Sociedade Machista X Luta da Mulher A partir da revolução sexual que, começou nos anos 60 e foi até o início dos anos 80, a mulher começou a questionar seu papel na sociedade. O machismo, o casamento, ter ou não ter filhos, a carreira foram assuntos colocados na mesa pela mulher contemporânea. Soutiens foram queimados, excessos cometidos, e a mulher precisou se equilibrar nesse universo confuso e cheio de possibilidades. Então a mulher foi à luta e conquistou seu espaço, ocupou funções antes reservadas apenas ao sexo masculino, mostrando ao mundo sua capacidade. Algumas mulheres se desdobram até hoje para cumprir as funções de esposa, mãe e profissional competente. Outras optaram pela carreira, e sobem degraus antes não imaginados pela nossa sociedade. A mulher contemporânea conheceu o stress da vida moderna, a solidão das grandes cidades, a competição no trabalho, e assustou os homens que desconheciam o potencial de suas companheiras, e se perguntavam o que teria acontecido com a Amélia que ainda subsiste no inconsciente masculino. Foram necessários séculos para que as amarras fossem rompidas, e a mulher conseguisse respirar num mundo que a sufocou desde sempre. Por outro lado, as mulheres continuam sendo oprimidas pela pobreza, pelo desemprego, por culturas que as consideram seres inferiores, pela violência doméstica presente nas estatísticas do mundo inteiro, e pelo consumismo que mostra a mulher apenas como um objeto a ser usado e descartado. O século 21 PEDE equilíbrio nas relações humanas e sociais. A mulher desenvolveu o seu potencial, mas continua sendo a companheira do homem e a mãe, dotada da sensibilidade e da força que Deus lhe concedeu. Muito essa geração de mulheres guerreiras tem a ensinar, e ainda mais a aprender com o movimento da vida, que sempre vence a morte e transforma mulheres frágeis em exemplos de superação e vitória frente a um mundo adverso. (Marisa Balsemão) Mulheres X Futebol A sociedade ainda (mesmo que a idéia esteja começando a mudar) discrimina a mulher que mostra um interesse na prática do esporte. Pode-se afirmar esse fato através de análises feitas no campo sociológico. A mulher no esporte em geral, é lembrada não por seu desempenho ou conquista, mas pela sua beleza e sexualidade frente ao que a mídia retrata, "o jogo bonito de se ver" não está relacionado as jogo em si, nem ao aspecto estético das belas jogadas, mas às pernas das jogadoras, às "sainhas e bermudas", enfim, associado a imagem veiculada e vendida pela indústria cultural, determinando padrão de beleza feminina, que confunde a estética do jogo com a estética do corpo ( BRUHNS, 2000).
A profissionalização no Brasil é acentuadamente difícil, visto que não há uma entidade forte que organize o futebol feminino e também não há investimento público nem privado (SUGIMOTO, 2003). Nos EUA, o futebol é visto como esporte feminino, enquanto que em 1994 foi o vice-presidente quem entregou a Taça ao capitão da seleção brasileira, Dunga, e em 1996 foi o próprio Bill Clinton quem entregou a Taça pelo mesmo evento, porém feminino. O que não significa que a mulher é bem mais reconhecida lá do que é aqui nos esportes, frente que a mesma não tem vez no futebol americano e no beisebol, dois dos esportes mais difundidos nos EUA (SUGIMOTO, 2003). Enquanto não há um reconhecimento por parte da sociedade, algumas mulheres vão se envolvendo com o futebol por caminhos diferentes, sem necessariamente precisar ser atleta Simplesmemte mulheres... Em meio a tantas adversidades, problemas, dificuldades, as mulheres conseguem com um brilho único e com sorriso estampado no rosto, ir conquistando seu espaço, no mercado de trabalho, no esporte, na sociedade... Sabemos, porém não entendemos estas diferenças que ainda existem em homens e mulheres, pois são pessoas e cada um dentro da sua individualidade é importante e dá sua contribuição para a sociedade. Estamos caminhando na direção certa, mas a todas as mulheres que ainda não conseguiram seu espaço fica a certeza de que a luta irá sempre continuar.