Sindical Beta

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Pontifícia Universidade Católica de Campinas

TRABALHO DE PLANEJAMENTO DA DISCIPLINA JORNALISMO SINDICAL

Campinas 2007

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Jonas Furlan RA Rafael Oliveira Jorge RA 06336697

TRABALHO DE PLANEJAMENTO DA DISCIPLINA JORNALISMO SINDICAL

Trabalho apresentado

de à

aproveitamento Disciplina

de

Jornalismo Sindical, ministrada pela professora Márcia Maria Corsi Moreira Fantinatti.

Campinas 2007

SUMÁRIO Introdução_____________________________________________________________1 1 - A importância da comunicação sindical e o jornalista como parte do processo__3 2 - A visita e a pesquisa __________________________________________________4 3 - Resumo da estrutura de comunicação dos sindicatos_______________________6 4 - Relatório do Sindicato:________________________________________________7 4.1 - Sobre a entidade escolhida:...................................................................................7 4.2 -Sobre a imprensa do sindicato................................................................................7 4.2.1 - Sobre a estrutura física / material ..................................................................7 4.2.2 Sobre os recursos humanos envolvidos na produção de comunicação:...........8 4.2.3 - Sobre as os materiais de divulgação da entidade:..........................................9 4.2.4 - Outras atividades de comunicação e relação do sindicato com os veículos de comunicação de massa:...........................................................................................10 Referências Bibliográficas ______________________________________________12

Introdução Nesse trabalho apresentado a disciplina de jornalismo sindical, nosso objetivo é analisar os serviços prestados por jornalistas em um sindicato. Analisar quais os veículos de comunicação utilizados por um sindicato e, principalmente, quais as condições de trabalho que oferecidas ao jornalista. Para isso seguimos a metodologia, apresentada pela docente da disciplina e orientadora do trabalho em questão, Márcia Fantinatti, que consiste na visita ao sindicato designado para levantamento dos dados sobre a estrutura física e de recursos humanos, através de um questionário fornecido pela professora. Questionário, que o reformatamos para dinamizarmos as perguntas em forma de entrevista. O sindicato escolhido por nós foi, na verdade, uma associação profissional, a ADUNICAMP – Associação de Docentes da Unicamp – que vem a ser na prática uma seção sindical que integra o Andes – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. A principal distinção entre a seção sindical e o sindicato, na prática, é a representatividade legal, isto é, em caso de ações judiciais coletivas, as ações judiciais movidas pela seção sindical beneficiam somente os associados a ela enquanto as ações judiciais movidas pelo sindicato beneficiam toda a classe de trabalhadores representada por ela. Deixamos claro aqui que nos referimos a diferença na prática, pois não é nosso foco neste momento discutir essa diferença. Existem disparidades

em

outros

aspectos,

como

os

judiciais1

e

etc.

Escolhemos essa associação por não a considerar “pelega”2, pois acompanhamos com certa proximidade os movimentos sociais realizados pela associação em conjunto com o Fórum das Seis (entidade que reúne os sindicatos de professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas; conta com o apoio das organizações estudantis e hoje é constituído na verdade por sete 1

Vide em

2

Termo depreciativo utilizado no jargão do movimento sindical para se referir aos líderes ou representantes de um sindicato que em vez de lutar pelo interesse dos trabalhadores, defende secretamente os interesses do empregador, ainda que tal atitude seja descoberta, cedo ou tarde. Fonte

1

sindicatos: Adunicamp, STU, Adunesp, Sintunesp, Adusp, Sintusp e Sinteps). Consideramos, apesar de não possuir o status legal de sindicato, muito atuante em sua representatividade de classe e na luta pelas causas e reivindicações dos seus associados na Unicamp uma das mais conceituada universidade do país. Militância que se tornou um dos empecilhos para confecção dessa pesquisa como citaremos a seguir. Mais que representar a classe dos docentes em conjunto com o Fórum das Seis, a Adunicamp defende a produção do saber e a universidade pública autônoma, longe das interferências maléficas do Estado na administração da universidade. É o que percebemos ao analisarmos o processo de gestação da associação. A entidade surge em 1977, período em que o Brasil enfrentava a ditadura militar, e há uma divergência quanto ao motivo de sua fundação, uns dizem que a morte Vladimir Herzog, que alertou e gerou um ganho de consciência em relação aos absurdos malefícios da ditadura, fez com que os docentes se reunissem para formar uma resistência a repressão militar. Outros dizem que motivo foi o fechamento da SBPC, onde seus foros eram o palco para a crítica política ao regime militar, pois até então era a única entidade que reunia docentes universitários. Mas o que se sabe realmente é que a causa que os reuniu em uma associação de docentes não foi a simples defesa da classe em questão. Em um primeiro momento da pesquisa nós (Jonas e Rafael) fazíamos parte de outro grupo, porém para não prejudicarmos o grupo devido problemas em relação ao sindicato que nos fora incumbida a missão de coletar esses dados, formamos outro grupo para

procrastinarmos

a

data

de

apresentação

do

trabalho,

sacrificando parte de nossa avaliação já que não entregaríamos a pesquisa dentro do prazo estipulado. Nosso contato com o sindicato foi muito difícil, mas tínhamos consciência de que não seria uma tarefa fácil desde o principio. Mostraremos a seguir nossa pesquisa e analise dos dados colhidos. Realizamos também uma pré-pesquisa para conhecermos mais sobre a comunicação sindical e o papel do

2

jornalista nesse processo, antes de visitarmos a entidade. O resultado da pré-pesquisa seria nossa introdução, mas compreendemos que seria mais interessante a citarmos como um capítulo em nosso trabalho.

1 - A importância da comunicação sindical e o jornalista como parte do processo “Jornalismo, independentemente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos: leitores, telespectadores ou ouvintes.”3

A comunicação sindical visa a sensibilizar os trabalhadores e empresários para a defesa de seus interesses com o propósito de consolidar suas lutas e conquistas junto aos diversos públicos, como também tem por princípio a mobilização de determinada categoria econômica ou profissional. 4 Para isso, utiliza-se de ferramentas de comunicação em diversos tipos de mídia como o panfleto, o boletim, o jornal, o rádio, a Internet e até a tv. Segundo relatório do IBGE, de 2001, cada sindicato brasileiro utiliza, em média, cinco modalidades de comunicação para informar seus associados e a opinião pública, sendo o rádio a mídia mais cotada (50% das preferências).5 É nesse contexto que deve se enquadrar o jornalista que se dispõe a trabalhar como comunicador em um sindicato. Produzir e difundir informações em quase todas as mídias e, como em toda instituição, administrar a comunicação para o publico “interno” e para setores externos da sociedade. Mas como se comporta o jornalista dentro do paradoxo de atuar em uma instituição militante – que necessita de informar para mobilizar a classe que defende e contestar regimes opressores, e tem na palavra e no discurso sua arma mais poderosa – que estigmatiza o jornalista como um militante da causa defendida pela entidade em que trabalha. Em outras palavras, como encontrar no meio do trabalho de comunicação altamente ideológico, um jornalista e não 3

Clovis Rossi, 1986 IBGE, 2001 5 Vladimir Caleffi Araújo, 2004 4

3

um “propagandista”. Este seria o nosso enfoque da pesquisa além do levantamento dos dados relativos a estrutura do sindicato e rotina do jornalista. Infelizmente não pudemos de certa forma concluir ou completar nossa pesquisa, uma vez que não havia um jornalista responsável pela comunicação e ao mesmo tempo, o entidade foi totalmente avessa a nos fornecer dados relativos as especificidades do trabalho jornalístico executado por eles.

2 - A visita e a pesquisa A primeira dificuldade para executarmos nossa pesquisa, foi o processo de mudança de gestão que o sindicato atravessava no momento da abordagem e logo após a posse da nova diretoria, iniciou-se uma campanha de reivindicação de aumento salarial. Isso aliado à reforma na casa onde funciona a entidade e ao fato de que a diretoria é formada por docentes pesquisadores que ainda não haviam se estabelecido, pois foram empossados há uma semana apenas, dificultou muito a nossa pesquisa. Nosso contato na associação foi o Fernando Piva, estudante de jornalismo que, por questões legais, ainda não exerce a função e cargo de jornalista já que não é formado, mas atua como uma espécie de técnico de produção da comunicação, diagramando ou produzindo os materiais da entidade. Segundo Fernando, a associação tem o objetivo de contratar um jornalista em um breve futuro, pois planejam um novo departamento de comunicação mais atuante e que ultrapasse os limites físicos do campi porque acreditam que a comunicação da entidade esteja limitada. E de fato está. A relação da entidade com os veículos de comunicação em massa é unilateral, cabendo somente aos jornais e agências, regionais e de circulação nacional, contactalos e isso só ocorre quando acontece algo relacionado direto com a educação ou em campanhas, como as salariais. Solicitaram-nos nosso roteiro de perguntas para que fossem lidas e respondidas pelo diretor de comunicação, que me devolveu o questionário preenchido após 3 semanas, alegando falta de tempo devido às atividades que mencionamos anteriormente. Notamos que 4

se demonstraram um tanto quanto ariscos em relação às perguntas relacionadas

ao

profissional

de

jornalismo,

deixando

diversas

questões sem respostas. Não possuem um jornalista contratado. Consideram necessária a contratação de um jornalista freelancer, quando fazem publicações com exigências de editoração e de um jornalista responsável. Contudo, mencionaram a possibilidade da contratação de um profissional para a execução dos serviços de comunicação e a reestruturação desse departamento para atuarem de maneira mais bem focada e abrangente. Com a reestruturação do departamento de comunicação da Adunicamp, almejam “realizar a remontagem da página, mudando completamente a dinâmica da mesma, ou seja, nós vamos realizar um trabalho mais intenso referente a alimentação do site...”6 pois acreditam que “... naturalmente, como um departamento de comunicação ativo, a veiculação e divulgação dos trabalhos do sindicato se tornarão mais visíveis, logo a procura por releases por parte dos veículos de massa se intensificará. É uma aposta do sindicato.”7 Um dos pontos que consideram críticos em relação a falta de um profissional é com a comunicação com os veículos de massa: “Como representamos uma classe que esta ligada diretamente com um dos setores de maior importância para o desenvolvimento do país, a educação, acreditamos que um trabalho em torno da mídia seria o ponto chave. Representamos uma classe de intelectuais, que aparecem na midia quase que diariamente, sendo impressa ou audiovisual. A credibilidade de um sindicato também se deve ao seu reconhecimento dentro de uma certa sociedade, no nosso caso, a sociedade universitária (corpo docente e discente).”8

6

Palavras do Fernando em entrevista aos autores Idem 8 Idem 7

5

3 - Resumo da estrutura de comunicação dos sindicatos Possuem em suas instalações um espaço bastante agradável que conta com uma sala destinada ao setor de comunicação da Adunicamp. Nesse momento o local passa por uma grande reforma o que impossibilitou retratarmos o lugar. Infelizmente não tem um jornalista fixo, mas contam com uma boa estrutura de equipamentos para a produção de materiais comunicacionais. Produzem dois boletins, o “Adunicamp Notícias” e o “Boletim Eletrônico”, que é um boletim que é produzido quase diariamente e é apresentado no site. Os boletins apesar de não possuírem periodicidade definida, apresentam grande freqüência de publicação, chegando a circular, em média, 2 publicações por semana. Contam com boletins especiais eventuais, que possuem uma densidade maior de informações e circulam em casos de informativos específicos, como a divulgação de um novo estatuto por exemplo. O site contém materiais muito interessantes, como um livro com a história da entidade e um livro de comemoração de 25 anos, além das antigas publicações como as revistas da Adunicamp e os cadernos especiais. Disponibilizam no site informações relativas aos convênios e serviços oferecidos aos associados, boletins do Fórum das Seis, informações sobre a entidade como, moções e o estatuto, pautas de reivindicações, e muitas outras informações. No entanto, apenas o Adunoticia (o boletim eletrônico) e a entrada do site que vem sendo atualizados.

6

4 - Relatório do Sindicato: 4.1 - Sobre a entidade escolhida: 1) Nome completo da entidade ADUNICAMP / SEÇÃO SINDICAL– Associação de docentes da Universidade Estadual de Campinas 2) Data de fundação 12/05/1977 3) Endereço/telefone/e-mail Av. Érico Veríssimo 1479 – Cidade Universitária Fone: 35212470 [email protected] 4) Presidente da entidade: Professor Valério José Arantes 5) Diretor de imprensa da entidade: Professor Adolpho Hengeltraub 6) Categoria representada pela entidade: Docentes da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP 7) Número total de trabalhadores da categoria? Desconhece 8) Numero de trabalhadores filiados/sindicalizados: 2.100 associados aproximadamente 9) Qual a base geográfica/territorial do sindicato? Atingimos a cidade de campinas, limeira e piracicaba – cidades que possuem campus da unicamp

4.2 -Sobre a imprensa do sindicato 4.2.1 - Sobre a estrutura física / material 1) A sede da entidade possui, para realização do trabalho de comunicação do sindicato: •

Uma sala (ou espaço) específica para o desenvolvimento de atividades de comunicação

7



Computador conectado à internet



Impressora



Aparelho de fax



Câmera fotográfica



Gravadores (som)

4.2.2 Sobre os comunicação:

recursos

humanos

envolvidos

na

produção

de

1) Assinale por quem são elaborados os principais instrumentos de comunicação da entidade: ( X ) por diretores da entidade ( ) por funcionário (s) (Exemplo: secretária) ( ) por estagiário (s) de jornalismo ( ) por jornalista (s) da entidade ( ) por jornalista (s) em contrato como free-lancer (temporário) ( X ) outro. Especificar: DOCENTES ASSOCIADOS 2) Informar quem é (são) o (s) jornalista (s) atualmente trabalhando para a entidade - indicar o (s) nome(s). Não há jornalista trabalhando diretamente. Quando necessitamos de jornalista contratamos freelancer. 3) Se houver mais de um, detalhar como se dá a subdivisão de tarefas entre eles. Sem informações específicas sobre o (s) jornalista (s) trabalhando para a entidade, pois não há jornalista fixo contratado. 4) Há quanto tempo trabalha para a entidade Não temos jornalista ainda, pois estamos estruturando nosso departamento de comunicação. As questões a seguir não podem ser respondidas devido a falta de jornalista, lembrando que estamos

passando

por

um

administrativa.

8

processo

de

reestruturação

5) Se sempre trabalhou para a imprensa sindical ou se a atuação como jornalista abrange outras modalidades e práticas em jornalismo Não responderam 6) O nome da Faculdade e período em que realizou o curso de jornalismo Não responderam 7) Qual é o salário do (s) jornalista (s)? Qual é a política salarial (forma de reajustes etc.) Não responderam 8) Qual é a jornada de trabalho? Não responderam 9) O jornalista é filiado ao Sindicato dos Jornalistas? Por que? Não responderam

4.2.3 - Sobre as os materiais de divulgação da entidade: •

Produz boletim com tiragem de 3200 cópias sem periodicidade definida



Produz Jornal mural (cartaz), com tiragem de 2000 exemplares sem periodicidade definida



Produz jornal com tiragem de 3200 exemplares sem periodicidade definida



Produz Cartilha ou manual com tiragem de 3200 exemplares sem periodicidade definida



Produz Revista com tiragem de 4000 exemplares sem periodicidade definida



Produz o “Boletim semanalmente.

Eletrônico”

9

e

o

“Adunicamp

Noticias”

4.2.4 - Outras atividades de comunicação e relação do sindicato com os veículos de comunicação de massa:

1) Quanto à regularidade - materiais não possuem certa periodicidade, salvo os boletins eletrônicos. A relação com os veículos de comunicação de massa é a melhor possível e também não possui periodicidade. Como se trata de uma entidade que representa uma classe envolvida diretamente com o sistema educacional do país, a procura por parte dos veículos de massa acaba sendo bastante grande, principalmente em épocas de discussões salariais e políticas educacionais, porém é unilateral onde só a procura por parte dos jornais e agencias. 2) Quanto aos métodos utilizados: Estão em processo de adequação estrutural, física e pessoal, o que implica nesse momento em questões administrativas e de comunicação. Ainda não possuem um trabalho efetivo de assessoria, como envio de releases, press releases, press kit, etc. Pretendem, em um futuro próximo, trabalhar mais intensamente com a imprensa de massa. Mas isso não interfere na procura por parte dos grandes veículos.



O sindicato organiza e mantém um site que fica a cargo do próprio Fernando mas é alterado também pelos diretores e secretários



O sindicato organiza arquivos de exemplares de publicações já distribuídas que fica a cargo do Fernando



O sindicato organiza clipping que fica a cargo do Fernando

Se houver outras atividades desenvolvidas pelo jornalista, descrevê-las:

Sobre as relações entre dirigentes da entidade e o (s) jornalista (s) na execução de suas atividades: Como

o

responsável/jornalista

se

relaciona

com

os

trabalhadores/direção do sindicato para executar suas funções? Como

10

são definidas publicações sindicais? Quem escolhe as pautas? Como são discutidas? Não responderam Existem formas de participação direta dos trabalhadores na execução dos jornais? Isso acontece? Como? O responsável considera essa participação importante? Não responderam O jornalista se sente envolvido de maneira “militante” com as tarefas que desempenha na entidade? sim ( ) Por que? Não responderam

11

não ( )

Referências Bibliográficas ROSSI, CLÓVIS. O que é jornalismo. Brasiliense, São Paulo, 1986 7°edição. IBGE, Pesquisa sindical 2001. Departamento de População e Indicadores Sociais, Rio de janeiro, 2001. CALEFFI ARAUJO, VLADIMIR. O jornalismo de informação sindical no Brasil: atores, práticas e estratégias de produção jornalística. 2004, Disponível em Adunicamp. Adunicamp em defesa da universidade. Disponível em Adunicamp. Adunicamp: 25 anos. Autonomia – Democracia - Participação. Oficina, São Paulo, 2002. Disponível em SITE

WIKIPEDIA Disponível em

12

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