Ceres ocupa novo Campus e alunos agradecem Pág.: 32
Perseverança:
Reitor Luiz Arantes fala sobre metas atingidas e projetos almejados
Santa Isabel:
Administração 2004/2008 Fechamento com chave de ouro Pág.: 09
Pág.: 22
Prefeito Laurismar Borges Batista
editorial No dia 20 de novembro reunimos com a equipe editorial desta publicação para analisarmos o conteúdo de mais uma edição da Revista Provale. O tempo era curto, mas mesmo assim nos propusemos ao desafio, fomos ousados. Teríamos que levantar, reunir e compilar dados num curto prazo! E a ousadia nos mostra o fruto de mais um trabalho. É com satisfação que chegamos ao fim de mais uma edição da Revista Provale. Fechamos o ano com projetos realizados e novas tarefas a cumprir. Mas sem dúvida ao ocuparmos a nossa sede, programada para o dia 13 de dezembro, será enfim, a realização de mais um sonho. Esta publicação, também fruto de sonhos, surgiu da necessidade de comunicação dos fatos e projetos da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ceres na sociedade regional. O nosso foco, com ela, é alcançar o maior número possível de leitores, levando até eles tudo o que acontece dentro da UnU. Nossa intenção, inicialmente, era ocupar um espaço
expediente
que vagou com a ausência de publicações semelhantes outrora realizadas na cidade, porém com a dimensão e alcance da comunicação mais moderna. O projeto da Revista Provale iniciou no ano de 2006 e após várias tentativas, avanços e estudos, configurou-se satisfatoriamente em setembro de 2008. Daí iniciou uma evolu-
ção, se firmando, nesta sua segunda edição, cada vez mais como referência de comunicação, apresentando um crescimento qualitativo, repleto de promessas de prosperidade. É importante frisar que o apoio de nossos colaboradores, cada
Presidente: Cássia Valéria Rodrigues Ramos Vice-presidente: Acylino do Amaral Mariano Tesoureiro: Lázaro Mendonça Machado Filho Administrador: Wanir Pereira Alvim
Colaboração:
Cássia de Sousa Fonseca Meireles Divânio Gomes Ramos Silvia Rodrigues Laignier
Brígida Patrícia Ferreira Célia Romano Mariano Godofredo Sandoval Batista Guthemberg de Souza Borges Leandra Moreira de Santana Milson Vieira de Sousa Júnior Oberdã Fernandes de Lima Patrícia Rodrigues Pereira Selma Suely Carneiro Alvim
Jornalista Responsável:
Fotografias:
Conselho Editorial da Revista Provale:
Dezembro 2008
Divânio Gomes Ramos
Diretor da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ceres
Revista Provale é uma publicação da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Progresso do Vale – Provale. Os artigos e matérias assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores e não representam, necessariamente, a posição da OSCIP/Provale.
Diretoria:
(Redação, reportagens e edição) Naiara Gonçalves Mtb: 39640/SP
um deles, foi imprescindível para que este trabalho chegasse até a mão do leitor que, agora pode se esbaldar de informação, enriquecimento do conhecimento e, por que não, educação. Nesta edição vamos apresentar trabalhos que vêm sendo desenvolvidos dentro e fora da UEG-Ceres. Com esta edição, que visa informar não somente a comunidade uegena, mas toda a sociedade ceresina e sanpatriciense, o leitor terá dicas de saúde, cultura, inúmeros artigos de professores, especialistas e profissionais capacitados, além de entrevistas exclusivas com nosso Magnífico Reitor Professor Luiz Arantes e o presidente do Conselho Estadual de Educação, Professor Marcos Elias. É com imenso prazer que apresento a edição número dois da Revista Provale. Boa leitura
José Afonso Viana, Janio Antônio Vieira, JR Design Studio, FotoGil, Arquivo UEG
Projeto Gráfico José Reinaldo Ap. Machado – JR Design Studio (62) 3093-8028
Impressão e Acabamento Gráfica Rialceres
Tiragem
4 mil exemplares Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Progresso do Vale – OSCIP/Provale Avenida Goiás, nº 605, Sala 05, Centro, Ceres, Goiás, Brasil CEP: 76.300-000 Tel.: (62) 3323-1134 e-mail:
[email protected]
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Cobertura Fotográfica Equipamentos Digitais Becas aprovadas pelo MEC JR Design
Parceria com empresa de convites de formatura com Designer exclusivo e com empresas de cerimonial Representantes em Goiás e Tocantins
Sumário 09 - Santa Isabel: Saúde em dia – Moradores da pequena cidade do interior de Goiás têm um acesso à saúde de qualidade, comparado ao de primeiro mundo
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- Eleições UEG: Continuidade do trabalho recebe apoio de eleitores Terceiro processo democrático reelege o professor Luiz Arantes para o mandato de reitor 2009/12
23 - Música: Nos bailes da vida – Tudo começou por influência do trabalho na rádio Alvorada, de Rialma. Depois disso, nunca mais parou
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- Entrevista: Marcos Elias Moreira – presidente do Conselho Estadual de Educação. História em defesa da educação
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- Produção Acadêmica: Trabalhos trazem benefícios à sociedade – Monografias retratam o que foi absorvido durante os longos anos de aprendizado pelos estudantes da UEG-Ceres
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- Capa: Ceres ganha novo Campus universitário da UEG
35 - Beleza: A vaidade e o ensino superior – Ceres pode ser a próxima cidade a oferecer o curso de superior seqüencial em Gestão das Organizações da Beleza
Seções e matérias
Artigos
03 Editorial 06 Utilidades: Cuidados com a saúde 08 Escola Agrotécnica Federal de Ceres 12 Cursinho pré-vestibular: Tempo de retribuição 15 Contran altera regras 16 Notinhas 18 Entrevista com reitor Luiz Arantes 21 Cultura: Para ler 22 Gestão participativa 58 Fatos e Fotos
36 Sistema de Informação: Ceres – pólo de Informática? 37 EAD – Padronização e utilização do ambiente MOODLE 39 Refletir... Transformar... Avaliar 40 Influências da relação professor/aluno na construção do conhecimento 41 O hábito da leitura nas bibliotecas: jogos literários 42 A responsabilidade é de todos 43 Meio Ambiente e Tecnologia: o que fazer com o e-lixo? 44 Enfermagem: um mercado de trabalho promissor 45 3º Ano de Sistemas de Informação: Dedicação e Profissionalismo! 46 Plano de negócios: fase fundamental para o empreendedorismo 47 UEG desbravando caminhos para o seu conhecimento 48 Minicursos: Pedagogia de sucesso! 50 A UEG sonhada em Ceres 52 Extensão acadêmica: a universidade a serviço da comunidade 54 A Educação Física e os seus desafios 55 Conversando sobre o ato de aprender. Afinal, Aprender é fácil ou difícil? 56 Avaliação da aprendizagem: um dilema educacional
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Utilidades
Cuidados com a Saúde
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis
As Doenças Sexualmente Transmissíveis são aquelas adquiridas através de relações sexuais realizadas sem proteção. Tem-se que destacar que a prevenção é a melhor maneira de se evitar problemas. Várias são as doenças que participam do grupo das DST's dentre as quais destacam-se Sífilis, Gonorréia, Candidíase, Herpes Genital. Porém a AIDS é a DST que mais preocupa cientistas, autoridades e a população em geral. E a melhor forma de prevenção é a camisinha. O Condiloma Acuminado também é uma DST, por sua vez causada pelo vírus HPV. O grande problema é que se não for realizado o tratamento correto a doença pode desenvolver um câncer de colo de útero. Para sua maior segurança consulte seu ginecologista e faça seu preventivo periodicamente.
Cuidado com a meningite
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus ou por bactéria, a qual é a mais comum. A meningite meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis A transmissão é feita pelo contato direto com secreções da garganta ou do nariz de pessoas portadoras ou convalescentes. Estas pessoas liberam os agentes etiológicos no ar que podem ser inspirados por outros indivíduos e causar a doença. Felizmente, os meningococos não sobrevivem muito na atmosfera. Devido à inflamação das meninges ocorrem fortes dores de cabeça, dores no pescoço e nas costas, rigidez na nuca, confusão mental, entre outros sintomas. O corpo assume posturas de defesa contra a dor para evitar o estiramento doloroso dos nervos que saem da medula espinhal. Pode ocorrer ainda aumento ou diminuição do ritmo cardiorrespiratório. As principais medidas profiláticas que devem ser tomadas são: utilização de pratos, talheres e copos bem lavados; dar preferência a utensílios descartáveis; evitar ambientes abafados onde há aglomerações de pessoas; isolamento dos doentes em hospitais especializados.
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Se sentir esses sintomas procure seu médico. Lembre-se: Nunca use remédios sem prescrição médica!
Conheça o diabetes
Diabetes é uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características. Os tipos de Diabetes conhecidos são: Diabetes Mellitus tipo I, Diabetes Mellitus tipo II e Diabetes Gestacional. Os principais sintomas que o paciente que apresenta diabetes desenvolve são sede excessiva, aumento do volume de urina, aumento do número de micções, aumento de apetite, perda de peso, tontura, fraqueza. O desenvolvimento de problemas cardíacos e hipertensão arterial também podem ocorrer, além de sintomas renais, neurológicos, digestivos, ortopédicos, ginecológicos, dermatológicos. Existem situações nas quais estão presentes fatores de risco para a Diabetes Mellitus, conforme apresentado a seguir: Idade maior ou igual a 45 anos; História Familiar de Diabetes Mellitus (pais, filhos e irmãos); Sedentarismo; Colesterol HDL baixo ou triglicerídeos elevados; Hipertensão arterial; Doença coronariana; Diabetes Mellitus gestacional prévio; Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de vida. Todos os pacientes devem realizar atividades físicas manter uma dieta balanceada. Para se evitar a diabetes deve-se manter o peso dentro dos padrões normais, evitar o consumo de álcool e fumo, controlar a pressão arterial e manter a prática regular de atividades físicas.
Hipertensão arterial
A hipertensão arterial é uma doença que ataca os vasos sangüíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar
paralisação dos rins. Considera-se que uma pessoa tem pressão alta quando a pressão arterial mantêm-se freqüentemente acima de 140X90 mmHg. Isso corresponde ao que popularmente chamamos 14X9. Geralmente a herança genética é a responsável pela hipertensão, porém alguns fatores podem desencadear o aparecimento da doença como o consumo de álcool e tabaco, a obesidade, o estresse, o elevado consumo de sal, altos
níveis de colesterol e o sedentarismo. Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito. Podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada, sangramento nasal e dor na nuca. A melhor maneira de se cuidar para evitar a hipertensão arterial é manter uma dieta balanceada, praticar esportes regularmente, aproveitar os momentos de lazer, abandonar o álcool e o fumo
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Acidente vascular cerebral (AVC)
Fotos: Divugalção
Também chamado popularmente de derrame. Possui três tipos de AVC, dentre os quais destacamos o AVC isquêmico, o AVC hemorrágico e o AVC transitório. A hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabetes, tabagismo, hiperlipidemia são algumas das causas que favorecem o desenvolvimento de um AVC. Geralmente é uma dor de cabeça súbita que indica que está acontecendo um AVC. Mas tonteiras, mal-estar,
rial, uma dieta balanceada o abandono do cigarro e de bebidas alcoólicas e a prática de atividades físicas são as principais maneiras de se prevenir um AVC. Ao sentir algum desses sintomas procure rapidamente ajuda médica especializada.
Pratique saúde. Mantenha sua vida em movimento. Alongar é preciso
Praticar atividades físicas com regularidade é a melhor maneira de evitar algumas doenças e prevenir o envelhecimento precoce. Além disso, ajuda a controlar o peso corporal, melhora a disposição geral e até a qualidade do sono. O corpo humano é uma máquina perfeita, que precisa de energia para se manter viva e saudável. Por esta razão sentimos fome e precisamos nos alimentar. Os alimentos contêm as chamadas calorias, que no nosso corpo vão se transformar em energia. Aí que a coisa pega: se você não se movimenta o suficiente e ainda come alimentos com muitas calorias, uma parte se transforma em gordura, que vai se acumulando fora e dentro do corpo (nas artérias, nas veias, no coração, no fígado). Um bom programa de exercícios físicos deve incluir alongamentos, para manter a elasticidade dos músculos e a mobilidade das articulações. Fazer exercícios regulares é a melhor maneira de você se manter jovem, sentir-se jovem e manter-se jovem, além de ter um desempenho melhor em tudo o que fizer. É preciso praticar regularmente, ou seja, no mínimo quatro vezes por semana.
Mitos e verdades sobre líquidos dormência em alguma parte do corpo podem ser os primeiros sinais. Os principais sintomas que aparecem são fraqueza, perda sensitiva, dificuldade de locomoção, distúrbios motores, alterações na fala. O tratamento medicamentoso associado à fisioterapia é a melhor forma de se realizar o processo destinado à cura, além de acompanhamento com psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo, enfermeiro. O controle da pressão arte-
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Mito: Beber água durante aula ou treino físico impede a pessoa de emagrecer Verdade: A perda de água através do suor não significa perda de gordura. Uma pessoa normal necessita de três a quatro litros de água por dia. Uma parte dessa água vem dos alimentos sólidos e a outra parte vem dos líquidos. Deve-se beber água sempre que se sentir sede, inclusive durante os exercícios físicos. Mito: Não se pode beber nada gelado após o exercício no calor.
Utilidades
Verdade: Líquidos gelados são absorvidos muito mais rapidamente do que os quentes, reduzindo assim as chances de desidratação.
Caminhar é preciso
O hábito de caminhar proporciona vários benefícios à saúde, principalmente: Mais disposição para realizar as tarefas do dia-dia; Redução nos níveis de ansiedade e controle de estresse; Aumento da auto-estima e melhora na auto-imagem; Melhora na qualidade do sono e maior grau de relaxamento; Ajuda no controle do peso corporal; Controle da hipertensão arterial moderada e benefícios ao sistema circulatório em geral; Ajuda na preservação da massa óssea e na função dos músculos e das articulações.
Fitness, nutrição e saúde
Fitness:
É melhor fazer uma atividade física de manhã, à tarde ou a noite? Não há evidências que comprovem que um dos períodos seja mais benéfico. O importante é adequar a atividade física à agenda de forma que não seja quebrada em sua seqüência nem que a alimentação e o descanso interfiram no desempenho. Nutrição: Para uma melhor função intestinal, diminuição das taxas de açúcar no sangue e controle do colesterol é recomendável ingerir alimentos integrais, pois são ricos em fibras. Porém, seu consumo deve ser balanceado por possuírem alto teor calórico. Saúde: Quer reduzir o risco de ataque cardíaco? Pratique atividade física regularmente e mantenha o consumo de ácidos graxos ômega 3 e gorduras monoinsaturadas em sua dieta. Eles ajudam a combater os níveis de LDL, colesterol ruim. A dica é trocar os óleos de cozinha por azeite extra virgem e acrescente linhaça às suas refeições.
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Escola Agrotécnica
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Escola Agrotécnica Federal de Ceres-GO Rodovia GO 154, Km 03, Zona Rural, Caixa Postal 51,CEP: 76.300-000, Ceres-GO Fone: (62) 3307-7100 - Fax: (62) 3307-7111 HomePage: www.eafce.gov.br
I SIMPÓSIO DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE DO VALE DE SÃO PATRÍCIO O I Simpósio de Agricultura e Meio Ambiente do Vale de São Patrício, promovido pela Escola Agrotécnica Federal de Ceres, aconteceu nos dias 5 e 6 de novembro de 2008, no Centro Cultural, em Ceres, GO. Realizado com o intuito de discutir assuntos relevantes para a agricultura e meio ambiente, o evento abordou temas relacionados às fontes e produção de bioenergia, às consequências ambientais geradas na obtenção de bioenergia, além de algumas atividades agrícolas direcionadas a pequenos produtores, como produção de mudas de espécies nativas, sistemas agroflorestais, uso da água na agricultura e PRONAF Florestal. Ministraram as palestras no evento: Prof. Erwing Bergamo – CEFET Urutaí, UNED Morrinhos; Prof. Paulo Scalize – UFG; Kamyro Bastos - Usina Jalles Machado; Prof. Virgílio Erthal – EAFCe; Prof. Igor Oliveira - Escola Técnica de Brasília, Job Vanderlei - SEAGRO, Miguel Castro - Banco do Brasil de Ceres. Cerca de 400 participantes prestigiaram o simpósio, enriquecendo-o com perguntas aos palestrantes. A EAFCe considera que o I Simpósio de Agricultura e Meio Ambiente do Vale de São Patrício atingiu aos objetivos propostos, visto que houve uma ampla discussão de assuntos referentes aos temas apresentados. Dessa forma, esperamos dar continuidade ao evento com o II Simpósio de Agricultura e Meio Ambiente em 2009. Cleiton Mateus Sousa Professor de Agricultura da EAFCe
MOSTRATEC – MOSTRA INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA A Escola Agrotécnica Federal de Ceres participou da MOSTRATEC – Mostra Internacional de Ciências e Tecnologia, realizada entre os dias 27 de outubro e 01 de novembro de 2008 no campus da Fundação Escola Técnica Liberato em Novo Hamburgo – RS, com o projeto ANÁLISE DA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NOS COMPLEXOS SULCROALCOOLEIROS DO VALE DE SÃO PATRÍCIO – GOIÁS , de autoria dos alunos Jáliston Júlio Lopes Alves, Guilherme Henrique da Costa Nunes e Walysson Bernardo Rodrigues dos Santos, orientados pelo Professor José Carlos Moreira de Souza. Na classificação geral o projeto foi o 11º melhor avaliado e na categoria meio ambiente, foi contemplado com o 4º LUGAR, recebendo certificado e medalhas. O projeto também recebeu outra premiação: foi selecionado para participar da MILSET 2008, em TUNIS – TUNÍSIA. A MILSET é a mais importante feira de ciência jovem do mundo. José Carlos Moreira de Souza Professor de Geografia da EAFCe
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Santa Isabel
Saúde em dia
Moradores da pequena cidade do interior de Goiás têm um acesso à saúde de qualidade, comparado ao de primeiro mundo
Santa Isabel é uma típica cidadezinha do interior. Tranquila, acolhedora e bucólica, a cidade de apenas 26 anos tem como principal atividade econômica a agricultura e o serviço público. De manhãzinha é comum ouvir o canto dos pássaros e até o mugido do gado das fazendas que rodeiam o lugar. As casas dos moradores estão acomodadas em volta da praça central, toda arborizada, onde se encontra a Igreja Matriz. Tudo é o retrato da paz. Longe da violência dos grandes centros urbanos cresce uma população que recebe os visitantes com toda alegria. Ali é comum o morador abrir as portas e chamar quem é de fora para um café. Situada na região do Vale do São Patrício, a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2007 da pacata Santa Isabel, localizada há 187 quilômetros da capital goiana, era de 3.485 habitantes, e a área é de 17 quilômetros quadrados, o que resulta numa densidade demográfica de 0,34 hab/km�. Seus limites são os municíDezembro 2008
FotoGil
Prefeito Laurismar e Primeira Dama, Dona Rosa
Inauguração do Centro de Reabilitação “Vó Nega”
Magna Rodrigues de Santana. “A estratégia saúde da família foi implantada no município em 2001 e está fazendo história na cidade”, afirma a profissional. Com o Centro de Reabilitação Casa Verde, também conhecido como Centro de Reabilitação “Vó Nega”, funcionando desde julho deste ano, Santa Isabel é referência na qualidade de serviços oferecidos na área da saúde. O lugar proporciona atendimento ao público nas manhãs das segundas, quartas e sextas-feiras por
meio de uma equipe composta por recepcionista, fonoaudióloga, fisioterapeuta, psicóloga e assistente social. A reabilitação desenvolve-se no acompanhamento de pacientes que possuem alguma necessidade especial temporária e/ou permanente. Com média de 35 atendimentos por período de funcionamento, o Centro de Reabilitação Casa Verde tem capacidade para 50 acompanhamentos diários, o que pode contabilizar mais de 400 atividades no final de cada mês. A psicóloga e coordenadora da Casa Verde, Cláudia do Amaral, afirma que com o quadro efetivo de profissionais é possível oferecer um atendimento de qualidade àqueles que procuram os serviços de reabilitação nos seus vários aspectos físicos, cognitivos e psicológicos. Segundo ela, com as parcerias estabelecidas, principalmente com as áreas da educação e assistência social, já se podem perceber alguns resultaFotoGil
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pios de São Luís do Norte ao norte, Goianésia ao leste, Jaraguá ao sudeste, Rianápolis ao sul, Rialma ao oeste e Nova Glória ao noroeste. E trabalhar em prol dos moradores dessa cidade foi o principal objetivo do prefeito Laurismar Batista Borges, em seus dois últimos mandatos. Na cidade, a odontologia é parte integrante do Programa Saúde da Família (PSF). Os cuidados com a Educação e Saúde, Promoção da Saúde e Atenção Básica fica sob a responsabilidade da odontóloga
Drª Cláudia Amaral
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Santa Isabel
Foto: JR Design
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dos animadores. “Um deles foi a física e coordenadora do projeto, visita da Vila São Bento Cotolengo Dalila de Souza. Os objetivos esde Trindade, referência quanto à pecíficos do programa, de acordo assistência, confecção de hortecom ela, são levar conhecimento ses, próteses e facilitadores de losobre as formas corretas de aloncomoção – como cadeiras de rogamento, importância de se fazer das e de banho – que poderão ser aquecimento para iniciar a ativioferecidos aos pacientes que nedade de acordo com cada grupo, cessitam”, aponta. praticar qualquer atividade esporO Centro de Reabilitação é tiva diariamente pelo menos 30 financiado pelo próprio municíminutos, três a quatro vezes por pio, possui interface com as áreas semana, selecionar atividades físida assistência social, educação fíca de acordo com a idade adeHidroginástica sica e educação, além de fazer quada de cada grupo. Segundo parte da equipe do Programa de do paciente, encaminhamento ela, palestras sobre hábitos aliSaúde da Família como eixo de médico e cartão do Sistema Único mentares são ministradas esporatratamento de patologias eviden- de Saúde (SUS). dicamente. E para o próximo ano, tes. “Essas parcerias favorecem a ‘O Centro Poliesportivo deve ser implantado o projeto de garantia e melhoria em hidroginástica, com pisseus atendimentos”, diz cina aquecida, para gruCláudia. Entre as atividapos semelhantes ao des oferecidas estão o programa já existente. O grupo de alongamento – Centro Poliesportivo é direcionado aos paciendotado de sanitários tes com problemas na comasculino e feminino, luna –, grupos de sociaalmoxarifado, copa/colização – voltado aos frezinha, parque infantil, qüentadores da reabilitaduas piscinas (adulto e ção como forma de meinfantil), campo de lhoria de sua auto-estima areia, campo gramado e compartilhamento de Centro Poliesportivo para society e pista para situações vivenciadas –, caminhada com 8 grupos de orientação pedagógica Geraldo Gonçalves Pinheiro tam- quilômetros de extensão. A implantação do Centro – proposta desenvolvida em bém é outro espaço que traz beneparceria com a secretaria de fícios à saúde dos moradores de de Referência de Assistência Soeducação municipal –, além dos Santa Isabel. O espaço oferece ati- cial (CRAS) é outro benefício ofepróprios atendimentos indi- vidades físicas comunitárias, e recido aos moradores da cidade. viduais realizados pelos profissio- desde sua inauguração, em feve- Inicialmente foi inserido com nais. Para receber atendimento, reiro deste ano, já atendeu basta que o interessado apresente mais de 200 pessoas. cópia dos documentos pessoais Atualmente conta com um grupo de 120 beneficiados que recebem atividades físicas direcionadas. “O trabalho é feito com grupos de hipertensos, diabéticos, obesos, dislepidémicos, idosos e jovens acima do peso”, cita a educadora Atendimento no Centro de Referência Hidroginástica 10
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Santa Isabel
Foto: JR Design
Foto: JR Design
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dual/municipal, bem como os critérios de seleção, forma de ingresso e documentação exigida; cursos profissionalizantes; oficinas; atividades sócio-educativas e reFanfarra creativas; cadastro e recursos próprios da prefeitura e, avaliação sócio-ecoa partir de julho deste ano, passou nômica; reuniões; ena contar com bens oferecidos por caminhamento aos Play-ground - Escola Municipal Fidelis Rodrigues da Silva meio do Programa Apoio Integral programas/projetos sociais e (PETI), no período da tarde e a à Família (PAIF), repassado pelo acompanhamento familiar e insti- Educação de Jovens e Adultos (EJA), à noite. Dentro do PETI está Ministério do Desenvolvimento tucional. Social (MDS). A sede atende hoje A Escola Municipal Fidelis o projeto da Fanfarra, que teve início em março deste ano e está todas as exigências do MDS e composta por 100 intedesenvolve ações voltagrantes e 70 instrumendas às famílias que se tos, comandados pelo encontram em vulneraprofessor Ademi Soares bilidade social. de Oliveira. O trabalho é deEm homenagem a senvolvido por uma padroeira da cidade, equipe multiprofissioSanta Isabel, o prefeito nal: assistentes sociais, inaugurou no dia 4 de psicopedagoga e psicójulho, dia da santa, a loga, que trabalha inteFonte Santa Isabel, locagrada com as Secretalizada bem na entrada rias Municipais, além de da cidade. Além de ser buscar parcerias com as Sala de Aula - Escola Municipal Fidelis Rodrigues da Silva um presente ao municíentidades que atuam na Rodrigues da Silva é mais uma das pio e seus devotos, a estrutura de área social para atingir um obras reestruturadas pelo atual mais de três metros de altura enpúblico maior. governo. Apesar de já existir há 12 feita a entrada da cidade, dando O CRAS de Santa Isabel trabalha no sentido de mudar a anos, o prédio e tudo que ele as boas vindas aos visitantes que forma de atendimento assisten- oferece foi aperfeiçoado e reinau- por ali circulam. cialista para uma política social gurado em maio deste ano. Além de direito. Para tanto, busca escla- de atender 56 recer ao público que procura a crianças na faixa unidade os seus direitos enquanto etária de 4 a 7 cidadãos, trabalhando sempre anos, em três sacom uma metodologia direciona- las de aulas divida à participação das famílias em didas em jardim todas as atividades implementa- e alfabetização, das. Os principais trabalhos ofe- no prédio ainda recidos pelo CRAS, atualmente funciona o Prosão: prestar esclarecimentos sobre grama de Erradios programas/projetos desenvol- cação do TrabaFonte Santa Isabel vidos pelos governos federal/ esta- l h o I n f a n t i l Dezembro 2008
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pré-vestibular
Tempo de retribuição
Estudantes universitários se unem e abrem à comunidade cursinho pré-vestibular a fim de oferecer um futuro cheio de oportunidade a todos que está no 6º período de Enfermagem, o cursinho é bem direcionado ao vestibular da UEG e o pré-requisito básico para que um vestibulando faça parte do programa é ter interesse e boa vontade em aprender, além de vir da rede pública de ensino médio. “Nosso traProfessores ministram aulas balho é voluntário, por conforme aptidão isso temos que contar com o respeito, a atenO curso pré-vestibular “Integração e a curiosidade dos alunos para deção da UEG”, parceria entre os Centros senvolvermos bem nossa tarefa de enAcadêmicos de Sistema de Informação e sinar”, afirma. O cursinho funciona de Enfermagem da UEG-Ceres e a diretoria da instituição é um projeto promissor que visa dar oportunidade de estudo de qualidade a toda sociedade de Ceres e região. Com início na segunda quinzena de outubro, o cursinho se estendeu até o final de novembro, sendo realizado de segunda a sábado, das 13h30 às 17h30. Seu principal objetivo é aprimorar os estudos de alunos que concluíram o Ensino Médio na rede pública de Assiduidade é Ceres e região, capacitando-os a ingres- pré-requisito básico sar em uma universidade. Na parceria entre a UEG e os estudantes uegeanos, a forma gratuita, cabendo aos vestibulaninstituição de ensino superior entra com a dos contribuir apenas com sua presença parte estrutural (salas de aula e equipae participação. “O que mais impressiona mentos) e os universitários são responsáa equipe de acadêmicos que estão presveis por ministrar as aulas e oferecer o tando esse serviço nobre a sociedade é o conteúdo programático. “Nós também sentimento de reconhecimento dos alurealizamos o trabalho de ir até as instituinos do esforço de todos envolvidos nesse ções de ensino médio públicas e divulgar processo de educação”, diz. Segundo nosso trabalho. Sempre tem interessados ele, trata-se de um curso bem concentraa fazer parte do programa”, conta Wallado em que o professor pega exatamente ce Lisboa, um dos coordenadores do aquilo que cai no vestibular e aplica em cursinho e estudante do 2º ano do curso sala de aula. de Sistema de Informação. Ele explica que O cursinho ainda não dispõe de não existe um processo seletivo dos aluapostilas, mas os universitários usam a nos para ingressar no cursinho, por encriatividade para buscar provas já apliquanto, basta procurar a nova sede da cadas em vestibulares e simulados, apriUEG, onde as aulas acontecem e, em morando o conhecimento dos vestibuseguida, fazer parte do programa. landos. “As aulas são divididas por apConforme apresenta o outro cotidão. Aquele professor que tem mais haordenador do projeto, João Paulo Lago, bilidade com português ministra a disci-
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plina”, exemplifica João Lago, que acrescenta que o cursinho não cobra taxa de inscrição ou mensalidade. “Na realidade, o estudante não vai ter nenhuma despesa aqui”, antecipa. O projeto conta ainda com o apoio do diretor da entidade, Divânio Gomes Ramos, e do coordenador do curso de enfermagem Milson Vieira de Sousa Júnior. “Colher bons frutos, ou em outras palavras, oferecer ensino de qualidade atrelado a participação assídua e aprovação em vestibulares de peso no cenário nacional, inclusive a própria UEG, é o objetivo de todos os membros da fantástica iniciativa”, declara Milson Júnior. João Lago diz-se emocionado em poder contribuir com essa ação para a sociedade, e acredita que esse ousado projeto veio para ficar de vez. O acadêmico Marcus Vinicios de Alencar Barbosa, também do 6º período de Enfermagem cita a importância da educação, “pois este é o caminho e o futuro de uma nação que é recheada de grandes talentos e que não são bem aproveitados pela falta de oportunidades como esta”. Wallace Lisboa destaca a importância em disponibilizar o cursinho para a sociedade, em razão da dificuldade dos alunos em freqüentar cursinhos preparatórios particulares.
João Paulo Lago, Prof. Divânio Ramos e Wallace Lisboa
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Continuidade do trabalho recebe apoio de eleitores
Terceiro processo democrático reelege o professor Luiz Arantes para o mandato de reitor 2009/12
Luiz Arantes é reeleito reitor da UEG com 61,16% dos votos
A comunidade universitária da Universidade Estadual de Goiás (UEG), composta por professores, servidores técnicoadministrativos e alunos, foi às urnas no último dia 31 de outubro para escolher, entre cinco candidatos, quem iria administrar a Instituição por mais quatro anos. Esse foi o terceiro processo democrático para a escolha do reitor, que teve grande participação, mesmo o voto não sendo obrigatório. O reitor Luiz Antônio Arantes foi reeleito com 61,16% dos votos válidos, o que representou em números reais 13.223 votos, e vai gerenciar a UEG até 2012. Em segundo lugar ficou o professor Olacir Alves, com 24,98%, com 5.399 votos, segui-do de Augusto Fleury, com 11,11%, 2.403 votos, Edson Carareto, 0,91%, com 196 votos, e Eurípedes Monteiro, 0,59% dos votos, ou seja 128. Dezembro 2008
Conselho Universitário homologa resultado Passada a eleição, a Comissão Eleitoral Central divulgou o resultado para a comunidade universitária, aos candidatos, ao governador Alcides Rodrigues e ao Conselho Universitário. A homologação do resultado do processo eleitoral aconteceu no dia 8 de novembro, em Caldas Novas, durante a 49ª Plenária do Conselho Universitário. Participaram representantes de todos os segmentos da comunidade universitária. Após a homologação unânime, o Conselho Universitário deu posse acadêmica ao reitor para um mandato de quatro anos (2009/12).
Em Porangatu o reitor frisou que o objetivo das visitas era fortalecer o caráter democrático da universidade
Em seu discurso, Luiz Arantes agradeceu o trabalho da Comissão Eleitoral Central, das comissões locais e de todos os dirigentes, professores, servidores técnico-administrativos e alunos que, nas palavras do reitor, “construíram juntos a proposta de gestão para os próximos quatro anos”. O reitor ressaltou também o respeito ao princípio demo-
eleição UEG
Por Dirceu Pinheiro crático na universidade. “Fiz questão de pedir e não de exigir o voto, em respeito à liberdade de expressão que deve existir dentro de uma instituição que forma”, afirmou durante a cerimônia. Luiz Arantes explicou também que, assim como a proposta de gestão foi elaborada pela comunidade universitária, pretende conduzir os rumos da UEG com a participação de todos. “É impossível consolidar a Universidade sem lutar pelos direitos de quem a constrói”, disse. Para ele, o gestor da UEG precisa ter três qualidades: humildade, conhecimento e compromisso com a instituição. “Minha esperança se renova quando vejo no rosto de cada um o desejo de continuar e lutar pelo processo de consolidação da UEG. Que Deus nos dê saúde, sabedoria, humildade e simplicidade nessa nova gestão que se inicia”, resumiu.
Balanço da eleição A presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC) da UEG, professora Maria Salette da Trindade Rebelo, responsável pela condução do processo eleitoral que resultou na reeleição do reitor Luiz Antônio Arantes, com a preferência de 61,16% do total de votantes, fez um balanço do trabalho realizado desde que foi 13
eleição UEG
instituída a comissão pelo Con- Goiás (Ipasgo), órgão responsável Reitor agradece votos selho Universitário da Universi- pelo repasse dos números dos serdade, no dia 15 de setembro. vidores e docentes aposentados. Após divulgado o resultaA Comissão encerrou o do, o reitor Luiz Arantes publitrabalho de totalização dos votos cou no Portal da UEG nota de no dia 5 de novembro, conforme agradecimento pelos votos reprevia o calendário eleitoral. Em cebidos e se comprometeu em seguida, encaminhou o resultado trabalhar com a comunidade ao reitor eleito, aos demais canuniversitária no sentido de condidatos, ao governador Alcides solidar a Instituição. Rodrigues e ao Conselho Univer- Luiz Arantes: “por onde passei nessa campanha recebi “Mais uma vez a escolha do apoio e carinho de toda a comunidade universitária” sitário. reitor se deu de forma demoJuntamente com o resulta- Salette elogiou ainda a postura crática, com a participação de todo final, a CEC divulgou também dos cinco candidatos que colo- dos os segmentos da comunidade a lista de votos por unidades e caram seus nomes à disposição da universitária da UEG, distribuída pólos, com a quantidade de votos comunidade universitária. por 42 unidades e 15 pólos, preválidos, nulos, brancos e também Para ela, a UEG sai “ama- sentes em todas as regiões do as abstenções, que ficaram em durecida e fortalecida neste ter- Estado. torno de 38%. “Considerei nor- ceiro pleito eleitoral, por ter conAgradecemos a todos os mal a taxa de abstenção. A comu- tado com candidatos que cum- gestores, professores, servidores nidade universitária soube res- priram a legislação eleitoral”. A técnico-administrativos e alunos, ponder ao chamado, tendo em presidente da Comissão destaca que nos receberam com carinho vista que o voto na UEG não é que o trabalho em conjunto e de durante a campanha eleitoral e, obrigatório”, salientou Maria sobretudo, aos que depositaram Salette. confiança em nossa proposta. Segundo a presidente, a Passado o pleito, esperaeleição foi um grande desafio mos contar com o apoio de toda para a instituição, que contou a comunidade universitária para, com um universo de mais de 28 juntos, continuarmos a luta pela mil pessoas aptas a votar. “Tive- Diretores, coordenadores e estudantes participam consolidação da UEG, instituimos dificuldades que só foram da construção do plano de gestão do professor Luiz Arantes ção que é patrimônio dos goiasuperadas com muito trabalho e equipe das comissões eleitorais nos e representa muito para o dedicação tanto da Comissão locais e da comissão central foi desenvolvimento do Estado. Eleitoral Central quanto das co- fundamental para o sucesso do Muito obrigado.”, escreveu em missões locais instaladas em todas processo eleitoral na UEG. nota Luiz Antônio Arantes, atual e as unidades e pólos universitários. “Aproveito a oportunidade para próximo reitor. Nossa maior dificuldade foi a agradecer a dedicação de todos coleta de informações para com- que se dispupor um banco de dados com os seram com afinnúmeros de eleitores da Univer- co a esta tarefa sidade”, apresentou. de fazer um traSalette esclareceu que foi balho isento e um trabalho manual que contou transparente em com o repasse de informações das prol da demoUnidades e pólos, da equipe da cracia na UniGerência de Recursos Humanos, versidade”, de acordo com a folha de paga- agradeceu. mento do mês de setembro, e também do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de 14
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Mudanças visam melhorar a formação dos condutores e reduzir o número de acidentes de trânsito
Por Wender Borges
A Resolução 285, de 29 de gras previstas pela resolução 168/04, veicular de 15 pa-ra 20 horas aula. “Várias ações têm sido dejulho de 2008, publicada pelo todavia, alunos matriculados até 31 senvolvidas para a conscientização Conselho Nacional de Trânsito de dezembro de 2008, em cursos reda população, mediante atividades (Contran) em agosto de 2008, altera gulamentados pela resolução em viconjuntas com o Detran, SEST/ as regras dos cursos de formação dos gor, terão asseguradas todas as conSENAT e outros. Projetos de extencondutores de veículos automotores dições nela estabelecidas. O Programa Educando e são e abordagens sob formas de e estará em vigor a partir de 1º de Valorizando a Vida (EVV), responblitzes educativas são feitas, mas os janeiro de 2009. O curso teórico, sável há quase três anos pelas avaliaresultados ainda não são satisfatóatualmente com 30 horas aula, pasções, teórica e prática, em todo terririos”, diz Silma Julia, ex-diretora do sará a ter carga de 45 horas aula. Já o tório goiano, verificou aumento sigEVV e atual Pró-Reitora de Extensão, curso de direção veicular, hoje com nificativo na procura por Carteira Cultura e Assuntos Estudantis da carga de 15 horas aula, terá 20 horas Nacional de Habilitação (CNH). SeUniversidade Estadual de Goiás, óraula. Com as modificações, o gundo a direção do Programa, que gão ao qual o EVV está diretamente Contran objetiva melholigado. “Em Goiás, todos rar a formação dos conduos examinadores são protores e, consequentemenfessores da UEG e temos te, reduzir o número de primado pela qualidade acidentes de trânsito. Para dos serviços prestados, isso, a resolução 285 preonde o candidato consevê que o curso teórico gue ser aprovado medianaborde questões como a te, e tão somente, por médireção de veículos em sirito seu. Já a nova resolutuação de risco, equipação é uma importante fermentos de segurança do ramenta de auxílio para a condutor motociclista, conscientização do concondução de motocicletdutor, gerando mudanças as com passageiro ou carnecessárias e benéficas Blitzes educativas são feitas, mas os resultados ainda não são satisfatórios. ga e o consumo de bebida para o cotidiano do trânalcoólica e substâncias sito goiano e a oportunipsicoativas. dade para a continuidade dos trabasurgiu da parceria entre a UniversiSegundo a resolução 285, lhos outrora iniciados”, conclui a dade Estadual de Goiás (UEG) e o passa a ser permitido que o curso de Pró-Reitora. Departamento de Trânsito do Estado prática de direção para motocicletas de Goiás (Detran), dentre os motivos seja realizado em via pública, tão lomais citados pela go seja verificado que o candidato população para CENTRO DE FORMAÇÃO DE tenha pleno domínio do veículo. Insjustificar a grande CONDUTORES CERES truções preliminares serão dadas em demanda, está a circuito fechado e o monitoramen“Direção certa para o seu futuro” ampliação das to, em via pública, será realizado pehoras aula no curlo instrutor em outro veículo. Os canso de formação de Marco Antônio dos Santos didatos, no entanto, deverão realizar condutores, onde - Diretor Geral a prática de direção mesmo em cono curso teóricodições climáticas adversas, como por técnico passa de exemplo, na chuva, nevoeiro ou noi30 para 45 horas Rua 16 n.º 31 - Centro - Ceres - GO te. aula e o curso práCEP 76.300-000 (62) 3307-1021 A resolução 285 altera as retico de direção
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Imagem Ilustrativa: Internet
Contran altera as regras
contran
notinhas LABORATÓRIO DE SOLOS DA ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CERES - EAFCe A EAFCe possui papel relevante na difusão do conhecimento e da tecnologia para a agropecuária na Região do Vale de São Patrício. O uso constante do solo, sem o emprego de técnicas adequadas, pode fazer com que extensas áreas dessa região, onde a escola está inserida, entrem em processo de degradação, diminuindo a sua produtividade. Nesse sentido, os programas tecnológicos que envolvam o diagnóstico das condições físicas e químicas dos solos são de grande importância para a racionalização do uso de corretivos e fertilizantes, de forma a melhorar a fertilidade e a produtividade dos solos, sem comprometer o meio ambiente. Nessa perspectiva, em breve, a EAFCe colocará à disposição da comunidade do Vale de São Patrício, um Laboratório de Solos, onde serão realizadas análises das características físicas e químicas do solo, tais como: textura, pH, teor de macronutrientes entre outras, bem como análise de calcário. Dessa forma, o produtor não precisará enviar as suas amostras para outros municípios, obtendo os resultados com menor custo e rapidez. Para maiores informações entre em contato com a Escola pelo telefone (62) 3307-7100 ou pelo email:
[email protected].
Criação Comercial de Animais Silvestres na EAFCe
A EAFCe iniciou a criação comercial de capivaras visando explorar o potencial zootécnico da espécie, levando em conta sua importância no contexto ambiental. Esses animais são criados no sistema semi-intensivo, indicado para pequenas e médias propriedades que objetivam aumentar sua renda. Nosso interesse também em criar essa espécie é desenvolver novas técnicas de manejo para serem empregadas em futuras criações em cativeiro ou populações naturais, promovendo estudos comportamentais, nutricionais e reprodutivos, auxiliando na preservação da espécie. As capivaras estão colocadas numa área de aproximadamente 1,3 ha., formando grupos fechados, onde temos um macho dominante, diversas fêmeas aparentadas, filhotes e machos subordinados, que normalmente são periféricos ao grupo. O criadouro da EAFCe possui água corrente de boa qualidade e disponibilidade durante o ano todo, proporcionando condições ambientais adequadas para atender às necessidades básicas dos animais tais como: beber, banhar, copular e proteger-se contra predadores.
Nova lei de estágio O governo brasileiro, com o propósito de conceder maiores oportunidades de aprendizado e capacitação aos jovens estudantes, aprovou a nova lei do estágio (11.788 de 25/9/08) obedecendo as seguintes determinações:
Jornada diária máxima de seis horas e semanal de 30 horas; Concessão de bolsa e auxílio-transporte; Concessão de recesso remunerado; Prazo máximo de estágio de dois anos.
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Agradecimento pelas parcerias Durante vários anos pudemos contar com a grande colaboração das Instituições de Ensino das redes Pública: Colégio Estadual Hélio Veloso; Escola Municipal Pequeno Príncipe; Colégio Estadual São Tomaz de Aquino; Escola Municipal Zé Ferino Dutra; Colégio Estadual Rui Barbosa; Colégio Estadual Virgílio do Vale e Escola Agrotécnica Federal de Ceres. As escolas da cidade de Ceres e Rialma nos garantiram a realização de aulas durante o tempo em que a Instituição aguardava a definitiva entrega das novas instalações da Universidade Estadual de Goiás – UnU Ceres. É com grande alegria e satisfação que agradecemos a todos os diretores, coordenadores e colaboradores, de todas as instituições as quais nos serviram, por tanto tempo e com tanta presteza.
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notinhas Alunos de Sistemas de Informação se destacam em concursos Em busca de estabilidade, milhares de brasileiros tentam todos os anos uma vaga no serviço público. A garantia de salário até o fim da vida leva profissionais com carreira e emprego a se dedicarem às apostilas dos concursos. Os alunos do 4º ano do curso de Sistemas de Informação, Douglas Rolins Santana e Edivan Carneiro de Castro, foram aprovados no concurso da Escola Federal Técnica de Uruaçu, instalada no interior de Goiás. E Danilo Donizeth Mendonça Silva, também estudante do 4º ano, passou no concurso do Banco do Brasil e CEF.
Eleição para coordenador No dia 26 de novembro os professores Milson Vieira de Sousa Junior e Guthemberg de Souza Borges foram eleitos para ocupar os cargos de Coordenadores do Curso de Enfermagem e Sistemas de Informação, da UEG - Unidade Universitária de Ceres, respectivamente. Seus mandatos vigorarão nos anos de 2009 e 2010.
UEG vai à comunidade Dia 26 de novembro iniciou-se nos laboratórios da UEG – Unidade Universitária de Ceres uma campanha social que visa a saúde da mulher. Na ocasião os alunos do Curso de Enfermagem, orientados por seus docentes, realizaram exames preventivos ginecológicos. A campanha se estendeu até a primeira semana de dezembro.
Monografias com gosto de formatura Via de regra, pode-se definir uma monografia como um texto ou artigo explicativo, sendo que todas as monografias apresentam um conteúdo específico relacionado a um tema concreto. A própria palavra “monografia” advém de mono – um e grafia – tema = monografia. Há um passo para o sucesso, os alunos do curso de Sistemas de Informação defendem seus projetos e monografias para conclusão do curso neste final de semestre. Em breve, parte dos artigos serão publicados nas futuras edições da Revista Provale.
Cultura e conhecimento
Incentivados pelo professor Danival os alunos do segundo ano de Enfermagem apresentaram peças de teatro envolvendo cultura, comédia e os conhecimentos adquiridos na disciplina de farmacologia. Parabéns pela iniciativa.
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entrevista
Trabalho vencido pela persistência e perseverança Em entrevista exclusiva à Revista Provale, o reitor da Universidade Estadual de Goiás, Luiz Antônio Arantes falou sobre uma gama diferenciada de assuntos, abordando desde a redução feita pelo Estado de repasse de verbas à instituição, como projetos realizados e almejados, até dicas para os formandos contratarem empresas que prestam serviço de colação de grau.
Luiz Antônio Arantes - Reitor da UEG
Revista Provale: O senhor poderia falar sobre a redução do Estado de repasse de verbas e quais as medidas serão tomadas diante dessa redução do governo? Como fica a situação do ensino superior estadual? Luiz Arantes: O que está sendo proposto pela emenda parlamentar, na verdade, não é uma redução de verba. É uma definição no processo de transferência de recurso para a universidade, definindo, 0,25% do orçamento do Estado para a manutenção da UEG. A universidade tinha uma mesada anteriormente definida em R$ 150 mil, mas isso nunca chegou a ser concluído 100%. Ela chegou a apenas R$ 15 mil por mês e depois a zero. Assim que nós assumimos a reitoria, fomos buscar junto ao governo, através do secretário da fazenda, Jorcelino Braga, esse pleito da manutenção da UEG. E ficou ajustado com ele R$ 600 mil por mês para manutenção da universidade, o
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que tem sido cumprido rigorosamentenção, e não para investimento e te desde o nosso acerto. Nesses R$ pessoal. 600 mil incluímos o fundo rotativo Tivemos várias reuniões com das unidades, que é o recurso para a equipe técnica da Secretaria da sua manutenção diária, serviço Fazenda, com o líder do governo, dede vigilância e outros serviços putado Evandro Magal, e com o proimprescindíveis para o positor da emenda que é o deputado funcionamento da UEG Wellington Valim, expusemos as no seu dia-a-dia. nossas preocupações e também nosSabemos que sa compreensão no sentido de que quando se fala em definindo que esse percentual é apedefinições orçamentánas para manutenção, na verdade a rias para as universidades, universidade sai ganhando financeinão podemos esquecer que elas ramente, porque o que tem sido resão instituições permanentes e é passado hoje para as ações de mafundamental que se garanta legalnutenção da universidade, que é da mente esse percentual, porém, ordem de R$ 600 mil, isso iria para mais importante ainda, o cumpriR$ 1,4 milhões, aproximadamente. mento financeiro. Porque não basta Isso contribuiria para melhorar o funapenas ter assegurado na lei, na do rotativo, ampliar as atividades no Constituição, não concretizando isso setor básico da universidade que são junto à universidade para atender a as suas ações estruturantes, que disua necessidade de manutenção zem respeito à manutenção. investimento e pessoal. O que discuA assembléia ainda não votou, timos, quando o deputado Wellingo deputado pediu vistas do processo e ton Valim apresentou a emenda, e eu estamos acompanhando de perto, me posicionei contrário, conforme prestando as nossas contribuições e estava a redação na primeira versão, fazendo a defesa da universidade. é que de fato, que se ficasse apenas 0,25% para a universiCARTUCHOS E TONNERS PARA IMPRESSÃO REMANUFATURADOS dade, ela na verdade se inviabilizaria, e EPSON isso o deputado já concordou em mudar a redação, destinando o percentual de 0,25 apenas para sua manu-
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entrevista Mas também compreendendo que o governo precisa fazer adequações nas despesas do Estado. Mas não está aí a proposta de redução de investimentos na universidade, apenas uma adequação para que o Estado também não fique apenas maquiando aquilo que propõe na lei e não cumpre efetivamente dentro da universidade. Compreendemos também o espírito do governo no sentido de procurar dar essa transparência e li-sura nos investimentos públicos. RP: O senhor poderia, então, avaliar as atividades da UEG em 2008, se foi possível alcançar as metas traçadas para o ano? Poderia traçar as perspectivas e projetos para 2009? LA: Eu e toda a comunidade acadêmica sabemos do quadro da universidade da época em que eu assumi a reitoria, há pouco mais de dois anos. Era um quadro extremamente preocupante. Trabalhamos no sentido de viabilizar a instituição naquele momento crítico. Isso era a primeira meta nossa e essa meta foi alcançada ao longo desses dois anos. Especificamente, o ano de 2008 foi um dos melhores anos para a universidade, no que diz respeito aos recursos para investimento e manutenção. E algumas conquistas também na esfera federal, como por exemplo, emendas parlamentares, que pela primeira vez a universidade consegue colocar emendas com chances reais de tirar esses recursos hoje da ordem de R$ 3 milhões para investimento em bibliotecas e laboratórios. Estabelecemos também como diretrizes para 2008 fazer uma série de ajustes em procedimentos internos, como desburocratizar processos para dar mais agilidade às ações da universidade, discutir internamente a universidade sobre seus horizontes futuros e isso tudo foi realizado durante esse período. Então na nossa avaliação, no ano de 2008, atingimos as metas propostas. E uma dessas metas era assegurar à realização democrática da escolha
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do dirigente da universidade, que foi realizada em outubro, a eleição para reitor e que aproveitamos também o espaço para agradecer toda a comunidade acadêmica pelo apoio recebido na ordem de 62% dos votos. Mas esse compromisso nosso permanece. Temos também a conclusão de obras em 2008, como é o caso da unidade em Ceres, a ampliação de laboratórios realizadas em Ceres e outras unidades universitárias. Continuaremos buscando incansavelmente a realização de outras obras que estão em andamento. Com certeza o ano de 2009 será o ano que estaremos concluindo essas obras, mobiliando todas elas, como já iniciamos no ano de 2008, com aquisição de mobiliários (cartei-
Continuaremos buscando incansavelmente a realização de outras obras que estão em andamento. ras, mesas, armários, data-shows para os cursos, computadores – temos uma ordem de serviço de 1,2 mil máquinas, sendo que 300 já foram licitadas recentemente), prover as unidades de veículos novos no de 2009, dando assim maior comodidade para os dirigentes, servidores e professores nos seus deslocamentos, investir em laboratórios e bibliotecas como está previsto em nosso plano de trabalho e esses procedimentos já foram tomados para busca de licitação de livros e equipamentos precisos ao provimento dessas necessidades dentro da universidade. E esperamos também que o ano de 2009, o Estado não tenha sofrido partes mais consistentes dessa crise
econômica mundial e continue investindo dentro das unidades universitárias como fez durante o ano de 2008.
RP: Existe também o projeto de instalação de incubadoras. Como funciona esse projeto e qual a importância dessas incubadoras para gestão da UEG? Além de Ceres, quais cidades têm o projeto em andamento? LA: Dentro dessas ações previstas já na nossa gestão, a política de incubação de empresas dentro das universidades ela tem ganhado corpo durante o ano de 2008 e com certeza estará mais robusto no ano de 2009. A incubadora de empresa é um procedimento interessante porque promove um espaço para os acadêmicos desenvolverem atividades bastante específicas voltadas para a melhoria da qualificação da sua área de escolha profissional, bem como na inserção no mercado de trabalho. E algumas das nossas unidades já estão determinadas a receber as incubadoras de empresa nas mais diversas áreas de atuação. Uma delas é a unidade de Ceres, e o professor Divânio Ramos tem feito uma discussão permanente junto à universidade a o Sebrae – que é um parceiro nosso –, para concluir os procedimentos e implantar já em 2009 incubadora de empresa na unidade de Ceres. Outras nove incubadoras de empresas estão previstas. Mas esse é um processo que vai ampliar onde houver neces-
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entrevista
RP: Falando de um outro assunto, encerramento de ano é comum os universitários formandos contratarem empresas para cuidar das celebrações da formatura. O senhor poderia falar sobre as principais preocupações e precauções que devem ser tomadas quando as turmas forem fechar os contratos? LA: Todo final de curso é um momento de alegria para os nossos acadêmicos, porque é uma fase conclusiva de uma etapa definida através de um processo seletivo. Para a universidade fica a saudade deles, dessa fase da graduação e a felicidade deles estarem definitivamente entrando para o mercado de trabalho com uma qualificação diferenciada. Da nossa parte enquanto gestor da univer-
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sidade fica os nossos cumprimentos pela presença e contribuição dos acadêmicos durante os 3, 4 e 5 anos que permaneceram na instituição. Mas fica também a recomendação principalmente àqueles que se organizam em comissões para escolherem as empresas que prestam serviços no período da colação de grau. Não temos nenhum direito de
“...recomendamos que antes de fechar qualquer contrato verificar primeiro a idoneidade da empresa, sua tradição, dos serviços prestados, da qualidade desses serviços...”
sagem que o senhor deixa para a comunidade uegeana neste fi-nal de ano? LA: Queria dizer ainda que a Universidade Estadual de Goiás apesar de muitas críticas que às vezes recebe, é normal e natural. Ela é uma universidade jovem ainda, vai comemorar seu 10º aniversário no ano que vem. A exemplo de universidades centenárias, também tem problema e é criticada, mas também é uma universidade muito respeitada pela comunidade goiana, tem prestado um excelente trabalho, não só como universidade que forma para as várias áreas profissionais, mas também para vários segmentos diferenciados do nosso Estado: como para o agronegócio, para segurança, para a indústria. Eu queria dizer ao povo goiano e a comunidade acadêmica em geral que a UEG é uma instituição que caminha hoje a passos largos para sua consolidação. E essa consolidação passa por momentos de embates, debates, mas principalmente pela realização de seus objetivos primordiais que é a busca do ensino de qualidade, pesquisa por excelência e da extensão que intervém na transformação da sociedade. Esse é o nosso desejo, e também desejar aí um Natal com muita paz e saúde e um Ano Novo festivo com muita esperança e muitas realizações a toda família uegena.
intervir nesse processo de escolha das empresas a serem contratadas para as atividades festivas e para o ato da colação de grau, mas recomendamos que antes de fechar qualquer contrato verificar primeiro a idoneidade da empresa, sua tradição, dos serviços prestados, da qualidade desses serviços, porque isso é muito importante. Já tivemos notícias de alguns inconvenientes, mesmo na nossa instituição, quando esses serviços não foram cumpridos de acordo com o estabelecido em contrato. Quanto da nossa parte, o que recomendamos é isso: cautela, verificar com que já teve essa experiência, se aquela empresa pode realmente ser contratada porque presta bom serviço, se ela cumpre o cronograma acertado, se tem boa referência no mercado. No mais é desejar a todos os formandos uma belíssima festa, comemorar junto à sua família, a co����������T������� munidade e exercer efetivamente a O Arroz Tio Jorge, deseja sua profissão no Boas Festas e Feliz Ano Novo mercado.
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sidade. E estamos buscando outras parcerias também para 2009, que são parcerias nacionais e internacionais. Devemos instalar um centro de cooperação internacional, importante para manter o intercâmbio entre professores, alunos, servidores e também um intercâmbio cultural, que tivemos oportunidade através de uma cooperação celebrada entre a UEG e a universidade de Portugal, o qual vai promover a oportunidade de alunos da UEG, da unidade de Goiás, uma visita àquele país, àquela instituição. E ampliar também as nossas ações na área da formação, como os mestrados e a implantação dos nossos primeiros doutorados. Essas também são metas nossas para 2009 a 2012 que é o período da nossa gestão, assim como os concursos públicos, que estamos finalizando o primeiro de 475 vagas para professores e, assim que aprovado o plano de cargo e vencimento administrativo, abrir o primeiro concurso para os técnicos administrativos para as universidades. Então são ações que nós perseguimos e estamos em fase conclusiva agora.
a todos os clientes
RP: Qual a men-
e consumidores!
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Para ler
Comunicação nos diferentes contextos da enfermagem Autores: Maguida Costa Stefanelli, Emilia Campos de Carvalho Editora: Manole Data da Publicação: Maio 2004 A Série Enfermagem busca facilitar o acesso ao conteúdo do programa de formação do enfermeiro, incorporando práticas pedagógicas compatíveis com os recursos de saúde e de educação. Para isso, foram convidados professores e profissionais com experiência nas áreas de educação, assistência e pesquisa para ensinar os processos específicos do cuidar em enfermagem. Ao investir dessa maneira na divulgação dos conhecimentos da prática da enfermagem, esta série certamente produzirá um grande salto qualitativo no cenário da saúde. A Comunicação nos Diferentes Contextos da Enfermagem convida o leitor a refletir sobre o uso da comunicação na prática assistencial dos enfermeiros. Nesta obra, as autoras abordam teorias da comunicação humana utilizadas em enfermagem, conceito e estratégias da comunicação terapêutica, bem como fatores que podem impedir sua utilização adequada, mostrando a necessidade de associar o conhecimento em comunicação com as demais competências do enfermeiro. 1ª Edição. Número de páginas: 159 Desenvolvendo Aplicações Web com NetBeans IDE 6 Autor: Edson Gonçalves Editora: Ciência Moderna Data da Publicação: Março 2008 Nesta obra, com uma abordagem ilustrada através de exemplos, incluindo estudos de caso, o leitor aprenderá: Como instalar o NetBeans IDE, configurar e utilizar servi-
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dores de aplicações Web; A criar páginas dinâmicas utilizando JSP, Servlets, JSTL, tags customizadas e padrões de desenvolvimento como MVC e DAO; A desenvolver utilizando frameworks como JavaServer Faces, Spring e Hibernate; A criar projetos EJB 3 utilizando a Java Persistence API (JPA); A gerar e consumir Web Services através do NetBeans; A utilizar o Visual Web JSF (antigo Visual Web Pack) com acesso a dados; A integrar o Visual Web JSF com Spring e Hibernate; A trabalhar com AJAX através de plugins integrados ao NetBeans; Como desenvolver aplicações utilizando Rails 2.0.2 com Ruby ou JRuby; De brinde, no CD-ROM, 200 páginas a mais contendo seis capítulos extras. Governança de TI: Tecnologia da Informação Autores: Peter Weill e Jeanne Ross Editora: M. Books Data da Publicação: Janeiro 2005 Você está obtendo resultados suficientes de seus investimentos em Te c n o l o g i a d a Informação? Um grande número de iniciativas de TI tem fracassado em proporcionar os resultados essenciais que as empresas esperavam. Neste importante livro, os especialistas Peter Weill e Jeanne W. Ross explicam por quê e mostram exatamente o que as empresas devem fazer para colher os reais frutos de seus investimentos em TI. Em “Governança de TI”, os autores mostram como conceber e implementar um sistema de direitos decisórios que enderecem três questões fundamentais - Quais decisões devem ser tomadas para garantir um uso e uma gestão apropriados da TI? Quem deve tomar estas decisões? Como tomá-las e monitorá-las? Com suas ilustrações vividas de sistemas de governança usados pelas empresas de melhor desempenho nos setores público e com fins lucrativos - incluindo a Du Pont, a UPS, a UNICEF, a State Street Corporation, a Motorola e a Panalpina -, este livro oferece um framework e ferramentas para customizar um sistema de gover-
nança de TI. 1ª Edição. Número de páginas: 290 Bullying Escolar – Perguntas e Respostas Autores: Cleo Fante e José Augusto Pedra Editora: Artmed Data da Publicação: Março 2008 O bullying é uma das formas de violência que mais cresce no mundo e é causa de grande sofrime nto. Sã o meninos e meninas expostos às mais diversas situações repetitivas de humilhações, constrangimentos, apelidos jocosos, intimidações, difamações. Como conseqüências, encontram-se o comprometimento da saúde emocional, da qualidade das relações interpessoais, da construção da cidadania e, principalmente, da ruptura no processo educacional, podendo ser apontado como uma das causas dos elevados índices de evasão e retenção escolar no País. 1ª Edição. Número de páginas: 132 Déficit de Atenção e Hiperatividade e as Funções Executivas - Autor: Saul Cypel - Editora: Lemos Editorial Data da Publicação: Janeiro 2007 Este livro é dirigido a todos os profissionais, que lidam com crianças, sejam professores, pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, pediatras, neuropediatras e outros. É principalmente dirigido aos pais, para os quais foi escrito de forma a tornar a leitura acessível e informativa; estes muitas vezes, encontram-se aturdidos diante de referências diagnósticos e expressões técnicas qualificando seus filhos e certamente encontrarão os devidos esclarecimentos nos capítulos que se seguem. 3ª Edição revisada e ampliada. Número de páginas: 135
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Foto: Cristovam Filho
cultura
gestão
Em busca do ensino democrático
Educadores e estudantes discutem gestão como fator fundamental para apredizagem nas instituições de ensino “A participação é a forma de cursos, principalmente ligados as ficarmos diretamente verificando coáreas da saúde. mo as coisas estão sendo feitas, nos Assim, a gestão educacional inteirando do que é feito com o dipode envolver uma gestão particinheiro público e termos poder de depativa, democrática e educativa. cisão sobre isso. É poder contribuir, Conforme conta a vice-diretora da ser sujeito na construção de políticas. UEG-Ceres, Silvia Rodrigues Não é só para controlar a corrupção, Laignier, o trabalho é realizado em mas pelo direito que todo cidadão conjunto desde o início da instituitem de ter acesso e influência sobre ção. “Tudo sempre foi discutido de os recursos públicos.” Essa é a idéia forma bem democrática, um respeide gestão participativa defendida pelo cientista político Sérgio Baierle. A palavra gestão é sinônima de administração. Toda e qualquer empresa necessita de uma administração, mas a prática gerencial pode ser muito mais abrangente atingindo as instituições educacionais. Com o objetivo de propiciar às instituições de ensino uma administração Membros do Conselho Acadêmico eficiente, que colabore qualitatitando a idéia do outro”, recorda. “O vamente para as demais atividades item fundamental de uma gestão pardesenvolvidas, a gestão participativa ticipativa é ter idéia de que essa é vem ganhando cada vez mais espaço uma gestão de transparência”, frisa. dentro dessas instituições, superando Juntos, os integrantes planejam avao antigo pensamento que apenas liações, métodos didáticos, eventos. empresas necessitavam de gestão e Enfim, tudo o que estiver relacionado que instituições educacionais não ao processo de ensino/aprendizadeveriam utilizar desse tipo de persgem. E este planejamento é feito atrapectiva. vés do Projeto Político Pedagógico A gestão participativa da (PPP), que tem o objetivo de orientar UEG-Ceres como é concebida atuala todos, tanto na construção quanto mente, perpassa por uma transforda aplicação efetiva das ações. “A mação. Dela, participam os seguintes gestão é o carro-chefe de toda e integrantes: diretoria, secretários, coqualquer institui-ção ordenadores de curso, funcionários e educacional. Mas hoje, universitários de escola. Estes profisidentificamos que muitas sionais estão envolvidos para efetivar pessoas não sa-bem de uma unidade de ação no estabelecisua importância e de sua mento de ensino, voltada para a visibilidade. A ges-tão construção de excelência, em torno tem que ter uma visão dos seus objetivos. Eles se reúnem toglobal e específica”, afirdas as quartas-feiras no período da ma Silvia, apontando que tarde para discutir projetos e o desenjá teve representações volvimento da instituição. O resulque colaboraram muito tado disso foi a implantação de novos para o processo de
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formação da uni-versidade. “A educação, assim como a sociedade, passa por grandes mudanças. E é preciso se adaptar a essas mudanças. Para isso é necessário rever a gestão das empresas como um todo, em especial das instituições de ensino, já que, hoje, recai na formação humana, uma formação mais holística. O ser humano precisa ser conhecedor dos seus direitos e deveres. E o gestor é o grande articulador desta mudança”, frisa. A participação de todos é fundamental, uma vez que cada um representa sua categoria e traz as reivindicações do segmento, todas atendidas por prioridade. “Podemos dizer que há uma harmonia entre os participantes, o que nos viabiliza chegar aos nossos objetivos”, acrescenta. Além do conselho, ela ressalta que existe a congregação, composta por todos os funcionários da unidade, corpo docente, corpo discente e associações representativas de diversos segmentos da comunidade. A congregação se reúne uma vez por ano para apresentar os objetivos alcançados e traçar perspectivas para o futuro. “Qualquer projeto de aprovação de curso, passa pela congregação, que tem por objetivo atender os interesses em comum da sociedade ceresina”, finaliza.
Dezembro 2008
A vaidade e o ensino superior
beleza
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cologia, Ética e Legislação, Estética Capilar, Microbiologia e Imunologia, Nutrição e Educação Alimentar, Empreendedorismo, Colorimetria e Marketing Pessoal. Atualmente, o curso se encontra disponível na Universidade Estadual de Goiás nas Unidades Universitárias de Goiânia, no setor Laranjeiras, Aparecida de Goiânia, Inhumas, Jussara, Quirinópolis, e, brevemente, em Ceres. Vale ressaltar que para implantar o curso nestes municípios, a participação de entidades de classe foi fundamental. O apoio em prol dos atuais e futuros profissionais da beleza veio do Núcleo da Beleza, da Rede da Beleza, da Associação dos Profissionais da Beleza do Estado de Goiás (Aprobel), Associação dos Esteticistas do Estado de Goiás (Apego) e Sindicato dos Profissionais da Beleza do Estado de Goiás (Sindibeleza). O representante da categoria no Poder Legislativo, o deputado Luis Cesar Bueno (PT), defende que na Europa e Estados Unidos, para abrir um salão de beleza é como se fosse inaugurar uma farmácia. “Lá é necessário um profissional com nível superior, enquanto aqui não existe essa necessidade”, disse em audiência pública, em Brasília. Para ele, o curso garante um profissional de beleza que além de ser gestor do empreendimento, saberá utilizar
os produtos certos para as ocasiões certas. A Unidade Universitária de Ceres, com o interesse de atender a todos os profissionais do município e região, realizará por meio de uma pesquisa um levantamento da demanda para viabilizar a implantação deste curso na cidade. “Com o surgimento de um consumidor com elevada exigência e um mercado necessitando a cada dia buscar a qualificação profissional, o curso superior se tornou um processo natural e necessário”, afirma a coordenadora pedagógica da UEG-Ceres, Leandra Moreira de Santana. Foto: Cristovam Filho
A atenção direcionada a imagem pessoal, a estética e a beleza tornou-se, nos últimos anos, um pensamento constante que atinge boa parte da população mundial. Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Brasil é hoje o terceiro mercado de beleza no mundo, e o setor já movimenta no País uma quantia considerável de R$ 15,4 bilhões/ano, sendo que os cuidados com os cabelos ocupam a primeira posição em gastos. Atualmente, há mais de três milhões de cabeleireiros no País. São aproximadamente 400 mil salões de cabeleireiros. Atentos a todas estas tendências, o Curso Superior Seqüencial em Gestão das Organizações da Beleza é destinado a todos os profissionais que atuam ou desejam atuar na área da beleza, abrangendo esteticistas, cabeleireiros, manicuras e pedicuras que já atuam no setor e desejam aprimorar conhecimentos e habilidades técnicas. Seu objetivo é formar profissionais em nível superior, especializados no conjunto de técnicas que valorizam a beleza. Além disso, este público passa a adquirir conhecimento multidisciplinar nas áreas de gestão, marketing, finanças, logística, química e biologia. No conteúdo do curso constam disciplinas que integram técnicas profissionais e relações humanas, como Introdução à Psi-
Imagem Ilustrativa: Internet
Ceres pode ser a próxima cidade a oferecer o curso de superior seqüencial em Gestão das Organizações da Beleza
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entrevista
Marcos Elias Moreira
Presidente do Conselho Estadual de Educação
Foto: José Afonso Viana
História em defesa da educação
Marcos Elias Moreira, 42 anos, nasceu no município de Jandaia (GO). Estudou sempre em instituições públicas de educação. Passou pelo Grupo Escolar Presidente Kennedy (Palmeiras de Goiás), Colégio Estadual de Palmeiras de Goiás, Colégio Estadual Dom Pedro I (Amorinópolis), Colégio Estadual Elias Araújo Rocha (Iporá), Universidade Federal de Goiás (graduação em Ciências Sociais e mestrado em Educação), e Centro Federal de Educação Tecnológica (especialização em Inovação Tecnológica). Participou do movimento estudantil, onde exerceu diversos cargos, inclusive o de presidente da União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE). Foi chefe de gabinete da deputada Denise Carvalho, então presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa de Goiás. Também foi Chefe de Gabinete e Superintendente de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Secretaria de Ciência e Tecnologia, na gestão do secretário Gilvane Felipe. Está desde 2006 coordenando a política de Ensino Médio da Secretaria de Educação. Lecionou na UEG entre o
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período 2000 a 2008, principalmente nos cursos de formação de professores. Foi Secretário Geral da Estatuinte que elaborou os principais documentos da UEG e também integrou o Conselho de Curadores da Fundação Universidade Estadual de Goiás. É conselheiro do Conselho Estadual de Educação onde, atualmente, exerce a presidência no terceiro mandato. Já exerceu a presidência da Câmara de Educação Superior do CEE. Dentre os inúmeros processos que relatou, destaca-se o de recredenciamento da UEG. Marcos Elias Moreira tem uma história construída em defesa da educação pública em Goiás. É um apaixonado pela escola pública, onde sempre estudou. É mestre pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Em sua dissertação de mestrado aborda justamente a Educação Superior em Goiás, com um capítulo especial sobre a Universidade Estadual de Goiás, instituição que ajudou a fundar. A UEG também fez parte da bandeira de luta do jovem estudante e militante estudantil Marcos Elias Moreira. É sobre a UEG que o professor e presidente do Conselho Estadual de Educação Marcos Elias Moreira fala nesta entrevista. Revista Provale: O senhor é formado em Ciências Sociais. Por que resolveu fazer mestrado na área de educação e tendo como objeto de estudo a UEG? Marcos Elias: Desde minha passagem pelo então Segundo Grau já participava do movimento estudantil e, nessa condição, discutia e tinha sempre presente uma preocupação com a educação, seus problemas e suas perspectivas. Dessa forma eu diria que foi natural a minha passa-
Por Cida Almeida
gem das Ciências Sociais para a Educação. Nesse quesito, inclusive, não podemos desconhecer a relação entre educação e sociedade. RP: Quais os aspectos que o senhor aborda em seu trabalho? ME: Faço, inicialmente, uma discussão sobre o conceito de Universidade e, rapidamente, a história dessa instituição no Brasil. Em seguida apresento uma visão panorâmica da história de Goiás, particularmente, da educação superior aqui. Concluo essa análise e o primeiro capítulo com a criação da UEG. No segundo capítulo passo em revista a aspectos da trajetória dessa Universidade como o próprio debate público em torno de sua criação. Analiso os primeiros conflitos como aquele relativo à cobrança de mensalidades ou aqueles ligados à elaboração do estatuto e do regimento por meio da estatuinte. Concluo esse capítulo com a apresentação do recredenciamento da UEG pelo CEE. O trabalho apresenta uma análise, no formato de conclusão, de diversos aspectos dessa trajetória histórica. RP: O que destaca de mais importante no processo de criação da UEG? ME: A própria repercussão do ato. Ou seja, a sociedade goiana recebeu com um entusiasmo ímpar a proposta de criação dessa Universidade. Apresento, inclusive, uma leitura pessoal sobre quais as razões que levaram a essa receptividade. Essa estaria ligada, sobretudo, às transformações socioeconômicas vividas pelo Estado de Goiás ao longo do Século XX, particularmente, depois da instituição, no Governo Vargas da chamada Marcha para o Oeste e Dezembro 2008
entrevista chamada Marcha para o Oeste e culminando com a construção de Brasília por JK. Outra influencia determinante deve ser localizada na movimentação da sociedade civil goiana em sua mobilização visando a criação de uma Universidade Estadual. Esse movimento vai desde a tentativa de criar, em meados do Século passado a Universidade do Brasil Central chegando à criação da UEG. RP: Que análise o senhor faz do processo de interiorização do ensino superior em Goiás? ME: Ele todo é permeado por movimentos de grande crescimento ou de retenção/contenção. No entanto, toda a história está articulada com as expectativas da população no sentido de construir um Estado sintonizado com a contemporaneidade. Por isso mesmo sempre esteve ligado aos grandes embates políticos que caracterizam a trajetória de nosso Estado. Nesse aspecto, Goiás não apresenta grande diferença em relação aos demais estados da federação. O que precisa ser considerado é qual a força política e acadêmica dessas instituições no sentido de trilhar com mais ou menos celeridade no rumo de uma consolidação acadêmica. RP: O senhor foi formado pela UFG e esteve presente em muitos momentos marcantes da instituição. Que análise faz do processo de interiorização empreendido pela UFG? Por que ficou restrito a alguns campus e não avançou mais? ME: Uma análise desse tipo é muito difícil. No entanto, eu apresentaria
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dois elementos para uma reflexão: o primeiro deles é o da força política de nosso Estado dentro da Federação. Nesse caso não podemos desconhecer que, para a criação da UFG a bancada goiana precisou embutir essa criação num projeto que visava a criação de uma Universidade no RS. Apesar dos avanços nossa força política dentro da Federação não é, ainda, muito relevante. O outro aspecto, relacionado com esse, é o de que o poder político federal está e sempre esteve menos permeável às pressões políticas do que o governo estadual. Essa situação tem aspectos positivos e negativos. No caso, certamente, esse é um dos elementos que definiram a história da UFG. RP: O senhor acredita que a UEG é do tamanho da necessidade do Estado? Ela só cresceu dessa forma porque havia uma demanda reprimida muito grande? ME: Não acredito que seja possível dar uma resposta definitiva para essa questão. No entanto, a segunda premissa parece ser verdadeira. O que não exime nenhum analista ou gestor de políticas para a educação superior de observar que aliadas a estas questões devem ser postas outras, por exemplo, relativas à formação da vida acadêmica e, evidentemente, à capacidade de financiamento.
que, talvez, coloque a necessidade de um diálogo interno no sentido de sua consolidação como a da principal instituição para o desenvolvimento da educação goiana. Nesse sentido seria muito significativo estabelecer centros de estudos e pesquisas sobre a questão educacional criando programas de pós-graduação nessa área. Dessa forma seria estabelecida a condição dessa Universidade sistematizar a sua experiência na formação de professores e, assim, passar à condição de formuladora de políticas educacionais para o Estado e, quem sabe, para o Brasil. RP: O senhor foi militante estudantil, esteve na direção das principais entidades representativas do movimento, em que uma das bandeiras era a criação da Universidade Estadual de Goiás. A UEG é o que o jovem estudante Marcos Elias Moreira sonhou? ME: Nenhuma instituição deve ser considerada pronta. No caso de nosso sonho há, certamente, muito a ser percorrido. No entanto, é muito bom ver uma idéia pela qual você lutou ser construída nas praticas cotidianas de educadoras e educadores, de estudantes e da própria população goiana. É muito gratificante.
RP: A UEG está sintonizada com o processo de desenvolvimento regional?
RP: O senhor também teve o privilégio de não só lutar pela criação da UEG como participou ativamente de seu processo de criação e consolidação. O que mais o marcou neste processo?
ME: Acredito que sim, embora mais centrada em alguns aspectos, como o da educação em detrimento de outros, como o do meio ambiente. O
ME: Sempre digo que o que aprendemos nesse processo é o que faz a diferença. Se hoje conheço alguma coisa de política de educação
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entrevista superior devo a essa aprendizagem feita nas praticas cotidianas dos embates em torno, inclusive, da criação da UEG.
RP: O que diria para a comunidade universitária da Unidade de Ceres, que está inaugurando sede nova?
Foto: José Afonso Viana
RP: Hoje o senhor é presidente do Conselho Estadual de Educação, no exercício de sua terceira gestão. E o Conselho tem o papel de fiscalizar e autorizar o funcionamento dos cursos e das unidades universitárias da UEG. Na avaliação do senhor, quais são os desafios da UEG? Qual a contribuição do CEE para a consolidação da UEG?
UEG. Compreendendo, nesse caso, principalmente a formação e a efetivação da carreira docente. Para isso é vital a constituição de mais programas de pósgraduação, particularmente os cursos de mestrado e doutorado.
ME: Nossa atuação no CEE e a própria ação desse órgão estão articuladas em torno de um tripé: pedagógico, político e legal. Como órgão de estado, queremos a superação das debilidades acadêmicas de nossas instituições. E tendo sempre presente que para isso precisamos considerar que ao gerir uma ação que envolve interesse dos cidadãos goianos precisamos considerar a dimensão política e, não podemos desconhecer ou deixar de ter como elemento central as prescrições legais para a educação goiana e brasileira. A nossa experiência indica que devemos, nesse momento, concentrar os esforços coletivos no sentido de aprimorar a vida acadêmica da
de desenvolvimento do Estado de Goiás. O senhor acredita que ela já está cumprindo esse papel? ME: A discussão que pode ser feita é se ela está contribuindo na medida de suas possibilidades. E acredito que ela está contribuindo e certamente contribuirá ainda mais na construção de um desenvolvimento que, espero, seja inclu-sivo e ambientalmente responsável. RP: O que o senhor vislumbra para a UEG nos próximos 10 anos?
ME: Nenhuma universidade nasceu ou nasce pronta. Ela é sempre fruto da confluência e dos esforços coletivos. Nesse sentido é sempre importante comemorar uma conquista (a sede nova, por exemplo), agora essas conquistas devem estimular a comunidade a continuar caminhando rumo a novas e novas conquistas. RP: A UEG nasceu com a missão de ser um dos principais instrumentos
ME: Pensar o futuro é sempre uma arte difícil. Erramos sempre, mesmo que só em alguns aspectos. Como sei que o futuro é fruto da ação/interação da nossa sociedade, sou profundamente otimista com a UEG. Quem conhec e, como eu, o carinho do povo goiano por essa Universidade não pode prever outra coisa para o seu futuro que não o da sua consolidação como uma Universidade profunda-mente articulada com nosso desenvolvimento, de tal forma que escrever nossa história como povo implicará destinar um tempo central para o papel da UEG.
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produção acadêmica
Trabalhos trazem benefícios à sociedade
Monografias retratam o que foi absorvido pelos estudantes durante os anos de aprendizado na UEG-Ceres
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ciais de Gestão das Organizações em Saúde e Gestão Pública e pósgraduação em Docência Universitária. Os projetos completos encontram-se na biblioteca à disposição daqueles que manifestarem interesse.
mações que são geradas no decorrer das necessidades da farmácia. Chegou-se a conclusão que a emissão de relatórios de
FARMSYSTEM Os materiais médico-hospitalares (MMH), tais como os medicamentos, constituem um elo de ligação entre o serviço de farmácia e o serviço de enfermagem. Esse projeto, desenvolvido pelos alunos do último ano do curso de graduação em Sistema de Informação da UEG-Ceres, tem como objetivo facilitar o processo de distribuição de materiais médicohospitalares, atendendo aos objetivos específicos da farmácia. Durante a realização do trabalho, foram levantados os principais problemas que acometem os estabelecimentos, e consequentemente, estudados em busca de uma solução. Considerando uma análise interna dos gráficos/diagramas que mostram o entendimento do fluxo de dados e seus relacionamentos, que foram devidamente representados em Diagrama de Classe, Seqüência, Diagrama de Use Cases, foi possível visualizar os processos e como eles interagem entre si para que o software desenvolvido venha garantir a integridade e segurança das infor-
Imagem Ilustrativa: Internet
A monografia, trabalho de conclusão de curso (TCC) ou produção acadêmica nada mais é que uma dissertação ou estudo minucioso que se propõe esgotar determinado tema relativamente restrito. O trabalho é a máxima expressão da habilidade conceitual absorvida durante os longos anos de aprendizado no curso universitário, uma vez que este espera formar profissionais que além de conhecimento específico, possam apresentar autonomia, senso investigativo, flexibilidade, dentre outras qualidades. Nesse sentido, a dissertação sugere que o estudante empregue os conhecimentos assimilados ao longo de seu curso, e ainda mais – aponte uma contribuição efetiva no avanço científico e tecnológico referente ao curso, ou carreira que escolheu. Desse modo, é pertinente ressaltar que uma monografia tem extrema importância, por representar um trabalho que explora um assunto único, procurando aprofundar-se no mesmo, e suscitar diretrizes e resoluções para a temática abordada, de forma a contribuir no crescimento e desenvolvimento da nação. A Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ceres, publica o resumo de alguns dos trabalhos produzidos pelos acadêmicos concluintes de 2007, dos cursos de graduação de Sistema de Informação, sequen-
saídas em geral, fornecedores, pacientes, materiais médico-hospitalares total e individualizado por categoria que o sistema oferece é necessário para facilitar alguns processos relacionados e assim ser controlado e analisado para um bom funcionamento do estabelecimento farmacêutico. Palavras Chave: Software para processo de distribuição de materiais médico-hospitalares em farmácias. Acadêmicos: José Leandro Oliveira Costa, Nilo César Pereira Cunha e Wellington Evaristo Ribeiro.
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produção acadêmica
O presente projeto é requisito da conclusão do Curso Superior em Gestão das Organizações em Saúde pela Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ceres. Tornou-se possível após uma parceira junto a pastoral da criança da cidade de Rialma, interior de Goiás, por meio de pesquisas qualitativas, mediante cadastramento de famílias de baixa renda. Gerar renda é promover a cidadania a fim de combater a desigualdade social, fome, miséria e desnutrição. Buscou-se trabalhar junto com esse grupo estratégias de educação voltadas para a arte da panificação, cujo objetivo foi a formação de profissionais e a melhoria da qualidade de vida. Imagem Ilustrativa: Internet
Planejamento Familiar
Para que esta etapa fosse concluída, as aulas aconteceram na Escola João Paulo II e na Panificadora Milla. O resgate da cidadania, crescimento pessoal desses indivíduos e abertura de possibilidades, até então desacreditadas, foram observadas nas aulas teóricas e práticas. Palavras-chave: Geração de renda. Participação popular. Inclusão social. Acadêmicas: Érika Oliveira dos Santos, Inêz Máximo Bomfim, Renata Botega de Oliveira e Santana Guiamar da Silva.
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Planejamento familiar é o ato consciente de planejar o nascimento dos filhos, tanto em relação ao número desejado, quanto à ocasião mais apropriada de têlos. Isto pode ser conseguido através de técnicas e métodos anticoncepcionais e de procedimentos para se obter a gravidez em casais inférteis. Bom método anticoncepcional é aquele que oferece segurança (protegendo a mulher de uma gravidez e não apresentando riscos à saúde) e que estão de acordo com os conceitos éticos, morais e religiosos do casal. Palavras-chave: Planejamento Familiar. Educação em Saúde. Saúde da Mulher. Acadêmicas: Glecia Matilde Germano, Jardete Gomes Barbosa, Margarida Vilacinha da Silva Naves e Rosângela Divina Cintra.
dadeira quando ocorre o desperdício, que é o grande responsável pela causa do aumento do lixo. Se não houver uma coleta seletiva de lixos, sempre haverá o lixão com pessoas que comem os restos jogados por outros, misturados com lixo orgânico e hospitalar. Sempre haverá doentes e miseráveis. Praça sem lixo é o projeto que deu origem a este artigo. O Projeto teve como objetivo conscientizar e levantar questões junto a população e comerciantes sobre as razões do volume de resíduos depositados nos canteiros da praça cívica de Ceres e a necessidade da implantação dos cestos de lixo nos canteiros.
Foto: Cristovam Filho
Geração de Renda: Capacitação profissional pela ação comunitária
Sempre haverá uma população que não faz nada. Mas capacidade humana de inventar coisas novas traz benefícios. Palavras-chave: Qualidade de vida. Educação ambiental. Lixo urbano e cidadania.
Praça sem Lixo O lixo é o resultado de tudo aquilo que já foi utilizado e que por algum motivo não é mais necessário. Essa afirmação pode não ser ver-
FONE: (62) 3397-1432
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produção acadêmica Acadêmicos: Adilson Paulo da Silva, Eliane Melo Ferreira Laignier, Maria Luzia Pereira Sena, Marlúcia Maria da Costa e Roberto Bernardo da Silva.
A degradação do Meio Ambiente em Goiás
Este estudo, realizado por alunos do curso de pós-graduação em Docência Universitária, parte do princípio que, apesar da legislação existente em relação à inclusão escolar de alunos com deficiência mental, ainda ocorrem certas dificuldades de aceitação dos mesmos nas relações cotidianas que se estabelecem na escola. O objetivo desta pesquisa, que consiste em uma revisão bibliográfica do tema, é verificar como estão as discussões sobre a inclusão escolar do deficiente mental no mundo acadêmico. Estudou-se a trajetória histórica da pessoa com deficiência, rumo à inclusão, na qual se pôde entender que no passado, as pessoas com deficiências não tinham direito à vida, eram tidas como castigo ou aberrações da natureza e expulsas da sociedade com a mor-
te no Estado de Goiás vem sendo tratado, mostrando o quadro em que se encontra. A situação pode ser modificada por intermédio da educação ambiental. Ao longo do tempo as ações do homem se multiplicaram pelas bacias hidrográficas, motivadas principalmente pela busca de novas fontes de recursos naturais e expansão das fronteiras agropecuárias. Porém, somente nas últimas décadas perceberam-se as sérias conseqüências dessa expansão, principalmente sobre os recursos hídricos e, notadamente, nas bacias dos mananciais de abastecimento público, onde já se verificam degradações de difícil reversibilidade e a custos elevados. Palavras-chave: Meio ambiente. Degradações. Educação Acadêmicas: Brígida Patrícia Ferreira, Edilaine Moreira de Santana.
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com deficiência numa visão mais científica. Percebe-se, hoje, que não é mais admissível que haja discriminação e cabe à escola derrotar o desafio das diferenças. Palavras-chave: Inclusão escolar. Deficiência mental. Acadêmicas: Sílvia Rosane Costa, Rosana Pereira da Silva e Tânia Maria Fagundes Bastos Terra.
Água e seu uso consciente, junto aos alunos da Escola Estadual Virgílio do Vale Este trabalho aborda a importância da educação na conscientização sobre a preservação e uso racional da água, uma vez que a Educação é um direito de todos e um processo que deve ser constante. Buscando embasamento nas propostas da Educação Ambiental como “Tratado de Educação Ambiental para Sociedade Sustentável e Responsabilidade Global” e através de pesquisa informal e qualitativa, o objetivo principal foi propiciar uma conscientização quanto ao uso racional da água e motivar ações no cotidiano que evitem o desperdício da mesma. Esse projeto teve fases bem definidas iniciando com a pesquisa informal com coordenadores e professores da Escola Estadual Virgílio do Vale, continuando nos bairros onde residem o m aior núm er o d e a lu n o s , elaboração do projeto e sua execução. Imagem Ilustrativa: Internet
Imagem Ilustrativa: Internet
Este trabalho apresenta o descaso com que o meio ambien-
O Processo de Inclusão Escolar da Pessoa com Deficiência Mental: Uma Revisão Bibliográfica
te. Apenas a partir do século XIX, onde ocorreram grandes achados na medicina e em outras ciências, passou-se a estudar as pessoas
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produção acadêmica e atender as inovações que surgem diariamente no mercado. A arte de atender bem é um atrativo que o funcionário deve ter e recorrer sempre. O aperfeiçoamento por meio de treinamentos e cursos que estabeleça sua necessidade profissional é necessário para que no relacionamento com seu cliente saiba se portar e conquistar a sua fidelidade de consumo perante a empresa onde trabalha. A capacitação profissional é imprescindível para que haja um bom atendimento ao público. Atender bem é antecipar as necessidades de consumo de serviços ou produtos de clientes, é encantá-lo.
A Arte de Atender Bem
Palavras-chave: Atendimento ao cliente. Acadêmicos: Adauto Martins dos Anjos, Cássia Silva Caixeta Dourado, Leila França e Oliveira, Leonel José Cardoso, Marta Helena de Oliveira.
Atualmente estamos vivenciando o impacto da informação acelerada. A concorrência entre as empresas faz com que os empresários busquem se organizar melhor, planejar suas ações e assim conquistar seu público alvo. Isto exige muito mais dos funcionários da empresa. Portanto, torna-se de essencial sobrevivência no mercado de trabalho os profissionais que procuram se qualificar
A importância da Mulher Brasileira na Política
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foi para a sustentação das bases da nossa sociedade foi essencial. No Brasil, a emergência e consolidação têm contribuído para o resgate histórico desta paticipação e o questionamento do aporte do feminismo nas questões políticas contemporâneas. Várias pesquisas foram desenvolvidas, voltadas para o resgate da participação das mulheres na vida pública, focalizando os principais eventos que assinalaram a contribuição das mulheres em prol da democracia. No caso do Brasil, além das análises sobre mulheres nesse segFoto: Arquivo
Essas fases foram analisadas separadamente com base no que foi proposto no projeto e de acordo com referências bibliográficas aqui citadas. Através do referido trabalho, concluímos que, com ações simples e cotidianas, pode se conseguir uma mudança nos hábitos das pessoas, evitando o desperdício da água e garantindo melhor qualidade de vida para as gerações futuras. Palavras-chave: Desperdício. Conscientização. Racionalidade. Acadêmicos: Flavio Godoi Macedo, Nilva Aparecida Pacheco, Priscila Félix, Salmo de Assis Canedo.
A contribuição da mulher na política, bem como seu modo de ver o mundo foi uma grande conquista na sociedade. Durante muito tempo, elas estiveram afastadas da cena política e a sua importância social não era reconhecida publicamente. Porém, seu papel
Maria Inês do Rosário Brito Vice-Prefeita de Ceres
mento, devem ser levadas em conta as razões pelas quais as desigualdades políticas e sociais permanecem, lado a lado com o mito de uma igualdade universal particularmente nos direitos de cidadania. Palavras-chave: Mulher na política. Acadêmicos: Cláudio José Antunes da Silva, Laurêncio Dias Gonçalves, Luiz Pedro de Souza, Valdivino Feliciano de Deus.
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Nos bailes da vida
Tudo começou por influência do trabalho na rádio Alvorada, de Rialma. Depois disso, nunca mais parou Filho de pernambucano e austríaca, Nilson Hussar teve sua vida embalada numa trilha sonora especial. É apaixonado por música e faz disso sua maneira de viver. Começou sua carreira ainda menino, quando trabalhava na antiga rádio Alvorada, de Rialma, a era de ouro do rádio no Brasil. Ali foi onde teve os primeiros contatos com a maneira de fazer e compor música. Um amigo de infância, Reinaldo, o ensinou a colocar as primeiras notas no violão. As aulas aconteciam meio que por acaso, quando reuniam na casa de um ou outro amigo em comum. “Naquele tempo a gente se encontrava com a turma na casa de amigos para fazer sarau e seresta. Bons tempos”, recorda. Ali trocavam notas e acordes, o que fez aumentar o gosto e despertar o talento para a música. Depois disso, se encarregou de se aperfeiçoar estudando sozinho. Conforme ele conta, a rádio tinha uma banda que sempre participava dos programas de calouros. “Pertencia ao senhor Felipe. Um dia ele me chamou para tocar na banda. Foi uma oportunidade que agarrei e nunca mais larguei”, lembra do seu início na The Kings, quando tinha 14 anos de idade. A trajetória durou dois anos, viajando e animando bailes em toda a região do Vale do São Patrício e o entorno de Brasí-
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Nilson Hussar
lia. Até que um triste acidente acometeu os integrantes da banda, levando o senhor Felipe. “Ficamos praticamente órfãos, principalmente porque os músicos eram garotos com seus 15 e 16 anos de idade. Não tínhamos para onde ir e com o trauma achamos que não íamos mais tocar”, conta. Mas a professora Aparecida Machado, que conhecia o trabalho daqueles meninos, não deixou que o sonho morresse. Ela acabou incentivando os músicos a continuarem o trabalho, nem que para isso, mudassem o nome. E assim foi feito. Passaram a se chamar New Som Livre. Banda composta pelos músicos: Nilson Hussar (violão e vocal), Reinaldo (baterista) – amigo de infância, Carlos Montoriu (guitarrista), Antônio Roberto, o Tonhão (baixista) e Lourival, o Louro, tecladista. A influência não foi diferente às demais bandas da época, com a invasão das bandas pop americanas e, sobretudo inglesas, como os Beatles e os Rolling Stones, além da Jovem Guarda brasileira, eles se despontaram no Centro-Oeste. No entanto, o mundo vivia momentos de fortes tensões nos anos 70. Intensa campanha de censura aos meios de comunicação e às artes de modo geral inibiram a criação artística e musical de modo particular. Música e música popular particularmente exercem grande influência no comportamento e nas posturas sociais. Música influencia e é influenciada pelos fenômenos sociológicos: atitudes de rebeldia, cabelos longos, modos intelectualizados de compositores e intérpretes marcaram profundamente os anos 70. Mas apesar de todas essas dificuldades e censura imposta aos artistas, a MPB continuou sua maravilhosa caminhada. A banda viajou todo o Estado e ainda deu uma palhinha na Bahia, Maranhão, Pará, Minas Gerais e alguns estado da região Norte. O trabalho
seguiu até 1989, quando cada um decidiu seguir carreira solo. “No ano de 2000 fiz um Cd: Tinha que ser. Um trabalho feito independente com apoio dos amigos, composto por 10 faixas. Composições minhas e de amigos”, conta. Para Hussar a vida sempre foi música, e a gravação do Cd não mudou muita coisa. “Trabalho independente é complicado. As rádios não apóiam muito, acham difícil de tocar por não ter uma gravadora por trás”, afirma. Mas isso não o desanimou. Atualmente ele é professor no Centro Educacional de Ceres, onde dá aulas de violão três vezes por semana a alunos em estágio iniciante a avançado. Mas nem por isso deixou de viajar. Faz shows por toda a região, de barzinhos a aniversários. Afinal, parodia Milton Nascimento e Fernando Brant: “Todo artista tem que ir onde o povo está”. E completa: “E onde quer que ele vá”.
Foto: JR Design
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Música
AM PHARMA Dezembro 2008
Interiorizando e democratizando o ensino superior
capa
Instituição abre definitivamente as portas de suas instalações para receber alunos, funcionários e comunidade
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Bem ou mal, a democratização no ensino superior segue a passos largos. De 1998 a 2003, o número de cursos de graduação presenciais cresceu 107%, passando de 6.950 para 14.399, segundo dados do Censo da Educação Superior, realizado em 2002 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Mesmo assim, somente 9% dos brasileiros com idade entre 18 e 24 anos frequentam um curso superior, quando em outros países essa taxa ultrapassa 50%. O acesso ao ensino superior ainda é limitado a boa parte da população brasileira. Desde seu descobrimento, o País já presenciou períodos altos e baixos no setor da educação. Até um tempo não muito distante as salas de aulas, principalmente das universidades, eram restritas a poucos, quando apenas os filhos de famílias ricas tinham a oportunidade de se tornarem doutores. Mas o sonho de ver um filho formado tirava o sono de muitos pais. E o acesso às escolas começou a ser um pouco mais simples. As famílias mais carentes apostaram no investimento em cultura e conhecimento, e assim puderam assistir seus filhos trilhando o caminho da educação. O governo de Goiás, Marconi Perillo, ao tomar posse em 1999, apostou nos sonhos das famílias e implantou em todo o interior do Estado unidades da Universidade Estadual de Goiás. O investimento na educação superior proporcionou a Goiás um grande salto tecFoto: JR Design
nológico, atendendo às aspirações intelectuais de jovens egressos do Ensino Médio, que, por diversos motivos, não tinham condições de deixar suas cidades para morar em grandes centros a fim de realizar o sonho de fazer uma universidade. Desde sua fundação, em 2000, a Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ceres, espera por um prédio moderno, estruturado, com capacidade para atender as demandas tanto
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da parte administrativa quanto da categoria estudantil visando ampliar ainda mais o número de vagas oferecidas, democratizando o acesso ao ensino
superior. E reivindicações com esse objetivo foi o que os estudantes mais fizeram nos últimos meses, lutando pelas metas que almejavam conquistar. Afinal uma estrutura adequada e decente era o mínimo que estes estudantes queriam e que o governo podia oferecer, já que dispunham de um especializado corpo docente. A nova sede já foi inaugurada duas vezes: em 7 de março de 2006, ainda no governo de Marconi Perillo e no dia 26 de outubro de 2008, pelo atual governador Alcides Ro-drigues. Mas a ocupação definitiva, en-fim, deve acontecer no próximo dia 13 de dezembro. O que vai colocar fim a uma luta que já dura mais de dois anos. O novo prédio da UEG está construído numa área de 39 mil metros quadrados, cedida pelo governo estadual. O espaço, que tem mais de 3 mil metros quadrados de área construída, conta com salas de aula equipadas com moderna estrutura, campo de futebol, duas arquibancadas, dois vestiários simples, três galpões industriais, escritório e quatro laboratórios para atender o curso de Enfermagem e Educação Física. Além disso, foi construído um auditório com capacidade para 190 pessoas e estrutura montada para acústica e telhado com isolamento térmico. “Esse auditório visa atender não somente aos estudantes, mas toda comunidade ceresina”, antecipa o diretor da unidade, Divânio Gomes Ramos. Toda a área externa, que rodeia o prédio, recebeu um projeto de
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urbanização e jardinagem, valorizando o projeto arquitetônico da Instituição. Rampas de acesso, escadas, portões eletrônicos, elevador, guaritas e um amplo estacionamento enriquecem a estrutura da universidade. Com a ocupação, o espaço vai otimizar o funcionamento técnico, pedagógico e administrativo, além de garantir ambiente adequado para boa convivência dos alunos matriculados nos cinco cursos de graduação: Sistema de Informações, Bacharelado em Enfermagem, Ensino à Distância em Biologia, Licenciatura Plena Parcelada em Pedagogia e Licenciatura Plena Parcelada em Educação Física. Além dos cursos de pósgraduação lato sensu em Educação Infantil, Redes e Banco de Dados para WEB e Docência Universitária, num total de aproximadamente 400 vagas anuais. Segundo o diretor da unidade, Divânio Ramos, foram aplicados na obra R$ 3,3 milhões sendo R$ 150 mil para compra dos quatro labo-ratórios e outros R$ 150 mil para equipamentos. “A definitiva ocupação marcada para o dia 13 de dezembro é a conquista de um sonho. Não é apenas os estudantes que ganha, mas toda a equi-pe da UEG-Ceres”, diz em tom de satisfação. Atualmente, a estrutura organizacional de unidade de Ceres está formada por Congregação, Diretoria, Conselho Acadêmico, Coordenações de Cursos, Coor-
denação de Extensão, Coordenação Pedagógica, Coordenação Administrativa e Coordenação do Programa VagaLume. Seu corpo docente está composto por mais de 80 professores especialistas. Já o corpo administrativo conta com 27 servidores contratados temporariamente, que exerce suas atividades de acordo com o nível de instrução, experiência e habilidades. O reitor Luiz Arantes ressalta que a UEG, fundada em 16 de abril de 1999, completa dez anos no próximo ano com mais de 35 mil alunos, 2 mil professores,
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1.680 servidores e um orçamento estimado em R$ 135 milhões. Com as instalações no prédio novo, a antiga estrutura já tem projeto previsto. No lugar da antiga UEG-Ceres
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vai funcionar o Centro de Formação Tecnológico, com uma incubadora de empresa mista que vai abrigar até 20 microempresas com cobertura administrativa, técnica e de marketing. Uma parceria entre a Secretaria Es-tadual de Ciência e Tecnologia (Sectec), Prefeitura Municipal de Ceres, Associação Comer-cial e Industrial de Ceres e Rialma (ACICER), Escola Agro-técnica Federal de Ceres, Ser-viço Nacional de Aprendi-zagem Comercial (Senac) e Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae) foi firmada para viabilizar e facilitar a execução do projeto. Para a implantação do programa foi necessária a criação da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), denominada de Progresso do Vale (Provale), que funcionará como entidade mantenedora do Centro de Formação Tecnológico e da incubadora de empresa. Durante a reinauguração das instalações em outubro, o governador Alcides Rodri-gues, que esteve presente no evento, salientou que a des-centralização do ensino supe-rior promovida pelo governo do Estado é primordial para dar respostas a o p r o c e s s o d e industrialização do Estado. “Às 41 unidades da UEG na capital e interior, somar-se-ão outras que estão em fase de construção como as unidades de Aparecida de Goiânia, Edéia, Crixás, Palmeiras e Itumbiara”, disse em seu discurso.
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artigo
EAD – Um novo paradigma de educação O curso de Ciências Biológicas – modalidade à distância (EAD) – da Universidade Federal de Goiás (UFG) é parte integrante do Consórcio Setentrional, criado em 2004, pelas universidades: UFG, UnB, de Brasília, UFPA, do Pará, UFAM, do Amazonas, UEG, de Goiás, UFMS e UEMS, ambas do Mato Grosso do Sul, UNIR, de Rondônia, e UESC, de Santa Cruz, na Bahia. Atualmente, está sendo oferecido no Estado de Goiás em parceria com a Universidade Estadual de Goiás (UEG) em oito pólos: Goiânia, Anápolis, Ceres, Porangatú, Cidade de Goiás, Quirinópolis, Catalão e Jataí. As regiões das instituições de ensino superior (IE)S parceiras partilham de problemas de ensino, socioeconômicos, culturais e ambientais muito semelhantes. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, observa-se as maiores distorções econômicas e sociais, quando comparado com as demais regiões do País. Entretanto possui a maior parte dos recursos biológicos e minerais de todo o Brasil. Conservar esse patrimônio e utilizá-lo de forma sustentável é um legado às gerações futuras e só poderá ser alcançado através da educação. A conscientização das necessidades político-sociais, saneamento e saúde esbarram na falta de conhecimento dos direitos e deveres da população até a cobrança de ações político-efetivas, que pode ser em parte, sanada pelos efeitos decorrentes do processo educativo. Segundo dados do Ministério da Educação e Cultura (MEC) de 2004, apenas nestas regiões, existem cerca de 180 mil funções docentes sem formação ou professores leigos. Este quadro compromete o desenvolvimento científico-tecnológico e social dos estados. Sem contar as vagas por aposentarias e mortes. Seriam necessários cerca de 20 anos para zerar este débito de professores. O reparo desse atraso colossal urge não apenas de ação política, mas de toda a sociedade organizada, na busca de meios para provocar um crescimento para o País. Neste sentido as IES procuram retomar para si o papel da discussão dos rumos da educação numa iniciativa de retomar uma
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parceria com o Estado. res leigos da reAtravés da iniciativa da SEED/ de pública de MEC em oferecer um curso de EAD, foi ensino e aos inprojetado um curso inovador, semipreteressados em sencial, com quatro anos de duração, cuatuar no camjo conteúdo é focado na ação docente. po das CiênIsto é, não há disciplinas em grade cocias Biológimum nos curso de graduação, o material cas, cientes de didático é composto por eixos temáticos sua condição *Carlos E. Anunciação e módulos de ensino, focado no processo de cidadãos coordenador geral de Biologia à distância biológico, do surgimento da vida no placomprometineta, passando pela expansão dos seres dos com princípios éticos, inserção históvivos, colonização, adaptação, diversirico-social (dignidade humana, respeito dade, até os fenômenos sociais. mútuo, responsabilidade, solidariedade), Três eixos norteiam os conhecienvolvimento com as questões ambienmentos: o Filosófico, o Pedagógico e o tais e compromissos com a sociedade. Biológico. Assim composto, procurou-se Compreendendo que a presença evitar a ruptura dos conhecimentos das do aparato tecnológico por si só não é diversas áreas da biologia e áreas afins, suficiente para garantir mudanças subsgerando um curso composto de oito mótanciais na prática docente ao se pretendulos contextualizados, interdisciplinar, der a inserção tecnológica aliada a um que terá apoio logístico nos UNOs (Unisalto qualitativo, decidiu-se por adotar dade Operativa de EAD) ou Pólos instalauma metodologia que propusesse uma dos em cidades estrategicamente localiabordagem integradora e transformadozadas nos Estados, nos quais estão dispora. Desse modo, o Projeto do Curso de nibilizados computadores com acesso a Licenciatura Plena em Ciências BiológiInternet, mini-biblioteca e um mini-labocas na Modalidade de Educação à Disratório. tância, aqui apresentado, identifica-se O aluno terá acesso a um tutor por uma concepção pautada na abordano pólo, contato com o tutor à distância gem interdisciplinar organizada em mó(via Internet) e, ambos nos momentos dulos e eixos temáticos. Espera-se que o presenciais. Vale lembrar que nos moaluno inserido no uso da tecnologia da mentos presenciais existem, também, informação, consiga escolher seus camiaulas práticas, palestras, além de outras nhos para atualizar-se e melhorar sua atividades. prática docente, agregando-se a grupos O Projeto Pedagógico do Curso de formação e atualização permanente, foi elaborado levando em conta as Dirediscutindo e propondo novas metodolotrizes Curriculares Nacionais para os gias, abordagens e experiências em rede. Cursos de Biologia, a Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002 e os Referenciais de Qualidade para Cursos a Distância – SEED/MEC, enfatizando a formação para o uso didático de Tecnologias de Informação e CoPrazer em Boa Hora municação (TIC). Este projeto tem como objetivo (62) contribuir para a formação de professo-
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Sistemas de Informação: Ceres – Pólo deMarcelo Informática? Ferreira Ortega*
U m a área ainda recente, que vem conquis*Marcelo F. Ortega é professor da UEG tando o mercado de trabalho dando oportunidades ao profissional. Hoje não se imagina um mundo contemporâneo sem computador, para os jovens que nasceram na era da informática e que estão ligados ao mundo virtual por um imaginário “cordão umbilical” que nomeamos de internet, isso é quase impossível. Relativamente, uma profissão nova que vem conquistando espaço no mercado de trabalho. As demandas se concentram em consultorias tecnológicas, empresas particulares e públicas, além disso, o mercado de trabalho ainda acolhe profissionais para o mundo da pesquisa e da docência. O mercado de trabalho é amplo, a remuneração é uma das grandes vantagens da profissão, em relação com as demais áreas é uma remuneração bastante significativa. Por ser um curso bastante concorrido o mercado de trabalho exige muito antes de contratar. A graduação, a língua inglesa e as especializações em determinadas linguagens tecnológicas são essenciais para a contratação. O perfil pessoal, boa comunicação, facilidade de se trabalhar em equipe também são habilidades pessoais exigidas. “O mercado de trabalho é amplo, a remuneração é uma das grandes vantagens da profissão”
Hoje a cidade de Ceres é conhecida como cidade pólo na área da saúde, educação e serviços. Isso todos nós já sabemos. Mas como Ceres pode ser um pólo de informática? Ou melhor, o que seria um Pólo de Informática? Pólo de Informática seria uma
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concentração de empresas da área de tecnologia tanto para o desenvolvimento de softwares (sistemas de informação – programas) quanto de hardwares (equipamentos eletrônicos). Com base nesta definição, poderemos agora pensar como isso seria possível acontecer em nossa cidade. Vamos primeiro analisar como está o quadro da informática no Brasil hoje. A tecnologia, área em que até “Pólo de Informática seria uma concentração de empresas da área de tecnologia tanto para o desenvolvimento de softwares quanto de hardwares”
pouco tempo atrás o Brasil nada tinha a oferecer, começa a despontar. Os avanços são notáveis para quem está ligado a essa área. Nos últimos dez anos surgiu no País um poderoso conjunto de pólos de tecnologia da informação (TI) ou simplesmente, pólos de informática, um dos setores cruciais da economia contemporânea. Se levantarmos os sete maiores pólos do País (Florianópolis-SC, Campina Grande-PB, Recife-PE, Hortolândia-SP, Porto Alegre-RS, Petrópolis-RJ e Belo Horizonte-MG), juntos eles simplesmente faturam 4 bilhões de dólares por ano, exportam para setenta países e abrigam 3.700 Ph.Ds. divididos por uma mil empresas de tecnologia da informação. Esses números podem nos impressionar, mas estão muito atrás com uma comparação internacional. O Brasil responde apenas por 2% do faturamento global do setor e ocupa a décima segunda posição no ranking mundial de tecnologia da informação. O que tem a nosso favor é a taxa de crescimento de TI. O Brasil cresce a 12% ao ano contra 6% do resto do mudo, sobre um faturamento anual de 22 bilhões de dólares. Se continuarmos nesse crescimento atual, a previsão é que o Brasil
chegue em três anos na quinta posição no ranking mundial de TI, segundo relatórios internacionais. Para que isso aconteça de fato, será necessário formar mais profissionais especializados, pois o déficit de mão-de-obra especializada chegou a 30 mil pessoas neste ano. Estas regiões foram privilegiadas por terem alguns ingredientes essenciais para que isso acontecesse: boas universidades, alta concentração de cérebros e principalmente, alívio nos impostos para as empresas de tecnologia. Voltamos agora à nossa realidade. Temos na região do Vale de São Patrício dois cursos de Sistemas de Informação: UEG-Ceres e UEG-Goianésia. Estamos com uma primeira turma de Pós-Graduação em nível de Especialização em Redes e Banco de Dados para Web. E o ingrediente mais importante que alavancou a maioria dos pólos citados: UMA INCUBADORA DE EMPRESAS. Portanto, estamos munidos de todas as ferramentas possíveis que para que isso se torne realidade. Universidade com seus cérebros, mercado em expansão, e uma incubadora de empresas para fazer esse intermédio de nossos projetos com o governo e multinacionais interessadas em novos pólos. Será que poderíamos mudar então o título deste texto, retirando o ponto de interrogação em um futuro bem próximo? Foto Montagem: JR Design
artigo
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EAD – Padronização e utilização do ambiente MOODLE
artigo
Ly Freitas Filho*
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ções entre o sujeito da prática escolar; f) a dimensão tempo/espaço deixa de ser compreendida como coisa objetiva, para ser pensada como dimensão subjetiva do sujeito. O EAD é um novo processo de ensino-aprendizagem, agora mediado por novas tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente, por isso se faz necessário elaborarmos padrões e normas de utilização contribuindo para a construção desse novo paradigma, objetivo principal da pesquisa. O EAD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço. Seus referenciais são fundamentados nos quatro pilares da Educação do Século XXI publicados pela UNESCO, que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Assim, a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de informações e passa a ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno. No EAD, o aluno é desafiado a pesquisar e entender o conteúdo, de forma a participar da disciplina. Diante do tamanho continental do Estado de Goiás,
tal solução pode tornar-se primordial para a educação. *Ly Freitas Filho professor-mestre Observada UEG/Ceres se neste momento no País, a oferta de grande quantidade de cursos de pós-graduação, em nível de especialização. E a Unidade Universitária de Ceres tem todas as condições tecnológicas e pedagógicas para torna-se pólo irradiador dessa tecnologia, inclusive a nível nacional. Quanto ao software, indicado na pesquisa de EAD, o MOODLE, trata-se de um sistema de gerenciamento de aprendizagem (LMS – Learning Management System) ou ambiente virtual de aprendizagem de código aberto, livre e gratuito. Os usuários podem baixá-lo, usá-lo, modificá-lo e distribuí-lo seguindo apenas os termos estabelecidos pela licença GNU GPL (software livre). Imagem Ilustrativa: Internet
De uma visão de mundo alicerçada no princípio da separatividade, sendo o Ensino à Distância (EAD) um exemplo que divide realidades inseparáveis, um novo paradigma educacional deve trazer a compreensão da existência de interconexões entre os objetos, entre os sujeitos, entre sujeito/objeto, promovendo a abertura de novos diálogos entre mente/corpo, interior/exterior, consciente/inconsciente, indivíduo/ contexto, ser humano/mundo da natureza. Em síntese um paradigma que traga uma visão de que o todo é coisa fundamental e todas propriedades fluem em sua direção. É preciso compreender o mundo físico como uma rede de relações e não como uma entidade fragmentada. Dessa compreensão, alguns princípios de sustentação dos modelos pedagógicos tradicionais devem ser superados, como por exemplo: a) o conhecimento deixa de ser visto como coisa estática e passa a ser compreendido como processo; b) a separação sujeito/objeto/processo de observação não se sustenta tendo em vista a compreensão de que o conhecimento é produzido por meio da relação indissociável entre essas três variáveis; c) o indivíduo razão é superado pela compreensão de um indivíduo indiviso, que constrói o conhecimento usando as sensações, as emoções, a razão e a intuição; d) o professor como centro da relação pedagógica perde sentido ao se ter na relação entre sujeito/objeto a possibilidade do conhecimento; e) o currículo deixa de ser um pacote, um rol de disciplinas ou matérias para ser compreendido como uma prática social, construída das rela-
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Ele pode ser executado, sem nenhum tipo de alteração, em sistemas operacionais computacionais Unix, Linux, Windows, Mac OS X, Netware e outros sistemas que suportem a linguagem de programação de computadores PHP. Os dados são armazenados em Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados MySQL ou PostgreSQL. Esse software tem traduções para 50 idiomas diferentes, dentre eles, o português (Brasil), o espanhol, o italiano, o japonês, o alemão, o chinês e muitos outros. Por essas características, trata-se atualmente do software mais utilizado, em sua classe. O MOODLE mantém-se em desenvolvimento por uma comunidade que abrange participantes de todas as partes do mundo. Essa comunidade – formada
por professores, pesquisadores, administradores de sistema, designers instrucionais e, principalmente, programadores – mantém u m p o r t a l ( h t t p : / / w w w. moodle.org) na Web que funciona “O MOODLE foi padronizado pela Universidade Estadual de Goiás como arquitetura para o seu ambiente de Ensino à Distância” como uma central de informações, discussões e colaborações. O MOODLE foi padronizado pela Universidade Estadual de Goiás como arquitetura para o seu ambiente de Ensino à Distância, a exemplo de outras instituições nacionais e internacionais, de ensino superior como a Universidade de Brasília, a Universidade Estadual de Campinas, entre
muitas outras. Na última fase da pesquisa ocorrida no segundo semestre deste ano, a fase redacional, foi elaborado uma série de artigos/ resumos, que está sendo apresentado em congressos e encontros científicos, com participações nos eventos: 1º Encontro de Divulgação da Produção Científica do Oeste de Goiás, realizado nos dias 29 e 30 de maio de 2008, em Iporá, GO; 1º Encontro Multi-campi de Educação e Linguagem, realizado de 29 de junho a 02 de julho de 2008, em Inhumas, GO; V TIVASP – Seminário de Tecnologia da Informação do Vale de São Patrício, realizado nos dias 18 a 20 de setembro de 2008, em Ceres, GO.
S o t en
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Ceres - Goiânia - Palmas GO
GO
TO
artigo
Refletir...transformar...avaliar Maria Marta da Silva*
Para entender sua importância é preciso compreender que a avaliação faz parte do nosso cotidiano. Avaliamos e somos avaliados a todo instante. É através do ato de avaliar que tomamos decisões, nos direcionamos, traçamos objetivos. Quando tratamos de avaliação no contexto escolar o assunto é complexo e gera diversidade de idéias e opiniões. Complexo porque ainda há uma resistência em romper com paradigmas e divergente porque há uma dualidade no ato de avaliar. De um lado persiste a cultura da prova como único método de medir conhecimento, de outro lado existem adeptos de alternativas diversificadas de avaliação. Hoffmann afirma que “a construção do ressignificado da avaliação pressupõe dos educadores um enfoque crítico da educação e do seu papel social”. Nesse sentido a avaliação deve ser repensada para não se tornar uma
ação excludente e sim um processo de retomada tanto para docentes como para discentes, reforçando a missão social da escola que é proporcionar uma educação global, capaz de formar indivíduos críticos para o exercício pleno da cidadania. A avaliação não é neutra, não é um ato isolado, está interligada aos objetivos, conteúdo, metodologia em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola. É interessante considerar o ato avaliativo no começo, meio e fim do caminho de sistematização da informação e do conhecimento. No começo quando se verifica o que o aluno já sabe, no meio e continuamente quando se verifica o que e como o aluno está interagindo com o conteúdo proposto e final verifica-se o que o aluno conseguiu absorver. Lembrando que essa avaliação final poderá acontecer no final de um projeto ou objeto de estudo e não, necessariamente de
forma bimestral ou semestral. Portanto, toda e qualquer atividade realizada pelo aluno deve ser considerada como fator avaliativo. Em toda avaliação é de suma importância que seja considerada como suporte para a autoavaliação da prática pedagógica, tornando um ponto de retomada para redirecionar o processo educativo para a comunidade escolar. Pensar uma avaliação mais coerente é pensar na proposta descrita na LDB 9,394/96 que propõe avaliar continuamente ao longo de todo processo e de forma contextualizada. Portanto, é preciso refletir sobre a avaliação e transformá-la em ação, pois só assim a escola estará promovendo uma avaliação mais humana, sem medos, traumas e ameaças, mas será uma forma de coroar todo o percurso do processo ensino-aprendizagem de maneira coerente e natural.
AUTO POSTO
SPINELLI 3307-3931 Av. Brasil n. 675 - Ceres - GO
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artigo Influências da relação professor/aluno na construção do conhecimento
Cássia de Sousa Fonseca Meireles*
O progresso e a realização do ser humano de�Cássia �eireles é professora, pendem ese Coordenadora da U��/Ceres sencialmente das relações humanas. Desta maneira, a observação e o exame dos relacionamentos entre professor/ aluno são de extrema importância para uma boa reflexão sobre o desempenho dos estudantes ao longo dos anos escolares. Traçando um panorama do desempenho escolar, percebe-se claramente que grande porcentagem dos alunos têm aversão a alguma disciplina, e isso está intrinsecamente ligado a uma dificuldade de relacionamento com o professor. Não necessariamente o professor atual, pois a aversão pode ter sido adquirida ao longo dos anos escolares. Acredita-se que a relação professor/aluno tem grande valia no processo de formação do conhecimento do aluno e conseqüentemente psicológica, pois, a influência depositada sobre ele no momento da troca de saberes, chamada de transferência, permite que ele desenvolva suas habilidades já existentes, mas que até então permaneciam inconscientes à espera de um estímulo maior para emergirem. Neste prisma, lançaremos mão de um exemplo comum nas salas de aulas. Um aluno que simpatiza com o professor tem maior facilidade para realizar as atividades propostas – mesmo que estas se manifestem não muito agradáveis – do que um aluno que não tenha nenhuma afinidade com o professor e que eventualmente até goste da atividade proposta. Portanto, fica evidente que o relacionamento tem grande influência na construção do conhecimento, pois o estímulo do professor é direcionado a
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todos os alunos, mas nem sempre alcança a totalidade. É essencial acrescentar que ao analisar o desenvolvimento cognitivo deve-se considerar não apenas a capacidade de produção individualizada do ser humano, mas também o que ele é capaz de realizar mediante o estímulo do outro. Sendo assim, o estímulo adquirido a partir da boa relação professor/aluno terá fundamental importância no processo de construção do conhecimento e desenvolvimento cognitivo.
“Um aluno que simpatiza com o professor tem mais facilidade para realizar as atividades propostas”
Frente a esta colocação podemos destacar alguns pontos que merecem ser discutidos por educadores e estudiosos da educação: A relação professor/aluno é primordial para o desenvolvimento cognitivo e psicológico do aluno, pois o mesmo vê-se influenciado pelo pensamento/comportamento do professor; O prazer por adquirir o conhecimento está intimamente ligado à relação professor/aluno, pois o aluno tem no seu íntimo a intensão de esforçar-se para não decepcionar o companheiro mestre; A relação professor/aluno modifica o ambiente de aprendizagem escolar. Isto acontece porque as aulas tornam-se mais produtivas e agradáveis, tanto aos olhos do discente como do docente; O aluno sente-se seduzido pela aprendizagem, quando sua relação com o professor é estável,
ou seja, ele esforça-se para realizar as tarefas pro-postas, pois tem a consciência que mesmo errando, terá um apoio para retomar e refazer a atividade. Observadas todas estas questões passamos a entender um pouco dos problemas que vivenciamos dia após dia, e no intuito de compreender capacidades e habilidades frente ao contato com o meio e com o outro, estamos atentos a função da relação professor/aluno, apontando um novo caminho para reflexões possíveis de aplicabilidade ao processo de construção do conhecimento do aluno, pois acreditamos que a mediação tem relevante influência no seu desenvolvimento cognitivo e psicológico. Sobre esta proposta tem-se em Rego (1995) a seguinte análise: “Compreender a questão da mediação, que caracteriza a relação do homem com o mundo e com os outros homens, é de fundamental importância justamente porque é através deste processo que as funções psicológicas superiores, especificamente humanas, se desenvolvem” (p. 50). Referências Bibliográficas: REGO, Tereza Cristina. Vygotsky – Uma perspectiva histórico cultural da educação. 17ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes. 1995. SIMÃO, L & Mttjáns Martinez, A (org). O outro no desenvolvimento humano: diálogos para pesquisa e a prática profissional em Psicologia. São Paulo: Thomson, 2004. TA C C A , M . C . V. R . ( o r g ) . A p r e n d i z a g e m e Tr a b a l h o pedagógico. Campinas: Alínea, 2006. VYGOTSKY, L. S., A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
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O hábito da leitura nas bibliotecas: jogos literários
artigo
Célia Romano Mariano*
A biblioteca em toda sua especificidade surge como espaço de leitura; lugar de saciar e despertar curiosidades; acervo vivo do saber; suporte informacional para suprir e dar fundamentação teórica e prática às instituições de ensino. Intervir no hábito de leitura de modo a transformar o comportamento passivo do leitor perante o texto escrito e criar condições para valorizar a leitura é sua missão. A biblioteca tem como função primordial transformar o usuário consumidor em usufruidor do acervo, contando com a multiplicidade e dinamicidade de informações através de jogos literários, clubes de leituras, concurso de produções literárias com os quais se adquire o prazer de ler. A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção de significados com a aquisição de conceitos, socialização e desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Nas bibliotecas nota-se muitas vezes o pouco caso que os usuários fazem dos livros, no pouco aproveitamento de sua leitura e das riquezas que pudessem lhes serem apresentadas. Infelizmente, a maioria dos estudantes não percebe que lendo se prepara melhor, fundamenta suas opiniões, aumenta
sua compreensão, melhora o vocabulário, além de proporcionar a eles viagens imaginárias, abrindo seus horizontes, enfim, vivencia emoções. Mas se este comportamento não lhe diz respeito, pois o hábito é incorporação cultural, a posição da leitura na escala de valores da tradição cultural “Estímulos facilitadores do hábito de leitura em todos os níveis de formação são necessários para aquisição ou manutenção do conhecimento”
brasileira não é nada promissora. A indústria editorial visa prioritariamente o ganho financeiro, a escola enquanto educadora não orienta aos alunos, impingindo-lhes leituras árduas, fora do seu contexto histórico-social, desestimulando-os, levando-os ao desprazer, até chegar ao descaso de não se inteirar do seu contexto, o que não contribui para uma leitura crítica e prazerosa, isto posto ainda há esperanças na formação de bons leitores se novas concepções e metodologias forem usadas para aproximar o educando da biblioteca. É importante lembrar que estímulos facilitadores do hábito de leitura em todos os níveis de formação são necessários para aquisição ou manuten-
ção do conhecimento. Fazer ações participativas para articular a *Célia Mariano é bibliotecária biblioteca a da UEG/CERES trabalhos pedagógicos busca construir um novo eixo que privilegie o lúdico e a leitura, estimulando com isso inteligências, promove a socialização, enriquece o vocabulário, desenvolve sensibilidades e ao mesmo tempo aumenta seu interesse pelos livros. Os avanços tecnológicos e suas aplicações no processo de ensino-aprendizagem rompem paradigmas e implementam eficiência e rapidez com o uso da Internet. Com isso, não vai se abolir o prazer das descobertas que nos envolvem ao saborearmos a leitura de um livro de papel e de suas releituras. Lembrando Millôr Fernandes: “LIVRO é Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas” e acrescente-se ainda que não têm fios, circuitos elétricos, não está conectado a nada, tem-se à mão a hora que quiser, no momento que desejar, não “dá pau” e é tão fácil de usar que até uma criança pode utilizar. É só abrí-lo. Então LEIA!
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A responsabilidade é de todos
Malu Longo*
Ainda me lembro. Foi no final de 1975, na antiga rodovi* Maria Luisa Longo é jornalista formada pela UFG, ária de Ceres, repórter de O Popular e Assessora de Comunicação do que me desCDL de Goiânia pedi de meus pais para uma viagem sem retorno definitivo. Foi a partida em busca do sonho de me transformar numa profissional de jornalismo. Naquele ano tinha encerrado a terceira etapa do ensino médio no franciscano Colégio Imaculada Conceição de onde, embora não tenha sido nenhuma sumidade de aluna, pude absorver ensinamentos para a vida inteira. Os últimos dois anos de vida escolar em Ceres tinham sido particularmente difíceis. Certa de que o curso Normal, no período da manhã, não me daria base para concorrer em igualdade de condições no vestibular da Universidade Federal de Goiás, havia optado também pelo curso Científico à noite no Colégio Álvaro de Melo. À tarde exercitava a minha responsabilidade de futura profissional trabalhando com meu pai no cartório onde era o tabelião. Mesmo que tenha feito opção pelas noções de magistério já tinha decidido deixar Ceres. Eu queria ir além, descobrir nichos sociais e mundos nada previsíveis que abastecem cotidianamente as edições de jornais. Minha família, meus amigos que ficaram e outros tantos que fiz ao longo desses mais de 30 anos sabem que rotina é veneno na minha trajetória. Portanto, para conseguir atingir a meta de me transformar numa jornalista eu teria de deixar a minha amada casa onde fomos, eu e meus irmãos, levados empiricamente a uma avalanche de informações através de meus pais, Alberto e Francisca. Um filho sair de casa não era nenhuma novidade para eles. Ambos, embora sábios, não tinham chegado à
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universidade. Isso não impedia, entretanto, que sonhassem com títulos para todos nós, sem exigência de opção. Advogados, pedagoga, engenheiros, jornalista, psicóloga, administradora, física formam a nossa grande família, alguns PhD. Para isso, todos os 13 irmãos, sem exceção, tiveram de deixar Ceres. Era a forma, naquela época, de conquistar um canudo de formação superior. O mundo girou com imensa rapidez nesses mais de 30 anos. Veio a era da informática e com ela a globalização. Hoje, aprender é vital. Os ensinamentos da cultura popular, ricos nos rincões brasileiros, são importantíssimos, mas não têm peso na balança do mercado de trabalho. Portanto, quem quiser competir, precisa estudar, entrar na roda de informações que surge a cada segundo para atingir um nível de profissionalização exigido pelo mundo contemporâneo. Uma universidade pública, com o alcance territorial da UEG, é fundamental. Ela dá oportunidade a um enorme contingente de jovens e nem tão jovens que por motivos diversos não puderam deixar suas cidades para estudar. Mas de nada basta a estrutura física e docente da instituição se os alunos não perceberem a sua relevância para a região como fonte de informações. Essa fonte pode e deve ser explorada para que as localidades ganhem não apenas em conhecimentos, divisas e empregos, mas fundamentalmente em cidadania. Cidadãos conscientes alicerçam o futuro para gerações vindouras. Ceres possui uma história riquíssima e inexplorada. Muito do que se transformou a cidade,
para o bem ou para o mal, veio desta história que poucos de seus moradores conhecem. Talvez porque essa fonte foi relegada ao abandono, talvez porque as pessoas que hoje movimentam a engrenagem econômica, política e social do município não tenham percebido o quanto teria sido importante analisar erros e acertos do passado. A UEG começa a fazer parte da história de Ceres. Por ser uma instituição pública, sua sobrevivência depende da sociedade que a mantém com impostos. Ter essa consciência é importante para descobrir o grande número de benefícios que ela poderá reverter à região. Uma universidade comprometida com a comunidade que a abriga ensina a ampliar o leque de possibilidades econômicas, ensina a formar consciências e redimensiona o saber cultural. Portanto, fortalecer uma instituição pública de ensino é dever de todos, não apenas daqueles que a conduzem. Os quase 600 alunos matriculados na unidade de Ceres têm uma grande responsabilidade pela frente: demonstrar à sua comunidade que foram lá e venceram. E venceram bem, com condições de realizar transformações sociais. E isso só será possível se entenderem que a universidade é instrumento de mudança em prol da coletividade, do progresso e do desenvolvimento.
Dezembro 2008
Meio Ambiente e Tecnologia: o que fazer com o e-lixo
artigo
Imagem Ilustrativa: Internet
Lívia Mancine*
As pessoas se deparam a cada dia com as mais diversas inovações tecnológicas. Isso porque já vivemos em meio a muitas delas, as quais fazem parte de nosso cotidiano. Exemplos claros são os celulares, que apresentam os mais variados formatos, trazendo uma vasta opção de funções. Mesmo que seu objetivo maior seja a conversa entre duas pessoas, ele não se exime de apresentar outras funções, como é o caso dos celulares de Terceira Geração ou 3G – como são conhecidos. Esses celulares são dotados de tecnologias, porém o que mais chama a atenção do consumidor é o acesso à Internet de alta velocidade. Isso permite ao proprietário desse pequeno computador móvel estar conectado 24 horas por dia, dispondo de downloads de arquivos, jogos on-line e tudo que a internet pode oferecer inclusive a TV digital. É isso mesmo, será possível assistirmos aos canais abertos pelo celular! Essa novidade desperta em muitos consumidores a vontade de trocar o seu celular para um que atualmente está se consagrando no mercado e que apresenta uma tecnologia a mais. E assim funciona com os demais eletrônicos. Para quem gosta de computadores, a vontade de sempre ter um desempenho computacional melhor, existem opções oferecidas pelos fabricantes a cada modelo que sai no mercado. Mas há algo que devemos Dezembro 2008
começar a nos preocupar: como desfazer do antigo eletrônico? Daquele celular antigo ou daquele monitor que foi trocado pelo LCD, e até daqueles velhos CDs sem utilidades? Isso porque nem contabilizamos a quantidade de pilhas e baterias que já foram jogadas no lixo. Alguns componentes presentes em computadores e na maioria dos eletrônicos são altamente tóxicos e quando descartados de maneira incorreta podem provocar sérios problemas tanto para o meio ambiente como para nós, causando doenças como câncer. Esses componentes são: chumbo, níquel, berílio, cobalto, cromo, cádmio, selênio, arsênio. A ausência de leis para nortear o e-lixo (lixo eletrônico) é um dos fatores que contribue para o “não saber o que fazer”. Sílvia Martarello Astolpho, coordenadora do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), afirma em artigo publicado no site Terra Tecnologia que “legisladores, Estados, União e muni“A ausência de leis para nortear o e-lixo (lixo eletrônico) é um dos fatores que contribue para o 'não saber o que fazer' ”
cípios têm desprezado o problema. O Brasil carece de leis que definam responsabilidades, coleta e reciclagem de produtos descartados. Lamentavelmente, há 17 anos o Congresso brasileiro aprecia o projeto de lei n.º 203/91, que trata do assunto, sem uma solução”. O site www.lixoeletronico.org traz novidades sobre o problema que já enfrentamos e explica como deve ser a reciclagem eletrônica: “a reciclagem de material tecnológico em geral se dá através da manufatura reversa, isso é, os materiais são desmontados, os componentes são separados em plásticos, metais e vidros para então serem tratados e transformados em sais e óxidos
metálicos, pedaços plásticos e pó de vidro”. Claro, isso tudo deve ser feito por *Lívia Mancine é professora da UEG/Ceres pessoas especializadas. O que complica mesmo é saber onde então mandar nossos e-lixos. Infelizmente, ainda não temos centros de coleta que estejam acessíveis em qualquer lugar. Por mais que o assunto seja sério e problemático, nossos governantes ainda não se deram conta disso. Por isso, aí vai algumas dicas para que você faça de seu e-lixo um produto reciclável e que não nos prejudique nem tampouco o meio ambiente. Celular: deve ser levado a uma loja especializada na venda desse aparelho para que a mesma devolva para o fabricante para ser feito o descarte; Pilhas e baterias: entrou em vigor a resolução 401, que passa a responsabilidade para o comércio o recolhimento de pilhas e baterias usadas. Fiquem atentos que em breve deverá conter nas embalagens desses produtos a destinação adequada para o seu descarte; Computadores, impressoras e máquinas fotográficas: empresas como a Dell, HP, Canon e Kodak recebem esses tipos de equipamentos; Tecnologias em geral: o site www.cdi.org.br e www.museu docomputador.com.br também recebem diversas tecnologias, funcionando ou não. É necessário termos consciência do mal que esses produtos ao serem descartados de forma imprudente podem causar. Não podemos ser coniventes com a Mágica do Lixo: o consumidor coloca o lixo na porta da sua casa e ele desaparece e simplesmente isso não é mais problema para ele.
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Enfermagem: um mercado de trabalho promissor
Milson Vieira de Sousa Junior*
A Universidade Estadual de Goiás oferece o Curso de Enfermagem desde *Milson Junior é coordenador do Curso de Enfermagem 2006. Desde então a cada ano 30 novos alunos iniciam seu curso superior buscando a formação de Enfermeiros. E apesar de possuirmos em nossa região inúmeros hospitais e clínicas sabe-se que nem todos os futuros profissionais encontrarão oportunidade de se ingressarem no mercado de trabalho em nosso município. Este profissional trabalha basicamente na assistência ao paciente e no gerenciamento de equipes de instituições da área da saúde. Mas o que fazer? Será que a grande maioria terá que voltar ao seu lugar de origem? Ou será que terão que se mudar para cidades distantes? Tarefas como coordenar unidades de saúde da rede básica, também chamados de Programa de Saúde da Família (PSF) são ações rotineiras para o Enfermeiro, gerenciar os deveres dos Técnicos de Enfermagem são freqüentes no dia-a-dia desse profissional, porém o serviço autônomo também pode ser desenvolvido. Vale ressaltar que a atuação do profissional de enfermagem vai muito além de trabalhar dentro de um hospital aguardando o próximo paciente. Projetos comunitários, pesquisas, ações de prevenção, trabalhos com pacientes de grupos especiais, docência universitária e até mesmo trabalho com reprodução humana podem ser desenvolvidos por um Enfermeiro. O Enfermeiro pode dedicar-se à pesquisa, ou mesmo abrir uma firma de consultoria para dar assistência direta a pacientes portadores de doenças como diabetes, pacientes com déficits cardíacos, idosos, hipertensos, dentre outros. Pode ainda dar orientações a mulheres gestantes e realizar acompanhamento pré-natal. O Enfermeiro atua diretamente em orientações no período de aleitamento materno. A saúde de sua
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família pode e deve ser confiada ao profissional de enfermagem. Em equipes de Reprodução Assistida que possuem o profissional de enfermagem observa-se que é este profissional quem acompanha o paciente durante e após o tratamento em procedimentos que chegam à intimidade do casal em tratamento. Sabe-se que em países europeus e nos Estados Unidos os Enfermeiros realizam exames de ultrasonografia e até mesmo inseminações artificiais sem acompanhamento médico durante a Reprodução Assistida. O profissional de Enfermagem pode também atuar na captação de órgão humano para a realização de transplantes. O trabalho do Enfermeiro de “O profissional de Enfermagem pode também atuar na captação de órgão humano para a realização de transplantes” Captação de Órgãos retrata a natureza dialética do cuidar. Esse trabalho determina o enfrentamento da falência física e definitiva da vida, no processo de degradação e perda da integridade do ser humano, quando seus cuidados tornam-se necessários à manutenção voltada para a vida, agora já focalizada no outro. Como agente, o Enfermeiro da Captação de Órgãos utiliza sua observação, utilizando a monitoração de respostas e resultados, revelando estilo de raciocínio do processo de cuidar a favor da vida. Outro direcionamento que o profissional de enfermagem engloba atitudes que visam melhorar a qualidade de vida da população. A atuação voltada para as atividades de saneamento básico, realizada pelos Enfermeiros, visam minimizar os problemas de saúde já existentes e buscam a prevenção de doenças futuras que possam ser desencadeadas pela fragilidade de medidas de saneamento. Contudo as medidas que o Enfermeiro pode desenvolver giram em torno de indicar o destino a ser dado aos resí-
duos sólidos, conscientizar a comunidade quanto à importância do saneamento, orientar formas de prevenir doenças transmitidas por falta de cuidado da população com seu lixo e com a eliminação de seus dejetos. Assim, doenças como dengue, leptospirose e muitas outras podem ser evitadas. A percepção do Enfermeiro quanto a sua responsabilidade em melhorar a qualidade de vida das pessoas através de ações de educação em saúde e promoção do saneamento básico deve estar sempre em evidência. Enfim, pode-se observar que embora tenhamos muitos profissionais no mercado de trabalho e tantos outros buscando concluir a graduação em Enfermagem não será difícil encontrar um setor de afinidade para esse profissional da saúde desenvolver uma atividade promissora saindo de dentro do cotidiano mundo hospitalar. Mas não se deve deixar de afirmar que cabe também a esse Enfermeiro se qualificar cada vez mais com Cursos de Aprimoramento, Pós-Graduações, Mestrados, Doutorados, pois, somente com uma capacitação eficaz esses novos campos de atuação vão se abrindo para o profissional da saúde. A atualização profissional é a chave do segredo que abrirá as portas do mercado de trabalho para os futuros Enfermeiros da UEG – Unidade Universitária de Ceres e os demais colegas de profissão.
Dezembro 2008
artigo
3° Ano de Sistemas de Informação: Dedicação e Profissionalismo!
Adilson Júnior
Aluno do Curso de Sistema de Informação
Para as gerações que deixam, hoje, o ensino médio rumo a uma universidade, talvez seja difícil conceber um mundo sem computadores. Afinal, em pouco mais de vinte anos essas máquinas saltaram das páginas dos livros de ficção científica para fazer parte da vida de cada um de nós. Da mesma forma que se tornaram indispensáveis em agências bancárias, aeroportos, hospitais, nos grandes jornais e até em restaurantes, os computadores foram se tornando parte da rotina da maioria das pessoas. E é aí que entra o profissional da área de informática, preparando a máquina para cumprir determinadas tarefas e adequando seu funcionamento às necessidades do usuário. O curso de Bacharelado em
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Sistemas de Informação tem esse principal objetivo: formar pessoas aptas a estruturar os diversos fluxos de informação nas mais variadas formas de organização e desenvolver sistemas que atendam às empresas. O profissional da área de Sistemas de Informação é alguém com conhecimentos sólidos de informática e com base teórica sobre administração empresarial. Enfim, que reúne os dados
“O profissional da área de Sistemas de Informação é alguém com conhecimentos sólidos de informática e com base teórica sobre administração empresarial” dispersos de uma empresa e, com base nesses dados e nas necessidades específicas da organização, ordena sistemas que ajudam na tomada de decisões. A sua formação inclui além de Física, Matemática e várias disciplinas ligadas à Ciência da Computação – estudos de Marketing, Comunicação Empresarial, Análise de Sistemas e de organização e gerenciamento de empresas (Administração, Finanças, Ética e Recursos Humanos). Tudo indica que o mercado de trabalho nessa área continuará se expandindo. Com base nestes princípios os acadêmi-
cos do 3� ano do curso de Sistemas de Informação da UEG/UnU-Ceres, orientados pela Professora de Projeto I, Roberta Alehandra Prados, desenvolvem softwares/sistemas nas diver-
“Tudo indica que o mercado de trabalho nessa área continuará se expandindo” sas áreas de mercado colocando em prática tudo aquilo que se aplica a sala de aula no dia-a-dia do curso. A professora afirma que este ano está surpresa com os excelentes projetos que os acadêmicos estão desenvolvendo, mas já se sabe que isso se dá devido à maioria dos acadêmicos já trabalharem na área exercendo com qualidade suas devidas funções antes mesmo de concluírem o curso. A sala está compota por profissionais e empresários nas diversas áreas que a informática oferece, destacando-se: Programador, Analista de Sistemas, Gerente de CPD, Técnico de Informática, Consultor, Desenvolvedor web, Profissional de Marketing. Com a qualidade dos resultados destes projetos aplicados na sala de aula já se sabe que em um fuCom a qualidade dos resultados dos projetos aplicados na sala de aula já se sabe que em um futuro próximo a sociedade poderá contar com os trabalhos por eles oferecidos” turo próximo a sociedade poderá contar com os trabalhos desses profissionais, que com suas experiências poderão ser a solução em serviços de informática, atendendo às expectativas de clientes e usuários, fortalecendo o compromisso entre os funcionários e a empresa e contribuindo para o desenvolvimento de nossa região e do próprio País.
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artigo Plano de negócios: fase fundamental para o empreendimento Jean Alves Leal *
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novo negócio, mas aquele que está sempre atento, tanto para identificar novas oportunidades quanto para enfrentar as dificuldades do novo empreendimento, tem que estar preparado para assumir riscos e começar algo novo, sempre inovando e transformando idéias em realidade, deve ter em mente um objetivo, saber aonde quer chegar e trabalhar com uma visão no futuro, o que lhe permite identificar se alguma atitude saiu do critério, por ele adotado, fazendo uma avaliação de cada dia vivido, e acrescentando algo mais para a construção de seu futuro. Planejar é o segredo do sucesso para o empreendedor, isso significa estudar, antes de colocar em prática suas ações. Ele deve se preocupar em planejar antes de atuar no ramo escolhido, pois estará sendo preparado para os prováveis contratempos que irão acontecer pelo longo desenrolar de seu negócio. Apesar de ser um estudo necessário para o sucesso do negócio, o plano é algo novo para a maioria dos em-preendedores. A maior parte só faz um breve estudo sobre o negócio, e uma análise dos custos primários, e isso quando não é do ramo. Esse aspecto deveria ser visto de forma mais séria, pois a má implementação do negócio pode vir a significar seu fracasso, causando assim uma série de prejuízos emocional, pessoal e o que a maioria das pessoas classificam como o mais importante, o financeiro. O plano de negócio é um roteiro que não
elimina erros, mas auxilia o enfrentamento dos mesmos, direcionando seus esforços de uma melhor maneira. É uma espécie de plano de viabilização de uma idéia, para que nada passe por despercebido, representa um extenso levantamento dos ele-mentos que compõem o negócio, tanto os internos quanto os externos, procurando a princípio, responder a algumas perguntas.
Imagem Ilustrativa: Internet
O de senvolvimento de um plano de ne*Jean Alves Leal Professor do gócios é de curso de Sistemas de Informação da UEG – UnU Ceres fundamental importância para qualquer atividade comercial, independente de seu ramo de atuação, devido à preocupação com o despreparo que os empreendedores têm em relação a seus empreendimentos, o que implica um alto índice de mortalidade das empresas no seu primeiro ano de vida. Necessariamente, um negócio tem como objetivo suprir algum mercado, atender alguma necessidade ou ser resposta a uma oportunidade de mercado, estando assim envolvidos os atos de vender, comprar, produzir ou oferecer um serviço, o qual estará satisfazendo a alguém. Um empreendimento surge de inúmeras maneiras, de necessidades diferenciadas, às vezes do espírito empreendedor, da vontade de crescimento, e até mesmo, como solução para problemas como é o caso do desemprego. Pode acontecer através de pessoas sem conhecimento suficiente no ramo do negócio, e até mesmo por inovadores que desenvolveram seu potencial empreendedor. O risco de um negócio é caracterizado pela falta de um roteiro, para auxiliar o empreendedor, uma condição de previsibilidade e resolução dos problemas. Empreendedor é aquela pessoa que faz com que as coisas aconteçam, pois tem imensa sensibilidade para os negócios, identifica com facilidade as oportunidades. Com isso, faz com que idéias se tornem realidade, beneficiando a ele mesmo e a comunidade na qual está inserido. Não é só aquele que dá início ao
“O plano de negócio é um roteiro que não elimina erros, mas auxilia o enfrentamento dos mesmos, direcionando seus esforços de uma melhor maneira” O empreendedor nada mais é que uma figura complexa, de visão ampla, com bom faro para negócios, com imensa capacidade de transformar idéias em realidade, tem coragem e vontade de arriscar, está sempre em sintonia com oportunidades e mercado, o que nem sempre pode ser percebido por todos. Não se deixa abater, nem desiste ao se deparar com um “não” ou mesmo com dificuldades do gênero financeiro, pois, jamais desiste de seus sonhos, seus objetivos, sua vontade de auto realizar-se, de ser seu próprio patrão, enfim, de progredir.
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UEG desbravando caminhos para o seu crescimento
artigo
Milson Vieira de Sousa Junior
A Universidade Estadual de Goiás – Unidade Universitária de Ceres sempre buscou desenvolver projetos de novos cursos que alcançassem os interesses do mercado de trabalho da Região do Vale do São Patrício. Com esse objetivo nossa Unidade Universitária já concluiu turmas de graduação de Gestão Pública, Gestão de Agronegócios e Gestão de Saúde. Cursos de Pós-Graduação em Matemática, Psicopedagogia e Docência Universitária. Atualmente encontra-se em funcionamento dois cursos regulares, sendo Enfermagem e Sistema de Informações. Temos ainda dois cursos de licenciatura plena parcelada, sendo Educação Física e Pedagogia. Como pós-graduação encontra-se em andamento as especializações em Educação Infantil e em Redes e Bancos de Dados para Web. Contudo, novos projetos estão sendo elaborados e o próximo curso a ser oferecido pela Universidade Estadual de Goiás – Unidade Univesitária de Ceres é mais uma pós-graduação intitulada Fisiologia Aplicada ao Exercício. Seu público alvo são educadores físicos, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, enfermeiros, dentre outros profissionais da saúde. Após a conclusão do curso os profissionais então pós-graduados poderão atuar com maior segurança e conhecimento em colégios, academias e centros de saúde. As inscrições ocorreram em dezembro do corrente ano e devem ser realizadas na secretaria da UEG, com Lidyanne. As matrículas poderão ser realizadas no início do mês de janeiro de 2009 e as aulas estão previstas para iniciarem dia 16 de janeiro de 2009. O curso terá a duração de 510 horas que serão divididas em dois Dezembro 2008
encontros mensais, com aulas nas sextas-feiras no período noturno e aos sábados no período diurno. Os referidos encontros acontecerão durante dois finais de semana de cada mês, sempre intercalando em um final de semana com aula e outro sem encontro presencial. O objetivo geral do curso é a especialização e o aprimoramento das atividades profissionais buscando o crescimento intelectual teórico/prático do aluno. Os focos específicos são aprofundar os conhecimentos da fisio“O curso terá a duração de 510 horas que serão divididas em dois encontros mensais”
logia humana normal, identificar as alterações fisiológicas ocasionadas pelo exercício e apresentar prescrições de exercícios que desenvolvam a fisiologia do atleta. A criação de um curso de pósgraduação lato-sensu intitulada Fisiologia Aplicada ao Exercício é um passo muito importante para a UEG em especial para a Unidade Universitária de Ceres. Atualmente esta unidade possui quatro turmas do curso de Educação Física que totalizam uma média de 130 discentes no último semestre da graduação. “O objetivo geral do curso é a especialização e o aprimoramento das atividades profissionais buscando o crescimento intelectual teórico/prático do aluno”
A região apresenta ainda vários profissionais de fisioterapia atuando na região, além ainda de diversos médicos e outros tantos profissionais nutricionistas, enfermeiros. Destaca-se que todos esses profissionais são potencialmente alunos para este curso que almejamos implantar. Cada disciplina será ministra-
da em um módulo específico em caráter teórico, e quando se fizer necessário ocorrerá a divisão em aula teórica, seguida de aula prática. O corpo docente que irá minitrar as aulas será composto completamente por mestres e dotores, capacitados e preparados “Cada disciplina será ministrada em um módulo específico em caráter teórico, e quando se fizer necessário ocorrerá a divisão em aula teórica, seguida de aula prática”
para apresentarem aulas de qualidade. O investimento que o aluno fará será de R$ 200 no ato da matrícula e mais 15 parcelas do mesmo valor. Porém se o número de alunos for superior a 50, acontecerá uma avaliação escrita de caráter subjetiva objetivando a disponibilização de bolsas de estudo parciais para os excedentes a cinqüenta. Essa bolsa de estudo seguirá o seguinte percentual de desconto: para o primeiro colocado, bolsa de 50%, para o segundo colocado, bolsa de 40%, para o terceiro colocado, bolsa de 30%, para o quarto colocado, bolsa de 20%, e para o quinto colocado, bolsa de 10%. É com o imenso prazer que a UEG – UnU Ceres convida você, profissional da saúde, para vir aprimorar seus conhecimentos nesse nosso curso de pós-graduação. Um curso acessível, com investimentos dentro da realidade de nossa região, sem despesas exorbitantes com viagens, alimentação, estadias. Um curso que vai te capacitar para o mercado de trabalho, te evidenciar como profissional, incorporando ao seu currículo mais uma etapa vitoriosa. Ter uma pós-graduação latosensu abrem portas e diferencia dos profissionais que concluíram a graduação e não buscaram novas maneiras de aprofundar seus conhecimentos.
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Minicursos: Pedagogia de sucesso!
Elaeny Glaucia Rodrigues e Maria das Graças Liberato são professoras da UEG/Ceres
Desde o início de seu curso os alunos de Licenciatura Plena Parcelada em Pedagogia, Convênio VII, têm encontrado vários desafios a serem transpostos e vencidos, demonstrando com louvor que possuem muita criatividade, disposição e preparo pedagógico para assumir esta jornada árdua, porém gratificante, que lhes aguarda. As professoras das disciplinas de Prática Pedagógica III – da Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental – propuseram mais um destes desafios, a elaboração e aplicação de Minicursos aos colegas e também para os alunos da outra turma cursistas de Pedagogia, Convênio VIII. O resultado obtido trouxe alegria geral pelo excelente resultado alcançado, não apenas no desenvolvimento de todo o potencial dos grupos envolvidos na transmissão dos minicursos, mas também na preciosa colaboração dos acadêmicos do curso de Pedagogia, convênio VIII, que experimentaram inovadoras práticas relacionadas a importantes temáticas pedagógicas, que nasceram de um extenso e apurado trabalho de pesquisa e preparo. A escolha dos temas foi livre, porém os projetos dos minicursos apresentados foram orientados pelas professoras de Prática Pedagógica na sua elaboração e execução. Sinteticamente os temas abordados foram: “Todo dia é dia de poesia” – Educação Infantil O conhecimento só se desenvolve por meio de um trabalho que considere as diferentes linguagens que o ser humano constrói
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em seu percurso sociocultural, linguagens que dialogam com a afetividade, com a emoção. Assim sendo, o minicurso abordou as múltiplas formas de se trabalhar a poesia com crianças, mesmo sem a aquisição da escrita convencional. Por meio das cores, formas e sons a criança compreende que o fazer poético trabalha com as emoções e busca a resignificação das palavras, sem contar que diferentes outros saberes são possíveis de serem trabalhados pela poesia de uma maneira mais leve e produtiva. “A importância do imaginário na literatura infantil” – Educação Infantil
– Educação Infantil São quatro as habilidades da linguagem verbal: a leitura, a escrita, a fala e a escuta. Destas a leitura é a habilidade lingüística mais difícil e complexa. A leitura é um dos processos de aquisição da lectoescrita e como compreende a decodificação e a compreensão. Baseado nessas idéias vários são os profissionais da educação infantil que limita-se a esquemas corporais e atividades motoras mecânicas e pouca importância dão à necessidade de se observar os pequenos desta faixa etária que desde cedo produzem traços de uma aparente distorção na aprendizagem, que nada mais é que um jeito de ser e de aprender onde é refletida a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente. Diante dessa realidade o grupo propôs-se através de um estudo apurado e aprofundado conhecer e trabalhar a Dislexia.
A literatura em si é arte e a Literatura Infantil pode ser vista como a arte de trabalhar o imaginário e a fantasia. O termo infantil não significa que tenha sido feita somente para as crianças. A literatura infantil, em seus diversos estilos, encanta todo o tipo de público desde pequenos ouvintes até os mais velhos. “Literatura de Cordel” – O minicurso possibilitou ter Educação Infantil um acesso a história da Literatura A Literatura de Cordel é um Infantil, dos clássicos literários que a compõe e a importância que ela dos meios de grande importância demanda na formação e no desenvolvimento da criança como cidadão. Autores e sua trajetória de vida, obras e múltiplas CRUZEIRO DO GÊNESE METRÓPOLE LEX LUTHOR SUL formas de se estimular a ler foram alguns dos conteúdos abordados.
Sua Festa Merece!
CIRCUITO BRASIL
“Distúrbios da aprendizagem”
YOUNG
GANG LEX
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(62) 3261-8646 / 9968-3342 Dezembro 2008
artigo para se trabalhar na educação infantil, por meio do desenvolvimento da oralidade, pois essa literatura possibilita uma união saudável entre a oralidade e a escrita. A Literatura de Cordel possibilita um convívio harmonioso das duas linguagens, a escrita e a oral, sem que uma simplesmente substitua a outra, é muito importante levar ao conhecimento das crianças essa perspectiva de diferentes linguagens que estimulem o pensamento infantil, a transmissão e o cultivo de uma cultura nacional e motivação e o conhecimento de diferentes portadores de textos que busquem a leitura de mundo mesmo antes de se saber ler convencionalmente.
ensino e um mediador neste processo, que é a mamãe, quando se trata de bebê ou é o professor, que tem como função identificar as dificuldades de aprendizagem. Entendendo assim, o minicurso procurou abordar e caracterizar as dificuldades de aprendizagem como alterações nas habilidades de linguagem, leitura, escrita ou cálculo, enquanto as habilidades motora, sensoriais, intelectuais e sociais apresentam-se potencialmente normais. É o que reflete uma discrepância entre a capacidade e o nível de realização das atividades. Esclarecendo que a criança com dificuldade de aprendizagem não é necessariamente portadora de deficiência física ou mental.
“Crianças com dificuldades de aprendizado – aspectos que interferem na boa aprendizagem: psicomotor, cognitivo, sócio-afetivo-emocional” – Ensino Fundamental
“Aprender, brincar, crescer e desenvolver atividades lúdicorecreativa” – Ensino Fundamental O projeto buscou desenvolver nos educadores diferentes situações de ensino-aprendizagem para a garantia de uma sala de aula progredida harmoniosamente, voltada para atividades e exercícios de lateralidade, coordenação estática, equilíbrio, percepção e dissociação de movimentos. As atividades lúdicas, o desempenho do professor e a integração da escola no processo ensino-aprendizagem contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento de estratégias estimuladoras do potencial tanto do educando quanto do educador.
A aprendizagem informal acontece espontaneamente no meio ambiente, pela relação com as pessoas, por intermédio de meios de comunicação, do convívio do indivíduo. A aprendizagem formal é programada, tem uma seqüência didática, com objetivos de
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“Explosão de jogos na matemática: uma caixinha de surpresa” – Ensino Fundamental Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Os educadores de uma forma geral precisam incorporar em sua prática alternativas para aumentar a motivação para aprendizagem, romper com as situações conflitivas com a disciplina, além de organiza-se através de uma melhor concentração, atenção raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo. O jogo possibilita esta reunião de atividades mobilizadoras do ensino-aprendizagem levando em conta principalmente que aprender torna-se um prazer. “Inteligências múltiplas” – Ensino Fundamental O estudo das inteligências múltiplas possibilitou aos cursistasmestres, além do conhecimento das diferentes inteligências, o conhecimento de que as crianças não aprendem de uma mesma maneira e que a sala de aula homogênea é uma utopia, pois o ensino de qualidade e o fomento de situações reais de ensino-aprendizagem só podem surgir de situações onde exista troca de conhecimentos. Portanto partindo assim da heterogeneidade, assim além de conhecer as diferentes inteligências, houve acesso a diferentes metodologias práticas que possibilitaram o lidar prático de cada uma delas.
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A UEG sonhada em Ceres Divânio Gomes Ramos* A obra mais importante para o crescimento e desenvolvimento de *Divânio Gomes Ramos é engenheiro civil e diretor da UEG, Ceres chaUnidade Universitária de Ceres ma-se UEG. Isto se entende facilmente, pois o mundo sabe o valor que tem a educação como a base de desenvolvimento de qualquer civilização. O crescimento de um município é em escala menor semelhante ao das nações. A nação menor tem que se superar com um trabalho de ponta, inteligência, dedicação e sabedoria. Especificamente Ceres, precisa de formação tecnológica aprimorada e de um fino trabalho de inteligência para superar suas deficiências de dimensões geográficas, explorando ao máximo os potenciais que possui. As ferramentas essenciais para viabilizar esse tipo de trabalho advêm da escola com oferta da educação, pesquisa e extensão, bem ao nível superior de uma Universidade. A cidade dispõe de uma oferta variada de escolas que pretendem atender à demanda regional com qualidade, ampliando as fronteiras até confins cada vez mais distantes, alcançados graças também à importância dos cursos oferecidos. Tem duas universidades públicas sendo uma federal e outra estadual e mais quatro instituições de ensino superior com características de privadas, mas conscientes da realidade social trabalham com mensalidades
acessíveis e muitas bolsas de estudo. Enfim, desde há muito aqui existem escolas excelentes em todos os níveis. Não obstante, foi o advento da UEG o momento decisivo para a consolidação de Ceres como pólo educacional. No porte atual e com as perspectivas de crescimento desejadas, fortalece sobremaneira a confiança em um futuro grandioso para toda a micro-região que aqui recorre em busca da formação escolar de sua juventude. A Unidade Universitária da UEG em Ceres passou por momentos de descrédito, dado principalmente ao atraso na conclusão definitiva do prédio novo. Mas nunca houve por parte dos governos Marconi Perillo e Alcides Rodrigues nenhum sinal de descrença ou vacilo quanto a importância da obra e a necessidade urgente de sua conclusão. Houve atraso em função de problemas extras de administração, que não ousamos discutir o mérito, mas vale registrar que quem acompanhou passo a passo esta obra desde a sua primeira concepção encontrou por parte destas autoridades sempre uma firme promessa de construção e um voto de fé e louvor no empreendimento. Alguns méritos merecem reconhecimentos, ao senador Marconi como o principal idealizador da UEG e ao governador Alcides pela conclusão desta obra antes de qualquer outra. A Unidade Universitária representada pelos acadêmicos, quando da passagem do governa-
dor por palanque em Rialma em 2007, fez de público a reivindicação da conclusão da obra, pedido ratificado em outros momentos por companheiros e irmãos, amigos de Ceres. Compromisso feito e finalmente atendido veio então a ocorrência da entrega de público para a comunidade. Nesse evento aconteceu lamentavelmente um fato que demonstra necessidade de educação e escola cada vez melhor para o povo. Na visita para entregar a obra em Ceres um grupo de alunos fez um barulhaço agressivo no momento da fala do governador. Toda esta mobilização não levou em conta o quanto a sociedade local estava ganhando e o quanto poderia ganhar a mais sendo afável e hospitaleira. O movimento do grupo de estudantes foi incompreensível e a motivação inspirada por valores impensáveis. Ainda bem que o governador, um homem com nobre formação e caráter, dando demonstração de competência e capacidade política, forjada na lida com o povo fez o confronto e “A universidade oferece além da educação, a extensão que promove principalmente a interação com a comunidade” deixou bem claro que é no enfrentamento que se apura a verdade e os bravos. Àqueles que achavam que a pressão, que supostamente faziam, traria resultados positivos, restou entenderem que acima das querelas e
artigo rasteiras prevalecem os homens Como exemplo, se prode bem. A oportunidade serviu pala cursos semelhantes ao prepara mostrar o quão grande é o paratório para o vestibular ofereespírito público do governador e cido graciosamente pelos alunos o valor moral do homem Alcides, do Centro Acadêmico de Enfernão permitindo que retaliações magem, com grande aceitação e fossem e sejam feitas ao nível e participação da classe de estumerecimento do grupo de bader- dantes. Na área de Sistemas de neiros em prejuízo de uma Informação já estão sendo realicomunidade ordeira, livre e de zados cursos básicos de informábons costumes. tica e apoio a instituições parceiA universidade oferece ras visando a preparação de joalém da educação, a extensão vens para o mercado de trabalho. que promove principalmente a Foram apresentados sete novos interação com a comunidade es- projetos de extensão à Prótreitando esta relação, oferecen- Reitoria para o próximo semestre do facilidades para formação téc- todos ligados a área de informánica de profissionais além de via- tica e enfermagem e os projetos e bilizar projetos que melhoram as programações de parcerias não oportunidades de emprego e tra- param. balho. Um projeto que temos em A pesquisa ainda incipienpauta, prestes a se iniciar é a ins“A pesquisa ainda incipiente talação no Campus I, Morada Verde, de uma Incubadora de nesta Unidade é uma vertente Empresas em parceria com o Se- que sem dúvida será explorada brae. É uma iniciativa de alcance intensamente na medida em regional em termos de geração de que as instalações novas da oportunidade de trabalho e renda, e que tem conotação e dimenUEG se materializarem” sões de laboratório de pesquisa, vez que poderá ser modelo para te nesta Unidade é uma vertente as demais Unidades que possuam que sem dúvida será explorada condições semelhantes de insta- intensamente na medida em que lação de uma incubadora. Já exis- as instalações novas da UEG se te por parte dos professores na materializem e o corpo docente UnU nítida demonstração de a- efetivo com dedicações exclusidesão e interesses em participa- vas seja contratado através dos rem do projeto e da instalação, concursos iminentes. Na área de seja como orientadores ou incu- Informática, um trabalho relaciobados o que pode ser entendido nado com o Ensino à Distância, como um atestado da excelência realizado pelo professor Ly Freida idéia e da iniciativa. No cam- tas, e as perspectivas são de supo social muito mais ainda pode cesso e crescimento, visto ser o ser feito com a extensão, desde as campo vasto e oferecer inúmeras assistências de aplicação na área possibilidades. Com o registro de saúde pelo curso de Enferma- histórico de sucesso de inovações gem até as ofertas de diversos ou mesmo criações que alicerçacursos formativos à comunidade. ram o soerguimento econômico
de comunidades inteiras, as esperanças de resultados similares pairam bastante vivas em nosso meio. O caminho está sendo aberto, o trabalho é árduo, mas com dedicação, sabedoria e confiança os atores desse processo serão abençoados e a sociedade regional viverá o objetivo sonhado. Para este ano a grande expectativa é que, realizado o concurso de docentes, a entrada dos novos professores com doutorados, viabilize mestrados institucionais regionais e esta oferta venha atender a aspiração maior do interior. A necessidade é grande e as argumentações são justas. A apresentação dos Projetos de Mestrado deve sensibilizar os avaliadores a obterem pareceres favoráveis e aprovação dos Conselhos competentes e da Capes. Significará um avanço na consolidação da UEG em sua busca da auto suficiência, sobretudo no interior para onde foi criada e onde desenvolverá o trabalho de educação superior que fará a “O caminho está sendo aberto, o trabalho é árduo, mas com dedicação, sabedoria e confiança os atores desse processo serão abençoados e a sociedade regional viverá o objetivo sonhado” diferença no Estado. Será então bem definido um caminho para o uegeano trilhar com a mente aberta a cabeça erguida e a alma em paz e altiva.
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Extensão acadêmica: a universidade a serviço da comunidade Oberdã Fernandes de Lima
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atividades artísticas, de cunho cultural, social, profissionalizante ou mesmo de utilidade pública. A extensão universitária é, na realidade, uma forma de interação que deve existir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida. É uma espécie de ponte permanente entre a instituição e ensino superior e os diversos setores da sociedade. Funciona como uma via de duas mãos, em que a Universidade leva conhecimentos e/ou assistência à comunidade, e recebe dela influxos positivos como retroalimentação (feedback), tais como suas reais Foto: Arquivo
Ensino, pesquisa e extensão constituem as três funções básicas da universidade as quais devem ser equivalentes e merecer igualdade em tratamento por parte das instituições de ensino superior. Caso contrário estará violando o preceito constitucional do artigo 207 da Constituição Brasileira que dispõe: “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. A extensão universitária ou acadêmica pressupõe uma ação junto à comunidade, disponibilizando ao público externo à Instituição o conhecimento adquirido com o ensino e a pesquisa desenvolvidos pelas Universidades. Especialmente no Brasil, a extensão diz respeito ao contato imediato da comunidade interna de uma determinada instituição de ensino superior com a sua comunidade externa, em geral a sociedade à qual ela está historicamente interligada. A idéia de extensão está associada à crença de que o conhecimento gerado pelas instituições de pesquisa deve necessariamente possuir intenções de transformar a realidade social, intervindo em suas deficiências e sem deixar de considerar as questões relativas à formação dos alunos da instituição. “A extensão universitária é uma forma de interação que deve existir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida” O meio universitário costuma confundir o termo “extensão” com “cursos de extensão universitária”. Os cursos de extensão universitária, geralmente acadêmicos e com carga-horária restrita, destinam-se a complementar conhecimento em áreas específicas. Já as atividades de extensão são bastante amplas e complexas, podendo conter um ou vários cursos de extensão, bem como
uma forma de a universidade socializar e democratizar o conhecimento, levandoo aos não universitários. Assim, o conhecimento não se traduz em privilégio apenas da minoria que é aprovada no vestibular, mas difundido pela comunidade, consoante os próprios interesses dessa mesma comunidade. As atividades de extensão bem planejadas, bem estruturadas e bem executadas permitem à universidade socializar e democratizar os conhecimentos dos diversos cursos e áreas, e também preparar seus profissionais, não somente com a estratégia do ensino-transmissão, mas complementando a formação com a estratégia do ensino-aplicação. “Por meio da extensão, a universidade tem a oportunidade de levar, até a comunidade, os conhecimentos de que é detentora”
Turma do Curso de Extensão necessidades, seus anseios, aspirações e também aprendendo com o saber dessas comunidades. Ocorre, na realidade, uma troca de conhecimentos, em que a universidade também aprende com a própria comunidade sobre os valores e a cultura dessa comunidade. Assim, a universidade pode planejar e executar as atividades de extensão respeitando e não violando esses valores e cultura. A universidade, por meio da Extensão, influencia e também é influenciada pela comunidade, ou seja, possibilita uma troca de valores entre a universidade e o meio.
Possibilidade de contribuição social
Por meio da extensão, a universidade tem a oportunidade de levar, até a comunidade, os conhecimentos de que é detentora, os novos conhecimentos que produz com a pesquisa e que normalmente divulga com o ensino. É
É na extensão que os universitários das áreas da saúde, educação e Sistemas de Informação da unidade universitária de Ceres, vão entender e fundamentar os conceitos e teorias aprendidas nas atividades de ensino, consolidando e complementando o aprendizado com a aplicação. Daí um dos grandes méritos da extensão: permitir a efetivação do aprendizado pela aplicação. Essa aplicação, evidentemente, deve ser planejada e acompanhada por professores e profissionais das respectivas áreas do conhecimento, da própria Universidade. Várias foram as ações da coordenação de extensão, cultura e assuntos estudantis no ano de 2008, dentre elas podem ser destacadas as seguintes: Cursos de atualização e complemento de formação para alunos do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação; Curso de atualização em metodologia científica para os acadêmicos das Licenciaturas; VI Jornada Cultural, com o tema Ecologia, cultura e qualidade de vida,
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quando foram oferecidos 28 cursos à comunidade acadêmica e população geral; Mostra de cinema Goiás mostra vídeos, em conjunto com a Pallas Oscip e Mandra Filmes; Peça de Teatro A balada de um palhaço da Universidade Católica de Goiás; Semana interna de Recursos Humanos; IV e V Jogos da Educação Física; II Semana da Enfermagem; I Semana Pedagógica, com duração de 30 horas de cursos e oficinas; VII FEICER - Feira de Indústria, Comércio e Serviços de Ceres e Rialma; V TIVASP - Comércio on-line: a expansão do comércio pela Internet; Entrevista com os candidatos a prefeito Ceres; Lançamento da Revista Provale; Elaboração e apresentação de novos cursos de extensão para 2009; Elaboração do projeto Cultural Pré-estréia; Elaboração do projeto de Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Administração Hospitalar e Saúde Pública; Lançamento da segunda edição da Revista Provale.
Extensão e comunidade juntas na formação de adolescentes para o mercado de trabalho A extensão universitária, em parceria com o Lar Espírita Sabina Andrade Ribeiro, tem desenvolvido um curso de informática básica para adolescentes do Projeto Adolescente Aprendiz, que é um dos vários programas desenvolvidos pelo Lar Espírita. A entidade abriu suas portas na comunidade ceresina há mais de 40 anos e de lá para cá vem desenvolvendo ações de evangelização, assistência social,
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educacional e de profissionalização. que todos eles vêm de escolas públicas e Essas ações são desenvolvidas por meio poucos vislumbram a possibilidade de de seu abrigo de crianças, da escola de acessarem o nível superior. A preparação desses adolesensino fundamental, Educandário Anália centes para o mercado de trabalho, por Franco e por meio da Escola de Profismeio do treinamento e, principalmente, sionalização, segundo nos relata a prodo curso de informática básica, levoufessora Regislene Maria Fernandes nos a desenvolver para o ano de 2009 Mendes, coordenadora do projeto Adoum programa de atendimento aos alunos lescente Aprendiz. A escola de profissionalização é de escolas públicas por intermédio de fruto da necessidade de formação de novos cursos tanto de informática básica adolescentes para atender as demandas quanto de especificidades como manudo mercado de Ceres e Rialma. Dessa tenção de hardware. Esses cursos serão forma, o Lar Espírita iniciou em outubro oferecidos dentro do Centro de Inclusão o programa adolescente aprendiz, com a Digital instalado na UnU-Ceres, meprimeira turma de capacitação de adodiante o Programa Trilha Digital, do conlescentes para o trabalho, composta por vênio MCT/FUNCER/CAIXA. Percebe-se assim o grande valor 70 inscritos que estão sendo atendidos e da extensão universitária, tanto pela conrecebendo capacitação teórica em cidatribuição na formação acadêmica quandania, direitos humanos, organização de to nas relações e desenvolvimento da coempresas e informática básica. A efetivação do projeto prevê o ingresso dos adolescentes no mercado de trabalho em regime de aprendizagem conforme lei e regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego que determina carga horária e remuneração específicas. A capacitação é desenvolvida na sede do Lar Espírita e no laboratório de informática da UEG-Ceres, onde os instrutores Renato Rodrigues e Rondinelly Pimentel, acadêmicos do Curso Professores do Curso de Informática de Bacharelado em Sistemas Básica (Coordenação de Extensão) de Informação, desenvolvem o curso de informática básica com duas munidade local. Portanto acreditamos turmas de 20 alunos, cada uma, e carga que a extensão deve merecer maior atenhorária de 50 horas aula por turma. ção e apreço por parte daqueles que dela Ambos os instrutores acreditam no valor se utilizam de alguma maneira e saliendo trabalho por eles prestado junto ao tamos que ela é indissociável do ensino e grupo de adolescentes e relatam sobre o da pesquisa, porém ela traz em seu bojo desempenho dos alunos e de como se a missão de formar cidadãos. sentem valorizados em estar fazendo um curso dentro da Universidade, uma vez
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A Educação Física e os seus desafios
A nova realidade impôs significativas mudanças nos diversos segmentos envolvidos com a Educação Física brasileira. O esporte, um dos fenômenos sociais mais marcantes da atualidade, exige, cada vez mais, recursos humanos bem preparados para produzir os valores inerentes à sua prática. Da mesma forma, a atividade física, incluída num contexto de qualidade de vida, tenta se contra-por ao estilo de vida sedentário que a sociedade adotou como resultado da moderna tecnologia. Destaca-se ainda, a atuação deste profissional em diferentes contextos culturais e ex-pressivos do movimento humano, que a cada dia mais busca fundamentar esta atuação. Assim, o profissional de Educação Física vem ampliando e ocupando maior espaço no contexto da nossa sociedade. As escolas, academias, clubes esportivos, centros de lazer e recreação e as empresas são instituições que vem acolhendo o profissional focado em evoluir, o qual busca sempre corresponder às necessidades atuais e futuras da sociedade em que está inserido. Compete ao educador físico (graduado ou bacharel) coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas da atividade física, desporto, lazer, atividades rítmicas e expressivas e outras inseridas no contexto de desenvolvimento da cultura corporal. Há consenso sobre a necessidade de uma nova postura ética e profissional que conduza não apenas à crítica da prática profissional atual em Educação Física, mas, também, à transformação das estruturas organizacionais do mercado de trabalho. Assim, as institui-
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ções prestadoras de serviços e os profissionais devem buscar adequar sua atuação frente aos horizontes do presente para melhor atender as necessidades e interesses da sociedade. As desigualdades sociais e econômicas na sociedade contemporânea aliadas a um processo crescente de organização do espaço urbano e rural trazem aos governantes a preocupação e a necessidade de promoverem ações estatais que buscam aumentar a equidade social e oferecer àqueles indivíduos ou camadas da população desprovidos de bens e oportunidades a condição de vivenciar e poder usufruir de melhores condições de vida. Neste sentido as políticas públicas sociais mantiveram durante décadas a tradição de investir em ações voltadas para a educação e o mercado de trabalho. Estas eram privilegiadas quando o objetivo permanência na reinserção social e na implantação de uma situação favorável a realização sócio-econômica. Nas últimas décadas observamos uma nova onda de áreas a serem contempladas e estrategicamente utilizadas pelo Estado no momento de criar e implementar políticas públicas, dentre estas novas áreas temos o esporte e o lazer. O governo passou a utilizar e incentivar as Políticas Públicas de Esporte e Lazer como meios de buscar a equidade social. Porém, como cada estado tem uma diretriz governamental, um contexto sócio-econômico, as Políticas Públicas de Esporte e Lazer são diversas em seus objetivos, público alvo, duração, proposta, abra-nência etc. Como toda política social, a política de esporte e lazer deve se prestar a diminuir as desigualdades sociais e auxiliar na garantia do pleno exercício da cidadania. Porém, em muitos casos, ocorre uma utilização indevida pelo Estado no que concerne sua gestão e projeto político. Nesse sentido, os programas ou as políticas desenvolvidas são favores
Douglas de Sousa Lima
Professor e especialista em educação física prestados pelo Estado às comunidades. Eleger a cidadania como eixo norteador significa entender que a Educação Física na escola é responsável pela formação de alunos que sejam capazes de participar de atividades corporais adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade; conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações da cultura corporal; reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de melhoria da saúde coletiva; conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia; reivindicar, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer (Brasil, 1998a). Como principais avanços podem ser considerados os seguintes aspectos de uma proposta de Educação Física cidadã onde envolvem o princípio da inclusão; as dimensões dos conteúdos (práticos e teóricos); e os temas transversais; ética; pluralidade cultural; meio ambiente; orientação sexual. Assim, a proposta destaca uma Educação Física na escola que está dirigida a todos os alunos, sem discriminação. No enfoque da articulação entre o aprender a fazer, a saber, por que está fazendo e como relacionar-se neste fazer, explicitando as dimensões dos conteúdos, e propõe um relacionamento das atividades da Educação Física com os grandes problemas da sociedade brasileira, sem, no entanto, perder de vista o seu papel de integrar o cidadão na esfera da cultura corporal. Sem dúvida tais aspectos se constituem em enormes desafios para os profissionais da área.
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artigo Conversando sobre o ato de aprender. Afinal, aprender é fácil ou difícil? Shirley Maria Melo Longo*
“À medida que a pessoa faz a construção pessoal do seu conhecimento, ela adquire uma forma própria de se desenvolver no social”
volvimento. Mesmo se você pensar * Shirley Longo é pedagoga e c o m o psicopedagoga do Colégio Solar Vygotsky, que o desenvolvimento é conseqüência da aprendizagem, contrário de Piaget, verificará que em várias situações eles se completam. E o objetivo da Educação é único: autonomia, tanto intelectual como moral. Você as têm? Então, como tarefa de casa, já pode responder: aprender é fácil ou difícil? Lembre-se que esta resposta vai depender de outra questão: você sabe COMO se processa o aprender? Mais especificamente, o seu aprender? Sucesso e boa aprendizagem! O que o Colégio SOLAR tem a ver com tudo isto? Com certeza muito. É um ambiente de aprendizagem. É por esse motivo que temos uma educação personalizada e respeitamos a maturidade de cada aluno. Mas, não trabalhamos sozinhos. Como salientamos, cada pessoa tem sua hereditariedade, um social que pode ajudar ou atrapalhar. Enfim, cada caso é um caso. Tem que ser diagnosticado, analisado e avaliado dentro do ambiente escolar, familiar e social, levando em consideração a maturidade biológica e emocional. Somente assim poderemos dizer se, para aquele aluno, é fácil ou difícil aprender. E ele, o aluno, muito se ajudará e nos ajudará se souber definir COMO se processa a sua aprendizagem.
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Não é bem assim. A questão é séria, individual e problemática. Todos nós temos um genético e vivemos em uma sociedade que nos fornece estímulos positivos e negativos. Além disso existe um dado básico para a construção do conhecimento: a consciência daquilo que não se sabe. É o não saber que nos permite aprender. E como descobrimos o que não sabemos? Errando. Portanto, para aprender é necessário errar, definir qual é e até onde vai a minha ignorância. Esse dado, “o valor do erro”, não é aceito pela maioria dos pais e professores, o que pode bloquear e muitas vezes impedir a aprendizagem do sujeito. Nesta situação quem está aprendendo muitas vezes faz a seguinte reflexão: “Se já sei, não deveria estar aqui para aprender. Se não posso errar, me desequilibrar, não acharei o caminho do equilíbrio, o caminho do aprenER, ACOMPAN HA LAZ M O, der”. EN ÇÃ T A T Voltam os então à questão: aprender é COLÉGIO fácil ou difícil? Quem EDUCAÇÃO INFANTIL sabe agora, após ENS. FUNDAMENTAL E ENS. MÉDIO esta reflexão você possa voltar às definições Av. Presidente Vargas 425 - Centro iniciais e resCEP: 76300-000 - Ceres - GO ponder sobre sua aprendiza- Fone;Fax: (62) 3307-2400 Direção: Shirley Maria gem, seu desen-
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por base aquilo que se aprendeu anteriormente. Assim, o conhecimento é construído e resulta das ações e interações do sujeito com seu ambiente e depende do estágio de desenvolvimento atingido pelo sujeito. Podemos então dizer que tudo é muito simples. Basta ter maturidade, um bom ambiente social e... APRENDEU!!!
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No dicionário da Língua Portuguesa Larousse, encontramos os seguintes termos e seus significados: Aprenderadquirir o conhecimento de, instruir-se. Tornar-se apto, capaz, em conseqüência da experiência e observação. Aprendizagem/aprendizado – ato ou efeito de aprender. Tempo que se leva para aprender. Conjuntos de processo de memorização colocados em ação pelo animal ou pelo homem, para elaborar ou modificar comportamentos específicos sob a influência de seu desenvolvimento e de sua experiência. Interessante quando analisamos as definições, quaisquer que sejam elas. Neste caso, o ato de aprender. Com uma vida escolar bastante intensa tenho muito que pensar para dar a resposta. E, quando digo “vida escolar” não estou me referindo especificamente aos meus estudos, mas a uma vida dentro de escolas, mais particularmente dentro do Colégio SOLAR. Comecemos esta reflexão pensando em Piaget. Para ele a “criança transforma aquilo que aprende de acordo com sua capacidade interna e nata. Cria e transforma a aprendizagem se tiver essa capacidade e lhe for oferecida oportunidade. A aprendizagem é conseqüência do desenvolvimento”. Portanto, para aprender é necessário ter maturidade para aquilo que se quer aprender, seja na infância, adolescência ou vida adulta. Se estamos vivos, estamos aprendendo. À medida que a pessoa faz a construção pessoal do seu conhecimento, ela adquire uma forma própria de se desenvolver no social. Isto é importante porque a relação social é um dos fatores do desenvolvimento, assim como a maturidade biológica, a experiência de contato e a equilibração. É justamente a desequilibração que nos possibilita avançar nas construções anteriores, uma vez que uma nova construção é sempre realizada a partir da construção anterior. O desenvolvimento cognitivo é o processo de equilibração e ele acontece do interior para o exterior, em função da maturidade da pessoa. É o “construir” tendo
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Imagem Ilustrativa: Internet
sempre tinha notas acima de oito? Muito mais importante é a função diagnóstica por detectar as falhas na aprendizagem dos alunos, para que o professor possa saná-las, ou seja, requer uma atitude do professor para rever seus procedimentos de ensino e atender às necessidades de aprendizagem dos alunos. É nessa ótica que entendemos a avaliação continuada, que nada mais é do que a avaliação durante todo o processo de ensino-aprendizagem, cujos objetivos transcendem em muito a tarefa de aprovar ou reprovar. A avaliação continuada previne o fracasso, porque ressalta a necessidade de se corrigir as deficiências o mais rápido possível. Não faz sentido, assim, aplicar apenas uma prova depois que todas as aulas já foram ministradas e, com base nesse resultado, decidir pela aprovação ou reprovação dos alunos. A avaliação continuada se utiliza de vários instrumentos, tais como: provas, testes, trabalhos individuais ou em grupos, observações sistemáticas, trabalhos de casa... A avaliação continuada é processual e diagnóstica, não pode ser confundida com a promoção automática, mecanismo através do qual são aprovados todos os alunos, ao final de cada período letivo. Para que a avaliação continuada aconteça de fato – e não mascarada pela prática da promoção automática – é vital a existência de uma estrutura que lhe dê sustentação. Tal estrutura inclui o preparo do professor para atuar nesse tipo de prática, condições institucionais de espaço e tempo e, também, a conscientização da pessoa envolvida no processo. A Prova é apenas uma maDezembro 2008
neira de gerar Nota, que por sua vez, é apenas uma das formas de se avaliar. (Vasconcellos, 1993) Provas e testes não devem ser descartados, mas também não podem ter exclusividade. Há outros tipos de avaliação que devem ser complementares, tais como a auto-avaliação, que é uma forma do professor dividir a responsabilidade pela avaliação com o aluno e deste desenvolver estratégias de análise e interpretação de sua própria atuação e dos diferentes procedimentos para se avaliar. A diversidade de instrumentos de avaliação é a estratégia mais segura para obter informações a respeito dos processos de aprendizagem. É fundamental a utilização de diferentes formas, como oral, escrito, gráfico... Além da prova e do teste, podem-se acrescentar a observação sistemática (através de registros em tabelas, listas de controle, diário de classe etc.) e a análise das produções dos alunos. Outra questão a se destacar é o entendimento do papel do erro e do insucesso do aluno no processo de aprendizagem. Hoje, há a visão do erro como elemento-chave para identificar lacunas de compreensão e resolvê-las; ao invés da que tratava o erro como motivo para punições e discriminações, afetando negativamente a auto-estima do aluno. É preciso saber trabalhar os erros dos alunos como forma de construção do conhecimento. A pronta correção do erro provoca medo, culpa e perda de dignidade; três obstáculos à aprendizagem. (Vasconcellos,1993)
“É preciso saber trabalhar os erros dos alunos como forma de construção do conhecimento” O fracasso no processo ensino-aprendizagem é de todos, por isso é preciso conscientizar que esse fracasso não é só dos alunos e suas famílias, ele é fracasso do professor,
das equipes técnicas, da direção, da escola, do sistema. A idéia de que quanto maior o número de “notas vermelhas”, melhor é o desempenho do professor, ou seja, o bom professor é o mais sério, o mais criterioso e o mais repressivo e que ele reprova mais alunos é bastante ultrapassada, pois raramente as reprovações estarão associadas ao desinteresse, displicência e incompetência do professor. Mais grave ainda é a culpabilização do aluno por não ter aprendido. É esta visão distorcida e totalmente equivocada que alimenta um dos mecanismos mais graves de exclusão social.
“O professor deve estar disposto e preparado para situações em que não consegue 'sinal verde' para avançar” O uso de vários instrumentos de avaliação e a avaliação continuada permite que o professor acompanhe passo a passo o aprendizado de seus alunos e imprima o ritmo adequado de cumprimento do programa do curso. Antes de avançar, o professor verifica, por avaliações, se a turma está preparada para isso. O professor deve estar disposto e preparado para situações em que não consegue “sinal verde” para avançar. Não há receitas prontas que garantam sucesso na prática da avaliação, assim como na vida, simplesmente as coisas não acontecem do jeito mais cômodo. Referências bibliográficas: BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. VASCONCELLOS, C. dos S. Avaliação: Concepção Dialético Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. São Paulo : Libertad, 1993.
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“Aula prática do Curso de Biologia à Distância Fase I”
VI Jornada Cultural -Sessão de Cinema com Alunos da EAFCE
Alunos de Enfermagem
VI Jornada Cultural Oficina de Arteterapia
Foto: Arquivo UEG
VI Jornada Cultural - Tarde do Rock
Coquetel da II Jornada de Enfermagem
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Reunião da Congregação
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Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
PROGRESSO
DO
vALE
CONVITES DE
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