SUPREMACIA EUROPEIA
No início do séc.xx, a Europa dominava o mundo: Destacavam-se:
Inglaterra
França
Alemanha
Que graças à sua industrialização e posse de importantes domínios coloniais eram superiores: Cerca de metade da população industrial do mundo era europeia Os capitais investidos na construção de infraestruturas no mundo eram, na maioria, europeus (vias férreas, canais, pontes, criação de empresas agrícolas e expansão mineira) Grande parte das trocas comerciais era feita por navios mercantes europeus, o que demonstrava o grande desenvolvimento da atividade comercial da Europa (exportava produtos industriais – máquinas e tecidos e importava – matérias-primas) Com o aumento da população europeia: Consequências da Revolução Industrial (maior quantidade de bens de consumo) Desenvolvimento económico Desenvolvimento da medicina O peso da população europeia aumentou consideravelmente: 20% da população mundial em 1800 27,5% da população mundial em 1900 Devido a este aumento bastante significativo, muitos europeus sentiram necessidade de emigrar: Cerca de 12,5 milhões de europeus foram para: EUA/Brasil/Austrália/África do Sul
Em termos sociais e culturais a Europa também dominava: Cultura muito sólida e avançada Desenvolvimento dos tempos livres e situações de recreio Sociedade organizada e definida em termos de trabalho, política e estatuto Em termos culturais, a Europa, com a 2ª vaga de colonização, levou grande parte da sua herança ao mundo: Tradições Costumes Língua Mentalidade
Motivos da expansão: Factores de ordem económica Factores de ordem política e estratégica Factores de ordem cultural Porquê África? Matérias-primas Interior do continente por explorar Presença já de algumas potências europeias Fácil de dominar pelos europeus Proximidade à Europa As exigências do crescimento industrial: O crescimento industrial e financeiro conduziu as potências europeias a uma corrida pela posse de novos territórios, para obter: Matérias-primas mais baratas para alimentar a sua indústria Novos mercados para onde pudessem escoar os seus excedentes da produção industrial Novas possibilidades de investir capitais na criação de indústrias e na construção de infra-estruturas
Foi assim que as grandes potências ocuparam novos territórios, para assim aumentar o seu espaço colonial e exercer a sua influência sobre outros países. Mas também houve outras razões: Reforço do poder militar e estratégico de cada país, que fazia crescer a competição O racismo, por parte dos brancos, que justificava a missão “civilizadora” dos europeus em relação a outros povos que consideravam inferiores Criar melhores condições de vida a uma população europeia em crescimento que emigrava
O MAPA COR-DE-ROSA Face às disputas pela posse dos territórios de África, o alemão Bismark propôs a reunião dos países em interesse lá. Então, reuniram-se na Conferência de Berlim onde para além da definição das fronteiras coloniais, estabeleceu também um novo direito colonial -- Só a ocupação efetiva de um território justificava a sua posse. Era o fim do direito histórico da descoberta. Protegiam-se, desta forma, os interesses dos países mais poderosos e Portugal saía a perder, pois não possuía meios para uma ocupação efetiva.
A sociedade de Geografia publicou um mapa, onde se assinalava a cor-derosa o objetivo de Portugal ocupar toda a região que ligava Angola a Moçambique. Mas Inglaterra pretendia ligar o Sul de África ao Egipto através de uma linha férrea e enviou então, em 1890 um ultimato a Portugal.
Exigia-se a retirada imediata de Portugal ou Inglaterra recorria à sua força militar. Portugal acabou por ceder, agravando assim, a crise política existente.
Impérios coloniais europeus:
INGLATERRA
Dominava territórios em todo o mundo
FRANÇA
África, Extremo Oriente e América Central e Sul
RÚSSIA
Dominava territórios na Sibéria e na Ásia Central
I GUERRA MUNDIAL Rivalidade económica e nacionalismos
Alemanha disputava a hegemonia da Europa com a Inglaterra e com a França Alemanha, Inglaterra e França disputavam territórios ultramarinos ricos em matérias-primas França recuperar a Alsácia e Lorena que tinham sidos perdidos para a Alemanha Império Austro-Húngaro e Rússia o império Austro-Húngaro queria as regiões Balcãs, mas estas pertenciam à Sérvia, apoiada pela Rússia pois ambas eram de origem Balcãs Itália queria os territórios do império Austro-Húngaro
A POLÍTICA DAS ALIANÇAS
Tríplice Aliança: Fundada em 1882 e constituída pela Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália
Tríplice Entente: Fundada em 1907 e constituída pela Inglaterra, França e Rússia
Esta política de alianças manteve-se estável, na Europa, mas não evitou a corrida aos armamentos. Itália juntou-se a esta aliança em 1915, com o objetivo de tentar obter os territórios pertencentes ao Império AustroHúngaro.
Vivia-se nesta época um clima de Paz Armada, pois qualquer incidente podia comprometer o equilíbrio.
Corrida ao armamento por parte da Europa, no sentido de desmotivar os ataques inimigos
Mas, no dia 28 de Julho de 1914, o arquiduque Francisco Fernandes, o único herdeiro ao trono Austro-Húngaro, foi assassinado por um sérvio. O Império Austro-Húngaro acusou a Sérvia de ter preparado um atentado e com o apoio da Alemanha declarou guerra à Sérvia. A Rússia, como aliada da Sérvia e membro da Tríplice Entente envolveu-se no conflito, desencadeando o funcionamento do Sistema de Alianças. Era o início da I Guerra Mundial.
A I GUERRA MUNDIAL: Os países inicialmente envolvidos pensavam que a guerra iria ser curta: os Aliados (países da Tríplice Entente) contavam com a superioridade numérica de efetivos; as potências centrais (Tríplice Aliança) confiavam na superioridade técnica do seu armamento.
1º Confrontavam-se em 3 frentes: A frente ocidental, do Mar do Norte até à Suíça A frente balcânica, do Mar Adriático, do Império Otomano (Turquia) A frente leste, que se estendia do Mar Báltico até ao Mar Negro
Nestas frentes de batalha, as estratégias militares baseavam-se numa Guerra de Movimentos, caracterizada por rápidos avanços e recuos no terreno com vista à aniquilação do inimigo A Alemanha planeara uma rápida vitória nas frentes ocidental e leste, então ocupou a Bélgica e foi rumo a Paris, mas foi derrotada na Batalha do Marne. No final de 1914, A Guerra de Movimentos deu lugar à Guerra de Trincheiras, em que uma das forças em confronto procurava manter as suas posições no terreno impedindo-se mutuamente de avançar. Foi nesta altura que começaram a utilizar os meios de combate: Artilharia pesada Metralhadoras Tanques Submarinos Aviões de combate Granadas de mão Gases tóxicos
A Intervenção Dos Estados Unidos e A vitória dos Aliados: Os EUA entraram na guerra, em Abril de 1917, perante os ataques frequentes dos submarinos alemães aos seus navios (com mantimentos para os aliados), e pressionados pela opinião pública americana, os EUA entraram, tornando-se novamente numa guerra de movimentos. Retirada da Rússia da Guerra -- > A Vitória da Revolução Comunista conduziu a um tratado de rendição e de paz da Rússia com a Alemanha, o Tratado de Brest – Litovsk Por este tratado, a Rússia perdia o controlo sobre vários territórios e era obrigada a pagar indemnizações. A desistência da Rússia permitiu às potências centrais concentrar as suas forças a Ocidente. No entanto, a Alemanha, perante a rendição dos seus aliados, ficou isolada, vendo-se obrigada a capitular. A 11 de Novembro de 1918, foi assinado o armistício. O fim da hostilidade, em que a Alemanha, reconheceu a derrota.
O MUNDO PÓS-GUERRA: Conferência de paz em Paris (Janeiro de 1919) Objectivos: Reconhecimento do direito dos povos à autonomia de acordo com o princípio das nacionalidades A criação de um organismo para a defesa da paz
Assinado do Tratado de Versalhes:
A Alemanha perde territórios para a França e Polónia Reduzir o número de efectivos do exército Destruir vários ramos militares Pagamento de pesadas indemnizações de guerra
Após o Conflito armado, existiram duas grandes consequências mundiais: Alteração da hegemonia económica do Mundo Alteração do mapa geopolítico do continente europeu Ainda em 1919 as potências vencedoras decidiram criar a SDN (Sociedade Das Nações) Organização destinada a assegurar a paz no mundo. Nela deveriam ter assento e participação todas as nações do mundo.
Europa no final da I Guerra Mundial Graves Problemas:
Demográficos Económicos e financeiros Sociais
Fim da hegemonia europeia
EUA EM ASCENÇÃO:
Riqueza do território (abundância de recursos naturais e de capitais) Novos métodos de produção e organização de trabalho País que não tinha sido destruído pela guerra Constituição de grandes unidades empresariais
Taylorismo - análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos, objetivada a isenção de movimentos inúteis para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio, a fim de que as atividades fossem feitas em tempo menor e com qualidade, aumentando a produção de forma eficiente. Fordismo - é um modelo de produção em massa que revolucionou a indústria automobilística a partir de Janeiro de 1914, quando introduziu a primeira linha de montagem autorizada