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Projeto Cana Verde
Native
Responsáveis:
Parte II – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
O projeto promove a co-geração de energia, por meio de resíduos ligados à atividade produtiva da empresa (queima de bagaço de cana-de-açúcar), buscando evitar emissões de gases causadores do efeito estufa (essencialmente dióxido de carbono – CO2), Organização Balbo em números Fundação
1946
Usina Santo Antônio – Produção diária Álcool
600 mil litros
Açúcar
12 mil sacas/50 kg
Usina São Francisco – Produção diária Álcool
420 mil litros
Açúcar
8 mil sacas/50 kg
A
Organização Balbo e suas empresas têm a missão de explorar o potencial da cana-de-açúcar e de outros produtos agroindustriais, mediante a busca de tecnologia para produzir com competitividade, preservando a segurança e o meio ambiente. Fundada em 1946, a Usina Santo Antônio marca o início do empreendimento próprio da família Balbo, atualmente, a produção desta usina é de 600 mil litros de álcool e 12 mil sacas de 50 kg de açúcar por dia. Na Usina São Francisco, a segunda empresa da família, a produção diária é de 420 mil litros de álcool e 8 mil sacas de açúcar. Há catorze anos, as usinas Santo Antônio e São Francisco consomem energia elétrica gerada nas próprias unidades, a partir do bagaço de cana, sendo auto-suficientes.
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Co-geração de energia A Usina São Francisco foi pioneira no Brasil em co-geração de energia elétrica a partir do bagaço de cana, utilizando 2.800 kW para suas operações e entregando 300 kW para a CPFL. O projeto tem por objeto atividades de co-geração de energia, por meio de resíduos ligados à atividade produtiva da empresa (queima de bagaço de cana-de-açúcar), evitará emissões de gases causadores do efeito estufa (essencialmente dióxido de carbono – CO2), na medida em que desloque no tempo a necessidade de acionamento de unidades termelétricas, ligadas ao parque gerador nacional, consumidoras de combustíveis fósseis. Desde junho de 1987, a São Francisco gera excedente de energia e fornece eletricidade para a Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL. A Usina São Francisco foi pioneira no Brasil em cogeração de energia elétrica a partir do bagaço de cana, utilizando 2.800 kW para suas operações e entregando 300 kW para a CPFL. A energia total produzida pela usina é suficiente para abastecer
Juntas, Santo Antônio e São Francisco, poderiam atender a 80 mil habitantes.
uma cidade de 30 mil habitantes. Juntas, Santo Antônio e São Francisco, poderiam atender a 80 mil habitantes. A Bioenergia Cogeradora S/A – empresa do Grupo Balbo – desenvolveu, com o apoio do PNDU - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Projeto de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo)
MDL O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é um instrumento de flexibilização das obrigações e metas de redução das emissões responsáveis pelo efeito estufa, dentro dos formatos estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto, visando harmonizar este objetivo com a promoção de um modelo de desenvolvimento limpo e sustentável. O objeto está definido no artigo 12 do Protocolo de Kyoto: Art. 12.2 – “A finalidade do MDL é ajudar países em desenvolvimento a atingir o desenvolvimento sustentável e contribuir para o objetivo final da Convenção, e ajudar os países desenvolvidos a adequarem-se aos seus compromissos quantitativos de limitação e redução de emissões.” Art. 12.3 – “a) países em desenvolvimento beneficiar-se-ão de projetos resultando em reduções certificadas de emissões; e b) países incluídos desenvolvidos podem usar as reduções certificadas de emissões derivadas de tais projetos como contribuição à adequação de parte de seus compromissos quantificados de redução e limitação de emissões...” Qualquer país sem teto de emissões pode desenvolver projetos de redução de sua emissão de gases do efeito estufa (carbono) e receber créditos por isso, podendo vender esses créditos num mercado internacional. Este mercado deve gravitar em torno de opções mais baratas em termos de preços de carbono oferecidos pelas opções de cada país.
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O projeto buscou Certificados de Emissões Reduzidas – CERs, tendo como base duas unidades de co-geração de energia elétrica a partir de bagaço de cana de açúcar, localizadas nas Usinas Santo Antônio S/A e São Francisco S/A, ambas no Município de Sertãozinho, Estado de São Paulo. O projeto surgiu do processo intergovernamental da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – CQMC, em uma proposta abrangente intitulada Capacity Building Support for a Clean Development Mechanism (CBS/CDM), preparado conjuntamente pelo Secretariado da CQMC e diversas agências/ programas das Nações Unidas, tais como PNUD, UNCTAD e UNIDO. Custeado pela Fundação das Nações Unidas – UNF, tem ainda o World Business Council for Sustainable Development – WBCSD, como seu parceiro de execução. A
participação da Bioenergia no referido projeto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento aconteceu no contexto da elaboração da “Componente Brasil”, mediante a qual o PNUD visa obter a sensibilização e o engajamento do setor privado nas atividades de MDL. Dentro dessas premissas, foi selecionada a Bioenergia Cogeradora S/A, que recebeu assistência técnica do PNUD no desenvolvimento do conjunto de procedimentos necessários para a criação de um projeto de MDL, em base comercial, implantado em conformidade com os procedimentos definidos em nível nacional (Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima) e internacional (Comitê Executivo do MDL). Para esse fim foi contratado pelo PNUD o consórcio técnico Climate Change Network - CCN, o qual foi encarregado de elaborar o Projeto de MDL da Bioenergia.
Detalhes do estabelecimento da linha de base Duração da atividade de projeto / Período de obtenção de créditos Finalização dos estudos de linha de base
30 de junho de 2003.
Instituição responsável pelo estabelecimento da linha de base Responsabilidade formal
Climate Change Network – CCN
Responsabilidade técnica
Vibhava Consultoria Empresarial, na pessoa de Dan Ramon
Início da atividade de projeto
Janeiro de 2003
Estimativa da vida útil operacional da atividade de projeto
18 meses
Início do primeiro período de obtenção de créditos
Junho de 2004
Duração do primeiro período de obtenção de créditos
7 anos, com obtenção anual de créditos
Possíveis fontes de emissões significativas No projeto de co-geração, por meio da queima de resíduos de cana-de-açúcar, o balanço de emissões é praticamente nulo, uma vez que a cana processada é proveniente de canaviais plantados em áreas próximas ao local da usina, absorvendo da atmosfera o carbono que será posteriormente liberado pela queima do bagaço e tampouco gerando, presumivelmente, “vazamentos” (leakages) significativos de emissões, graças às distâncias desprezíveis para seu transporte. O projeto foi alicerçado na otimização de um processo já existente nas usinas consideradas, em que o consumo de bagaço para a geração do vapor de processo e dos excedentes projetados de energia elétrica se dá com o mesmo volume anteriormente queimado. Com efeito, a implantação do projeto não implicou modificações dos processos anteriores.
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O transporte da cana continuou a ser feito com equipamentos adequados, também sem acréscimos previstos de atividades, evidenciando os impactos positivos, que ocorrem pela existência de um novo produto oriundo de fonte renovável. De toda a cana processada anualmente, cerca de 50% é própria, sendo produzida em áreas de propriedade da usina; deste montante, mais de 60% é cultivada segundo os princípios da agricultura orgânica, ou seja, sem a utilização de adubação química industrializada, sem aplicação de pesticidas, inseticidas e produtos semelhantes. A colheita se dá sem a queima prévia do canavial e em percentuais crescentes de mecanização.
Controle
Toda sorte de informação produzida e/ou coletada durante a realização do trabalho, em favor do projeto, foi organizada e disponibilizada por pessoal próprio. Este núcleo de trabalho foi responsável não apenas pelo trabalho de recebimento e organização da informação, mas, também, pela disposição de todas essas informações na forma de bancos de dados, a fim de que seus conteúdos fossem mais facilmente transferidos, consultados e disponibilizados. O armazenamento de dados contou com a melhor técnica disponível no mercado de informática, garantindo não apenas qualidade, mas especialmente fidelidade das informações. Ao concluir o trabalho em favor do projeto, foi produzido minucioso relatório, em que constam todas
as atividades desenvolvidas no desempenho das respectivas funções, informando a situação de cada uma e seu respectivo “modus operandi”. A infra-estrutura será aquela já disponível nas instalações da implementadora do projeto e das instituições e entidades responsáveis pelas atividades de MDL, e da qual se valem a fim de desenvolver suas rotineiras atividades. A empresa disponibilizou pessoal de campo, adequadamente preparado e munido de equipamentos e cabedal técnico suficiente, a fim de efetuar visitas ao local do projeto, analisando todos seus aspectos técnicos no tocante à geração de energia, emissão de CER´s de qualidade, bem como no que tange às questões legais e administrativas pertinentes.
Equipes A organização operacional geral conta com 03 (três) equipes básicas: equipe técnica de campo e processos, equipe técnico-jurídica e equipe de documentação e dados, cujo dever fundamental é o apoio logístico às demais equipes, bem como garantir a preservação, compilação e organização das informações resultantes das demais equipes de trabalho. Todas essas equipes têm, à sua disposição, pessoal de apoio próprio e adequado, juntas à equipe de gestão da qualidade, vinculada diretamente à diretoria geral do projeto, a fim de que se garantam com isso sua independência e melhores resultados.
Equipes s Equipe técnica de campo e processos s Equipe técnico-jurídica s Equipe de documentação e dados
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Cada um dos responsáveis pelas equipes emite relatórios de situação, verificação e acompanhamento ao gerente geral das equipes de trabalho. Com isso, pode ser avaliado não apenas o cumprimento de cronogramas, mas as necessidades fundamentais de cada profissional envolvido.
Entidade que determina a metodologia de Monitoramento De Rosa, Siqueira, Almeida, Mello, Barros Barreto e Advogados Associados / CLIMATE CHANGE NETWORK Giovanni Barontini / Antonio Lombardi
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São realizadas verificações e medições de campo, a fim de propiciar e garantir fidelidade ao modelo a ser indicado ao projeto. No tocante às técnicas e ferramentas, são aplicados os melhores equipamentos e tecnologias disponíveis, na implementação das atividades de MDL. São realizadas verificações e medições de campo, a fim de propiciar e garantir fidelidade ao modelo a ser indicado ao projeto. No tocante às técnicas e ferramentas, são aplicados os melhores equipamentos e tecnologias disponíveis, na implementação das atividades de MDL. Para o trabalho em questão, não foi necessário o desenvolvimento de equipamentos e tecnologias específicos, tendo em vista tratar-se de empreendimento já conhecido. Cada um dos responsáveis pelas equipes emite relatórios de situação, verificação e acompanha-
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mento ao gerente geral das equipes de trabalho. Com isso, pode ser avaliado não apenas o cumprimento de cronogramas, mas as necessidades fundamentais de cada profissional envolvido. A periodicidade destes relatórios deve ser adequada à realidade empírica do projeto. Além destes cuidados, a equipe tem à sua disposição equipamento de informática próprio e dedicado a seu uso exclusivo. Como forma de suporte, arquivos físicos são gerados, além de bancos de dados apropriados contendo as informações técnicas produzidas/colecionadas ao longo do serviço. A partir do trabalho dessa equipe, são gerados relatórios e demais informações, zelando para que o sigilo e confidencialidade necessários não impeçam a devida informação e envolvimento de todos os “stakeholders” interessados.
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Aspectos
técnico-jurídicos
Legislação municipal No que toca à legislação municipal de Sertãozinho, não há qualquer aspecto relevante no que toca a possíveis ou eventuais impedimentos para a implantação deste projeto. O empreendimento está de acordo com as posturas municipais para uso do solo, localizando-se fora do perímetro urbano, nos termos da Lei Municipal nº 3426 de 10 de novembro de 1999. A gleba que sedia a unidade co-geradora jamais foi utilizada como depósito de lixo ou de outras substâncias que possam causar danos a futuros ocupantes. Não se situa em áreas potencialmente suscetíveis a riscos geotécnicos, tais como erosão, instabilidade de encosta etc. Além disto, não há incidência, sobre esta área, de qualquer reserva de preservação de recursos hídricos e/ou naturais, que tenham sido instituídas e sejam protegidas por legislação municipal.
Legislação estadual Relativamente à legislação estadual, o projeto está igualmente em plena conformidade. Foram respeitadas todas as disposições da Lei Estadual nº 997, de 31 de maio de 1976, e do Decreto Estadual nº 8468, de 08 de setembro de 1976, que estabelecem a vedação de lançamentos de poluentes no ar, na água e no solo, bem como os padrões para as emissões e lançamentos permitidos. São ainda atendidas as disposições do Decreto Estadual nº 10755, de 22 de novembro de 1977, que enquadra e dispõe sobre todos os corpos d’água do Estado.
Área de interesse ambiental Legislação federal No tocante à legislação federal, foram atendidas as normas mais importantes para esta sorte de projeto, tais como: s Resolução CONAMA nº 1: estabelece normas a serem cumpridas no interesse da saúde, relativamente à emissão de ruídos decorrentes de qualquer atividade, as medições realizadas devem estar de acordo com a NBR 10151. s Resolução CONAMA nº 3: estabelece os padrões primários e secundários para a qualidade do ar. s Resolução CONAMA nº 20: dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o território nacional, determinando ainda os padrões de lançamentos possíveis para os corpos d’água. s Lei nº 9427/96: criou a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – como órgão regulador independente do setor elétrico brasileiro. s Decreto nº2655/98: regulamenta o Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE. s Lei nº 9605/98, que estabelece sanções penais e administrativas às condutas lesivas ao meio ambiente.
Não há, no entorno das unidades geradoras da Bioenergia, áreas institucionais de interesse ambiental, como as APAS, ARIES, ASPES e/ou parques. A Lei nº4557/85 instituiu reserva biológica em área de matas da Fazenda Experimental de Zootecnia, do Instituto de Zootecnia, localizada no município de Sertãozinho. Possui área aproximada de 720 ha, tendo em sua fauna cachorros-do-mato, capivaras, cobras, lobos, macacos, tamanduás e veados, entre outros. A finalidade fundamental é a preservação de recursos genéticos de flora e fauna, visando a estudos e pesquisas de cunho científico. Esta reserva biológica dista cerca de 15 km do local sede das futuras instalações, em posição oposta à usina, em relação à cidade de Sertãozinho.
Uso e ocupação do solo As principais atividades de uso e ocupação do solo, na região, relacionam-se com as atividades agrícolas. Especificamente na área de interferência, ou seja, na área em que está instalada a unidade cogeradora, há atualmente atividade industrial, uma vez que se trata de área cedida pela Usina Santo Antônio, com cultivo de cana-deaçúcar e café. Não haverá alterações quanto ao uso do solo.
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Infra-estrutura Vias de acesso
Recursos hídricos
Tendo em vista a localização do município de Sertãozinho e a localização do projeto, toda a região é muito bem servida por farta malha rodoviária. Com isso, fica facilitado o acesso às instalações e a remessa de matéria-prima (cana) à usina e o escoamento da produção, beneficiam-se do sistema viário ali existente. Não foi necessário implantar novas rodovias, evitando impactos ao meio ambiente.
O município de Sertãozinho está localizado na bacia do rio Mogi Guaçú (UGHRI 9) e tem parte de seu território na bacia do rio Pardo (UGHRI 4). Em toda essa região há abundância de recursos hídricos, tanto superficiais como subterrâneos. A fazenda Santo Antônio, em que está o projeto, situase em ponto limítrofe, entre as bacias do Pardo e do Mogi Guaçú. O empreendimento vale-se de instalações já existentes na Usina Santo Antônio, a fim de captar a água necessária ao processo de co-geração. Essa captação acontece no rio Pardo, distante aproximadamente 160 km de sua foz.
Impactos ambientais Área de influência A área de influência do projeto é a cidade de Sertãozinho (SP), em que está o interesse ambiental, na qual os impactos são mais fortes e diretos; neste local foi instalado o projeto e as infra-estruturas e recursos naturais disponibilizados para seu funcionamento. A área ocupada é de aproximadamente 1692m2, inserida em área industrial da Usina Santo Antônio. Neste contexto, é oportuno ressaltar que o município de Sertãozinho tem sua vida industrial fortemente ligada à indústria canavieira, devido à presença de várias unidades da agroindústria sucro-alcooleira na cidade, bem como da indústria metal-mecânica, cujos produtos são também direcionados, na maior parte, ao setor canavieiro.
Hidrografia Os organismos responsáveis pelo controle da água classificam a bacia do Pardo como boa, na área do empreendimento, estando o rio Pardo classificado pelo Decreto nº 8468/76 como classe 2. Ou seja, águas destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional, à preservação de hortaliças e árvores frutíferas e à recreação em contato primário. As principais características da bacia hidrográfica do Pardo são: rÃSFBEFESFOBHFNïïèï,NĞ r1SJODJQBJTDVSTPTEÃHVBSJPT1BSEP $BOPT EP1FJYFF'BSUVSB r%JTQPOJCJMJEBEFEFNBOEBTVQFSàDJBM Os dados, referentes à disponibilidade de recursos hídricos superficiais da bacia do Pardo, encontram-se expostos na tabela abaixo. Por oportuno, vale mencionar que o município de Sertãozinho não se utiliza de águas superficiais para o abastecimento de sua área urbana. Todo o abastecimento público de Sertãozinho é feito por meio de águas subterrâneas.
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Demanda total (m³/s)
Disponibilidade (m³/s)¹
(Dem. Total/Qref.)x100i² (%)
1990
2010
Q7,10
Qref.
1990
2010
27,6
56,4
37,0
67,0
41,2
84,2
Fonte: Departamento de Águas e Esgotos do Estado de São Paulo - DAEE; Qref.=Vazão de referência / Dem.=Demanda
Na região, há também disponibilidade de água subterrânea de excelente qualidade, sendo utilizada para o abastecimento público de Sertãozinho e captada em 25 poços com volume de aproximadamente 17.700 m3/dia. Na tabela a seguir, apresentamos disponibilidade desta fonte de água, segundo levantamento do DAEE, registrado no Plano Estadual de Recursos Hídricos.
Aqüífero
Vazão potencial (m³/h)
Serra Geral
5 a 50
Tubarão
7 a 50
Botucatu
60 a 200
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos / PERH – 1994/1995
Clima Dados Climáticos Temperatura
Na região em exame, o clima pode ser classificado como quente, com inverno seco. Adiante apresentamos indicadores climáticos, que têm por base 35 anos de levantamentos realizados pelo Instituto Agronômico de Campinas – IAC – e pela Coopersucar.
Média anual
21,9ºC
Média máxima
29ºC
Média mínima
15,9ºC
Vento
Direção predominante - SE
Velocidade média
1,7m/s
Umidade relativa média
70,2%
Insolação média diária
7,2 horas
Pluviosidade Máxima
2205mm³/m² (1983)
Mínima
1038mm³/m² (1969)
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Impactos do empreendimento Negativos
Positivos /Medidas
Poluição atmosférica (particulados)
Emissões de GEE nulas, gases potencialmente tributários do incremento do efeito estufa, emitidos na queima do bagaço, são reabsorvidos na lavoura de cana.
Meio físico atmosférico
Terraplanagem Queima do bagaço nas caldeiras
Otimização do aproveitamento energético do bagaço, fator que propicia a exportação de excedentes à rede integrada de transmissão e distribuição de energia.
Preparo do terreno Meio físico terrestre/aquático Preparo do terreno para implantação
O projeto ocupou áreas industriais já existentes na Usina Santo Antônio
Incorporação no solo de resíduos orgânicos. Aplicação de águas residuais Geração de resíduos sólidos na indústria Uso de água
Foi aproveitada a estrutura de captação de água já existente
Meio biológico – vegetação e fauna Instalação da co-geradora Aplicação de águas residuais
As águas residuais e resíduos sólidos são tratados, afim de que não causem qualquer espécie de dano ao meio ambiente.
Aplicação de resíduos sólidos na lavoura.
Resíduos sólidos, tais processos já são amplamente conhecidos, sendo a lavoura o destino desses rejeitos
Meio antrópico ruídos de construção e operação emissão de fuligem.
Indicadores Atividades econômicas Verifiquemos o perfil das atividades da área de influência do projeto, na tabela 24 seguinte.
Atividades econômicas
Unidades
Agências bancárias
11
Sedes de empresas com CNPJ
2736
Estabelecimentos agropecuários
417
Estabelecimentos industriais
310
Fonte: IBGE, malha municipal digital do Brasil / 2000
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Saúde
Educação
O município de Sertãozinho conta com um hospital, 25 unidades ambulatoriais e uma média de 1,14 leitos hospitalares (SUS) por mil habitantes. Soma-se a isso grande proximidade do vizinho município de Ribeirão Preto, maior centro médicohospitalar da região.
Não há estabelecimentos de ensino superior em Sertãozinho, sendo elevada a taxa de analfabetismo entre a população adulta.
Medidas
Fechamento do sistema de águas de resfriamento
O sistema de co-geração em si já apresenta vantagem, em relação ao sistema de geração térmica convencional, pelo fato de dispensar o uso de água para a condensação do vapor produzido, visto que a condensação se dá ao longo dos processos industriais normais da usina.
Este circuito fechado terá as seguintes características: s vazão total de água: 330m³/h s temperatura de água quente: 35ºC s temperatura de água fria: 28ºC s temperatura de bulbo úmido: 25ºC s potência: 30CV
O sistema de co-geração em si já apresenta vantagem, em relação ao sistema de geração térmica convencional, pelo fato de dispensar o uso de água para a condensação do vapor produzido, visto que a condensação se dá ao longo dos processos industriais normais da usina. Apenas por este fato, estima-se uma redução das necessidades de água em cerca de 1800m3/h. Este fator pode seguramente ser considerado como mitigador de possíveis impactos, decorrentes da captação de água para as caldeiras. É necessária água para a refrigeração dos turborredutores e trocadores de calor do gerador, em volume de 330m3/h. Esta água sofre aumento de temperatura, sendo estimada uma variação de cerca de 7ºC. Os lançamentos feitos nesses padrões de temperatura estão abaixo do previsto pela legislação em vigor e os implementadores do projeto, visando reduzir os impactos sobre os volumes de água captados e conseqüentes lançamentos, estabeleceram um sistema de resfriamento evaporativo de água, através de torres de resfriamento. Assim, a temperatura da água é compatível com as necessidades do processo de co-geração, aliada a uma redução do volume a ser captado para estas finalidades. Prevê-se apenas a necessidade de reposição de 1% da água em circulação, referente a perdas por evaporação e arraste.
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Tratamento das emissões
de caldeira
Parâmetros
Valores
Umidade
80 a 88%
Matéria orgânica
8 a 10%
Matéria inorgânica
4 a 6%
Composição da matéria inorgânica SiO2
65 a 70%
Fe2O3
16 a 18%
Óxidos diversos
18 a 20%
As emissões resultantes da queima de bagaço apresentam como principal problema o material particulado lançado, uma vez que os demais constituintes das emissões apresentam-se em quantidades desprezíveis. A taxa de emissão de particulados de caldeiras a bagaço varia entre 3500 e 6000 MG/Nm3, dependendo do equipamento e acessórios disponíveis, isto sem a instalação de equipamentos de controle. A empresa mantém um programa de controle e regulagem de caldeiras, de forma a maximizar a queima do bagaço como combustível e instalar equipamento de controle de poluição, para minimizar a emissão de material particulado. Levantamentos realizados na usina indicam que a quantidade média de material particulado (matéria seca), resultante da utilização de bagaço como combustível, é da ordem de 13 kg/tonelada de bagaço. A composição da fuligem depende de diversos fatores, sendo o mais importante a eficiência na queima do bagaço na caldeira. A composição média da fuligem é apresentada na tabela adiante.
A quantidade de matéria inorgânica está associada às impurezas minerais contidas na cana-de-açúcar, variando principalmente em função do sistema de corte e carregamento adotados e da quantidade de água utilizada na lavagem da cana. A obtenção de eficiência de retenção, de particulados dos gases da queima de bagaço em caldeira, de forma a atender a essas exigências, implica na instalação de sistemas de retenção por via úmida. Estes equipamentos opeSBNDPNÃHVBBVNBQSFTTÈPBQSPYJNBEBEFè ç,HDNĞ atomizada em bocais, uniformemente distribuídos em um anel instalado no interior dos lavadores de gases. A água entra em contato com os gases em contracorrente, de tal forma a capturar o material particulado, fazendo com que se reduzam os teores destes nos gases que são lançados para a atmosfera. A água contendo os sólidos é tratada a fim de promover a remoção do material decantável e ser reutilizada no circuito. Passando por um pré-decantador, segue para um decantador circular, que separa o líquido dos sólidos decantáveis. O clarificado é enviado novamente para os lavadores de gases e o lodo para um espessador de lodo.
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O material sólido final é enviado para a lavoura por caminhões basculantes. Este sistema deve funcionar aproveitando, também, a água de limpeza das mesas e esteiras de alimentação das moendas da Usina Santo Antônio. Considerando uma quantidade de matéria seca da orEFNEFèê,HUPOFMBEBEFCBHBÉP BRVBOUJEBEFEFNBUFSJBMSFUJEPEPTJTUFNBÊEFêîëìç,HEJB NBUÊSJBTFDB A matéria seca corresponde a aproximadamente 20% do total a ser removido dos decantadores. Assim sendo, a quantidade total de material úmido a ser removido dos EFDBOUBEPSFTTFSÃEFèðêççç,HEJB Considerando, ainda, a densidade do lodo na ordem de 1 t/m3, o volume de lodo a ser removido nos decantadores é de 193 m3/dia. Este material, constituído basicamente por terra, bagaço não-queimado e água, retornará para a lavoura. A concentração de material particulado, lançado após este tratamento, não mais apresenta quaisquer problemas de incômodo à população da área de influência considerada, devendo-se por fim salientar que a caldeira tem eficiência de queima cerca de 10% superior aos equipamentos até então utilizados, e que serão substituídos, resultando apenas por este fato em redução de lançamentos atmosféricos.
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Manuseio adequado dos
resíduos sólidos
Esta medida mitigadora visa diminuir o risco de contaminação do solo, pela má disposição destes resíduos. Os resíduos sólidos constituem-se em potenciais poluidores do solo, caso sua disposição não seja adequada, podendo desencadear outros problemas, como a contaminação de águas superficiais e subterrâneas, o aumento no número de vetores de doenças, etc. Os óleos lubrificantes são coletados em tambores de 200L, sendo uma parte reutilizada na própria empresa, como lubrificante para correntes e correias transportadoras, e para a proteção de chaparias. O restante será comercializado com terceiros, a fim de que possa ser recuperado na indústria própria.
Destinação dos resíduos óleos lubrificantes
coletados em tambores de 200L e vendidos
fuligem
disposta em áreas de reforma de canavial
A fuligem será disposta em áreas de reforma de canavial, juntamente com a torta de filtro, representando um excelente condicionador do solo, já que é rica em matéria orgânica e possui ainda como constituinte inorgânico o potássio. A aplicação destes resíduos será feita respeitando-se a distância míOJNBmQSFWJTUBFNMFJmEFéççNFUSPTEFRVBMRVFSDPSQPEÃHVB Trata-se de medida mitigadora, pois através de uma aplicação racional na lavoura evita-se a poluição dos solos, das águas superficiais e subterrâneas, retornando ao solo o que lhe foi extraído com a colheita.
Equipamentos com baixo nível de ruído O incômodo à comunidade, causado por ruídos advindos das instalações do projeto, depende dos níveis de ruído verificados e da distância entre os equipamentos/instalações e as comunidades. Apesar de ser instalado na zona rural, distante de comunidades, o projeto especifica claramente emissões de ruído que atendam à legislação na área externa ao projeto, sendo exigência o limite de ruídos a uma distância de 2 metros em 95 dBA. Com esta especificação, deverá ser atendida exigência legal (Resolução CONAMA nº 1/90), que estabelece normas a serem obedecidas, no interesse da saúde, no tocante à emissão de ruídos em decorrência de qualquer atividade, reportando-se à NBR 10151 como parâmetro de avaliação de ruídos em áreas habitadas.
Desenvolvimento sustentável O conceito de sustentabilidade calca-se num tríplice pilar – sustentabilidade social, ambiental e econômica – segundo o qual a eficiente perpetuidade de uma determinada atividade deve ser buscada e garantida, por meio do equilibrado inter-relacionamento entre estes três alicerces. Na verdade, os requisitos empresariais de sustentabilidade se colocam como verdadeiras précondições, para que a formatação de projetos de MDL possa inserir-se numa política estratégica consolidada, evidenciando a presença e observância de valores autênticos, que constituam respaldo e premissa indispensável, para a correta gestão das atividades de redução dos GEE. A Bioenergia Cogeradora S/A prioriza tais diretrizes, na definição de seus objetivos estratégicos e corporativos. Portanto, para os efeitos desse projeto, se faz indispensável aprofundar a avaliação das contribuições do Grupo Balbo, à definição de um modelo de desenvolvimento efetivamente sustentável, tornando-se, tais posturas, objeto de consideração necessária, para os efeitos de monitoramento, verificação e validação da própria proposta atividade de MDL. Neste sentido, cumpre ressaltar que os limites de tais atividades são o município de Sertãozinho, no Estado de São Paulo, e as populações locais diretamente afetadas pelas atividades do Grupo.
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