Romanos 8 – uma leitura! por Ariovaldo Ramos Deus não tem mais nada contra os que estão em Cristo, porque os que estão nessa situação têm o poder do Espírito Santo atuando em si, de maneira que não estão mais condenados a viver em estado de rebelião, o pecado não os controla mais. Foram libertos pelo sacrifício de Cristo, tanto da prisão espiritual quanto desse controle. Basta que se deixem conduzir pelo Espírito Santo, que é o que os distinguem como filhos de Deus, que viverão de modo agradável a Deus. Eles ainda têm a velha natureza neles, mas não são mais obrigados por essa natureza a nada, porque a presença do Espírito Santo, neles, manifesta uma nova natureza. É fato que, o que é verdade para a dimensão espiritual não o é na física; ainda morrerão, mas com a certeza da ressurreição. Ressuscitarão porque o Espírito de Deus, que ressuscitou a Jesus, vive neles, por isso eles não são mais prisioneiros da velha natureza; pelo contrário, podem anulá-la e às suas obras. Eles não precisam mais viver de maneira medíocre, são filhos, chamam a Deus de Pai, foram adotados por Ele, e podem viver de acordo com o seu novo estado. Não precisam ter medo, o próprio Espírito é quem lhes garante que são filhos de Deus. Podem acreditar nisso e viver baseado nisso. Sempre que eles forem nessa direção, o Espírito os fará alcançar esse padrão de vida. Eles estão identificados com Jesus, receberão tudo o que Jesus recebeu mas, agora, compartilham do sofrimento de Cristo. Eles o suportam, pois sabem que não dá para comparar com o que receberão. Aliás, toda a criação sofre também porque Deus, por causa do crime da raça humana contra Ele, ao invés de aniquilar a humanidade, submeteu-a ao sofrimento (pôde fazer isso por causa do sacrifício de Jesus Cristo). E o sofrimento humano se estende a todas as criaturas sobre quem o ser humano tinha domínio (Gn 1.28) – daí porque a doença e a morte. Todos, portanto, aguardam o grande dia da ressurreição da humanidade e de tudo o que estava debaixo da mesma. Todo o planeta será renovado. Por isso, é de se esperar que já, agora, os que sabem de sua ressurreição ajam em favor de toda a criação, preservando e restaurando, dentro de suas possibilidades, o meio ambiente. Porque os que aguardam a ressurreição, compreendem a dor das demais criaturas. Eles, os que têm o Espírito Santo, que já saboreiam um pouco da glória futura, confiam que receberão todas as promessas que pertencem aos filhos, e esperam com paciência e certeza. No dia-a-dia contam com o Espírito Santo, que intercede por eles com uma profundidade inalcançável, mas segundo a vontade de Deus, que é transformá-los em pessoas cada vez mais parecidas com Jesus. De modo que, tudo o que lhes acontece, coopera para que cheguem mais perto desse modo de viver. Deus decidiu que faria isso com eles desde antes da criação do mundo – o Pai decidiu que o Filho teria irmãos, passando de unigênito para primogênito, mas que todos os irmãos seriam como o irmão mais velho.
Ninguém consegue ser, de fato, contra eles, porque Deus é por eles. E não tem como eles serem acusados, porque Deus os declarou sem culpa – Ele os perdoou. Deus lhes deu o seu próprio Filho e, com ele, tudo o que eles precisassem para ser como Jesus de Nazaré. Portanto, eles sofrem não porque Deus não os ama, mas porque eles se identificam com Cristo, e sofrem por estarem do lado de Cristo, e por tudo o que faria Cristo sofrer. Mas eles estão prontos! Eles sabem que são ovelhas que estão se identificando com o sacrifício de seu pastor, Jesus. Assim, eles sabem que o amor de Cristo sempre estará com eles ajudando-os a ser mais que vencedores em qualquer sofrimento. A vitória deles não é não sofrer, é não ser derrotado por nenhum sofrimento.