Sobre A Vida (para Publicar)

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Sobre a vida Roberto Adriano Baldessar Zim

Existem vários registros históricos que nos revelam que o homem tem se preocupado, desde o momento em que começou a ter consciência de sua existência, em saber quem é, de onde veio e para onde vai. No caminho da busca das respostas a estas perguntas, os seres humanos contaram e ainda contam, com o auxílio de algumas ferramentas, como a arte, a ciência e a religião, estas duas últimas particularmente, ditas como totalmente imiscíveis, conflitantes e até mesmo antagônicas. Certos povos até desenvolveram conceitos, critérios, métodos que culminaram em uma compreensão mais ampla e profunda do que é viver e qual o real sentido da vida. Algumas dessas culturas, infelizmente, não existem mais. Nossa cultura judaico cristã ocidental herdou, por assim dizer, uma forma de pensamento que em linhas gerais, torna as pessoas um tanto quanto conformistas sob vários aspectos da vida, o que facilitou sobremaneira a atuação de governos e grupos menos preocupados com a condição existencial do homem. Como somos filhos de uma cultura relativamente jovem e ainda não somos completamente conscientes de nossa participação na comunidade em que vivemos, é compreensível que cada um de nós parta para uma busca interior questionando diversos posicionamentos, procurando entender os mistérios da equação complicadíssima que denominamos a arte de viver. Falando em arte, em suas diversas formas, há fragmentos de interpretação da vida, os quais, mesmo que parcialmente alinhados, são capazes de fornecer um esboço do entendimento das palavras que nós mesmos criamos para tentar facilitar esta imensa tarefa. Assim todos os sentimentos que podemos ter: felicidade, saudade, amor, carinho, paz, amizade, bem como suas formas antagônicas, existem em nossas mentes para serem sentidos e não para serem esquecidos ou bloqueados. Como tudo na natureza, eles se complementam e auxiliam na formação do homem em seu conceito integral, completo, pleno, enfim daquele homem que vive. A ciência, por sua vez, tem nos presenteado com várias descobertas que sempre surgiram e ainda surgem como tentativa de resposta sobre um determinado problema. Porém, longe de resolver estes problemas, invariavelmente a resposta nos leva a outras questões, igualmente complexas e difíceis de responder. O que talvez os cientistas não tenham se dado conta, é que já descobriram o essencial: que nosso raciocínio não pode conceber todas as respostas para o fenômeno vida e que esse mistério tem uma só resposta: Deus. Sem querer ser simplista, pelo contrário, percebo que esta resposta nos revela que o modelo de controle social escolhido por nossos ancestrais talvez esteja completamente errado; que as desigualdades sociais que se fazem presentes em todo o globo são fruto da ganância gerada e fomentada por esse sistema de controle; que, se de um lado a idéia de um Ato Criador do Universo se faz cada vez mais “certificada” pela ciência, de outro são revelados macro cosmos e micro cosmos com leis e regras totalmente diferentes; que bilhões de anos ou milissegundos têm sua importância e o que realmente interessa é aquilo que passa em nossas mentes: esta sim nossa realidade, nosso universo particular. Somos, ao mesmo tempo, um indivíduo único e um único indivíduo na vastidão do universo; esta dualidade gera conflitos os quais, repito por necessário, não são nossa

culpa enquanto indivíduos, porém, são nossa culpa enquanto componentes sociais que perpetuam as regras que possibilitam todos esses problemas. A grande pergunta é: se a arte nos revela ensinamentos e exemplos por suas estórias e histórias de tudo o que foi registrado até hoje sobre a vida da humanidade (e os erros são evidentes); se a ciência nos permite quantificar, classificar, analisar, enfim perceber esses erros catastróficos e se as religiões são unânimes em dizer que devemos nos amar e viver em paz, qual o motivo do mundo estar caminhando para a destruição ? A resposta é simples e cruel: não sabemos viver. Estamos repetindo o que nosso mais antigo ancestral fez: destruindo o Paraíso. Temos tudo, somos o mais alto grau de evolução possível em nosso tempo, conhecemos pouco, é bem verdade, mas esse pouco nos permite compreender que somos fracos e que precisamos nos unir para alcançar elevados objetivos e que se nós temos o livre arbítrio, agora é a hora de usá-lo, tomando coragem para dizer um basta a tudo o que é nocivo à humanidade. Galileu era amigo do Papa Urbano VIII; foi perseguido por suas palavras no livro O Diálogo e hoje a Igreja Católica admite que errou em seu julgamento. Na realidade, não interessa quem estava certo. Interessa é que podemos ter uma boa idéia para onde vai o nosso planeta se continuarmos com esta tola obsessão de acharmos que nosso modo de vida é o único possível e que tudo o que temos de fazer é permanecer nesse verdadeiro “conto de fadas” onde os príncipes e as princesas não se dão conta que, para que eles andem em seus belos e escovados cavalos, dancem em suas colossais festas e divirtam-se caçando raposas, é necessário que um grande número de pessoas viva na miserabilidade. Por mais que procuremos nos livros as respostas às três questões fundamentais, não as encontraremos de forma satisfatória, pois, elas estão dentro de nós mesmos, na nossa consciência e por ela devem ser sistematizadas. Os seres humanos são por natureza imediatistas, não param para perceber as coisas ao seu redor, dizem que crêem em algo superior e assim Nele colocam toda a culpa das mazelas mundiais, revelando-se assim, na verdade, incapazes de resolver seus próprios problemas. Por outro lado, Lavoisier já dizia que “Na natureza nada se crea, nada se perde, tudo se transforma”. E do que nós seres humanos somos feitos ? das mesmas moléculas que formam as estrelas. Que possibilidades maravilhosas decorrem disto ! E como será o Universo daqui a Bilhões de anos ? Será que as moléculas que hoje formam o meu corpo, farão parte de outro ser? Não sei. Sei que na luta pela sobrevivência das espécies, se não quisermos ser lembrados por outra espécie dominante qualquer como “aquela espécie humanóide que viveu por volta do período tal”, temos que nos conscientizar que não basta poluir menos, trabalhar menos, gerenciar o planeta ou outro verbo paliativo que os administradores do caos possam inventar. Temos que encarar nosso destino, cultivar nossas mentes com a semente do amor, desenvolver nossas habilidades, esquecer o significado da palavra egoísmo e viver nossas vidas da melhor maneira possível: sendo corajosamente justos e perfeitos. Deus existe. Talvez não tenha aquela forma pintada nos grandes quadros e nem sejam Dele algumas atitudes descritas no Livro da Lei, mas Ele existe. E não devemos crer Nele apenas por uma exigência de nosso Regulamento, mas, sim por uma simples questão de inteligência. Acreditar firmemente nisso talvez seja nosso maior e derradeiro desafio. Fontes: Discovery Channel – várias reportagens Internet : http://www.cobra.pages.nom.br/fm-galileu.html

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