PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Faculdade De Odontologia
SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO II
Belo Horizonte 2009
Saúde e Estética Trabalho apresentado à disciplina De Seminário de integração II da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Orientador: Rubens de Menezes Santos
Belo Horizonte 2009
SUMÁRIO:
1- Introdução__________________________________________________ 2- Saúde e Estética Dental_______________________________________ 3- Odontologia Estética_________________________________________ 3.1 Novas resinas compostas________________________________ 3.2 Restaurações Estéticas_________________________________ 3.3 Clareamento Dental____________________________________ 4- Cirurgias Estéticas___________________________________________ 4.1 Cirurgias Periodontais__________________________________ 5- Oclusão e Estética___________________________________________ 5.1 Dentística operatória e oclusão___________________________ 5.2 Ortodontia Básica______________________________________ 6- Abordagem da mídia na Odontologia_____________________________ 7- Questionário________________________________________________ 7.1 Análise dos dados______________________________________ 8- Metodologia_________________________________________________ 9- Conclusão__________________________________________________ 10- Referências Bibliográficas______________________________________
1. INTRODUÇÃO: Para Goldstein (2000) estética é a percepção geral que cada indivíduo tem da beleza. A expressão, a interpretação, e a experiência pessoais fazem com que essa seja uma experiência única, embora influenciada pela cultura. A estética não é absoluta ou definitiva, é extremamente subjetiva. As exigências que a sociedade faz em relação à aparência têm conseqüência sobre a medicina e a odontologia, fazendo com que os profissionais dessas áreas, além dos cuidados com as funções orgânicas de seus pacientes, procurem modificar as características não atraentes do corpo, tornando-as esteticamente mais satisfatórias: o rosto sofre alterações com a remoção de rugas, dentes apinhados são alinhados ou substituídos, a mandíbula é reconstituída, narizes são modificados, gorduras são eliminadas, cabelos são transplantados, tudo para que o indivíduo se torne fisicamente mais atraente (Jacobson, 1984). Óbvio está que essa preocupação é mais acentuada nas especialidades que envolvem a estética no que concerne à odontologia, a implantodontia, a ortodontia e a prótese. A incessante busca pela estética tem como cerne à realização pessoal: estudiosos de diferentes áreas têm demonstrado que as pessoas bonitas têm vantagens sobre as demais. Essas vantagens têm início no nascimento e persistem até a idade adulta. A imagem que as pessoas têm de si mesmas é variável. Assim, um paciente portador de patologia dentária tem de se uma visão diferente daquela que tem um portador de prótese bucomaxilofacial, pois afigura mental que cada indivíduo tem de sua aparência no espaço se altera em função das mudanças que ocorrem em seu corpo. A mudança ou a perda de órgãos pode provocar intercorrências emocionais traumáticas, desencadeadas pela consciência de quebra da harmonia estética. A relação entre a imagem do corpo e a auto-estima é muito forte, e qualquer mudança corporal pode afetar o indivíduo, levando-o a revisar aquilo que considera como sua imagem. Daí a importância dos tratamentos restauradores estéticos, pois eles possibilitam a criação de um ambiente mais favorável ao indivíduo em seu universo de relações interpessoais (Beder, 1971).
A prioridade dos tratamentos odontológicos é a promoção da saúde. Assim, também nos tratamentos estéticos o paciente deve ser motivado para os cuidados preventivos e mantenedores do trabalho a que irá se submeter. Isto porque a reabilitação estética, embora de grande importância, deve estar atrelada à promoção da saúde. Considerando esse aspecto, e embasado no Código de Ética Odontológica (CEO-CFO,1998), o profissional pode até mesmo se recusar a realizar algum tratamento que, em seu entendimento, possa vir a provocar iatrogenia. Essa é a principal e primordial relação entre saúde e estética, uma vez que não é possível promover tratamento estético sem promover saúde.
2- SAÚDE E ESTÉTICA DENTAL: A palavra estética deriva do vocábulo grego “aisthetikos”, que significa percepção, respeito ao sentido da beleza e inclinação a regras e princípios da arte. A história da civilização está intrinsecamente ligada à estética, que se constitui em uma das grandes preocupações do indivíduo uma vez que provoca sentimentos de aprovação e desaprovação. A estética provoca uma satisfação diferente daquela decorrente do agradável, do bom e do útil. O belo é expresso como aquilo que agrada universalmente, e não tem relação com qualquer juízo moral, pragmático ou de valor. Há que ressaltar, no entanto, que a concepção do belo é influenciada por uma multiplicidade de fatores: étnicos, individuais, culturais, etc. A harmonia e a beleza faciais têm enorme importância nos mais variados âmbitos da vida em sociedade, até mesmo na atividade econômica. Os veículos da mídia sistematicamente nos bombardeiam com lindas faces, para vender produtos como roupas, cosméticos, cigarros, bebidas alcoólicas e até mesmo serviço médicoodontológico. Mas gostando ou não, convivemos com os conceitos de beleza impostos pela
sociedade. Assim,
quando
optamos
por
alguma
atividade
profissional,
especialmente se esta pode influenciar na estética do indivíduo, é necessário conhecer os critérios de beleza socialmente aceitos e desejáveis, com especial ênfase ao aspecto do rosto. A atração facial é uma das mais importantes dimensões da aparência física, e tem sido usada para encontrar as influências de atitudes, percepções e comportamento de crianças e adultos. As características faciais listadas como mais importantes são olhos, boca e/ou sorriso, proporções faciais ou configuração da face, cabelo, cor da pele, formato do nariz. O sorriso afeta diretamente a atração facial. O sorriso representa a forma mais primitiva e a essência da capacidade de comunicação humana, manifesta-se com facilidade durante a infância, e é a reação mais regularmente evocada no bebê, sendo um indicativo de prazer. Os sorrisos e as expressões faciais exprimem sentimentos transitórios e emoções. Um sorriso agradável pode produzir uma aura que amplia a beleza da face, fazendo parte das qualidades e virtudes da personalidade.
Mas o sorriso pode exprimir múltiplas emoções e idéias, como agrado, desagrado, medo, miséria, embaraço, contentamento, galanteio, etc. Assim, o seu comprometimento pode levar as pessoas a recorrerem a meios sutis ou explícitos de esconder a boca, o que afeta aspectos do estilo de vida. Na atualidade o sorriso é a expressão mais utilizada para transmitir sentimentos de compaixão e compreensão. Embora a terapia do sorriso esteja ainda no início, a sociedade já vem exigindo, dos profissionais da odontologia, grande atenção e cuidado na manutenção e reabilitação dos dentes, a fim de preservar e/ou melhorar o sorriso. Ter um belo sorriso e uma boa aparência é quase uma questão de sobrevivência num mercado profissional, onde a competição é tão grande que todos os fatores entram em jogo. O conceito de auto-imagem também está fortemente relacionado à boca, que representa toda uma concentração de expressões sensitivas, afetivas e instintivas das atividades da vida. A boca permite não somente a ingestão de alimentos, mas também a sua degustação, a articulação de sons e palavras e as expressões mímicas. O comprometimento da boca decorrente da perda dos dentes acarreta distúrbios da fala, da estética e da mastigação e deglutição, e pode provocar estado de depressão e sentimento de inferioridade no indivíduo, pois uma parte importante de seu corpo foi perdida ou alterada. Os prejuízos causados aos elementos dentários, como a perda dentária implicam em modificações no aspecto dentofacial, o que marca profundamente o indivíduo pois, como já citado, tanto as crianças quanto os adultos identificam faces equilibradas com pessoas mais atraentes, mais inteligentes, menos inclinadas às agressões e mais desejáveis como amigos. Pessoas com problemas estéticos dentários têm baixa autoestima, e tendem a cobrir a boca quando falam, ou movem os lábios de forma artificial. Essa falta de segurança pode afetar a obtenção ou não de sucesso de muitas pessoas. O decorrer do tempo promove mudanças físicas e mentais no indivíduo, e tais mudanças implicam alterações na personalidade. Quando ocorrem perdas dentárias que resultam em desequilíbrio do sistema estomatognático, as pessoas se sentem menos valorizadas e mais dependentes, o que resulta em dano à auto-estima,
comprometida pelos fatores sociais como a rejeição familiar, as discórdias no casamento ou na perda do cônjuge. A odontologia estética demanda atenção aos desejos de paciente e ao tratamento dos seus problemas individuais. Ela é a arte da odontologia em sua forma mais pura. O objetivo não é sacrificar a função, mas sim usa-la como base da estética. Os motivos pelos quais os pacientes procuram por tratamento estético são tão variados e intrincados quanto às razões pelos quais eles o evitam. O sentimento e o cuidado dos adultos em relação à sua boca, geralmente, refletem experiências bucais evolutivas passadas, presentes e futuras. Os adultos na segunda década de vida podem não ter desenvolvido um senso da importância do tempo no ciclo da vida. A falta de cuidado oral pode refletir uma negação de imortalidade e degeneração do corpo. Entre os 35 e os 40 anos de idade, os adultos reconciliam-se com o fato de que estão envelhecendo e surge um interesse renovado de autopreservação. Este interesse, geralmente, é direcionado a vários tipos de melhoras pessoas, tais como Ortodontia, reabilitações protéticas, restaurações estéticas, cirurgias periodontais, cosméticas, plásticas ou ortognática, ou qualquer combinação destas. Daí a importância da interação multidisciplinar na odontologia, integrando todas as especialidades para alcançar uma aparência estética saudável e principalmente funcional.
3- ODONTOLOGIA ESTÉTICA: Espaço entre
os
dentes,
sorriso manchado,
restaurações
metálicas
e
antiestéticas: Tudo isto é coisa do passado para quem ainda se prende aos mitos da aparência. A Odontologia Estética aprimorou suas técnicas para oferecer ao paciente, além da saúde bucal, a promoção de um visual mais agradável para atender as pressões da mídia. Para alguns o sorriso bonito melhora não só o encaixe do maxilar e a aparência do rosto, como também o bem estar do paciente. No Brasil, a Odontologia Estética teve início em 1994, quando inúmeros profissionais começaram a se dedicar a este ofício. Hoje, esse tipo de tratamento, que vem aprimorando bastante suas técnicas e ganhando novos adeptos nos últimos anos, é mais uma forma eficiente de cuidar da aparência. Além disso, o encaixe perfeito do maxilar e a nova aparência do rosto promovem o bem-estar. A preocupação estética em odontologia está diretamente relacionada ao senso de estética do homem, que é ditado pela cultura em que vive. É bem possível que o senso de beleza do indivíduo seja determinado pela maneira como ele deseja se apresentar aos outros, o que deve ser avaliado com cuidado e cautela profissional, pois o que lhe parece agradável e adequado pode provocar sensação inversa no paciente. Isto porque o conhecimento adquirido pelo cirurgião-dentista pode leva-lo a desenvolver conceitos de estética e de beleza diferentes daqueles de seus pacientes, gerando problemas de comunicação e dificuldades imprevistas. O aprimoramento da odontologia estética vem elevando e aperfeiçoando os tipos de tratamentos estéticos, bem como influenciando na criação de materiais cada vez mais voltados para reabilitação estética dos pacientes, além de aliar junto ao tratamento estético a recuperação da saúde dental do paciente. 3.1-
Novas resinas compostas: A resina composta é um material usado na restauração dentária. Apresenta
menor desgaste, é mais fácil de ser manuseado, possui várias tonalidades a fim de suprir as necessidades de cada paciente e oferece uma ótima estética por ser imperceptível. Sua aplicação é bem ampla, podendo ser usado para mudar a forma dos
dentes, restaurar dentes fraturados, preencher cavidades provocadas pela cárie e minimizar imperfeições do esmalte dentário. É tido como um material restaurador com grande apelo estético por aproximar-se bastante das características naturais dos dentes, como: cor, textura, brilho, fluorescência e translucidez. Com o avanço tecnológico crescente dos materiais restauradores odontológicos, atualmente é possível encontrar resinas compostas de diversos fabricantes com uma durabilidade similar a outros materiais restauradores. A resina composta liga-se ao dente através de uma união micromecânica, ou seja, liga-se inicialmente a um sistema adesivo, que por sua vez, encontra-se ligado diretamente aos tecidos mineralizados do órgão dentário (esmalte e dentina). Nos últimos 20 anos as resinas compostas melhoraram, reduzindo o tamanho da partícula, aumentando a quantidade de cargas, melhorando a adesão entre as cargas e a matriz orgânica, e usando monômeros de baixo peso molecular para melhorar a manipulação e polimerização. Variando o tamanho da partícula, a forma e o volume, os fabricantes introduziram resinas compostas com diferentes propriedades físicas. -
Resina de Micropartículas: as resinas de micropartículas têm o volume de 35 a 50% de cargas e o tamanho médio das partículas varia entre 0,04 e 0,1 mm. Possuem baixo módulo de lasticidade e alto polimento; porém, exibem baixa resistência à fratura e aumento do colapso marginal.
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Resinas Híbridas: as resinas híbridas têm o volume de 70 a 77% de cargas e o tamanho médio das partículas varia entre 1 e 3 mm. Não proporcionam um alto polimento, mas têm propriedades físicas melhores Quando comparadas com as resinas micropartículas.
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Resinas Microhíbridas: as resinas microhíbridas têm o volume de 56 a 66% de cargas e o tamanho médio das partículas varia entre 0,4 e 0,8 mm. Essas resinas têm o tamanho das partículas bastante pequeno, proporcionando um alto polimento semelhante ao das resinas de micropartículas, porém o seu tamanho é suficiente para um alto preenchido, alcançando assim, uma maior resistência. Os resultados são
resinas compostas com boas propriedades físicas, alto polimento e melhor resistência. Resinas Compactáveis ou nanopartículas: as resinas compactáveis
-
têm o volume de 48 a 65% de cargas e o tamanho médio das partículas varia entre 0,7 e 20 mm. Suas propriedades de manipulação melhoradas são obtidas pela adição de uma alta porcentagem de cargas irregulares ou porosas, cargas fibrosas e matriz de resina. Essas resinas são indicadas
para
áreas
que
suportam
pressões
e
permitem
o
estabelecimento mais fácil dos pontos de contato fisiológico em restaurações de Classe II. As pesquisas têm demonstrado que as propriedades físicas das resinas compactáveis não são superiores a das resinas híbridas convencionais. 3.2-
Restaurações Estéticas:
Hoje existem diversas técnicas que melhoram a estética bucal e permitem um sorriso mais harmônico, principalmente no que diz respeito à forma, posição e cor dos dentes. Uma das primeiras preocupações do profissional em relação à reabilitação bucal é a simetria facial, que é um ideal estético, mas não está ligada à aparência facial normal. Nessa composição e para execução de qualquer técnica restauradora estética é necessário levantar considerações sobre cor, forma e tamanho dos dentes. A cor, a anatomia e a disposição natural dos dentes variam de indivíduo para indivíduo, e essa variação está ligada a fatores como idade, o sexo, a aparência e a constituição física do paciente. Também ocorrem alterações fisiológicas, como a calcificação da dentina, que é consequência do uso constante de elementos dentários na mastigação. A cor possui componentes básicos que são de grande importância na adequada análise e escolha do material a ser utilizado nos elementos dentários, dividindo por etapas o diagnóstico da cor. Matiz é a cor propriamente dita. O feixe de luz no seu determinado comprimento de onda em direção à retina. O azul, o vermelho, o verde etc. O Croma é o grau de saturação da cor ou concentração desta. Azul mais forte (mais “vivoÓ), por exemplo. O Valor é a intensidade de brilho que a cor pode proporcionar. Se
é mais claro ou mais escuro.Translucidez é o grau de passagem de luz ou quantidade de refração que esta luz pode realizar sobre determinada superfície.O matiz é destacado, através da escala de cores Vita por meio de letras que designam a cor propriamente dita do dente (A, B, C e D). Algumas cores mencionadas não podem ser decodificadas pelo córtex por não terem o comprimento de onda que o atinja, mas pela superfície podem ser emitidas. O croma destaca a quantidade de matiz ou concentração de pigmentos desse matiz na superfície dentária e na escala Vita são relacionados por números. O valor é um dos componentes mais importantes por ser de mais fácil percepção. Dentes mais escuros se diferenciam com facilidade entre os claros, e vice-versa. O valor é o grau de brilho do matiz e se classifica como alto valor e baixo valor. Os valores mais alto são os matizes claros e os mais baixos são os matizes escuros. São mais bem visualizados sem a interferência da cor (em fotos preto e branco) e não necessitando de muita luz e, como são variações do claro e do escuro, dependem do preto e do branco. A translucidez, assim como a opacidade, não é bem uma componente da cor, está na dependência da passagem de luz sobre a superfície dentária. É um dos aspectos mais difíceis de se analisar e, como a passagem de luz (refração) e o seu retorno (reflexão) estão intimamente ligados à observação da cor, esta passa a ser um componente da cor. A área incisal de dentes jovens é o maior exemplo de regiões translúcidas dos dentes. A translucidez é uma propriedade em que a luz ultrapassa uma superfície, apresentando feixes de retorno (reflexão), diferindo da transparência. O esmalte dentário apresenta translucidez refletindo uma pequena quantidade de cor. -
Troca de restaurações antigas pelas de resina: os dentes posteriores, que antes eram restaurados apenas por amálgama de prata (material metálico, de cor cinza), agora já podem ser restaurados em resina, na cor natural dos dentes, sendo realizada no próprio consultório. Nos casos onde a destruição dental é maior, é necessário ser realizada a moldagem no consultório para a feitura da Inlay/Onlay (como é chamado este tratamento) em laboratório, podendo ser em resina ou em porcelana.
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Uso de facetas: é um recobrimento que envolve apenas a face frontal dos dentes. Age como uma capa que corrige a cor e o formato dos dentes. É recomendada geralmente por motivos estéticos, onde há
presença de dentes escurecidos ou excessivamente restaurados na face frontal, além de poder também corrigir o aspecto anatômico de dentes mal formados ou mal posicionados. Pode ser executada em resina ou em porcelana, assim como o fechamento de diastemas - aquele espaço entre os dentes. -
Estética do sorriso: consiste em realizar pequenos acertos na forma de desgastes (mínimos) em alguns dentes e acréscimos (de resina) em outros, com a finalidade de tornar o sorriso mais bonito e harmonioso. –
-
Prótese fixa: em substituição a um ou mais dentes totalmente perdidos, a prótese fixa é colocada através de uma cirurgia que a implante, preenchendo o espaço vazio entre os dentes. Ela não pode ser removida pelo paciente e requer cuidado constante. A prótese tem a aparência de um dente comum do paciente.
3.3-
Clareamento Dental:
O clareamento dos dentes é muito importante para uma boa estética. Qualquer dente pode se fazer um branqueamento, desde que estejam íntegros. Alguns dentes tornam-se pigmentados ou manchados naturalmente com o decorrer do tempo. Exposições a café, chá, sucos, refrigerantes ou fumo são, muitas vezes, a razão do escurecimento de seus dentes. Outros casos podem ser devido a tratamentos endodônticos (tratamento de canal) e outros ainda, devido ao consumo de determinados antibióticos. O clareamento pode ser feito de duas maneiras: No consultório odontológico e em casa. O clareamento é executado através de uma ação leve e contínua de uma substância chamada peróxido de carbamida (cuja concentração varia de acordo com o caso e a técnica empregados). 1. No consultório: o dentista isola os dentes (com um lençol de borracha) para proteger a gengiva e aplica um agente oxidante forte. 2. Em casa (doméstico): o paciente, sob a orientação do dentista, leva um gel oxidante fraco, para usar diariamente em casa. O clareamento doméstico é mais seguro e eficaz, pode resolver todos os casos e é o mais utilizado.Apenas em casa, mas sempre monitorado pelo profissional
que examinará permanentemente gengivas e dentes, assim como possíveis sensibilidades, assegurando uma boa saúde oral. Como outros produtos e medicamentos usados na Medicina e Odontologia, se usados corretamente conforme orientação, os produtos usados no clareamento não promovem nenhum prejuízo à saúde geral. A estrutura dental não é afetada. O paciente precisa saber que após o branqueamento para manter uma boa estética, ele talvez precise mudar algumas restaurações. Quanto a idade, a partir dos 10 anos já pode ser submetido ao branqueamento. Durante o branqueamento deverá seguir as orientações do dentista, como retirar o dispositivo de clareamento 1 hora antes das refeições e colocar 1hora após. Evitar fumar durante o tratamento, tomar café, chá, coca-cola em excesso, escovar os dentes logo após retirar o dispositivo.No período de 7 a 10 dias o tratamento será completado, usando durante a noite também.Os dentes poderão a vir a escurecer novamente, entretanto, permanecerão significativamente mais claros do que se não recebessem nenhum tratamento. Você poderá vir a fazer um novo clareamento, respeitando o intervalo de tempo após 1 a 2 anos.
4- CIRURGIAS ESTÉTICAS:
Cirurgia estética odontológica é sinônimo de entrar no consultório do cirurgião e sair com um belo rosto e um belo sorriso. A cirurgia é a combinação de ciência, arte e tecnologia que vem permitindo aos cirurgiões alcançar resultados cada vez mais sofisticados. Cirurgia bucal é a especialidade odontológica responsável pela execução dos procedimentos cirúrgicos necessários para: · Extração de dentes por processo infeccioso, incluso e/ou impactados; · Tratamento da dor na Articulação Temporo-Mandibular (ATM); · Remoção de tumores benignos e malignos; · Remoção de cistos; · Implantes; · Tratamento periodontal; · Traumatismos; · Anomalias congênitas e adquiridas. Para fins estéticos a cirurgia odontológica concentra sua área de atuação em cirurgias ortognáticas, extração de elementos dentários para fins protéticos e para possibilitar tratamento ortodôntico e cirurgias periodontais de aumento de coroa clínica, recobrimento de raiz, gengivoplastia. A cirurgia ortognática é uma cirurgia destinada a corrigir as discrepâncias dentoesqueléticas da face, ou seja, tratar os problemas de má oclusão que seriam impossíveis ou contra indicados para tratamento "apenas" com aparelhos ortodônticos, quando as alterações na harmonia dos maxilares tornam a cirurgia imprescindível.
4.1-Cirurgias Periodontais:
As cirurgias periodontais são cirurgias que tem como objetivo corrigir defeitos na gengiva e de tecidos moles em regiões que apresentam algum tipo de comprometimento estético para o paciente. Os defeitos que mais incomodam os pacientes são retrações gengivais, alterações de papilas interdentais, perdas de altura e espessura em áreas que foram submetidas a extrações e tecidos moles insatisfatórios ao redor dos implantes. É indicada a cirurgia plástica periodontal quando o defeito altera a
do
paciente . O requisito principal é saúde bucal. Doenças periodontais, cáries, problemas endodônticos, entre outros, devem ser tratados antes de qualquer cirurgia estética. Após extração de dentes (exodontias) pode haver a reabsorção óssea e gengival na área que antes era ocupada pela raiz, gerando um defeito na anatomia do rebordo. Quando há necessidade de recuperar os tecidos reabsorvidos, utilizam-se enxertos que ajudam a dar um caráter mais natural à prótese que irá recuperar a área desdentada. Atualmente existem técnicas modernas que oferecem ótimos resultados estéticos e com um pós-operatório com pouco desconforto para os pacientes. Em regra geral, o paciente pode trabalha no dia seguinte à cirurgia, dedes que evite esforços físicos e evite traumatizar a região operada. No tratamento dos pacientes com grande exposição gengival, sugerem que tanto as implicações físicas quanto psicológicas do paciente devem ser consideradas. É de extrema importância, que o cirurgião-dentista mostre as limitações do tratamento e possíveis resultados indesejados que podem surgir no pós-operatório, já que o resultado estético obtido no pós-operatório inicial não é o mesmo daquele obtido decorridos alguns meses após a cirurgia. Todas as técnicas para correção do sorriso gengival têm por objetivo a diminuição da exposição gengival excessiva através da remoção ou tracionamento apical do tecido gengival, ou ainda do tracionamento dental, este último, através da extrusão ortodôntica. Quando se fala em correção do sorriso gengival, a técnica da gengivectomia é indicada nos casos em que não há necessidade de remoção de tecido ósseo. No presente trabalho, por não haver necessidade de remoção deste tipo de tecido, a técnica cirúrgica escolhida foi a gengivectomia ou gengivoplastia. A gengivoplastia, como o nome indica, é uma cirurgia plástica indicada para aquelas pessoas que exibem muito da gengiva ao sorrir, comprometendo a estética do
rosto. Ao refazer o contorno gengival a 2 ou 3 milímetros acima da posição original, a pessoa passar a ostentar os dentes maiores e uma gengiva em tamanho natural. Para realizá-la podem ser utilizados o bisturi elétrico e o cortante ou até mesmo broca especial por meio de uma técnica que não se encosta ao dente. O sangramento é estancado quase instantaneamente - a não ser que a pessoa apresente algum problema médica anterior, o que deverá ser acusado no controle sistêmico realizado antes da cirurgia. A gengivoplastia é também indicada para retração de
gengiva
ocasionada
por
prótese
mal
adaptada.
De modo geral, o procedimento acarreta pouca dor e a recuperação leva de três a quatro dias, podendo chegar a dez dias para cicatrização total. Nesse período, pode ser colocada no local uma massa protetora para que a pessoa se alimente normalmente. Existem casos mais agudos, em que o trabalho do cirurgião-dentista pode ser complementado pelo do cirurgião plástico ou bucomaxilofacial para que se obtenha o efeito desejado. São os daquelas pessoas cuja exposição da gengiva fica muito acentuada, notadamente as de lábios curtos, maxilares ovalados e rostos compridos. Nesses casos, a alternativa é mudar a posição do sulco gengival, abaixando-o por dentro do nariz. Toda a gengiva é descolada da parte onde adere ao maxiliar superior e então comprimida contra ele para passar a aderir mais embaixo. Ao contrário do que possa parecer, quando a pessoa sorrir, ao invés de retrair, a gengiva ficará fixa na posição
dos
dentes.
Apesar de aparentar maior complexidade a cirurgia é simples e o paciente recebe alta em seguida, ficando apenas com um curativo compressivo (com elástico) por três ou quatro dias, para manter a gengiva imóvel e garantir a boa fixação.
5- OCLUSÃO E ESTÉTICA:
Os princípios básicos de oclusão e suas alterações são de fundamental importância na formação do cirurgião dentista, clínico geral ou especialista de qualquer área. Conceitualmente, pode-se definir oclusão como sendo o relacionamento fisiológico entre os dentes do arco superior e inferior, em todas as posições e movimentos da mandíbula. É imprescindível, para o bom funcionamento e saúde do Sistema Estomatognático que haja perfeita coordenação entre as ATMs e a articulação dos dentes. Sob o ponto de vista fisiológico, uma oclusão ideal seria aquela em que os dentes tomam posição de máxima interscupidação tendo os côndilos em posições ideais e simétricas nas Cavidades Glenóides e, partindo dessa posição, a mandíbula possa realizar movimentos contactantes sem interferências isoladas. O sucesso na odontologia culmina na questão dos conhecimentos a cerca de oclusão, já que este vai influir desde uma restauração simples de amálgama, passando por uma correção ortodôntica a uma reabilitação protética total do paciente. O ponto inicial se dá pelo conhecimento e aplicabilidade dos Princípios de Oclusão. 1.
Contatos
bilaterais
e
simultâneos
em
RC
e
MIC:
A Relação Cêntrica (RC) é o relacionamento da mandíbula para com a maxila com os discos e os côndilos corretamente alinhados na posição mais superior contra a eminência articular. A Máxima Intercuspidação Cêntrica (MIC) é a posição da mandíbula que proporciona o maior número de contatos entre as superfícies oclusais dos dentes. Ao fazer o movimento de fechamento da boca, é necessário que haja contatos dos dois lados de maneira simultânea, e ausência de contatos prematuros, para que no momento do fechamento não haja um toque unilateral e este faça mandíbula desviar para encontrar os toques subsequentes. 2. Cargas axiais: As cargas axiais devem ser paralelas ao longo eixo do dente, já que o periodonto suporta essas forças, devido ao arranjamento das suas fibras, sem haver reabsorção nem aposição óssea, o que difere das cargas oblíquas que irão ocasionar reabsorção nas regiões estarão sendo comprimidas e aposição nas demais. Durante a interscupidação, há a formação de contatos primários e estabilizantes. O contato oclusal primário é formado pelo contato entre a cúspide vestibular inferior e a fossa oposta ou crista marginal, já o estabilizante é entre a cúspide palatina superior e a fossa
oposta.
Existem as cúspides de suporte que são denominadas de funcional, cúspides cêntricas, cêntrica de parada, cêntrica de sustentação que correspondem à cúspide palatina superior e a vestibular inferior. Já a cúspide de corte, também conhecida como não cêntricas e não suporte, corresponde a cúspide vestibular superior e a lingual. 3. Lado de Trabalho e Lado de Balanceio: no momento em que a mandíbula executa movimentos excursivos, onde faz os movimentos de trabalho e balanceio, nesses não deve haver interferências. Ou seja, quando a mandíbula é projetada para o lado esquerdo (Trabalho Esquerdo), somente os dentes deste lado devem contactar de forma initerrupta, e os do outro lado (lado de Balanceio - Direito) não devem contactar. O contato cêntrico nunca pode ser removido, no máximo podem ser diminuídos, porque as fibras periodontais necessitam de estímulo. 5.1- Dentística Operatória e Oclusão: No momento de confeccionar restaurações oclusais com qualquer material, é importante manter os sulcos naturalmente profundos para reduzir a carga de mastigação permitindo que a pressão exercida pelo alimento seja reduzida pela extrusão e pelo escape através dos sulcos. Quando s executam restaurações coronais únicas, as cúspides deveriam ser confeccionadas tão naturalmente afiladas e inclinadas quanto possível sem causar interferências com a oclusão existente. Os fatores principais na obtenção do tratamento estético e oclusal incluem os seguintes itens: •
Posição condilar estável e confortável, mais superior;
•
RC coincidindo com máxima intercuspidação dos dentes;
•
Suporte dental adequado
•
Número adequeado de dentes estáveis;
•
Overbite anterior adequado;
•
Boa guia lateral;
•
Morfologia Coronal posterior não-desgastada;
•
Ausência de interferências posteriores excêntricas nos movimentos bordejantes, protrusivos e intermediários dos côndilos durante a função;
•
Bio-estética adequada.
Para se manter a estética dental e não atingir negativamente a funcionalidade dos dentes é muitíssimo importante manter uma morfologia coronal minimamente desgastada. Pacientes com uma oclusão natural, duradoura e não-traumática apresentam padrões de mastigação frontais de cerca de 70° de horizontal. Todos os dentes afetam a oclusão, é essencial que a morfologia coronal dos dentes seja compatível com a guia anterior. Na boa oclusão a máxima intercuspidação ocorre quando a mandíbula é retruída e os côndilos estão na sua posição mais superior e anterior. As restaurações estéticas afetam diretamente a funcionalidade da oclusão, para tanto é necessário manter a morfologia natural dos dentes, visando o mantimento da oclusão fisiológica normal e atingindo o objetivo de proporcionar estética, pois não há como promover uma aparência estética aceitável e não promover saúde bucal. 5.2 Ortodontia básica: Ortodontia é uma especialidade odontológica que corrige a posição dos dentes e dos ossos maxilares posicionados de forma inadequada. Dentes tortos ou dentes que não se encaixam corretamente são difíceis de serem mantidos limpos, podendo ser perdidos precocemente, devido à deterioração e à doença periodontal. Também causam um estresse adicional aos músculos de mastigação que pode levar a dores de cabeça, síndrome da ATM e dores na região do pescoço, dos ombros e das costas. Os dentes tortos ou mal posicionados também prejudicam a sua aparência. Apenas seu dentista ou ortodontista poderá determinar se você poderá se beneficiar de um tratamento ortodôntico. Com base em alguns instrumentos de diagnóstico que incluem um histórico médico e dentário completo, um exame clínico, moldes de gesso de seus dentes e fotografias e radiografias especiais, o ortodontista ou dentista poderá decidir se a ortodontia é recomendável e desenvolver um plano de tratamento adequado para você. Se você apresenta algum dos problemas abaixo, pode ser um candidato para o tratamento ortodôntico:
•
Sobremordida, algumas vezes chamada de "dentes salientes" acontece quando os dentes anteriores superiores se posicionam muito à frente da arcada inferior.
•
Mordida cruzada anterior - uma aparência de "bulldog", quando a arcada inferior está projetada muito à frente ou a arcada superior se posiciona muito atrás.
•
Mordida cruzada - ocorre quando a arcada superior não fica ligeiramente à frente da arcada inferior ao morder normalmente.
•
Mordida aberta - espaço entre as superfícies de mordida dos dentes anteriores e/ou laterais quando os dentes posteriores se juntam.
•
Desvio de linha mediana - ocorre quando o centro da arcada superior não está alinhado com o centro da arcada inferior.
•
Diastema - falhas, ou espaços, entre os dentes como resultado de dentes ausentes ou dentes que não preenchem a boca.
•
Apinhamento - ocorre quando existem dentes demais para se acomodarem na arcada dentária pequena
O tratamento ortodôntico torna a boca mais saudável, proporciona uma aparência mais
agradável
e
dentes
com
possibilidade
de
durar
a
vida
toda.
O especialista neste campo é chamado de ortodontista. Os ortodontistas precisam fazer um curso de especialização, além dos cinco anos do curso regular.
6-ABORDAGEM DA MÌDIA NA ODONTOLOGIA: Comunicação em Odontologia é normatizada no Capítulo XIII do Código de Ética Odontológica. Devem os anúncios, os impressos e as placas seguir as determinações deste texto legal. A mídia influencia aspectos de nossa personalidade que nunca antes havíamos imaginado. Um exemplo é o padrão estético odontológico visto como ideal pela sociedade, que raramente é associado aos padrões de beleza difundidos pela mídia televisiva. No entanto, ao questionar a população sobre o sorriso que se considera esteticamente perfeita e o modelo de sorriso de atores e atrizes de telenovelas, studiosos perceberam que havia muitas semelhanças entre essas respostas. Concluiuse que a mídia é, sim, um fator de grande influência psicológica da sociedade, inclusive em termos odontológicos. A mídia como um todo criou para a odontologia novos padrões de atuação, que valorizam excessivamente áreas de atuação voltada para estética. Cada vez mais pacientes procuram o cirurgião dentista para fins estéticos, e a cada dia aumenta a busca por melhorar os padrões de beleza. A busca pelos padrões de beleza e perfeição das formas e dimensões dentárias, tem proporcionado uma supervalorização da aparência de cada indivíduo, isso porque a mídia tem supervalorizado a busca não só por um corpo perfeito, mas também um sorriso harmonioso. A face é como se fosse um quadro, e o sorriso a moldura desse quadro. O conceito de beleza tem crescido muito nesses últimos tempos. A proporção origina-se da noção de relacionamento, porcentagem ou medida na sua determinação numérica e implica na quantificação de normas que podem ser aplicadas a cada realidade e cada busca pelo belo. Lembrando que o belo muda de civilização para outra e o que pode ser bonito para uns pode ser considerado chocante para outros; por esse motivo deve-se respeitar a individualidade de cada um.
7- QUESTIONÁRIO: Para a apresentação do presente trabalho, foi elaborado um questionário-um para pacientes e outro para profissionais e estudantes de odontologia-com 04 perguntas coincidentes, visando diagnosticas a posição de cada um sobre a implantação e disseminação da odontologia estética na atualidade. Questionário 01: (1-) No atendimento diário da clínica, e nas suas experiências vividas, qual o principal motivo apontado pelos pacientes para procura do cirurgião dentista? (2-) Dos pacientes que procuram sua clínica, nota-se mais preocupação com a saúde ou estética? (3-) N posição de profissional, ou futuro profissional, como você enxerga a nova abordagem da mídia sobre a odontologia? (4-) Atualmente, a odontologia como um todo prioriza o tratamento de problemas funcionais ou de problemas estéticos? Questionário 02: (1-) Qual o principal motivo da sua procura por tratamento dentário? (2-) Na realização de um tratamento sua maior expectativa está em resultados que favoreçam a estética ou a saúde de seus dentes? (3-) De que forma a estética interfere na sua vida profissional e pessoal? (4-) A sociedade, no seu ponto de vista, é mais preocupada com a estéticao ou saúde? 7.1- Análise dos dados: As respostas obtidas no questionário 01 nos possibilitou concluir que há uma maior procura dos profissionais de odontologia para resolução de problemas considerados estéticos, mas ainda existe a necessidade de tratamento que minimize danos causados por cáries agressivas, doenças periodontais, agressão pulpar e etc. Os profissionais entrevistados afirmam que os pacientes estão priorizando a estética dental e que a mídia exerce forte influência sobre os novos padrões de beleza e estética dental.
Além disso, afirmam que os próprios profissionais estão buscando atuar em áreas cada vez mais direcionadas a estética, uma vez que a demanda estã em fase de crescimento e os ganhos capitais são maiores. As respostas obtidas com o questionário 02 reforçam a idéia levantada pelo trabalho de que há sim uma maior preocupação dos pacientes com a aparência e eles buscam sim tratamentos que os promova um belo sorriso e melhor aparência. Os entrevistados também frisam a interferência e influência da mídia sobre a visão de beleza da sociedade, que vem exigindo cada vez mais boa aparência e estética na seleção de funcionários, escolha de parceiros e situações do dia- a dia. Enfim, é visível a nova preocupação com a estética. A sociedade vem deliberando e delimitando uma nova abordagem da odontologia que prioriza a cada dia a aparência física, usada para exclusão e aprovação, em diversas áreas e situações.
8- METODOLOGIA: Inicialmente, o grupo (11 pessoas) foi dividido em duplas, cada uma responsável pelo levantamento de referências bibliográficas sobre a estética e saúde relacionando-as, a diversas áreas do conhecimento, utilizando artigos científicos, protocolos e pesquisas na internet, além disso, houve encontros semanais com o grupo para o planejamento do trabalho escrito e a apresentação do mesmo.
9-CONCLUSÃO: A essência da estética é fisicamente perceptível, rege e decora a aparência das espécies e o constante equilibro de formas e cores que pode ser observado a qualquer tempo e em qualquer localização geográfica. Afirma-se que a beleza está nos olhos do observador, porém uma coisa não é verdadeiramente bonita até que desperte o prazer emocional, que se localiza na parte cognitiva do cérebro. A estética é uma das principais preocupações do indivíduo, provoca sentimentos de aprovação e desaprovação e expectativas sociais e interfere nos relacionamentos interpessoais. Considerando essa preocupação, atualmente a odontologia tem aliado seu principal objetivo, restabelecer a função do sistema estomatognático, ao interesse pela estética dental e facial. Muitas vezes priorizando enfaticamente a estética. Como vimos a mídia vem exercendo forte influência na mudança dos conceitos odontológicos, cada dia se busca mais um sorriso branco, dentes perfeitos, simetria facial visando estética e melhora da aparência. Diante dessas mudanças cabe ao profissional analisar a viabilidade e necessidade dos tratamentos propostos, bem como motivar ou desmotivar seu paciente acerca dos conceitos idéias de estética. Afinal a principal função do cirurgião dentista e de qualquer profissional da saúde ainda é promover a saúde acima de qualquer outra coisa.
10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS: - GERMINIANI, W.I.S; TERADA, H.H. Avaliação da preferência estética de cirurgiões-dentistas(Clínicos gerais e ortodontistas), acadêmicos de Odontologia e leigos quanto às medidas indicadas por proporções conhecidas como padrão estético para o sorriso. Dental Press, v.3, n.3, p.85-99, 2006. - MONDELLI, J. Estética e cosmética em clínica integrada restauradora. São Paulo: Ed. Santos, 2003. -RUFENACHT, C. Fundamentos de estética. São Paulo: Ed. Santos, 1998 - CALVIELLI ITP. Responsabilidade Profissional do cirurgião dentista. In: Silva M. Compêndio de Odontologia Legal. São Paulo: Medsi;1997. cap23, p. 399-411. - GOLDSTEIN, R.E. A estética em Odontologia. 2ª ed. São Paulo: Editora Santos;2000. p 3-15. - LINO, A.P. Ortodontia preventiva Básica. São Paulo: Artes Médicas; 1990. cap 2, p. 29-102. -SEGER, L. Psicologia e Odontologia: uma abordagem integradora. 2ª ed, São Paulo: Editora Santos; 1992. cap 8, 141-9. - VARGAS, Andréa; PAIXÂO, Helena. Perda Dentária e Seu Significado na Qualidade de Vida de Adultos Usuários de Serviço Público do Centro de Saúde Boa Vista, em Belo Horizonte. Revista Ciência Saúde Coletiva, vol 10, n4. Rio de Janeiro. - ELIAS, Marina Sá et al. A importância da Saúde Bucal para adolescentes Diferentes Estratos Sociais Do Município de Ribeirão Preto.