Seria muita pretensão minha querer responder a esta pergunta ancestral. Não sei quem sou e, para falar a verdade, não quero muito saber. Não vejo, simplesmente, como estas questões existenciais possam melhorar a minha vida. Então, para que se estressar, não é mesmo? Sou apenas aquilo que penso que sou – e olhe lá! Uns discordarão e então eu terei de retrucar que ninguém entende mais da minha vida do que eu mesmo. Mas não tenho muita certeza do argumento. Sou um leitor apaixonado de bons livros. Meu ouvido para música não é muito bom, mas eu me esforço, sei do que não gosto: música eletrônica, hip-hop e sertaneja. Gosto de computadores bem mais do que gostaria. Em cinema, não gosto de filmes românticos, sou fã de drama e comédia, sem religião definida, não-fumante, bebedor de fim de semana, não gosto de futebol. Eu posso ser divertido e interessante para alguns e arrogante e burro para outros. Quer saber? Eu sou mesmo é um homem que gosta de olhar as ondas batendo nas pedras, indo e vindo, tentando nos ensinar a eternidade que não nos é compreensível. E me traga mais uma água de coco, por favor.