Contextos e Práticas de aplicação do Modelo de Auto‐Avaliação das Bibliotecas Escolares: síntese exploratória
Encontro temático: Avaliação das Bibliotecas Escolares Designação: “Práticas e Modelos de auto‐avaliação das Bibliotecas Escolares” O Modelo de auto‐avaliação nas bibliotecas em Portugal Conferencista: Ross Todd Evidence‐Based practice: Building the Future of School Libraries Conferencista: Kathy Lemaire Finding the evidence: School libraries and self evaluation Conferencista: Nancy Everhart Self Evaluation of School Libraries in the USA Conferencista: David Streatfield Auto‐evaluation School Libraries Model in England De uma forma geral, todos os conferencistas realçaram o papel da auto‐avaliação no reconhecimento da biblioteca na escola e na sua afirmação como centro de construção
do conhecimento. Por outro lado, é também unânime a importância de uma prática sistemática de recolha de evidências. Conferencista: Ross Todd Evidence‐Based practice: Building the Future of School Libraries Ross Todd, pretendendo ressaltar a importância das evidências, começa por assinalar a importância de se passar do paradigma “diz‐me” para o paradigma “mostra‐me” No fundo, para Todd, o objectivo da auto‐avalição é determinar o impacto da Biblioteca Escolar no processo de aprendizagem dos alunos Centrando a sua tese na Evidence‐Based Practice (EBP), Tood distingue Evidence FOR Practice, Evidence IN Practice e Evidence OF Practice e que ele faz corresponder aos três papéis que as BE são chamadas a desempenhar neste novo contexto do século XXI: respectivamente, um papel informativo, um papel transformativo, e um papel formativo Ross também estabelece a diferença entre as evidências recolhidas no contexto tradicional das bibliotecas, em que a ênfase é colocada na informação, e o tipo de evidências quando a ênfase é colocada no conhecimento, isto é, encarando as BE como centros de aprendizagem . Todd enuncia depois algumas tarefas‐chave na Evidence‐Based Practice: Conferencista: Kathy Lemaire Finding the evidence: School libraries and self evaluation Kathy Lemaire começa por fazer a desmontagem do conceito de auto‐avaliação e apresenta sumariamente os modelos escocês e inglês, e pela sua apresentação permite‐se constatar que este último apresenta grandes similutes com o modelo português. Contudo, Kathy Lemaire destaca três aspectos que me parecem fundamentais na aplicação do modelo: • Accountability and transparency • The expectation of continuous improvement • Demonstrating the value of the library Agradaram‐me também as razões que ela apresenta para avaliar a BE, nomedamente: • Desenvolver uma visão partilhada • Transparência • Demonstrar o nosso valor • Apoiar o planeamento de estratégico da escola • Base para desenvolvimento/melhoria • Apoiar o financiamento da biblioteca • Evidências para a inspecção escolar, avaliação externa, etc. • Salário e status • Comparação com nacional/local benchmarks
E termina com algo que em contexto auto‐avaliação nunca podemos esquecer: registar tudo. Conferencista: Nancy Everhart Self Evaluation of School Libraries in the USA Nancy Everhart começa por mostrar as vantagens de um modelo de auto‐valiação nacional e a seguir enumera aquelas que são, em sua opinião, as diferenças entre as bibliotecas portuguesas e norte‐americanas. Apresenta depois o modelo de auto‐ avaliação nos EUA (nacional e estatal) e das dificuldades que existem em aplicar um modelo nacional a um país da dimensão dos EUA. À semelhança dos outros conferencistas, enuncia os tipos de evidências mais comuns. Gostei também do enfoque que Nancy dá à questão da utilização informal da biblioteca e também das sugestões que faz quanto às entrevistas. Conferencista: David Streatfield Auto‐evaluation School Libraries Model in England Quanto à conferência de David Streatfield, confesso que foi a que menos me agradou, talvez porque, sendo a última das presentações, repetiu algumas ideias que já ouvíramos. Contudo, revejo‐me numa das suas afirmações iniciais, a de definição de avaliação: «Doing what you can with the resources that you have», que alerta para a dificuldade de comparar o que é incomparável e de pretender ler os resultados da avaliação à luz de standards nacionais, sem ter em conta o contexto local.