Sintese

  • November 2019
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Psicologia I Objecto de estudo – todos os actos e reacções observáveis bem como os sentimentos, as emoções, as atitudes, representações mentais, fantasias… Toca toda a esfera da actividade humana. Tem como objecto de estudo o ser humano em toda a sua complexidade. Freud: Pai da Psicanálise É em simultâneo uma técnica terapêutica, um método de investigação, bem como um corpo autónomo de conceitos organizados numa teoria. A psicanálise, enquanto terapia, baseia-se nos seguintes procedimentos. - associação livre de ideias - Interpretação de sonhos, recordações, emoções e fantasias - analise dos actos falhados - processo de transferência inerente à relação psicanalítica \ paciente Contributos de Freud : - As suas observações acerca da personalidade humana - A sua teoria da personalidade - O seu tratamento conhecido como psicanálise, ou a analise da psyche.

Freud usou livremente o conceito de mente, sem dar conta das limitações e conclusões que gera. Atribui à sexualidade um papel essencial na vida psíquica humana. Muitos dos sintomas neuróticos estavam relacionados com a

SEXUALIDADE, sendo esta um objecto de múltiplas repressões e obstáculos. Não se limita ao acto sexual entre duas pessoas, é toda a actividade pulsional que tende à sua satisfação.

Ele comparava o psiquismo a um icebergue, cujo volume maior estava escondido. Descreveu este psiquismo como sendo composto de três partes:

O consciente : - que tendo em conta a imagem do icebergue corresponde à parte que se encontra à superfície. É referente ao conjunto de ideias percebidas por nós, presentes num dado momento e que são controladas por nós. O pré – consciente: - É o que facilmente pode ser tomado pelo consciente. Apesar de não ser lembrado rapidamente ascende ao consciente. Corresponde a uma zona flutuante de passagem entre a parte visível e a oculta. Esta zona tanto pode tornar-se consciente como num momento seguinte tornar-se inconsciente. O inconsciente: - Parte em que uma pessoa não é conhecedora mas que pode influenciar o nosso comportamento. Todas as espécies de impulsos, conflitos e experiências podem afectar o nosso comportamento ainda que não tenhamos consciência disso. São representações mentais que estão fora do nosso controle, do nosso campo do consciente e que permanecem praticamente desconhecidas É uma zona do psiquismo constituída por pulsões, tendências e desejos fundamentalmente de carácter efectivo – sexual. Os processos psicológicos mais determinantes ocorrem aqui.

A personalidade segundo Freud é constituída por três sistemas principais. Esta é uma outra concepção que veio complementar e não anular a primeira. Temos:

Id - É inteiramente inconsciente. É o reservatório da energia psíquica instintiva ou pulsional - a Libido. – que o impele a procurar o prazer, em especial o prazer erótico (Principio do Prazer). É a fonte, o substrato das pulsões. Estas com o seu dinamismo próprio influenciam de modo marcante o comportamento humano, pressionando o Ego. Não é regido por preocupações lógicas, temporais ou espaciais. É Amoral. O ser humano nasce apenas com o Id. Ego : - é o núcleo organizado, coerente e lúcido da personalidade. Pode ser também considerando como a instância executiva da personalidade, representante dos interesses da pessoa. Cabe-lhe distinguir a realidade da fantasia e encaminhar a pessoa para as vivências reais. De certo modo rejeita a gratificação imediata do principio do Prazer, orientando-se para objectivos realista a longo prazo. Opera de acordo com o Principio da Realidade, moderando a impulsividade do Id. Tem preocupações lógicas, de espaço e de tempo, assim como de coerência entre a força do Id e os constrangimentos da realidade Representa a razão e tenta conciliar o conflito entre o Id e o Superego. A sua actividade é essencialmente consciente e começa a formar-se no 1 º ano de vida do individuo. . Super – Ego - Constituído por princípios éticos e morais que têm um efeito profundo sobre o comportamento do homem civilizado.

Funciona como a nossa auto censura. É formado logo após o Complexo de Édipo, com parte do Ego. Constituída pela interiorização das imagens idealizadas pelos pais, de valores impostos ao individuo na infância, as regras sociais e pela integração das experiências permitidas e proibidas, tais como foram permitidas e proibidas e das imagens idealizadas dos pais, tomando-se como a base da consciência moral. Força inibitória, sendo essencialmente inconsciente, podendo também ser pré consciente. Censura as pulsões do Id, proporcionando ao Ego uma extraordinária economia do trabalho, evitando-lhe escolhas e renúncias constantes. Age sobre o ego agindo como um filtro entre os conflitos do Id/Ego decidindo sobre o destino das pulsões. Para além do processo de recalcamento, favorece também as sublimações. Jung A personalidade consiste num certo número de sistemas distintos, mas que estão interligados. Os principais são o Ego, o Inconsciente Pessoal e os seus complexos, o inconsciente colectivo e os seus arquétipos.

Sistema de casca de cebola Num camada mais exterior encontramos o Ego, que não é muito diferente da concepção de Freud é a mente consciente em contacto com a Realidade e contém as recordações conscientes e a Consciência. Na camada seguinte o Inconsciente Pessoal. Como está em contacto com o ego os materiais podem ser reprimidos do ego para essa região.

Equivale a um misto do inconsciente e do pré inconsciente de Freud. Os conteúdos aqui existentes são acessíveis à consciência e contém apenas os materiais que chegaram ao inconsciente como resultado das experiências pessoais do individuo e do consciente colectivo. Nesta camada encontramos os Complexos em que cada um se encontra ligado a um Arquétipo. Os Complexos são personificações dos Arquétipos, são os meios como estes se manifestam na psique da pessoa.

Numa camada ainda mais interior encontra-se o Inconsciente Colectivo. Tudo aquilo que o Homem herdou dos seus antepassados. Ao que é herdado deste modo deu o nome de Arquétipo, que é a principal composição deste inconsciente colectivo. Os Arquétipos formam-se em consequência das experiências universais do Homem durante a sua evolução. São símbolos e predisposições para perceber ou actuar de uma certa maneira. Ao centro temos o Self, que influencia todo o sistema e que se encontra ligado ao Ego. Piaget: As suas pesquisas levam a concluir que o conhecimento é um processo interactivo que envolve o sujeito e o meio e que decorre em etapas que foram designadas por estádios de desenvolvimento. Demarca-se das concepções anteriores ao afirmar o carácter activo que o sujeito desempenha no processo de conhecimento. Critica a ausência de rigor cientifico de certos conceitos na teoria psicanalítica A concepção piegetiana tem em contas aspectos biológicos, psicológicos e epistemológicos. O organismo tem ao nascer um

património genético que lhe permite interagir com as experiências que lhe vão acontecendo. O desenvolvimento cognitivo faz-se por mudanças de estruturas através de invariantes funcionais, de mecanismos de adaptação, que são a assimilação e a acomodação. Assimilação – processo mental pelo qual se incorporam os dados da experiência aos esquemas de acção que são estruturas perceptivo motoras que se podem reproduzir e generalizar, ou aos esquemas operatórios, que são estruturas conceptuais marcadas pela reversibilidade mental, já existentes. É um movimento de integração do meio no organismo.

Acomodação – modificação dos esquemas existentes em função das experiências do meio. É um movimento do organismo no sentido de se submeter às exigências exteriores, adequando-se ao meio.

Equilibração - processo que regula os outros anteriores.

Estes movimentos são interactivos. Não há um domínio absoluto de um processo sobre o outro.

Outras correntes: 1 – Concepção Inatista. O sujeito é o resultado das potencialidades transmitidas por hereditariedade. O meio desempenha um papel pouco relevante no seu desenvolvimento. Sujeito meio 2 – Concepção behaviorista O comportamento do ser humano e o seu desenvolvimento dependem totalmente do meio em que o sujeito se encontra inserido Meio sujeito 3 - Concepção construtivista A vida psíquica desenvolve-se através da troca entre o sujeito e o meio, o conhecimento advém das interacções sujeito/objecto. O comportamento do individuo, a inteligência resulta de uma construção progressiva do sujeito em interacção com o meio. As estruturas de inteligência não são apenas inatas, mas o produto de uma continua do sujeito, que age sobre o meio. Comportamento como a manifestação de uma personalidade numa dada situação. R = f ( S P) O comportamento depende da interacção entre a situação e a personalidade do sujeito, não se pode encarar a personalidade independentemente da situação. A personalidade vai-se construindo no contexto do meio, nas diferentes situações vividas pelo sujeito, em que intervêm factores internos e externos.

O modo como a situação é encarada, interpretada, depende também da personalidade e das experiências anteriores do individuo. As situações influenciam a personalidade no sentido em que ela não se vai construindo à custa das situações vividas. A personalidade altera as situações no sentido em que diferentes personalidades captam as mesma situação de diferentes formas, ou seja, a situação é sempre individual.

Factores básicos do carácter – Três factores subjacentes aos temperamentos

Emotividade – É a tendência para sofrer perturbações cuja importância é desproporcionada em relação às causas externas ou internas que lhe estão na origem. Emotivo – o limiar de excitabilidade é baixo pelo que o que para os outros pode não ser nada para este pode provocar uma reacção muito forte. Não Emotivo – é necessário um estimulo muito forte para que haja alguma reacção.

Actividade – é a quantidade de energia que um individuo pode libertar sob a forma de acções, geralmente com vista a fins úteis e por efeito da vontade própria. Não é apenas muscular mas também intelectual. O Activo não precisa de motivação exterior para passar ao acto, há uma pré disposição para despender energia que rapidamente se renova. Tem resistência à fadiga e age com rapidez.

O não Activo necessita de estimulo exterior, age sobre pressão e quando lhe surge um obstáculo, perde o empenho e desiste. Cansa-se facilmente e trabalha com lentidão.

Ressonância das impressões – diz respeito à rapidez e duração da reacção de um individuo em face das situações que afectam o seu psiquismo. Distinguem-se o Primário com reacções rápidas, imediatas mas de curta duração. Está ligado ao presente, ao Hoje de um modo superficial O Secundário com reacções lentas, mas duráveis, vive sob a pressão do passado ou preocupa-se com o futuro. Descontente consigo próprio, quantas vezes sofre de remorsos.

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