou de brânquias; ou que possuam olhos com um tamanho exagerado em
relação ao corpo, indicativo de que foram hormonados para intensificação das cores. Os discos saudáveis investem para quem se aproxima do aquário, procurando por comida; os seus olhos são transparentes, a respiração regular, o comportamento curioso, as cores vivas, as nadadeiras bem abertas. ACLIMATAÇÃO Os discos devem jejuar por algumas horas antes e depois de viajarem, para evitar problemas digestivos e diminuir os produtos do seu metabolismo, minimizando a poluição da água de transporte. Dependendo do número e tamanho dos espécimes, e ainda do tempo de trânsito, deve-se suspender a alimentação por um período que varia de 12 a 48 horas. Os discos devem ser transportados em sacos plásticos com água e oxigênio, devidamente acondicionados em caixas de isopor ou papelão. Não devem ser usados produtos químicos para oxigenar a água dos sacos, pois estes danificam a mucosa dos discos, mas um agente comercial protetor de muco pode ser adicionado à água de transporte. Tenha cuidado e evite choques de temperatura e pH quando da aclimatação ou transferência dos discos. Coloque os sacos boiando na água do seu aquário durante quinze minutos para as temperaturas se igualarem; em seguida, abra os sacos e adicione água do aquário gradualmente, bem devagar, na razão de 25% do volume inicial a cada quinze minutos. Ajuste o pH com no máximo 0,2 unidades de diferença, e quando tiver alcançado isto, retire cuidadosamente o peixe com um puçá e coloque-o no aquário, descartando a água do saco. Caso haja cloro, remova-o da água do aquário, adicionando algumas gotas de solução à base de tiossulfato de sódio (anti-cloro) disponível no comércio. Se você colocar seus discos em um aquário que não teve tempo de maturar o filtro, use o teste de amônia regularmente e faça trocas diárias de água. Procure inocular o seu filtro com substrato que contenha bactérias nitrificantes. O recomendado é colocar os discos num aquário
cujo filtro já se encontre funcionando há pelo menos um mês. Todos os discos recémadquiridos devem passar por um período de quarentena de pelo menos três semanas antes de os colocar num aquário já estabelecido com outros peixes. O AQUÁRIO DE DISCO Os discos são peixes de médio porte e necessitam de aquários de capacidade adequada ao seu tamanho. Num volume mínimo de 100 litros você pode ter no máximo uns oito discos juvenis de 4 cm de tamanho, e se quiser que eles cresçam bem, este número terá que ser reduzido com o passar do tempo. O ideal é providenciar um aquário de mais capacidade, com um volume útil de 150 a 300 litros. Os criadores de discos mantém seus peixes em aquários sem areia, plantas ou qualquer tipo de decoração, a não ser um cone de barro ou tubo de plástico para desova, pois fica mais fácil os casais localizarem suas larvas. Além disso, facilita a higiene e a manutenção do aquário, economizando tempo e trabalho para quem possui dezenas deles. No entanto, um aquário bem ornamentado é o prazer de muitos aficionados do hobby da aquariofilia, e para estes é triste a idéia de colocar peixes tão belos e nobres em aquários vazios como os descritos. Devido à natureza tímida dos discos, e à água morna de que necessitam, existem alguns truques para se conseguir um aquário comunitário bem balanceado.
PLANTAS E PEIXES COMPATÍVEIS Se você deseja plantas vivas, aquelas que agüentam temperaturas altas são as mais indicadas. As recomendadas incluem as espadas , todas as espécies de Echinodorus, todas as espécies de Vallisnérias, etc... Eu adicionaria ainda à lista todas as espécies de Anúbias, em particular a barteri. Estas plantas podem ser plantadas em potes ou enterradas no
substrato, ou ainda, inseridas em buracos dos troncos ou madeiras decorativas. Na seleção de outras espécies de peixes para conviverem com os discos, é melhor escolher espécies não agressivas e que possam tolerar as altas temperaturas em que vivem os discos. Espécies compatíveis são os pequenos tetras, como os neon, os cardinais, etc... Os ciclídeos anões também convivem bem com os discos, assim como todas as espécies de corydoras, que auxiliam, ainda na limpeza dos detritos do fundo do aquário. E se você pretende uma exibição realmente exótica, uma raia de água doce pode ser mantida com discos adultos, desde que estes sejam maiores do que aquela, no tamanho. As raias são únicas no fato de que compartilham poucas doenças com os peixes ósseos, mas costumam devorar peixes do tamanho dos tetras, além de aumentarem de tamanho rapidamente. O acará-bandeira não é espécie compatível, pois é agressivo e portador freqüente de parasitasses que são fatais aos discos. Como última recomendação, não coloque as outras espécies de peixes compatíveis no aquário antes dos discos, para que estes possam estabelecer seu território. Assim, os novos peixes que chegarem serão os intrusos, e os discos continuarão a reinar no aquário, em vez de serem intimidados.
ALIMENTANDO OS DISCOS Os discos devem receber uma dieta balanceada constituída pôr alimentos congelados, secos e vivos. As misturas congeladas incluem carne de coração de boi ou de peru moídas, ou ainda, camarão e suplementos vitamínicos e minerais. Os discos adoram vermes brancos, náuplios e artemias salina. Os alimentos liofilizados e secos deverão ser previamente umedecidos, pois os discos relutam em pegar comida que flutua na superfície. Alimente os peixes tão frequentemente quanto possível, pois o alimento se converte em crescimento. No entanto, lembre-se que a água do aquário é facilmente poluída com excessos.
Como referência, alimente os discos pelo menos duas vezes ao dia, de manhã e à tarde, e remova o excesso de alimento após as refeições. A carne de coração e camarão se deteriora muito rapidamente se não for consumida; já os alimentos vivos podem permanecer no aquário tanto tempo quanto durarem. Evite, no entanto, os vermes do gênero tubifex, pois são vetores de doenças e encontram-se frequentemente contaminados por metais pesados. A ausência de apetite de alguns discos pode ser quebrada com o oferecimento de alimentos vivos. Não existe um acará-disco que não nade atrás de uma artemia que se movimenta na sua frente. O alimento estimula o apetite ainda mais se for oferecido na presença de outros discos que comem avidamente.
QUALIDADE DA ÁGUA A verdadeira chave para a boa manutenção dos discos é a qualidade da água. Os discos vivem melhorem temperaturas que vão de 28 a 30 graus, com um ideal de 29 graus centígrados. Abaixo de 26 graus eles perdem a resistência a doenças. O pH pode se encontrar na faixa de 5 a 7, com um ideal em 6. A dureza, de 0 a 60 p.p.m., e a condutividade de preferência abaixo de 100uS/cm. A amônia e os nitritos devem ser inexistentes, e o nível do nitrato não deverá ultrapassar os 15ppm. Este último parâmetro, além de poder ser monitorado mediante um kit comercial de análise, pode ser controlado através de trocas de água periódicas e a remoção dos restos de alimentos e fezes. Uma regra de ouro são as trocas parciais de água do aquário de 25 a 50% do seu volume uma a duas vezes por semana, e o sifonamento manual dos detritos ou mediante um sistema de filtragem adequado. Para facilitar o trabalho, voce pode usar areia bem fina no fundo, em vez do tradicional cascalho, pois ela tende a manter os detritos na sua superficie. A sujeira pode então ser removida mediante uma ligeira corrente provocada por uma bomba submersa. O truque para isto é
obter uma corrente circular forte o suficiente para mover os desperdícios mas não a areia, a nível do fundo, até à captação do pré-filtro do aquário. A corrente circular pode ser criada pelo posicionamento de jatos de água tangenciais à superficie, com um último apontando para baixo, ao longo do vidro vertical do aquário. Os primeiros empurram a água horizontalmente de um lado para o outro, no sentido longitudinal, enquanto o outro empurra para baixo, estabelecendo a corrente circular. Os discos se adaptam muito bem a correntes de água desde que elas não sejam tão fortes a ponto de moverem o substrato ou objetos decorativos dentro do aquário. O filtro biológico, independente do tipo a ser utilizado segundo a preferência ou a adequabilidade, deverá reduzir toda a amônia e nitritos para nitratos. A cama de bactérias nitrificantes se expande e contrai de conformidade com o abastecimento de alimento, que é fornecido pelos peixes, como uréia, fezes, dióxido de carbono e restos de comida. Assim, a densidade de povoamento dos peixes no aquário tem um efeito direto na expansão ou contração populacional das bactérias. Normalmente são necessários pequenos volumes de filtro para se nitrificar um aquário, e se quantidades adequadas de oxigênio são fornecidas para as bactérias, toda a amônia é convertida para nitrato. No entanto, o kit de análise de amônia é a referência que mostra a partir de que momento um filtro adicional ou uma troca de água podem ser necessárias. Considere sempre a redundância no equipamento essencial de suporte de vida: aquecedor, aerador e bombas de água sempre com potências superiores ao necessário, de maneira que os peixes possam sobreviver em caso de falha. É tolice perder um aquário de discos caros por causa de um aquecedor ou bomba baratos, de pouca qualidade. Não espere que um aquecedor de 50 watts tenha o mesmo desempenho que um de 250, ou que uma bomba de 20 litros por hora tenha o mesmo fluxo de uma de 150. A filtração contínua permite também uma manutenção e limpeza mais fáceis do aquário, além de evitar
flutuações constantes nos nívieis de amônia e dos outros parâmetros de qualidade de água.
darem muitos entretimento.
anos
de
aprendizado
e
PROBLEMAS
DISCOS NERVOSOS
Se a qualidade da água for mantida em níveis ótimos e se apenas co-habitantes pacíficos forem mantidos com seus discos, voce não deverá experimentar nenhum problema com eles. Lembre-se, no entanto, que a prevenção é o melhor remédio. Manter o aquário livre de comida não consumida, de material fecal e outras sujeiras é extremamente importante para a saúde dos seus peixes. Um aquário limpo diminui as chances de infecções parasíticas ou bacterianas, e mantém o nível de nitratos baixo. Mas no caso em que a prevenção não foi suficiente, e os seus peixes ficaram doentes, você vai precisar de uma boa dose de calma e paciência. Calma para fazer um diagnóstico adequado e escolher o remédio certo, e paciência para o tratamento e a completa recuperação dos seus peixes. Os discos são acometidos geralmente por infecções bacterianas e viróticas, infestações de parasitas causadas por protozoários flagelados, vermes nematóides e platelmintes, e por toxidez ou envenenamento. Esta distribuição de tipos de doenças nos discos corresponde normalmente àquela de outros peixes ornamentais, o que indica que o estabelecimento das mesmas necessita de fatores que predisponham a sua manifestação. Isto quer dizer que elas podem ser evitadas com boas condições de manutenção.
O autêntico disco é digno de ser observado, embora em alguma ocasiões o meio ambiente lhe provoca um temor que o torna menos elegante. O cuidado e alimentação dos discos supõe, ainda hoje, uma experiência apaixonante para os aquariófilos. Não obstante, podem surgir múltiplos problemas. Vamos abordar um destes problemas, o aumento da timidez nestes peixes. É sensacional vê-los num aquário cheio de plantas, descansando ao lado de uma raiz ou nadando devagar mostrando todo o seu colorido. Também é bonito ver como se aproximam do vidro do aquário quando te aproximas, especialmente se tens visitas: é então que podes mostrar aos teus amigos, já que os peixes reagem à nossa observação com curiosidade e sem nenhum tipo de timidez. na prática, não obstante, as coisas não são sempre assim. Por exemplo, pode acontecer que à mínima perturbação o peixe atravesse rapidamente o aquário à procura de algum esconderijo, onde permanecerá completamente tenso, com as suas barbatanas abertas e uma coloração marcadamente raiada. Se o peixe reage sempre fugindo para um lugar seguro, o teu interesse pelo disco pode desaparecer rapidamente ao não encontrar nenhum prazer em observa-lo. Além disso, isto pode chegar a ter conseqüências graves para o peixe. O comportamento nervoso é sinal de que se encontra num estado contínuo de estresse, que incide num mau desenvolvimento. Estes discos não se reproduzem e podem ser fácil presa de doenças. O que pode ser feito quando o teu peixe reage timidamente e está sempre nervoso? Primeiro vamos estudar o comportamento dos discos. Por natureza, o disco é um ciclídeo grande e bastante tranqüilo. É sedentário e gosta de permanecer em pequenos grupos com outros da sua espécie. A sua forma de nadar é igualmente tranqüila e pausada. Prefere locais
CONCLUSÃO A manutenção dos discos pode ser mais fácil do que você imagina. A verdadeira chave é a qualidade da água. Não dê alimentos demais, mantenha o nível de nitratos baixo e o aquário limpo, livre-os de situações de estress dando-lhes imunidade para lidarem com nossos descuidos, e não faça nada para impedir os seus próprios esforços de levarem para a frente o seu destino. E surpreenda-se assistindo seus discos crescerem, se reproduzirem, e a lhe
sombrios, que lhe servem de refúgio quando se sente ameaçado. Não obstante, e contra o que alguns pensam, o disco não é necessariamente tímido. Pode chegar a conhecer o seu dono, assim como tudo o que rodeia o aquário, acostumando-se inclusive à presença de uma mão no mesmo, o que pode ser benéfico para evitar que perante certas circunstâncias desencadeie-se um aumento da tensão no peixe. As causas principais que provocam este comportamento são as doenças e água inadequada. Observei, por exemplo, que na maior parte dos peixes a infecção por Hexamita ou por Spironucleus provoca no seu primeiro estágio um nervosismo pouco corrente. O mesmo ocorre quando estão infectados por um ectoparasito como o parasita das brânquias. Igualmente uma degradação das condicções da água, faz aumentar a concentração de nitratos, ou também por outras circunstâncias, pode explicar o aparecimento de um comportamento especialmente sensível, Portanto, o início de um comportamento nervoso pode ser considerado um sinal de alarme. A montagem e o tipo de aquário são elementos a ter em conta para limitar o aumento da tensão no peixe. Os aquários de reprodução devem ter pelo menos 40 cm. de fundo, embora se tiverem mais de 50 cm. muito melhor. Isto proporciona ao peixe a oportunidade de se afastar ou esconder, essencial em qualquer caso. Os aquários que se podem contemplar por trás e pela frente , por exemplo, não são apropriados para manter discos, a não ser que sejam bastante largos. É aconselhável cobrir o exterior das partes posterior e lateral do aquário com posters (foto-fundo). Quanto à iluminação, demasiada luz empalidece a cor do peixe e aumenta o seu nervosismo. Também não é aconselhável uma luz fraca. O ideal é uma luz suave, superficial com algumas plantas flutuantes, como a Pistia stratiotes. Um aquário cheio de plantas pode ficar bonito, mas pouco aconselhável no caso dos discos, pois aproveitam a floresta para ocultarse, o que os faz ser mais tímidos. É melhor plantar o fundo com Vallisneria e Echinodorus
e Anubias no centro do aquário. A utilização de madeira, assim como um substrato escuro são ideais no solo do aquário como decoração, mas também como possível refúgio. Por outras palavras, é preferível ser moderado no que se refere à decoração do aquário. Os peixe grandes e os que nadam depressa não são aconselháveis como companheiros para disco. A timidez poderá aumentar em tais companhias. É permissível alguma atividade em frente ao aquário? Basicamente a resposta é sim. A presença de movimentos não habituais não prejudica em absoluto os discos. Pelo contrário, podem acostumar-se e fazer com que percam o medo, dentro de certos limites. Aprendem a reconhecer o seu tratador, assim como a reagir perante determinados sinais. Mas, isto não é aplicável se estiverem na postura ou acasalamento, em ambos os casos é necessária uma certa tranqüilidade. Inclusive, comprovou-se que os casais que estão acostumados ao contato com pessoas, e que não reagem com medo, criam de uma forma mais confiante do que aqueles que são mais medrosos. Um casal de indivíduos que esteja na desova e sejam especialmente medrosos, tendem a procurar refugio mas se sintam ameaçados, abandonando a postura à sua própria sorte. Isto pode chegar a ser especialmente crítico se acontece quando as crias precisam do muçus do corpo dos pais, dado que ao estarem nervosos, não permanecem quietos o suficiente para que as crias se alimentem. Existem também, outros fatores que produzem um aumento da tensão nos peixes. Podem-se utilizar diferentes tipos de métodos para contrariar a timidez dos peixes, entre os quais se propuseram várias. Em qualquer caso, a maior parte das vezes, o principal problema é eliminar a fonte de esteres. Se conseguir, terás um grande prazer cuidando dos seus discos.
OS DISCOS COMEM NA MÃO Se mantivermos uma dieta alimentar regular a determinadas hora do dia, os peixe começam a reagir perante certos estímulos, como por exemplo levantar a tampa do aquário. Quando o peixe reage a este tipo de sinais, pode-se tentar alimenta-los com a mão lentamente na água, num local onde os peixes vão comer. Tanto as larvas, como a comida congelada ou em tabletes, deve segurar-se com os dedos. Passado um tempo o peixe começará a interessar-se pela comida, movido pela curiosidade e pela fome. Uma vez que um dos peixes comece a comer, já se superou o primeiro obstáculo e logo o seguirão os restantes peixes. E então quando começa o frenesi da comida, elegendo cada um o seu bocado e empurrando-se uns aos outros. Cada um trata de apanhar da mão o bocado maior. É isto que torna divertido criar discos. Se não tiveres êxito na primeira tentativa, não desistas, tenta uma e outra vez. Em nenhum caso esta forma de alimentação molesta os discos, pelo contrário, chegam a acostumar-se e a sentirem-se confiantes. Estou alimentando os meus discos com a dieta profissional de Bernd Degen. É ideal para conseguir um ótimo crescimento e além disso os discos podem acostumar-se a comer da tua mão diferentes tipos de alimento.
que o de vaca, que administrado regularmente pode ocasionar a constimpação intestinal. Os discos requerem uma dieta nutricional de qualidade. Alimenta-los com a mão é um passatempo agradável e inclusive aconselhado por várias razões. Assim, tente alimentar teus discos com as mãos, garanto que a experiência será gratificante DA LENDA À REALIDADE Sob o ponto de vista prático gostaria de fornecer algumas informações sobre as diversas espécies e variedade de discos. Não faz muito tempo esta classificação era extremamente simples. Hoje, em face das contínuas inovações propostas por criadores, para uma nova reclassificação de espécies e variedades, subespécies silvestres, etc., será tarefa muito difícil. Symphysodon discus discus: Este é o primeiro Acará-disco que se tem notícia. Foi classificado por Heckel, em 1840 e por isso é chamado de disco heckel. A característica que distingue esta espécie, evidente até para um leigo, é a quinta listra vertical mais espessa e escura que as outras. A cor de fundo varia do castanho acinzentado até ao rosa, com estrias que vão do verde ao azul. Trata-se de uma espécie bastante acessível sob o ponto de vista econômico e robusta no seu manejo. Uma outra subespécie muito conhecida do Heckel é o “Cara-azul” ou Symphysodon discus willischwartzil, caracterizado por possuir a cabeça de uma coloração azul intensa. Symphyosodon aequifasciata axeroldi:
O coração de peru, um dos componentes da dieta de Degen, é a comida favorita dos meus discos. Dado que é um alimento rico em fibras, tem mais vantagens
Certamente esta espécie de disco é mais difundida na aquariofilia, a mais fácil de ser reproduzida e aquela que possui mais variações. Descrito por Schultz em 1960, é conhecida como disco Castanho ou Marron. Trata-se certamente da espécie sobre a qual se tem feito mais seleção: tanto o disco vermelho quanto a variedade turquesa-vermelho foram
selecionados a partir do disco Marron. O corpo é, geralmente, castanho, com variações que vão do laranja claro ao vermelho, com estrias azuladas e vermelhas no dorso e na cabeça. A cor dos olhos vai do amarelo ao vermelho-rubi. Segundo do Dr. Axerold, o disco do ano de 94 foi um Vermelho de Alenquer, do criador chinês Gan, primeira geração de um Alenquer selvagem, que nada mais é do que um disco Castanho. Peixes muito raros de cor vermelha ou laranja são muito cotados entre os criadores e com preços que andam em torno dos mil dólares o exemplar. Symphysodon aequifasciata aequifasciata: Esta espécie é o disco Verde, do qual Jack Watley selecionou o Turquesa, hoje famosíssimo. Descrito por Pellegrin em 1903, o disco verde é portador de estriações verdeturquesa sobre o dorso e a cabeça e, muito raramente (1% dos casos), sobre o corpo. Muito procurado pelos entendidos são os espécimes com pontos vermelhos de cor muito intensa nos flancos, peixes esplêndido aos quais se deram nomes muito exóticos e cativantes como Verde de Tefé, Coari e Putumayo, nomes estes que indicam a localidade geográfica de origem, geralmente rios ou lagos onde foram pescados. Parece que, todavia, existe uma certa dificuldade em se encontrar estes peixes nestas localidades, o que leva a crer que estes nomes foram dados mais pelo efeito sonoro que produzem do que realmente pela origem dos espécimes. Symphysodon aequifasciata haraldi: Também descrito por Schultz em 1960, esta espécie é conhecida como o disco Azul. Para alguns trata-se apenas do S.a.axelrodi com estriações azuis mais intensas. Alguns exemplares capturados na natureza portam estrias de um azul intenso sobre o corpo, e então são chamados de Azul Real. Hoje na maior parte dos casos este nome não significa mais nada, tantos são os peixes no comércio, da espécie S. a. haraldi, recolhidos na Amazônia.
Symphysodon “?”: A revista italiana Aquarium relata que, numa localidade ainda mantida em segredo no nosso país, uma expedição alemã teria descoberto, recentemente uma nova espécie de disco que não pertence a nenhuma classificação descrita. Os direitos fotográficos do espécime pertencer à revista japonesa Discus Annual e, atualmente, um ictiólogo alemão estaria trabalhando para descreve-la e dar-lhe um nome. Trata-se do evento mais importante dos últimos anos em matéria de discos selvagens, do que ouviremos falar brevemente, se, é claro, houver um fundo de verdade em tal acontecimento. Variedades híbridas: É quase impossível fazer uma panorâmica precisa e detalhada sobre todas as formas e variações de discos híbridos, sobretudo os asiáticos, que tem sido selecionados. Procurarei, portanto, fazer uma classificação em linhas gerais que permita ao aquarista compreender a origem dos peixes que estão sendo oferecidos no mercado. A história dos discos híbridos conheceu dois grandes momentos principais: a criação do Turquesa, por Jack Watley e a do Pigeon Blood, no início dos anos noventa. É muito importante considerar que, quando um criador seleciona uma nova variedade de disco, pelo menos dois anos tem que se passar até que ele produza alguns poucos exemplares com as características fixadas, que servirão de reprodutores para as próximas gerações. Nesta primeira fase, o criador que deve ser um empreendedor muito atento aos lucros, oferece normalmente alguns exemplares a outros criadores com poder aquisitivo elevado. Por ordem, estes são geralmente os japoneses, seguidos dos americanos, canadenses, alemães, ingleses, franceses, italianos e espanhóis. Como exemplo, um criador asiático adquiriu de outro um casal de discos Pele de Cobra, por 30 mil dólares.
O disco Turquesa: Hoje o disco Turquesa de Watley é a variedade mais difundida no mundo e tem sido criado em todo o mundo com resultados diversos, que levam nomes como Cobalto, Turquesa Brilhante, Azul sólido, etc., que nada mais são do que variantes do tema turquesa. A coloração é hoje quase um fato secundário, uma vez que se prima também pela obtenção de formas cada vez mais perfeitas, mais arredondadas no sentido vertical, com barbatanas cada vez maiores. Assim surgem os exemplares “Hi-body” (corpo alto) e “Hi-fin” (barbatanas altas). já se vende exemplares cauda-de-lira, com barbatana dorsal pronunciada, com alguns raios criando uma espécie de penacho (característica de masculinidade nos discos, mas também presente em algumas fêmeas). É preciso sempre ter em conta que as características dos genitores, os descendentes só adquirem quando adultos, ou bem formados, com um diâmetro de 9 a 10 cm, e quando provenientes de revendedores de seriedade irrefutável. A cada duzentos exemplares nascidos, apenas uns cinco podem ser realmente iguais aos genitores e, normalmente, estes peixes ficam com o criador ou são vendidos a um preço astronômico. Quase todos os discos, se não são tratados com hormônios, são cinzas ou castanhos quando jovens, e por isso é muito fácil ser enganado ao adquiri-los. É por isso que é importante adquirir peixes de procedência segura. A última novidade no campo dos discos azuis é o Diamante azul; trata-se verdadeiramente de um peixe todo azul (quase metálico), que não possui as nove listras verticais e nenhuma estriação em nenhuma parte do corpo. Dotado de magníficos olhos amarelos é um disco sensacional pela beleza e majestade que a sua cor lhe confere. Todavia, nesta variedade, é difícil encontrar uma forma redonda e harmoniosa. Parece que quem o selecionou foi Lo Wing Yat, em Hong Kong, mas outros criadores asiáticos já o possuem. Vencedor do show Aquarama’95 em Singapura, o Diamante Azul é um peixe caro e
ainda pouco disponível. Todavia, a sua crescente disponibilidade faz-nos acreditar que será acessível a preços ao alcance da maioria, com todas as variantes que provavelmente serão criadas. Num futuro muito próximo, será um disco padrão que se encontrará normalmente no mercado como atualmente se encontra o Turquesa e o Pigeon Blood. Turquesa Vermelho: Selecionado na Alemanha, o disco Turquesa Vermelho é, certamente, a variedade sobre a qual existem mais tipos, hoje, no mundo. Quase sempre se trata de um disco com um fundo verde turquesa e estrias vermelhas mais ou menos espalhadas. Os exemplares mais equilibrados e harmoniosos provém da Alemanha. Exemplares mais extremos são, por exemplo, o Vertical do chinês Gan, disco azul de corpo alto com estrias vermelhas muito largas, verticais, de preço muito alto. Um outro pseudo-turquesa-vermelho muito interessante e já citado é o Pele de Cobra, de Paul Loo (Malásia); possui estrias de um azul muito claro (quase branco) sobre um fundo castanho avermelhado, criando um efeito como pele de serpente. Normalmente são portadores de mais listras verticais do que os discos selvagens: onze a quatorze. Outras variedades do Turquesa-Vermelho são o Dragon Red, o Red Tiger, o Red Pearl e o Red Fern. Pigeon Blood: Este nome deriva de uma variedade raríssima de rubi no qual o componente vermelho foi buscar inspiração. Pode-se dizer que se trata do disco dos anos 90. A verdadeira novidade na criação seletiva. Apesar de difundidíssimo hoje em dia, é seguramente o disco do qual se tem a melhor relação custobenefício que já se viu em circulação. Sendo uma criação artificial do homem, o Pigeon é um animal rústico e dócil, tão dócil que seus donos freqüentemente relatam que os transferem de aquários com as mãos. Não se sabe, ainda, a origem precisa desta variedade,
criada no início dos anos 90, na Tailândia, mas as evidências apontam para um criador de discos de nome Kitti Phanaitti. É um peixe amarelo-alaranjado, com estrias azuis claras e vermelhas alternadas sobre todo o corpo, e salpicado de pontos pretos que se intensificam perto da nadadeira dorsal e na cauda. O Pigeon já deu origem a um grande número de variantes muito interessantes e curiosas como o Golden Red Turquoise que é um Pigeon com muito vermelho e quase sem pontos pretos. O Golden Red é todo laranja com as nadadeiras dorsal e caudal negras. O White Dragon e o Golden Albino tem a cabeça laranja, o corpo branco e apresentam um numero variável de manchas laranja sobre o corpo. O Panda não é mais do que um Pigeon com a marca Jack Wattley. Vermelhos não-pigeon: Aexpressão não-pigeon é utilizada no momento para distinguir os discos vermelhos naturais dos que são originários do Pigeon. Eles são obtidos a partir de exemplares do disco Castanho. O vermelho de Alenquer é o peixe mais característico deste grupo. Selecionado por Edward Schimidt, na Alemanha, é um peixe de cor vermelha-acastanhada com perfil muito pronunciado verticalmente e com as barbatanas vermelhas e algumas estrias de um azul intenso na nadadeira dorsal e na cabeça. É portador das nove listras características e não apresenta sob hipótese nenhuma a quinta listra mais escura e espessa. Estes peixes tem a característica de só apresentarem sua verdadeira coloração com pelo menos um ano de idade. O disco Vermelho Tomate é uma novidade recente: apesar de conservar as nove listras verticais, é completamente vermelho escuro com tonalidade brilhante como no Alenquer. Não possui estrias azuis, exceto levemente esfumaçadas na cabeça. Uma característica interessante no disco Tomato Red é que os juvenis de 4cm de diâmetro já apresentam coloração intensa, assim como os juvenis do Pigeon Blood.
A REPRODUÇÃO DE DISCOS Os aficionados de acarás-discos representam uma “espécie” à parte de aquaristas. Isto é devido às peculiaridades específicas destes peixes. A sua criação demanda uma atenção especial e uma boa dose de intuição. Raramente outra espécie de peixe demonstra tão rápido e inequivocamente os efeitos de uma manutenção inadequada ou incorreta. Apesar disto, são peixes muito resistentes, e, quando criados apropriadamente, são animais de estimação adoráveis. Talvez isto seja apenas parte da fascinação que exercem para muitos aquaristas. E assim o círculo dos fãs do disco cresce a cada dia, e aqueles não poupam esforços ou despesas para darem a seus protegidos um paraíso aquarístico aqui na terra. Quase todos os aquaristas de discos tem alguma história para contar sobre algum problema pelo qual já tenham passado, e possivelmente esta é mais uma razão porque se sentem piscicultores especiais. Não são apenas aquaristas no sentido comum do termo. Nenhuma distância é muito grande para uma troca de idéias, uma visita a outro criador, um seminário, quer este esteja na Alemanha, Flórida ou Singapura. Um ar de exclusividade enche o mundo do admirador de discos. E o círculo de seguidores cresce. O pináculo da criação de discos é indiscutível: a reprodução destes peixes com sucesso. Isto não quer dizer que a propagação de outras espécies seja fácil, por comparação. Muitos outros peixes são até mais difíceis de procriar em aquário. Todavia, a reprodução de discos permite uma introspecção fascinante na sua biologia reprodutiva incomum, tal como raramente existe a oportunidade de observar, e que dá ao criador ou aquarista uma experiência especial de sucesso. Apesar do disco ser reproduzido comumente nos dias de hoje, alguns problemas ainda surgem e que são comuns à maioria dos criadores. A troca de achados e observações importantes era até há bem pouco tempo limitada, e o aspecto comercial sempre teve um papel decisivo nesta questão. É até compreensível, mas quem responderá às
perguntas em aberto? Quem esclarecerá os problemas de reprodução do disco? Por que alguns discos não desovam? Por que outros comem sua desova uma atrás da outra? Por que os ovos não se desenvolvem e são atacados por fungos? Por que as larvas não nadam para os pais e em vez disso morrem de fome num canto do aquário? Qualquer pessoa que trabalhe intensivamente com discos logo se questionará sobre estes e outros assuntos, que são fascinantes para mim, que mergulho diariamente no mundo da reprodução destes ciclídeos. Como aquarista, acho alguns problemas difíceis de serem explicados, mas algumas soluções podem ser obtidas mediante observação cuidadosa e aprendizado no manejo com os casais reprodutores, assim como no arranjo adequado do aquário de desova.
REPRODUTORES Um par ou casal de discos harmoniosos dá pouco trabalho ou preocupação. No entanto, o par perfeito é muito difícil de ser encontrado. Como se faz para se conseguir um casal de discos? Bem, a maneira mais fácil seria adquirir indivíduos adultos ou - melhor aindaum casal já formado. Mas o caminho mais fácil pode ser o mais enganoso. Deve-se suspeitar da oferta de pares acasalados. Bons casais raramente estão à venda, e peixes como estes circulam no mercado apenas entre criadores amigos que procuram por novas linhagens genéticas. Alguns indivíduos menos escrupulosos podem oferecer casais para venda que são reprodutores deficientes, ou que já passaram da idade de reprodução. Como um par em reais condições reprodutivas possui um alto preço, a pessoa só deve comprar no caso do seu desempenho poder ser vistos e comprovados. Se os peixes são jovens e desovaram uma ou duas vezes, mesmo sem sucesso, você pode se sentir mais confiante do que com peixes mais velhos e já estabelecidos como casais reprodutores. No entanto, o modo mais adequado de se conseguir um casal é criar um grupo de
discos juvenis até atingirem a maturidade sexual, e deixar que se formem os pares. Criar discos jovens até um tamanho em que se encontrem prontos para procriar pode levar de 9 a 22 meses. A engorda completa de discos juvenis não é tão simples e não deve ser subestimada. Se você aceitar o compromisso a longo prazo de criar o seu próprio plantel, você deve começar com um bom grupo, pois os discos são peixes de cardume. O ideal é você começar com dez a vinte discos juvenis num aquário de pelo menos 120 litros. Mais tarde, à medida que os peixes vão crescendo, este cardume deve ser transferido para um aquário maior de 250 a 300 litros, ou separados em dois grupos. Você notará então que alguns peixes do seu plantel ficam juntos em duplas, e que estas tentam afastar os outros espécimes que se aproximam. Uma vez que um par de discos se formou, eles não devem ser separados, pois estes magníficos ciclídeos tendem a permanecer acasalados por longos períodos de tempo.
DIMORFISMO SEXUAL A sexagem dos disco é assunto polêmico e difícil. Ao longo dos anos um dedicado aquarista que lida com discos poderá desenvolver uma boa intuição para a distinção do sexo destes peixes, mas mesmo assim poderá se surpreender errando de vez em quando. Freqüentemente o comportamento dos discos adultos em cardume fornece pistas sobre o seu sexo. A sexagem de peixes juvenis é impossível, mas o fato de que os machos num cardume de mesma idade e origem são maiores que as fêmeas já ajuda na hora da aquisição. De fato, o aquarista que compre um cardume de, digamos, dez discos juvenis, e selecione apenas os peixes maiores do grupo, sempre descobre, meses mais tarde, que criou um cardume de machos. Nos peixes adultos o sexo pode ser intuído com um pouco mais de facilidade, mas ainda assim não existem garantias de 100% de acerto. Os machos são, normalmente, maiores que as fêmeas de mesma idade. As barbatanas
dorsal e anal terminam em ponta nos machos e arredondadas nas fêmeas. A curva entre a cabeça e o começo da nadadeira dorsal da fêmea é mais saliente e redondo, principalmente quando esta se encontra com os ovários cheios, que, ao contrário dos machos, é reto e magro. O AQUÁRIO DE REPRODUÇÃO O aquário para a reprodução dos discos deve possuir um volume que varia de 80 litros, no mínimo, a 150 litros, no máximo. Um tamanho exemplo pode ser um cubo de 50x50x50cm, mas esta é apenas uma das dimensões possíveis. Por outro lado, não existe nada que impeça o aquarista de manter um casal num volume maior para a desova; pares bem acasalados com seus filhotes podem ser mantidos em aquários de até um metro de comprimento. Todavia, para casais novos e ainda inexperientes, aquários com volumes menores são mais recomendados por seus resultados mais positivos. Nestes aquários compactos o casal e os filhotes são obrigados a um contato mais íntimo, o que tem um efeito mais eficaz no sucesso das primeiras desovas. O aquário de reprodução não deve possuir nenhum tipo de decoração como areia, plantas ou troncos. O único objeto existente deve ser o substrato para desova, normalmente um cone de argila cozida ou um tubo cilíndrico de PVC, ou ainda, uma placa de ardósia, mantidos na posição vertical e bem lastreados para que os peixes não desloquem o substrato durante a limpeza ou a desova. Se, por acaso, não existir nenhum desses substratos, os discos desovam nos cilindros dos aquecedores ou simplesmente nos vidros laterais do aquário. Os aquários de reprodução são isentos de decoração porque são mais fáceis de manter limpos, e porque é mais fácil para o par reprodutor achar suas larvas quando estas começam a nadar e a se espalhar pelo aquário. A limpeza dos aquários de reprodução tem um papel importante que não deve ser subestimado. Para os criadores de discos este tipo de aquário representam uma economia de tempo e trabalho
consideráveis, pois normalmente lidam com uma ou mais dezenas de unidades de criação. PREPARATIVOS PARA A DESOVA Regra geral, o par acasalado é transferido para um aquário só deles, de maneira que possam começar os preparativos para a desova. A brusca mudança de aquário pode causar uma perturbação temporária no comportamento do casal. Mas depois de um curto período tudo retorna ao normal e os peixes se preparam para a desova. O ciclo reprodutivo dos discos pode ser induzido por mudanças físico-química da água: por exemplo, uma troca parcial de água tem sempre um efeito benéfico sobre o comportamento destes peixes. Assim eles reagem a mudanças na temperatura e no pH, e a redução no nível de nitritos tem também um efeito positivo sobre os peixes, induzindo-os a desovar. O uso de turfa pode também trazer resultados surpreendentes sobre a indução dos peixes à desova. A turfa pode ser envolvida numa meia de nylon e colocada no circuito do filtro. Alternativamente, a água preparada para as trocas parciais pode ser enriquecida previamente com extrato de turfa.
Casal de discos oxigenando a postura. REPRODUÇÃO Quando dois discos adultos se acasalam e começam seus preparativos para a desova, ambos os peixes se cortejam, ondulando as nadadeiras e abaixando a cabeça quando se cruzam nadando. O macho persegue a fêmea e às vezes a empurra levemente pelo ventre.
Mudanças externas acontecem no casal, como o escurecimento das cores, principalmente na metade posterior do corpo. As quatro ou cinco últimas listras verticais ficam pretas e largas. Isto indica que a desova é iminente. O par procura por um local adequado para a desova, normalmente o substrato que o aquarista providenciou. Uma vez escolhido o local, o substrato de desova é limpo por ambos, com a boca. Todos estes preparativos são acompanhados por estremecimentos do corpo, que é um sinal da desova iminente. A fêmea fica mais agitada e se aproxima do local escolhido para um “treino”. Ela nada encostada com o ventre no substrato de desova, de baixo para cima, e o macho fica muito interessado nela. Aqui o aquarista pode ajudar isolando o aquário com plástico ou papel, de maneira que casais próximos não se vejam. A instalação de barreiras visuais entre os peixes ou entre os peixes e pessoas, ajuda muito no sucesso da reprodução, pois os machos se distraem facilmente com a movimentação à volta do aquário, e não fertiliza os ovos adequadamente, nestas condições. Os discos desovam, normalmente, à tardinha. A temperatura tem uma influência significativa no desenvolvimento dos ovos. A 29 grausC os ovos levam 55 a 60 horas para eclodirem. isto significa que, para ovos depositados hoje à tarde, eclodirão na manhã do terceiro dia. Isto é importante para a sobrevivência das larvas, pois na natureza, se estas eclodirem durante a noite, o efeito pode ser desastroso: os pais não conseguem mantelas juntas no local da eclosão. A maioria dos criadores de discos providenciam uma luz noturna para os casais. Esta luz fraca, ligada toda a noite, dá aos peixes a oportunidade de enxergarem sua desova no escuro, para que a continuem ventilando acordados, sem dormirem. O comércio aquarista tem lâmpadas especiais como mini-bulbos fluorescentes, que servem para este fim. Eles fornecem ao par acasalado luz difusa suficiente para guardarem os ovos depois de as luzes principais do aposento terem sido desligadas. Assim, apagar ou acender de repente as luzes tende a deixar os peixes assustados.
Uma vez que a fêmea começa a depositar a primeira fileira de ovos, é particularmente importante que o macho fertilize a postura imediatamente. O esperma é viável durante cêrca de 30 segundos e neste tempo os espermatozóides tem que penetrar o micrópilo dos ovos. Este é uma invaginação da membrana do ovo em forma de funil, localizado na metade superior do ovo, e que serve para a penetração do espermatozóide e a conseqüente fertilização. O micrópilo do ovo mentem-se aberto durante dois minutos apenas, e se neste tempo o macho não fertiliza a fileira de ovos depositados, a fusão do DNA dos genitores não acontece e os ovos goram. Durante a desova não deverá haver uma corrente de água muito forte no aquário, pois esta poderá carregar o esperma, impedindo a fertilização. Assim é aconselhável parar a filtração do aquário durante uma hora enquanto a desova acontece. O sistema de filtragem deverá ser religado, tão logo a desova seja completada. Os peixes ficam em frente da desova e passam alternadamente sobre ela. Quando a fêmea deposita uma fileira de ovos, ela nada para o lado e o macho vem e passa sobre elas, fertilizando-os. Dependendo da idade do par acasalado, o ato da desova demora de 60 a 90 minutos. Dependendo do tamanho da fêmea, o número de ovos pode variar de 50 a 500. Os ovos medem 1,4mm de comprimento e, como em outros ovos de ciclídeos, eles aderem ao substrato graças a uma fina camada de muco presente a toda a volta do equador do ovo. A divisão celular começa pouco tempo depois da fertilização. Alguns ovos desenvolvem um aspecto leitoso, opaco, ao lado dos amarelosambar transparentes. Aqueles são chamados de ovos gorados, pois são ovos mortos ou coagulados. Na coagulação, as substâncias coloidais dispersas dentro do ovo se transformam em um gel. Baseado na minha própria experiência, eles não influenciam o desenvolvimento dos ovos saudáveis, a não ser que funguem, o que normalmente acontece algum tempo depois. Os pais ficam perto da postura o tempo todo e se revezam na oxigenação dos ovos com
movimentos das barbatanas peitorais. A corrente de água provocada por estes movimentos não só oxigena a postura, como inibe a deposição de sujeira e microorganismos na superfície dos ovos. A uma temperatura de 29 graus os ovos eclodem em 55 horas. Com 48 horas já é possível distinguir pontos pretos nos ovos, que são os embriões, e que indicam que os ovos estão se desenvolvendo normalmente. Na manhã seguinte a eclosão acontece, e os pais ajudam as larvas a se libertarem da casca do ovo, tomando-as em suas bocas e depois soprando-as de novo no substrato, para que grudem neste por meio das glândulas adesivas que possuem na cabeça e que começam agora a funcionar, segurando o corpo da larva no substrato.
Pai com alevinos Portanto, do sexto dia em diante as larvas mostram uma tendência crescente para a natação livre. O casal não consegue mais segurar as larvas no substrato e elas começam a nadar por todo o lado, concentrando-se em grandes grupos nos cantos inferiores e superiores do aquário. Os pais as seguem, atentos e oferecem seus corpos cujas superfícies
Disco cuidando das larvas recém nascidas. As larvas permanecem aderidas ao substrato até que o conteúdo do saco vitelino seja todo consumido e o seu desenvolvimento seja completado. Isto leva, ainda, três dias, após os quais elas começam a se soltar do substrato progressivamente. Estas escapadas individuais são gentilmente “engolidas” pelos pais e “cuspidas” novamente ao substrato. Neste ponto os aquaristas novatos ficam nervosos com esta situação, pois pensam que os pais estão comendo seus filhotes. Todavia, este procedimento é totalmente seguro e nada acontece às pequenas larvas. A ação de querer que estas permaneçam juntas é perfeitamente normal e faz parte do comportamento de reprodução destes ciclídeos. Sabemos de comportamentos semelhantes em outras espécies da mesma família.
Alevinos alimentando-se de muco produzido na pele dos pais. estão túrgidas de secreção epidermial, que denominamos comumente de muco. A partir daí é extremamente importante que as larvas nadem para os pais e comecem a se alimentar deste muco, que é oferecido como uma massa viscosa e espessa entre as escamas. O “gatilho” para isto é a coloração escura dos genitores. O par de discos adultos tornam-se escuros, totalmente escuros em toda a superfície corporal. Por esta razão não é recomendável ter outros objetos de cor escura ou preta no aquário, pois as larvas se confundem e se dirigem a estes, em vez de irem ao encontro dos pais. No entanto, as larvas ainda levam mais três dias para ficarem definitivamente à volta dos pais se alimentando, agora da secreção epidermial destes últimos. Esta forma de ligação parental é rara no mundo dos peixes. Ela nasceu possivelmente da evolução de um sistema de osmorregulação muito eficiente. As
células nutritivas da pele dos peixes adultos são absolutamente vitais como alimento principal para as larvas durante os primeiros dias do estágio de natação livre. A secreção da pele contém bactérias, algas e protozoários simbióticos que colocam o sistema digestivo das larvas para funcionar, fortalecendo ainda seu sistema imunológico. Além disso, é importante fonte de nutrientes como proteínas, gorduras e carboidratos, alimentando as larvas e fazendo com que cresçam rapidamente. Sete a nove dias depois das larvas começarem a nadar elas já são capazes, também, de se alimentar de náuplios de artêmia salina. Estes pequenos crustáceos são o primeiro alimento substituto ou complementar do muco, de tal maneira que a partir do momento em que as larvas o ingerem já podem ser separados dos pais. Existe algum debate entre criadores, sobre quanto tempo os pequenos discos devem permanecer com seus pais alimentando-se da secreção epidermial. Alguns criadores os separam uma semana depois de terem atingido o estágio de natação livre e, outros, só duas a quatro semanas depois, de maneira a garantir o fornecimento da importante secreção por mais algum tempo. Os seguidores da primeira modalidade argumentam que o casal fica menos tempo com os filhotes e mais disponível para outras desovas, além de os alevinos se exporem menos a uma possível transmissão de parasitas e pele ou de brânquias, vinda dos pais. Os seguidores da segunda se apoiam no crescimento mais rápido obtido como o reforço constante do muco. Pessoalmente, prefiro o método mais natural possível e deixo os filhotes ficarem com os pais durante 30 dias.
Disquinhos se alimentando A alimentação suplementar de náuplios de artemia salina, deve ser “soprada” na
direção dos disquinhos, com o auxílio de uma mangueirinha plástica. Os alimentos suplementares devem ser fornecidos pelo menos seis vezes ao dia em intervalos regulares. Além dos náuplios, deve-se oferecer, também, alimentos moídos, como coração de peru ou de boi, enriquecidos com vitaminas e vegetais. À medida que o tempo vai passando, os pequenos discos vão tomando a forma discóide característica. A remoção diária dos restos de alimentos não consumidos é absolutamente essencial, assim como trocas freqüentes de água. As primeiras oito semanas de vida dos discos são muito importantes para o desenvolvimento posterior de peixes de qualidade. Erros cometidos durante este período vital são difíceis de serem corrigidos. Se os pequenos discos param de se alimentar durante alguns dias por causa de qualquer doença, isto tem logo um efeito imediato no formato do corpo. Água e alimentação são os dois alicerces para o desenvolvimento perfeito dos discos.
POSSIVEIS PROBLEMAS As vezes nos deparamos com alguns problemas na reprodução dos discos, e que acontece depois da desova. Sem nenhuma razão aparente, por exemplo, um ou ambos comem os ovos. Por que este canibalismo? Ninguém, até hoje, pôde dar uma resposta satisfatória. Existem algumas hipóteses sobre as causas prováveis. Sabe-se, por exemplo, que na natureza as posturas de ovos são uma tentação para a maioria dos peixes. Com isto eles estariam tentando obter algum elemento nutritivo de que necessitariam, ou simplesmente degustando uma iguaria. Alguns criadores incluem, então, ovas cruas de peixe na dieta de discos reprodutores, por razões óbvias. Outra hipótese é relacionada com o comportamento de função protetora: no período crítico da reprodução, a presença do aquarista é vista, pelo peixe, como uma ameaça à desova. Estes reagiriam instintivamente devorando os ovos.
Outra situação: o casal de discos desovou normalmente segundo o melhor comportamento reprodutivo. No outro dia de manhã, todavia, o primeiro ovo coagulado é visível. Até aqui tudo bem, pois um ou outro ovo sempre fica gorado mesmo. Mas, apesar de todos os esforços do casal, em oxigenar os ovos, mais aparecem gorados e, final da tarde, toda a ninhada está perdida, gorada. Mais um dia e o tapete de fungos cobre todos os ovos. A primeira conclusão: os fungos são os culpados. Na próxima desova, para prevenir, você usa um fungicida e eis que toda a ninhada fica branca e os ovos gorados ficam cobertos de fungos. O resultado é o mesmo, com ou sem fungicida. São fatos que acontecem corriqueiramente e até hoje não existe uma explicação plausível para eles. CONCLUSÃO O acará-disco é um peixe sobre o qual muitos mistérios tem ainda que serem estudados. Muito no entanto pode ser explicado pela observação atenta. Observe seus discos diariamente, porque você não vai só precisar de correr atrás de suas necessidades, mas de conhecer também o seu comportamento. Se você quiser reproduzir discos, vá em frente, mas não esqueça que eles tem requerimentos especiais e, para se ter sucesso, você não pode subestimar o esforço e o tempo a serem despendidos. Você encontrará algum problema até ter sucesso. Mas não desanime. Mantenha um diário de anotações e aprenda com seus erros. Estude verdadeiramente toda a literatura seria sobre a criação destes peixes e procure aconselhamento com aqueles que já passaram por essa fase. Finalmente, compreenda que existem muitas soluções adequadas para um mesmo problema. E, pense sobre isso: “Existem mais discos por aí que tem problemas com aquaristas, do que aquaristas que tem problemas com discos”.
DOENÇAS DOS PEIXES DISCOS Ao folhear revistas estrangeiras, encontramos em mais do que uma ocasião um artigo que fale de “doenças ou patologia de tal e qual grupo taxonômico de peixes, principalmente espécies ou gênero”, que se dedica a descrever a maior parte das doenças que citadas em aquariofilia, fosse ou não neste tipo concreto de peixe. Consideramos que, em teoria, é de esperar encontrar nos nosso discos qualquer das doenças descritas nos textos de ictiopatologia, na prática, a nível aquariófilo, algumas são bem mais raras, por que não dizer desconhecidas, e outras aparecem com muita freqüência. Consequentemente, com esta idéia, serão estas últimas, as doenças que em nosso entender mais padecem os discos, as que trataremos em particular as mais facilmente reconhecíveis pela sua sintomatologia externa. PATOLOGIA INFECCIOSA As doenças infecciosas mais freqüentes em peixes disco tem sem dúvida origem bactriana. Podemos destacar as seguintes: S.H.B - Com estas siglas se designa a Septicemia Hemorrágica de origem bacteriana. Poderia se definir como uma infecção generalizada e que se distribui pelo sistema circulatório. É produzido por diferentes espécies de bactérias, principalmente espécies de Aeromonas e Pseudomonas, embora se pense que intervenham outros agentes patógenos. Os sintomas externos são variados, podendo aparecer um, vários, todos ou nenhum num mesmo exemplar. Os mais habituais são: hemorragias, lesões na pele, barbatanas e brânquias, inchaço dos olhos e outros problemas oculares, hiperprodução de mucosidade na pele, barbatanas retraídas, acumulação de líquidos no abdômen e conseqüente levantamento das escamas, etc... Este último sintoma é conhecido por ascites e em determinada altura deu nome à doença.
Infecção Bacteriana na bexiga natatória: Parece que os discos são por natureza propensos a sofrer infecções bacteriana na bexiga natatória. Esta ao ver-se afetada coloca aos peixes muitas dificuldades para conservar uma posição equilibrada, já que passam a maior parte do tempo olhando para o chão, como se fossem apanhar algo no fundo. Pode ser provocada por uma S.H.B. Embora alguns exemplares pareçam recuperar-se sozinhos, na maioria dos casos não se obtém bons resultados e morrem depois de um período bastante longo de tempo. O uso de substâncias bactericidas é evidentemente o melhor tratamento. Atualmente existem em comercialização alguns produtos que podem dar bons resultados. Também se pode utilizar desinfetantes, numa dose de 1 ml de solução base para 0,25 por litro de água em dias alternados, renovando parcialmente a água de forma periódica. Os antibióticos mais utilizados são a oxitetraciclina (10mg/litro). Não obstante, o seu uso indiscriminado e direto na água do aquário podem produzir importantes efeitos secundários, como a potenciação de bactérias resistentes, que trariam muitos problemas. Se alguém desejar utiliza-lo, é aconselhável aprofundar mais, podendo encontrar mais informações na relação de manuais e artigos a respeito. O segundo grupo de afecções infecciosa de maior incidência neste tipo de peixes são as micoses e infecções originadas por fungos. São reconhecidas facilmente pelos filamentos nodosos, de cor branca ou cinzenta, que formam o tecido do fungo. Praticamente todos os fungicidas comercializados atuam de maneira satisfatória no tratamento da doença. A nível caseiro, podemos aplicar durante 30 segundos um banho no peixe infectado, de verde malaquita (60mg/l) ou com a ajuda de um cotonete, banhado em tintura de iodo, aplicar diretamente no peixe. O melhor é aplicar a medicação em aquários de quarentena.
Ictiosporidiosis: É uma micose interna, relativamente freqüente entre ciclídeos. Caracteriza-se nas suas primeiras fases pela natação desequilibrada dos peixes afetados. Posteriormente aparecem na superfície corporal pequenas zonas enegrecidas e quistos. Por ser difícil diferenciar, pela sintomatologia externa um caso de íctio de um de tuberculose, unido ao escasso êxito da maioria dos tratamentos, leva certos ictiólogos a aconselhar o sacrifício dos exemplares afetados.
Parasitas: Entre os protozoários, concretamente no grupo dos flagelados, encontra-se o gênero Hexamita, sem dúvida o parasita interno mais típico dos discos, a tal ponto que a hexamitase é conhecida, vulgarmente, como doença do buraco na cabeça. O sintoma mais característico desta parasitose é a formação de úlceras na parte frontal da cabeça, úlceras que chegam a converter-se em autênticos buracos. O resto da sintomatologia consiste na perda de apetite, natação anormal e escurecimento geral do corpo. Há anos o tratamento da hexamitose era complicado. Atualmente com o uso de metronidazol os efeitos são muito melhores. O tratamento mais eficaz é misturar o medicamento com a comida, a 1% como medida geral. Se o exemplar se mostra inaptente, deve-se administrar o medicamento por sonda digestiva, que dizer, mediante uma
sonda delgada que se introduz um ou dois centímetros na boca do peixe, até ultrapassar as brânquias e cujo extremo está ligado a uma seringa para facilitar a introdução. O inconveniente desse sistema é o estress que o animal sofre, cada vez que é apanhado para a medicação. Em qualquer dos casos pode-se combinar o tratamento com a adição de metronidazol na água do aquário na dose de 10/12 mg por litro. Alguns autores recomendam tratar de modo paralelo com antibióticos para prevenir infecções secundárias.
Quanto aos ectoparasitários, possivelmente são os protozoários flagelados Ichithyobodo os que mais atacam os discos. Atacam a pele e as brânquias, e ocasionam a doença conhecida vulgarmente com o nome de costiasis, que se caracteriza pela pele turva e um excesso de mucosidade. Os exemplares afetados podem estar inquietos ou retraídos, raspando-se contra as pedras ou outros objetos de decoração e apresentar sintoma de asfixia, como respiração acelerada, bloqueio à superfície, opérculos levantados, etc. O chamado parasita das brânquias, localiza-se nas brânquias e a sua parasitose tem praticamente os mesmos sintomas e tratamentos que a costiasis, mas com os indicativos de asfixia mais acentuados. No mercado são encontrados vários ectoparasitários eficazes. Também pode-se usar a acriflavina (10mg/l) ou formol (1 a 2 cc para cada 10 litros d'água, em banhos de 10 minutos de duração).
PATOLOGIA DE ORÍGEM FISICO-QUIMICA É conhecido entre os aquariófilos que criam os discos, a sua marcada sensibilidade entre as mudanças de muitos parâmetros físico-químicos da água do aquário. Em muitos manuais de toxilogia piscícola citam esta espécie como um exemplo de pouca tolerância neste campo, e inclusive se comenta a seguinte curiosidade: quando a concentração de uma substância é tão pequena que praticamente não se pode medir pelos métodos tradicionais, certos autores crêem que o disco é capaz de detectar, e adoecer em alguns casos, traços de certos metais. A sintomatologia de uma intoxicação pode ser ambígua, dependendo da substância em real contato que origine o envenenamento da água, como o chumbo, cobre, ferro, etc... O mais habitual, sem risco de generalizar demasiado, é que o peixe apresente algum destes sintomas externos: retraimento, perda de cor viva nas cores corporais, inapetência, sintomas de asfixia, etc...Parecia lógico pensar numa intoxicação quando as baixas se produzem repentinamente e não somos capazes de encontrar uma justificativa. O único tratamento que existe é realizar, na medida do possível, freqüentes mudanças da água do aquário, aumentar a oxigenação e procurar eliminar o foco de toxinas. O turvamento da retina nos peixes discos parece estar também relacionado com fatores físico-químico, em particular com mudas excessivas de água do aquário, por outra que contenha cloro e valores inadequados de pH, etc... O melhor tratamento que podemos fazer para este tipo de doenças é a prevenção, mantendo um controle adequado sobre os níveis de pH, compostos nitrogenados e demais parâmetros da água do aquário.
ACARÁ-DISCO VERDE (Symphysodon aequifasciata aequifasciata)
De formato arredondado, podendo atingir até 30 cm. de diâmetro, na natureza - em cativeiro chega até aos 20 cm.-, o acará disco verde tem coloração castanho-avermelhada e, em geral, nove listras escuras verticais, sendo que duas delas - uma atravessa o olho e a outra, a base da cauda - são bem mais escuras que as demais. Sua principal característica é o rajado em verde metálico, restrito à testa e à nadadeira ventral. O macho e a fêmea são idênticos em tamanho, aparência e hábitos, sendo impossível deferencia-los através desses aspectos, a não ser no momento da desova e fecundação. Não é peixe de rios caudalosos e grandes profundidades. Originário do lago Tefé, no Amazonas, seu habitat natural é o igarapé. Costuma viver em pequenos cardumes, de no máximo 15 componentes, ou em duplas. É pacífico, de nadar lento e calmo. Por isso não deve conviver, em cativeiro, com peixes de temperamento mais agitado, que podem perturba-lo. O mais indicado é que conviva apenas com discos, corydoras e outros semelhantes. Para se iniciar uma criação de discos verdes é aconselhável que se adquira um grupo. Primeiro porque é impossível distinguir sexos para a formação de casais. E mesmo que houvesse essa possibilidade, há outra característica que constitui uma barreira: o disco não aceita que se lhe imponham parceiros. Sendo assim, o melhor é adquirir um grupo de seis a oito exemplares e aguardar que os pares se formem espontaneamente. É possível observar o início do processo de reprodução quando dois discos se isolam do grupo, ficando o tempo todo juntos. Assim que escolhem o local para a desova - uma superfície lisa e vertical que pode ser a parede do aquário ou objetos colocados dentro dele especialmente para esse fim, como lâminas de vidro ou acrílico ou cones de barro -, começam a limpalo com a boca e defender até com certa
agressividade a região. Isso dura aproximadamente cinco dias. Os ovos, então, são enfileirados nessa superfície, à qual aderem firmemente, em função de sua viscosidade, e imediatamente fecundados pelo macho. Após dois ou três dias nascem os alevinos. Até os dois meses eles se alimentarão do muco que reveste o corpo dos pais, não devendo, portanto, serem separados deles antes desse prazo em hipótese alguma. Dos cerca de 150 ovos postos, aproximadamente um terço sobrevive. O aquário de reprodução deve ter as mesmas dimensões e condições ambientais do de manutenção. Apenas a temperatura pode ser mais elevada, até trinta e dois graus centígrados. Não deve conter plantas nem areia, pois estes componentes propiciam o desenvolvimento e proliferação de microorganismos e parasitas, que poderiam causar a morte dos alevinos.
O aquarista também deve preparar-se para uma (difícil, mas não impossível) surpresa: o acará disco verde é um pouco imprevisível e já se pôde observar casais que, quando transferidos para o aquário de reprodução, se separarem. Para evitar isso, é preciso que a mudança seja feita durante a noite, cerca de duas horas após se ter apagado a luz do aquário e de todo o ambiente, para que não sintam a mudança brusca. Outra opção, é transferir o restante do grupo para outro lugar e deixar o casal no aquário, retirando deste as plantas e a areia.
CUIDADOS NO CATIVEIRO Ambiente: O aquário ideal é que tenha mais de um metro de comprimento, para cada quatro exemplares adultos. Deve ter pouca areia e um bom filtro externo, com sifão. Todas as plantas são compatíveis. Muita higiene é recomendada no aquário. A água deverá ter o pH entre 6,6 e 6,8 (ácida) e o dH entre 0 e 3; a temperatura variando de 26 a 32 graus. A cada dois dias, deve-se trocar um terço da água, para que o pH e dH não se elevem. Alimentação: Carne crua raspada, dáfnias, tubifex e artemia salina.
A HISTORIA DO DISCO PANDA A historia do Acará-disco, variedade Panda, remonta a poucos anos atras, por ocasião da Aquarama"91, em Singapura. Nessa ocasião foi apresentado pela primeira vez, o Disco Pigeon Blood, criado por um Tailandês. A primeira vista os disco teriam sido hormonados para apresentar aquelas cores, vermelho alaranjado, com estrias negras. Todos à época, tinham plena convicção que os discos eram coloridos artificialmente e à medida que deixassem de receber os produtos químicos, misturados à alimentação, deixariam de apresentar o colorido vivo.
Casal de discos Panda
Disco Panda, adulto Mesmo assim, um juiz de Disco, chamado Watley (criador da variedade turquesa Watley), adquiriu alguns exemplares (a US 400 dólares o exemplar medindo 4cm). Chegando aos EUA, Watley procurou cruza-los para ver o que dava. Separou alguns exemplares da variedade coerulea para cruzar com os Pigeon Blood. Passadas algumas semanas os alevinos nasceram e ele percebeu que havia algo de estranho com aqueles alevinos. Tinham uma cor diferente dos alevinos habituais. Tinham o corpo cinzento esbranquiçado e a cara negra. Nascia assim a variedade Acará-disco Panda.
VARIEDADES - HIBRIDOS VARIAÇÕES DE CORES Os acarás discos são, hoje em dia, oferecidos aos aquaristas de todo o mundo numa grande variedades de formatos e cores. Algumas delas foram obtidas através de seleção de animais que apresentavam, proporcionalmente, maior quantidade de tons azuis, verdes ou vermelhos. Outros tipos foram obtidos graças a mutante que, volta e meia, aparecem nas criações comerciais de maior escala, principalmente no Oriente e nos Estados Unidos; outras cores e formatos são ainda obtidos graças à adição de hormônios e elementos-traço; geralmente, esses animais perdem sua coloração e formas quando deixam de receber os elementos químicos que geraram os efeitos originalmente obtidos.
Por fim, existem animais com formatos e colorações derivadas dos cruzamentos entre as variedades normais, selecionadas e mutante. Todas essas variedades possuem uma história baseada em anos de trabalho por parte de seus criadores.
Riu Xingu
Turquesa pérola vermelho
Vermelho turquesa alemão. Vermelho turquesa sol
Verde com pintas vermelhas
Clone azul royal
Verde pintado (peru)
Sonho tangerina
Turquesa puro sem faixas
Clone do azul turquesa
Diamante dourado com pintas
Vermelho de Schlingmann
Turquesa azul com corpo alto
Turquesa azul púrpura cristal
Turquesa gigante com pintas
Azul real vermelho
Turquesa verde puro
Turquesa vermelho púrpura alto.
Vermelho de Alenquer
Pigeon Blood
Turquesa com barbatanas
Turquesa n° 1 de Wattley
Turquesa brilhante
Fantasma (ghost discus)
Xadrez (checker board)
Arco-íris dourado
Diamante vermelho Azul de Heckel
Vermelho Pintas Redondas Turquesa puro
Heckel Rio Madeira Amarelo
JW Sunshine
Leopardo
JW Striated-Red
Pele de Cobra Leopardo
JW Ocean Green
Amarelo Rio Maui
Rio Alenquer
Rio Madeira Vermelho
Heckel Vermelho Estriado
Heckel Negro
Rio Madeira Real Rio Iça Vermelho
Manacapuru Real Heckel Cara Azul
Verde Rio Tefé
Heckel Vermelho
Rio Juruá Verde
Super Azul
Verde Pintas Vermelhas Azul Aço
Diamante Hi Fin
Azul Cobalto
Diamante Azul Diamante Dourado
Verde Mar Dragão Dourado
Vermelho Marlboro Vermelho Sólido
Alenquer Vermelho
Escorpião Vermelho
Tangerina Sólido Anjo Vermelho
Butterfly Branco Perola Vermelho
Diamante Verde Panda Vermelho
Pele Cobra Verde