Sociedade Contra Estado

  • June 2020
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  • Words: 4,560
  • Pages: 27
SOC IEDA DE CONTR A ESTA DO Fo rma ção do Po der • O po der é um tema cen tral no est udo e discu ssã o da polí tica mo de rn a e co ntemp orân ea • Lati m poter e posse : poder , ser cap az de. • po de r da pal avr a, o po de r do remé dio , o pode r da imp ren sa etc. • “ Pode r é a poss e dos mei os que leva m a produçã o de ef eito s de sejad os. ” Bert ran d Ru sse l (187 2 – 197 0) Cat eg oria s do Poder

Do homem so br e a nat ur eza Do homem so br e o utr os ho men s

• O po der do home m so bre o homem é o que a filo so fia ent end e co mo sen do o pode r so cia l • Se o poder é o me io do qual se seve o ind iv íd uo par a co nse gu ir o de sejad o, po demo s en co ntra r 3 forma s bá si cas de pode r: • Po der eco nômico : que uti liza a posse de cer tos ben s socialmen te necessá ri os par a ind uzi r aqu ele s qu e nã o os po ssue m a ado ta r det er mi na do s co mpo rt amen tos; • Po der ide ológico : qu e ut ili za a posse de cer tas idéi as e va lo res pa ra in fluen cia r a co ndu ta alh eia , indu zi ndo as pesso as a det er mi na do s mo dos de pen sar e ag ir ; • Po der Polít ico: que uti liza a po sse dos mei os de co er ção so cia l, ist o é, o uso da força fís ica co nsi de ra da lega l ou auto ri za da pe lo d ireit o vi gen te na so cied ad e.

• As 3 formas d e p oder atu am conju nt amen te par a man ter a s ocie da de do s de si gu ai s. • P. P : forte e fraco s • P. E : rico s e pobres • P. I : sáb ios e ign oran te s Sur gime nto do Est ado • Est ad o der iv a do lat im sta tu s = es tar firme • Est ad o é a per ma nê ncia de uma si tuação co nvi vê nci a human a liga da à so ci ed ad e polít ica

de

“ Esta do é a inst it uiçã o polít ica qu e, diri gid a po r um gove rn o so ber ano , rei vi ndi ca o mo nopólio do uso leg ít imo da força física em det er mi na do ter rit ório , su bordi nan do os memb ros da so cie da de que nel e vi ve m” Ma x We be r (1 864 – 1920)

• O Esta do na sce co m a evo lu ção das so ci ed ad es, que se tornar am ca da vez mai s co mpl ex as • Gru pos es pecí ficos pa ssa ra m assu mi r al guma s funçõ es da so cie da de: polít ico -ad min ist rat iv as e mi li tar es • Os gr upos esp ecí fico s pa ssa m a ter o pode r so bre os dema is e impõ em normas à cole ti vi da de . • su rge o gove rn o e o Est ad o • Qua l a função do Est ad o? • Corren te libe ra l : a função do Est ado é agi r co mo med ia dor dos co nfli tos en tre os dive rso s gru pos so ciai s, pr eser va nd o o inter ess e da co let iv id ad e; • Co rr ent e Mar xi st a : o Est ad o é uma inst it uição que int erf er e ne ssa lut a de mo do par cia l, toman do pa rt ido das clas ses so ci ai s domin ant es. Assi m a função do Est ad o é gar an tir o domí nio de cl ass es

Rel ações ent re so cied ad e ci vi l e o Est ad o • A co ntr ap osi ção en tre Est ado e So ci ed ade Ci vi l oco rre dev id o a: • Est ado : ente ndi do co mo inst it uição que ex er ce o po de r co ercivo por in ter mé di o de su as div er sas funções: ad min ist rat iva/j udici ár ia/le gi sl at iv a; • So cie dad e Civ il : en ten di da co mo o lar go camp o de rel açõ es so ci ai s que se des en vo lve m fora do pode r ins ti tucional do Est ado . (sin dica tos, empr esas, esco la s ig rejas e et c.) • Os par tid os polít icos de semp en ham uma função impo rtan te na rela ção ent re so cied ade civi l e Est ad o • Atu am co mo ponte entr e a so ci ed ad e ci vi l e o Est ad o • Cab e, ao s pa rt ido s po líti co s, capt ar os des ejo s e asp iraçõ es da so cied ad e civi l e enca min há- los par a o

• As rel açõ es en tre Est ad o (g over no) e So cie da de Ci vi l (gover nado s) va ri am no tempo e no esp aço . • Esq ue ma fecha do : ca ra cte riza do pe la opre ssã o e au torita rismo do Est ad o so bre a so ci ed ad e; • Esq uema ab er to: mai or par ticip ação polít ica da so ci ed ad e nas quest ões do Est ad o, e pelo resp ei to qu e o po der pú bli co co nfere ao s dir eipolít tos icos indi vi du ais e cole tiv os. Reg imes • Reg ime polít ico : é o mo do ca ra cte rí st ico co m que o Est ad o se re lacio na co m a so cied ad e civ il . Dit at orial ou Demo cr át ico • Demo cr aci a: der iv a do gr ego , demo = po vo ; cra cia = poder ... . Pode r do po vo . • O id eal da demo cr acia é: poder pel o povo e par a o povo

• O Esta do demo cráti co car act er íst icas :

ap rese nta

as

se gu int es

• Par tici pa ção po lít ica do povo : direi to de par tici pa r da vid a polít ica oco rre at ravé s da s el ei çõ es de seu s rep rese nt ante s; • Di vi sã o funci onal do poder po líti co : legi sl at iva , ex ecu tiv a e ju di ciá ri a; • Vi gê ncia do Est ad o de dir eit o : o poder polí tico é exe rci do den tro do s li mit es tr açado s pela le i a to do s impo st a. A lei , su bordi na tan to o Est ad o co mo a Socied ad e. O ci da dã o re spe ita o Est ado , ma s o Esta do tamb ém respe it a o cid ad ão . (di rei to a: li be rd ad e de exp ress ão , pen same nt o e et c. )

• Di tadu ra: der iv a do lat im, di ct ar e = di tar orde ns • Car act er íst icas de um Est ad o dit at orial : • Eli min ação da par ticipação po pula r na s decisõ es polít icas: nã o ex is te m el ei çõ es, qua ndo exi ste m sã o frau dul en tas ; • Co ncen tração do pode r polít ico : pode r polí tico cen tral izad o na s mão s de um gover nan te; • Inexi st ên cia do Est ado de dir ei to: o poder dit at orial é exer cid o se m li mit ação jur ídica; •Fo rtal eci men to do s órgã o de repre ssã o: esp alh am pân ico na so cied ad e e imp la nta m um ve rd ad ei ro ter roris mo de Estad o; • Co nt role dos mei os de co mu nica ção de mass a: censu ra oficia l.

Ref le xõ es so bre o poder po lí tico Pl at ão: filóso fo gr eg o (42 8- 347 aC) • Par a Pla tã o o indi ví du o possu i 3 al mas ( A Rep úbli ca ) e essa al ma s co rresp ondem aos pri ncíp io s: • Ra cio nal : que bus ca o conh eci men to e dev e reg er a vid a; • Ir ascí ve l: qu e se ocu pa da def esa da gue rra ; • Pas sio na l: qu e busc a a sat isf açã o dos dese jos, ins tin tos e pai xõ es • Par a Pl at ão o id ea l er a a busca do equ ilí bri o en tre esses 3 pr incí pi os • Fa ze nd o uma an alo gia entr e o indiv íd uo e a polis, Pl at ão di vi di u a ci da de em 3 fun çõ es so ci ai s:

Gover nan tes

Pro du tores Res po nsáve is pe la pro du ção eco nô mica , ar tesa nat o,co mér cio e ag ricu lt ura: al ma pa ssi onal

Grupo co rres po nde a al ma racio nal

Pla tão an al ogia en tre o ind iví du o e a polis Guar diõ es Resp onsá vel pel a d efesa da s cid ad es : al ma irascí ve l

• Pa ra Pl at ão o indi ví du o ch eg ar ia ao equ ilíb rio at rav és da edu caçã o • A ju st iça n a cid ad e dep en der ia de sse eq ui líb rio • Ress al ta -se que da mesm a forma qu e a al ma racio nal é pre po nder an te no indi ví du o, o go ve rn o se ri a na po lis • Todo s os cid adão ter iam aces so à edu cação , ind ep en den teme nt e, do gru po so ci al • No decorrer da forma ção a cri an ça pass ar ia po r uma se leçã o, ao longo dos qua is se ri a de st in ada a um do s trê s gru pos so ci ai s • Os mais apt os co ntin uar iam se us est ud os at é o pont o mais al to de sse pr oces so Co ncl ui- se , portan to, qu e a concepção po lí tica de Pla tã o er a ARI STO CR ÁT ICA Supõe que a ma io ria das pe sso as não ter iam ca paci da de de dir igi r a cid ad e, so me nt e uma el it e ser ia ca paz

• Arist ocr aci a, greg o ar ist oi = me lh ores; cracia =po der: é a forma de gove rn o em que o go ver no é ex er cid o pel os mel hores • Pro po sta de Pla tão se ri a a el ite , greg o el iger e = es co lh ido • Iss o si gn ifica qu e Pla tão não propun ha uma demo cr aci a • Em se u li vr o Ale go ria da Cave rna : “ fil óso fo é aq uel e em que, sai ndo do mun do das treva s e il usão , bus ca o co nheci men to e a ver da de no mu nd o das idé ia s. De po is el e dev e volta r par a di rig ir as pesso as que não alcan çar am esse po nt o. • “ Te oria do re i- fil óso fo : aq uel a pes so a qu e, pel a co ntemp la ção da idéi as, co nheceu a es sên ci a da just iça de ve gove rn ar a cid ad e” Pl at ão .

Ar ist ótel es: filó sofo greg o (384- 322 aC ) • Afirm ava que o homem, por nat ureza , é um ser so ci al ; não poden do ficar compl et ame nte is ola do de seu s seme lh an tes • A org an izaçã o de uma so cied ad e dev e se r gu iad a pela bus ca de um det ermi nan do be m , co rresp onden te ao s an sei os do s h omen s que a organ iz am. • O be m faz refer ên ci a à co let ivi da de • Ar ist ótel es af irma qu e a orga niza ção so cial ad eq uad a à n atur eza do homem é a polis. • A cid ad e pr ecede ao in div íd uo, po is est e iso lad amen te não é au to-suf ici ên te • Já a fal ta de um in diví du o não d estr ói a cidade “ A polít ica é uma co ntinu ida de da ét ica. A ét ica se di rig e ao be m in div id ual , enqu an to a po líti ca se dir ige ao bem co mu m” A rist ótele s.

• A idé ia de que a polít ica tem co mo objetiv o o bem co mu m, que em Pl at ão se ri a a just iça e em Ar ist ótel es a vid a feli z orie nto u gran de par te da ref lex ão polít ica at é ho je . Teo ria do dir ei to div in o de gove rna r • Ida de Méd ia co m o esf acel ame nto do Impé ri o Ro ma no a Igr eja conso lid ad a- se co mo um po der ex tr apo lí tico • Ci da de dos De us es: co mu ni dad e cr is tã o • San to Ag ost in ho • Cid ad e dos home ns : co mu nid ad e polít ica

• Ao longo da ID. M e part e da Mo der na su rgiu a id éi a de que os gove rna nt es se ria m re pr esen tan tes de Deu s na Terr a • O rei p asso u a ter dire it o divi no de go ver nar

Ma qu iav el, Nico lau (146 9- 1527 ): os fin s ju st if icam os me io s (funda do r do pen sa men to políti co mo de rn o; orige m it ali an a) • Na ida de An tig a a polít ica est ava rel aci onad a co m a ét ica e na Id. M , es sa idéi a per ma ne ceu , mas acr es cida dos va lo re s cr is tã os • Maqu iav el obser vou qu e havi a uma di st ân ci a en tre a políti ca ide al e a re al • O Pr ínci pe (15 13- 15) co m o pr opósi to de trat ar da polí tica ta l co mo el a se dá ( políti ca rea l ) • Pa ra Maq uia ve l o po de r polí tico tem co mo função reg ula r as luta s e ten sõ es entr e os grup os so ciai s • Pa ra Maq uia vel a polí tica não ti nha o objet ivo do bem co mu m e sim da man ut enção do po de r do Est ad o • A ação polít ica nã o ca be nos limi tes do juízo moral, o que impo rta é a ma nut en ção do poder

“ Não po de e nã o dev e um prín ci pe pr uden te ma nt er a pala vr a emp enh ad a qu ando tal obse rv ên cia se volte co ntra ele e haj a des ap ar eci do as razõ es qu e o mo tivar am... Nas açõ es de todos os home ns , e em esp ecial de um prínci pe , os fins é que co nt am.. . Fa ça pois u m prín ci pe tu do pa ra man ter o poder ... ”

“ Os mei os de que se val er ser ão semp re ju lg ad os honroso s e louvad os por todos, po rque o vu lgo (po vo , ma ssa, ma ioria ) at en ta, semp re , pa ra aq uil o que par ece ser e par a os res ul tad os. .. ” Ma qu iave l. O prín cip e.

• Dois foram os filó sofos que tiv er am a honra de ter em os seu s nomes tr ans formad os em adjet ivo s:

Platão : amor platônico Maquiavel: Ele é maquiavélico (sem moral, mau)

• O mér ito de Maq uia vel é ter co mp reen did o que a polí tica , no iníci o da Id .Mo der na se de svi ncula da s es fer a da mo ral e da rel ig iã o, co nst itu indo -se em uma esf er a au tônoma. Ho bb es , Thomas Est ad o so ber ano

(158 8- 1679 ):

A

neces sid ad e

do

• Par a Ho bb es os homen s são por na tu rez a livr e e igu ai s • Co m a evo lu ção da so ci ed ad e os home ns se vi ram obrig ad os a ab an donar a libe rd ad e, e est abe lecer en tre si um aco rdo, um pact o so cial , um co ntra to so ci al • Oco rre ndo a orig em ao Est ad o • Sur ge a te oria co ntr atu ali st a • de aco rdo co m Ho bbe s o ho mem não possu i o insti nto nat ural d e s ocia bi li dad e • Ca da homem en car a seu se mel ha nte um co mo

• “O home m é o lobo do pr óprio home m” • A so lu ção pa ra dar fim a brut al ida de pr imit iva er a firmar um co nt rat o en tr e si • tr ans fer ind o o po der de gove rn ar a si pr óprio pa ra ter cei ro: Esta do • Ho bb es apr esen tou ess a idé ia em su a o br a Levi at ã • Levi at ã: mo nst ro bíb lico des crito por Jó “ .. . Não há pode r sobr e a ter ra que se lhe co mp ar a , pois el e é feit o par a não ter med o de nad a. ” • Par a Ho bb es a única man ei ra qu e os ho me ns tin ham pa ra ins ti tuir um pode r comum er a at rav és do Est ad o • Só o Est ad o er a capa z de ger ar a paz • “ Ao Esta do é inst it uíd o o uso de taman ho pode r e força que o ter ror ass im inspi rad o o torna capaz de

Locke, Jo hn (163 2 -1704 ) conce pção do est ad o lib er al • Co nt rap ondo as idéi as de Ho bbes, que imagi nav a um est ad o de nat ureza mar ca do pel a vi olê ncia e gue rra co ntra to do s, “o ho mem é o lobo do própr io homem” • Locke re fere -se ao est ad o de nat ureza co mo uma co ndição na qua l, pel a fal ta de uma normat iz ação , cad a qual ser ia ju iz de su a pró pr ia cau sa , o que dese ncade ar ia os co nflit os •O Esta do cri ad o par a evi ta r ess es probl ema s • Locke co nceb e a so cie da de polít ica como um mei o de asseg urar os dir eit os na tur ai s e NÃO co mo resu ltad o de uma tran sf er ên ci a do s dir eit os dos indi ví du os par a os gove rn ante s. • Co ncep ção liber al: onde o Est ado dev e regu lar as açõ es entr e os home ns e at uar como juiz nos co nflit os so cia is •Deve fazer iss o gar an tind o a lib erd ad e e dir ei tos

Mo ntesq uieu (16 89- 175 5) : Di vi são funcional dos tr ês pode re s • Re flexã o so bre o ab us o do pode r nas mo nar qu ias, propô s o est ab el eci men to da di vi são do po der polí tico e m trê s instâ ncia: • Exe cutiv o • Legisl at ivo • Ju di ciá rio • “Qua ndo os po der es ficam reu nid os nas mão s de uma só pe sso a ou in st itu ição, Estad o, desa pa re ce a lib er dad e” Ro uss eu , Je an Jacqu e (1 712- 17 76) : leg iti maçã o do Est ad o pel a vo nta de ge ra l • Def ende a idé ia de qu e o único funda men to leg ít imo do po der polít ico é o pact o so ci al • At rav és do pact o so ci al , cada ci da dão , co mo me mbr i de um po vo, CO NCORDA EM SUBMETE R su a VO NTAD E PA RT ICU LAR à VO NTAD E GERAL

• Ca da homem, so men te, dev e obe decer a vontade polí tica se essa f or a vont ade ge ra l do povo • O compr omi sso de cad a cidadã o é co m o seu povo . E somen te o po vo é a fonte le gí tima da so ber an ia do Est ad o • As sim, cad a cid ad ão pass a a assu mi r OBRI GAÇ ÕES em r ela ção a comun ida de po líti ca Ma rx (1818- 18330 e En ge ls (18 20- 189 5) : Est ad o co mo inst ru me nto d e d omi nação de cl ass e • So cie da de hu ma na pr imit iva nã o hav ia Esta do • Quand o ati vi da des ant es ex er cid as pe la co le tiv id ad e tornar am- se pr iva tiv as por um gr upo de pes so a que det inh am a força par a impo r norma s e org an iz açã o à vi da co let iv a: cri a-se o Est ad o • O Est ad o su rge pa ra amo rtece r os co nfli tos so ciai s • Exp lo rado s e os exp lo rado res

• O est ad o nasce do co nfli to de cl asse s an tagô nicas, e por iss o, acabo u se nd o, semp re, rep rese nt ado pela cla sse mai s pode ro sa • Escr avo s na an tigu ida de • Ser vo s no feu dal ismo • Pro let ari ad os no ca pi tal ism o • Par a el es o Est ad o é um inst rume nto de domi na ção de cla sse • Nest e co nte xt o Ma rx e Engel s se dif er en cia dos demai s, pois sua cr it ica ao Est ado , não vi sa atin gi r uma ou out ra forma de gover no, ma s a essê ncia de qua lq uer Est ad o • “O Est ado na sce das desig ual da de s par a ma nt er as desi gua ld ad es”

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