COMO PRESCREVER ATIVIDADES PSICOMOTORAS
Prof. Lino Azevedo Júnior
Saiba quais são os 7 passos essenciais para prescrever as suas atividades psicomotoras www.psicomotricidadepositiva.com.br Editora Flor de Ouro | 1ª Edição | 2016.
como prescrever atividades psicomotoras
como prescrever atividades psicomotoras S A I BA Q U A I S S Ã O O S 7 PA S S O S E S S E N C I A I S PA R A P R E S C R E V E R A S S U A S AT I V I DA D E S PSICOMOTORAS
Prof. Lino Azevedo Júnior INTRODUÇÃO
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Imagine ter que planejar uma aula para alunos com características bem diferentes uns dos outros. Imagine que cada aluno apresente idade, condições de vida, necessidades e potencialidades diferentes. Imagine se ver diante destes alunos e não ter a menor ideia por onde começar... Imagine ainda que você deseje desenvolver um trabalho pedagógico com esses alunos usando o movimento corporal Página 2
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como principal estratégia de intervenção. Sem dúvida surgirá a pergunta: Como prescrever atividades psicomotoras a esses alunos??? Evidentemente eu mesmo já me vi diante deste dilema e não foi de uma hora para a outra que consegui desvendar este mistério. Aos poucos, durante muitos anos e com muito estudo, pesquisa, reflexão e intuição, sempre tendo a prática psicomotora / psicopedagógica como a maior fonte de estímulo e provocação, Página 3
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que fui desenvolvendo um método psicomotor que chamei de Método Vida Pura. Este Método foi organizado em dois principais contextos: um teórico e outro operacional. A teoria específica que se refere ao método psicomotor chamamos de Psicomotricidade Positiva. Deste método destacamos didaticamente 7 passos essenciais para ajudar você a prescrever suas atividades psicomotoras. Veja também o vídeo: O que é psicomotricidade? https://www.youtube.com/watch?v=SFHdePvxCfo Página 4
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PASSO 1| OBJETIVO
Em primeiro lugar, precisamos ter bem claro em nossa mente qual é o nosso objetivo. Quando não se tem
um
atividade
objetivo serve
qualquer e
muito Página 5
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provavelmente
cairemos
na
armadilha de focar nossa atenção na aula, nas atividades e não no aluno. Isso significa que a nossa maior preocupação pode ser direcionada para que a aula seja boa, que ocorra tudo na mais perfeita ordem, disciplina e que não gere muitos transtornos. No final fica aquela sensação de que a aula foi boa, mas que há Página 6
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algo lá no fundo que lhe diz que tem alguma coisa fora do lugar, fica aquela sensação de que talvez não seja bem isso que é Educação... Isso que estou dizendo não é uma invenção de um escritor de obras literárias, minhas
mas
inspiradas
próprias
observações
como
vivências
em e
professor.
Digamos que vivenciei essas fases Página 7
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e
que,
naquela
época,
até
entendia o que era Objetivo, mas não sabia direito como esse Objetivo poderia me ajudar na minha aula, no meu dia-a-dia, então acabávamos por criar aulas baseadas em “conteúdos” que achávamos
que
seriam
importantes ou que deveriam ser aqueles, afinal de contas, sempre foi feito assim. Objetivo é um alvo Página 8
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mais abstrato, como “Promover o Desenvolvimento
Integral
do
Aluno”. É aí que a coisa pega, pois como o Objetivo é mais abstrato, pode parecer tão abstrato que tenhamos
dificuldades
em
transformar essa coisa abstrata em
uma
atividade
prática,
concreta! O “problema” então é saber transformar um Objetivo
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abstrato
em
uma
atividade
concreta. Devemos sempre nos fazer duas perguntas: 1. Essa atividade está colaborando
para
que
caminhemos (o aluno e eu) em direção ao Objetivo? 2. A maneira que eu estou conduzindo a aula está
colaborando
caminhemos Objetivo? Página 10
em
para
que
direção
ao
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PASSO 2 | PRESSUPOSTOS
Vamos imaginar os pressupostos como sendo um passo a mais que damos, no sentido de uma teoria mais ampla, profunda, complexa Página 11
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e abstrata em direção a conceitos que começam a se transformar em atividades práticas e concretas. Teoria (abstrata) Pressupostos Atividades (concretas) Os pressupostos, que estão em consonância, sinergia e coerência com o Objetivo vão dando forma aos conceitos abstratos, que vão
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ficando visíveis nas atividades que estamos prescrevendo. Em
outras
pressupostos,
palavras, que
os estão
contextualizados numa teoria mais ampla, vão dando significado, orientação e justificativa àquelas atividades concretas / práticas aquelas que realizamos com os movimentos corporais.
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Assim,
organizamos
contexto
o
teórico
nosso
em
7
pressupostos: Pressuposto Objetivo
1:
Buscamos
refinando-se
o os
movimentos corporais; Pressuposto Objetivo ajustamento
2:
Buscamos
promovendo-se entre
os
o o
mundos
interno e externo do Ser Humano;
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Pressuposto Objetivo
3:
Buscamos
promovendo-se
o a
apreensão da leitura, escrita e dos conteúdos escolares; Pressuposto Objetivo
4:
Buscamos
promovendo-se
o o
contato como o Self; Pressuposto
5:
Buscamos
o
Objetivo potencializando-se as qualidades físicas (com ênfase à circuitaria cerebral); Página 15
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Pressuposto
6:
Buscamos
o
Objetivo sublimando-se os instintos primitivos através das atividades esportivas; Pressuposto Objetivo
7:
Buscamos
promovendo-se
aspectos positivos do indivíduo.
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o os
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PASSO 3 | TIPOS DE MOVIMENTOS
Quais são os tipos de movimentos corporais que utilizamos em nossas atividades psicomotoras? Página 17
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O movimento corporal para nós é um meio e não um fim. Nosso fim é o
nosso
Objetivo,
portanto
utilizamos os movimentos corporais como estratégia de intervenção para caminharmos em direção ao nosso Objetivo. Em outras palavras o nosso foco está no “Objetivo” e não no “Meio”
que
é
o
movimento
corporal. Então para isso nos Página 18
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utilizamos
de
5
tipos
de
movimentos corporais: Tipo 1: Atividade Física; Tipo 2: Atividades Esportivas; Tipo 3: Brincadeiras populares; Tipo 4: Dinâmicas de Grupo; Tipo 5: Atividades da Vida Prática.
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PASSO
4
|
GRUPOS
DE
MOVIMENTOS
Se
observarmos
desenvolvimento veremos Página 20
que
o
da
criança,
existem
alguns
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momentos que traduzimos em grupos de movimentos que nos orientam na prescrição das nossas atividades psicomotoras: Grupo 1: Movimentos que são realizados com o próprio corpo; Grupo 2: Movimentos que são realizados com o próprio corpo + algum objeto;
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Grupo 3: Movimentos que são realizados com o próprio corpo + objeto(s) + outra(s) pessoa(s); Grupo 4: Movimento realizados em grupos, envolvendo o próprio corpo + objeto(s) + outas pessoas + regras e metas do jogo ou dinâmica de grupo.
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PASSO 5 | CRITÉRIOS
Os critérios para a prescrição das atividades
psicomotoras
já
envolvem algum conhecimento do aluno.
Digo
algum,
pois
o Página 23
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conhecimento do aluno é um processo contínuo e permanente, assim devemos considerar: Critério 1: Gosto e interesse do aluno; Critério 2: Necessidade do aluno; Critério
3:
Zona
desenvolvimento proximal; Critério 4: Cuidados; Critério 5: Segurança.
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de
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PASSO 6 | CRIATIVIDADE
Por mais que se planeje e se elabore um Plano de Ação, sempre haverá situações não previstas durante a aula, então Página 25
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também não há como não contar com a criatividade da professora e do professor. A criatividade está diretamente ligada a, pelo menos, duas coisas: a sensibilidade e ao repertório de movimentos
corporais
que
a
professora e o professor possuem. Sensibilidade para perceber o que o aluno irá expressar durante a aula, tanto para compreendê-lo Página 26
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melhor, bem como, para intervir solucionando problemas e propor atividades que favoreçam a nossa busca pelo Objetivo. Evidentemente,
para
propor
atividades psicomotoras é preciso ter um repertório de movimentos corporais, ou seja, para poder propor
precisa-se
ter
conhecimento prévio.
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Como a nossa principal estratégia de intervenção é o movimento corporal então é importante que a professora
e
o
professor
desenvolvam o seu “vocabulário motor” ou o conhecimento sobre quais são as possibilidades e diversidades de movimentos que o corpo humano pode realizar.
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PASSO 7 | PLANO DE AÇÃO
Finalmente devemos elaborar um Plano de Ação, que nada mais é do que escrever o que se pretende desenvolver. Página 29
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Quando se escreve o Plano de Ação muitas dúvidas ou aspectos que não estejam bem claros são esclarecidos
e
formalizados
dentro de um contexto que deve ter
coerência
e
consistência
consigo mesmo, ou seja, o próprio texto do Plano irá revelar se o que se pretende fazer está de acordo com seus tópicos. Por exemplo, se o método está de acordo com o Página 30
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Objetivo, se o local e os materiais viabilizam o que está proposto e assim por diante. O Plano de Ação é uma referência importante mas deve ser flexível às lapidações e aprimoramentos que serão “reivindicados” quando for colocado em prática. O Plano de Ação deve ser uma ferramenta para a professora e para o
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professor e não deve se tornar seu algoz. O Plano de Ação pode ser elaborado
comtemplando
seguinte: 1. Anamnese 2. Objetivo 3. Método 4. Acompanhamento e Avaliação 5. Cronograma (com Metas) Página 32
o
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6. Recursos (Humanos, Equipamentos, Locais, Materiais didáticos e Financeiros) 7. Registros (Fotos, Vídeos*, Relatórios, Materiais desenvolvidos pelos alunos). *Como estamos falando de movimento corporal, o vídeo é o mais apropriado para se registrar o movimento.
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