Plano Desenvolvimento Institucional

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Feira de Santana, Bahia 2006

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA Criada em 24 de janeiro de 1970, pela Lei Estadual nº 2784 Autorizada pelo Decreto Federal nº 77.496 de 27.07.76 Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 874 de 19.12.86 Recredenciada pelo Decreto Estadual nº 9.271 de 14.12.2004 ELABORAÇÃO Maria da Conceição Nogueira Correia (Coord.) Évila de Oliveira Reis Santana PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO Geraldo José Belmonte dos Santos Ana Leda Vieira Barreto PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO Maria de Fátima Hanaque Campos PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO Ana Maria Giulietti Harley Angélica Maria Lucchese APOIO: Maria Christina Barreto de Macêdo Fotografia: Edvan Barbosa Impressão: Gráfica Universitária Revisão lingüística: Évila de Oliveira Reis Santana / Sheila Maria de Carvalho Freitas Ficha catalográfica: Biblioteca Central Julieta Carteado

U51

Universidade Estadual de Feira de Santana. Plano de desenvolvimento institucional: PDI UEFS – 20062010 / Universidade Estadual de Feira de Santana. – Feira de Santana: UEFS ASPLAN, 2006. 78 p.: il.

1.Universidade Estadual de Feira de Santana – Planejamento. 2. Plano de desenvolvimento institucional - UEFS. I. Título. CDU: 378.4(814.22)

Endereço: Campus Universitário Av. Universitária - Rodovia Feira-Serrinha, Km 03 – BR-116 CEP 44.031-460 - Feira de Santana, Bahia Telefone: (75) 3224-8200 / 3224-8201 Fax: (75) 3224-2284 Endereço Eletrônico: [email protected] - Home page: www.uefs.br

A participação é uma resposta a um dos anseios mais fundamentais do homem: ser levado em conta, tomar parte, ser incluído, ser respeitado. (CELSO VASCONCELOS)

DIRIGENTES UNIVERSITÁRIOS

REITORIA

CHEFE DA UNIDADE DE INFRA-ESTRUTURA E SERVIÇOS Jodilson Amorim Carneiro

REITOR José Onofre Gurjão Boavista da Cunha

CHEFE DA UNIDADE DE ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Véra Lúcia Bastos Silva

VICE-REITORA Évila de Oliveira Reis Santana PRÓ-REITOR DE ENSINO DE GRADUAÇÃO Geraldo José Belmonte dos Santos

ÓRGÃOS SUPLEMENTARES

PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO Maria de Fátima Hanaque Campos PRÓ-REITORA DE PESQUISA E PÓSGRADUAÇÃO Ana Maria Giulietti-Harley

MUSEU CASA DO SERTÃO E CENTRO DE ESTUDOS FEIRENSES Cristiana Barbosa de Oliveira Ramos

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS Eutímio Oliveira Almeida

IMPRENSA UNIVERSITÁRIA Agripino Gonçalves Cerqueira

CHEFE DE GABINETE Célia Christina Silva Carvalho CHEFE DA ASSESSORIA TÉCNICA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Maria da Conceição Nogueira Correia CHEFE DA PROCURADORIA JURÍDICA Helder Loyola Guimarães de Alencar

DIRETORES DE DEPARTAMENTO

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Luis Fernando Pascholati de Gusmão CIÊNCIAS EXATAS Carlos Correia de Souza

UNIDADES DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL ASSESSOR ESPECIAL DE INFORMÁTICA Cláudio Sérgio da S. Cerqueira ASSESSORA ESPECIAL DE INTERCÂMBIO Inalva Valadares Freitas DIRETORA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CULTURA E ARTE Maria Lucia Cintra DIRETOR DO OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO ANTARES Fábio de Jesus Ribeiro DIRETORA DA BIBLIOTECA CENTRAL JULIETA CARTEADO Rejane Maria Rosa Ribeiro

CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA Jorge Alberto da Costa Rocha CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS Jorge Aliomar Barreiros Dantas EDUCAÇÃO Francisco de Assis dos Santos FÍSICA Franz Peter Alves Farias LETRAS E ARTES Cláudio Cledson Novaes SAÚDE Antonio César Oliveira de Azevedo TECNOLOGIA Sandra Medeiros Santo

COORDENADORES DE COLEGIADO

CURSOS DE GRADUAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO Antonia Carlinda Cunha de Oliveira CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Eneida de Moraes Marcílio Cerqueira CIÊNCIAS CONTÁBEIS Cremildo Atanázio de Souza CIÊNCIAS ECONÔMICAS Gilton Alves Aragão DIREITO Carlos Eduardo Behrmann Rátis Martins EDUCAÇÃO FÍSICA Admilson Santos ENFERMAGEM Iraildes Andrade Juliano ENGENHARIA DE ALIMENTOS Renato Souza Cruz ENGENHARIA CIVIL Gerinaldo Costa Alves ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO Roberto Almeida Bittencourt CIÊNCIAS FARMÁCÊUTICAS Alexsandro Branco FÍSICA Nazareno Getter Ferreira de Medeiros GEOGRAFIA Raquel de Matos Cardoso Vale HISTÓRIA Alberto Heráclito Ferreira Filho LETRAS Ana Cláudia Costa Dórea MATEMÁTICA Maria Hildete de Magalhães França MEDICINA Antonio Cesar de Oliveira ODONTOLOGIA Lydia de Brito Santos PEDAGOGIA Lilian Carla Lopes Wanderley PEDAGOGIA DAS SÉRIES INICIAS Maria de Lourdes C. Borges Cerqueira

CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

SAÚDE COLETIVA Tânia Maria de Araújo BOTÂNICA Luciano Paganucci de Queiroz ENSINO, FILOSOFIA E HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS Jonei Cerqueira Barbosa LITERATURA E DIVERSIDADE CULTURAL Francisco Ferreira de Lima ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL Paulo Roberto Lopes Lima BIOTECNOLOGIA Aristóteles Góes Neto DESENHO, CULTURA E INTERATIVIDADE Edson Dias Ferreira MODELAGEM EM CIÊNCIAS DA TERRA E DO AMBIENTE Washington de Jesus S. da Franca Rocha

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Quantidade de docentes - 2006 .............................................................................................. 26 Quadro 2 – Docentes efetivos por Departamento e carga horária - 2006 ................................................. 26 Quadro 3 – Docentes por Departamento e classe - 2006.......................................................................... 27 Quadro 4 – Demonstrativo da Titulação docente, por Departamento - 2006 ............................................ 27 Quadro 5 – Demonstrativo de Docentes em Capacitação – 2006............................................................. 28 Quadro 6 – Servidores técnico-administrativos por grau de instrução – 2006 .......................................... 28 Quadro 7 – Demonstrativo de alunos graduados no exercício de 2006.................................................... 29 Quadro 8 – Demonstrativo da oferta regular e matriculados nos cursos de Graduação, em 2006........... 30 Quadro 9 – Desempenho de Cursos no ENEADE..................................................................................... 37 Quadro 10 – Cursos de pós-graduação lato sensu por Departamento – 2006 ......................................... 39 Quadro 11 – Demonstrativo de cursos da pós-graduação stricto sensu, por Departamento, em 2006.... 40 Quadro 12 – Demonstrativo de Programas de pós-graduação stricto sensu – 2006 ................................ 40 Quadro 13 – Cursos da pós-graduação stricto sensu aprovados em 2006............................................... 40 Quadro 14 – Demonstrativo do número de bolsistas dos cursos da pós-graduação stricto sensu da UEFS, oferecidos pels UEFS/CAPES/FAPESB/CNPq - 2006............................................ 41 Quadro 15 – Projetos e Grupos de Pesquisa............................................................................................. 43 Quadro 16 – Projetos com financiamento externos para pesquisa - 2006 ................................................ 48 Quadro 17 – Bolsas de Iniciação Científica ............................................................................................... 48 Quadro 18 – Programas e projetos por área de extensão continuada - 2006........................................... 48 Quadro 19 – Projetos por área de extensão continuada ........................................................................... 48 Quadro 20 – Entidades Parceiras da Pró-Reitoria de Extensão................................................................ 51 Quadro 21 – Cooperação internacional – instituições conveniadas .......................................................... 51 Quadro 22 – Demonstrativo dos laboratórios de informática..................................................................... 54 Quadro 23 – Demonstrativo dos laboratórios por áreas específicas ......................................................... 55 Quadro 24 – Dimensões, perspectivas e critérios de desempenho da gestão universitária ..................... 67

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................ 11 1 PERFIL INSTITUCIONAL ................................................................................................................ 13 1.1 HISTÓRICO ...................................................................................................................................... 13 1.2 MISSÃO E VISÃO ............................................................................................................................ 15 1.3 FINALIDADES: OBJETIVOS E PRINCÍPIOS DA UNIVERSIDADE ................................................ 15 1.4 ÁREAS DE ATUAÇÃO E INSERÇÃO REGIONAL .......................................................................... 16 1.5 DIRETRIZES PEDAGÓGICAS......................................................................................................... 16 1.5 DIRETRIZES PEDAGÓGICAS......................................................................................................... 17 1.6 OBJETIVOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO ......................................................................................... 18 1.7 METAS PREVISTAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS GERAIS ................................................... 18 2 PLANEJAMENTO E GESTÃO INSTITUCIONAL ........................................................................... 20 2.1 OBJETIVOS E METAS ESPECÍFICOS PARA PLANEJAMENTO E GESTÃO INSTITUCIONAL .. 20 2.2 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA E ADMINISTRATIVA...................................................................... 24 2.2.1 Estrutura Organizacional e Instâncias de Decisão........................................................................... 24 2.2.2 Organização e gestão de pessoas ................................................................................................... 26 2.3 PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS ............................................... 30 2.3.1 Ensino de Graduação ....................................................................................................................... 30 2.3.2 Ensino de Pós-Graduação................................................................................................................ 39 2.3.3 Pesquisa ........................................................................................................................................... 42 2.3.4 Extensão ........................................................................................................................................... 48 2.3.5 Relações e parcerias com a comunidade ........................................................................................ 50 2.4 INFRA-ESTRUTURA FÍSICA E ACADÊMICA ................................................................................. 52 2.4.1 Infra-estrutura do Campus................................................................................................................ 52 2.4.2 Unidades Extra-Campus.................................................................................................................. 58 2.4.3 Investimento em obras ..................................................................................................................... 61 3 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO INSTITUCIONAL............................. 62 3.1 OBJETIVOS E METAS ESPECÍFICOS PARA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO INSTITUCIONAL.................................................................................................... 63 3.2 PROJETO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO INSTITUCIONAL....... 63 3.2.1 Critérios de desempenho.................................................................................................................. 64 3.2.2 Balanced Scorecard: instrumento para a gestão da estratégia ....................................................... 65 3.3 4

PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ............................................................................................................... 68 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PDI................................................................................ 70 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 77 ANEXOS........................................................................................................................................... 78 Estatuto da Universidade Estadual de Feira de Santana................................................................. 78 Regulamento do Ensino de Graduação ........................................................................................... 78

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APRESENTAÇÃO

A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), ao longo dos seus trinta anos de funcionamento, muito tem a dizer em prol do seu compromisso com a qualidade do Ensino e com a formação de cidadãos, contribuição que ultrapassa os limites da formação técnica. Consolidada em qualidade e excelência, é como podemos definir a nossa Universidade. Atenta ao desenvolvimento tecnológico – marca do século em que vivemos – e aos problemas próprios da região, vem se destacando no cenário estadual e nacional como uma universidade emergente, já detentora de qualidade acadêmico-científica, o que tem atraído candidatos de todos os estados do Brasil ao Processo Seletivo para os Cursos de Graduação que oferece. As pesquisas que aqui são desenvolvidas e a qualidade da produção científica permitem que a UEFS se mostre como uma importante captadora de financiamentos externos, o que tem propiciado a melhoria dos laboratórios e, principalmente, a implantação de cursos de pós-graduação stricto sensu, Mestrado e Doutorado que, em relação a 2004, apresentou uma evolução de quase 300%. Outra prova da qualidade do ensino em ambos os níveis, graduação e pósgraduação, são os resultados obtidos nos exames da CAPES e do MEC, em que os nossos cursos estão, invariavelmente entre os melhores. A Extensão Universitária, que é o segmento que permite à Academia interagir com a comunidade externa para troca de conhecimentos e de experiências, desenvolve Programas e Projetos que se estendem por mais de 300 municípios baianos e 03 Estados do Nordeste: Sergipe, Alagoas e Pernambuco. No que tange à política de inclusão e permanência, expressivas iniciativas merecem destaque: a democratização do acesso ao ensino superior, com a implantação do sistema

de Reserva de Vagas (cotas) para a escola pública, priorizando grupos sociais historicamente excluídos; isenção da taxa para a inscrição no Processo Seletivo, que beneficia cerca de 3.000 estudantes; a conclusão dos trabalhos do Projeto de ampliação da Residência Universitária, com início previsto para 2007, que aumenta a oferta de 96 para 156 vagas e reduz a quantidade de pessoas por quarto, visando a uma melhor comodidade; a implantação do Sistema Bandejão a preço popular, cujo funcionamento está previsto para o início do próximo semestre; e a redução da carga horária de 20, para 12 horas, da Bolsa Auxílio Acadêmico, destinada a estudantes da Residência Universitária, que é uma forma de possibilitar que estes priorizem a dedicação aos estudos. Tais medidas fortalecem a política de permanência de estudantes de baixo poder aquisitivo adotada por esta Instituição. Esta gestão se destaca, também, pela iniciativa em implementar o Planejamento Estratégico e o Orçamento Participativo, elaborados por técnicos da casa. O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), ora elaborado, tem por objetivo apresentar as metas já democraticamente definidas no Plano Estratégico, período 2006–2010, em cumprimento ao seu papel de Instituição de Educação Superior comprometida com a formação de profissionais competentes, educados e conscientes dos valores democráticos e dos princípios da cidadania. É também responsabilidade da UEFS a busca permanente do conhecimento novo por meio do trabalho científico e a ampliação da sua presença na comunidade, reforçando sua contribuição para o desenvolvimento regional e nacional.

José Onofre Gurjão Boavista da Cunha - Reitor

Évila Oliveira Reis Santana - Vice-Reitora

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1 PERFIL INSTITUCIONAL

1.1 HISTÓRICO

A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) é uma instituição jovem, de apenas 30 anos, já detentora de significativa qualidade no cenário estadual e nacional como uma universidade emergente que se consolida. Criada em 1970 e autorizada a funcionar em 1976 com o propósito de introduzir a educação superior no interior do estado da Bahia, vem transformando a realidade de Feira de Santana e região, o que se reflete na qualidade da vida da população com os significativos resultados nas suas diversas linhas de atuação. Segundo o Relatório de Recredenciamento da UEFS,

[...] a partir da década de sessenta, as políticas de governo, tanto no plano federal como no estadual, passam a ser norteadas pela teoria do capital humano, que entende a educação como um investimento pessoal e social que gera desenvolvimento econômico. Sob o influxo dessa teoria, em 1968, o governo baiano dá forma a uma política de educação (Plano Integral de Educação), voltada para a ampliação e expansão do sistema de ensino em todos os níveis, com o objetivo de formar quadros para o processo de industrialização. A estratégia governamental é interiorizar o ensino superior até então circunscrito à capital, Salvador, instalando faculdades de formação de professores nas principais cidades interioranas, sedes das regiões administrativas do Estado, que passam a atuar como distritos geoeducacionais, dando organização espacial ao processo de interiorização do 3º grau (UEFS, 2000, p. 19).

É a primeira universidade pública estadual criada na Bahia e, também, a primeira submetida à avaliação do Conselho Estadual de Educação do Estado (CEE), tendo sido recredenciada pelo Decreto Governamental nº 9271 de 14 de dezembro de 2004 pelo tempo máximo estabelecido. Graças à competência e ao empenho de professores, estudantes e funcionários, que abraçaram a causa da educação, conscientes da sua dimensão social, esta Instituição tem mantido, com muita dignidade, o status de universidade, pública, gratuita e de qualidade.

A Universidade Estadual de Feira de Santana localiza-se em um ponto significativamente estratégico de convergência migratória, a cidade de Feira de Santana, que se destaca por ser um importante entroncamento rodoviário do norte-nordeste brasileiro. Tem como região prioritária de atuação o semi-árido, onde desenvolve seus projetos e programas acadêmicos, culturais e sociais. O conceito de universidade pública deve ser entendido pelo fator determinante de manutenção pelo setor público, pela relação de valoração e essencialidade da universidade que exerça liderança social, que imprima uma marca no desenvolvimento da sociedade, pela identidade com o povo, pelo seu compromisso com o desenvolvimento da região e, por extensão, do estado e pela sua capacidade de apresentar soluções alternativas para os problemas que se apresentam na sociedade. Para tanto, é necessário investir, de forma constante, na qualidade e na dotação de infraestrutura para propiciar que as ações sejam desenvolvidas com a eficiência e eficácia necessárias. É com esta perspectiva que a UEFS busca realizar um trabalho voltado para o fortalecimento das suas dimensões acadêmica e administrativa. Para isso está sempre atenta às rápidas transformações por que passa o mundo do trabalho, notadamente no que tange às exigências de capacitação profissional, buscando a renovação dos seus conteúdos, métodos, práticas e meios de transmissão do saber. Ao lado disso, atualiza as matrizes curriculares dos seus cursos, entendendo que devem ser fortalecidos, cada vez mais, os vínculos entre o ensino superior, o mundo do trabalho, os setores da sociedade e, em especial, a cidadania. O fortalecimento do compromisso com a inclusão social é, também, um aspecto que merece destaque, notadamente por meio de três iniciativas de ações afirmativas no âmbito da graduação: a institucionalização da reserva de vagas (sistema de cotas) para estudantes oriundos da escola pública e indivíduos historicamente excluídos, a ter início em 2007; a continuidade, com ampliação, da isenção de taxa de inscrição para o Processo Seletivo

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(ProSel), que oportuniza, cada vez mais, o acesso de estudantes oriundos da rede pública ao ensino superior; e o programa Universidade para Todos, uma parceria exitosa com a Secretaria da Educação do Estado, que prepara gratuitamente alunos da rede pública para o exame vestibular. No que tange ao ensino de PósGraduação, além dos cursos de especialização que oferece, ampliação significativa se observa com a criação de cursos de pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado e doutorado, em diversas áreas do conhecimento. Esta oferta disponibiliza mais qualificação à nossa comunidade e consolida a Instituição como uma universidade voltada para o futuro e cumpridora do seu papel estratégico para o desenvolvimento regional e nacional. As pesquisas giram em torno de macrolinhas e a participação em programas de grande envergadura, desenvolvendo projetos em colaboração com outras instituições do País e estrangeiras. A cooperação técnica nacional e internacional mostra ser, de fato, um instrumento privilegiado de promoção do desenvolvimento nacional, uma vez que enseja a transferência de conhecimentos e técnicas, em caráter não comercial, de organismos nacionais e internacionais. O resultado destas cooperações e dos trabalhos desenvolvidos tem se revertido em pesquisas consolidadas e na criação de novos programas de pós-graduação em nível de mestrado e de doutorado e fortalecimento da produção e publicação científica. A Extensão, por meio de programas institucionais e interinstitucionais que possibilitam congregar o saber produzido na Academia com o popular, ressalta-se com a realização de projetos que têm se mostrado como oportunidades eficazes para a troca de idéias e de produtos. As atividades extensionistas já se manifestam em mais de 300 municípios baianos e três estados do nordeste, buscando atender, especialmente as áreas da educação, da saúde, do desenvolvimento sustentável e da capacitação de trabalhadores. As atividades culturais se constituem em uma forma de se poder emoldurar a construção dos saberes, ao tempo em que se preserva a identidade do semi-árido. Nos

espaços culturais de que dispõe, a UEFS oferece à comunidade entretenimento saudável nas diversas manifestações da arte. Para isso tem valorizado o talento local e acolhido os que vêm de fora como uma forma de propiciar oportunidades e integração. A gestão universitária tem se respaldado, dentre outros princípios, no da gestão participativa, com o foco na responsabilidade pelo uso dos recursos públicos. Neste sentido, construiu-se conjuntamente o Planejamento Estratégico, embasado por um auto-diagnóstico, realizado por todos os segmentos, e implementou-se o orçamento participativo, com tecnologias desenvolvidas internamente. Estas ações foram levadas a efeito com pleno êxito, constituindo-se em mais um aprendizado construído coletivamente. Dentre as ações mais importantes, que são desenvolvidas nesta Universidade, destacam-se os investimentos em capacitação dos quadros, construção, manutenção, adequação e ampliação da infra-estrutura, o que se constitui em mais uma forma de manter a excelência das atividades universitárias. O conjunto das ações que vêm sendo desenvolvidas ao longo dessas três décadas, e, mais especialmente, nos últimos quatro anos, mostra que esta universidade, embora jovem, consolida-se e está apta a repensar o mover do seu construir, tendo definido as suas prioridades por meio de uma política de participação que aponta para a construção de um conhecimento que se aglutina à cidadania como forma de alcançar o indivíduo na plenitude das suas potencialidades.

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1.2 MISSÃO E VISÃO

MISSÃO – Produzir e difundir o conhecimento, assumindo a formação integral do homem e de profissionais cidadãos, contribuindo para o desenvolvimento regional e nacional, promovendo a interação social e a melhoria da qualidade da vida, com ênfase na região do semi-árido.

VISÃO – A Universidade Estadual de Feira de Santana manterá sua condição de universidade pública, gratuita e autônoma. Terá credibilidade como instituição de ensino de graduação e pós-graduação de qualidade, com linhas de pesquisa consolidadas, produção científica relevante e com atividades extensionistas transformadoras da sociedade em que está inserida. A UEFS fortalecerá a sua posição de excelência em estudos do semiárido.

1.3 FINALIDADES: OBJETIVOS E PRINCÍPIOS DA UNIVERSIDADE

De acordo com o Art. 6º, do Capítulo III do Estatuto da UEFS, são objetivos da Universidade: I – Ministrar educação geral de nível superior, formando cidadãos responsáveis, empenhados na solução democrática dos problemas nacionais. II – Preparar profissionais altamente qualificados em todos os ramos do saber, capazes de promover o progresso social pela utilização dos recursos da técnica e da ciência. III – Congregar mestres, cientistas e artistas e lhes assegurar os meios necessários para se devotarem à ampliação do conhecimento, ao cultivo das artes e sua aplicação a serviço do homem. IV – Promover o desenvolvimento das ciências, das letras, das artes e da tecnologia pelo ensino, a pesquisa e a extensão.

V – Servir de instrumento de promoção do desenvolvimento cultural, social e econômico da região de Feira de Santana. A UEFS, como toda instituição universitária, para cumprir os seus objetivos deve organizar-se, assegurando os seguintes princípios: Qualidade – a qualidade torna-se condição absolutamente necessária. A Universidade não pode transigir no compromisso com a excelência com máximo rigor em todas as áreas. O avanço qualitativo deve sempre ser superior ao quantitativo. Realidade Regional – em busca de transformar o presente e construir o futuro. A Universidade deve estar engajada com o real buscando entendê-lo e transformá-lo. Pluralidade – como espaço privilegiado do debate, locus da produção científica mais relevante, deve desenvolver as suas ações respeitando as divergências das idéias, criando condições para o respeito às múltiplas idéias, tão próprias ao ambiente universitário. Democracia – entendida como prática política não partidária, fundamentando a criação e o desenvolvimento dos programas acadêmicos, a viabilização do acesso e a inserção da UEFS no cenário local e regional. Autonomia Didático-Científica, Artístico-Cultural e Financeira – a partir da defesa intransigente dos nossos Conselhos Superiores e do respeito às decisões da comunidade, garantindo a legitmidade das ações. Para cumprir sua missão social, a Universidade se fundamenta em valores éticos, no compromisso com a democracia e a justiça social, no respeito à diversidade intelectual, artística, institucional e política, na responsabilidade social e solidariedade humana, no compromisso com o desenvolvimento sustentável da Região do Semi-árido baiano, e na gestão democrática, transparente e descentralizada, pautada na cidadania organizacional. Para atingir sua finalidade, a Universidade se move a partir dos seguintes eixos norteadores: − Compromisso com a educação pública, gratuita, e de qualidade. − Incentivo à disseminação de valores e à promoção da cidadania. − Busca permanente de mais qualidade do

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ensino, da pesquisa e da extensão, a expansão da produção científica e relevância das ações desenvolvidas junto à sociedade. Promoção da inserção social visando ao desenvolvimento humano e qualidade da vida. Desenvolvimento de uma gestão

universitária

orientada

para

eficácia, efetividade e relevância.

a

eficiência,

1.4 ÁREAS DE ATUAÇÃO E INSERÇÃO REGIONAL

A UEFS apresenta significativa inserção e atuação na região semi-árida, contribuindo para o seu desenvolvimento e a elevação da qualidade de vida da população sertaneja. Tal resultado é decorrente da aplicabilidade de estudos e pesquisas nas diversas áreas do conhecimento notadamente na educação – com ênfase na formação continuada de professores –, atualização de profissionais de localidades distantes, programas de formação de lideranças comunitárias e intervenções na área de saúde, dentre outras ações. A Figura 1 demonstra essa inserção.

Figura 1 – Abrangência da atuação da UEFS

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1.5 DIRETRIZES PEDAGÓGICAS

As diretrizes que norteiam o Projeto Institucional da UEFS estabelecem como compromisso a busca da excelência no ensino da Graduação, que, por meio de aprendizagens significativas, associe as competências e habilidades exigidas pela sociedade contemporânea aos princípios éticos que regem a atuação do profissional a ser entregue pela Instituição à sociedade. O horizonte desta concepção geral é a formação de um profissional ético e humanamente responsável, que contribua com sua ação para a melhoria da qualidade de vida pessoal e ambiental do nosso povo. Nessa perspectiva, os conteúdos curriculares, os valores, as competências e as habilidades a serem socializados nos cursos de Graduação devem conferir ao estudante capacidade profissional que lhe garanta empregabilidade, considerando as demandas e as necessidades prioritárias da região do semi-árido e do País. Por outro aspecto, tal conjunto de conhecimentos deve promover, no educando, a capacidade de desenvolvimento intelectual e profissional de forma autônoma e continuada. Desse modo, a UEFS buscará, nesses cinco anos, desenvolver ações que assegurem: − formação ético-humanística dos sujeitos que estão sob sua responsabilidade, voltada para a autonomia, cooperação, solidariedade, respeito à diversidade, tolerância e eqüidade social, no contexto dos valores democráticos; − sólida formação técnico-científica geral, que possibilite ao sujeito compreensão e ação críticas do/no mundo em transformação, bem como sua adaptação a ele; − integração nos currículos dos cursos da formação teórica e prática, evitando a dicotomia latente; − envolvimento de todas as instâncias acadêmicas no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades do Ensino; − (re)organização dos currículos, visando ao atendimento das exigências sociais e institucional;













modernização institucional dos aspectos acadêmicos e administrativos, buscando melhor atendimento aos processos de trabalho de docentes e discentes ; mecanismos que harmonizem e facilitem a comunicação e as relações internas, fortalecendo a transparência e a democratização da informação; meios necessários para a realização de uma sistemática sólida e fundamentada de Avaliação do Processo de Ensino/Aprendizagem e de Avaliação Institucional; integração das áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão em ações comprometidas com a educação, saúde, empregabilidade e melhoria da qualidade da vida na sociedade; estímulo à comunidade acadêmica na busca por capacitação em áreas acadêmicas e técnico-administrativas que visem ao desenvolvimento/evolução da Instituição; e formas alternativas de recursos, intensificando parcerias com organizações governamentais e não governamentais nacionais e internacionais, públicas e privadas e movimentos sociais.

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1.6 OBJETIVOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO

1.7 METAS PREVISTAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS GERAIS

Na construção do Planejamento Estratégico, foram definidos três grandes objetivos institucionais, para os quais foram traçadas estratégias, conforme detalhado a seguir:

Os objetivos estabelecidos para o período estão traduzidos em metas definidas para cada um dos desafios colocados, conforme segue:

Atingir a excelência acadêmica Qualificação do Ensino e fortalecimento da interação ensino-pesquisa-extensão; Melhoria da gestão das atividades acadêmico-administrativas; Fomento à Pesquisa e Produção Científica como instrumento para o desenvolvimento científico e tecnológico. Modernizar a gestão universitária e melhorar a capacidade de sustentabilidade da UEFS Reestruturação das políticas institucionais e instrumentos normativos; Melhoria da captação e gestão de recursos externos; Melhoria dos processos administrativos e da qualificação da informação; Modernização da Gestão da Tecnologia da Informação; Melhoria da Comunicação na UEFS; Avaliação Institucional permanente. Consolidar as relações com a sociedade e atender às demandas sociais Fortalecimento do Compromisso com a Responsabilidade Social e com o Desenvolvimento Sustentável da Região do Semi-Árido; Democratização do Acesso ao ensino de graduação; Difusão Científica e Tecnológica prioritariamente na região do no Semi-Árido; Difusão da Arte, da Cultura, do Lazer e do Esporte no Semi-Árido; Expansão das Ações de Intercâmbio da UEFS.

Qualificação do Ensino e fortalecimento da interação ensino-pesquisa-extensão Ampliar para 90% o número de mestres e doutores, até 2009; Ampliar para 50% o nº de doutores, até 2009 Promover atualização didático-pedagógica para atender 100% da demanda, até 2009; Melhorar a infra-estrutura de 100% das salas de aula, até 2008; Melhorar e atualizar 100% dos laboratórios didáticos, até 2009; Atualizar e ampliar em 20% o número de títulos do Sistema de Bibliotecas, até 2009; Atualizar 100% dos Projetos Pedagógicos dos cursos, até 2007; Atender 100% de estudantes da UEFS nos programas de Apoio Pedagógico ao Estudante, até 2009; Reduzir em 50% a evasão, até 2009 / Melhorar em 20% o fluxo de saída, em todos os cursos; Expandir em 30% o número de vagas na graduação, até 2009; Expandir a oferta de cursos de pósgraduação stricto sensu em 30 % até 2009, assegurando os padrões de qualidade; Aumentar a produção científica qualificada em 30% até 2009, visando, conseqüentemente, a uma melhor conceituação pela CAPES dos cursos implantados. Melhoria da gestão das atividades acadêmico-administrativas Implantar, até 2008, um sistema integrado de gestão para as atividades acadêmicoadministrativas; Atingir 100 % de matrículas web até 2007; Atingir 100% de cadernetas preenchidas eletronicamente, até 2007; Aperfeiçoar, até 2007, o processo seletivo para o acesso à graduação.

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Fomento à Pesquisa e Produção Científica como instrumento para o desenvolvimento científico e tecnológico Expandir em 30% a publicação da produção do conhecimento científico, técnico, artístico e cultural, até 2009; Expandir em 30% a busca de recursos externos para pesquisa.

Reestruturação das políticas institucionais e instrumentos normativos Atualizar, até 2007, os instrumentos normativos da UEFS. Qualificação da gestão estratégica, orçamentária e financeira Concluir até 2007 a implantação do sistema de informação gerencial do Orçamento Compartilhado; Implantar novo modelo organizacional, até 2009. Melhoria da captação e gestão de recursos externos Ampliar em até 100% a captação de recursos externos para a UEFS, até 2009. Melhoria dos processos administrativos e qualificação da informação Implantar, até 2007, Sistema de Informação Gerencial integrado. Modernização da Gestão da Tecnologia da Informação Implementar, a partir de 2007, novas ferramentas de gestão tecnológica e da informação. Melhoria da Comunicação na UEFS Implantar, até 2007, um Programa de Comunicação Integrada. Melhoria da Gestão de Pessoas na UEFS Implantar, a partir de 2006, Programa Institucional de Desenvolvimento do Servidor Realizar pesquisa de clima organizacional na UEFS, a cada 2 anos; Avaliar e acompanhar o desempenho dos servidores, a cada ano, a partir de 2007.

Expansão, reorganização e melhoria dos espaços físicos e serviços Implantar projeto de modernização da gestão da infra-estrutura, até 2007; Ampliar em 20%, até 2009, o espaço físico construído no Campus da UEFS; Adequar, recuperar e reformar 50% dos espaços físicos, até 2009; Otimizar 100% dos espaços físicos da UEFS, até 2008; Ampliar o sistema de manutenção preventiva, reduzindo número de solicitações de manutenção corretiva em 50%, até 2009; Implantar sistema de segurança mista (eletrônica e ostensiva) em 100% do Campus e unidades extra-campus , até 2009 Aumentar a eficiência dos serviços terceirizados em 100% dos contratos, até 2009; Melhorar 100% dos serviços básicos até 2009; Reduzir os custos totais efetivos com energia elétrica em, no mínimo, 30%, até 2009. Avaliação Institucional permanente Realizar, anualmente, a Avaliação Institucional permanente a partir de 2006.

Fortalecimento do Compromisso com a Responsabilidade Social e com o Desenvolvimento Sustentável da Região do Semi-Árido Reestruturar, até 2007, a política de integração da Academia com a sociedade, definindo linhas prioritárias de atuação. Democratização do Acesso ao ensino de graduação Ampliar, em 50%, até 2009, o percentual de acesso de pessoas historicamente excluídas Difusão Científica e Tecnológica prioritariamente na região do no Semi-Árido Implantar, até 2008, o Programa de Difusão Científica e Tecnológica da UEFS. Difusão da Arte, da Cultura, do Lazer e do Esporte no Semi-Árido Ampliar, em 20% até 2009, as ações de difusão da Arte, da Cultura, do Lazer e do

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Esporte nesta região do Semi-Árido. Expansão das Ações de Intercâmbio da UEFS Implantar, até 2008, o Projeto de Expansão das Ações de Intercâmbio da UEFS.

2 PLANEJAMENTO E GESTÃO INSTITUCIONAL 2.1 OBJETIVOS E METAS ESPECÍFICOS PARA PLANEJAMENTO E GESTÃO INSTITUCIONAL

Para cada objetivo institucional foram definidos desafios, os quais foram traduzidos em metas, com seus correspondentes indicadores e objetivos específicos, ou ações estratégicas, conforme detalhadas a seguir: Fortalecer a constituição de um quadro docente capacitado para contribuir com a missão institucional Definir prioridade das áreas de conhecimento (nos Departamentos) para capacitação docente; Atualizar o Programa de Capacitação Docente; Promover atualização didático-pedagógica para docentes, a partir das demandas; Priorizar contratação de doutores em concursos públicos; Implementar a avaliação do desempenho docente. Viabilizar a melhoria da infra-estrutura de laboratórios e salas de aula Levantar a situação atual das salas de aula e Laboratórios e as demandas pedagógicas; Elaborar e implantar plano de melhoria da infra-estrutura de salas de aula e laboratórios. Intensificar a Qualificação do Acervo Bibliográfico Identificar necessidades e prioridades dos cursos - para ampliação de acervo;

Avaliar e executar Plano de Qualificação do Acervo Assegurar a atualização do Projeto Político Pedagógico Institucional Reavaliar as diretrizes institucionais; Promover a atualização dos Projetos Pedagógicos dos Cursos; Promover a reestruturação dos currículos dos cursos; Criar mecanismos de acompanhamento. Assegurar condições para possibilitar ao estudante a consolidação da sua formação acadêmica Intensificar o Programa Balcão de Estágio, com acompanhamento docente; Ampliar apoio psico-pedagógico ao estudante; Estimular a prática da orientação acadêmica; Propiciar maior atenção aos estudantes com necessidades especiais; Intensificar o programa de iniciação científica; Incentivar a atuação docente direcionada para o estímulo à interação ensino-pesquisaextensão e cultura; Estruturar a gestão, acompanhamento e avaliação de Bolsas; Desenvolver e disseminar o manual de orientação ao estudante; Manter estratégia para atendimento ao aluno da pós-graduação. Viabilizar a permanência do estudante na graduação, de acordo com o tempo médio estabelecido institucionalmente e aos padrões de qualidade requeridos Revisar e reestruturar a política de assistência estudantil; Desenvolver e implementar o Projeto de melhoria do fluxo de saída e redução da evasão; Ampliar espaços na Biblioteca para estudos individuais e coletivos; Realizar estudos para verificação da possibilidade de preços diferenciados no Restaurante que funciona na Universidade; Ampliar e estruturar a oferta de vagas na Residência Universitária; Estimular a organização da oferta dos cursos

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por turno. Viabilizar a expansão de vagas na graduação, para possibilitar a melhoria do acesso ao ensino superior Concluir e executar Projeto de Expansão da Graduação. Garantir a melhoria permanente da Pósgraduação Desenvolver e implementar Programa de Estruturação e Melhoria da Pós-graduação (stricto sensu e lato sensu); Identificar e estimular grupos de docentes em áreas com potencial p/o desenvolvimento de pesquisa e pós-graduação; Estimular a criação de cursos lato sensu como embrião para futuros cursos stricto sensu; Incentivar o aumento da produção científica docente qualificada. Assegurar a eficiência e a eficácia da gestão das atividades acadêmico-administrativas Avaliar e aperfeiçoar os processos desenvolvidos na área acadêmicoadministrativa; Desenvolver e implantar Sistema de Informação Gerencial Integrado, para gestão e acompanhamento das atividades acadêmico-administrativas; Implantar sistema de matrícula WEB; Implantar sistema de caderneta eletrônica; Aperfeiçoar sistema de gestão da Graduação e da Pós-graduação; Aperfeiçoar sistema de gestão da Pesquisa; Aperfeiçoar sistema de gestão da Extensão; Concluir e implementar Projeto de Aperfeiçoamento do Processo Seletivo – ProSel. Estimular a produção do conhecimento científico, técnico, artístico e cultural, assegurando sua efetividade e relevância Sistematizar o acompanhamento e avaliação da produção científica, técnica, artística e cultural; Criar e fomentar grupos de pesquisa credenciados no CNPq; Criar e implantar Programa de apoio à publicação da produção do conhecimento

científico, técnico, artístico e cultural Implementar a Editora Universitária da UEFS; Desenvolver e implementar Programa de permanência produtiva de docentes doutores na UEFS; Desenvolver um sistema de auxílio à elaboração e acompanhamento dos financiamentos externos à pesquisa. Assegurar a atualização dos instrumentos normativos da UEFS Criar grupo para estudo e proposições; Revisar os instrumentos normativos em vigor; Implementar instrumentos atualizados, por meio de prerrogativas legais. Viabilizar a implantação de instrumentos gerenciais para a consolidação da prática da gestão estratégica na UEFS, fundamentada em uma filosofia de gestão participativa Criar e implementar ferramentas de avaliação e acompanhamento das estratégias definidas; Concluir a implementação do sistema informatizado para a gestão do Orçamento Compartilhado; Desenvolver e implementar projeto de gestão e apropriação de custos. Assegurar arquitetura organizacional adequada aos novos desafios da Universidade Fazer estudos da configuração organizacional – diagnóstico da dimensão estrutural – para possibilitar o ajuste da estrutura organizacional aos novos desafios institucionais; Implementar alterações propostas. Fortalecer a captação de recursos externos por meio da estruturação e sistematização de programas institucionais Desenvolver e implementar Programa de gestão da captação de recursos na UEFS; Criar “Escritório de Projetos”; Capacitar novos agentes. Assegurar a eficiência e a eficácia da gestão dos processos internos por meio da

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tecnologia da informação Desenvolver e implementar Plano Estratégico da Informação; Desenvolver e implementar Projeto de Melhoria dos processos administrativos; Desenvolver e implementar Sistema de Informação Gerencial Integrado. Assegurar infra-estrutura tecnológica atualizada para atender às demandas institucionais Desenvolver e implementar Projeto de Modernização da tecnologia de rede e hardware; Desenvolver e implementar Projeto de Modernização da tecnologia de software. Viabilizar a prática permanente da gestão e disseminação das informações relacionadas à Instituição Elaborar e implantar Plano Estratégico de Comunicação Integrada; Desenvolver e implementar Projeto de Padronização das informações/divulgações oficiais da UEFS; Desenvolver e implementar programa de revitalização da TV e Rádio Universitária; Desenvolver e implementar o Portal da UEFS. Assegurar a manutenção de clima organizacional propício ao desenvolvimento das pessoas e das ações institucionais Criar comissão para estudos e definição de políticas e diretrizes para a capacitação do servidor técnico-administrativo; Implementar Programa de Capacitação do Servidor técnico-administrativo; Desenvolver e implementar projeto de capacitação de gestores; Desenvolver e implementar Programa de Segurança e Saúde Ocupacional e de Assistência Social; Realizar estudos da configuração organizacional (diagnóstico da dimensão humana): análise da distribuição de pessoal para possibilitar a alocação adequada conforme as demandas dos Setores e pesquisa de Clima Organizacional; Implantar ações decorrentes dos resultados da Pesquisa de Clima;

Implantar Programa de Avaliação de Desempenho dos servidores; Implantar Programa de Inserção do novo servidor; Desenvolver manual de orientação administrativa para o servidor. Assegurar infra-estrutura física adequada para atender às demandas institucionais Desenvolver e implementar Projeto de modernização da gestão da infra-estrutura física do campus e extra-campus (sistemas, rotinas, procedimentos); Atualizar Plano Diretor do Campus; Elaborar e executar Projeto para Ampliar a estrutura física da Universidade, construindo novos espaços, visando ao atendimento das demandas institucionais; Elaborar e executar Projeto de Adequação, recuperação e reforma dos espaços existentes; Elaborar e implantar Programa de Racionalização na utilização dos espaços físicos dos campi. Assegurar a otimização e eficácia dos serviços básicos Desenvolver e implementar Projeto de Manutenção Preventiva; Implementar Projeto de Segurança do Campus e extra-campus (ostensiva e eletrônica); Desenvolver e implementar Projeto de qualidade dos serviços terceirizados; Desenvolver e implementar Projeto de melhoria dos serviços básicos: telefonia, água, luz e transporte; Avaliar e acompanhar índice de satisfação dos usuários, aplicando instrumento específico; Desenvolver e Implementar Projeto de qualidade e eficiência energética da iluminação do campus e extra-campus; Implantar Programa de Racionalização do uso da energia elétrica. Assegurar a efetivação da Avaliação Institucional na UEFS como instrumento de qualificação da gestão Instituir a Comissão Permanente de Avaliação – CPA;

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Desenvolver e implementar projeto de Avaliação Institucional execução e acompanhamento. Viabilizar soluções para a melhoria da qualidade da vida e o desenvolvimento sustentável das comunidades, visando à efetividade e à relevância das ações Institucionais Promover a articulação permanente com os diversos atores sociais (governos, empresas, instituições educacionais e sociais, sociedade civil); Criar o Centro Institucional de Ciência, Tecnologia e Cultura, visando ao desenvolvimento sustentável da região; Realizar encontros com a comunidade para troca de idéias e de produtos; Promover ações internas para o envolvimento de todos os cursos e áreas do conhecimento, na produção de tecnologias desenvolvidas a partir da interação com a comunidade, em busca de soluções para a transformação social; Implementar programa de atividade curricular em comunidades; Identificar e avaliar as ações de extensão desenvolvidas na UEFS, promovendo melhorias; Criar alternativas para o incentivo a incubadoras. Ampliar o acesso ao ensino superior de grupos historicamente excluídos Desenvolver e implementar Projeto de Inclusão Social para mais acesso do estudante à UEFS. Consolidar a difusão científica e tecnológica das ações universitárias Criar e implantar Sistema de Informação para a gestão do conhecimento produzido na UEFS; Criar Portal da Ciência Tecnologia e Inovação; Criar Programa de interação e difusão da ciência e da arte; Criar e executar programas de comunicação e campanhas sociais nas diversas áreas do conhecimento; Criar e implantar projetos em comunidades,

grupos sociais ou empresas, de tecnologias desenvolvidas na UEFS; Estimular a produção do conhecimento e publicações de caráter popular, visando à divulgação científica. Incentivar permanentemente a expressão e preservação das manifestações artísticas e culturais e a prática do esporte e lazer, como elementos promotores da melhoria da qualidade de vida Avaliar o estado da arte das ações difundidas pela UEFS e a sua relação com as demandas da região; Desenvolver e implementar o Projeto de preservação e valorização do patrimônio cultural; Intensificar a promoção de oportunidades para que artistas e artesãos possam expressar os seus talentos; Desenvolver e implementar Programa de Economia Criativa (agregação de valores culturais à economia produtiva) com ênfase em gestão e formação profissional; Fortalecer o Programa de incentivo à arte, à cultura, ao esporte e ao lazer. Assegurar a implementação de políticas de intercâmbio na UEFS, viabilizando maior interação com instituições nacionais e internacionais Definir políticas de intercâmbio; Elaborar Projeto de Intercâmbio, buscando o envolvimento dos diversos segmentos administrativos e acadêmicos; Estabelecer um foro central para todos os assuntos nacionais e internacionais ligados à UEFS.

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2.2 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA E ADMINISTRATIVA

integração dos dois níveis – Superior e Departamental – e da articulação dos órgãos situados em cada nível. Órgãos da Administração Superior: Conselho Universitário; Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão; Conselho de Administração; Reitoria.

2.2.1 Estrutura Organizacional e Instâncias de Decisão

A Universidade Estadual de Feira de Santana, constituída e implantada de acordo com o estabelecido nas Leis e normas que regem o Ensino Superior no Brasil e na Bahia, tem a estrutura legal inteiramente consolidada e o funcionamento administrativo e acadêmico disciplinado por Estatuto e pelos Regimentos Geral e Administrativo e, ainda, pelos regimentos internos dos Conselhos Superiores (Conselho Universitário – CONSU e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE), dos Departamentos e dos Colegiados de Cursos. A Universidade Estadual de Feira de Santana organiza-se a partir de duas ordens de poder: ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR e ADMINISTRAÇÃO BÁSICA E ADSTRITA. A ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR está estruturada da seguinte forma: REITORIA: Pró-Reitoria de Graduação; Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação; Pró-Reitoria de Extensão; Pró-Reitoria de Administração e Finanças; Gabinete; Procuradoria Jurídica; Assessoria Técnica de Desenvolvimento Organizacional. UNIDADES DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL: Centro Universitário de Cultura e Arte; Observatório Astronômico Antares; Organização e Desenvolvimento Comunitário; Infra-estrutura e Serviços; Sistema de Bibliotecas; Assessorias Especiais – Intercâmbio e Informática. ÓRGÃOS SUPLEMENTARES: Museu Casa do Sertão (Centro de Estudos Feirenses); e Imprensa Gráfica Universitária. A ADMINISTRAÇÃO ADSTRITA formada pelos Departamentos e Colegiados. como

é

A ADMINISTRAÇÃO UNIVERSITÁRIA, um todo, realiza-se por meio da

Órgãos da Administração Adstrita: Conselho de Departamentos; Diretorias de Unidades; Colegiados de Cursos. Órgãos de Ensino, Pesquisa e Extensão: Departamentos; Órgãos Suplementares.

2.2.1.1 Órgãos Colegiados: atribuições e competências

A Administração Superior

O Conselho Universitário (CONSU) é o órgão deliberativo superior em matéria administrativa e de política universitária. É constituído pelo Reitor, que é seu presidente; pelo Vice-Reitor, que é seu Vice-Presidente; pelos Pró-Reitores; Diretores de Departamentos; por representantes do corpo discente, correspondendo a um total de 12% do Conselho; por representantes do corpo técnicoadministrativo, também correspondendo a 12% do Conselho; e por um representante da comunidade regional. Os representantes discentes e do corpo técnico-administrativo são escolhidos por eleição direta, conduzida pelas entidades representativas, vetada a representação em mais de um Conselho. O representante da comunidade externa é escolhido na forma regimental. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) é o órgão da Administração Superior que tem como objetivo estabelecer normas e deliberar sobre os assuntos de ensino, pesquisa e extensão e da administração acadêmica. Tem a seguinte constituição: o Reitor, que o preside; o ViceReitor, que é o seu vice-presidente; os Pró-

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Reitores, incumbidos das atividades relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão; os Diretores de Departamento; os Coordenadores de Colegiados de Cursos; e os representantes do corpo discente, correspondendo a um total de 12% do Conselho. Os representantes discentes são escolhidos por eleição direta, conduzida por sua entidade representativa, também vetada a representação em mais de um Conselho. O Conselho de Administração (CONSAD) é o órgão colegiado que acompanha as atividades da autarquia e avalia os seus resultados, decidindo sobre os problemas de natureza administrativa e fiscalizando o desempenho econômico-financeiro da Universidade. É constituído pelo Secretário da Educação do Estado, que o preside; pelo Reitor; pelo Vice-Reitor; por um representante da Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia do Estado; por um representante da Secretaria de Administração do Estado; por um representante da Procuradoria Geral do Estado; por um representante do Sindicato de Servidores; por um representante do Corpo Discente; por oito representantes dos Docentes da Universidade; por oito Docentes de livre escolha do Governador do Estado e por um representante da comunidade regional. Os membros do Conselho de Administração são nomeados, com seus respectivos suplentes, pelo Governador do Estado. Os representantes dos Servidores, dos Discentes e dos Docentes da Universidade são indicados pelas respectivas entidades representativas, vetada a indicação da mesma pessoa para mais de um Conselho Superior. O representante da comunidade regional é escolhido na forma regimental. Em casos de urgência ou de relevante interesse da Universidade, o Presidente do CONSAD pode praticar atos ad referendum, devendo submetê-los à consideração do Conselho na primeira reunião. A Reitoria – Em termos executivos, a Administração Superior é exercida pela Reitoria. O Reitor dispõe, para auxiliá-lo em sua tarefa, de um Gabinete, de uma Procuradoria Jurídica, de quatro Pró-Reitorias, de cinco Unidades de Desenvolvimento Organizacional, de quatro

Assessorias, além de outras unidades e coordenações de apoio logístico. Podem concorrer para o cargo de Reitor e Vice-Reitor professores das duas classes mais elevadas da carreira ou que possuam título de Doutor ou Mestre e que integrem o quadro da Universidade por mais de 05 anos. São nomeados pelo Governador do Estado, a partir de lista tríplice, composta pelos nomes dos candidatos mais votados para o cargo, organizada pelo Conselho Universitário. O Colégio Eleitoral é composto pelo Corpo Docente, Discente e Técnicoadministrativo da instituição, e os seus votos têm peso paritário. O mandato do Reitor e do Vice-Reitor é de 04 anos, permitida uma recondução. Nos casos de vacância dos cargos, são organizadas eleições no prazo máximo de 60 dias, após a abertura da vaga. O Governador do Estado designa pro tempore o Reitor se, por qualquer motivo, estiverem vagos os cargos de Reitor e Vice-Reitor.

2.2.1.2 Administração Básica e Adstrita

O Departamento é a unidade básica da instituição. É constituído pelos Docentes no efetivo exercício da carreira e lotados na unidade e pela representação discente. A coordenação, a execução e o controle das atividades do Departamento estão a cargo de um Diretor e de um Vice-Diretor. O Diretor participa de eleição democrática no seu Departamento e é nomeado pelo Reitor, na forma prevista no Regimento em vigor, com mandato de 02 anos, permitida uma recondução. O Diretor de Departamento deve ser professor do quadro efetivo da carreira docente da Instituição. O Conselho de Departamento é o órgão máximo de deliberação e coordenação do Departamento. A cada Departamento corresponde um Conselho, constituído pelo Diretor de Departamento, que é seu presidente; pelos Docentes integrantes da carreira do magistério lotados na unidade e pela representação discente.

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O Colegiado de Curso é o órgão da Administração Adstrita. Delibera, coordena e supervisiona as atividades didático-pedagógicas do curso. É constituído pelos Docentes em efetivo exercício, um por matéria do currículo mínimo, e pela representação discente. A direção do Colegiado de Curso é exercida por um Coordenador, auxiliado por um ViceCoordenador, que devem ser integrantes do quadro efetivo da UEFS e do Departamento que oferece maior número de disciplinas ao curso. O Coordenador e o Vice são nomeados pelo Reitor, sendo a sua escolha precedida ou não de consulta à comunidade, conforme Resolução CONSU nº 07/97. O mandato do Coordenador e do ViceCoordenador é de 02 anos, permitida uma recondução e vetado o exercício de coordenação em mais de um Colegiado. Para fins didático-pedagógicos, o Colegiado articulase com os Departamentos a que pertencem as matérias que compõem cada curso.

2.2.2 Organização e gestão de pessoas

A política de recursos humanos sempre teve caráter prioritário no contexto administrativo da UEFS, em que pese os limites impostos pela dependência do Estado. Atualmente, prevalece no âmbito da administração universitária, a compreensão de que o salário é importante, mas não é tudo para o trabalhador. Prevalece a consciência de que, além de uma remuneração justa, o empregado precisa de condições satisfatórias de trabalho, de oportunidades concretas de crescimento pessoal e profissional e de que se lhe dispense tratamento humano, fundado no reconhecimento dos seus direitos, no respeito à dignidade de sua pessoa e na compreensão de seus problemas e necessidades fundamentais. A política de recursos humanos, colocada em prática na UEFS, sem dúvida, traduz o esforço da administração universitária para dotar a instituição das pessoas necessárias ao seu permanente desenvolvimento e à concretização do projeto que se propõe realizar.

2.2.2.1 Corpo docente – estruturação, políticas de qualificação, plano de carreira e regime de trabalho

O Corpo Docente da UEFS, em 2006, está constituído de 870 professores, dos quais 752 são efetivos e integram a carreira do Magistério Superior, enquanto 92 são professores substitutos e 26 visitantes, contratados sob o Regime de Direito Administrativo (REDA), conforme demonstra o Quadro 1. Quadro 1 - Quantidade de docentes - 2006 DEPTO

Efetivo

Substituto 1

Visitante 3

Total

BIO

90

CHF

71

13

3

87

110 67 67 27 76 183 63 752

6 27 5 6 9 25 92

1 1 4 2 4 6 2 26

117 95 76 35 89 214 65 870

86%

11%

3%

100%

CIS EDU EXA FIS LET SAU TEC TOTAL % Docentes

94

Fonte: PROAD/Sub-gerência de Pessoal – Dezembro/2006

O Quadro 2, a seguir, apresenta demonstrativo por Departamento, com a distribuição por carga horária. Por sua vez, o Quadro 3 apresenta o demonstrativo também por Departamento, com a distribuição por classe, e os quantitativos do quadro efetivo. Quadro 2 - Docentes efetivos por Departamento e carga horária - 2006 DEPTO BIO CHF CIS EDU EXA FIS LET SAU TEC TOTAL % Carga horária

20h 3 2 4 3 3 1 4 3 1 24

40 h 21 27 96 23 22 4 30 118 19 360

DE 66 41 10 41 42 22 42 62 42 368

Totais 90 70 110 67 67 27 76 183 62 752

3%

48%

49%

100%

Fonte: PROAD/Sub-gerência de Pessoal – Dezembro/2006

27

Quadro 3 - Docentes por Departamento e classe - 2006 DEPTO BIO CHF CIS EDU EXA FIS LET SAU TEC TOTAL % por Classe

Auxi Assis-liar tente 9 27 9 29 41 43 12 34 7 32 7 17 30 40 80 5 30 140 312 19%

42%

Adjunto 22 23 16 19 19 13 19 38 21 190 25%

Titular 32 9 10 2 9 6 10 25 7 110 14%

Quadro 4 - Demonstrativo da Titulação docente, por Departamento - 2006

Total 90 70 110 67 67 26 76 183 63 752 100%

Fonte: PROAD/Sub-gerência de Pessoal – Dezembro/2006

DEPTO BIO CHF CIS EDU EXA FIS LET SAU TEC TOTAL % por Classe

Gradu- Especia- Mesados listas tres 1 15 23 2 7 39 5 31 57 1 8 43 2 6 35 7 2 15 31 3 44 90 3 7 26 19 133 351

Doutores 51 22 17 15 24 20 27 47 26 249

2%

33%

18%

47%

Total 90 70 110 67 67 27 75 184 62 752 100%

Obs.: O percentual é em relação ao total no próprio exercício Fonte: PROAD/Sub-gerência de Pessoal – Dezembro/2006

2.2.2.1.1 Titulação do Corpo Docente 2.2.2.1.2 Capacitação do corpo docente Os Professores efetivos incluem 249 doutores e 351 mestres, perfazendo 80% em relação ao total. Deve ser destacado que, do total dos professores contratados em Regime de Direito Administrativo (REDA), 14,41% são doutores. O grande número de doutores tem permitido à UEFS competir, de forma eficiente, nos diferentes editais de fomento à pesquisa, bem como tem levado à implantação de novos programas de pós-graduação stricto sensu. Cabe destacar que esta melhoria substantiva da titulação e capacitação docente, só foi alcançada com a adoção de uma política arrojada de capacitação docente e a contratação preferencial de Mestres e Doutores. A significativa ampliação da titulação dos professores desta Instituição é resultado dos investimentos efetuados na capacitação docente, conforme fica demonstrado no Quadro 4. Neste, indica-se o quantitativo de professores titulados, por Departamento, com seus percentuais representativos, no total de qualificação do Quadro.

A capacitação docente foi uma das metas prioritárias no período 2003-2006, uma vez que o crescimento institucional, com qualidade, é apoiado no desenvolvimento e qualificação de seus recursos humanos. Apesar do crescimento significativo do número de Mestres e Doutores, a política de capacitação docente tem sido mantida e ampliada. O Quadro 5 mostra que, em 2006, são 109 os docentes em capacitação no nível de doutorado e 22 em nível de mestrado. Destacamos, também, que 06 professores estão afastados para realização de Pós-doutorado, mostrando que a busca da qualificação em alto nível é constante.

28 Quadro 5 - Demonstrativo de Docentes em Capacitação – 2006 Especificação

Mestrado

Docentes afastados com Bolsa integral PICDT/CAPES Docentes afastados Bolsa PACDT/UEFS Docentes afastados Bolsa CAPES Exterior Docentes afastados Bolsa outras modalidades

Docentes afastados sem Bolsa (já usufruíram) Total afastados Docentes cursando PósGraduação sem afastamento Docentes Cursando PósGraduação na UEFS Total Sem Afastamento Total em Capacitação Docentes que concluíram em 2006

servidores. Esse desafio tem sido alvo de discussões e, atualmente, encontra-se em trâmite entre as instâncias um projeto denominado Plano Institucional de Desenvolvimento do Servidor, elaborado pela ASPLAN, que sugere a definição de políticas institucionais neste sentido. O referido projeto, em reunião do CONSU, foi solicitado para apreciação, encontrando-se em poder da categoria, até a presente data. O concurso público, de provas e títulos, ainda é o instrumento mais democrático para a avaliação e admissão de professores e funcionários, não só por cumprir o preceito legal, mas, sobretudo, porque permite a demonstração pública de indicadores de competência que a prática e a ação universitárias devem confirmar. Atualmente, integram o quadro de pessoal técnico-administrativo desta Universidade 640 servidores, dos quais, 25 são titulados mestres, 117 são especialistas, 154 são graduados, 304 possuem escolaridade média e 40 possuem escolaridade em nível fundamental. Vide Quadro 6.

Douto Pós- TO-rado Dout. TAL

03

23

-

26

03

24

-

27

-

01

-

01

-

15

-

15

-

-

-

03

08

73

06

87

07

33

-

40

07

03

-

10

14 22

36 109

06

50 137

01

08

05

14

Fonte: PPPG – Dezembro/2006

2.2.2.2 Corpo técnico-administrativo – estruturação e políticas de qualificação e carreira

A Universidade vem desenvolvendo ações visando à capacitação dos servidores Técnico-administrativos, que evidenciam mudança qualitativa no perfil atual desses

Quadro 6 - Servidores técnico-administrativos por grau de instrução - 2006 Especificações

TÉCNICO

Grupo Auxiliar Administrativo Outros profissionais de nível de apoio (cargo em extinção) Técnico Universitário Outros profissionais de nível médio Analista Universitário Outros prof. de nível superior Procurador TOTAL TÉCNICO RELOTADOS SEM VÍNCULO REDA TOTAL GERAL

Escolaridade/Titulação Fundam. FundaEspeciaMédio Superior Mestrado incompleto mental lização

Fonte: Sub-Gerência de Pessoal – Dezembro /2006

TOTAL

21

3

24

2

-

-

50

5

11

195

75

16

1

303

26 26

14 14

219 72 13 304

50 2 129 25 154

96 112 5 117

24 25 25

170 2 525 102 13 640

29

2.2.2.3 Corpo discente: oportunidades oferecidas

oferta de 96 para 156 vagas e reduz a quantidade de pessoas no quarto, com vistas a uma melhor comodidade; a implantação do sistema Bandejão a preço popular, a oferta de Bolsa Alimentação para estudantes, comprovadamente de baixo poder aquisitivo, e a redução da carga horária da Bolsa Auxílio Especial para 12 horas semanais, para que o estudante priorize a dedicação aos estudos. Ao lado disso, o estudante desfruta de assistência médico-odontológica e creche, de um Balcão de Estágio (para atender à atividade estágio extracurricular) que encaminha, em média 800 estudantes/ano para o mercado de estágio, por meio dos convênios que a UEFS mantém com a comunidade externa. Como resultado da atuação dos seus diferentes cursos, a UEFS entrega à sociedade, ao final de cada exercício, cerca de 900 profissionais, conforme demonstra o Quadro 7. A partir de 2005, registramos expressivo aumento no número de concluintes, com a quase duplicação, em razão dos resultados do Programa de Formação de Professores nos Cursos de Licenciatura em Pedagogia para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental, que a UEFS mantém em parceria com as Prefeituras de vários municípios da Região.

O processo seletivo registra demanda com uma média de 17 candidatos/vaga, com mais de 25.000 candidatos concorrendo aos diversos cursos de graduação, a cada ano. Essa procura atesta o crescimento da credibilidade da Instituição junto à comunidade. Ressalte-se, também, a oferta de vagas destinadas ao curso de Licenciatura Plena em Pedagogia com Habilitação nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, para o qual a UEFS oferece Processo Seletivo Especial e diferenciado, visando a atender aos professores que já atuam nesse nível de ensino. Esse Processo Seletivo Especial registrou, em 2006, uma demanda de 590 inscritos, para concorrer a 80 vagas, apresentando uma média de 7,4 candidatos por vaga. Esta gestão, consciente do seu dever social, especialmente no que tange à possibilidade de mais inclusão à educação superior, compromisso que manteve com a esperança dos nossos jovens, implantou o sistema de reservas de vagas (cotas) para a escola pública, o que permitiu alcançar indivíduos historicamente excluídos: negros, índios e Quadro 7 - Demonstrativo de Alunos Graduados no exercício de 2006 quilombolas. Ainda como parte CURSO CONCLUINTES ÁREA 2005.1* 2005.2* da política de inclusão foi Licenciatura em Ciências Biológicas 26 14 ampliada, em mais de 300%, a Ciências Bacharelado em Ciências Biológicas 13 12 isenção da taxa de inscrição no Naturais e da Licenciatura em Educação Física 23 20 Enfermagem 38 33 PROSEL, para estudantes de Saúde Ciências Farmacêuticas 2 19 menor poder aquisitivo, que Odontologia 21 22 Ciências Contábeis 23 21 passou de 656, em 1992, para Ciências Ciências Econômicas 14 14 3.200 isenções em 2007 e Humanas e Administração 20 29 retomada a política de Filosofia Direito 34 30 Licenciatura em História 28 27 reintegração e reingresso, Licenciatura em Geografia 18 24 oportunizando, assim, que Lic. em Letras com Língua Espanhola 23 12 estudantes, que tiveram perdida Lic. em Letras com Língua Francesa 14 14 Lic. em Letras com Língua Inglesa 16 24 a sua vaga, pudessem retornar Letras Lic. em Letras Vernáculas (FSA) 41 37 à instituição para concluir seus Lic. em Letras Vernáculas (Sto Amaro) 29 estudos. Como uma forma de Engenharia Civil 23 10 Licenciatura em Física 2 atender às necessidades Ciências Bacharelado em Física 5 3 estudantis, no que tange à Exatas e Tecnologia Engenharia Alimentos 26 29 inclusão e permanência, será Licenciatura em Matemática 42 14 levado a efeito o projeto de 484 526 SUB-TOTAL TOTAL GERAL 1.010 ampliação da Residência Fonte: PROGRAD/Secretaria Especial de Registro de Diplomas – Dezembro/2006 Universitária, que aumenta a * Colação de grau, dos cursos regulares, realizada no exercício de 2006.

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2.3 PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DIDÁTICOPEDAGÓGICOS 2.3.1 Ensino de Graduação

A UEFS apresenta na sua organização de oferta de cursos duas modalidades: Cursos de Graduação de oferta regular, e Cursos de Graduação de oferta especial. Entende-se por Cursos de oferta regular os que obedecem a uma periodicidade de oferta via processo seletivo (semestral ou anual), e por Cursos de oferta especial aqueles que fazem parte de um programa especial em atendimento a uma demanda específica, sem necessariamente, obedecer a uma periodicidade, embora o acesso se dê, também, por processo seletivo específico, a exemplo da capacitação de profissionais em atividade que não apresentam a titulação mínima exigida por lei. Os primeiros

são de exclusiva responsabilidade da Instituição. Os segundos, ainda que, também, com responsabilidade institucional, são mantidos em parceria com Municípios (13 cursos) circunvizinhos e com a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (8 cursos). Na modalidade de Cursos de oferta regular nas diversas áreas do Conhecimento, 13 são Licenciaturas e 14 são Bacharelados, destacando os Cursos de Ciências Biológicas, Física e Geografia que apresentam duas particularidades comuns: embora o acesso seja em um único momento (vestibular), a opção do estudante, por um ou por outro, se dá em um determinado período após o ingresso no Curso, em atendimento ao currículo específico, sendo, ainda, facultado o direito de realizar as duas habilitações. No Quadro 8 estão relacionados os Cursos de Graduação, de oferta regular, subdivididos nas Áreas do Conhecimento e com o quadro de vagas oferecidas anualmente, e o número de estudantes em curso.

Quadro 8- Demonstrativo de oferta regular e matriculados nos cursos de Graduação, em 2006 ÁREA

Ciências Naturais e da Saúde

Ciências Humanas e Filosofia

Letras e Artes

Ciências Exatas e Tecnologia

CURSO/NÍVEL Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas Licenciatura em Educação Física Enfermagem Ciências Farmacêuticas Medicina Odontologia Ciências Contábeis Ciências Econômicas Administração Direito Licenciatura em História Bacharelado e Licenciatura em Geografia Licenciatura em Pedagogia Lic. em Pedagogia-Séries Iniciais (FSA) * Lic. em Letras com Língua Espanhola Lic. em Letras com Língua Francesa Lic. em Letras com Língua Inglesa Lic. em Letras Vernáculas (FSA) Lic. Em Letras Vernáculas (Sto. Amaro) Engenharia Civil Engenharia de Alimentos Engenharia da Computação Bacharelado e Licenciatura em Física Lic. em Matemática TOTAL DE VAGAS

*Programa de Formação de Professores em serviço Fonte: PROGRAD - Dezembro/2006

VAGAS 80 80 80 30 30 60 80 80 80 80 80 80 80 80 40 30 40 80 80 80 40 80 80 1.550

MATR. 411 324 393 158 116 262 521 490 515 467 399 463 390 232 194 149 182 399 35 460 414 122 374 426 7.896

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Quanto aos cursos de oferta especial, destacam-se os Cursos Especiais de Formação de Professores em Licenciatura em Pedagogia com Habilitação nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, em Convênio com Prefeituras Municipais e de Formação de Professores em Convênio com o Estado/SEC, nas seguintes modalidades: − Licenciatura em Ciências Biológicas; − Licenciatura em Física; − Licenciatura em Geografia; − Licenciatura em História; − Licenciatura em Letras com Língua Inglesa; − Licenciatura em Letras Vernáculas - Feira de Santana; − Licenciatura em Letras Vernáculas - Santo Amaro; − Licenciatura em Matemática. À exceção dos cursos que ainda não concluíram a oferta do conjunto de componentes curriculares com vistas à integralização para a conclusão da primeira turma (Medicina e Engenharia da Computação), todos os demais estão reconhecidos pelo Ministério de Educação – MEC – ou pelo Conselho Estadual de Educação – CEC/BA. A UEFS, preocupada com o fortalecimento do Ensino de Graduação, tem buscado ampliar e qualificar os recursos didático-pedagógicos e os programas institucionais complementares à formação do estudante e do professor. Para isso, tem dotado os espaços acadêmicos de recursos operacionais e tecnológicos mais atuais, ações realizadas ao longo do processo de melhoria das condições para o desenvolvimento das atividades-fim da Universidade, que serão continuadas nos anos que abrangem este plano de trabalho.

2.3.1.1 Cursos previstos para implantação

Com o propósito de atender às demandas da comunidade, alguns projetos foram desenvolvidos, visando à implantação de novos cursos, o que foi postergado devido à estratégia desta gestão em assegurar, em

primeiro lugar, as condições adequadas de funcionamento dos cursos já existentes. Dessa forma, com o desafio de efetivar uma gestão orientada para a sustentabilidade, buscou-se, de forma criteriosa, efetuar investimentos de acordo com o orçamento existente. Tal estratégia possibilitou que resultados positivos fossem obtidos em 2006, respaldada pelo processo de Orçamento Compartilhado, o que, certamente, contribuirá para a implantação dos cursos de graduação previstos para implantação: − Licenciatura e Bacharelado em Filosofia; − Bacharelado em Psicologia; − Educação a Distância – Licenciatura em Pedagogia; − Licenciatura em Pedagogia (Município de Pintadas); − Licenciatura em Química; − Licenciatura em Música; − Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais; − Bacharelado em Comunicação Social.

2.3.1.2 Curso de graduação a Distância A Educação a Distância mostra-se, no cenário contemporâneo, como uma ação estratégica para a UEFS em direção a sua missão de contribuir com o desenvolvimento regional e nacional, promovendo a interação social e a melhoria da qualidade da vida, com ênfase na Região do Semi-Árido. Essa modalidade passa a ser mais uma opção no leque de possibilidades que a população do semi-árido baiano dispõe para o acesso ao ensino superior público, inclusivo e gratuito. Há muito, a UEFS vem aplicando esforços no sentido de ampliar suas ações às comunidades circunvizinhas, a exemplo dos Campi Avançados nas cidades de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano (1997) e, no Município de Lençóis, na Chapada Diamantina (1998) e da modalidade de Cursos de oferta especial, que diz respeito ao Programa de Formação de Professores em Exercício Profissional. As diversas ações extra-campus da UEFS ratificam a necessidade do

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desenvolvimento e aplicação de práticas pedagógicas que permitam ampliar o acesso ao ensino superior na sua área de abrangência. Esta modalidade apresenta condições necessárias para descentralizar e democratizar o conhecimento, muitas vezes, restrito aos grandes centros, sem prejuízo às relações de trabalho, favorecendo a que estes profissionais se mantenham na sua região de origem. A Educação a Distância, suas metodologias e tecnologias de informação e comunicação associadas permeiam, há algum tempo, com intensidade e formatos diferenciados, o cotidiano universitário, sendo possível apontar algumas iniciativas que corroboram para atestar a capacidade tecnológica e acadêmica para atuar mais explicitamente nesta modalidade. A este respeito, esta Instituição tem convênios firmados para a formação de mestres em Engenharia da Produção com ênfase em Mídia e Conhecimento, com projetos voltados à Educação a Distância e Educação e Tecnologia; a utilização de ambientes virtuais de aprendizagem como mecanismo de apoio às atividades complementares a disciplinas presenciais de diversos cursos de graduação, com a participação de alguns professores da área tecnológica; a participação no Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da área da Enfermagem (PROFAE), que propicia a formação de 390 alunos em nível de pósgraduação, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-FIOCRUZ). Mais recentemente, ressaltamos a constituição do Consórcio de Universidades Públicas da Bahia, a partir de março de 2007, visando a implantação de ações conjuntas no contexto de educação a distância, enfatizando a formação de professores em serviço, a expansão e interiorização das vagas do ensino superior, a inclusão social e digital e a democratização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Nesse contexto, a criação de um Consórcio surge com o propósito de consolidar uma política de instituição da cultura tecnológica no âmbito do Estado da Bahia, além de discutir, refletir e aprofundar, cientificamente, questões ligadas ao Ensino a Distância, indo além da mera transposição dos cursos presenciais para

os ambientes de EaD, propondo novas metodologias e tecnologias que subsidiem não apenas as práticas pedagógicas a distância, mas que repercutam, também, no ensino presencial. Este consórcio concorre, em 2007, a um edital para integrar a Universidade Aberta do Brasil, a qual oferece cursos a distância financiados pelo Ministério da Educação, especialmente dirigidos à formação de professores, com 50% das vagas reservadas à demanda espontânea da população e, ainda, oferecendo cursos de especialização para a formação de docentes para atuarem na modalidade de Educação a Distância, além de cursos propostos em outras áreas do conhecimento. A participação da UEFS, nesse consórcio, agrega valor às suas pretensões nesta modalidade, promovendo a troca de conhecimentos e experiências entre as IES públicas baianas, além de racionalizar e compartilhar recursos de produção e de infraestrutura tecnológica para a mediação pedagógica à distância. Em um momento de consolidação de uma maior mediação das Tecnologias da Informação e Comunicação no contexto educacional, o consórcio configura-se como um importante passo para o desenvolvimento da modalidade de EAD na UEFS, embora se trate de um projeto específico e pontual. É necessária a construção de estratégias que transformem a EaD em uma realidade contínua na Universidade, fazendo parte de seu cotidiano da mesma forma que o ensino presencial o faz, sem qualquer tipo de concorrência entre as duas modalidades e, sim, uma integração dos benefícios e vantagens que uma possa corroborar à outra nas inúmeras dimensões do processo de ensino e aprendizagem, chegando a um estádio cuja oferta de curso seja semi-presencial, com maior ou menor mediação das TIC’s, com maior ou menor assincronismo de espaço e tempo. Diversas ações estão sendo implementadas para prover a infra-estrutura tecnológica, metodológica e de pessoal para a consolidação desse processo, traçando uma perspectiva dos passos a serem seguidos nos próximos cinco anos, objeto deste Plano de Desenvolvimento Institucional.

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O ponto de partida para estas ações está na criação do Núcleo de Educação a Distância (NEaD), com importantes objetivos: fomentar a cultura de EaD na UEFS (implementando estratégias e práticas pedagógicas que garantam a qualidade das mediações e interações nos cursos ministrados nessa modalidade), possibilitando corroborar com o desenvolvimento regional e nacional para a interação social; promover a melhoria da qualidade da vida, com ênfase na Região do Semi-Árido; e a instituição do Comitê de Educação a Distância (CEAD), criado pela portaria 0468/2007, publicada no Diário Oficial do Estado em 13 de abril de 2007, que irá propor as políticas institucionais para EaD nesta Universidade e emitirá parecer sobre projetos e programas na modalidade a distância, garantindo, assim, a qualidade das práticas pedagógicas mediadas a distância, racionalização dos recursos e o correto dimensionamento da infra-estrutura instalada. A UEFS já possui uma série de recursos que possibilitam a realização de cursos a distância, contando, ainda, com convênios e parceiros que permitem a expansão de suas ações, suprindo possíveis lacunas em sua infraestrutura. Dentre as principais tecnologias existentes, estão: − Ambiente virtual de aprendizagem já testado e utilizado por diversas instituições em todo o mundo. − Sala de Videoconferência, compondo a rede de videoconferência da Secretaria de Educação do Estado da Bahia. − Procedimentos acadêmicos informatizados. − Caderneta eletrônica. − Estrutura de TV Universitária. − Convênio de cooperação técnica com o Instituto de Rádio Difusão do Estado da Bahia, por meio do consórcio Bahia. − Convênio de cooperação técnica com o Instituto Anísio Teixeira, por meio do consórcio Bahia. − Infra-estrutura de rede ótica, interligando todos os computadores do campus. − Infra-estrutura de servidores dedicados. − Sistema informatizado de bibliotecas. Apesar dessa capacidade já instalada, a UEFS está ciente de que ações mais amplas, no âmbito da Educação a Distância suscitam

um investimento contínuo para evolução do seu parque tecnológico e de pessoal. As principais metas para a consolidação do Projeto de Educação a Distância da UEFS para os próximos cinco anos estão descritas abaixo. No quadro seguinte estão definidas as metas e respectivas estratégias. ESTRATÉGIAS

ANO

Meta: Publicar instrumentos normativos para a modalidade de EaD e para a EaD no ensino presencial até Dezembro de 2007. − Implantar o CEaD. 2007 − Elaborar Normas para EaD. − Aprovar normas nas instâncias competentes; − Publicar normas para EaD. − Atualização de normas, de acordo com a 2008 a legislação. 2011 Meta: Implantar Ambiente Virtual de Aprendizagem até Agosto de 2007 − Implantar Ambiente Virtual de 2007 Aprendizagem. − Definir Estratégias de gerenciamento e criação de cursos no AVA. Meta: Formar 100% dos professores para utilização de recursos de EaD como atividades complementares às disciplinas presenciais até Junho de 2009. − Formar docentes envolvidos com ações 2007 iniciais de EAD; − Formar docentes por demanda espontânea; − Realizar campanha de divulgação do 2008 processo de formação para EaD; − Formar docentes com disciplinas potenciais para EaD no ensino presencial; − Formar docentes por demanda espontânea; − Realizar campanha de divulgação do 2009 processo de formação para EaD; − Formar docentes por demanda espontânea; Meta: Formar 100% dos docentes para a mediação on-line até 2010. − Definir modelo de processo de formação de 2007 professores; − Formar docentes envolvidos com ações iniciais de EaD; − Formar docentes com disciplinas potenciais 2008 para EaD no ensino presencial; − Formar docentes por demanda espontânea; − Formar docentes por demanda espontânea; 2009 a − Formar Docentes envolvidos em Projetos 2010 de EaD; Meta: Formar 100% do corpo técnicoadministrativo necessário em EAD até 2008 − Formar servidores do NEAD; − Formar servidores da PROGRAD; − Realizar campanha de divulgação do processo de formação para EaD; − Formar servidores por demanda espontânea; − Formar servidores de setores que tenham interação com projetos de EaD; − Formar demais servidores da UEFS

2007 2008

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ESTRATÉGIAS

ANO

Meta: Implantar, em pelo menos 10% das disciplinas dos cursos presenciais, carga horária na modalidade a distância, conforme permitido na legislação dos cursos presenciais, até dezembro de 2009 − Definir 02 Disciplinas a serem ofertadas na 2007 modalidade a distância; − Selecionar professores autores; − Formar professores para docência on-line e autoria; − Produzir Material; − Ofertar 02 Disciplinas 100% on-line; 2008 − Avaliar processo de ensino e aprendizagem das 02 disciplinas ofertadas; − Proceder Ajustes no modelo pedagógico, a partir dos resultados da avaliação; − Definir outras disciplinas a serem ofertadas na modalidade a distância; − Selecionar professores autores; − Formar professores para docência on-line e autoria; − Produzir Material; − Ofertar demais Disciplinas on-line; 2009 − Avaliar processo de ensino e aprendizagem das disciplinas ofertadas; − Proceder Ajustes no modelo pedagógico, a partir dos resultados da avaliação. Meta: Ofertar 11 cursos regulares de graduação, ampliando vagas na modalidade EaD para 50% do número de vagas para os cursos presenciais, até 2011 − Protocolo de processo de credenciamento 2007 da UEFS para EaD; − Ofertar 02 turmas de Pedagogia por convênio com a Universidade Aberta do Brasil; − Ofertar 1050 vagas em 06 cursos de 2008 graduação por convênio com a Universidade Aberta do Brasil; − Implantar 01 curso regular de graduação; 2009 − Implantar 05 cursos regulares de

graduação. Meta: Ofertar 05 cursos regulares de Pósgraduação lato sensu a distância até 2011 − Formar docentes da UEFS por meio de curso de especialização ofertado pelo Consórcio Bahia; − Fomentar a formação de Mestres e Doutores com projetos voltados para EaD; − Ofertar uma turma de Especialização em Educação a Distância; − Fomentar a formação de Mestres e Doutores com projetos voltados para EaD; − Ofertar 20 Cursos de Especialização a Distância; − Ofertar 20 Cursos de Especialização a Distância.

2010 a 2011

2007

2008

2009 a 2011

Meta: Ofertar 10 cursos de extensão a distância até 2011 − Levantar demandas de cursos de extensão; − Qualificar os docentes envolvidos nos cursos de extensão; − Preparar material e metodologia de curso para modalidade EaD.

ESTRATÉGIAS

ANO

Meta: Implantar banda exclusiva para ações de EaD até 2009 − Desenvolver estudos para elaboração de 2007 estratégia para implantação de banda exclusiva; − Testar estratégias de banda exclusiva para 2008 EaD; − Implantar estratégia de banda exclusiva 2009 para EaD. Meta: Integrar Sistema acadêmico com Ambiente Virtual de Aprendizagem até dezembro de 2008 − Desenvolver estudos e testes para 2007 integração do AVA com sistema Acadêmico; − Integrar AVA e Sistema Acadêmico. 2008 Meta: Implantar Biblioteca Pública Virtual, com 100% do conteúdo produzido pela UEFS para EaD, até 2008 − Produzir materiais para EaD; − Criar Sistema de gerenciamento e publi-

cação de conteúdo para biblioteca virtual; − Implantar a biblioteca virtual.

Meta: Implantar/Conveniar/Estabelecer Parcerias para oferta de cursos a distância com 20 pólos regionais em municípios dentro da área de abrangência da UEFS até 2010 − Estabelecer contato com municípios que já 2007 atuaram como pólos de formação presencial; − Fortalecer parceria com pólos da 2008 Universidade Aberta do Brasil; − Estabelecer parcerias com municípios para 2009 a a formação de pólos regionais. 2010 Meta: Desenvolver modelos pedagógicos diferenciados, flexíveis e distribuídos até 2010 − Propor modelo de interação sugerido para 2007 as ações de EaD na UEFS; − Visitar instituições nacionais e internacionais para conhecer diferentes modelos pedagógicos para EaD; − Estabelecer parcerias com instituições nacionais e internacionais para discussão e construção de modelos pedagógicos para EaD; − Desenvolver estudos sobre currículos 2008 flexíveis; − Elaborar Proposta de curso de graduação baseado em currículo flexível e distribuído; − Desenvolver cursos de extensão baseados em estrutura flexível que valorize a autonomia do aluno e reforce a condição do professor como catalisador e facilitador da aprendizagem.; − Visitar instituições nacionais e internacionais para conhecer diferentes modelos pedagógicos para EaD; − Visitar instituições nacionais e 2009 internacionais para conhecer diferentes modelos pedagógicos para EAaD; − Aperfeiçoar modelo pedagógico, ampliando 2010 possibilidades de flexibilidade curricular.

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ESTRATÉGIAS

ANO

Meta: Ampliar infra-estrutura física e tecnológica para proporcionar diferentes estratégias de interação em mediações pedagógicas a distância, até 2010 − Adquirir Servidor exclusivo para Educação 2007 a Distância; − Criar laboratório de informática para EaD; − Alocar estrutura física para o NEaD; − Elaborar estudo de impacto de ações de EaD sobre Infra-estrutura existente; − Construir prédio para o NEaD; 2008 − Ampliação de infra-estrutura da TVU; − Ampliar rede da UEFS; − Reforçar estratégias de backup e segurança de dados; − Criar estúdios para produção e transmissão 2009 de disciplinas on-line e a distância; − Montar estúdio de rádio; − Desenvolver estudos sobre TV Digital; − Criação de repositório de objetos de Aprendizagem; − Ampliar número de servidores para EaD; − Criar infra-estrutura para produção de 2010 conteúdos para TV Digital; − Ampliar rede da UEFS; − Ampliação de prédio do NeaD. 2011

2.3.1.3 Diretrizes Gerais de Ensino Formação do Estudante

A Universidade Estadual de Feira de Santana se afirma comprometida com três aspectos fundamentais: a busca da excelência e da competência; liberdade e pluralidade; autonomia e criatividade. Compreende-se como co-responsável pela conquista de uma sociedade mais justa e solidária, definida pela exigência de satisfação das necessidades básicas de sobrevivência e promoção coletiva da população, em seu meio social e cultural. Tem como princípios orientadores o compromisso – entendido como intencionalidade de ação – com a qualidade e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; com a difusão e democratização do saber; com a integração permanente com a comunidade, por meio da identificação e do atendimento às suas demandas; e com a formação de cidadãos-profissionais-técnicos, docentes e pesquisadores, capazes de atuar como sujeitos na construção da sociedade .

O projeto político-pedagógico, expresso na missão e na visão, próprias da Instituição, está voltado, prioritariamente, para uma das regiões mais carentes do País – o semi-árido baiano – e tem como objetivo a eliminação da pobreza e da exclusão social e a promoção do desenvolvimento, em função do bem-estar e da melhoria de qualidade da vida. A proposta educacional, com base nesse projeto, leva em conta as transformações que acontecem no mundo neste início de século – associadas à crescente globalização da economia, às novas formas de organização da produção e do trabalho, à progressiva democratização da sociedade – propiciando a participação, cada vez maior, dos cidadãos no processo de tomada de decisões. Esta Proposta, de enfoque sociointeracionista, procura oferecer, ao educando, formação generalista, com competências de longo prazo, e é construída sobre ampla base de educação geral. Esta Universidade entende que uma qualificação formal prescrita pelo mercado de trabalho, ou uma mera certificação, não é suficiente para alcançar os objetivos que propõe. A intenção é propiciar uma qualificação real, esta compreendida como um conjunto de competências e habilidades, saberes e conhecimentos, que provêm de várias fontes: da formação geral (conhecimentos científicos), da formação profissional (conhecimentos técnicos) e da experiência social (qualificações tácitas) . Essa orientação pedagógica e curricular tem, na formação multidisciplinar os seus pilares de sustentação. Para isso se propõe como capacitadora para o trabalho de arbitragem, orientado para o exercício de diagnosticar, prevenir, antecipar, decidir e interferir em situações concretas, almejando alcançar formação polivalente, que capacita o estudante para resolver problemas, tomar decisões, trabalhar em equipe, auto-organizar-se e enfrentar situações em permanente mudança. A referida orientação, além de domínio teórico, oportuniza uma vivência rica da realidade (extensão intrínseca e extrínseca), reforçadora da unidade teoria-prática, realimentadora do ensino-pesquisa e estimuladora da produção científica. Requer, também, educação continuada, para responder às constantes

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transformações situacionais e contextuais da vida atual. Com esse tipo de formação (habilidades e atitudes, saberes e conhecimentos) a UEFS está a promover mudança qualitativa no tratamento dado à ciência nas diversas áreas do saber e na mentalidade dos operadores das mais variadas profissões, instrumentalizando-os para enfrentar os desafios da contemporaneidade.

2.3.1.4 Processo de avaliação e processo de ensino/aprendizagem

A Avaliação da Aprendizagem é uma prática articulada aos objetivos e à metodologia requerida pelo objeto de ensino de cada componente curricular de um curso. Constituise, portanto, em uma prática articulada ao processo de ensinar e aprender e que precisa ser negociada pelos principais sujeitos desse processo: professores e alunos. A Avaliação, ação fundamental do processo de ensinar/aprender, deve ser entendida enquanto elemento alimentador do mesmo. Desta forma, não podemos abordar a ação avaliativa sem discutir o processo de ensino/aprendizagem no qual ela está inclusa. Tomamos, como ponto fundamental, neste documento, a idéia presente nos escritos de estudiosos de renome, que discutem a Avaliação da Aprendizagem, a exemplo de: Barriga, 1995; Esteban, 2003; Hadji, 2001; Luckesi, 1995; Mendez, 2002; Perrenoud, 1999, segundo a qual é necessário realizar uma ruptura com o paradigma epistemológico que circunscreve o processo avaliativo, encontrado atualmente em muitas instituições de ensino. É necessário formularmos uma compreensão da avaliação que supere as limitações da teoria da medida e implementarmos práticas pedagógicas, aí incluídas as práticas avaliativas, com sentido e significado para o processo de construção do conhecimento do aluno. Isto é, precisamos abandonar a cultura do exame que, sob a justificativa da certificação, classifica, rotula, seleciona e exclui – ao

trabalharmos apenas com o resultado final após uma seqüência de ensino – e adotar a cultura da Avaliação que trabalha com resultados negociados, sempre provisórios e sucessivos, tendo como horizonte o processo de construção/reconstrução do conhecimento pelo sujeito que aprende. A Avaliação, nesta perspectiva, é entendida como uma atividade de aprendizagem para professores e alunos, porque Avaliação é aprendizagem, no sentido de que, por meio dela, se constrói conhecimentos. Desse modo, a responsabilidade de professores e alunos, com o conteúdo/forma dos processos avaliativos é o resultado de uma equação em permanente estado de equilíbrio. O professor avalia (aprende) para detectar avanços/recuos, equívocos/acertos em sua prática docente e, então, modifica/mantém aspectos de conteúdo/forma de sua ação para melhor mediar a relação entre os alunos e o conhecimento. O aluno avalia (aprende) sobre e a partir da própria avaliação e das observações (correções) que o professor lhe oferece, as quais serão sempre argumentadas, negociadas e, nunca, desqualificadoras, nem punitivas (Barreto, 2002). A Avaliação da Aprendizagem é um processo democrático de diagnóstico permanente do saber e do ainda não saber para tomada de decisões alternativas por parte de professores e alunos na superação das lacunas e no aproveitamento das potencialidades reveladas para ampliação do conhecimento. Neste sentido, não só os conhecimentos como os desconhecimentos mostrados pela avaliação da aprendizagem serão motivo de indagação no processo democrático de diagnóstico e negociação permanente, empreendido por professores e alunos. MEDIR – É quantificar, por meio de algum instrumento, se os objetivos propostos foram atingidos após uma seqüência de ensino. É apresentar a avaliadores e avaliados o grau de conhecimento e de desconhecimento, de saber e de não saber, de um aluno ou grupo de alunos. A medida tem significado quando é usada para alimentar a avaliação e a conseqüente tomada de decisão no encaminhamento do processo de

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ensino/aprendizagem. Não para selecionar os que sabem dos que não sabem, e sim para descobrir o ainda não saber (ESTEBAM, 2003), para replanejar o processo. É procedimento importante no momento em que é tomada como um dos elementos do processo avaliativo sem, no entanto, se confundir com ele. Pensada por meio dessas premissas, a Avaliação da Aprendizagem na UEFS será uma prática de diagnóstico permanente dos conhecimentos e desconhecimentos dos seus estudantes, objetivando o processo de redefinição da ação docente, entendendo o professor como um profissional que reflete o seu processo de trabalho sobre e na ação dentro da perspectiva do “professor– pesquisador”. Os instrumentos de coleta de dados (provas, testes, trabalhos, seminários e outros) deixarão de fornecer apenas informações que levem à classificação, rotulação e exclusão de conhecimentos e sujeitos, para tornarem-se valiosos reveladores de processos e fenômenos que facultem a indispensável reflexão sobre conhecimento e práticas indispensáveis na formação dos profissionais colocados sob a responsabilidade dos professores da Instituição.

2.3.1.7 Avaliação dos Cursos: Exame Nacional de Cursos e Avaliação das Condições de Oferta / MEC

2.3.1.6 Avaliação de Cursos de EaD

Quadro 9 – Desempenho de Cursos no ENADE – 2004 a 2006

Ainda no ano de 2004, em atendimento à orientação do MEC para participação no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE), os Cursos participantes obtiveram os seguintes conceitos: Licenciatura em Educação Física (4); Enfermagem (3); Farmácia (5); Odontologia (5). O curso de Medicina, embora tivesse participado do ENADE, ficou como curso sem conceito, porque, sendo um curso em implantação, não há ainda estudantes concluintes. Os cursos de Ciências Biológicas, Engenharia da Computação, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Pedagogia participaram do Exame Nacional de Desempenho do Estudante no ano de 2005, cujo resultado foi anunciado em 2006, obtendo excelentes desempenhos: Letras (5), Pedagogia (4), Matemática (3), Engenharia Civil (3) e Ciências Biológicas (3), merecendo destaques regional e nacional com desempenhos parciais. Vide Quadro 9.

Ano

Com a implantação de Cursos a Distância, a UEFS apresenta Proposta de Avaliação para os mesmos, considerando sua especificidade em relação ao modelo tradicional. Com isso, visa adequar-se a essa nova realidade de ensino-aprendizagem, num processo que incorpora a avaliação ao aprendizado de forma permanente. Essa proposta deve contemplar, também, instrumentos de avaliação, metodologias, rotinas e modelos de formulários eletrônicos.

Cursos Educação Física Enfermagem 2004 Farmácia Medicina Odontologia Biologia Engenharia da Computação Engenharia Civil Engenharia de Alimentos Física 2005 Geografia História Letras Matemática Pedagogia Administração Ciências Contábeis 2006 Ciências Econômicas Direito Fonte: Prograd - Dezembro/2006

Conceito 4 3 5 SC 5 3 SC 3 1 1 SC 2 5 3 4 Resultado não divulgado em 2006

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Em 2006, os cursos que participaram do ENADE foram Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas e Direito, cujos resultados só serão publicados em 2007. Além dos resultados satisfatórios que os nossos cursos de graduação apresentam, um controle de qualidade infalível é o desempenho dos nossos alunos nos concursos a que são submetidos, obtendo índices invariavelmente altos e colocações singulares.

2.3.1.8 Ações de melhoria do ensino de graduação

A UEFS, ao longo dos seus trinta anos de funcionamento, muito tem a dizer em prol do seu compromisso com a qualidade do Ensino e com a formação de cidadãos, contribuição que ultrapassa os limites da formação técnica. Mesmo considerando algumas dificuldades, a Instituição manteve assegurada a qualidade do ensino em ambos os níveis, ou seja, graduação e pós-graduação. Para isso, adotou ações que se concentram na manutenção da política de capacitação docente na sua área de atuação, no estímulo aos programas de pesquisa e extensão, na realização de concursos públicos para professores já titulados, e nas adequações curriculares. Ao lado dessas iniciativas, buscou, também, implementar Programas Institucionais que propiciaram as viagens de campo como complemento da sala de aula, e apoiar os estudantes na realização de estágios curriculares, inclusive em outros estados brasileiros e realizar melhorias no que tange à construção, ampliação e adequação dos espaços acadêmicos.

2.3.1.5 Políticas de estágio, prática profissional e atividades complementares

O Programa Institucional de Bolsas congrega todas as bolsas discentes oferecidas pela UEFS e objetiva oportunizar a participação

do aluno em projetos e atividades complementares ao processo regular de ensino, pesquisa e extensão, com vistas a estimular e facilitar o engajamento do maior número possível de estudantes em experiências de iniciação à docência, à pesquisa e à extensão. Estas bolsas constituem-se em instrumentos privilegiados de descoberta de vocações emergentes e de criação de uma postura científico-social, na análise e investigação da realidade circundante. O Programa abrange: Bolsa Monitoria – como oportunidade do aluno integrar-se a um plano de trabalho do seu curso; Bolsa de Iniciação Científica – que favorece a interação ensino-pesquisa na formação do educando, estimulando o interesse pela pesquisa; Bolsa em Projetos de Extensão – que propicia a inserção do aluno na realidade social; Bolsa Trabalho, Arte e Cultura – que atende às necessidades do Projeto de Interação Ciência e Arte no Desenvolvimento das Potencialidades Regionais; e a Bolsa Auxílio Especial – que oportuniza a participação do estudante na administração universitária, atendendo a estudantes de menor poder aquisitivo e que habitam na Residência Universitária. A iniciação científica também é desenvolvida por meio de programas institucionais – o PROBIC/UEFS, mantido com recursos do custeio da Universidade e responsável pela ampliação substantiva das bolsas de iniciação científica nos últimos anos – e de programas interinstitucionais como o PIBIC/CNPq, que atua por meio da concessão de bolsas de iniciação científica em projetos de pesquisa cadastrados pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. As atividades de campo são inerentes ao processo de ensino, constituindo-se instrumentos privilegiados de complementação da formação geral (conhecimentos científicos), profissional (conhecimentos técnicos) e tácita (experiência social) do aluno. Abrangem todas as atividades que têm a realidade social como campo objetivo do trabalho acadêmico. Entre as atividades de campo sobressaem, qualitativa e quantitativamente, as viagens de estudo, enquanto excelentes oportunidades de observação de

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fenômenos/situações, de treinamento/serviços e de coleta de materiais.

Quadro 10 - Cursos de pós-graduação lato sensu por Departamento DEPTO

2.3.2 Ensino de Pós-Graduação

O desenvolvimento e a modernização de uma região estão associados à existência de recursos humanos capacitados em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades locais. Com o extraordinário avanço do conhecimento é impossível fornecer treinamento completo apenas na graduação e, por esta razão, os cursos de pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) complementam o saber adquirido incentivando o trabalho de pesquisa e aperfeiçoamento profissional. A UEFS tem como uma de suas metas a capacitação de seus alunos nos vários níveis e, para tanto, adotou, nos últimos anos, a política de fortalecimento da pós-graduação, especialmente nos níveis de Mestrado e Doutorado.

2.3.2.1 Cursos Lato Sensu – Especialização

Os Cursos de Especialização oferecidos são, em grande parte, embriões para a implantação de cursos e programas de pósgraduação stricto sensu. Em 2006 foram oferecidos 17 (dezessete) cursos de PósGraduação Lato Sensu, por 07 (sete) Departamentos, em diversas áreas do conhecimento, desde as mais clássicas como História, Matemática e Letras, até áreas que despontaram no final do Século XX, como Biologia Molecular e Engenharia da Computação. Ao todo são 391 (trezentos e noventa e um) alunos matriculados, com destaque para a área de Letras e Desenho (Quadro 10).

BIO CHF EDU EXA LET SAU TEC TOTAL

Qtde. de Cursos 03 01 02 03 04 02 02 17

Turmas

Alunos

03 02 02 04 05 02 02 20

13 30 70 64 132 23 59 391

Fonte: PPPG – Dezembro/2006

Destacamos os cursos de Especialização em Desenho e de Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente que se constituíram em embriões dos Mestrados em Desenho, Cultura e Interatividade e de Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente, com as primeiras turmas de mestrado implementadas em 2006, e o Curso de Especialização em História, que foi a base para o Programa de Pós-Graduação em História aprovado, também em 2006, pela CAPES, com previsão para 2007.

2.3.2.2 Cursos Stricto Sensu – Mestrado e Doutorado

Os Programas de Pós-Graduação em níveis de Mestrado e Doutorado, além de promoverem o aprofundamento do conhecimento em uma determinada área, capacitam o profissional para a carreira científica. Em relação à Pós-Graduação Stricto Sensu foram oferecidos, em 2006, 09 (nove) cursos de Mestrado e 04 (quatro) cursos de Doutorado. Estão matriculados na PósGraduação Stricto Sensu, 239 (duzentos e trinta e nove) alunos, o que mostra um crescimento de quase 100% (cem por cento) em relação ao ano de 2005. Cerca de 21% dos alunos são do nível de doutorado (Quadro 11 e 12).

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Quadro 11 - Demonstrativo de cursos da pós-graduação stricto sensu, por Departamento, em 2006 Quantidade de Alunos DEPARTA Cursos Matriculados MENTO Mes- Douto- Mes- Doutotrado rado trado rado BIO 02 02 54 46 CHF* 01 EDU/EXA** 01 01 15 05 EXA 01 08 LET 02 56 SAU 01 47 TEC 01 01 08 TOTAL 09 04 188 51 * Ainda sem alunos matriculados, abertura do Edital em Dezembro de 2006. ** Curso Multidisciplinar que envolve os Departamentos de Educação e de Ciências Exatas e a UFBA. Fonte: PPPG - Dezembro/2006

Quadro 12 - Demonstrativo de Programas da pós-graduação stricto sensu -2006 Cursos Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (M) - Nota-3 Programa de Pós-Grad. em Botânica (M/D) - Nota – 4 Programa de Pós-Graduação em Literatura e Diversidade Cultural (M) - Nota – 3 Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA/UEFS) (M/D) Nota – 4 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (M/D) - Nota – 4 Programa de Pós-Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente (M) - Nota – 3 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (M) Nota – 3 Programa de Pós-Graduação em Desenho, Cultura e Interatividade (M) - Nota – 3 Programa de Pós-Graduação em História* (M), Nota-3 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação* (D) – Nota - 4

TOTAL

Alunos Alunos Mest. Dout. 47

-

24

37

Fonte: PPPG - Dezembro/2006

Quadro 13 - Cursos da pós-graduação stricto sensu aprovados em 2006 DEPTO

43

-

15

5

30

9

8

-

8

-

13

-

-

-

188

51

* Ainda sem alunos matriculados, abertura do Edital em Dezembro de 2006.

É importante destacar que todos os alunos de Mestrado e Doutorado que não têm vínculo funcional, têm assegurada a dedicação exclusiva à pós-graduação por meio de bolsas de diversas fontes, com destaque para os programas de bolsas da FAPESB e da CAPES/DS, o que propicia a conclusão do curso em tempo adequado e melhoria dos trabalhos em desenvolvimento. No ano de 2006, foram aprovados pela CAPES (Quadro 13), para implantação em 2007, o Programa de Pós-Graduação em História, em nível de Mestrado, e o de Ciência da Computação, em nível de Doutorado, uma associação vitoriosa da UFBA/UEFS/UNIFACS. Esse doutorado inaugura um novo modelo, aceito experimentalmente pela CAPES, em que são reunidos os melhores professores e pesquisadores de determinada área estratégica visando à formação de novos doutores nesses domínios. Nesse caso, especificamente, é inusitada a reunião de duas universidades públicas sendo uma federal e outra estadual e uma universidade privada.

TECNOLOGIA CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

CURSO

SITUAÇÃO Aprovado pela Doutorado em CAPES nota 4, Ciência da seleção Computação realizada Programa de Aprovado pela PósCAPES nota 3, graduação em seleção em História – andamento Mestrado

Fonte: PPPG – Dezembro/2006

Em 2006, a UEFS estabeleceu convênio com o Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília. Esta cooperação, que inclui também o CRA (Centro de Recursos Ambientais da Bahia), visa à capacitação de profissionais do Estado na área de Desenvolvimento Sustentável do Semi-árido, com a formação de uma turma de Mestrado no modelo interinstitucional. Prevê, também, a formação de Professores da UEFS, em nível de Doutorado e Pós-Doutorado, no CDS/UnB, com vistas à implantação de um Programa de Pós-

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Graduação em Desenvolvimento Sustentável próprio da UEFS, a partir de 2009. É importante ressaltar que a expansão dos cursos de mestrado e doutorado atingiu quase 300% nos últimos anos, pois, em 2004, contávamos com, apenas, 03 (três) Mestrados e 01 (um) Doutorado. Para a consolidação da Pós-Graduação, especialmente a stricto sensu, houve o estabelecimento de um planejamento de longo prazo como parte do Planejamento Estratégico, com uma forte ênfase na capacitação docente, priorização de contratação de docentes para as classes de Adjunto e Titular, estímulo ao desenvolvimento das atividades de pós-graduação e pesquisa, e investimento em infra-estrutura de pesquisa dentro das possibilidades institucionais. Também houve grande estímulo para a busca de financiamentos externos para a Pesquisa e Pós-Graduação. Nesse sentido, em 2006, destaca-se o aumento de 44% no convênio institucional com a CAPES, o que propiciou a expansão das bolsas para docentes (PICDT/CAPES) e as bolsas de demanda social. Além da CAPES, contamos com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), que financia projetos de Mestrado e Doutorado dos Docentes e estudantes de pós-graduação da Bahia e bolsas de Mestrado, Doutorado, Apoio Técnico e Inovação. Essas duas últimas, também podendo ser associadas com a pósgraduação. Os programas de pós-graduação contaram, também, com bolsas de Mestrado e Doutorado do CNPq, sendo que, no caso de doutorado, estas vêm acompanhadas pela taxa de bancada para o aluno. Assim, é importante destacar que todos os alunos dos mestrados e doutorados da UEFS que não têm vínculo funcional, tiveram, em 2006, assegurada a dedicação exclusiva à pós-graduação por meio de bolsas da FAPESB, do CNPq e da CAPES/DS, o que propicia a conclusão do curso em tempo adequado e assegura a qualidade dos trabalhos em desenvolvimento. Ao todo, foram beneficiados, conforme Quadro 14, 33 alunos sem vínculo empregatício, 25 no nível de Mestrado e 08 no nível de Doutorado.

Quadro 14 - Demonstrativo do número de bolsistas dos cursos da pós-graduação stricto sensu da UEFS, oferecidos pela UEFS/CAPES/FAPESB/CNPq CURSOS Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (M) Programa de Pós-Graduação em Botânica (M/D) Programa de Pós-Graduação em Literatura e Diversidade Cultural (M) Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (M/D) Programa de Pós-Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente (M) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (M) Programa de Pós-Graduação em Desenho, Cultura e Interatividade (M)

TOTAL

Alunos Mest.

Alunos Dout.

3

-

9

6

4

-

2

2

2

-

3

-

2 25

8

Fonte: PPPG – Dezembro/2006

O total de alunos das pós-graduações lato e stricto sensu, em 2006, é de 630 alunos, o que representa uma ampliação significativa, em relação ao ano de 2005. Merece destaque, em 2006, a conclusão da primeira turma de alunos matriculados no Programa de Pós-Graduação – Doutorado em Botânica, iniciado em 2002 –, o primeiro exclusivo da UEFS e de uma universidade estadual do Nordeste, na Bahia, quando foram defendidas 08 teses de doutorado. Esse histórico da pós-graduação é resultante de diretrizes estratégicas, fundamentadas na Missão e na Visão desta Universidade, que nortearam a gestão universitária e contribuem para traçar os rumos para o futuro. Uma visão de Universidade que privilegia a pesquisa como um dos pilares fundamentais para a sustentação da Academia.

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2.3.3 Pesquisa

A pesquisa assume importância significativa no contexto da sociedade, por contribuir na busca de alternativas na orientação do desenvolvimento desta região. A UEFS tem pela frente dois importantes desafios: tornar-se crescentemente capaz de produzir pesquisa, tendo como referência as pretensões da sociedade/comunidade, em termos de desenvolvimento integrado e sustentável, e apresentar soluções viáveis para os problemas sociais, influenciando, diretamente, no processo de melhoria da qualidade de vida das populações, em especial da população do semiárido baiano, região que a acolhe e na qual atua. Focando nessa direção, a UEFS vem procurando institucionalizar a pesquisa como vocação fundamental da vida acadêmica e do processo educacional, criando as condições necessárias ao seu processo de desenvolvimento. Neste sentido, estabelece diretrizes, formula e realiza programas de incentivo à pesquisa; promove atualização e titulação progressiva do quadro docente; prioriza investimentos em apoios eletrônicos modernos, em bibliotecas, em laboratórios e em instalações adequadas ao trabalho; propicia estímulo aos estudantes, com ampliação contínua do número de bolsas de iniciação científica; estabelece parcerias com órgãos nacionais e internacionais; incentiva o fortalecimento das ações stricto sensu, a publicação e socialização do conhecimento, dentre outros empreendimentos. A UEFS, enquanto centro de criação e produção do conhecimento, tem na pesquisa o seu fulcro dinamizador. Os resultados disso refletem-se no interior da própria universidade, imprimindo qualidade às atividades de ensino e à extensão universitária e, na comunidade / sociedade, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico, socioeconômico, artístico-cultural e político. A realização da pesquisa responde por conquistas importantes, como: a qualificação do ensino de graduação; a implantação e consolidação gradativa da pós-graduação lato e

stricto sensu; a melhoria substantiva do perfil de titulação e da capacitação docente; a institucionalização de inúmeros projetos de extensão, conferindo nova dimensão a essa atividade; a consolidação de grupos emergentes de pesquisa; o fortalecimento de linhas de pesquisa; a criação e ampliação do número de núcleos temáticos; a implementação do programa de iniciação científica; o desenvolvimento da política de intercâmbio e da cooperação técnico-científica, em âmbito nacional e internacional; a crescente aprovação de projetos de pesquisa em agências e organismos de fomento brasileiros e estrangeiros; entre muitas outras ações revitalizadoras do processo e das práticas universitárias. A partir de projetos voltados para a solução de problemas da região, a UEFS se destaca no âmbito da pesquisa, contribuindo para a retroalimentação do ensino de graduação e de pós-graduação, melhorando significativamente a qualidade das suas ações. Nesse sentido, algumas atividades vêm sendo desenvolvidas, objetivando a compor um quadro de docentes qualificados. Para isso, incentiva permanentemente a capacitação docente e a aquisição de professores com doutorado. A produção científica, resultante da política de incentivo à pesquisa, é de extrema importância para a qualidade do ensino, porque é por meio dela que o conhecimento produzido é difundido e democratizado, sendo considerada como resultado do desempenho docente e discente. No que tange a sua relação com a sociedade, a UEFS vem exercitando o compromisso de ser um agente propulsor do desenvolvimento do semi-árido baiano, priorizando a pesquisa voltada para essa região, em toda a sua complexidade biogeográfica, histórica, humana, cultural, econômica e política.

2.3.3.1 Orientações Gerais de Pesquisa

Podemos citar alguns objetivos da pesquisa como sendo questões que orientam

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esta atividade de investigação, como por exemplo, analisar o papel da Ciência na contemporaneidade, destacando o papel do conhecimento enquanto instrumento de construção da cidadania; a análise crítica da natureza e a evolução da Ciência. Do ponto de vista acadêmico, procura-se incentivar a pesquisa pela sua estreita relação com a aprendizagem de conhecimentos, como sugerido por Demo (1991) quando diz que devemos incentivar o desenvolvimento da atitude de aprender a aprender. A prática do pesquisador exige um olhar sempre curioso para aquilo que existe e para a criação do novo. A habilidade de um pesquisador em desenvolver atividades de pesquisa passa pela sua capacidade em analisar o objeto de estudo segundo fundamentos aceitáveis cientificamente, e sua criatividade em sugerir novos modelos de análise além de novos produtos. Para colaborar com o pesquisador/professor da UEFS, oferecemos infra-estrutura para acompanhamento dos projetos de pesquisa, por meio de relatórios técnicos e um contato direto com o coordenador de cada grupo de pesquisa, o que contribui para o bom desempenho de suas atividades. Define-se a pesquisa como a capacidade de questionar a realidade e de construir elaboração própria, a partir de uma gama de possibilidades, que vão desde os trabalhos mais simples, mas metodologicamente fundamentados, vinculados ao ensino de graduação e à extensão, até às pesquisas direcionadas para o atendimento da realidade abrangente e para o alargamento do saber, cada vez mais exigentes de maiores sofisticações científicas e tecnológicas. Contemplam-se, assim, as duas faces da pesquisa: a científica e a educativa. A pesquisa científica – geralmente, a única referida – produz o conhecimento criativo, o conhecimento novo; a pesquisa educativa reinterpreta, com produção própria, o conhecimento alheio e engloba a capacidade de questionar a realidade, de aplicar o conhecimento e de intervir, na prática. Por conseguinte, o que define a pesquisa, nesta Instituição, mais do que a sofisticação, é a maneira de enfrentar os

problemas da realidade e tratamento científico e produtivo.

de

dar-lhes

2.3.3.2 Programa de Pesquisa

As atividades de pesquisa têm sido responsáveis por grandes conquistas, tais como a implantação e a consolidação gradativa dos programas de pós-graduação stricto sensu, a captação de recursos de fontes externas diversas com conseqüente melhoria na infraestrutura da pesquisa, a qualificação do ensino de graduação e pós-graduação, o estabelecimento de cooperação técnica e científica no País e no exterior. O crescimento dessas atividades pode ser verificado por meio do incremento do número de grupos de pesquisa registrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Avaliando a evolução no período 2003 a 2006 é possível perceber que, em 4 anos, o aumento foi de cerca de 300%, atingindo a todas as áreas do conhecimento. O Quadro 15 apresenta o quantitativo de projetos e pesquisas cadastradas na Pró-Reitoria de Pesquisa e PósGraduação (PPPG), e de grupos cadastrados no Diretório de Pesquisas do CNPq. Quadro 15 - Projetos e Grupos de Pesquisa Projetos Pesquisa Grandes áreas de UEFS conhecimento Ciências Biológicas 62 Ciências Sociais 08 Aplicadas Ciências Humanas e 34 Filosóficas Ciências Exatas e da 62 Terra Lingüística Letras e 23 Artes Ciências da Saúde 55 Engenharias 36 TOTAL 280

Grupos de Pesquisa 23 4 20 29 19 15 11 121

Fonte: PPPG – Dezembro/2006

Com o notável crescimento do número de Doutores, a Universidade amplia, por conseqüência, a sua competência para captar recursos junto às agências de fomento, sendo

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um dos fatores responsáveis pelo apreciável crescimento do número de projetos de pesquisa cadastrados em 2006 e pela melhoria das condições de funcionamento dos laboratórios. Desse modo, a pesquisa, no âmbito da UEFS, tem sido responsável por grandes conquistas, tais como a qualificação do ensino de graduação, implantação e a consolidação gradativa dos programas de pós-graduação stricto sensu, a melhoria na infra-estrutura à pesquisa, e o estabelecimento de cooperação técnica científica no País e no exterior. Comprometida com o desenvolvimento sócio-econômico da Região e, particularmente, com a qualidade de vida das populações que habitam esta parte do semi-árido baiano, a UEFS redobra esforços para fortalecer a pesquisa em diversos ramos do conhecimento. Ao todo, o número de projetos em andamento cadastrados na PPPG é de 280 distribuídos entre as grandes áreas de conhecimento: Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Lingüística, Letras e Artes. Dentre estes projetos de pesquisa, cerca de 40% estão voltados para estudos específicos do semiárido, região prioritária de atuação. A área de Ciências da Saúde desenvolve pesquisa em diversas subáreas, a saber, Odontologia e Periodontia, Odontopediatria, Dentística, Prótese Dentária, Patologia Oral, Endodontia, Saúde Pública, Saúde Coletiva, Vigilância Sanitária, de modo que vários problemas que afligem a nossa comunidade são investigados na perspectiva de melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Dentro destes projetos são avaliados os conhecimentos e práticas em saúde bucal de gestantes atendidas em centros de saúde que dispõem de atenção pré-natal; são também objetos de estudos, as associações entre doença periodontal e doença cardiovascular considerando os fatores de risco em comum a exemplo do fumo, gênero, ancestralidade étnica, estresse e idade, em indivíduos adultos. A situação da saúde reprodutiva e maternoinfantil na adolescência e juventude, também são investigadas, a partir de pesquisas voltadas aos aspectos da gravidez, maternidade, paternidade, nascidos vivos e mortalidade

infantil, realizadas com dados primários, coletados no Sistema de Saúde, assim como dados dos sistemas de informação de nascidos Vivos (SINASC) e de Mortalidade (SIM) em Feira de Santana. Muitos destes projetos de pesquisas na área de Saúde estão diretamente relacionados à Biotecnologia com o desenvolvimento de pesquisas em cooperação com a Química e as Ciências Farmacêuticas no que diz respeito ao desenvolvimento de produtos e processos biotecnológicos. A esta área está associado o Programa de Pósgraduação em Saúde Coletiva, em nível de Mestrado, com linhas de epidemiologia, gestão e políticas de saúde, odontologia. Um núcleo de Bioética foi implantado na Instituição e o grupo ligado a este núcleo desenvolve uma Bioética voltada a problemas nacionais (direitos de crianças não privilegiadas) exercício da autonomia em circunstâncias de pobreza, ética da pesquisa em países em desenvolvimento e ensino da bioética no Brasil, além de questões de bioética de fronteira como farmacogenética, terapia gênica, células tronco, entre outros. A área de Ciências Exatas e da Terra abrange os trabalhos na área de Química, Matemática, Física, Informática, Geociências, Modelagem, Conservação Ambiental, Tecnologia de Informação e Ciências da Computação. Nas áreas de informática e geociências observamos no desenvolvimento de projetos que buscam a criação de Ambiente Computacional voltado ao ensino e ao aprendizado de Cálculo, fornecendo ao professor ferramentas para o desenvolvimento de atividades pedagógicas e ao aluno um ambiente integrado para o estudo e a exploração dos conceitos fundamentais do cálculo; e obtenção de um diagnóstico didático pedagógico do ensino de geociências, uma estreita relação desta área com a educação. Os grupos de pesquisa estão cada vez mais engajados na busca de fortalecer a relação ensino – pesquisa. Dentro desta área, também podemos citar os grupos de pesquisa em geoprocessamento e sensoriamento remoto, tratamento e aproveitamento de resíduos, recuperação de água, educação ambiental, catálise e adsorção. O grupo de resíduos sólidos está associado ao de Educação

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ambiental, que tem como base norteadora a sustentabilidade ambiental, por meio da Educação ambiental como elemento de transformação social. O programa iniciou suas atividades em 1991, com projetos de coleta seletiva e reciclagem do lixo no campus da UEFS, passando, depois, a prestar assessorias a prefeituras de pequenos municípios da região de Feira de Santana. Inserido na linha de Tecnologias limpas, encontra-se o grupo de Catálise e Adsorção que está desenvolvendo estudos do aproveitamento de resíduos vegetais na produção de carvão para adsorção de metais e corantes. O grupo de geoprocessamento e gestão de recursos naturais desenvolvem e aplicam técnicas de processamento de dados geo-referenciados, tais como processamento digital de imagens, geoestatística, bem como metodologias de análise espacial integrada desses dados, utilizando sistemas de informações geo-referenciadas (SIG). Este grupo estruturou o Programa de Pós-Graduação em Modelagem das Ciências da Terra e do Ambiente, aprovado pela CAPES e implantado em 2006. Nesta área, também são desenvolvidos estudos em Química de Produtos Naturais e Bioativos com a investigação da composição química e realização de testes de atividade biológica de plantas, fungos e produtos apícolas (mel e própolis) do Estado da Bahia, especialmente na Região do Semi-Árido, com o propósito de determinar as substâncias ou misturas de substâncias responsáveis pela atividade alvo. A área de Astronomia e Física da matéria condensada desenvolve principalmente atividades teóricas tais como: investigação de defeitos topológicos em sistemas físicos, cálculo de manobras orbitais, estudos de semicondutores e formulação de modelos evolucionários e ecológicos, bem como de matérias para nanotecnologia. A pesquisa em áreas experimentais está em crescimento com estudos da utilização de energia solar, bem como a área de ensino de Física. A Astronomia foi criada com a incorporação do Observatório Antares pela universidade na década de 90. Este grupo tem produzido resultados importantes que apontam para a correção do sistema fundamental de referência e para a

determinação do semi-diâmetro do sol, calcularam os ângulos de rotação entre os sistemas óticos e radio, as condições de variabilidade nas missões espaciais de satélites sob limitações de combustível disponível e descobriram o pulsar ótico no sistema binário de raios-X GX1+4. Atua também na divulgação da Astronomia em escolas de ensino médio, utilizando técnicas com cunho pedagógico para a confecção dos kits didáticos. A área de Ciências Biológicas engloba redes de pesquisa em Biodiversidade do SemiÁrido e O Instituto do Milênio do Semi-árido (IMSEAR). O Programa de Biodiversidade do Semi-árido, iniciado em 2005, e está realizando inventários da flora, fauna e microorganismos, dentro das ecorregiões propostas para o Semiárido, além de promover a conservação, informatização e disponibilização on-line das coleções científicas do Semi-Árido. O Instituto do Milênio do Semi-árido (IMSEAR), iniciado em 2003 e tendo concluído sua primeira fase em dezembro de 2006, com a publicação de uma série composta por seis livros que mostram os principais resultados obtidos; o IMSEAR II, iniciado em 2006, e em desenvolvimento por mais três anos, dará continuidade às atividades já desenvolvidas no IMSEAR, especialmente em relação à utilização de forma sustentável das plantas do Semi-árido. Estas redes fornecem um aporte substancial de recursos, que disponibilizam à UEFS equipamentos e condições de trabalho privilegiadas, nas áreas envolvidas com os mesmos. Com o resultado dos estudos voltados para as áreas de biodiversidade, bioprospecção, conservação de recursos genéticos e hídricos, cooperações e dos trabalhos desenvolvidos, implantou-se o Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, aprovado pela Capes em nível de Mestrado e Doutorado. A área das Engenharias envolve trabalhos de pesquisa em Engenharia de Alimentos, Civil, e Ciências da Computação. As pesquisas na área de alimentos fazem avaliação físico-química e sensorial de frutas do semi-árido baiano, desidratadas por diferentes métodos e investigam leites e derivados. Estudam também a possibilidade de utilização de filmes à base de hidrocolóides na conservação de frutas e hortaliças. Estes

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trabalhos representam avanços na tecnologia de conservação de alimentos na elaboração de formas alternativas de conservantes. Na área da engenharia civil, destacamos os trabalhos voltados para avaliação do processo de ocupação pelos conjuntos habitacionais de Feira de Santana, destacando os agentes que atuam na formação dos mesmos e analisando os impactos ocorridos sobre o manancial hídrico existente nos locais e arredores estudados; e o estudo da viabilidade de utilização do resíduo de serragem de rochas ornamentais (mármores e granitos) para produção de peças prémoldadas para Habitação de Interesse Social (HIS). A área de Ciências Sociais Aplicadas concentra trabalhos de análise de processo de concentração de renda e da riqueza e o endividamento familiar, no estudo da Competitividade do Agronegócio baseado na fruticultura irrigada e investigação das principais mudanças estruturais no padrão de aglomeração produtiva espacial na Bahia desde os anos 90, utilizando o recorte analítico baseado no conceito de arranjos produtivos locais (APLs), caracterizado pela concentração geográfica de atividades similares e/ou fortemente articuladas e interdependentes. A área de Ciências Humanas envolve os trabalhos nas áreas de História, Geografia, Filosofia e Educação. As atividades desenvolvidas na área de história se destacam pelo o resgate da História das mulheres em Feira de Santana e Região por meio de projetos dos estudantes da Graduação em História assim como a avaliação dos Caminhos do Sertão (seus sistemas e redes de intercâmbios coloniais nos séculos XVIII-XIX), da memória e história do Recôncavo, das memórias do meio rural (como estratégia de resgate da história ambiental e de enraizamento das comunidades rurais na região sisaleira da Bahia), da História das ciências na Bahia e da obra e vida de Teodoro Sampaio. Estas atividades aliadas a outras que são desenvolvidas por grupos em estudos das religiões, das mulheres e relações de gênero, da cultura e sociabilidade, das transformações familiares estruturam o diversificado painel cultural baiano. As pesquisas desenvolvidas, nesta área, têm se revertido em uma produção científica

significativa e criação de veículos próprios de divulgação do conhecimento. Ainda associado a esta área, citamos o Mestrado em História. A educação também se destaca pelo grande número de projetos de pesquisa que tratam da alfabetização, processos ensino-aprendizagem e formação de professores. As áreas de Lingüística, Letras, Diversidade Cultural, Arte e Cultura incluem grupos de pesquisa em lingüística, literatura, edições de texto, desenho e arquitetura e história. Na linha de lingüística, são desenvolvidos estudos de etnolingüística e dialectologia, do português rural e de línguas em contato, do ensino e aprendizagem do português como língua materna e estudos em língua estrangeira. Tem-se elaborado pesquisas sobre documentos escritos para se surpreenderem os fatos lingüísticos de registros conservadores, bem como estudos sobre a língua falada, em que os informantes pertencem a faixas distintas de idade e instrução. Em consonância com os estudos lingüísticos, os estudos críticos de literatura e arte têm se voltado para o resgate da memória literária do semi-árido e da micro-região de Feira de Santana, mediante edições anotadas de poetas e prosadores com publicações dispersas em jornais, pesquisas de natureza musical ou plástica sobre as práticas culturais da região. No que diz respeito à memória cultural, veiculamos o saber popular por meio da literatura de cordel, muito ainda em voga nesta região. Associados a esta área estão o Programa de Pós-graduação em Literatura e Diversidade Cultural, em nível de mestrado, o Mestrado em Desenho, Cultura e Interatividade. O Núcleo de Desenho e Artes é responsável por pesquisas que podem levar à recuperação e manutenção do patrimônio artístico da região, com análises do período artístico de Santo Amaro e Cachoeira (duas cidades históricas brasileiras), levantamento das pinturas rupestres e pesquisa sobre a memória visual do desenho urbano. Esse desempenho indica que a Instituição se habilita, cada vez mais, a promover o desenvolvimento sócio-econômico da região por meio da geração e disseminação do conhecimento científico.

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O Quadro 16 apresenta demonstrativo de projetos com financiamentos externos, no exercício de 2006. Quadro 16 - Projetos com Financiamentos Externos para pesquisas – 2006 Modalidades Qtde. Valor (R$) CNPq 2 138.000,00 Instituto do Milênio – 2 2.549.339,00 MCT/CNPq Petrobrás 1 75.000,00 MMA 1 300.000,00 FAPESB 30 884.429,82 FINEP 1 1.300.000,00 PPBio/MCT 1 400.000,00 RENORBIO/Banco do 1 400.000,00 Nordeste CAPES (Capacitação de 1 849.575,66 Recursos Humanos) 40 6.896.344,48 TOTAL Fonte: PPPG - Dezembro / 2006

Para o desenvolvimento das atividades de pesquisa e visando à inserção de novos talentos em todas as áreas do conhecimento, a UEFS vem investindo na concessão de bolsas de Iniciação Científica para discentes da graduação, com recursos do próprio orçamento (PROBIC/UEFS) ao lado de outras agências como FAPESB e CNPq. Vide Quadro 17. Quadro 17 - Bolsas de Iniciação Científica Nº de Bolsas Modalidades de Bolsa CNPq - Demanda Espontânea 06 PIBIC/CNPq 39 PROBIC/UEFS 140 FAPESB 100 FAPESB IC/JUNIOR 50 TOTAL 335 Fonte: PPPG – Dezembro/2006

Destacamos a efetiva atuação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia que, no período 2003 a 2006, praticamente triplicou o número de bolsas concedidas à UEFS, bem como implementou o Programa de Iniciação Científica Júnior voltado para alunos do ensino médio. Nos últimos 02 anos, todas as áreas apresentaram crescimento, porém, devem ser destacadas as áreas de Ciências Humanas e de

Lingüística, Letras e Artes, cujo crescimento ultrapassou a marca dos 50%. Estes grupos desenvolvem projetos de pesquisa em diversas regiões notadamente no Nordeste, com ênfase na Região do Semi-Árido. A consolidação dos grupos de pesquisa pode ser avaliada pelo aumento de projetos institucionais financiados e o estabelecimento de redes de pesquisa, incluindo projetos interdisciplinares e multidisciplinares. Neste ano de 2006, manteve-se a tendência observada desde 2003, ou seja, o aumento de projetos de grupos de pesquisa, financiados por diversas fontes, incluindo, além do MCT/CNPq, FINEP, FNMA, PROBIO e a FAPESB que se destacou por disponibilizar substancial investimento para projetos. Neste ano foram 25 projetos (com 25% dos grupos de pesquisa com financiamento), que envolvem desde o fortalecimento da infra-estrutura da UEFS, para os mestrados e doutorados, até o desenvolvimento de novas tecnologias e inovação. A qualidade da pesquisa realizada é comprovada pela análise dos pares e a aprovação de sua publicação ou apresentação nos vários foros científicos. Nesse sentido, é cada vez mais forte a pressão externa, especialmente aquela da CAPES ligada à avaliação dos programas de Pós-Graduação no que tange à publicação de qualidade. Nessa direção a UEFS tem crescido substancialmente, apresentando uma produção científica que elenca, desde artigos em revistas científicas, até a produção artística e cultural, correspondente a cerca de 1500 (mil e quinhentos) trabalhos realizados, ao ano, o que a referenda entre as principais instituições de educação superior do Nordeste. Para a socialização da sua produção científica, a UEFS dispõe de 22 (vinte e dois) veículos próprios de divulgação, entre revistas, jornais e cadernos.

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2.3.4 Extensão

Na proposta de construção das Políticas de Extensão que atendam aos anseios da comunidade local e regional, a UEFS busca fortalecer suas formas de participação crítica, resgatar as modalidades de saber e ampliar o direito de cidadania, assegurando o compromisso de manter a interação da Academia com a população externa. Esse exercício visa à troca de experiências, com vistas a descobrir e produzir conhecimentos e, assim, legitimar a função da extensão como segmento articulador entre o ensino, a pesquisa e a comunidade. Esta articulação que se mostra como uma via de mão dupla, desvincula a extensão de uma visão assistencialista para se engajar numa prática de ações efetivas nos âmbitos da educação, do trabalho, do desenvolvimento social e da saúde. A partir desse princípio, a política de extensão é compreendida como uma ação que possibilita a interação entre universidade e sociedade, constituindo-se em elemento capaz de operacionalizar a relação teoria e prática, promovendo a troca entre os saberes acadêmico e popular. A política de extensão mostra-se receptiva às mudanças decorrentes de suas próprias práticas, com base nas críticas da comunidade universitária e nas exigências advindas da comunidade local. Para tanto, projeta e ressignifica, com rigor, suas funções básicas de ensino e pesquisa servindo, inclusive, como instrumento de avaliação do trabalho universitário. Assim, caracteriza-se por estar voltada para a democratização do conhecimento acadêmico, para a participação efetiva da comunidade, orientada para atividades interdisciplinares que possam favorecer visão integrada do social e o desenvolvimento sustentável do Semi-Árido. A sua missão é promover a integração do conhecimento acadêmico e cultural, em parceria com a comunidade, contribuindo para o desenvolvimento regional, com vistas à melhoria da qualidade da vida. A UEFS busca assegurar o compromisso de manter a interação da Academia com a comunidade externa, para

troca de experiências, com vistas a ressaltar, descobrir e produzir conhecimentos a partir da sabedoria popular e sua interface com o conhecimento construído na Academia. Pretende, com isso, desenvolver uma extensão que seja instrumento do processo dialético de teoria/prática e como trabalho interdisciplinar que favoreça a visão integrada da sociedade. A Extensão cumpre esta missão, por meio do desenvolvimento de Programas e Projetos Institucionais e Interinstitucionais, os quais levam a efeito ações de grande abrangência regional e, com esforço do corpo docente e discente, atende à comunidade, alargando, desse modo, o vínculo da Universidade com outros segmentos sociais. Conforme Quadro 18, dentre os programas e projetos de extensão continuada, a UEFS mantém 40 institucionais e 24 interinstitucionais, abrangendo as diversas áreas do conhecimento.

Quadro 18 – Programas e projetos por área de extensão continuada - 2006 Área Biologia Educação Saúde Meio Ambiente Trabalho e Ação Social Interdisciplinaridade Tecnologia Total

8 9 10 7

Ínterinstitucionais 8 6 3 -

5

4

9

1 40

2 1 24

2 2 64

Institucionais

Total 16 15 13 7

Fonte: Proex – Dezembro/2006

O Quadro 19 discrimina os projetos por área, e as instituições envolvidas, dentre as quais destacam-se prefeituras municipais, órgãos estaduais e federais e ONG’s.

49 Quadro 19 - Projetos por área de extensão continuada ÁREAS ENVOLVIDAS

PROJETO / PROGRAMA

INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS

Incidência Parasitológica Intestinal em Matinha dos Pretos

UEFS

Integração de Pessoas com Necessidades Educativas Especiais por meio do seu relacionamento com a natureza Ouricuri: Palmeira economicamente importante no município de Várzea da Roça

UEFS UEFS

Implantação da Biblioteca do Dispensário Santana

UEFS

Gestão Etno-Ambiental Pankararé – Bahia

Biologia

UEFS

Conhecer, Analisar, Transformar a Realidade Rural – Capacitação de Professores Rurais Projeto Alfabetização: Formação Continuada Prof. Rurais

UEFS / PREFEITURAS

Livro Didático de F.de Santana – História e Geografia Programa Alfabetização Solidária

UEFS / Prefeituras UEFS/ONG’s

Programa de Aprimoramento Língua e Literatura Estrangeiras – PALLE

Educação

UEFS

Centro de Estudos Francófonos

UEFS

Portal Universitário – Aprendizagem de Línguas estrangeiras p/ a cidadania Alfabetização Professores Zona Rural

UEFS UEFS

Educação Ambiental no Campus da UEFS

Educação Ambiental

UEFS

Caracterização Física dos resíduos gerados na UEFS Núcleo de Leitura

Letras

UEFS

Literatura e Outros Sistemas: Leituras Itinerárias e Cinematográficas Programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) Atenção aos Grupos de Convivência e Perfil do Idoso de FSA (UATI) Convivência do Idoso

Facilitando a

Saúde / Educação

UEFS UEFS UEFS

Programa de Hidroginástica p/ a Terceira Idade (UATI) Serviço de Atenção à Saúde Bucal (UATI)

UEFS UEFS

Espanhol Aberto à Terceira Idade

UEFS

Projeto – Proposta de Intervenção Universidade Comunidade no resgate da cidadania de grupos vulneráreis (crianças, adolescentes e idosos).

UEFS / MEC / Coordenação de Educação Superior

Projeto – programa integração universidade com a Escola Básica e a Sociedade Projeto – Iniciação Esportiva para Portadores de Necessidades Especiais Programa Escola que Protege

Educação

UEFS/MEC / Coord. de Educação Superior UEFS/MEC/ Coord. de Educação Superior UEFS/SECAD-FNDE/MEC

Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA

Educação

UEFS/INCRA

Projeto de Extensão Rural – Apoio Climatológico

Tecnologia

UEFS

Núcleo de Estudos e Pesquisas na Infância e Adolescência- Projeto Saúde Integral e prevenção de risco na Adolescência e Juventude Projeto – Perfil Sócio-Demográfico e de saúde de mães adolescentes Saúde Projeto Solidariedade, Cidadania e Saúde Pública

UEFS/MEC

Núcleo de Câncer Oral

UEFS / Hospital Aristides Maltez / Hospital São Rafael / Prefeitura Municipal de F.de Santana / Fundação Antonio Prudente

Núcleo de Estudos e Pesquisas na Infância e Adolescência

UEFS

Núcleo Interinstitucional de Educação Continuada em Enfermagem Núcleo de Prevenção de Câncer Cérvico Uterino e Mama

UEFS UEFS

Núcleo de Epidemiologia

UEFS

Núcleo de Saúde Coletiva

UEFS / Secretaria de Saúde do Est.da Bahia / Prefeituras UEFS

Núcleo de Prótese Dentária no CSU Programa de Atendimento Odontológico Integral a Fissurados da Microrregião de Feira de Santana. Programa de Prevenção e Controle de Câncer de Boca no Município de Feira de Santana Programa de Vacinação contra Hepatite B

UEFS

UEFS UEFS UEFS

Programa de Atenção em Ortodontia Preventiva e Interceptiva para Crianças de 06 a 10 anos do Município de Feira de Santana Programa de Doação Voluntária de Sangue da UEFS

UEFS UEFS

Programa de Assistência em Prótese Dentária

UEFS

Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Odontologia

UEFS

Projeto NEFEA – Natação Inclusiva

UEFS

Projeto de Extensão em Educação Física Escolar Projeto Campeonato Interno de Futebol de Campo

UEFS / Ponto Novo / Ouriçangas UEFS

Sistema de Vigilância Sanitária

UEFS

Fluoretação em Águas de Abastecimento Público de Feira de Santana Solidariedade, Cidadania e Saúde Pública

UEFS/EMBASA UEFS

Saúde

Cidadania em Rede Projeto de Implantação da Farmácia - Escola da UEFS

UEFS UEFS

Prática Multiprofissional na Atenção à Saúde no Município de Feira de Santana: o desafio no processo de formação de profissionais da saúde.

UEFS

Fonte: Proex - Dezembro/2006

50

O desenvolvimento desses programas demonstra que a Universidade pode e deve contribuir na solução de problemas sociais para melhorar as condições de vida e disseminar conhecimentos e práticas de interesse público, promovendo a cidadania e a responsabilidade social junto à sociedade civil organizada e a grupos historicamente discriminados. As ações desenvolvidas pelos Núcleos, Programas e Projetos de Extensão geram benefícios para a comunidade/público alvo; possibilitam a realização dialógica entre a Universidade e a sociedade; contribuem para a integração entre unidades, departamentos e setores da UEFS; viabilizam a articulação entre diferentes áreas do conhecimento. A importância e potencialidade da educação para o desenvolvimento social estão firmadas nas ações universitárias, dentre as quais se destacam os Programas de Formação Continuada do Educador e os programas de Alfabetização de Jovens e Adultos, que objetivam reduzir o índice de analfabetismo de jovens e adultos nos diversos Municípios com os quais a Instituição mantém parceria. A responsabilidade com esse processo sempre se constituiu em uma forte vocação nesta Universidade, no ano de 2006 a UEFS estendeu suas ações em 304 municípios baianos, com atividades de alfabetização e capacitação e propiciou que mais de 18.000(dezoito mil) jovens e adultos fossem alcançados pelo benefício da alfabetização. Na Bahia, um número expressivo de estudantes não consegue ingressar na Universidade, desse modo, por meio do Projeto Universidade para Todos, uma iniciativa do Governo do Estado da Bahia, os jovens pertencentes às camadas menos privilegiadas podem participar com melhores condições de competitividade, no Processo Seletivo que lhes proporcionam o tão almejado ingresso na Universidade. O Projeto abrangeu em 2006 um total de 9 municípios atendidos, com 13.655 alunos inscritos e matriculados, e 222 alunos aprovados nos processos seletivos das Instituições de Ensino Superior.

2.3.5 Relações e parcerias com a comunidade

Na busca por maior interação com a sociedade, são desenvolvidas importantes ações extensionistas, em parceria com órgãos públicos, privados e ONG’s, para fortalecer a discussão dos principais problemas e das potencialidades regionais. Dessa forma, a UEFS incorporou em seu calendário de extensão o evento denominado “Feira do Semi-Árido”. Este evento objetivou ser um espaço para o debate e trocas de experiências entre comunidade acadêmica e a externa (produtores rurais, ONG´S, organizações comunitárias, poder publico, empresários, entre outros) que têm vínculos com a região semi-árida. Vide Quadro 20.

51 Quadro 20 - Entidades Parceiras da PróReitoria de Extensão Programa /Projeto /Ação

Entidades Parceiras

Análise de água de EMBASA consumo AJA BAHIA FNDE AJA BAHIA

Prefeituras Municipais de: Capela do Alto Alegre, Adustina, Amargosa, Araci, Cachoeira, Canudos, Cícero Dantas, Conceição de Almeida, Conceição do Coité, Crisópolis, Cruz das Almas, Heliópolis, Ipecaetá, Ipirá, Macururé, Mairi, Maragogipe, Mata de São João, Monte Santo, Muritiba, Mutuípe, Queimadas, Quinjingue, Rafael Jambeiro, Santo Estévão, São Felipe, S. Gonçalo dos Campos, Terra Nova, Ribeira do Pombal Capacitação de Prefeitura Municipal de: Capela do Alto Professor Alegre CAT / Feira do Semi- MOC Árido Construção de Casas COELBA Populares / Balcão de Engenharia Curso de SICOOB Cooperativismo Escola que Protege / MEC/SECAD PROEXT 2005 Escola que Protege PAIR / PETI / Secretaria Municipal de Educação – FSA / Sentinela / Conselho Tutelar I / Conselho Tutelar II / DIREC 2 Escola que Protege / Polícia Militar Colégio Militar Feira do Semi-Árido ADAB / APAEB / Associação Comercial de Feira de Santana / BANCO DO NORDESTE / Centro da Indústrias de Feira de Santana / CETEAD / Comitê Estadual da Biosfera da Caatinga / CRA – SEMARH / EBDA / EMBRAPA / FAMFS / FETAG / FUNDACENTRO / Ministério do Meio Ambiente Feira do Semi-Árido / SEBRAE / SENAR / CODES / DRT Diálogo Regional para o Desenvolvimento Sustentável do Território Sisaleiro da Bahia Feira do Semi-Árido / Prefeitura Municipal de Feira de Outros Santana Formação de Trabalhadores em Empresas de Profissionais em Radiodifusão e Televisão de Feira de Radialismo Santana Natal Solidário Rádio Sociedade de Feira e Princesa FM PRONERA INCRA Unifest

Escola Baiana de Medicina / UNIFACS / UNEB / UESC / UESB / UCSAL / Faculdade Jorge Amado / Faculdade Ruy Barbosa / UFBA / FTC Universidade Aberta a Conselho Municipal do Idoso Terceira Idade - UATI Universidade Para SEC – Governo do Estado da Bahia Todos – UPT / AJA BAHIA Universidade Para SECOMP– Governo do Estado da Todos –UPT Bahia Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, Dezembro/2006

A Universidade Estadual de Feira de Santana tem firmado convênios com entidades e órgãos municipais, estaduais, federais, privados e internacionais, para o desenvolvimento de cooperação técnicocientífica nas diversas áreas do conhecimento. A cooperação internacional é uma etapa importante para o desenvolvimento científico, tecnológico e para a inovação da pesquisa, do ensino e da extensão. Há, em 2006, 13 convênios, em vigência, com Instituições de Ensino Superior da Europa e América Latina, conforme Quadro 21, a seguir. Quadro 21 - Cooperação internacional – instituições conveniadas INSTITUIÇÕES

PAÍSES

Universidade de Aarhus Dinamarca Instituto de Investigações Fundamentais em Agricultura Cuba Tropical “Alejandro de Humboldt” Universidade de Camagüey Cuba Universidade de Cantábria

Espanha

Universidade de Artois

França

Universidade Rennes 2 Universidade François Rabelais de Tours Universidade Nacional Autônoma de México European University Universidade Autônoma de Lisboa Universidade de Coimbra

França França México Portugal Portugal Portugal

Universidade de Évora

Portugal

Universidade Técnica de Lisboa

Portugal

Fonte: AESPI, dezembro/06

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2.4 INFRA-ESTRUTURA FÍSICA E ACADÊMICA

Constituindo-se em um patrimônio de grande relevância para a sociedade, a Universidade Estadual de Feira de Santana é dotada de infra-estrutura física composta pelo Campus Universitário e unidades extra-Campus. Significativa parte dessa estrutura é utilizada para apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão, áreas estas que recebem especial atenção no que diz respeito à manutenção e melhoria desses espaços. Com este objetivo são levados a efeito importantes investimentos, tais como: aparelhamento e estruturação dos Laboratórios, ampliação, reformas e manutenção de equipamentos.

2.4.1 Infra-estrutura do Campus

O Campus Universitário estende-se por um total de 1.161.728 m² (um milhão, cento e sessenta e um mil, setecentos e vinte e oito metros quadrados), sendo 66.191,07 m² (sessenta e seis mil, cento e noventa e um vírgula sete metros quadrados) de área construída. Atualmente, comporta 07 unidades de Ensino, Pesquisa e Extensão (com 05 auditórios, 01 anfiteatro e 20 salas de aula), 06 Pavilhões de Aulas Teóricas – PAT´s (dispondo de 65 salas de aula), a Biblioteca Central, o Prédio da Administração Central, o Centro de Informática, o Complexo Laboratorial, com 05 prédios equipados para abrigar os laboratórios e salas especiais. Além desses espaços, estão situados no Campus: o Laboratório Didático de Biologia, o Serpentário, o Biotério, a Escola Básica, a Creche, o Museu Casa do Sertão, a Residência Universitária, o Parque Esportivo, o prédio onde se desenvolvem os Estudos de Educação Ambiental – EEA, e os espaços do Centro Administrativo Universitário – CAU I, II e III – que são três construções que abrigam o Restaurante terceirizado, Postos Bancários, a Imprensa Universitária, o Centro de Pesquisa e Documentação de Feira de Santana (CDOC), o Programa Interuniversitário para a Distribuição do Livro (PIDL), Laboratório de Medicina,

Núcleos de Extensão, TV Universitária e escritório da empresa Júnior, ao lado de outros espaços administrativos, mais o galpão da Garagem e Manutenção. A Imprensa Universitária, em 2006, investiu na sua modernização, adquirindo novos equipamentos e ampliando a sua capacidade e velocidade, visando a melhor atender às demandas universitárias, com maior qualidade e eficácia. A Universidade vem investindo, de forma continuada, na infra-estrutura de apoio ao ensino e à pesquisa, na manutenção e atualização dos laboratórios, levando a efeito a construção, ampliação e adequação de espaços acadêmicos, com vistas ao atendimento das crescentes demandas. Detalharemos, a seguir, a infra-estrutura de apoio às ações acadêmicas existente no campus, relativa à Tecnologia da Informação, Sistema de Laboratórios e Sistema de Bibliotecas.

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2.4.1.1 Tecnologia da Informação

Atenta às transformações que acontecem na sociedade, a UEFS vem procurando modernizar-se no campo da tecnologia da informação, buscando melhor atender às demandas institucionais. Assim, entende que o incremento do processo de informatização é decisivo para o aprimoramento das atividades acadêmicas e para o aperfeiçoamento das atividades administrativas, pois apóia decisivamente as atividades de ensino, pesquisa e extensão, emprestando maior dinamismo, racionalidade e transparência ao cotidiano universitário. Priorizando a tecnologia da informação como importante ferramenta nas suas atividades acadêmicas e administrativas, a UEFS vem investindo na modernização de sua estrutura tecnológica. Atualmente, possui 2.005 microcomputadores, 409 impressoras e 2.410 pontos de rede com acesso à Internet, 1.743 contas de correio eletrônico (e-mail), 01 sala de videoconferência, 01 estúdio de transmissão de aulas, todos interligados por 16 quilômetros de fibra ótica. O quantitativo de pontos de rede já abrange a instalação nas novas áreas construídas. Para assegurar o apoio no atendimento às necessidades de utilização tecnológica nas áreas do ensino, da pesquisa e da extensão, assim como no setor administrativo, a REDE UEFS teve seu backbone (espinha dorsal) de fibra óptica substituído, sendo reestruturado para atender ao grande volume de dados requisitados. Essa é a primeira etapa de um processo de melhoria e reestruturação que, para sua conclusão, está prevista a troca de determinados equipamentos para tráfego de dados, em 2007. Algumas áreas estão totalmente informatizadas, a exemplo da Biblioteca. A prioridade da Instituição sempre foi mais direcionada para a área fim, a exemplo das atividades relacionadas à Divisão

de Assuntos Acadêmicos – matrículas, controles, etc. Em 2006, foi iniciado o processo de informatização da caderneta eletrônica e matrícula via Web. Quanto à área meio, alguns sistemas utilizados são ligados ao do Estado, como o Sistema Contábil, de Planejamento e ComprasNet, que não atendem, na sua plenitude, às necessidades da Instituição, no que diz respeito às suas especificidades. Entretanto, torna-se imprescindível a informatização da gestão das atividades acadêmicas e de vários processos administrativos, para assegurar sua eficiência e fornecer o suporte necessário à área acadêmica. A atual gestão, entendendo que é de vital importância para a instituição investir na informatização plena dos seus processos administrativos e acadêmicos, registra, neste Plano, as ações que visam à modernização desses processos. O propósito de iniciar esse desafio, em 2005, foi frustrado em decorrência das restrições orçamentárias, pois foram priorizadas outras ações de caráter mais imprescindível e, em 2006, mais uma vez a Instituição foi forçada a postergar esta ação devido ao contingenciamento, decretado pelo Governo do Estado. Entretanto, já consta como meta, neste Plano, ações nesse sentido, extremamente necessárias para a eficiência e eficácia da gestão universitária, as quais podem ser implementadas, a partir de 2007, pois o atual Reitor transfere o cargo deixando a Universidade com um orçamento pleno, sem débitos de exercícios anteriores e assegurada a prática da gestão participativa e implantada a cultura do planejamento. Embora já se mostrem insuficientes, dada a demanda que é sempre crescente, estão em funcionamento 28 laboratórios de informática distribuídos por todos os Departamentos e demais Unidades, a exemplo do Campus Avançado de Santo Amaro, do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), Centro Social Urbano Governador Roberto Santos (CSU) e o Observatório Antares, como se pode ver no Quadro 22.

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Quadro 22 - Demonstrativo dos Laboratórios de Informática Nº

Depto / Setor

Laboratório

Ano

Local

Qtde. Máquinas

1 2 3 4 5

Informática Educativa - LABINE LAB-Química Ciências Exatas Geoprocessamento Saúde Informática em Saúde – LIS Ciências Humanas e Filosofia Informática Geográfica

1997 2000 2000 1997 1998

LABEXA LABEXA LABEXA MP 6 MT 7

35 6 26 60 25

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Física

Física Computacional Núcleo Desenho e Computação Informática em Letras Tecnologias Inteligentes Computação em Engenharia Geoprocessamento Topografia Informática em Economia Informática em Administração Informática em Contábeis Treinamento

1997 1998 2001 2001 1996 1997 1998 1997 1997 1997 1997

MP 4 MP 5 MP2 CPD MP 3 MP 3 MP 3 MT 4 MT 4 MT 4 CUCA

18 12 22 20 40 10 6 20 20 20 10

Sensoriamento Remoto Informática em Ciênc. Biológicas

1998 Antares 1998 MT 2

12 23

19 NATEC Ciências Sociais Aplicadas 20 Informática em Direito 21 Ciências Humanas e Filosofia Informática em História

2000 MT 4 2001 MT 4 2001 MT 7

45 22 22

22 Educação 23 Ciências Sociais Aplicadas

Informática em Pedagogia Práticas Contábeis

2002 MP58 2003 MT 2

21 13

24 Letras e Artes

Lab. Informática – Santo Amaro

Letras e Artes Educação Tecnologia

Ciências Sociais Aplicadas

Centro Universitário de Cultura e Arte 17 Observatório Antares 18 Ciências Biológicas

25 Saúde 26 Letras e Artes 27 Centro de Educação Básica

2003 Solar do Biju CRIS – Centro de Referência 2004 Anexo Informática em Saúde MA VI Lab. de Estudos Linguísticos 2004 MA II Treinamento 2006 CEB

28 Ciências Humanas e Filosofia Laboratório de Geografia TOTAL Fonte: Assessoria Especial de Informática - Dezembro/2006

2006 MP-79

8 21 8 15 30 590

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2.4.1.2 Sistema de Laboratórios

A Universidade Estadual de Feira de Santana vem investindo, de forma continuada, na infra-estrutura de apoio ao ensino e à pesquisa, na manutenção e atualização dos laboratórios em funcionamento e na construção de prédios para novos laboratórios, visando atender às crescentes demandas. Essa iniciativa contempla todas as áreas do conhecimento trabalhadas na Universidade. A UEFS possui um complexo laboratorial constituído de 156 laboratórios para atender às atividades acadêmicas das diversas áreas do conhecimento, conforme Quadro 23, a seguir.

Quadro 23 - Demonstrativo dos laboratórios por áreas específicas ÁREA DE CONHECIMENTO Ciências Exatas e da Terra Ciências Sociais Aplicadas Ciências Biológicas Ciências da Saúde Ciências Humanas e Filosofia Educação Física Interdisciplinaridade Letras e Artes Tecnologia TOTAL

QTDE 14 4 47 20 2 2 14 24 4 25 156

Fonte: UNINFRA - Dezembro/2006

Este complexo de laboratórios, que se traduz em investimento de extrema importância, compõe-se pelas seguintes unidades:

LABEXA – Laboratório de Ciências Exatas: congrega os Laboratórios de Química Orgânica, Físico-Química, Química Inorgânica, Pesquisa, Absorção Atômica, Química Analítica, Química Geral, Química de Produtos Naturais e Bioativos, Ensino da Matemática, Paleontologia e Pedologia, Informática Educativa, Geociências, Geologia e o Lab-Aluno. LABOTEC – Laboratório de Tecnologia: abrange os Laboratórios de Hidráulica e Mecânica dos Fluidos, Geoplan, Geotecnia, Estrutura, Saneamento, Tecnologia de Materiais e Tecnologia da Construção, Topografia e Cartografia. LABOFÍS – Laboratório de Física: contempla os Laboratórios de Física Geral e Experimental, Eletrônica, Física Moderna, Fotoacústica e Energia Solar, Instrumentação e Física Computacional. LABIO – Laboratório de Ciências Biológicas abriga: os laboratórios de Análises Clínicas, Parasitologia, Sorologia, Ecologia, Genética e Toxicologia, Histologia e Fisiologia, Ictiologia, Ficologia, Fisiologia Animal, Genética de Microorganismos, Sistemática Molecular de Plantas, Microbiologia, Morfologia Vegetal, Morfologia de Vertebrados, Microbiologia, Sistemática de Insetos, Entomologia, Etnobiologia, Ornitologia e Mastozoologia, Biologia Pesqueira, Microbiologia Vegetal, Taxonomia Vegetal e o Herbário, que abriga 85.000 (oitenta e cinco mil) espécimes, e, em 2004, recebeu o título de Fiel Depositário de espécies vegetais pelo Ministério do Meio Ambiente. Laboratório Didático de Biologia – É composto pelos laboratórios de Microbiologia, Fisiologia e Farmacologia, Fisiologia e Biofísica,

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Parasitologia, Histologia e Protozoologia, Zoologia de Vertebrados, Genética e Biologia Molecular, Zoologia de Invertebrados, Pósgraduação e Botânica, 02 (dois) laboratórios de Botânica e 02 (dois) de Biotecnologia.

Compõe o complexo de laboratórios da área de Ciências Biológicas e instalados em prédios próprios: o Biotério, os laboratórios didáticos e o LAPH – Laboratório de Animais Peçonhentos e Herpetologia. Laboratório de Farmácia – É composto pelos Laboratórios de Controle de Qualidade e Microbiologia, Farmácia Central, Farmacotécnica e Cosmetologia, Fotoquímica, Química Farmacêutica e Toxicologia e funcionam no Módulo Especial VI. Laboratório de Odontologia - Centro Integrado de Odontologia - CION - oferece serviços de Radiologia, Interpretação Radiográfica, Periodontia, Odontologia Preventiva e Prótese e dispõe de uma moderna clínica com 20 (vinte) equipos. Laboratório de Engenharia de Alimentos – Constituído de 02 (dois) pavimentos, abriga os laboratórios de Carnes, Leite e Derivados, Operações Unitárias 1 e 2, Análise Sensorial, Panificação, Frutas e Hortaliças, Análises Químicas, Qualidade dos Alimentos, Biotecnologia, Transferência de Calor e Massa, Simulação de Processos, Desenvolvimento de Novos Produtos, Sala de Esterilização, Lamec, 03 (três) salas de aulas, Gabinetes de Professores de Engenharia de Alimentos e de Engenharia Civil, Sala da Pósgraduação de Engenharia Civil. Este prédio, composto de térreo e 1º piso, é dotado de elevador para pessoas com necessidades especiais.

Ainda, como espaço para as experiências acadêmicas, a Instituição conta com os Laboratórios de Prática Contábil e de Práticas Jurídicas, sob a coordenação do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas; o Centro de Documentação, coordenado pelo Departamento de Ciências Humanas e Filosofia, e o Centro de Estudos e Documentação em Educação que está sob a coordenação do Departamento de Educação. Compõe, ainda, a infra-estrutura do Campus, o Pavilhão de Aulas de Educação Física, o Salão de Ginástica e a Piscina Semi-Olímpica. Ainda como espaço de práticas pedagógicas, oferece 05 clínicas odontológicas. Construídos segundo normas de segurança do trabalho e equipados com aparelhos dos mais modernos, os laboratórios da UEFS, pela sua organização e funcionamento, estão aptos a atender, não só às necessidades pedagógicas, dos diversos cursos de graduação e pós-graduação, mas também à prestação de serviços à comunidade externa.

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2.4.1.4 Sistema Integrado de Bibliotecas da UEFS – SISBI

O Sistema Integrado de Bibliotecas da UEFS (SISBI/UEFS) é constituído pela Biblioteca Central Julieta Carteado e por mais oito Bibliotecas Setoriais: − Biblioteca Setorial Monteiro Lobato; − Biblioteca Setorial Monsenhor Galvão; − Biblioteca Setorial Observatório Astronômico Antares; − Biblioteca Centro de Educação Básica; − Biblioteca Setorial Pierre Klose; − Biblioteca Setorial Ernesto Simões Filho; − Biblioteca Setorial Solar do Biju e − Biblioteca Setorial Campus de Lençóis. O SISBI dedica-se a promover ações com o propósito de oferecer à comunidade acadêmica alternativas que possam estabelecer o suporte mais adequado ao nível de desenvolvimento e às metas estabelecidas para as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Em termos operacionais, a Biblioteca Central Julieta Carteado preenche todos os requisitos de uma biblioteca universitária. Com a oferta de serviços totalmente informatizados, funcionando como centro gerenciador da informação, estabelece políticas de aquisição, processamento técnico dos acervos, gerenciamento dos seus recursos humanos e distribuição de materiais. Busca manter-se atualizada e, permanentemente, conectada às diferentes redes de comunicação e informação locais, nacionais e internacionais. Para democratizar seu processo de gestão, foi criado o Conselho Consultivo da Biblioteca Central Julieta Carteado, instituído pela Portaria 822/2005, visando à melhoria do processo de aquisição de material bibliográfico.

O Sistema Integrado de Bibliotecas registrou, em 2006, fluxo anual em torno de 646.000 atendimentos, abrangendo cerca de 270.000 consultas e 340.000 empréstimos, serviços que beneficiam a comunidade interna e externa. Ao lado desses serviços, a Biblioteca oferece, com freqüência, atividades sócioculturais, envolvendo lançamentos de livros, exposições artísticas e de painéis científicos, peças teatrais e exibição de filmes por meio do Projeto Cinema UEFS, que perdura desde 2003. A UEFS, a despeito das restrições orçamentárias, vem realizando investimentos na Biblioteca, que já dispõe de um acervo com 210.000 exemplares – aumento de 14% em relação a 2003 – e de 81.100 títulos – crescimento de 25% em relação a 2003. Em 2006, apesar do contingenciamento decretado pelo Governo do Estado, foi priorizado um investimento de mais de R$415.000,00, para ampliação do acervo de livros e periódicos.

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2.4.2 Unidades Extra-Campus

A UEFS possui várias unidades extraCampus, com uma área total construída estimada em 14.858,15 m² (quatorze mil oitocentos e cinqüenta e oito vírgula quinze metros quadrados). São estas: Centro Universitário de Cultura e Arte, Centro de Cultura Amélio Amorim, Observatório Astronômico Antares, Centro Social Urbano, Chácara Xavante, Biblioteca Monteiro Lobato, Horto Florestal, 05 (cinco) Clínicas Odontológicas, o Campus Avançado de Santo Amaro e o Campus Avançado de Lençóis. Também funcionam, extra-Campus, outros laboratórios que prestam apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão, a saber: Experimentoteca e Laboratório Fotográfico, situados no CUCA, Serviço de Assistência Jurídica, no Fórum Filinto Bastos Cerqueira; Laboratório de Sensoriamento Remoto, Planetário e Astrolábio Fotoelétrico, situados no Observatório Antares, e os Laboratórios de Ecofisiologia, Extração de Produtos Naturais, Germinação de Sementes e Cultura de Tecidos Vegetais, no Horto Florestal.

2.4.2.1 Clínicas Odontológicas

As Clínicas Odontológicas destacam-se, no contexto da área de saúde, pela dimensão acadêmico-social que aportam. Funcionam como um programa interdisciplinar, inserido na estrutura do Curso de Odontologia, e buscam a integração ensinopesquisa-extensão como realidade objetiva do trabalho acadêmico. Oportuniza a produção científica e a identificação/investigação de casos que, estudados e pesquisados, conduzem ao aprofundamento e/ou criação de conhecimento, em resposta às demandas sociais.

Nesta área, a extensão realiza-se como uma atividade intrínseca, por meio da qual se ensina e se realiza pesquisa, à medida que as disciplinas profissionalizantes, agrupadas em macrodisciplinas, são desenvolvidas, com acompanhamento e controle sistemáticos, nas clínicas odontológicas, possibilitando ao estudante, além de um sólido conhecimento teórico, um intenso treinamento prático. Esse trabalho torna efetiva a unidade teoria-prática e qualifica o processo de ensino. Assim, a articulação docência-serviço e a integração com a comunidade, que ocorrem desde o início do curso, além de favorecerem a formação de cidadãos-profissionais comprometidos socialmente, possibilitam a otimização dos procedimentos técnicos. Têm como resultado a melhoria da qualidade do ensino, enquanto mais próximo dos serviços, e a qualificação dos serviços, enquanto mais adequados à realidade1. Estão em funcionamento (05) cinco Clínicas Odontológicas. Apenas uma, a Clínica Odontológica da UEFS, fica localizada no Campus principal; as demais 04 (quatro) funcionam em espaços extra-Campus, quais sejam: Clínica Odontológica da Mangabeira, Clínica Odontológica da Maria Quitéria, Clínica Odontológica do Centro Social Urbano e Clínica Odontológica 16 de junho.

2.4.2.2 Centro Social Urbano Governador Roberto Santos

O Centro Social Urbano Governador Roberto Santos (CSU), localizado no bairro Cidade Nova, possui área total de 32.020,00 m² (trinta e dois mil e vinte metros quadrados), sendo 2.514,17 m² (dois mil quinhentos e quatorze vírgula dezessete metros quadrados) de área construída. Desenvolve atividades nas seguintes áreas: saúde (planejamento familiar, pediatria, pré-natal, puericultura, clínica médica, vacinas, hipertensão e atendimento odontológico); educação (pré-escola, sala de

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Projeto do Curso de Odontologia, 1986.

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leitura, alfabetização de adultos e qualificação profissional); assistência ao idoso; esporte e lazer (escola de iniciação esportiva); segurança (polícia comunitária). Oferece atividades de extensão em outras áreas, propiciando melhorias à população do seu entorno e fornecendo suporte às atividades de ensino e pesquisa que são realizadas pelos cursos de Odontologia, Enfermagem, Educação Física e Pedagogia.

2.4.2.3 Centro de Treinamento Xavantes

O Centro de Treinamento Xavante, localizado no KM 11 da Rodovia Feira-São Gonçalo, possui uma área total de 17,99 (dezessete, vírgula noventa e nove) hectares. Suas instalações compreendem 02 casas e 01 refeitório. A utilização mais comum da Xavantes está relacionada à promoção de eventos acadêmicos e administrativos, a exemplo de treinamentos, seminários, reuniões, workshops, constituindo-se em uma unidade de suporte especial às atividades de ensino, pesquisa e extensão.

2.4.2.4 Horto Florestal

No Horto Florestal, são desenvolvidos estudos e pesquisas na área de biotecnologia e vem se constituindo em campo para a geração de conhecimentos sobre o semi-árido, objetivando o aproveitamento dos recursos naturais da região. Funcionando como unidade experimental do Departamento de Ciências Biológicas, o Horto Florestal tem uma estrutura composta de casas de apoio técnico, do Laboratório de Cultura de Tecidos e de casas de vegetação, emprestando decisivo apoio à formação do educando, por meio de ações nas três dimensões universitárias:

a) ENSINO: possibilita a vivência teórico-prática, indispensável à formação integral de um biólogo. As disciplinas da área de botânica e fisiologia vegetal têm suas práticas desenvolvidas, em grande parte, nas dependências do Horto. b) PESQUISA: especialmente aquela ligada à biotecnologia e à avaliação dos aspectos fisiológicos das plantas da caatinga, com potencial econômico, visando à propagação. c) EXTENSÃO: na forma de contribuição social à população, pela manutenção de coleções de plantas da região de Feira de Santana com risco de extinção e, ainda, pelo fornecimento de mudas para reflorestamento de áreas degradadas e para a urbanização de cidades da região.

2.4.2.5 Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA

O Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA) é um dos órgãos gestores da política cultural da Universidade, a qual se estrutura a partir de três linhas básicas de atuação: fomento à difusão da cultura local; fomento à produção cultural; e resgate, preservação e valorização da cultura popular. O CUCA dispõe de uma estrutura física que abriga o Museu Regional de Arte; a Galeria de Exposições Temporárias Carlo Barbosa; o Laboratório de Arte-Ciência – Experimentoteca; a Biblioteca Setorial Pierre Klose; o Seminário de Música; as Oficinas de Criação Artística; o Teatro Universitário; o Teatro de Arena; o Laboratório de Informática; a Sala de Vídeo; a Sala de Reuniões Simões Filho; a Sala de Cinema de Arte e a Sala de Coordenação de Eventos. Oferece, ainda, espaço para o Programa Universidade Aberta à Terceira Idade e coordena as atividades da Galeria de Arte Caetano Veloso, localizada no Campus

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Avançado de Santo Amaro da Purificação, e do Centro de Cultura Amélio Amorim. Para conferir sustentação à política acadêmico-cultural da Instituição, o CUCA promove atividades artísticas nas mais diferentes linguagens: música, dança, artes plásticas e teatro. Incentiva, também, a criação literária e experiências de arte-educação, desenvolvidas por meio de projeto voltado para integração Ciência e Arte, dirigido aos professores e alunos da Escola Básica e realizado, originalmente, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), com financiamento do CNPq.

2.4.2.6 Centro de Cultura Amélio Amorim

O Centro de Cultura Amélio Amorim é importante instrumento para fortalecer a política cultural da Instituição e dar suporte às atividades acadêmicas. Com este local, ampliam-se e diversificam-se os espaços próprios de produção e difusão cultural, bem como de resgate da cultura regional, até então circunscritos ao Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA) e ao Museu Casa do Sertão.

2.4.2.7 Observatório Astronômico Antares

O Observatório Antares se constitui em um centro de pesquisa pura e aplicada, voltado para o campo das ciências astronômicas e físicas. Uma de suas principais metas é a difusão da astronomia e as ciências relacionadas, visando à consolidação como centro de expressão nessa área. Dentro desse enfoque, também dá ênfase ao ensino das ciências para alunos dos níveis Fundamental, Médio e Superior. Milhares de alunos da rede Estadual, Municipal e Particular de Ensino de Feira de Santana e de outras cidades do Estado da Bahia, além de diversas Universidades, estão se beneficiando das atividades extensionistas oferecidas pelo Observatório, em diversos ramos da Ciência.

Dentre as atividades desenvolvidas no Observatório com os estudantes, destacam-se a observação de fenômenos astronômicos, por meio de palestras, mostra de filmes, mostra no Planetário e utilização da biblioteca. Vale destacar a participação, desde julho de 2005, das turmas do projeto Universidade para Todos, disponibilizando o Observatório Antares, tanto para observações, quanto para a complementação do conteúdo de sala de aula, no que tange às suas competências. O Observatório também realiza ações de pesquisa e extensão por meio do Núcleo de Sensoriamento Remoto (NUSERE), que dispõe de moderna tecnologia e equipamentos de última geração para o desenvolvimento de suas atividades, utilizando recursos de cartografia digital, imagens de satélites e o mais preciso sistema de localização, o GPS, contribuindo para apoio ao planejamento e gestão de políticas de desenvolvimento.

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2.4.3 Investimento em obras

Importantes obras foram retomadas, em 2006, a exemplo do Auditório e o Laboratório de Letras e Educação. O auditório – com capacidade para 1.000 espectadores, em fase de construção – possui área construída de 1.994,50 m2. Em 2006, a obra teve continuidade, com investimento em torno de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil reais), necessitando, ainda, para sua conclusão, investimentos na ordem de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais). O Laboratório de Letras e Educação, com área de 2.401,81m2 (dois mil quatrocentos e um, vírgula oitenta e um metro quadrado), em 2006 teve investimento na ordem de R$ 287.000,00 (duzentos e oitenta e sete mil reais) e está em fase final de conclusão. O total do contrato destas duas obras, para conclusão, foi de R$3.047.678,02 (três milhões, quarenta e sete mil, seiscentos e setenta e oito reais e dois centavos). Com Recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), por meio do projeto Ampliação da Capacidade Física de Pesquisa em Meio Ambiente no Semi-Árido, foi construída a primeira etapa do Herbário, com área de 366,73 m2 (trezentos e sessenta e seis, vírgula setenta e três metros quadrados), correspondente ao investimento de R$198.767,21 (cento e noventa e oito mil setecentos e sessenta e sete reais e vinte um centavos). Outras obras de menor porte, mas de grande relevância foram implementadas este ano: Guarita de Acesso ao Feira VI, Obra Civil de Recuperação da Cantina do Módulo III, Ampliação do Laboratório de Ecofisiologia, no Horto Florestal, Obra da Cerca do Horto Florestal e do Muro da UEFS, Obra Civil da Casa do Mel, projeto de pesquisa desenvolvido na Reserva Indígena de Pankararé, no município de Glória - Paulo Afonso; Construção de Abrigo para Grupo Gerador do Herbário, o qual será, também, utilizado pelo Laboratório de Biologia.

Com investimentos de R$622.104,79 (seiscentos e vinte e dois mil cento e quatro reais e setenta e nove centavos) foram recapeadas a Av. Milton Santos, pista principal do Campus, parte da pista de acesso ao prédio da Administração Central e a construção do retorno no Módulo 7. Estas obras permitiram melhor acesso aos espaços da Universidade. Durante o ano, procederam-se a algumas reformas no Parque Esportivo, notadamente nos espaços dos Vestiários, Salão de Ginástica, Salas de Aula e Quadra 3. As atividades acadêmicas, notadamente as que necessitam de transporte para serem viabilizadas, têm demandado, cada vez mais, a aquisição de veículos. A frota atual, constituída de 19 (dezenove) veículos de passageiros, não atende plenamente a esta demanda. Assim, com recursos próprios e de órgãos de fomento à pesquisa, a frota de veículos foi renovada com a aquisição de mais três veículos (02 Ford Fiesta 1.6 Flex, Hatchback e 01 Ford - Ranger 3.0 L, cabine dupla tração 4X4). Ao lado desses veículos são alocados três ônibus que fazem o transporte diário Salvador/Feira/Salvador dos professores que moram nesta capital. O investimento em obras, na UEFS, em 2006, perfaz um total de R$2.217.254,20 (dois milhões, duzentos e dezessete mil, duzentos e cinqüenta e quatro reais e vinte centavos). Estes importantes investimentos com recursos próprios da Universidade, ou por meio de órgãos competentes do Estado, têm como objetivo garantir o desenvolvimento e assegurar as condições de infra-estrutura necessárias ao bom funcionamento das atividades universitárias.

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3 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO INSTITUCIONAL

A idéia de avaliar a UEFS, em todos os seus aspectos institucionais, remonta a 1988, quando a Administração Universitária do período 1987/1991 prioriza as discussões sobre a “Crise da Universidade Brasileira” e a necessidade de reestruturação institucional da nossa Universidade. Como se pode ver, avaliar a Instituição UEFS antecede as incursões, no Brasil, no que tange à questão da avaliação institucional como exigência legal. Mesmo que nossa Universidade tenha iniciado as discussões em 1988, foi em 1990, a partir de um texto gerador, que se discutiu e analisou a viabilidade de construção de um Plano Decenal de Ação para a Universidade. Em 1994, a UEFS instituiu um Grupo de Trabalho de Avaliação Institucional (GTAI). Originalmente integrado à rede PAIUB do MEC, e diretamente ligado ao CONSU, era composto por professores representantes de todos os Departamentos auxiliados por uma consultora externa. O GTAI utilizou metodologia embasada em depoimentos, adotando como princípios norteadores os seguintes compromissos: a) a integração crítica da universidade no seu contexto espaço/tempo nas diversas dimensões; b) a difusão, criação e democratização do saber, da cultura: patrimônio da humanidade; c) a priorização da pesquisa, enquanto mentalidade universitária de estudo; d) a qualidade do "que fazer" universitário: democratização e participação e e) a construção e implementação, efetiva, da autonomia universitária. Estes trabalhos tiveram como produto duas publicações. A primeira, intitulada A universidade em questão; projeto de avaliação institucional, e, a segunda, A universidade em questão: relatório síntese da avaliação institucional, um documento reunido em 548 páginas, em que se encontram detalhados, tanto um diagnóstico sobre todos os aspectos da UEFS, quanto sugestões para o estabelecimento de políticas universitárias.

Nesse ínterim, como forma de refletir sobre suas ações, diversos cursos da UEFS passaram a realizar avaliações periódicas com o objetivo de sanar dificuldades, detectar possíveis pontos de estrangulamento e encaminhar soluções para melhor desempenho e qualidade do corpo docente, discente e técnico-administrativo. Em 2000, dificuldades metodológicas somadas à acomodação universitária e ao progressivo esvaziamento do GTAI – afastamento de vários de seus integrantes para pós-graduação e por aposentadoria etc, culminam com a impossibilidade do grupo em permanecer à frente do projeto, entendendo, inclusive, não ser atribuição sua a determinação “concreta” dos novos passos da Avaliação Institucional, e sim dos Departamentos e demais setores da universidade. Em vista disso, o Conselho Universitário delega competência às Pró-Reitorias para dar continuidade ao processo avaliativo, até à formação de um novo grupo de trabalho. Essa avaliação foi organizada e conduzida pelos Pró-Reitores de Graduação, de Pós-Graduação e Pesquisa, e de Extensão, ainda em 2000, sendo os resultados reunidos em relatórios e aprovados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE. Em 2005, é reiniciada discussão sobre a retomada da Avaliação Institucional, dentro dos moldes propostos pelo SINAES. Neste mesmo ano, a UEFS convocou toda a comunidade universitária para participar de uma autoavaliação. Para tanto, interrompeu as atividades da pauta diária, por dois dias seguidos, exclusivamente para realizar o autodiagnóstico, que foi amplamente participativo, registrando-se a participação dos três segmentos – professores, funcionários e estudantes. A área administrativa apresentou um percentual de 76,4% de participação dos servidores técnicoadministrativos, a acadêmica, 29% de participação de professores e 36% de servidores técnico-administrativos lotados nessa área. A participação de estudantes ficou em torno de 5%. Considerando a pertinência de se ouvir a comunidade externa, a Instituição realizou o Seminário “A UEFS quer ouvir” você, com o objetivo de conhecer a percepção e

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expectativas de representações dos diversos segmentos da comunidade civil organizada. Esse autodiagnóstico subsidiou os trabalhos do Planejamento Estratégico, por apresentar uma análise do ambiente externo e interno, nas suas diversas dimensões, e ações propositivas. Em 2006, foi formado um Grupo de Trabalho visando à proposição de um modelo de avaliação para a Instituição, composto pela representação de todas as áreas do conhecimento. Respaldado nas orientações desse grupo, o CONSU, por meio da Resolução 047/2006, cria a Comissão Própria de Avaliação (CPA-UEFS), para início dos trabalhos em 2007.

3.1 OBJETIVOS E METAS ESPECÍFICOS PARA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO INSTITUCIONAL

Uma vez criada a Comissão Própria de Avaliação (CPA), a nomeação de seus componentes dar-se-á com a participação de representação de todos os segmentos da comunidade interna e representação da comunidade externa. A CPA deverá ser instalada no primeiro semestre de 2007, para início imediato dos trabalhos, de acordo com as orientações do SINAES. O propósito é que o processo de Avaliação Institucional possa fornecer os subsídios necessários ao desenvolvimento de uma gestão universitária com mais eficiência, eficácia e efetividade. Para isso, é essencial a definição de indicadores e de uma metodologia de acompanhamento do desempenho institucional.

3.2 PROJETO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO INSTITUCIONAL

Para a efetivação do acompanhamento e avaliação do desempenho institucional é

necessária a definição de critérios de desempenho e instrumento de acompanhamento, como está proposto no Plano Estratégico (UEFS, 2006), projeto este que deverá ser discutido pela Comissão Própria de Avaliação Institucional (CPA-UEFS). Considerando o Planejamento Estratégico como instrumento de efetivo direcionamento das ações institucionais em determinado período, a UEFS entende que o seu êxito depende do acompanhamento e da avaliação da sua execução, efetuados os realinhamentos que se fizerem necessários ante as transformações do ambiente. Dessa forma, é interessante atentar para a complexidade dos critérios de desempenho de uma organização universitária e a grande variedade de indicadores nas suas diversas dimensões. Além dos critérios técnicos de eficiência e eficácia, que são importantes para avaliar o desempenho das organizações em relação à sua produtividade e racionalidade, dois outros conceitos são necessários na gestão universitária: efetividade e relevância. De acordo com Correia (2004), o conceito de efetividade está associado ao de responsabilidade social, está para além dos critérios técnicos de eficiência e eficácia, e se preocupa com a consecução de objetivos mais amplos de natureza política e social. Em função dos ideais de desenvolvimento humano e qualidade de vida, o conceito de relevância é utilizado como critério de desempenho administrativo, intimamente vinculado aos valores de identidade e eqüidade. O alcance desses critérios vincula-se, organicamente, às concepções político-pedagógicas que norteiam a administração educacional. Uma administração baseada nos critérios de relevância é possível, se construída a partir de um modelo de gestão compartilhada, que assegure a participação cidadã de todos no seu processo, respeitados os valores culturais da comunidade em que atua. Nesta Instituição, o processo participativo teve sua implementação iniciada em 2004, com resultados satisfatórios.

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3.2.1 Critérios de desempenho

Os critérios de desempenho estarão atrelados às quatro dimensões da universidade: econômica, acadêmica, política, e cultural. A dimensão econômica é conseqüência da necessidade de se gerenciar os recursos financeiros e materiais, para a definição de uma estrutura organizacional adequada. Nessa dimensão, a instituição utiliza-se do critério da eficiência que permeia todas as atividades organizacionais e administrativas. Está relacionada aos aspectos financeiros e materiais, à definição da estrutura organizacional, às diretrizes e normas burocráticas, à definição de papéis, às formas de aplicação de recursos, entre outras. Nesse sentido, tanto a gestão de instituições de ensino, quanto a de qualquer outro tipo de organização, deve atentar para a eficiência na utilização de seus recursos, pois todas elas necessitam planejar suas ações, cuidar da preparação e da execução orçamentária, organizar e controlar seus recursos e melhor utilizar seus potenciais. Entretanto, essas preocupações não devem estar sobrepostas aos principais objetivos estratégicos da instituição, nem às demais dimensões, tampouco o critério da eficiência deve ser parâmetro para mensurar os objetivos educacionais. A dimensão acadêmica da administração universitária está relacionada ao critério de eficácia na consecução dos objetivos educacionais, e se refere aos aspectos educacionais e à responsabilidade do gestor em manter, sempre, o foco na educação, assegurando a viabilidade do seu plano pedagógico, sua filosofia e estratégias políticas. Refere-se, portanto, aos princípios e às filosofias que respaldam as ações pedagógicas que fundamentam o processo educacional, e que estejam comprometidas com o propósito maior da instituição. A eficácia organizacional de uma instituição de ensino superior é algo de difícil mensuração, pois, oferece o risco de, ao tentar dimensioná-la, paralisar sua dinâmica caso se considere como mais relevantes os aspectos quantitativos. É preciso observar, na mesma

medida, aspectos qualitativos e quantitativos, e sua dimensão frente à dinâmica organizacional como um todo. Deve-se entender que, no caso específico de instituições de ensino, a eficácia está relacionada principalmente ao desempenho pedagógico de professores e estudantes, orientado para o alcance de objetivos sociais preconizados pela Instituição. A dimensão política abrange as estratégias, políticas e ações que estão voltadas para a sociedade. Nesse aspecto, as variáveis externas exercem forte influência sobre o contexto da instituição, devendo, portanto, ser adequadamente compreendidas e trabalhadas, para que se alcance efetividade no atendimento às necessidades sociais e demandas políticas da comunidade. Diante disso, torna-se essencial para uma gestão, fundamentada em um pensamento estratégico, atentar para a compreensão do contexto externo e para a construção da sua capacidade interna em atender a estas demandas, com vistas a ocupar o espaço sócio-político que lhe é confiado pela sociedade. A dimensão cultural abrange os valores e aspectos filosóficos, antropológicos, sociológicos e biopsíquicos dos indivíduos que fazem parte do sistema educacional e de sua comunidade, a partir do critério de relevância cultural. Dessa forma, a gestão da educação será significativa e relevante para as comunidades interna e externa, à medida que tenha capacidade de refletir suas crenças e valores, bem como suas características sociais e políticas, o que requer uma visão sistêmica e integrada, ao lado de ações voltadas para o desenvolvimento humano e a qualidade da vida. É necessário compreender a importância da eficiência econômica para o processo de gestão e para a realização dos objetivos educacionais. Da mesma forma, é preciso alcançar o significado da eficácia na consecução de objetivos estratégicos e de responsabilidade social de uma gestão comprometida com a qualidade de vida e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É preciso, por conseguinte, ser eficiente e eficaz, para obter efetividade e relevância. Analisando essas quatro dimensões em relação ao gestor, a competência econômica

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consiste na capacidade de maximizar a utilização dos recursos econômicos, financeiros, materiais e técnicos na consecução dos objetivos educacionais. A competência acadêmica diz respeito à sua habilidade de estabelecer objetivos educacionais e prover, com eficácia, os meios necessários ao seu desenvolvimento. A competência política consiste na sua capacidade de percepção ampla do cenário externo e sua influência nos fatores do sistema interno, bem como na habilidade de implementar ações estratégicas efetivas, no sentido de atender às demandas sociais e políticas da comunidade. A competência cultural refere-se à capacidade de implementar soluções, ao mesmo tempo, pertinentes e relevantes, que contribuam para a melhoria da qualidade da vida e o desenvolvimento humano na comunidade. É importante observar que estes critérios, e suas respectivas dimensões, complementam-se. Por esta razão, devem ser percebidos de forma integrada, dentro de um contexto em que o foco é a educação como processo emancipatório, com vistas à formação do profissional cidadão, ao desenvolvimento humano e à qualidade da vida em uma sociedade auto-sustentável.

3.2.2 Balanced Scorecard: instrumento para a gestão da estratégia

O Balanced Scorecard (BSC) é uma ferramenta gerencial que possibilita a implementação de um modelo organizacional orientado para a estratégia, oportunizando o alinhamento de toda a instituição em torno de metas organizacionais gerais. É um referencial para a mensuração do desempenho das organizações e um modelo para a descrição de estratégias que criam valor. A filosofia do BSC teve seus instrumentos adequados à realidade da Universidade, seguindo os princípios da concepção de gestão da educação então apresentados. O BSC orienta para a medição da estratégia. Entretanto, não consiste apenas em instrumento de medição, mas em uma filosofia

que possibilita a criação de estratégias que demandam que toda a organização adote um novo conjunto de valores e prioridades culturais. Todos os objetivos e indicadores financeiros e não financeiros devem emanar da visão e da estratégia. Trata-se de um programa de mudança, com o foco na governança e ênfase no trabalho em equipe, cujo primeiro passo é a tradução da estratégia em termos operacionais, visando à mobilização para uma mudança aceita como necessária por todos. Nesse sentido, devem ser incentivadas a criação de equipes estratégicas, gestão participativa e a promoção da comunicação aberta em toda a organização. O segundo passo desse processo consiste em alinhar a organização à estratégia, com o propósito de conectar o scorecard das diversas unidades ao scorecard desenvolvido no âmbito institucional, visando ao alinhamento de toda organização. Com isso, torna-se imprescindível criar a consciência nos diversos gestores sobre a importância da gestão estratégica. O terceiro passo, que consiste no terceiro princípio da organização focalizada na estratégia, é converter a estratégia em uma tarefa diária para todos, buscando ligar todo colaborador à estratégia institucional. “Todos devem compreender a estratégia da organização e estar motivados para ajudar a organização a atingir seus objetivos estratégicos (KAPLAN; NORTON, 2000). O Balanced Scorecard é um instrumento para comunicar os objetivos estratégicos, e não para impor tarefas e formas de atuação aos funcionários. Sendo assim, cabe elaborar um programa de comunicação que dissemine as estratégias para toda a organização, propiciando que o scorecard possa contribuir para a construção de um novo tipo de sistema gerencial, concebido para atuar com o foco na estratégia. O BSC fornece um referencial para descrever e comunicar a estratégia de maneira compreensível, buscando o alinhamento e a mobilização de toda a organização de uma forma integrada. Trata-se de um procedimento apropriado para inserir a estratégia no centro dos processos gerenciais e como referencial central de um novo processo de gerenciamento do desempenho.

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Considerando que não se pode gerenciar o que não se pode medir, nem se pode medir o que não se pode descrever (KAPLAN; NORTON, 2004), o novo referencial denominado “mapa estratégico”, consiste em uma arquitetura lógica e abrangente para a descrição da estratégia a ser adotada. “Os mapas de estratégia e os balanced scorecards constituem a tecnologia de mensuração utilizada pela gerência na economia baseada no conhecimento“ (KAPLAN; NORTON, 2000, p. 21). O uso pelo scorecard de indicadores quantitativos não financeiros possibilita descrever e mensurar o processo de criação de valor para o público-alvo, a partir dos ativos intangíveis. O Balanced Scorecard é uma etapa de um processo contínuo, que descreve o que é e como se cria valor, conforme síntese apresentada na Figura 2:

O quarto passo consiste em converter a estratégia em processo contínuo. A Instituição deverá promover revisão e atualização anual do scorecard a fim de refletir as novas oportunidades e as novas condições surgidas no ambiente. A partir das informações estratégicas atualizadas em nível institucional, as unidades devem formular seus planos e metas para o exercício seguinte. O quinto passo é a mobilização da mudança pela liderança executiva, como forma de preservar o esforço e manter o nível de energia suficiente para produzir os resultados esperados. É necessário que os gestores utilizem o balanced scorecard como estratégia integrada na instituição, com o foco em um processo de mudança permanente.

MISSÃO Nossa razão de ser VALORES - O que é importante para nós VISÃO - O que queremos ser ESTRATÉGIA - Nosso plano de vôo MAPA ESTRATÉGICO - Traduz a estratégia BALANCED SCORECARD - Mensuração e foco METAS E INICIATIVAS - O que precisamos fazer OBJETIVOS PESSOAIS - O que preciso fazer

RESULTADOS ESTRATÉGICOS Comunidade satisfeita

Processos eficientes e eficazes

Ensino, Pesquisa, Extensão e produção científica de qualidade

Figura 2 - BSC Síntese Fonte: Adaptado de: (KAPLAN; NORTON, 2000)

Colaboradores motivados e preparados

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O Balanced Scorecard consiste em uma metodologia, voltada à gestão estratégica das organizações, que traduz a missão, visão e estratégias em um conjunto abrangente de medidas de desempenho que possibilitam seu acompanhamento. Pressupõe que os objetivos estratégicos e seus indicadores sejam descritos de forma integrada, de acordo com as dimensões, algumas perspectivas básicas e os respectivos critérios de desempenho. Fornece uma opção balanceada de indicadores, propiciando analisar o desempenho da organização a partir dessas diferentes perspectivas: indicadores ligados à satisfação da comunidade; ligados à eficiência dos processos internos; indicadores financeiros que mostram os resultados das ações já tomadas; e indicadores ligados à habilidade da organização em aprender e melhorar. O quadro 24, a seguir, apresenta as perspectivas básicas do BSC, com adaptações para a realidade da UEFS.

Quadro 24 - Dimensões, perspectivas e critérios de desempenho da gestão universitária DIMENSÃO

PERSPECTIVA

CRITÉRIOS DE DESEMPENHO

Política e Cultural

Comunidade

Efetividade e Relevância

Acadêmica

Processos Internos

Eficácia

Econômica

Sustentabilidade

Eficiência e Produtividade

Tecnológica

Aprendizado, inovação e crescimento

Eficiência e Eficácia

Fonte: Adaptado de Correia (2004); Kaplan; Norton (2000)

A Perspectiva da Comunidade implica em estratégia de criação de valor e diferenciação, sob o ponto de vista do públicoalvo, cujos critérios de desempenho são orientados para a efetividade e relevância. A Perspectiva dos Processos Internos abrange as prioridades estratégicas de vários processos internos, que direcionam para as demandas sociais e criam satisfação para a comunidade,

em especial as atividades voltadas para a dimensão acadêmica, cujo critério de desempenho está orientado para a eficácia. A Perspectiva de Sustentabilidade, na gestão da Universidade, consiste em estratégia de crescimento, sob a perspectiva da mantenedora e dos contribuintes, em que os critérios de desempenho são orientados para a eficiência e produtividade. A Perspectiva do Aprendizado, Inovação e Crescimento direciona as prioridades para o desenvolvimento de um clima propício à mudança organizacional, à inovação e ao crescimento, e seus critérios de desempenho estão orientados para a eficiência e eficácia. A adoção dessas perspectivas é importante para a definição da estratégia, pois estão atreladas aos respectivos critérios de desempenho: – desempenho nas ações voltadas para a consecução de objetivos abrangentes, de natureza política e cultural e na interação com a sociedade, traduz o princípio da responsabilidade social; – os processos internos criam e cumprem a proposição de valor para o públicoalvo, constituindo-se em um indicador de melhorias que terá impacto junto ao mesmo – a criação de valor sustentável é resultado de forte investimento nos ativos intangíveis; – desempenho nos processos pedagógicos conduz ao êxito com o público-alvo e é o principal componente do cumprimento da missão institucional. Além de medir por meio de indicadores, a exemplo de tipo de formação cidadã, princípios éticos, etc., essa perspectiva define a proposta de valor para a comunidade (interna e externa); – desempenho na gestão dos recursos, é indicador de responsabilidade no uso dos recursos públicos. Kaplan e Norton (2004, p. 7) explicam que “os objetivos de aprendizado e crescimento descrevem como pessoas, tecnologia e clima organizacional se conjugam para sustentar a estratégia”. Eles entendem que as melhorias nos resultados de aprendizado e crescimento são indicadores de tendências para os demais processos. Os objetivos de todas as perspectivas interligam-se uns aos outros numa cadeia de relação de causa e efeito. O

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desenvolvimento e o alinhamento dos ativos intangíveis induzem a melhorias no desempenho dos processos, que, por sua vez, impulsionam o sucesso para o público envolvido.

3.3 PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

A CPA deverá definir a metodologia e modelo de avaliação institucional para a UEFS e suas formas de acompanhamento. Atualmente, as Pró-Reitorias já realizam avaliações no Ensino, na Pesquisa e na Extensão. A avaliação das atividades acadêmicas acontece de forma processual, objetivando verificar a eficiência e eficácia dos projetos, processo de condução, métodos e procedimentos empregados. Essa metodologia de avaliação tem em vista possibilitar que os resultados obtidos venham processar-se com a análise simultânea das suas diversas esferas de atuação: ensino, pesquisa, extensão, gerando possibilidade de constituir-se em ponto de partida e dar novas perspectivas às diretrizes institucionais. No Ensino de Graduação, foi introduzido de forma permanente, no calendário acadêmico, o período de avaliação e planejamento acadêmico dos cursos, que acontece entre os semestres. Esta medida tem por objetivo melhor integrar as ações desenvolvidas nos cursos, que se apresentavam de forma fragmentada. A partir da instituição deste período, cabe aos Colegiados, em articulação com os Departamentos e a PROGRAD, avaliar, planejar e articular as atividades desenvolvidas, principalmente pelos Departamentos, para formação dos docentes, visando a alcançar o perfil profissional que está expresso no projeto pedagógico de cada curso. Para acompanhamento das atividades docentes, a PROGRAD iniciou a implantação de um banco de dados que permite uma avaliação da competência instalada e encargos para julgamento de pedidos de seleção e concursos

e redistribuição de encargos docentes, entre outras necessidades da Instituição. Na Pós-Graduação, os cursos novos são demandados pelos Departamentos e passam pela avaliação de mérito da área, do Departamento e da Câmara do CONSEPE. O processo é aprovado pelo CONSEPE e pelo CONSU de acordo com regulamentação própria. Os programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) além da tramitação interna são recomendados pela CAPES, antes de serem implantados, e são avaliados anualmente, recebendo notas finais de avaliação a cada três meses. Os cursos são encaminhados para a CAPES pela PPPG, que acompanha sua implantação, funcionamento e avaliação. Os projetos de Pesquisa são demandados pelos docentes, geralmente por um grupo de pesquisa, e são avaliados quanto ao mérito pela área, pelo Departamento, pela Câmara do CONSEPE e, após aprovação por este Conselho, são registrados na PPPG. Os projetos são acompanhados a partir de relatórios anuais de pesquisa, elaborados pelos coordenadores. Aqueles com financiamento externo, por terem sido avaliados no mérito, são encaminhados, diretamente pelo Diretor do Departamento, para a Câmara de PósGraduação e CONSEPE, visando ao seu registro. Os bolsistas de Iniciação Científica apresentam relatórios dos resultados das pesquisas por ocasião da renovação da Bolsa e relatórios finais, que são avaliados pela Comissão de Bolsa da PPPG, formada por todos os Coordenadores de Iniciação Científica dos Departamentos da UEFS. Além da avaliação dos relatórios, a PPPG considera da maior importância a apresentação dos resultados em eventos científicos (encontros e seminários das áreas específicas), notadamente a publicação dos resultados em periódicos nacionais e internacionais. Na UEFS, anualmente é realizado o Seminário de Iniciação Científica, que inclui os Bolsistas do CNPq, da FAPESB e da própria UEFS, especialmente bolsistas PROBIC (Programa de Bolsa Institucional de Iniciação Científica). Nos últimos dois anos foram realizados conjuntamente o Seminário de Pesquisa e Pós-

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Graduação e o Seminário do Programa Institucional de Bolsa Extensão. Na Extensão, em relação aos Projetos Institucionais, o acompanhamento se dá por meio de relatórios trimestrais das atividades executadas pelos bolsistas, realização de Seminários e Encontros, observação in loco visando à reflexão e revisão das políticas adotadas em programas e projetos que favoreçam as práticas extensionistas. Já o processo avaliativo dos Projetos Interinstitucionais acontece por meio de supervisão sistemática, com observação in loco do andamento das experiências, avaliação

periódica presencial das ações, utilizando-se, como meios, relatórios e encontros. Essa metodologia de avaliação de projetos expressa, de modo claro e compreensível, se, de fato, os objetivos foram alcançados dentro de um prazo delimitado e se são capazes de revelar mudanças efetivamente atribuídas às ações do projeto. O resultado dessas avaliações é utilizado como subsídio para a gestão universitária e, em especial, para os processos de revisão do Planejamento e do PDI.

70

4 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PDI

Qualificação do Ensino e fortalecimento da interação ensino-pesquisa-extensão −

− −

METAS Ampliar para 90% o nº de mestres e doutores, até 2009 Ampliar para 50% o nº de doutores, até 2009 Promover atualização didático-pedagógica para atender 100% da demanda, até 2009



Atualizar 100% dos Projetos Pedagógicos dos cursos, até 2007



Melhorar a infraestrutura de 100% das salas de aula, até 2008 Melhorar e atualizar 100% dos laboratórios didáticos, até 2009 Atualizar e ampliar em 20% o nº de títulos do Sistema de Bibliotecas, até 2009







− −

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Definir prioridade das áreas de conhecimento (nos Departamentos) para capacitação docente Atualizar o Programa de Capacitação Docente Promover atualização didático-pedagógica para docentes, a partir das demandas Priorizar contratação de doutores em concursos públicos Implementar a avaliação do desempenho docente Reavaliar as diretrizes institucionais Promover a atualização dos Projetos Pedagógicos dos Cursos Promover a reestruturação dos currículos dos cursos Criar mecanismos de acompanhamento Levantar a situação atual das salas de aula e Laboratórios e as demandas pedagógicas Elaborar e implantar plano de melhoria da infra-estrutura de salas de aula e laboratórios

Identificar necessidades e prioridades dos cursos – para ampliação de acervo Avaliar e executar Plano de Qualificação do Acervo Atender 100% de Intensificar o Programa Balcão de Estágio, estudantes da UEFS com acompanhamento docente nos programas de Apoio Ampliar apoio psico-pedagógico ao estudante Pedagógico ao Estimular a prática da orientação acadêmica Estudante, até 2009 Propiciar maior atenção aos estudantes com necessidades especiais Intensificar o programa de iniciação científica Incentivar a atuação docente direcionada para o estímulo à interação ensino-pesquisaextensão e cultura Estruturar a gestão – acompanhamento e avaliação de Bolsas Desenvolver e disseminar o manual de orientação ao estudante Manter estratégia para atendimento ao aluno da pós-graduação Reduzir em 50% a Revisar e reestruturar a política de assistência evasão, até 2009 estudantil Melhorar em 20% o Desenvolver e implementar o Projeto de fluxo de saída, em todos melhoria do fluxo de saída e redução da os cursos evasão Ampliar espaços na Biblioteca para estudos individuais e coletivos Promover estudos para verificação da possibilidade de preços diferenciados no Restaurante na Universidade

2007

2008

2009

2010

71

METAS







Expandir em 30% o nº de vagas na graduação, até 2009 Expandir a oferta de cursos de pósgraduação stricto sensu da UEFS em 30 % até 2009, assegurando os padrões de qualidade. Aumentar a produção científica qualificada em 30% até 2009, visando, conseqüentemente, a uma melhor conceituação pela CAPES dos cursos implantados

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Ampliar e estruturar a oferta de vagas na Residência Universitária Estimular a organização da oferta dos cursos por turno Concluir e executar Projeto de Expansão da Graduação

2007

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2009

2010

2008

2009

2010

2011

Desenvolver e implementar Programa de Estruturação e Melhoria da Pós-graduação (stricto sensu e lato sensu) Identificar e estimular grupos de docentes em áreas com potencial para o desenvolvimento de pesquisa e pós-graduação Estimular a criação de cursos lato sensu como embrião para futuros cursos stricto sensu. Incentivar o aumento da produção científica docente qualificada

Melhoria da gestão das atividades acadêmico-administrativas −







METAS Implantar, até 2008, um sistema integrado de gestão para as atividades acadêmicoadministrativas Atingir 100 % de matrículas Web até 2007 Atingir 100% de cadernetas preenchidas eletronicamente, até 2007

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2007 Avaliar e aperfeiçoar os processos desenvolvidos na área acadêmicoadministrativa Desenvolver e implantar Sistema de Informação Gerencial integrado, para gestão e acompanhamento das atividades acadêmicoadministrativas Implantar sistema de matricula WEB Implantar sistema de caderneta eletrônica Aperfeiçoar sistema de gestão da Graduação Aperfeiçoar sistema de gestão da Pesquisa e da Pós-graduação Aperfeiçoar sistema de gestão da Extensão Aperfeiçoar, até 2007, o Concluir e implementar Projeto de processo seletivo para o Aperfeiçoamento do Processo Seletivo acesso à graduação ProSel

Fomento à Pesquisa e Produção Científica como instrumento para o desenvolvimento científico e tecnológico −



METAS Expandir em 30% a publicação da produção do conhecimento científico, técnico, artístico e cultural, até 2009 Expandir em 30% a busca de recursos externos para pesquisa

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Sistematizar o acompanhamento e avaliação da Pesquisa e da produção científica, técnica, artística e cultural Criar e fomentar grupos de pesquisa credenciados no CNPq Criar e implantar Programa de apoio à publicação da produção do conhecimento científico, técnico, artístico e cultural Implementar a Editora Universitária da UEFS Desenvolver e implementar Programa de permanência produtiva de docentes doutores na UEFS Desenvolver um sistema de auxílio à elaboração e acompanhamento dos financiamentos externos à pesquisa

2007

2008

2009

2010

72 GESTÃO UNIVERSITÁRIA E SUSTENTABILIDADE DA UEFS Reestruturação das políticas institucionais e instrumentos normativos −

METAS AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Atualizar, até 2007, os Criar grupo para estudo e proposições instrumentos normativos Revisar os instrumentos normativos em vigor da UEFS Implementar instrumentos atualizados, através de prerrogativas legais

2007

2008

2009

2010

2007

2008

2009

2010

Qualificação da gestão estratégica, orçamentária e financeira −



METAS Concluir até 2007 a implantação do sistema de informação gerencial do Orçamento Compartilhado

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Criar e implementar ferramentas de avaliação e acompanhamento das estratégias definidas Concluir a Implementação do sistema informatizado para a gestão do Orçamento Compartilhado Desenvolver e implementar projeto de gestão e apropriação de custos Implantar novo modelo Realizar estudos da configuração organizacional, até 2009 organizacional – diagnóstico da dimensão estrutural – para possibilitar o ajuste da estrutura organizacional aos novos desafios institucionais Implementar alterações propostas

Melhoria da captação e gestão de recursos externos −

METAS Ampliar em até 100% a captação de recursos externos para a UEFS, até 2009

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Desenvolver e implementar Programa de gestão da captação de recursos na UEFS Criar “Escritório de Projetos” Capacitar novos agentes

2007

2008

2009

2010

2007

2008

2009

2010

2007

2008

2009

2010

Melhoria dos processos administrativos e qualificação da informação −

METAS Implantar, até 2007, Sistema de Informação Gerencial integrado

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Desenvolver e implementar Plano Estratégico da Informação Desenvolver e implementar Projeto de melhoria dos processos administrativos Desenvolver e implementar Sistema de Informação Gerencial integrado

Modernização da Gestão da Tecnologia da Informação −

METAS Implementar, a partir de 2007, novas ferramentas de gestão tecnológica e da informação.

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Desenvolver e implementar Projeto de Modernização da tecnologia de rede e hardware Desenvolver e implementar Projeto de Modernização da tecnologia de software

73 Melhoria da Comunicação na UEFS −

METAS Implantar, até 2007, o Programa de Comunicação Integrada

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Elaborar e implantar Plano Estratégico de Comunicação integrada Desenvolver e implementar Projeto de padronização das informações / divulgações oficiais da UEFS Desenvolver e implementar programa de revitalização da TV e Rádio Universitária Desenvolver e implementar o Portal da UEFS

2007

2008

2009

2010

2007

2008

2009

2010

2007

2008

2009

2010

Melhoria da Gestão de Pessoas na UEFS −





METAS Implantar, a partir de 2006, progr. Institucional de desenvolvimento do servidor Realizar pesquisa de clima organizacional na UEFS, a cada 2 anos Avaliar e acompanhar o desempenho dos servidores, a cada ano, a partir de 2007

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Criar comissão para estudos e definição de políticas e diretrizes para a capacitação do servidor técnico-administrativo Implementar Programa de Capacitação do Servidor técnico-administrativo Desenvolver e implementar projeto de capacitação de gestores Desenvolver e implementar Programa de Segurança e Saúde Ocupacional e de Assistência Social Realizar estudos da configuração organizacional (diagnóstico da dimensão humana): análise da distribuição de pessoal para possibilitar a alocação adequada conforme as demandas dos Setores; e pesquisa de Clima Organizacional Implantar ações decorrentes dos resultados da Pesquisa de Clima Implantar Programa de Avaliação de Desempenho dos servidores Implantar Programa de Inserção do novo servidor Desenvolver manual de orientação administrativa para o servidor

Expansão, reorganização e melhoria dos espaços físicos e serviços −







METAS Implantar projeto de modernização da gestão da infra-estrutura, até 2007 Ampliar em 20%, até 2009, o espaço físico construído no Campus da UEFS

Adequar, recuperar e reformar 50% dos espaços físicos, até 2009 Otimizar 100% dos espaços físicos da UEFS, até 2008

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Desenvolver e Implementar Projeto de modernização da gestão da infra-estrutura física do campus e extra-campus (sistemas, rotinas, procedimentos) Atualizar Plano Diretor do Campus

Elaborar e executar Projeto para Ampliar a estrutura física da Universidade, construindo novos espaços, visando a atender às demandas institucionais Elaborar e executar Projeto de Adequação, recuperação e reforma dos espaços existentes Elaborar e implantar Programa de Racionalização na utilização dos espaços físicos do campus

74











METAS Ampliar o sistema de manutenção preventiva, reduzindo número de solicitações de manutenção corretiva em 50% até 2009 Implantar sistema de segurança mista (eletrônica e ostensiva) – em 100% do campus e unidades extracampus –, até 2009 Aumentar a eficiência dos serviços terceirizados em 100% dos contratos, até 2009 Melhorar 100% dos serviços básicos até 2009

Reduzir os custos totais efetivos com energia elétrica em, no mínimo, 30%, até 2009

AÇÕES ESTRATÉGICAS Desenvolver e Implementar Projeto Manutenção Preventiva

2006

2007

2008

2009

2010

AÇÕES ESTRATÉGICAS 2006 Instituir CPA – Comissão Permanente de Avaliação Desenvolver e implementar projeto de Avaliação Institucional – execução e acompanhamento

2007

2008

2009

2010

Implementar Campus e eletrônica)

de

Projeto de Segurança do extra-campus (ostensiva e

Desenvolver e Implementar Projeto qualidade dos serviços terceirizados

de

Desenvolver e Implementar Projeto de melhoria dos serviços básicos: telefonia, água, luz e transporte Avaliar e acompanhar índice de satisfação dos usuários, aplicando instrumento específico Desenvolver e Implementar Projeto de qualidade e eficiência energética da iluminação do campus e extra-campus Implantar Programa de Racionalização do uso da energia elétrica

Avaliação Institucional permanente −

METAS Realizar, anualmente, a Avaliação Institucional permanente a partir de 2006

75 CONSOLIDAR AS RELAÇÕES COM A SOCIEDADE E ATENDER ÀS DEMANDAS SOCIAIS

Fortalecimento do Compromisso com a Responsabilidade Social e com o Desenvolvimento Sustentável da Região do Semi-árido METAS −

Reestruturar, até 2007, a política de Integração da Academia com a Sociedade, definindo linhas prioritárias de atuação

AÇÕES ESTRATÉGICAS

2006

2007

2008

2009

2010

2006

2007

2008

2009

2010

2007

2008

2009

2010

Promover a articulação permanente com os diversos atores sociais (governos, empresas, instituições educacionais e sociais, sociedade civil) Criar o Centro Institucional de Ciência, Tecnologia e Cultura, visando o desenvolvimento sustentável da região Realizar encontros com a comunidade para troca de idéias e de produtos Promover ações internas para o envolvimento de todos os cursos e áreas da UEFS na produção de tecnologias desenvolvidas a partir da interação com a comunidade, visando a criação de soluções para a transformação social Implementar programa de atividade curricular em comunidades Identificar e avaliar as ações de extensão desenvolvidas na UEFS, promovendo melhorias Criar alternativas para o incentivo a incubadoras

Democratização do Acesso ao ensino de graduação METAS −

AÇÕES ESTRATÉGICAS

Ampliar, em 50%, até Desenvolver e implementar Projeto de 2009, o percentual de Inclusão Social: acesso do estudante na acesso de pessoas UEFS historicamente excluídas

Difusão Científica e Tecnológica prioritariamente na região do Semi-árido METAS −

Implantar, até 2008, o Programa de Difusão Científica e Tecnológica da UEFS

AÇÕES ESTRATÉGICAS

Criar e implantar Sistema de Informação para a gestão do conhecimento produzido na UEFS Criar Portal da Ciência Tecnologia e Inovação Criar Programa de interação e difusão da ciência e da arte Criar e executar programas de comunicação e campanhas sociais nas diversas áreas do conhecimento Criar e implantar projetos em comunidades, grupos sociais ou empresas, de tecnologias desenvolvidas na UEFS Estimular a produção do conhecimento e publicações de caráter popular, visando a divulgação científica

2006

76 Difusão da Arte, da Cultura, do Lazer e do Esporte no Semi-árido −

METAS

AÇÕES ESTRATÉGICAS

Ampliar, em 20% até 2009, as ações de difusão da Arte, da Cultura, do Lazer e do Esporte no Semi-árido

Avaliar o estado da arte das ações difundidas pela UEFS e a sua relação com as demandas da região Desenvolver e implementar o Projeto de preservação e valorização do patrimônio cultural Intensificar a promoção de oportunidades para que artistas e artesãos possam expressar os seus talentos Desenvolver e implementar Programa de Economia Criativa (agregação de valores culturais à economia produtiva) com ênfase em gestão e formação profissional Fortalecer o Programa de incentivo à arte à cultura, ao esporte e ao lazer

2006

2007

2008

2009

2010

2006

2007

2008

2009

2010

Expansão das Ações de Intercâmbio da UEFS −

METAS

AÇÕES ESTRATÉGICAS

Implantar, até 2008, o Projeto de Expansão das Ações de Intercâmbio da UEFS

Definir políticas de intercâmbio para a UEFS Elaborar Projeto de Intercâmbio da UEFS, buscando o envolvimento dos diversos segmentos administrativos e acadêmicos Estabelecer um foro central para todos os assuntos nacionais e internacionais ligados a UEFS

77

REFERÊNCIAS

CORREIA, Maria da Conceição Nogueira. Gestão acadêmica na UEFS: buscando a efetividade. 2004. 142 f. Dissertação (Mestrado em Gestão). Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Salvador / Unidade Baiana de Ensino Pesquisa e Extensão (UNIBAHIA), Lauro de Freitas. DEMO, Pedro. Indicadores de Qualidade para o Ensino da Graduação: Para burilar conceitos e procedimentos – IPEA/CPS, Brasília, mimeo, 1991. KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Mapas estratégicos balanced scorecard: convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Organização orientada para a estratégia: como as empresas que adotam o balanced scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. 11. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. Universidade Estadual de Feira de Santana. Relatório de Recredenciamento. Feira de Santana, BA, 2000, v. 1.

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ANEXOS

Estatuto da Universidade Estadual de Feira de Santana Regulamento do Ensino de Graduação

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