Processos Constritivos -parte 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE LETRAS E ARTES FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III Organização: prof. Mônica Santos Salgado AGOSTO - 2006

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TEMA 1 – Paredes e Painéis

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TEMA 2 – Revestimentos – Acabamentos Argamassados

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TEMA 3 – Revestimentos – Acabamentos não Argamassados

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TEMA 4 – Revestimentos: Pisos e Pavimentações, Impermeabilização

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TEMA 5 – Coberturas e proteções

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TEMA 6 – Sistemas Prediais

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TEMA 7 – Esquadrias

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TEMA 8 – Responsabilidades das empresas de construção

Esta apostila tem como objetivo apresentar os assuntos tratados na disciplina Processos Construtivos 3, fornecendo subsídios aos alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo à compreensão do processo de produção das edificações.

Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III organização: prof. Mônica Santos Salgado

ÍNDICE

ASSUNTO TEMA 1 – Paredes e Painéis

pág.

Método executivo – fase de marcação, fase de elevação e fase de fixação.

7

TEMA 2 – Revestimentos – Acabamentos Argamassados

16

TEMA 3 – Revestimentos – Acabamentos não Argamassados

34

TEMA 4 – Revestimentos: Pisos e Pavimentações, Impermeabilização

46

TEMA 5 – Coberturas e proteções

51

TEMA 6 – Sistemas Prediais

56

Argamassa de aderência, de rejuntamento, de regularização e de acabamento, acabamentos argamassados (liso, massa raspada, etc), tintas, patologias, métodos executivos. Azulejos, mármores e granitos, pastilhas, madeira, aço, plástico, papel, métodos executivos, e o projeto para produção de fachadas. Execução de pisos em madeira, tipos de impermeabilização (rígidas e flexíveis), pontos na avaliação de um sistema de impermeabilização Escolha do sistema de cobertura, coberturas em madeira, em aço, tipos de telhas, acabamentos, método executivo Instalações hidrossanitárias – hidráulicas, esgoto e águas pluviais; cuidados na execução das instalações hidrossanitárias, instalações elétricas, fases de execução e cuidados na execução, instalações de gás, cuidados no projeto e execução, instalações especiais, detalhes executivos, compatibilização, informações necessárias à execução da obra, detalhes executivos banheiros, cozinhas e áreas

TEMA 7 – Esquadrias

72

Materiais para os caixilhos, tipos de aberturas, tipos de vidros, ferragens, especificação de vidros e ferragens, métodos de execução

TEMA 8 – Responsabilidades das empresas de construção

95

Organização e responsabilidades, legislação pertinente – NR 18, resolução CONAMA 307 – responsabilidades do construtor (vícios da construção, etc)

BIBLIOGRAFIA

111

- 2 -

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LISTA DAS FIGURAS FIGURA

pág.

FIGURA 1 - ESQUEMA DE FERRO-CABELO (E = ESPESSURA DO BLOCO MENOS 30 MM)

8

FIGURA 2 - APLICAÇÃO DE CHAPISCO ROLADO COM ROLO PARA TEXTURA ACRÍLICA

9

FIGURA 3 - APLICAÇÃO DE CHAPISCO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA ATRAVÉS DE DESEMPENADEIRA DENTADA

9

FIGURA 4 - MOLHAGEM DA BASE DA FIADA DE MARCAÇÃO

9

FIGURA 5 - ASSENTAMENTO DOS BLOCOS DA FIADA DE MARCAÇÃO

10

FIGURA 6 - ESQUEMA GERAL DE FINAL DE MARCAÇÃO DE ALVENARIA, UTILIZANDO FERROS-CABELO COM BARRAS DOBRADAS EM FORMA DE “U”

10

FIGURA 7 - CAIXOTES PLÁSTICOS COM SUPORTES METÁLICOS PARA A COLOCAÇÃO DE ARGAMASSA

11

FIGURA 8 ASSENTAMENTO DE BLOCO SOBRE CORDÕES DE ARGAMASSA

11

FIGURA 9 - APLICAÇÃO DE ARGAMASSA POR MEIO DE BISNAGA

11

FIGURA 10 -DESEMPENADEIRA ESTREITA PARA APLICAÇÃO DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO DOS BLOCOS

12

FIGURA 11 - ASSENTAMENTO DE BLOCO DE EXTREMIDADE

12

FIGURA 12 - LINHA DE NÁILON ESTICADA POR MEIO DE SUPORTE DE MADEIRA

12

FIGURA 13 - LINHA DE NÁILON FIXADA ESCANTILHÃO GRADUADO

13

FIGURA 14 - ASSENTAMENTO DOS BLOCOS INTERMEDIÁRIOS

13

FIGURA 15 - CAVALETES E PLATAFORMA PARA ANDAIMES

13

FIGURA 16 - FIXAÇÃO DA ALVENARIA POR MEIO DE BISNAGA, COM DESTAQUE DO VÃO DE 1,5 A 3,5 CM

14

FIGURA 17 - APLICAÇÃO DO CHAPISCO

16

FIGURA 18 - APLICAÇÃO DO EMBOÇO - FIXAÇÃO DAS TALISCAS

17

FIGURA 19 - APLICAÇÃO DO EMBOÇO - DEFINIÇÃO DAS GUIAS

17

FIGURA 20 - APLICAÇÃO DO EMBOÇO - FASE FINAL

18

FIGURA 21 - AMBIENTE CHAPISCADO E TALISCADO

22

FIGURA 22 - MESTRAS EXECUTADAS

23

FIGURA 23 - APLICAÇÃO DE ARGAMASSA ENTRE MESTRAS

23

FIGURA 24 - SARRAFEAMENTO POR MEIO DE RÉGUA DE ALUMÍNIO APOIADA SOBRE DUAS MESTRAS

23

FIGURA 25 - VERIFICAÇÃO DO PONTO DE SARRAFEAMENTO

23

FIGURA 26 - DESEMPENO DA SUPERFÍCIE COM MADEIRA, AÇO OU FELTRO PARA O ACABAMENTO FINAL

24

FIGURA 27 - CHAPISCAMENTO DAS SUPERFÍCIES DE CONCRETO

25

FIGURA 28 - APLICAÇÃO DO GESSO NO TETO, COM A DESEMPENADEIRA FIGURA 29 - ACABAMENTO DOS CANTOS POR MEIO DE SARRAFEAMENTO

- 3 -

26 26

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FIGURA 30 - FRISADOR PARA EXECUÇÃO DE JUNTAS

26

FIGURA 31 - DESEMPENADEIRAS DE CANTO COMUM E MODIFICADA PARA EXECUÇÃO DE PINGADEIRAS

26

FIGURA 32 - LOCAÇÃO DOS ARAMES DE FACHADA PARA EXECUÇÃO DO MAPEAMENTO

28

FIGURA 33 - PONTOS DE LEITURA PARA MAPEAMENTO DA FACHADA

29

FIGURA 34 - EXECUÇÃO DE TALISCAS E PONTO DE ESPESSURA MÍNIMA

30

FIGURA 35 - POSICIONAMENTO DOS ARAMES DE DIEDRO

30

FIGURA 36 - EXECUÇÃO DO SARRAFEAMENTO

31

FIGURA 37 - PONTO DE SARRAFEAMENTO

31

FIGURA 40 - EXECUÇÃO DA JUNTA POR MEIO DE RÉGUA DE ALUMÍNIO E FRISADOR

32

FIGURA 41 - DETALHE DE USO DO FRISADOR; COMPRESSÃO DO FUNDO DA JUNTA PARA MELHORAR A SUA IMPERMEABILIDADE

32

FIGURA 42 - REFORÇO TIPO ARGAMASSA ARMADA

32

FIGURA 43 - REFORÇO TIPO PONTE DE TRANSMISSÃO

32

FIGURA 44 - RETIRADA DO PAPEL NA APLICAÇÃO DE PASTILHAS

34

FIGURA 45 - ESPALHAMENTO DA ARGAMASSA COLANTE

36

FIGURA 46 - FINALIZAÇÃO DO ESPALHAMENTO DE ARGAMASSA COLANTE

36

FIGURA 47 - APLICAÇÃO DO LADO DENTADO DA DESEMPENADEIRA, FORMANDO OS CORDÕES

37

FIGURA 48 - AJUSTE PARA O CORRETO POSICIONAMENTO DAS PEÇAS

38

FIGURA 49 - DETALHE DO ESPAÇAMENTO ENTRE PEÇAS GARANTIDO PELO POSICIONAMENTO DE ESPAÇADORES PLÁSTICOS EM FORMA DE CRUZ

38

FIGURA 50 - DETALHE DO ENCONTRO ENTRE PISOS E PAREDES REVESTIDOS COM CERÂMICA

38

FIGURA 51 - APLICAÇÃO DA ARGAMASSA COLANTE SOBRE O EMBOÇO

39

FIGURA 52 - TÉCNICA DE DUPLA COLAGEM: APLICAÇÃO DA ARGAMASSA COLANTE SOBRE O TARDOZ DE PEÇAS CERÂMICAS

39

FIGURA 53 - ASSENTAMENTO DAS PEÇAS CERÂMICAS

40

FIGURA 54 - AJUSTE DE POSICIONAMENTO COM O CABO DE MADEIRA DO MARTELO

40

FIGURA 55 - ESPALHAMENTO DA ARGAMASSA COLANTE

41

FIGURA 56 - FORMAÇÃO DOS CORDÕES

41

FIGURA 57 - APLICAÇÃO DA ARGAMASSA DE REJUNTE NO TARDOZ DAS PLACAS

41

FIGURA 58 - POSICIONAMENTO DAS PLACAS

41

FIGURA 59 - REBATIMENTO COM O TOLETE

42

FIGURA 60 - MOLHAGEM DO PAPEL COM SOLUÇÃO DE SODA CÁUSTICA

42

FIGURA 61 - RETIRADA DO PAPEL

43

FIGURA 62 - LIMPEZA DA SUPERFÍCIE

43

FIGURA 63 - POSIÇÕES DOS PREGOS NO BARROTE

44

FIGURA 64 - EXECUÇÃO DO PRÉ-FURO PARA FIXAÇÃO DO PREGO ESPIRALADO

44

- 4 -

Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III organização: prof. Mônica Santos Salgado

FIGURA 65 - DETALHE DA COLOCAÇÃO DO PREGO ESPIRALADO COM MARTELO E PUNÇÃO

44

FIGURA 66 - DETALHE DA POSIÇÃO DO PREGO ESPIRALADO

45

FIGURA 67 - DETALHE DO USO DO PUNÇÃO

45

FIGURA 68 - “APERTO” DA TÁBUA, UTILIZANDO CUNHA E APOIO DE MADEIRA

45

FIGURA 69 - ABERTURA DO FURO PARA CAVILHA NO ASSOALHO

46

FIGURA 70 - ABERTURA DO PRÉ-FURO PARA O PARAFUSO DE FIXAÇÃO DO ASSOALHO

46

FIGURA 71 - DETALHE DA FIXAÇÃO NA EMENDA ENTRE TÁBUAS:

46

FIGURA 72 - DETALHE DO PENDURAL

50

FIGURA 73 - EXEMPLO DE MADEIRAMENTO DE TELHADO

51

FIGURA 74 - TELHADOS: A CONCORDÂNCIA DEVE SER FEITA PELA BISSETRIZ DOS ÂNGULOS.

52

FIGURA 75 - DETALHE DO RALO SIFONADO

54

FIGURA 76 - DETALHE DA BACIA SANITÁRIA

54

FIGURA 77 - DETALHE DO MICTÓRIO

55

FIGURA 78 - DETALHE DO TANQUE

55

FIGURA 79 - DETALHE DO LAVATÓRIO

56

FIGURA 80 - DETALHE DA PIA DE COZINHA

56

FIGURA 81 - DETALHE DO BIDÊ

56

FIGURA 82 - DETALHE DO ESGOTAMENTO DA BANHEIRA

56

FIGURA 83 - SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA.

58

FIGURA 84 - ALTURA DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO DOS APARELHOS E PEÇAS

63

FIGURA 85 - INSTALAÇÃO DA BACIA SANITÁRIA COM CAIXA DE DESCARGA

64

FIGURA 86 - DETALHE DA INSTALAÇÃO DA VÁLVULA DE DESCARGA

64

FIGURA 87 - DETALHE DA CHAMINÉ DOS AQUECEDORES INDIVIDUAIS A GÁS.

68

FIGURA 88 - JANELAS DE ABRIR

71

FIGURA 89 - JANELA PIVOTANTE HORIZONTAL E VERTICAL

72

FIGURA 90- JANELA TIPO "CAMARÃO"

73

FIGURA 91 - JANELA TIPO MAXIM-AR

74

FIGURA 92 - JANELA DE FOLHA FIXA

75

FIGURA 94 - DETALHE DA ROSETA

85

FIGURA 94 - FECHADURAS DE CILINDRO

86

FIGURA 95 - QUANDO A MAÇANETA DE BOLA NÃO DEVE SER USADA

86

FIGURA 97 - NOMENCLATURA E MEDIDAS

86

FIGURA 98 - POSICIONAMENTO PROVISÓRIO DO CONTRAMARCO NO VÃO, COM DETALHE DA COLOCAÇÃO DE CUNHAS DE MADEIRA E DA FIXAÇÃO PROVISÓRIA COM ARAME RECOZIDO

87

FIGURA 99 - VERIFICAÇÃO DO ALINHAMENTO INTERNO DO CONTRAMARCO

88

FIGURA 100 - VERIFICAÇÃO DO PRUMO DOS MONTANTES

88

FIGURA 101 - FIXAÇÃO DEFINITIVA DO CONTRAMARCO POR MEIO DE SOLDA

88

FIGURA 102 - CHUMBAMENTO DO CONTRAMARCO

89

FIGURA 103 - BATENTE MONTADO E TRAVADO

90

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Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III organização: prof. Mônica Santos Salgado

FIGURA 104 - BATENTE FURADO NAS ALTURAS PRÉDETERMINADAS, PRONTO PARA SER INSTALADO

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FIGURA 105 - BATENTE FIXADO PROVISORIAMENTE NA ALVENARIA POR MEIO DE CUNHAS

91

FIGURA 106 - DETALHE DA COLOCAÇÃO DA CAVILHA

91

FIGURA 107 - FIXAÇÃO DO BATENTE POR MEIO DE ESPUMA DE POLIURETANO

91

FIGURA 108 - COLOCAÇÃO DO “CONJUNTO PORTA PRONTA”

92

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TEMA 1 – Paredes e painéis As alvenarias podem ser classificadas de diversas formas: quanto à função: estruturais ou de vedação; quanto à utilização: hidráulicas ou de isolamento (térmico, acústico, etc); quanto à execução: com tijolos em espelho, de 1/2 vez, de 1 vez, de 1 vez e 1/2, paredes duplas, simples, armada, etc; quanto aos componentes: tijolos ou blocos cerâmicos (estruturais, de vedação, maciços, furados ou de encaixe), blocos de concreto (estruturais, de vedação, comuns ou de encaixe), blocos de concreto celular, blocos sílico-calcáreos, blocos de solo-cimento (maciço ou vazado), entre outros. As propriedades dos blocos e tijolos definem as principais propriedades da alvenaria construída com eles. As propriedades que dizem respeito ao controle da qualidade são: aspecto, dimensões, esquadro e planeza, absorção de água, umidade, retração por secagem, massa específica (ou densidade) e resistência à compressão. As alvenarias de maneira geral devem: - resistir às cargas de ventos e/ou outros efeitos (alvenaria estrutural), às solicitações das tentativas de intrusão, sem que a segurança de seus ocupantes seja prejudicada; - resistir a impactos sem manifestar sinais de ruína; - resistir à ação do fogo, não contribuir para início de incêndio para a propagação da chama nem para a produção de gases tóxicos;

nem

- isolar acusticamente os ambientes; - contribuir para a manutenção do conforto térmico no inverno e no verão; - impedir a entrada de ar e de chuva no interior dos ambientes. Define-se a alvenaria moderna de blocos industrializados como: "construções formadas por blocos industializados de diversos materiais, suscetíveis de serem projetadas para resistir aos esforços de compressão única, ou ainda a uma combinação de esforços, ligados entre si pela interposição de argamassa e podendo ainda conter armadura envolta em concreto ou argamassa, no plano horizontal e/ou vertical". De acordo com o tipo de bloco utilizado, sua cor, textura, dimensões, etc., diversos arranjos são possíveis para obter efeitos variados em paredes com blocos ou tijolos aparentes. Componentes assentados com juntas em amarração produzem alvenarias com resistência significativamente superior àquelas onde os componentes são assentados com juntas verticais aprumadas. Entretanto, podem-se adotar reforços especiais na alvenaria com junta a prumo para equalizar sua resistência em relação à junta amarrada. A alvenaria de vedação e estrutural, armada ou não, necessita de reforços em determinados locais. As vergas são reforços horizontais colocado na parte superior das aberturas para resistir aos esforços de tração na flexão, redistribuindo para a parede as cargas verticais. Há várias maneiras de se executar a verga e contraverga:

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- colocando-se barras de aço de diâmetro reduzido diretamente na junta de argamassa (eficiência duvidosa); - formando-se espaços vazios durante o assentamento para posteriormente colocar as barras de aço e grauteá-las (causa a redução na produtividade da mão-de-obra). Para as paredes adquirirem estabilidade normalmente são amarradas e/ou encunhadas a uma estrutura de concreto armado, estrutura metálica ou mesmo a uma alvenaria estrutural. Detalhes específicos sobre essas amarrações devem ser previstos nos projetos. simples (estrutural e de vedação) blocos de encaixe (estrutural e de vedação) tipos de fechamentos moldado in loco encaixe horizontal painéis pré-moldados encaixe vertical (pré-fabricados) placas inteiriças túnel MÉTODO EXECUTIVO – EXECUÇÃO DE ALVENARIAS RESUMO DOS ITENS DE INSPEÇÃO: FASE DE MARCAÇÃO 1. Condições para o início da marcação • Verificar se as indicações de colocação de ferros-cabelo e preenchimento de juntas verticais estão definidas; FIGURA 1 - Esquema de ferro-cabelo (e = espessura do bloco menos 30 mm)

• • •

Observar a transferência dos eixos da estrutura, com uma tolerância de ± 2 mm; Assegurar limpeza do andar (remoção de gastalhos, pregos da estrutura, aços de amarração dos pilares e vigas, poeira e materiais soltos); Checar a execução do chapisco com 72 horas de antecedência;

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FIGURA 2 - Aplicação de chapisco rolado com rolo para textura acrílica



FIGURA 3 - Aplicação de chapisco com argamassa industrializada através de desempenadeira dentada

Averiguar a transferência das cotas de nível, com uma tolerância de ± 2 mm.

2. Limpeza e umedecimento da fiada de marcação • Verificar a remoção de poeira e o borrifamento de água, com uma broxa, na fiada de marcação. FIGURA 4 - Molhagem da base da fiada de marcação

3. Distribuição e assentamento dos blocos • Certificar-se da conformidade com o projeto, atentando para a espessura das juntas entre blocos de extremidade e peças estruturais, com uma tolerância de ± 3 mm. As juntas entre os blocos intermediários que deve ter de 3 mm a 8 mm; • Atentar para que os blocos sejam assentados em pé e preenchidos com argamassa.

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FIGURA 5 - Assentamento dos blocos da fiada de marcação

4. Alinhamento • Avaliar o alinhamento das paredes com régua de alumínio com nível de bolha acoplado - a bolha deve encontrar-se entre as linhas. 5. Nivelamento • Averiguar o nivelamento da fiada de marcação com uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado - observar se a bolha permanece entre linhas. 6. Esquadro • Verificar o esquadro dos ambientes por intermédio de um esquadro de alumínio (60cm x 80cm x 100cm), admitindo um desvio máximo de 2 mm na ponta do maior lado. 7. Vãos de porta • Verificar a abertura do vão conforme o projeto, com tolerância de ± 5 mm. FIGURA 6 - Esquema geral de final de marcação de alvenaria, utilizando ferros-cabelo com barras dobradas em forma de “U”

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FASE DE ELEVAÇÃO Condições para o início da elevação • Verificar se a marcação está totalmente concluída; • Conferir galgas marcadas nos vãos; • Checar se os ferros-cabelo estão posicionados nos locais previstos; • Assegurar que os blocos estejam distribuídos nos andares; • Averiguar se a argamassadeira, os caixotes e os cavaletes estão preparados; FIGURA 7 - Caixotes plásticos com suportes metálicos para a colocação de argamassa

• •

As prumadas hidráulicas devem ser executadas, mas não antes da marcação; Verificar a fabricação das vergas e contravergas.

Aplicação da argamassa • Verificar a aplicação da argamassa nas duas laterais dos blocos;

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FIGURA 8 Assentamento de bloco sobre cordões de argamassa



FIGURA 9 - Aplicação de argamassa por meio de bisnaga

Durante a execução do serviço, verificar o correto uso dos equipamentos, principalmente da bisnaga e/ou desempenadeira para aplicação da argamassa; FIGURA 10 -Desempenadeira estreita para aplicação da argamassa de assentamento dos blocos

10 cm 40 cm



Averiguar, com uma trena metálica ou um metro articulado, a espessura das juntas horizontais conforme o projeto de alvenaria, admitindo uma tolerância de ± 3 mm.

Nivelamento • Verificar o nivelamento com uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado, observando se a bolha permanece entre as linhas Prumo e planicidade • Verificar com a elevação à meia altura e após a retirada do andaime, utilizando uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado - a bolha deve estar entre as linhas.

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FIGURA 11 - Assentamento de bloco de extremidade

FIGURA 12 - Linha de náilon esticada por meio de suporte de madeira

ATENÇÃO Não molhar os blocos de concreto para assentá-los.

FIGURA 13 - Linha de náilon fixada escantilhão graduado

FIGURA 14 - Assentamento dos blocos intermediários

FIGURA 15 - Cavaletes e plataforma para andaimes

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Aspecto geral • Avaliar, visualmente, observando a regularidade da parede; limpeza de rebarbas de argamassa; o preenchimento das juntas verticais quando necessário; a colocação de reforços metálicos nos locais previstos; possíveis falhas nas juntas horizontais e a abertura para fixação, com 15 mm a 35 mm de espessura. Posicionamento de “caixinhas” • Verificar o posicionamento das “caixinhas” de elétrica segundo o projeto, com atenção especial para o alinhamento horizontal entre elas, admitindo uma tolerância máxima de 3 mm. Vãos de portas e janelas • Verificar a abertura do vão em conformidade com o projeto, admitindo uma tolerância de ± 5 mm; • Averiguar o assentamento de vergas e contravergas. FIXAÇÃO DA ALVENARIA Condições para o início da fixação • Verificar a execução da estrutura de dois a três pavimentos acima do qual será feita a fixação ─ em se tratando do último pavimento, deve-se aguardar um mínimo de sete dias para sua fixação; • Averiguar a execução da alvenaria do maior número possível de pavimentos, sem fixação. FIGURA 16 - Fixação da alvenaria por meio de bisnaga, com destaque do vão de 1,5 a 3,5 cm

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Fixação de paredes internas • Checar, visualmente, o total preenchimento do vão que deve cobrir toda a largura do bloco Fixação de paredes de fachada • Verificar se o preenchimento pelo lado interno do andar atinge pelo menos dois terços da espessura dos blocos. O terço restante deve ser preenchido com a mesma argamassa de fixação utilizada internamente. Esta verificação deve ser feita durante a execução do chapisco da fachada.

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Tema 2 - Revestimentos

Acabamentos Argamassados Os revestimentos das paredes têm como finalidades principais: a proteção contra as intempéries, a regularização dos parâmetros, o aumento da resistência ao choque, a melhoria das qualidades acústicas, térmicas, de impermeabilização e de higiene, além de conferir beleza arquitetônica. De acordo com a sua seguinte forma:

função as argamassas podem ser classificadas da

a) Argamassa de aderência (chapisco) Tem como finalidade aumentar a rugosidade, isto é, aumentar as condições de aspereza em superfícies muito lisas, de modo que a argamassa prevista para revestir as referidas superfícies encontre melhores condições de aderência. É, algumas vezes, utilizado como revestimento de acabamento, recebendo brita 1 ou seixos rolados em sua composição. Costuma-se projetá-lo através de uma peneira de malha fina para conseguir acabamento homogêneo. b) Argamassa de junta (rejuntamento) Esta argamassa tem como finalidade fora citado no item 4.4 desta apostila.

unir elementos, conforme

c) Argamassa de regularização (emboço) Esta argamassa tem como finalidade uniformizar superfícies regularizando o prumo e o alinhamento. Deve evitar a penetração de água sem impedir a ação capilar, que transporta a umidade do interior para o exterior dos paramentos. Compõe-se normalmente de cimento, areia e saibro. d) Argamassa de acabamento (reboco) Esta argamassa tem por finalidade servir de acabamento ou de suporte para a pintura, devendo ser perfeitamente regular, com pouca porosidade. Sua espessura não deve ser superior a 5mm. As superfícies das paredes a revestir deverão ser limpas antes de qualquer revestimento para tirar o pó da obra. ACABAMENTOS ARGAMASSADOS Os revestimentos em argamassa serão constituídos no mínimo de duas camadas superpostas, contínuas e uniformes. São diversos os tipos de revestimentos utilizados para paredes e ainda muitos novos estão surgindo no mercado. É importante a observação de princípios básicos para a sua correta aplicação. CHAPISCO - A aplicação desse tipo de argamassa consiste em jogá-la com violência no paramento, o que proporciona sua maior fixação (fig.17). Quando aplicada sobre alvenaria de blocos porosos, aconselha-se a molhagem prévia para que estes não absorvam a água de amassamento da argamassa.

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Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III organização: prof. Mônica Santos Salgado

Estas argamassas compõem-se normalmente de cimento e areia traço 1:3, cabendo ressaltar que, pelo tipo de aplicação, sua perda é bastante elevada. Figura 17 - Aplicação do chapisco

EMBOÇO OU MASSA GROSSA - Deve ter cerca de 2cm de espessura e em obras de acabamento mais simples pode sozinho constituir o único revestimento, conhecido por "Emboço Paulista". Caso a parede apresente depressões que excedam a 3cm, necessário "encascar" a mesma.

torna-se

Para a execução do emboço deve-se inicialmente colocar as guias que consistem em placas de argamassa com espaçamento nunca superior a 2m, encabeçadas por uma talisca de madeira ou um caco de cerâmica onde são fixados o prumo e o alinhamento (fig.18). Feito isso, chapa-se o emboço, o qual em seguida é espalhado com a ajuda de uma régua-sarrafo orientada pelas guias deixadas anteriormente (fig.19). Em seguida, com o auxílio de desempenadeira procede-se o desempeno com a finalidade de aflorar o material aglomerante e de fazer mergulhar os grãos maiores de modo a uniformizar a superfície.(fig. 20)

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Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III organização: prof. Mônica Santos Salgado

Figura 18 - Aplicação do emboço - fixação das taliscas

Figura 19 - Aplicação do emboço - definição das guias

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Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III organização: prof. Mônica Santos Salgado

Figura 20 - Aplicação do emboço - fase final

O emboço só deverá ser iniciado após a completa pega das argamassas de alvenaria e chapiscados, colocados os batentes, embutidas as canalizações e concluída a cobertura. REBOCO OU MASSA FINA - O material do reboco é espalhado com uma desempenadeira de madeira, recebendo acabamento com uma desempenadeira de feltro ou esponja de borracha, quando a pintura não tiver massa corrida. Como tipos mais comuns de acabamentos em argamassa tem-se: - camurçado: Após sua aplicação, o mesmo é desempenado desempenadeira de madeira revestida com borracha macia ou esponja.

com

- liso: Após sua aplicação, desempena-se com desempenadeira de aço. - queimado: Após sua aplicação, polvilha-se o cimento sobre a superfície, borrifa-se água com a broxa e aliza-se com a desempenadeira de aço. - estanhado com cal: Após sua aplicação, utiliza-se a desempenadeira de aço para espalhar a cal em pasta. Serve para melhor preparar as superfícies para pintura interna.

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Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III organização: prof. Mônica Santos Salgado

- massa raspada: Duas horas após sua aplicação, procede-se à raspagem da parte superficial do reboco com um pente de aço ou uma lâmina de serra. Recomenda-se raspar em todos os sentidos. TINTAS Tinta é uma composição química pigmentada ou não, que se converte em película sólada quando aplicada. Composição básica: veículos (resinas, emulsões, óleos), pigmentos (partículas sólidas), solventes e aditivos. As tintas podem ser classificadas da seguinte forma: A função do solvente é baixar a viscosidade do veículo de maneira a facilitar a aplicação da tinta. O solvente mais antigo usado nas tintas à óleo é a aguarráz ou terebentita (essência de terebentina). É bom lembrar que a aguarráz diminui a resistência da tinta assim como diminui o seu brilho podendo ficar fosca se usada em grande quantidade. Os materiais betuminosos têm emprego na construção civil como produtos de estanqueidade ou como tintas de proteção de baixo custo, principalmente contra a ação da umidade. As resinas epóxi em adição mostram excelente adesão a diversos tipos de superfícies e oferecem uma das melhores combinações conhecidas de propriedades: - baixa viscosidade inicial, facilitando sua aplicação - fácil e rapida cura, dependendo da seleção do agente de cura - baixa retração durante a cura - alta adesividade não necessitando muito de grandes pressões - ótimas propriedades mecânicas - alto isolamento elétrico - boa resistência química, agente de cura empregado

dependendo

consideravelmente

do

- versatilidade Na pintura com tinta à óleo, simples ou fina, deve-se aplicar sobre a argamassa antes da primeira demão, tintas impermeabilizantes que impeçam, a absorção do óleo pelo revestimento. Embora a pintura seja a última etapa de uma obra, ela deve ser pensada desde a fase de elaboração do projeto. A preparação da superfície resume-se em: - alvenarias: 1) Eliminar o pó, escovando ou espanando a superfície. 2) Eliminar manchas de gordura com uma solução de detergente e água. Enxaguar e deixar secar. 3) Eliminar o mofo, lavando a superfície com uma solução de água sanitária e água. Enxaguar e deixar secar.

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4) Eliminar umidade interna corrigindo a vazamento (canos furados, calhas entupidas).

causa

do

pregos,

com

5) Eliminar caiação, se houver, com escova de aço. 6) Eliminar pequenas rachaduras massa de reboco.

e

furos

de

7) Eliminar com espátula, partes soltas ou crostas de tinta antiga. - madeira: 1) Eliminar o pó, escovando ou espanando a superfície. 2) Eliminar manchas de gordura. 3) Eliminar imperfeições, lixando. 4) Eliminar pequenas rachaduras com massa própria. 5) Eliminar partes soltas de tinta antiga com espátula, e lixar. 6) Eliminar com removedor próprio, toda a tinta em mau estado. - metal: 1) Eliminar o pó, escovando ou espanando a superfície. 2) Eliminar completamente pontos de ferrugem por lixamento manual ou mecânico. 3) Remover partes soltas ou crostas de tinta velha com removedor próprio. Apesar de toda a qualidade que uma determinada tinta contenha, podem ocorrer problemas detectados no momento de abrir a lata ou mesmo após a aplicação. Entre eles, destacam-se: - ao abrir a lata: 1) Sedimentação - A parte saida da tinta se acumula no fundo da embalagem devido a um longo tempo de armazenamento. Isso é corrigido homogeneizando-se a tinta convenientemente, com um instrumento adequado. Não utilize chave de fenda ou qualquer objeto arredondado. 2) Cor diferente da cartela de cores - As cores que se encontram nas cartelas de cores são confeccionadas com produtos diferentes daqueles que representam, devido ao sistema de impressão. Suas tonalidades aproximam-se ao máximo do padrão de cor da tinta, porém, são passíveis de pequenas variações, além de poderem se alterar sob a ação do tempo e da luz. Por isso, a cartela deve ser usada como um meio de identificação e não como um padrão exato de cor. - após a aplicação: 1) Secagem retardada - Pode ser causada pelo ambiente úmido ou de temperatura muito baixa, impedindo que o solvente evapore. Por essa razão, deve-se evitar a pintura em dias chuvosos ou muito frios (abaixo de 15oC). Além disso, a não preparação correta da superfície pode deixar contaminantes na tinta que causam esse problema. Assim, para cada

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substrato (cerâmica, concreto, madeira, observar as instruções preparatórias.

metal)

a

ser pintado deve-se

2) Cobertura insuficiente - A diluição excessiva da tinta torna a espessura do filme inferior a ideal. Para corrigir, adicionar tinta não diluída. A não homogeneização adequada da tinta na embalagem também pode causar uma cobertura deficiente na aplicação, já que os pigmentos tendem a assentar. Superfícies muito absorventes, não seladas, também podem trazer o problema em questão. Para evitar, deve-se seguir o correto sistema de pintura. 3) Escorrimento - Diluição excessiva e utilização de solventes não especificados são razões para que a tinta escorra; por isso, devem ser evitados. 4) Dificuldade de aplicação - A tinta pode se tornar pesada na aplicação se não for diluída suficientemente. 5) Descascamento - A aderência da tinta em superfícies pulverolentas não é boa, ocasionando esse problema. 6) Falta de alastramento - A tinta não se espalha ao longo da superfície. Pode ser em decorrênncia de uma diluição insuficiente ou da aplicação de camadas muito finas. 7) Formação de espuma em madeira - Ocorre quando a pintura é feita em superfície demasiadamente úmida, Por isso, deve-se certificar que ela esteja devidamente seca antes da pintura. Pode ocorrer, também, devido ao excesso de diluição dado à tinta. 8) Eflorescências - Acontecem quando a tinta foi aplicada sobre reboco úmido e manifestam-se como manchas esbranquiçadas na superfície pintada. Ocorre devido à migração de umidade para o exterior. Enquanto a umidade ou os sais solúveis não forem eliminados, o problema persistirá. 9) Saponificação/calcificação - Causada pela alcalinidade natural da cal e do cimento que compõem o reboco, manifestando-se como manchas que deixam a superfície pegajosa. 10) Destacamento - A tinta se separa da parede, carregando partes do reboco e tonando-o esfarelado. Ocorre quando a tinta é aplicada sobre superfície de reboco novo não curado. 11) Manchas causadas por pingos de chuva - Podem aparecer na superfície recém-pintada e ocorrem porque os pingos de chuva provocam a extração de substâncias solúveis que afloram e mancham o filme da tinta. 12) Bolhas - Podem ocorrer quando for aplicada massa corrida PVA (látex) em exteriores pois o produto é indicado apenas para interiores. Podem ocorrer, também em repintura sobre tinta de má qualidade. Além desses, podem ocorrer problemas que não tenham correção, resultado de reações químicas devidas ao armazenamento prolongado sob calor ou frio intenso e adição de solventes não apropriados.

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MÉTODO EXECUTIVO – EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS INTERNOS DE PAREDES E TETOS EM ARGAMASSA RESUMO DOS ITENS DE INSPEÇÃO: Condições para o início dos serviços • Verificar se todas as alvenarias estão concluídas e fixadas; • Checar se os contramarcos estão chumbados; • Averiguar se as instalações nas alvenarias estão concluídas; • Verificar se o traço da argamassa a ser utilizada está definido; • Averiguar se os EPIs estão disponíveis e todos os equipamentos de proteção coletiva instalados conforme NR-18. • Assegurar o intervalo mínimo de 15 dias entre o término da fixação da alvenaria e o início da execução dos revestimentos. Preparo da base • Observar a remoção de sujeiras tais como materiais pulverulentos, graxas, óleos, desmoldantes, fungos, musgos e eflorescências; • Assegurar a remoção de irregularidades metálicas tais como pregos, fios e barras de tirantes de fôrma e o tratamento de pontas que não tenham sido removidas; • Providenciar o preenchimento de furos provenientes de rasgos, depressões localizadas, quebra parcial de blocos, ninhos (bicheiras) de concretagem etc.; • Verificar a execução do chapisco sobre concreto, formando uma película contínua e, quando necessário, sobre a alvenaria, formando uma película não contínua e irregular (a aderência do chapisco deve ser verificada três dias após sua aplicação). Taliscamento • Verificar a distribuição das taliscas de forma que fiquem espaçadas entre si cerca de 1,5 m a 1,8 m, com tolerância de ± 5 cm. FIGURA 21 - Ambiente chapiscado e taliscado

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• Conferir a distância das taliscas de 30 cm em relação às das bordas das paredes, tetos ou pisos, bem como qualquer outro detalhe de acabamento (quinas, vãos de portas e janelas, frisos ou molduras), com tolerância de ± 5 cm; • Conferir a espessura das taliscas com uma trena metálica ou metro articulado de modo a garantir uma espessura mínima de 5 mm, evitando eventuais engrossamentos desnecessários. Execução do emboço • Sobre superfícies chapiscadas, verificar o intervalo mínimo de três dias para iniciar a execução do emboço; • Verificar a espessura do emboço em relação à marcação das taliscas, com tolerância de ± 1 mm; FIGURA 22 - Mestras executadas



FIGURA 23 - Aplicação de argamassa entre mestras

Observar o intervalo entre cheias onde necessário (16 horas); FIGURA 24 - Sarrafeamento por meio de régua de alumínio apoiada sobre duas mestras

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FIGURA 25 - Verificação do ponto de sarrafeamento

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FIGURA 26 - Desempeno da superfície com madeira, aço ou feltro para o acabamento final



Avaliar o ponto de sarrafeamento da argamassa pelo teste de compressão da superfície com os dedos;

• Analisar o tipo de desempeno aplicado em função do acabamento final previsto; •

Verificar a planicidade utilizando uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado que deve ficar inteiramente encostada à superfície e com a bolha entre as linhas

Execução do reboco • Verificar o tipo de desempeno aplicado em função do acabamento final previsto; • Conferir a planicidade por intermédio de uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado que deve ficar inteiramente encostada à superfície e com a bolha entre as linhas. Acabamento e limpeza • Verificar os requadros de caixas e janelas ou outros vãos; • Checar o alinhamento e regularidade dos cantos com uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado. Não devem surgir irregularidades ou ondulações; • Observar a limpeza do ambiente que não deve apresentar restos de argamassa aderidos ao piso.

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MÉTODO EXECUTIVO – EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS EM GESSO LISO DESEMPENADO RESUMO DOS ITENS DE INSPEÇÃO: Condições para o início dos serviços • Verificar se a alvenaria está concluída, não apresentando rebarbas nem fissuras; • Os tetos devem estar nivelados, bem como os encontros entre paredes tetos e paredes e pisos; • As paredes e seus respectivos encontros devem estar aprumados; • Checar se as instalações elétricas encontram-se concluídas, com as “caixinhas” protegidas; • Observar se as instalações hidráulicas estão prontas e testadas; • Averiguar se as paredes hidráulicas e/ou de divisa com áreas molhadas estão devidamente tratadas, de forma a evitar que eventuais vazamentos danifiquem o acabamento em gesso; • Verificar se o contrapiso está pronto e se as requadrações estão concluídas em perfeito prumo e nível; • Observar se ralos, louças sanitárias e pisos encontram-se protegidos com lona plástica; • Checar se o emboço de fachada está concluído. Preparo da base • Verificar se foram removidas todas as rebarbas de concreto e argamassa, pedaços de fôrmas e ferros expostos em tetos e paredes; FIGURA 27 - Chapiscamento das superfícies de concreto

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• Assegurar a limpeza das superfícies com a remoção de pó, materiais soltos e restos de desmoldantes; • Observar se não existem saliências ou buracos na alvenaria que possam atrapalhar a aplicação do gesso; • Averiguar se a camada de chapisco foi misturada e aplicada corretamente sobre o fundo das lajes e outras superfícies de concreto. Preparo da argamassa de gesso • Certificar-se da conformidade da execução do traço da argamassa de gesso, considerando a proporção de 30 litros de água para cada saco de 40 kg de gesso; • Verificar se está sendo aguardado o prazo de cerca de 15 minutos para que se atinja o ponto ideal de aplicação da argamassa e o prazo limite de cerca de 25 minutos para sua utilização. FIGURA 28 - Aplicação do gesso no teto, com a desempenadeira

FIGURA 29 - Acabamento dos cantos por meio de sarrafeamento

Acabamento • Verificar o nivelamento dos cantos (verticais e horizontais), riscando-os com lápis; • Avaliar a planeza da superfície, observando sombras, ao se iluminar a parede de perto (teste da lâmpada); • Averiguar a uniformidade da superfície, que não deve ter fissuras, marcas de desempenadeira ou riscos de qualquer outra natureza, bem como rebarbas nas requadrações; • Verificar a requadração de “caixinhas” e quadros de distribuição Limpeza dos ambientes • Após a execução do serviço, verificar se o ambiente foi limpo, com a remoção de todo o material depositado sobre o piso, principalmente junto aos rodapés

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MÉTODO EXECUTIVO – EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO DE FACHADA EM ARGAMASSA RESUMO DOS ITENS DE INSPEÇÃO Condições para o início dos serviços FIGURA 30 - Frisador para execução de juntas

FIGURA 31 - Desempenadeiras de canto comum e modificada para execução de pingadeiras

• Verificar se todas as alvenarias de fachada estão concluídas e fixadas internamente; • Checar se os contramarcos estão chumbados; • Observar se as instalações hidráulicas e elétricas nas alvenarias de fachada estão concluídas; • Averiguar se a fachada está protegida com tela de náilon (malha de 2 mm); • Verificar se o traço da argamassa a ser utilizada está definido; • Certificar-se de que os EPIs estão disponíveis e todos os equipamentos de proteção coletiva estão instalados conforme determina a NR-18; • Verificar ainda o cumprimento dos prazos de carência antes do início da execução dos revestimentos: estrutura, 120 dias (três últimos pavimentos, 60 dias); alvenaria, 30 dias (fixação da alvenaria, 15 dias). Preparo da base (1a subida dos balancins) • Assegurar a remoção de sujeiras (materiais pulverulentos, graxas, óleos, desmoldantes, fungos, musgos e eflorescências) e a remoção de irregularidades metálicas (pregos, fios e barras de tirantes de fôrma), bem como o tratamento de pontas que não tenham sido removidas;

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FIGURA 32 - Locação dos arames de fachada para execução do mapeamento

• • •

Observar o preenchimento de furos provenientes de rasgos, depressões localizadas, quebra parcial de blocos, ninhos (bicheiras) de concretagem, etc...; Avaliar a complementação da fixação da alvenaria; Verificar a execução do chapisco sobre o concreto, formando uma película contínua, e sobre alvenaria, formando uma película não contínua e irregular (a aderência do chapisco deve ser avaliada três dias após sua aplicação).

Locação dos arames de fachada e mapeamento (1a descida dos balancins) • Verificar a transferência dos eixos da estrutura para a laje de cobertura ao nível das platibandas, com tolerância de ± 2 mm;

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FIGURA 33 - Pontos de leitura para mapeamento da fachada

• Observar o afastamento de 10 cm dos arames em relação à platibanda, com tolerância de ± 2 cm; • Averiguar o alinhamento dos arames em relação aos eixos do edifício, com tolerância de ± 2 mm; • Checar o esquadro entre os panos delimitados pelos arames; • Verificar a locação dos arames junto às quinas e janelas (10 a 15 cm dos seus eixos), com tolerância de ± 2 cm; • Conferir o afastamento de 1,5 a 1,8 m entre os arames, com tolerância de ± 5 cm. Taliscamento (2a subida dos balancins) • Verificar a distribuição das taliscas de forma que fiquem espaçadas entre si cerca de 1,5 a 1,8 m, com tolerância de ± 5 cm; • Observar a distância das taliscas em relação aos arames de fachada de acordo com o definido após a análise do mapeamento, com tolerância de ± 1 mm.

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Locação dos arames de diedro • Verificar o posicionamento dos arames junto ao eixo das quinas e alinhamento das janelas; • Avaliar o afastamento dos arames de 5 cm em relação ao plano das taliscas, com tolerância de ± 5 mm. Execução do emboço (2a descida dos balancins) • Averiguar o abastecimento de argamassa nos balancins de forma que não se esgote seu período de vida útil (cerca de três horas); FIGURA 34 - Execução de taliscas e ponto de espessura mínima

FIGURA 35 - Posicionamento dos arames de diedro

• Checar a espessura do emboço em relação à marcação das taliscas com tolerância de ± 1 mm; • Observar o intervalo entre as cheias nos locais necessários (16 horas); • Analisar o ponto de sarrafeamento da argamassa pelo teste de compressão da superfície com os dedos; • Avaliar o tipo de desempeno aplicado em função do acabamento final previsto; • Verificar a planicidade da superfície com uma régua de alumínio com 2 m de comprimento e nível de bolha acoplado, admitindo ondulações máximas de 3 mm;

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FIGURA 36 - Execução do sarrafeamento

FIGURA 37 - Ponto de sarrafeamento

• Checar o alinhamento e regularidade dos cantos também com o auxílio de uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado, não devendo surgir irregularidades ou ondulações superiores a 3 mm. Execução de juntas de trabalho • Verificar o posicionamento correto, admitindo uma tolerância de ± 1 cm; • Conferir o alinhamento vertical e horizontal por intermédio de uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado, observando se a bolha permanece entre as linhas. FIGURA 38 - Detalhe do friso para junta de trabalho

FIGURA 39 - Demarcação da linha de execução da junta por meio de mangueira de nível

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FIGURA 40 - Execução da junta por meio de régua de alumínio e frisador

FIGURA 41 - Detalhe de uso do frisador; compressão do fundo da junta para melhorar a sua impermeabilidade

Execução de reforço do emboço • Assegurar a colocação de telas metálicas nos locais previamente indicados; • Observar as dimensões da tela no caso de reforço tipo argamassa armada. Tratando-se de reforço tipo ponte de transmissão, averiguar as dimensões, a fixação da tela e a colocação da fita de polietileno. FIGURA 42 - Reforço tipo argamassa armada

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FIGURA 43 - Reforço tipo ponte de transmissão

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