CONSIDERAÇÕES SOBRE A CRIAÇÃO Rayom Ra (arcadeouro.blogspot.com)
Parte I
O que apresentarei a seguir em forma de questionário com perguntas e respostas, é a primeira parte de um programa já elaborado em que faço abordagens sobre aspectos da criação. Claro, evidente, e sem a menor dúvida que o contexto global da criação não pode ser condensado em linhas e páginas de nenhuma obra. São unicamente incursões, tentativas de algo materializar, e pretendo aos poucos ir postando novas parcelas desse trabalho. 1. Que são mundos? R. Mundos, dimensões ou planos, são campos vibratórios construídos pelo Logos aonde a Vida vem ancorar-se para realizar as suas transformações, segundo o Grande Plano da Criação. 2. Quantos e quais são os mundos? R. São sete os mundos em nosso sistema solar. Na terminologia esotérica, são os seguintes: 1. Adi - Mundo Divino = Atividade do Logos 2. Anupadaka - Mundo Monádico = Atividade das Mônadas (Esses dois mundos já se achavam organizados antes de o Logos se manifestar para a construção do nosso sistema solar. Portanto, o Logos passou a trabalhar na construção dos cinco mundos abaixo) 3. Atma - Mundo Espiritual = Espíritos 4. Buddhi - Mundo Intuicional = Intuição 5. Manas a) Superior - Mundo Mental = Mente Abstrata b) Inferior - Mundo Mental = Mente Concreto 6. Kama - Mundo Astral = Emoções 7. Sthula - Mundo Físico = Etérico e Físico 3. De que é constituído o mundo físico? R. De matérias sólidas, líquidas e gasosas. Registra-se também no mundo físico o campo vibratório etérico, composto das combinações de quatro éteres terrestres, chamados: éter vital, éter refletor, éter luminoso e éter químico.
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4. Qual a importância do mundo físico? R. O mundo físico representa o ponto máximo do mergulho ou alcance da projeção do Logos ao criar o sistema solar. A matéria física é um resultado do processo de condicionamento da energia manipulada pelo Logos. 5. Como entender esse pensamento? R. Os mundos idealizados pelo Deus Incognoscível foram trabalhados na Mente Arquetípica do Logos não somente para abrigar a Vida em seu processo evolutivo, mas também para finalidades ainda não conhecidas pela mente humana na cronologia cósmica. Mas sabem os esotéricos avançados que novos e superiores ciclos de desenvolvimento da Vida virão a ser experimentados e cumpridos, uns após outros, na medida em que o Logos julgue apropriado fazer germinar outras sementes do Seu pensamento objetivo. Os mundos de nosso sistema solar, que juntos abrigam a Vida desde o seu inicial mergulho em busca de experiências, são referências para diversas situações em todas as dimensões do grande campo de atividades denominado CírculoNão-Se-Passa que o Logos estabeleceu. Assim, O Grande Plano da Criação que o Logos revela em alguns aspectos, compreende, em meio a outros propósitos, ampliar a percepção consciente da Vida para futuras interpolações a níveis cósmicos noutros mundos superiores. Esta ideação planeja, além da ampliação perceptiva da consciência, processar a matéria do sistema solar para que também abranja diversos graus de consciência e abrigue com crescente conveniência a Vida que nela evoluiu. Esse trabalho nos diversos aspectos da matéria, é tão grandioso quanto é conduzir a Vida de um estado de inconsciência para a super-consciência, pois vem exigir intensos estágios de sutilização e transmutação da própria matéria, através de especial dinâmica empregada pelo próprio Logos. É algo inexplicável ao atual nível mental e espiritual do homem não suficientemente evoluído. No curso dessas atividades, a matéria física densa realiza o papel de pólo oposto ou polaridade negativa, para a qual a força e energia criadoras se lançam até alcançar um extremo. Nesse extremo, representando o ponto mais profundo do mergulho da Vida, a força e a energia originais empregadas pelo Logos terão se distendido ao máximo nos seus percursos de ida, sendo necessário, a partir daí, a Vida trabalhar seus próprios recursos para realizar o percurso de volta, através, inicialmente, da extração e utilização de elementos e fatores intrínsecos à própria matéria, o que se dará em muitos bilhões de anos terrestres. Dessa maneira, é no espaço polidimensional ocupado pelo Logos, através de seu veículo de manifestação, - o próprio sistema 2
solar, - que acontece toda a evolução da Vida e matéria na Consciência desse Deus Solar. 6. Por que é necessário à Vida atingir o mundo físico denso? R. A Vida precisa deter muitas experiências para tornar-se rica e produzir resultados que interessem a Consciência do Logos no plano evolutivo por Ele elaborado. O Logos imprime sua vontade a fim de que as experiências duais se processem nos opostos até determinadas condições e limites, onde a partir daí, e depois de cumprida esta meta, a Vida novamente incorpore o princípio da unidade. Do ponto de vista da construção do sistema solar, as situações não somente indicam um rebatimento perfeito do planomatriz original, de onde os mundos posteriormente se revelam pelas projeções invertidas da matriz, como também demonstram a existência de um núcleo central de onde tudo parte. Esse movimento distendido alcança o seu nadir ao limite último do Círculo-Não-Se-Passa, e ao retornar, trará de volta a matéria nele contida, para vir novamente transformar-se numa unidade Espírito-Matéria, onde a sabedoria da criação estará impressa no Véu da Consciência. Como Espírito e Matéria, quintenssenciados, são a própria Vida e a Vida necessita sair de seu estado original, isso também implica migrar e interiorizar-se nos espaços fenomenais dos mundos edificados pelo Logos, dos quais o mundo físico é parte. 7. De que maneira a Vida vem auferir da experiência física? R. A Vida que se projeta no arco involutivo, vem se manifestar segundo diferentes padrões vibratórios dos átomos constitutivos dos respectivos mundos que o Logos edificou. Em cada mundo a Vida precisará adaptar-se aos respectivos padrões vibratórios, mesmo num estado de inconsciência. Nesta projeção, e para auferir dos resultados de suas experiências, serão necessários muitos bilhões de anos terrestres para que valores acumulados venham enriquecer a Vida. Tanto quanto os giros vão se sucedendo, a Vida obterá quantificações que mais tarde, no reino hominal, serão reconhecidas pela discriminação intelectual. Mas esse reconhecimento somente se dará quando da incorporação de certas energias aos átomos constitutivos dos corpos de manifestação do ego terreno. E como os padrões vibratórios da matéria física densa são inferiores aos da matéria de outros mundos, ou seja, mais lentos, isso vem facilitar à Vida mergulhada na matéria física densa, incorporar experiências necessariamente longas num quadro temporal que permanecerão indeléveis na memória de seus átomos físicos. 3
8. Como entender melhor esse processo? R. A Vida que se multiplica em individualidades durante o processo evolutivo, vem se constituir em egos terrenos. Os egos terrenos são organizados em veículos de manifestações, cujas conscientes ações produzem transformações das condições ambientais da vida planetária. A mônada é o chamado “espírito puro” que mantém permanente e estreita vigilância ao ego terreno, através da alma no seu próprio plano. Assim, espírito (ou mônada), alma (ou ego superior) e ego terreno (ou personalidade), precisam atuar com objetivo único. O ego terreno, ao realizar transformações em seu habitat, obtém as experiências na matéria; a alma as absorve e administra segundo o carma do ego terreno, e o espírito determina, em última instância, através da alma, quanto mais precisará o ego terreno trabalhar e evoluir. O ego terreno é, em ultérrima definição, uma chispa da alma individualizada que se encontra limitada pela matéria dos mundos inferiores, de que tratará de conhecer e com ela consubstanciará seus veículos para tornar-se cada vez mais consciente destes mundos. Isso ele somente conseguirá pouco a pouco, através de muitas interpolações na matéria da qual é externamente constituído, considerando-se que o ego atua sob diferentes padrões vibratórios dos seus corpos ou veículos de manifestação. As parcelas do conhecimento gradual obtidas na matéria dos mundos inferiores estarão armazenadas no corpo causal, que é o instrumento da alma no plano mental superior de onde ela intercede nas aquisições das experiências do ego terreno no mundo físico denso e nos mundos etérico, astral e mental concreto. Para reconhecimento e orientação, os valores conceituais definirão na alma o que seja a vida circunscrita aos mundos ou planos nos quais o ego terreno possui corpos de manifestação. A matéria física densa vem se constituir no “outro lado” da realidade espiritual. Entretanto, a Vida operando nesse estágio de nossas atividades planetárias, necessitará reconhecer a matéria densa sob as ações dos aspectos involutivos e evolutivos das leis da natureza. Assim, a Vida interagindo com as formas tridimensionais, através dos sentidos do ego encarnado, poderá inserir-se ao pensamento criador e nele permanecer conscientemente para, num futuro, quando o Criador assim determinar, vir trabalhar edificando novos universos onde a matéria densa esteja presente. Nesse processo, a Vida mergulhada na matéria, além de interagir com a matéria sólida, precisará senti-la em todos os seus aspectos e dela apropriar-se. Para essa finalidade, é necessário estar revestida de veículos apropriados, sendo os reinos os responsáveis em proporcionar esses veículos de manifestação 4
conforme estamos tratando. Assim, a Vida individualizada virá estar adequadamente manifestada no mundo da matéria físicodensa, bem como na matéria dos mundos imediatamente superiores, através do ego terreno. Mas as ações físicas, para tornarem-se válidas, precisarão estar relacionadas a processos naturais incorporados à mente objetiva do ego terreno, que o conduzam a realizar a dinamização da matéria segundo o pensamento do Logos no Grande Plano da Criação, a fim de trazer a matéria transformada de volta a sua origem. Dessa maneira, a Vida caracterizada em bilhões de egos, ao se utilizar de veículos para sua manifestação, realizará intenso trabalho para potencializar a Vontade Dinâmica em si mesma e em seus próprios veículos. A Vontade Dinâmica é inerentemente transformadora. Sua ação imanta e atrai energia e força da matéria física e da matéria dos mundos imediatamente superiores. A luta entre a energia interior da Vida e a energia nos interstícios da matéria, virá constituir-se num campo de batalha onde espírito x matéria litigarão, pois a Vida como consciência reveladora incorpora a dinâmica transformadora e evolucionária do espírito, e a Vida como energia consolidante da matéria incorpora, dentre outros atributos, a aparente inércia. Por muitos bilhões de anos terrenos a matéria sufocará o espírito, mas pouco a pouco, conduzido pelas leis da evolução, o espírito virá libertar-se. 9. Que é o “outro lado” da realidade espiritual? R. Na verdade, essa referência é meramente coloquial, porquanto a realidade espiritual é Deus na totalidade espírito-matéria. Porém, ao tratarmos do Grande Plano da Criação, trazido objetivamente às miríades de formas e condições fenomenais, necessariamente subjugadas ao tempo e ao espaço em determinadas dimensões, não poderíamos nos furtar em separar situações para melhor entendimento. Mesmo porque seria impossível analisarmos o Plano do Criador se não partíssemos ora do particular para o geral, ou vice versa, utilizando-nos de metáforas e analogias. O Deus Criador, ao processar a Idéia da Criação, o fez segundo suas próprias necessidades dentro de um plano evolutivo de inimaginável magnitude cósmica. Entendemos o Criador por concepções antropomórficas, sem conhecermos, de fato, como e porque Ele existe, e de que maneira pode desdobrar-se em outros deuses criadores sem perder aquilo que chamamos de unidade. Entendemos, não obstante, que o Criador é também um Ser em evolução que necessita plasmar-se em formas de expressão para a consecução de um pensamento evolutivo. Do contrário, acharíamos que se Deus fosse de todas as maneiras o Criador completo em Quem nada faltasse, e nada mais Ele necessitasse, toda a Criação 5
e o dramático desenrolar da Vida em nosso planeta e sistema solar, seriam meras distrações de um enfadado Todo-Poderoso. Neste caso, quão cruel seria a existência e o próprio Criador! Recusamo-nos a aceitar a explicação do Plano Criador nestes termos. Ao admitirmos que o Criador seja perfeito, Ele assim será tanto quanto ainda não o compreendamos em níveis cósmicos finitos. E quando Ele modifica a condição de Sua Vida para vir habitar mundos que Ele mesmo criou, estará desdobrando um “outro lado” que a Vida Imanifesta na sua origem desconhecia completamente. Como consequência, ao se autolimitar sob calculadas condições, Ele mesmo deterá experiências daquilo que se utiliza. O “outro lado” seria a sombra de Sua Inteligência que a Vida conhecerá a partir de um plano de matéria física densa, adicionada da matéria dos mundos etérico, astral e mental concreto, também considerados mundos inferiores. 10. Os mundos se equivalem nas dez cadeias planetárias de nosso sistema Solar? R. Os mundos sendo campos vibratórios que se interpenetram contêm tudo o que veio à existência no sistema solar. As dez cadeias planetárias possuem globos de diferentes composições de matéria desses mundos, mas sem dúvida, haverá diferenças nas suas estruturas atômicas.
Parte II
1. Outros sistemas solares estarão também condicionados à mesma matéria dos mundos? R. Cada sistema solar é a encarnação de um Logos. Os mundos vêm à manifestação objetiva através da Mente e operosidade do Logos, segundo a Vontade Original do Criador Incognoscível. As matrizes arquetípicas dos mundos já coexistiam no pensamento do Logos Incorpóreo, em Seu primeiro aspecto, antes dele vir trabalhar sobre elas. O Logos Incorpóreo, em seu particular pensamento, processa um sistema solar não somente a partir das matrizes preestabelecidas e já configuradas na Ideação, mas também segundo as mensagens emitidas pelo Criador Etéreo. Essa emanação emergente idealizada pelo Criador Incognoscível para vir interagir com o Logos Incorpóreo, impõe qual o tipo de matéria diferenciada será necessária à gestação do sistema solar, como também vem plasmar no Logos Incorpóreo a capacidade perceptiva e 6
operante da Vontade como elemento essencial à sustentação do Plano da Criação. Dessa maneira, o sistema solar vem existir na objetividade, nos seus mínimos detalhes, através da conjugação da Vontade com outros dois atributos, Sabedoria e Inteligência Ativa, esses últimos inerentes ao segundo e terceiro aspectos do Logos na Sua tríplice manifestação. 2. Há então diferenças entre a matéria de um e outro sistema solar? R. Sim, embora a matéria primordial seja de única raiz, caso contrário todos os mundos evoluiriam segundo um só prolongamento, limitados por exatas réplicas dos atuais ou desaparecidos sistemas solares. Há bilhões de sistemas solares por todo o macro universo e não conseguiríamos conceber como, exatamente, Vida e Matéria neles se desenvolvem. Mas não há razão para admitirmos que todos tenham idênticos nascimentos, vida e desaparecimentos, pois todos os Logos encarnam uma necessidade de um sistema solar. 3. Como entender melhor essas relações? R. Os sistemas solares vêm à existência segundo as projeções realizadas pelo pensamento de seus Logos, de acordo com respectivos Planos de Criação pré-estabelecidos. O nosso sistema solar já cumpriu pouco mais de um terço da projeção da vida para ele idealizada, tendo passado por uma encarnação e estando a se desenvolver na segunda. Muitos trilhões de anos terrestres são ainda previstos para a decorrência de outra encarnação. Nesse particular, é fácil entendermos que a qualidade da matéria dos mundos que fizeram parte da primeira encarnação não pode mais ser a mesma para a segunda, pois a matéria evoluiu em consciência. Assim, na atualidade, a matéria deste sistema solar está mais qualificada do que estava anteriormente, e no futuro, esta mesma matéria estará ainda mais qualificada. 4. Sob que aspectos a matéria dos mundos difere de um para outro sistema solar? R. Sabemos que os sete planos ou mundos de nosso universo, com seus quarenta e nove subplanos, representam um só dos sete planos do Universo Cósmico acima do nosso. Em nosso sistema solar, a matéria dos mundos já foi trabalhada por uma encarnação inteira do Logos, proporcionando que as consciências nele manifestadas desenvolvessem o aspecto Inteligência Ativa da matéria. Naquelas condições, foi realçado o poder da matéria propriamente dito, através da capacidade das vidas em incorporar suas energias num processo transformador de conhecimento ativo. 7
Daí, produzirem-se consciências com poderes mágicos e egocêntricos. Nessa segunda encarnação do sistema solar, a tônica estabelecida pelo Logos atrai as consciências para evoluírem do conhecimento da matéria para a sabedoria, através, principalmente, de um fator de maior magnitude e magnetismo, denominado amor. 5. De que maneira a Inteligência Ativa atuou nas consciências das vidas do primeiro Sistema Solar? R. A Inteligência Ativa é a qualidade-atributo do Terceiro Logos, denominado de a Mente Universal. No espaço-tempo em que se verificou a construção do sistema solar, como também a condensação de suas formas e a conformação dos mundos, descortinaram-se vários aspectos dos poderes criadores que foram direcionados à matéria, a fim de que ela pudesse produzir desdobramentos e resultados. Muito embora o Segundo Logos, conhecido como o Cristo Cósmico, ou aspecto Sabedoria, viesse também atuar nos mundos criados, - pois era imprescindível que assim se fizesse, - a tônica de todo o sistema solar ressaltaria o aspecto atividade da matéria em mundos e reinos. As vidas em evolução, recentemente mergulhadas na matéria, teriam que se identificar com a matéria densa e a dos mundos imediatamente superiores extraindo qualidades para o necessário conhecimento. Isto somente poderia ser feito com a inclusão das vidas na própria matéria, o que aconteceu ao serem revestidas de veículos de manifestação. Todavia, para o processo do conhecimento vir produzir resultados, algo a mais seria necessário, além do revestimento veicular de matéria física densa e de matéria dos mundos imediatamente superiores. O conhecimento precisaria tender ao autoconhecimento, o que se daria unicamente pela identificação da consciência do “eu” com a matéria. Daí, que as leis regentes das transformações da natureza são as mesma aplicadas à matéria dos veículos que revestem as vidas, começando um processo cíclico de aquisição do conhecimento que alcançou maior sustentação com a evolução mais acentuada dos egos terrenos na vida planetária. No início, o processo foi gerado inconscientemente, e as vidas começaram a manipular as estruturas da matéria natural, sem atentar com o valor da Inteligência Ativa nelas incorporadas. Porém, mais tarde, através do pensamento conscientemente direcionado, vieram atrair este conhecimento e estabelecer relações com a matéria de seus corpos. 6. Como se dá a transferência dos poderes da matéria externa, para a matéria veicular das vidas? 8
R. Tanto as formas “estáticas” da matéria densa dos reinos da natureza, quanto às dos corpos em movimento das vidas manifestadas, incluindo-se os corpos sutis e superiores utilizados pelas personalidades, são nesta fase de evolução do sistema solar, revestimentos externos. As vidas que se transformam em egos terrenos, apesar de toda a evolução já atingida, conseguem tão somente alguma identidade com as forças da natureza, ao trato de sua matéria. Está longe ainda o dia em que espírito e matéria nos mundos inferiores serão mutuamente reconhecidos e manifestados como unidade na consciência do Logos. Entretanto, naquilo em que as vidas conseguiram apreender da matéria, obtiveram relativo êxito. Podemos considerar que a natureza em si é magica e tanto quanto as consciências consigam manter certos padrões vibratórios condicionados à tessitura dos egos terrenos, a identidade com o todo se dará cada vez mais profundamente. Acresce que os elementos psíquicos agregados ao mental do ego terreno, produzem hoje desdobramentos que proporcionam ao cérebro físico captar níveis superiores onde veículos do ego atuam e de onde é possível incorporar energias com a consciência física desperta. E como a tônica do primeiro sistema solar fosse da matéria propriamente, o conhecimento de suas possibilidades trouxe certos poderes aos egos, fruto da incorporação das energias de seus elementos naturais especialmente direcionados, - o que não se deu homogeneamente, - motivando com isso sentimentos de superioridade, orgulho e o despotismo. 7. Os sentimentos de superioridade, orgulho e o despotismo, não são também a tônica constante nos egos do planeta Terra, neste sistema solar? R. É verdade que estes flagelos ainda impressionam grandemente ao homem. Estas indignas aquisições parecem inerentes à condição da vida humana. Isto em grande parte acontece devido ao fato de milhões de egos no atual ciclo evolutivo do planeta Terra, ser ainda os mesmos que no primeiro sistema solar haviam incorporado estas noções separatistas. Outro fator importante contributivo a estas aquisições dá-se por conta da encarnação de egos jovens, recentemente egressos do reino animal, e daqueles ainda imaturos que povoaram o planeta Lua em passada cadeia planetária. Todos esses egos, atualmente no planeta Terra, tendem, por natureza, a ressaltar o egocentrismo que, devido a fatores diversos na intimidade da alma, ou por suas anteriores vidas no reino animal, não lhes permite ainda a visão de um crescimento evolutivo integrado e em harmonia. Por outro lado, apesar de toda essa realidade, a tônica da qualidade imposta pelo Logos para o segundo sistema solar, de 9
amor-sabedoria, choca-se com o egocentrismo conservador e racial ainda calcado nos egos recalcitrantes, o que vem causar-lhes além de grandes conflitos íntimos, doenças corrosivas aos seus órgãos físicos. Mas o processo evolutivo não pode estancar e o Logos finalmente verá triunfar a qualidade amor-sabedoria que o sistema solar necessita incorporar nas suas estruturas e consciência. 8. Como os mundos estão contidos no sistema solar? R. Os mundos têm existência simultânea no sistema solar, diferindo quanto à qualidade ou estrutura de sua matéria. A referência de estarem contidos nos limites do Círculo-Não–SePassa, equivale a uma mensuração geométrica em que os campos vibratórios de seus respectivos átomos, nas condições naturais estabelecidas, não devem ultrapassar o que foi estabelecido pela Mente do Logos. Embora entendamos essa idéia como um círculo ou circunferência planificada, na realidade esse Círculo-Não-SePassa são várias correntes de energia e força que resultarão numa forma ovóide esferoidal, dentro da qual o sistema solar acha-se circunscrito. A concepção de Círculo-Não-Se-Passa, está adstrita aos cinco mundos construídos pelo Logos, ou seja, físico, astral, mental, búdico e atmico, por possuírem, cada um, o limite de circunscrição de acordo com os padrões vibratórios de seus campos atômicos nas respectivas dimensões. 9. Como o movimento dos átomos condiciona-se ao Círculo-Não-SePassa? R. A tendência natural dos átomos é agregarem-se em moléculas e estas em células. Tanto quanto a lei de atração exerça a sua ação sobre a matéria, essa permanecerá estável e consistente até que outra força venha modificar esse seu estado. A matéria física, em comparação com a matéria dos mundos superiores, é submetida à maior força de atração da gravidade, devido ao seu peso, volume e densidade em relação aos fatores externos nela atuantes. Há diferentes graus na matéria, segundo os reinos, e diversificações dentro de um mesmo reino. Isto vem determinar uma variedade quase infinita no aspecto externo da matéria, mas não determina, somente por esse fato, maior ou menor volição aos átomos no tocante aos seus movimentos rotatórios e ao processo de coesão. A matéria dos mundos superiores passa por processos semelhantes quanto ao fator coesão, e da mesma maneira que ocorre com a matéria física, difere relativamente ao padrão vibratório atômico e a capacidade volitiva dos átomos. A coesão e dissociação dos átomos superiores, da matéria acima do mundo físico, obedecem com maior facilidade à vontade dirigida. Mas em suas ações naturais na matéria, os átomos mantêm-se agregados e 10
submetidos a um círculo magnético central, do qual podem parcialmente escapar pela maior volição que possuam, porém em condições especiais. Nesses casos, quando a matéria desloca-se à maior distância além do círculo central, seus átomos organizados em massas sofrem um processo crescente de desagregação celular. Esse fator, vem produzir ‘buracos” ou espaços entre as moléculas, o que determina a perda da qualidade nas porções constitutivas das massas. Como consequência, torna-se impossível à matéria nessas condições, obedecer escalas vibratórias compatíveis para que ainda avance à maiores distâncias, mantendo os mesmos padrões associativos. 10. De que maneira os átomos da matéria superior aos do mundo físico se comportam quando há desagregação da sua massa? R. A desagregação da massa respeita, nesse fenômeno, à perda de um percentual de seu poder coesivo. A força de atração do círculo central de um mundo mantém a matéria agregada ao atuar sobre o coeficiente molecular da matéria. Atuam, a força de atração magnética do círculo central e o coeficiente molecular, como dois pólos opostos que se atraem. Nesse processo, ao mesmo tempo em que o círculo atrai, vem proporcionar ao coeficiente maior poder coesivo molecular, em determinas escalas e limites, devido a uma ação centrípeta semelhante a da Terra em seu aspecto físico-denso. Mas quando a matéria afasta-se da força desse círculo central, o coeficiente passa a exercer menor influência ao seu conteúdo molecular, dando ensejo a que os átomos agora menos estimulados, venham diminuir o movimento rotatório, afastando-se uns dos outros, produzindo-se os “buracos.” Isto enfraquece a capacidade volitiva da matéria como um todo, e como consequência, ela torna-se menos capacitada a produzir modificações ambientais, ou a mover-se concentradamente como nos casos de unidades de consciências. Assim, na medida em que a matéria mais viaje livremente pelo espaço de seu mundo, dentro de seu Círculo-Não-Se-Passa, distanciando-se do círculo central sem estar submetida a fatores compensatórios de outras leis ou a recursos das ciências, os átomos irão perdendo gradativamente a força do conjunto.
Parte III
1. Que são éteres terrestres? 11
R. Éteres terrestres são variações do éter inferior que permeia a todo o universo. Estes éteres possuem qualidades inatas e atuam tanto nas formas dos reinos da natureza quanto nos chamados seres vivos. Nos estudos esotéricos, são conhecidos como éter vital, éter refletor, éter luminoso e éter químico. 2. Como os éteres vêm participar da vida no mundo físico? R. Os éteres são componentes do mundo etérico, participativo em associado do mundo físico denso, representando um tipo constitutivo da matriz de sua matéria. O mundo etérico estabelece uma linha divisória, sutil, entre a matéria física densa e a do mundo astral. No mundo etérico, registra-se o pulsar do cosmos através de seu oceano de ondas fluídicas e de prâna, vindo suas matrizes trabalhar como verdadeiros condensadores invisíveis a suster a matéria com diversas formas de energia. Além disto, é possível registrar no éter refletor a memória dos fatos acontecidos na natureza. 3. De que maneira o mundo etérico pode registrar a memória da natureza? R. O éter é considerado a matéria global do universo da qual provieram todos os mundos. O éter superior é a matéria prima onde o Logos imprimiu seu pensamento criador e modelou a Idéia da Criação. O sol, os planetas, as galáxias, uma folha de amendoeira, um grão de trigo - todos são variações do éter feito matéria em diferentes graus e qualidades. Apesar das formas dos mundos e de seus habitantes se mostrarem individualmente separadas, esta aparência deixa de existir ao verificar-se que o éter a todos vem unir num imenso e incomensurável oceano cósmico. Não existe “espaço vazio.” Esta afirmação vem trazer reflexões sobre a obra do Logos e da existência do éter que a tudo permeia num pensamento único da criação. No véu do éter ficam impressos todos os sons e movimentos do universo, desde o pensamento original do Logos, ao intentar o Grande Plano da Criação e sua conseqüente realização, às explosões na gestação de galáxias, de estrelas super novas, do colossal ruidar de vórtices e tormentas cósmicas, até a insignificante queda de um cabelo ou a um simples e impronunciado desejo de uma criança por um brinquedo. Neste desdobramento universal e cósmico, compreende-se então, perfeitamente, que não há uma só vida, por menor que seja, alheia à vontade do Logos. 4. Como atuam cada um dos quatro éteres? R. As quatro variações do éter terrestre manifestam-se na região denominada mundo etérico, aonde outros componentes vêm também 12
existir. O éter inferior, na sua atuação no planeta Terra, condensou esta região sutil e volátil, e provocou a exsudação das quatro variações do éter planetário. A matéria física em todas as formas existentes quer nos reinos propriamente ditos, quer nos modelos dos chamados seres vivos, é responsiva à atuação justaposta do éter inferior e dos éteres terrestres. Estes éteres vêm encontrar inteligente síntese nos reinos animal e hominal, principalmente na contextura do ego terreno. O corpo etérico atua como condensador da energia prânica para o corpo físico humano, e realiza funções vitais em estreita coordenação com os quatro éteres terrestres, assim classificados: Éter Vital – Atua na vitalização dos átomos físicos e produção do conteúdo sexual que perpetua a espécie. Éter Luminoso – Adstrito à constituição dos cinco sentidos do ego terreno, atua de modo objetivo, provocando a reação das formas externas para a percepção de fatos e acontecimentos do mundo físico, como nas respostas dos sentidos através das áreas do cérebro etérico para o cérebro físico. Éter Químico – É responsável pela assimilação da matéria nutritiva dos corpos físicos e excreção dos elementos não alimentares. Éter Refletor - Componente passivo sobre o qual vêm registrar-se todas as possibilidades de ação ou movimento do campo de manifestação das formas de vida. É nele, principalmente, que se processam os “registros akásicos”, nos quais é possível ler-se a memória de todos os fatos e acontecimentos do panorama terrestre e das alterações cósmicas. 5. Existem outros elementos atuantes no mundo etérico? R. O mundo etérico não somente modela as formas de tudo quanto é produzido no mundo físico, como as mantém vitalizadas por todo o período de suas existências. Sendo o mundo etérico produto planetário do éter inferior, está relacionado a todos os elementos com que o Logos trabalhou originalmente no éter superior aos ajustes da consecução do Grande Plano da Criação. Assim podemos destacar, principalmente, prâna, fohat e kundalini. 6. Qual a origem do éter superior? R. Éter superior, denominado mulaprakriti pelo esoterismo oriental, é a matéria raiz original, pregenética, indiferenciada, também conhecida genericamente por akaza. Deste éter que permeia o universo, originaram-se os mundos e todas as formas existentes em nosso sistema solar. 7. Que é éter inferior? 13
R. É o desdobramento do éter superior feito matéria diferenciada, que após a ação operosa da Mente Universal ou Logos tornou-se incorporado dos elementos que provocam reações duais e opostas. O Logos, ao adicionar sua energia e força ao éter, trabalha os elementos primários inatos do próprio éter, nele implementando todas as possibilidades do despertar de suas qualidades. O éter inferior desce alguns níveis da pureza do éter superior, pelas novas condições adquiridas. À medida que o éter inferior vem constituir mundos e reinos, vem também assimilar resultados positivos e negativos. Com isto, o éter inferior torna-se conteúdo de particularidades que se identificam com a pluralidade da vida mergulhada na matéria e vem modificar a sua própria e original contextura. Em outras palavras: o éter inferior é o éter superior que perdeu a condição de pureza original como matéria virgem, estando incorporado da energia e força do Logos. 8. Que é prâna? R. Prâna é um elemento cósmico dimanado do Logos. Em certas circunstâncias prâna é confundido com a natureza do éter, porém não é o éter. Prâna incorpora o magnetismo que interpenetra a matéria, produzindo condições para que as leis de atração e coesão exerçam suas influências. Prâna infiltra-se nas estruturas atômicas, participando dos espaços intracelulares, vindo produzir a atração das polaridades positiva e negativa. É um elemento que conduz a energia ígnea que o Logos manipulou a fim de vitalizar a matéria. 9. Que é fohat? R. Fohat foi o primeiro princípio do qual o Logos se utilizou para estabelecer condições apropriadas à matéria pregenética. Todos os demais princípios que vieram após e adicionaram particularidades à matéria, derivaram-se de fohat. Fohat é o fogo elétrico que produziu dois outros fogos que se entranharam na matéria e que passaram a participar indissociavelmente de sua natureza. Não há matéria que não conduza a presença ígnea de fohat. Assim, o fogo (a luz) foi o primeiro elemento a surgir do caos para vir participar da construção dos mundos. Fohat, na realidade, não é somente um princípio, como são os sete princípios cósmicos que o Logos introduziu na matéria do universo, pois neste caso, fohat seria um oitavo princípio. Fohat é mais do que isto. É, em síntese, a raiz de todos os demais princípios emanados do Logos, pois fohat realiza na matéria cósmica diferenciada a sua verdadeira alma energética, através do eterno fogo que faz a matéria fusionar. 14
10. Que é kundalini? R. Kundalini é a energia ígnea que processa a elevação dos subjacentes poderes residentes na matéria, através da combustão gradual dos envoltórios que produzem a diferenciação na unidade espírito-matéria. Kundalini e prâna são elementos cósmicos participantes da intimidade da matéria. São originários do Logos, cuja representação física é o sol. O sol libera estes elementos para vir propiciar possibilidades do despertar das qualidades na matéria, ao longo do processo de aferição ou de fusão das energias. Estes elementos, com a presença de fohat, vieram constituir os meios pelos quais a própria Mente Universal trabalhou a matéria desde o início da manifestação do Grande Plano da Criação, e que ao decurso de muitas eras ainda virá realizar a grande síntese espírito x matéria. Todos os elementos residentes no íntimo da matéria, bem como ela própria, precisarão passar pelo processo de transmutação, e em alguns casos de sublimação, a fim de restituir a matéria à sua original e volátil condição.
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Parte IV
1. Quais são os elementos que regulam a vida do sistema solar? R. São sete os elementos que atuaram na criação do sistema solar e continuam atuantes em sua vida. De sucessivas ações das leis cósmicas de energia e força em todas as dimensões da matéria, decorrem outros princípios ou leis menores que compõem a grande malha de integração de todas as formas em todos os reinos. São os seguintes os princípios: prâna (energia), manas (substância mental), éter (ou akaza, a matéria universal), e os quatro elementos integrados aos três anteriores: ar, terra, fogo e água. 2. Que é em realidade o mundo etérico? R. Mundo etérico é uma região no orbe planetário composta, principalmente, do éter inferior, de quatro éteres terrestres e de grande quantidade de prâna, a partir dos quais as formas físicas terrenas são moldadas. O mundo etérico está relacionado a fatos e acontecimentos que estabelecem padrões energéticos físicos com as formas dos reinos e de suas espécies. Devido a sua posição estratégica, o mundo etérico atua na intermediação entre o mundo físico denso e os demais mundos. 3. O mundo etérico estabelece limites com o mundo físico denso? R. Os limites são naturais pela formação da matéria nos dois mundos. Em eras passadas, a civilização chamada hiperbórea, desenvolveu protótipos da espécie humana no mundo etérico. Desta civilização surgiria, posteriormente, a civilização do continente lemuriano. Embora os lemurianos tenham sido os primeiros seres humanos a pisar a Terra, havia, ao início de sua civilização, perfeita integração com o mundo etérico, do qual operavam os instrutores espirituais. Com o passar do tempo, contudo, as formas dos seres etéricos foram se tornando densas e as contrapartes etéricas desapareceram da visão comum. 4. Como entender melhor este acontecimento? R. O planeta Terra, bem como os demais planetas de nosso sistema solar, possui uma esfera em cada mundo, compostas, respectivamente, de diferente densidade de matéria. Assim, todas as esferas respectivas a um determinado planeta, formam, no conjunto, a expressão total daquele planeta. Os planos ou mundos, a cada encarnação de nossa cadeia planetária, virão 16
restabelecer nos planetas os seus espaços, na oportunidade em que a Vida se prepara para recomeçar a manifestação e a se desenvolver em sete giros, de acordo com as etapas do Plano da Criação cuidado pelo Logos. Neste processo, e antecedentemente ao momento em que a Vida proveniente de outro orbe alcançaria a Terra no quarto giro, recomeçou a materialização da esfera física da Terra. Dentro do cronograma planetário do quarto giro, - o mais material de todos, - em que sete raças humanas com sete respectivas sub-raças deveriam surgir e se desenvolver na Terra, a Vida veio então alcançar o mundo etérico. Nesta mesma ocasião, o impulso descendente da força projetada pelo Logos, dirigiu e condicionou todas as formas para o mundo etérico, e mais tarde as sedimentou convenientemente com a concomitante participação da vida pluralizada dos reinos e, principalmente, das duas raças humanas que ali se manifestariam. A primeira e segunda raças que habitaram este mundo, ao desenvolverem os seus veículos de manifestação, auxiliaram a matéria etérica a adquirir melhor qualidade. Desta maneira, a terceira raça, a lemuriana, viria se estabelecer como a primeira raça física da Terra, ainda que, no início, estivesse em contato com as formas e habitantes do mundo etérico. 5. Existem ainda habitantes no mundo etérico? R. Sim, de várias categorias. Os seres elementais representam parte destes habitantes, e possuem corpos constituídos por matéria dos quatro elementos. Neste particular, há diversas famílias destes habitantes chamados de espíritos da natureza, tais como, gnomos da terra, ondinas das águas, salamandras do fogo e silfos do ar. Existem ainda seres e habitantes deste mundo, que possuem simultaneamente revestimentos veiculares de matéria etérica e astral, e que participam tanto da vida de um como de outro mundo. 6. Qual a importância do mundo etérico? R. O mundo etérico é essencial para a existência do mundo físico. Além de atuar como verdadeiro condensador da matéria física densa é elo com os demais mundos através do éter. Todos os mundos de nosso sistema solar possuem na sua contextura um subplano de matéria atômica relativo ao éter cósmico, que detém os princípios da criação de todos os átomos do universo. Por outro lado, os elementos químicos conhecidos pela ciência acadêmica, tomam forma física no mundo etérico, bem como os novos elementos que surgem para a vida terrena a cada ciclo da evolução. Todas as transformações processadas no mundo físico repercutem no mundo etérico e vice-versa, e de tal maneira e 17
intensidade, que se torna difícil identificar de imediato a sua verdadeira origem.
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7. A vida no mundo etérico é semelhante a do mundo físico? R. Não há como estabelecer meios de comparações entre a qualidade de vida de ambos os mundos, devido às diferenças fundamentais na contextura de suas matérias, bem como nas leis que as regulam. A matéria física é basicamente constituída de sólidos, líquidos e gases, ao passo que a matéria etérica possui níveis diferentes. A matéria etérica vibra e se organiza em níveis atômicos, subatômicos, superetéricos e etéricos. Entretanto, essas composições de matéria etérica interagem com a matéria física densa e realizam as necessárias mutações que vêm repercutir nos interstícios da própria matéria densa. Os egos terrenos e seres vivos de todos os reinos não têm vidas semelhantes nestes dois mundos, principalmente porque os seus veículos físicos não possuem volição consciente. A consciência que os egos e os seres vivos detêm do mundo das formas está adstrita aos seus organismos cerebrais astrais e mentais. Contrariamente a este fato, o cérebro físico atua unicamente com a função de veicular impressões. Assim, quando a contraparte etérica da manifestação física deixa de existir, o veículo físico fenece e a consciência passa integralmente para os níveis de percepções astrais e mentais. Alternativamente, se a consciência astral, por algum fator acidental, romper com os segmentos do veículo físico, a matéria física do ego terreno ainda assim continuará a existir com vida parcial, - a bem dizer, vegetativamente - sem estímulos ou sentido inteligente. Desse modo, a independência dos mundos etérico e físico é somente relativa às suas particulares naturezas e não à consciência. Há, entretanto, no mundo etérico, regiões que são ocupadas por seres de muitos outros planos cósmicos, que por possuírem conhecimento das leis físicas ali se estabelecem para formar núcleos de atividade, além de uma hierarquia de vidas chamadas dévicas que colhem suas experiências no arco involutivo. 8. Em relação ao conteúdo planetário, como atua o mundo etérico? R. Tanto quanto para um só reino como para a totalidade da vida planetária, o mundo etérico participa como provedor de matrizes físicas. As contrapartes etéricas das montanhas do Himalaia, por exemplo, de uma abelha ou de um grão de areia, são fontes de energia indissociadas da matéria física concreta. Há, entretanto, para cada reino ou espécie, uma dimensão física diferente, ou aura específica, inerente à qualidade desenvolvida. Nesse particular, o campo vibratório do urânio, por exemplo, em certas circunstâncias, trará maiores implicações energéticas para a vida planetária do que o de um bloco de granito. O fator energia do urânio proporciona uma dimensão 19
maior não somente geométrica da sua aura, mas também de ação e reação ao mútuo contato com os demais elementos. Lembramos que o núcleo do urânio ao receber bombardeios de nêutrons em laboratório sofre fissão, sendo então liberada radioatividade em maior quantidade, o que pode tornar-se perigoso ou letal para organismos biológicos. Por outro lado, a aura energética de um bloco de granito, de todas as maneiras, não produz efeito danoso algum a nenhum ambiente ou matéria. 9. Como entender melhor estas relações? R. Os antigos ocultistas já afirmavam que matéria é energia condensada. Era do conhecimento da sabedoria iniciática que a matéria física é resultado do impulso criador do Logos ao projetar sua energia e força para construir os mundos. A energia do Logos veio materializando mundos desde um plano de existência próximo ao seu laboratório de atividade. A matéria cósmica utilizada, conhecida também por akaza ou éter, adquiriu maior solidez na medida em que o Logos, inversamente, imprimiu menor padrão vibratório ao movimento dos átomos constitutivos dos respectivos mundos. Nesta escala “involutiva,” ao se completar o sétimo e último impulso, o Logos tinha estabelecido as matrizes etéricas que produziram as formas físicas. Já no sexto impulso, o Logos criara condições a que todos os átomos físicos e elementos químicos se materializassem do mundo etérico para o mundo físico com diferentes qualidades. Como tudo no universo é energia e força sob diferentes aspectos, as matrizes etéricas produziram a matéria densa a partir do instante em que a energia atingia o seu nadir e se concentrava no derradeiro limite estabelecido pela intenção do Logos. Assim, a aura física de qualquer tipo de matéria no mundo físico expande uma realidade energética, que é sua qualidade etérica anteriormente estabelecida. 10. Se a ciência acadêmica afirma que a Terra surgiu de nebulosa que resfriou da incandescência, como conciliar esta afirmativa com as explicações esotéricas? R. Fohat é o princípio que permeia a toda a matéria universal, anelando o fogo. Se nada de concreto existia no universo de nosso sistema solar, os astros não poderiam surgir deste nada sem uma razão plausível. Em nosso sistema solar os mundos objetivos começaram suas existências a partir da ação do Logos na matéria pregenética. O mundo físico denso não é o único mundo objetivo visível, em razão de possuir concretismo. Todos os outros mundos criados pelo Logos em dimensões superiores são também objetivos, embora não percebidos ordinariamente pelo 20
humano. A manifestação do sistema solar em todas as dimensões, é uma criação objetiva da mente do Deus Etéreo, através do Logos. Para que o planeta Terra viesse à concreta existência, foi realmente necessário que o Logos manipulasse tanto com a matéria pregenética, quanto com fohat e o éter inferior. A matéria conformadora dos mundos superiores passou por etapa de superaquecimento a fim de que pudesse ser contida nas suas matrizes arquetípicas e modelada à vontade pelo pensamento do Logos. Neste segmento, o éter superior ou akaza que precedeu à matéria terrena, foi transformado em massa combustora e da mesma maneira adaptado às matrizes preestabelecidas pelo Logos. Como este processo foi levado a termo através dos sete sucessivos impulsos do Logos, demorou um pouco mais para que o mundo físico denso surgisse no cenário do universo concreto, sendo, pois, necessário que o sexto impulso tivesse antes estabelecido as matrizes etéricas e as condições especiais para a matéria física resfriar. A massa combustora resulta dos movimentos acelerados dos átomos originais que o Logos ativa, fazendo com que a energia dimanada através de grande quantidade deles aqueça um “quantum” da matéria prima que serve para conformar o universo do sistema solar, levando-a a inimagináveis graus de calor. Assim, a presença de fohat estabelece diferentes padrões para construir cada mundo, e a energia e força adicionais do Logos, concentradas sob especiais condições, resultam em matéria incandescente. 11. De que maneira o Logos imprimiu menor padrão vibratório aos átomos para conformar a matéria física densa se, contrariamente, utilizou altíssima temperatura para incandescer? R. Há de se considerar neste processo, duas etapas e dois tempos. Na primeira etapa, o Logos trabalhou a matéria etérica com incrível temperatura a fim de produzir a matéria física. Neste processo, foi necessário um tempo para aumentar o movimento rotatório dos átomos a uma altíssima velocidade a fim de criar a combustão de todo o “quantum” de matéria apropriada para conformar o mundo físico concreto. Na segunda etapa, e durante outro tempo, houve o resfriamento da massa combustora, fazendo com que o Logos ajustasse padrões vibratórios para os átomos etéricos e físicos, de tal forma, que produzissem diferentes densidades para os diversos reinos. Os padrões vibratórios ajustados pelo Logos entre akaza e os átomos, resultaram em matéria densa concreta com diversas possibilidades, todas, entretanto, diferentes e inferiores aos padrões estabelecidos para os mundos edificados com matéria mais sutil. 21
Parte V
1. Que é mundo astral? R. Mundo astral é definido como sendo o mundo das emoções e desejos. Existe neste mundo, além da matéria astral, vasta quantidade de energia-forma criada pela mente humana. O mundo astral, no atual ciclo de evolução planetária, desempenha papel de maior polarizador de energia. A quase totalidade dos seres humanos vibra, preponderantemente, na matéria astral, o que vem configurar caminhada de maior dificuldade aos verdadeiros objetivos da evolução, devido a ser o astral o campo propício para as ilusões. 2. Que é energia-forma astral, criada pela mente humana? R. Os corpos que constituem e compõem a totalidade da expressão veicular de um ego terreno, possuem órgãos e cérebros formados de matéria dos seus respectivos mundos. O cérebro físico não possui volição de pensamento, exatamente porque não determina qualquer tipo de consciência ao ego. O cérebro físico, neste particular, trabalha através dos seus impulsos elétricos, para anexar as impressões dos acontecimentos terrenos à memória etérica. O cérebro etérico, por oportuno, realiza o trabalho de ponte, anexando tanto os registros da vida física para os cérebros astral e mental, quanto opostamente daqueles para o cérebro físico. Por outro lado, a consciência da vida física pelo ego, na realidade está atrelada aos condicionamentos das mentes astral e mental em conjunto com as impressões gravadas na memória etérica. Muitas vezes as impressões dos fatos levados ao cérebro do corpo mental vão impregnadas de matéria astral, veiculando o pensamento a um conteúdo emocional. Este conteúdo emocional, ganha vida particular e coloração própria, na medida em que os fatos se desdobram na vida do ego, estabelecendo-se para cada assunto uma determinada gama de vibrações. Quanto maior for a importância atribuída pelo ego aos acontecimentos do mundo, maior atenção e interesse se intensificarão para os assuntos relacionados. Entretanto, a carga emocional conduzida pela mente astral, irá criar não somente uma identidade pessoal nos assuntos do ego, mas da mesma maneira, irá calcar-se na matéria astral conformadora deste mundo. Quando, por exemplo, milhões de egos estão atraídos pelos mesmos assuntos, virão atrelar à matéria astral semelhantes vibrações que resultarão em maior 22
poder da energia-forma. Estas particulares criações humanas produzem no astral a caracterização de um mundo, sobretudo, ilusório. A energia-forma assim criada artificialmente, não estará inserida nos verdadeiros padrões vibratórios produzidos pela materialização astral dos arquétipos construídos pelo Logos para este mundo. 3. De que maneira as criações pela energia-forma astral, estabelecem novas relações com egos terrenos? R. Consoante a máxima “semelhante atrai semelhante,” os egos que possuem fortes tendências emotivas, paixões destemperadas, inclinações para a morbidez, atrações conscientes ou inconscientes para determinados assuntos de tônica emocional, etc., ficam desde cedo envoltos pela energia-forma astral, tanto quanto àquilo se prendam. Esta condição geral descortina no mundo astral enorme leque de opções e ninguém consegue, de uma forma ou de outra, ficar isento às atrações, mesmo porque todos, ao renascerem, trarão incorporados ao ego os elementos germinais identificadores. Mas nem sempre uma energia-forma astral é criação da mente humana. Há padrões vibratórios estabelecidos pelo Logos com a finalidade de vir propiciar aos egos terrenos possibilidades de neles ingressar para obter resultados qualificados. Não obstante, ainda assim ocorre de o ego terreno criar também ilusões ou disfarces em torno das atividades relativas à energia utilizada de um destes padrões vibratórios e assim desviar sua atenção objetiva para o irreal. 4. Como entender mais claramente este assunto? R. Os desejos e as emoções são fatores necessários ao despertar de valores no ser humano, servindo, de todas as maneiras, para provocar em seu íntimo o interesse pela vida. O corpo astral faculta ao ego este envolvimento com as formas do mundo, o que vem acontecendo desde os primórdios das raças. Já na fase da vida animal, a matéria astral vibrava e se misturava ao instinto, produzindo nas espécies mais dóceis e facilmente domesticáveis, germes de simpatia e afeto. Reações opostas e diversificadas, da mesma forma, já alcançavam os domesticáveis e também a todo o resto das espécies. O ser humano não teria atração pelos valores da vida não fosse pela sensação. Esta maneira de ligar-se aos objetos provoca em maior escala nos homens pouco evoluídos a incessante, febril e quase instintiva busca pela posse, além de o necessário estímulo para alcançar seus objetivos e o gozo pelas conquistas. Por milênios o homem vem se tornando escravo destas sensações, ao mesmo tempo em que delineia formas mais definidas ao seu corpo astral. 23
Há um plano elaborado para a humanidade a fim de aprimorar os sentidos através das sensações, o que se dá à medida que os valores intelectuais vão se tornando melhor trabalhados e objetivem proporcionar ao próprio ego condições de vida mais adequadas. Entretanto, as paixões fortemente arraigadas nos corpos astrais dos egos, que remontam de longínquos ciclos do desenvolvimento humano, conduzem a que certos prazeres ultrapassem os limites do razoável e venham muitas vezes adquirir características mórbidas e perigosas, ou de loucuras. Estas fortes e nefastas sensações provocam nas mentes e corpos astrais dos egos envolvidos profundas marcas, construindo ou fortalecendo na matéria daquele mundo a temível e artificial energia-forma negativa. Acresce que tanto a matéria do mundo mental quanto a do astral, misturam-se em certos subplanos, produzindo-se nestes instantes pensamentos atrelados as estimuladoras e atrelantes sensações, das quais, sem um intenso e perseverante trabalho íntimo torna-se impossível escapar. 5. Como acontece a relação dos sentidos com o intelecto? R. Cada raça que veio povoar a Terra trabalhou mais intensamente um sentido do ego humano. Atualmente o homem possui os cinco sentidos bastante desenvolvidos, coincidentemente com o aparecimento das cinco raças que povoaram o planeta. Há dois outros sentidos que o ego terreno ainda desenvolverá conscientemente, na decorrência do surgimento e evolução das duas próximas raças, condicionando-se assim sete sentidos ao ego. Na realidade, as sementes dos sentidos se assentam no corpo mental do ego, mas numa inversão reflexa são desenvolvidos adequadamente nos seus veículos inferiores, de baixo para cima, segundo um ritmo ao panorama evolucionário terreno. Os sentidos humanos, - físicos propriamente, - estão diretamente relacionados ao corpo etérico, onde se conjuminam ao corpo material, produzindo-se, nesta invisível associação, a falsa idéia de que nascem e atuam neste último corpo. Há, também, nas relações íntimas dos sentidos físicos com os corpos astral e mental do ego, diferentes reações nestes corpos quanto às suas particulares percepções. As percepções dos fatos, acontecimentos e decorrências ao trato da matéria daqueles dois mundos acima do físico, são sobremodo mais elásticas em comparação ao mundo físico, independentemente do nível evolutivo de qualquer ego terreno, pois são obtidas mais amplamente e com maior consciência e sutileza, justamente pelo teor mais apurado das vibrações de cada matéria. Ainda não é chegado o momento em que a humanidade vibrará conscientemente em todos os seus corpos numa única vertente. Por ora, alguns conseguem este desiderato, outros têm somente pálidos momentos de integração. Na maioria 24
dos egos, os corpos astral e mental atuam em seus próprios mundos sem que a consciência sobre os valores terrenos, saiba o que lhes acontece naqueles mundos. Todavia, mesmo nessa inconsciência, o corpo mental continua a trabalhar com valores quantificados e qualitativos e isto induz o ego como individualidade, e a sociedade como um todo, a buscar aparelhar-se cada vez mais e requalificar os seus desejos e tendências. Estas possibilidades vem anelar-se ao inato desejo de evoluir através do conhecimento e de usufruir, através deste mesmo conhecimento, de melhores e mais apurados valores, quer sejam eles subjetivos e psicológicos, quer materiais. Há naturalmente nesta soma de ideais, valores díspares, calcados na má formação moral e humanitária de muitos milhões de pessoas. Assim, homens excessivamente vaidosos, orgulhosos, egocêntricos, desvirtuados, maquiavélicos, fanáticos, maníacos, corruptos ou corruptores, etc., convivem lado a lado com os demais, ou até em posições de superioridade nas diversas hierarquias da sociedade, conspurcando, oprimindo e obstando de muitas maneiras o avanço mental e espiritual de seus semelhantes. Entretanto, bons ou maus, milhões não deixam de ter acesso às facilidades proporcionadas pelos avanços das ciências em suas mais diversas áreas de atividades, bem como à educação escolar e universitária. Este conjunto de esforços nas várias atividades e profissões humanas vem propiciar ao intelecto melhor ativação das diversas correntes de energia dos corpos espirituais do ego terreno, motivando que as correntes ligadas aos elementos construtores dos sentidos atuem e repercutam na fisiologia do ego, levando e trazendo a energia com maior facilidade. Mesmo os desejos egocêntricos, sofisticados ou caprichosos, produzirão pela ação mais vitalizada do intelecto, a necessária energia que virá facultar ao ego maior apuro dos sentidos. 6. Que tipo de moradores habita o mundo astral? R. Os mais diversos e isto inclui seres verdadeiros e irreais. Há no mundo astral, e nos demais mundos criados pelo Logos, sete subplanos. Cada subplano é um mundo aparte. O mundo astral ao interpenetrar o mundo físico, determina com isso grande atração às almas encarnadas. Entretanto, o mundo astral possui duas divisões básicas no que respeita a atração exercida à vida no plano físico terreno, e que as transformam em astral superior e astral inferior. O quinto subplano do mundo astral é correlato ao plano físico terreno propriamente dito, onde residem ou virão residir as almas pouco evoluídas espiritualmente, após o desenlace dos corpos físicos. Do quarto subplano para baixo, encontram-se os moradores ainda de menor evolução, que estão presos a todos os tipos de paixões. Nos últimos subplanos, 25
encontram-se seres elementais criados principalmente pelo pensamento desregrado do homem, sendo estes subplanos referidos na antiga mitologia como o inferno de Hades. Já na outra ponta, no sexto subplano, acham-se as almas mais evoluídas e no sétimo estão almas acima da média da humanidade, existindo dentre estas, guias e protetores, iniciados e instrutores da sabedoria oculta. 7. Como são, especificamente, estes habitantes do mundo astral e onde permanecem? R. No sexto e sétimo subplanos, contados de baixo para cima, os habitantes do mundo astral possuem os corpos de matéria luminosa, volátil e facilmente cambiável para outras formas de igual clareza. Estes subplanos abrigam desde pequenos grupamentos às numerosas famílias ou grandes etnias. Há mosteiros em que se encontram monges de religiões esotéricas onde são realizados rituais, missas, encontros, reuniões, aulas, cursos, etc. Há hospitais que tratam de doentes recentemente egressos do mundo físico, clínicas de repouso, escolas, jardins, hortos, parques, retiros, bibliotecas e toda a sorte de locais para as diversas necessidades ou lazer de seus habitantes. Nos hospitais e clínicas, as almas que cumpriram corretamente suas missões no mundo terreno vêm curar suas doenças. Nos belos e inspiradores retiros outras almas vêm recuperar as forças, meditar, ou reciclar seus aprendizados, preparando-se espiritualmente para o desempenho de novos papéis em próxima interpolação na vida física planetária. Há aqueles cujas vidas terrenas decorreram em profissões ou atividades cujos conhecimentos adquiridos podem ainda servir aos irmãos viventes em corpos físicos ou no mundo astral. Dentre estes podemos destacar médicos, pesquisadores, cientistas, sacerdotes iniciados na medicina milenar ou terapias, e muitos outros. Nestes subplanos do astral encontram-se também aqueles cujas vidas foram dedicadas ao estudo e práticas esotéricas, à magia branca, aos tratamentos em correntes de cura, às terapias diversas, ao desenvolvimento e trabalho mediúnico, às doutrinas espiritualistas, bem como às realizações de rituais de alta magia com resultados favoráveis à vida planetária. Estes e tantos outros servidores da humanidade em diversas áreas, são convidados a se submeter ao comando e disciplina de mentores altamente qualificados, a fim de aperfeiçoar suas práticas e aplicá-las em prol dos irmãos terrenos. Muitas outras situações são coordenadas por mentores, e grupamentos são formados para pôr em prática novas idéias de serviços ao planeta. Por outro lado, as almas que detém auras obscurecidas por fortes paixões, apegos, ódio ou sentimentos inferiores e desagregantes, 26
não encontrarão nestes subplanos campo para exercerem estes desvios. Viverão na maior parte do tempo reclusos em colônias ou regiões isoladas, a fim de se depurarem destes males e não virem causar problemas aos semelhantes. Há, no entanto, os malignos que formaram grupos terroristas, criminosos, inimigos da sociedade, que não aceitam integrar-se às disciplinas e terapias corretivas ou recuperadoras, e que pululam pelos espaços dos diversos subplanos em busca de inspirar suas tortuosas atividades aos encarnados, ou mesmo de realizá-las. Os conhecedores de magia negra conseguem migrar para os outros planos ou para a Terra a fim de continuar a exercer seu trabalho de oposição à luz. No inferno de Hades vivem as formas elementais dos mais variados tipos, criadas da energia gerada pelos seres terrenos que já partiram. Estas formas ainda guardam alguma consciência de seus criadores ou dos ambientes em que eles viveram, tendo pertencido a humanos, subumanos ou animais, precisando permanecer nestes ambientes até esgotarem-se as energias inferiores de que foram constituídas, para finalmente desintegrarem-se completamente. 8. De que maneira acontece o descarte da energia das formas elementais? R. As formas elementais também denominadas cascões ou eidolon no esoterismo, ou uma categoria de eguns humanos entre os espíritas umbandistas, pairam pelo mundo astral inferior após as almas desencarnadas terem subido de subplano. Existindo esta energia kâmica em suas formações, esses elementais possuem um arremedo de vida e consciência, por terem acumulado nos seus átomos constitutivos alguma memória das vivências de seus antigos donos. Se nada acontecer de anormal ao curso do tempo astral, as formas kâmicas virão gradual e lentamente esgotar a energia acumulada, devido a não mais existir o processador ou mente astral que continuaria a adicionar a energia inferior. Como resultado, depois de esgotada a energia, suas organizações celulares virão desintegrar-se completamente e os átomos retornarão ao reservatório natural em seu mundo. Entretanto, durante este tempo de desintegração, que pode ser demasiado longo, alguns dos seguintes acontecimentos poderão revitalizar os elementais: A) A alma que houvera se descartado do cascão, novamente vibrar em sua direção, descer de subplano e reatar-se às antigas paixões. B) Um destes elementais ser capturado por praticantes de magia negra e servir aos seus malignos propósitos.
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C) O elemental também ser levado à reuniões de mesas espíritas e, revitalizado com a energia dos médiuns, passando-se pela alma do falecido. D) Vir a tornar-se ente obscessor de um participante de mesas espíritas, vampirizando suas energias. E) O eidolon ter tamanha sedimentação de energia inferior que atravesse muitos anos em relativo estado de conservação, vindo novamente acercar-se da mesma alma que dele houvera se desprendido, e que esteja noutra encarnação na Terra. Isto acontece com certa frequência a praticantes de magia negra ou a pessoas obsedadas pelas paixões. Esta reaproximação causa, a alguns, estados de loucura. 9. Qual a importância do mundo astral? R. O mundo astral acusa o nível evolutivo da humanidade segundo suas inclinações. Não haveria como restituir à Vida, a energia propulsora do arco evolutivo no atual estágio humano, não fosse pela ação plasmática do desejo produzido na matéria astral. Não bastaria somente a intenção de o Logos estar impregnada nos átomos da matéria, para determinar à alma terrena levantar-se e galgar os caminhos que conduzem ao superior. É necessário, pois, outra vida, uma chama interna a acender-se, a fim de avivar os desejos do corpo astral manifestado. Mesmo nas inúteis realizações ambiciosas e conquistas vãs, é necessário existir o desejo, por constituir-se no combustível que o ego terreno precisa possuir a fim de lançar-se ao mundo das formas. A matéria astral associa-se ao desejo inconsciente de mover-se e buscar, quer, por exemplo, nas múltiplas formas dos reinos planetários, quer na vida primitiva autóctone, ou nas febris atividades dos homens de negócios. 10. Por que o pensamento superior não é suficiente ao homem para fazê-lo evoluir sem necessitar do organismo astral? R. Nesta linha evolutiva da humanidade na qual estamos inseridos isto não é possível. Os vários corpos que constituem a fisiologia da alma encontram-se com suas estruturas profundamente estratificadas. Este mesmo processo adstrito ao ego está implícito nas formas solidificadas da natureza em seus diversos reinos. Devido a isto, é necessário à energia do Logos primeiramente libertar a alma do condicionamento a que está submetida. Neste segmento, a energia liberada por fohat, prâna e kundalini irá produzir a desobstrução nos condutos dos corpos constitutivos da alma, trazendo o ego a realizar seguidas transmutações e sublimações de seus desejos e paixões. Isto somente acontece pela conjunta ação dos corpos mental, astral e etérico-físico, e, principalmente, pela correta postulação dos 28
princípios morais edificantes ao exercício das atividades do ego. O pensamento superior é importante, mas somente virá encontrar perfeito respaldo num corpo astral purificado ou em vias de purificação. Os antigos ocultistas deixaram para a posteridade inúmeras alegorias em gravuras ou lendas, segundo as quais o ego deve sempre ser submetido à custodia de um outro senhor a disciplinar-lhe os passos. Somente desta maneira, fazendo uso inteligente das potencialidades astrais, o pensamento superior pode auxiliar o ego a galgar os degraus da evolução consciente.
Parte VI
1. Que é mundo mental? R. Mundo mental é o mundo intermediário entre as faixas superiores e inferiores do universo de nosso sistema solar. Representa o elo que permite às vidas a ultrapassagem de um estágio evolutivo para outro. A ativação da energia e força pela Mente Universal ou Terceiro Logos vem encontrar sua síntese no mundo mental, de onde atuam os arquétipos formadores dos mundos inferiores. Tanto a ação do Terceiro Logos, na sua potencialidade criativa no universo fenomenal, quanto à do Primeiro Logos, no avivamento e ativação do corpo causal das vidas em ascendente evolução, são produzidas do mundo mental. 2. Em qual escala, exatamente, encontra-se o mundo mental na situação do universo? R. Há uma consideração matemática e outra simbólica quanto à posição do mental em nosso sistema solar, quando da criação dos cinco mundos. Se entendermos o mundo etérico aparte do mundo físico, o mundo mental com suas duas divisões estará então no quarto nível da escala, contado de baixo para cima. Se, ao contrário, considerarmos o mundo etérico incluso no mundo físico, adotando a nomenclatura físico-etérico para externar uma única expressão, o quarto nível alcançará a divisão superior do mundo mental, chamada mental abstrato. Por outro lado, ao fazermos a contagem de cima para baixo a partir de Atma, o mundo mental concreto estará no quarto nível. A relação simbólica atribuída ao mundo mental é exatamente a de ser o intermediário entre o bloco superior e o inferior dos planos vibratórios, o que também caracteriza uma simbólica demarcação entre dois estados de consciência com a relação 29
quatro. Conforme sabemos, a cifra quatro representa a estabilidade material e a personalidade com seus quatro corpos de matéria dos mundos inferiores. 3. Como entender melhor a conotação intermediária do mundo mental, relativamente aos planos e respectivas divisões, com a não inclusão do mundo adi e anupadaka? R. Os mundos adi e anupadaka, sendo os mais altos na escala dos mundos, possuem participações de transcendental importância no universo. No mundo Adi, o Logos estabeleceu o seu laboratório de atividade ao inicio de tudo, quando entrava objetivamente no espaço reservado para a construção do sistema solar. Dali, o Logos começou propriamente a edificar os cinco mundos, através de seus impulsos construtores, tendo ativado na matéria pregenética todas as possibilidades de criação. Desta maneira, ao estabelecer as condições para a edificação e vivificação do mundo mental, o Logos realizava a idéia da criação de um mundo onde houvesse a intermediação de dois estados de consciência. Os três subplanos superiores do mundo mental formam o mundo mental abstrato; abaixo desta região se iniciam as trocas energéticas na matéria cósmica, estabelecendose relações duais e opostas. Portanto, esta dupla situação configura o mental abstrato num mundo simbolicamente intermediário entre dois grandes universos no mesmo sistema solar. Sob este critério, na parte inferior, os mundos mental concreto, astral e etérico-físico, contam, respectivamente, quinto, sexto e sétimo mundos e formam o universo fenomenal. 4. Os arquétipos que se organizam do pensamento do Logos também detém relações duais? R. O mundo mental abstrato, sendo a região intermediária entre o universo superior e o inferior, vem realizar, principalmente através do pensamento do Logos, a síntese das polaridades opostas. Abaixo do mental abstrato, o pensamento ideal do Logos vem desdobra-se para atuar em situações ambíguas no universo fenomenal. Tempos depois, quando vidas estarão de retorno a este mundo portando em suas consciências o pensamento da criação fundamentado na ideação do Logos, a dualidade é somente evocada abstratamente, mas demonstrando um pensamento completo, como numa balança perfeitamente ajustada. Os arquétipos que compuseram as condições de materializar nos mundos inferiores a Idéia Central do Logos para a criação, estabeleceram condições diversas fragmentadas em pensamentosformas para a necessária atividade pluralizada dos reinos e vidas. Os arquétipos são modeladores tanto das idéias maiores, 30
que mais se aproximam em sínteses do “pensamento-unidade” no Plano da Criação, como das idéias menores, que realizam modificações cíclicas de pequenas amplitudes nos mundos inferiores constituídos de forças duais e opostas. Nas suas origens, estes arquétipos trazem as sementes das relações duais ao desenvolvimento dos pensamentos-formas, que necessitarão ser convenientemente trabalhados pela mente humana, para redundar em realizações materiais propriamente ditas. 5. Como entender melhor estas relações? R. O universo fenomenal criado pelo Logos é de forças antagônicas que se mantém em equilíbrio, justamente por serem opostas. Nesta idéia, os valores são relativos e determinam situações que se amparam em sustentações intra-dependentes, nas quais nada funciona sem que um elemento venha complementar a outro. Isto é uma lei natural sob o imperativo das causas que provocam a tríplice relação: nascimento-vida-e-morte. Nisto se inclui a ação que produz o movimento. A ação origina-se na mente, quer de uma nova causa gerada por um efeito anterior, quer de um efeito em si mesmo. O movimento segue à ação tal como a energia segue o pensamento. Os arquétipos construtores da natureza proporcionam os necessários elementos para que haja ação, movimento, reação, causa e efeito e outros agentes nessa grande rede incidente de energias e forças cósmicas nos processos e princípios evolucionários. Há nestas relações energias positivas e negativas, sem o que não se revelaria a necessária dualidade nas formas da matéria. Mas nada atinge objetivos sem a presença de um móvel propulsor. Este móvel propulsor em âmbitos absolutos é inegavelmente o Logos que estabelece os parâmetros de ação, movimento e alcance das mutações naturais dos reinos. E cria o cérebro animal e o humano como fragmentos de Si mesmo. Então o pensamento do homem se pluraliza nos padrões e tônicas dos valores relativos, mas ainda cego quanto à luz divina original. Com isso, novas mutações acontecem na natureza e valores serão subvertidos. Assim, por má condução dos valores naturais, mais do que nunca causa e efeito estarão ativos num plano de infinitas variações. Isto traz o ego humano a procurar saídas pela reflexão. Entretanto, os arquétipos do pensamento divino esposado pelo Logos, apesar de tudo, permanecem fluindo pelo éter, a exemplo de um oceano vivo. Basta ao homem aprender a sintonizar-se com este oceano de idéias para orientar a diversidade do pensamento terreno em direção a um “pensamento-unidade.” E quando mentes captam um novo tipo de energia presente num dos arquétipos criado pelo Logos, anunciando outra ordem de idéias temporais, e 31
por conseqüência de pensamento renovador, novos valores virão então se afirmar na contemporaneidade. Ao início deste processo, já mentes superiores desdobram-se para poder sustentar a energia do novíssimo pensamento, até que o humano a incorpore em definitivo. Estas mentes superiores nada têm a ver com o pensamento humano em seu próprio mundo, mas implantam sementes na mente do homem a partir da fluência dos arquétipos que estejam vibrando para a Terra. A partir daí, o próprio homem, com seu destino cármico, passará a ser o instrumento da materialização daquela energia. 6. De que maneira estas sementes do pensamento geradas da energia dos arquétipos vêm influenciar a mente terrena? R. O homem é por definição o transformador da natureza. Isto porque adquire valores que o impulsionam a agir sempre. Antes do surgimento do homem no cenário terreno no Grande Plano da Criação de que estamos tratando, o mundo estava construído de uma forma em que as mudanças somente ocorriam por ação de fenômenos naturais. Os reinos mineral, vegetal e animal sempre conviveram sob padrões de trocas sem que o meio ambiente fosse significativamente afetado. Assim, os arquétipos que oferecem condições para as transformações ambientais praticamente repousavam, fluindo unicamente pelo éter por ser parte embrionária da vida dinâmica que periodicamente vem estabelecer ações objetivas. Com o advento dos egos terrenos à vida planetária, esta situação começou a se modificar lentamente, e quando o homem passou a gerenciar o próprio pensamento as transformações ambientais se produziram mais profundamente. O pensamento magnífico do Logos repercute por todos os segmentos da vida, através dos reinos e pela atmosfera, sendo assim o agente executor de Sua própria Ideação. Mas quando chega o instante em que pequenos e grandes ciclos de progresso precisam ter início no planeta, o homem é instado a participar ativamente. Desta maneira, a energia do Logos que fundamenta os mundos circundantes do sistema solar, impulsiona os arquétipos do mundo mental a agir na psique e mente humana. Este processo provoca que os estímulos desçam pelos arquétipos e inundem a natureza. Os mestres do mundo e trabalhadores ocultos iniciam então a tarefa de veicular esta energia à mente humana para que seja materializada. Daí decorre um esforço conjunto dirigido especificamente para inserção e sustentação de novas idéias em permanente corrente, através de pensamentos-formas, a fim de que sejam captadas pela mente humana e trazidas ao cérebro. 32
Por outro lado, os egos de nosso tempo, das mais variadas maneiras, através do pensamento sensível ou científico, virão reforçar, respectivamente, a essência dos pensamentos-formas que o Logos deseja materializar na Terra. Como resultado, em diferentes núcleos, nas diversas nações e raças, idéias renovadoras e robustecidas por conotações progressistas, começarão a ser trabalhadas no cérebro do homem, até tornarem-se definitivamente patrimônio da humanidade. 7. Como entender, neste caso, o que seja a idéia materializada? R. Evidentemente os ideais justificados pelo pensamento do Logos para o mundo terreno, acabam não tendo total sucesso nas suas imediatas materializações, pelo fato da tergiversação de certos princípios que deveriam ser observados pelo humano. Por mundo terreno entendemos os mundos físico-etérico, astral e mental, por estarem implícitos na vida humana do planeta Terra, em expressões diversas da matéria universal, e sob a regência de leis que regulam os fenômenos. O ego terreno detém simultaneamente corpos de matéria destes três mundos, estando assim as vibrações destes mundos interligadas com o ego. Mas na prática ocorrem diferenças e divergências quanto à interpretação do pensamento progressista. Isto acontece pela ação dos elementos positivo e negativo entranhados nos valores trabalhados pela mente intelectual e corpo astral, que induzem o ego humano a tomadas de posições muitas vezes errôneas, conduzindo realizações ao fracasso temporário. A Idéia dimanada do Logos precisa ser decodificada pela mente intelectual do homem, mesmo que a intuição, antes de tudo, estabeleça sua presença inclusiva. Não sendo assim, torna-se muito difícil para o homem atual entender conscientemente o novo pensamento, ainda que sob imperiosas circunstâncias as pressões dos fluxos internos dos arquétipos consigam levá-lo parcialmente às realizações práticas. 8. O mal contribui para que certas idéias fluidas dos arquétipos não alcancem os perfeitos objetivos? R. Sem dúvida. A Ideação projetada pelo pensamento do Logos na fluência dos arquétipos, não discrimina raças ou nações. A complexidade encontrada na civilização humana, pela organização das sociedades, impede a clareza das realizações inspiradas pelo Logos. Conquanto as leis naturais de sobrevivência por si mesmas tornem difíceis ou precárias as condições de vida para milhões, outros não têm tanto a lamentar. Estas discrepâncias e tantas outras decorrências, principalmente das diferenças sociais, são o legado perverso da civilização que o homem produziu. 33
A cada grande ciclo do desenvolvimento das sociedades humanas, as novas idéias trazidas pela energia dos arquétipos do pensamento do Deus do sistema solar, vêm encontrar resistência nos homens poderosos. Estas posições estratificadas devem e precisam ser combatidas e demolidas, a fim de que condições sociais mais justas aconteçam de acordo com o carma evolutivo projetado para a humanidade. Nestes momentos cíclicos, o inevitável choque entre blocos reacionários e renovadores abala estruturas governamentais, cujos sistemas estabelecidos com leis obsoletas e injustas privilegiam poucos em detrimento da grande maioria, vindo trazer dissenções entre células sociais e familiares. Isto é próprio quando se instala um processo de renovação, e muitos conflitos virão gerar, além de discussões, revoltas, greves, revoluções ou guerras. Nestes acontecimentos, o mal estará sempre entranhado, buscando dominar as mentes mais arrebatadas pelo pensamento separatista e discriminador, confundindo-as ou tratando de estimular-lhes cada vez mais o estreitamento da visão otimista do futuro. Nos envolvidos, e através das ações psicológicas dos perversos, subreptícios argumentos são implantados no subconsciente, estribados no orgulho pessoal, racial ou de posições sociais adquiridas, além de fazê-los sentir sensações de perdas de posses, honras e privilégios. Fortalecem-se assim no psiquismo envenenado, os confrontos milenares entre o bem e o mal, em clima de vida e morte, redundando em perdas para ambos os lados. Como consequência, os objetivos trazidos ao humano através do processo divino de tudo prover para o bem de todos, não alcançam nesse clima os resultados que deveriam alcançar em tempo razoável. Em muitas ocasiões, por absoluta estultícia humana, o mal atrasa o processo de renovação e avanço mental e social do mundo, por décadas ou séculos, produzindo, ademais, cruéis resultados separatistas. 9. Que é mundo mental concreto? R. Mundo mental concreto, também chamado do pensamento concreto, é a divisão inferior do mundo mental. A matéria deste mundo vibra nos quatro subplanos inferiores, estabelecendo relações duais ao pensamento humano, estando, por conseguinte, no universo de causas e efeitos. A partir deste mundo, os arquétipos idealizados pelo Logos vêm encontrar sustentação no intelecto, produzindo formas-pensamento que o homem utiliza para as realizações de sua vida. 10. Como as correntes do pensamento se estabelecem do mundo mental concreto para a mente humana? 34
R. O mundo mental concreto é uma região plena de possibilidades arquetípicas prontas para trabalhar o desenvolvimento mental da humanidade. Quando ciclos evolutivos no planeta estão prestes a se iniciar, novos arquétipos do pensamento são postos em atividade, vindo respaldar-se no esforço conjunto e continuado dos muitos trabalhadores nos diversos planos de existência. Desta maneira, acontecem novos influxos de energia no mundo mental, notadamente na região do pensamento concreto, redundando em diversificadas colorações de qualidade na matéria. Isto é realizado através de muitos anos terrenos, na medida em que as idéias vão sendo mais bem trabalhadas pelo pensamento intelectual dos egos humanos. 11. De que maneira a relação arquetípica x pensamento humano pode trazer melhor qualidade ao mundo mental concreto? R. Os ciclos evolutivos do pensamento intelectual do homem se iniciam justamente com idéias mais dinâmicas sobre a vida, que são exercitadas primeiramente pelos pensadores e filósofos que marcham na vanguarda das raças. Estas idéias, calcadas normalmente num silogismo inteligentemente concatenado, vêm proporcionar combustível intelectual às mentes que estão ao nível inferior dos destacados pensadores. Neste segmento, as idéias são exercitadas por décadas ou séculos, suficientemente discutidas, colocadas em prática, e, sempre que possível, melhor desenvolvidas pelas numerosas variações conceituais trazidas do cogitar. As oposições aos ideais formulados pelos pensadores são, em algumas ocasiões, necessárias resistências. Devido a isto, surgem ajustes ou desdobramentos antes não conjeturados, para o acolhimento de diferentes mentes segundo idiossincrasias, inclinações psicológicas e reais necessidades. Antes de tudo, é imperativo que os pontos convergentes sejam logo postos em prática, para que se produzam resultados substanciais nas sociedades. Os esforços dos melhores pensadores sempre se estribam na tentativa de buscar soluções que visem proporcionar melhores condições de vida material para todos, e, tanto quanto possível, equilíbrio social. As conceituações gnósticas buscam normalmente envolver os argumentos, na intenção de subordinar os valores da vida a uma autoridade superior, que, acima de todas as conjeturas do intelecto, é absolutamente presente em tudo e em todos. Mas isto nem sempre é atingido, aceito ou entendido pelos homens ávidos de prazeres e de conquistas materiais. Ademais, há, evidentemente, obras produzidas por pensadores ou filósofos materialistas, inspirados em antigos pensadores que se opunham à existência de um Deus ingerente aos problemas humanos. Mas estes autores contemporâneos representam blocos opositores, não 35
interessados em discutir seriamente Deus e Suas relações gnósticas, mas, sim, o homem como o senhor absoluto de seu destino através de sua própria ciência. Entretanto, as discussões produzem no pensamento concreto correntes de energia que, pouco a pouco, estabelecem condições superiores na contextura da matéria mental. Como consequência, a coloração da matéria mental passa a transmutar qualidades especialmente desenvolvidas pelas idéias trabalhadas no cérebro humano, e que vêm trazer crescente dinamismo ao mundo intelectual. Neste processo, tanto o intelecto é exercitado pelo humano, alcançando resultados que conduzem ao âmago da idéia do arquétipo, como também o próprio arquétipo. Esta intensa e mutua relação, modela no pensamento-forma trazido do arquétipo, o momento mental e psicológico de grande parte dos egos terrenos. Produz-se, então, neste sinergismo, a exata identidade da essência contida no arquétipo, com a sua expressão material repercutida na substância subconsciente da psique humana. 12. Como entender melhor a identidade de um arquétipo com a personalidade humana? R. O arquétipo vem especialmente trabalhar a energia do pensamento terreno, quando é chegado o momento de novos conceitos entrarem para a história da humanidade. A integração, arquétipo/pensamento-forma/mente terrena, é realizada através da ação inclusiva do arquétipo, que naquela vibração cíclica procura modelar o pensamento à própria necessidade humana. Há na Inteligência do Logos a permanente Idéia Diretora de execução do Grande Plano da Criação. O Logos necessita fazer evoluir todo o seu corpo de manifestação, chamado sistema solar, através das inúmeras e quase infinitas variações e trocas energéticas. Estes câmbios vêm produzir de volta na Sua consciência as experiências transmutativas que ele busca. Nosso sistema solar é um de um conjunto de sete, que mantém intrarrelações e intradependências com todo o conjunto. As situações vividas pela humanidade estão inseridas nas relações de energia e força que o Logos estabeleceu na sua origem, ao idealizar o Grande Plano da Criação. A humanidade representa no planeta Terra uma parte do cérebro e coração do Logos. Este simbolismo é integralmente expresso pela totalidade das vidas de todo o sistema solar. Assim sendo, há de existir sempre ciclos que estimulem a progressão da mente humana a fim de que o Logos também experimente situações de avanços no cenário cósmico. As novas idéias surgem de cima para baixo, do mundo mental para a Terra, e suscitam no pensamento considerações mais dinâmicas. A alma humana particulariza em Anima Mundi, cabendo ao Logos 36
ajustar os momentos cíclicos progressistas com a capacidade do ego terreno em aceitá-los e absorvê-los no devido tempo. Este trabalho, no entanto, é persuasivo, pois a índole humana é de realizar pelo momento e em seguida esquecer. Devido a isto, os arquétipos do pensamento do Logos realizam uma ação plasmática no ego humano, estabelecendo a energia do novo pensamento e tratando de, aos poucos, adaptá-la à capacidade do cérebro físico em absorvê-la. Em seguida, recebem em seu âmago as reações da alma, promovidas de sua índole terrena, procurando entendê-las perfeitamente. Há, por assim dizer, neste processo, um sinergismo simbiótico, dando por resultado um pensamentoforma principal, volátil e dinâmico, - como é a vontade qualificada pelo Logos, - ao mesmo tempo modelado aos valores psicológicos, étnicos e culturais da personalidade humana. Este planejamento, formulado para a mente terrena em todo o planeta, adiciona possibilidades de projeções que compreendem, em âmbito geral, previsões de avanços, estagnações e retrocessos.
Parte VII
1. Existem habitantes no mundo mental? R. Sim, todos os mundos do nosso sistema solar são habitados. A energia Vida ao entrar na esfera chamada planeta Terra, estabelece ancoradouros nos planos que o circundam. As vidas que migraram do orbe anterior, ao impulso descendente do arco involutivo, buscam na Terra novo estágio, de acordo com seus níveis mentais. Há em torno da Terra um círculo-não-se-passa, em réplica ao círculo maior, estabelecido pelo Logos ao criar o sistema solar. Uma vez mergulhada no círculo-não-se-passa do orbe terreno, a quase totalidade do “quantum” de Vida destacado pelo Logos para evoluir em nossa cadeia, terá todos os necessários recursos para adquirir novas experiências. Esse especial enfoque na Terra, produzido pela cuidadosa concentração e atenção do Logos, segue ao cumprimento das diretrizes evolutivas por ele mesmo impostas, no curso do Grande Plano da Criação. Assim, os diversos planos que envolvem a Terra terão sido devidamente organizados para receberem reais e proveitosas condições de abrigar as vidas que por milênios aqui permanecerão. Nisso inclui-se o mundo mental com suas duas principais divisões.
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2. A Vida cessa de existir nos planetas pelos quais a Onda de Vida atuou e depois partiu? R. Cada planeta que recebeu a Onda de Vida do Criador deterá núcleos de menor expressão após a Onda de Vida ter partido. Essa situação permite que os moldes dos reinos que foram construídos a fim de abrigar as miríades de formas de vida, não se dissolvam completamente. Com isso, os moldes poderão ser reutilizados quando um novo giro da Onda de Vida venha novamente alcançar aqueles planetas. Essa manobra proporciona considerável economia de tempo e esforços para a consecução de outras etapas do plano evolutivo em nossa cadeia. 3. De que maneira esse fato acontece? R. Cada um dos sete planetas de nossa cadeia entra num processo de vibrante enfoque todas as vezes que a Onda de Vida neles vem ancorar-se. A partir desse instante, todos os reinos passam a ter ativa participação na vida planetária, e o próprio planeta sai de sua condição não manifestada para a manifestada. Esse fenômeno acontece porque a Vida marcha em bloco. Os planetas que vão ficando para trás, e que não possuem orbes físicos densos, entrarão num estado de repouso chamado pralaya individual, após a passagem da Onda de Vida. Entretanto, os moldes básicos dos reinos, bem como algumas vidas estagiárias, podem neles permanecer por mais tempo auxiliando-se mutuamente e buscando manter os reinos em boas condições. Esse trabalho apresenta algumas variantes de acordo com a necessidade das vidas ali estagiárias com a qualidade do trabalho local desenvolvido pelos mestres construtores, e segundo as condições do próprio planeta. Já os planetas que possuem corpos físicos densos, permanecerão objetivamente com certos núcleos em atividade por mais tempo, ou seja, até que a Vida ancorada num ou noutro planeta, também físicos, parta definitivamente para os mundos superiores tendo ali se esgotado o sétimo e último giro da Vida. Após isso ter acontecido os referidos planetas terão as suas expressões físicas desintegradas. 4. Como são os habitantes do mundo mental? R. O mundo mental concreto abriga vidas adiantadas ou atrasadas em relação aos seus grupamentos nos giros já acontecidos da Onda de Vida, que permanecem em espera para de novo se manifestar, e que ainda assim lá trabalham. Nesse panorama, há também a inserção daquelas vidas do atual giro que, se adiantando em relação às demais, alcançaram níveis mentais superiores. Mas estando ainda encarnadas, somente irão de maneira total e integral para aqueles níveis superiores após perderem seus corpos físicos. Há mestres da sabedoria em diversos graus que 38
nos quatro subplanos do mundo mental concreto realizam atividades voltadas ao desenvolvimento e evolução dos reinos planetários. Já nos subplanos do mundo mental abstrato, residem vidas cujas mentes começam a se desligar do carma humano e planetário. Essas vidas alcançaram certo grau de maestria e algumas fazem parte da Grande Fraternidade Branca, ocupando cargos menores. Os destinos das vidas na Terra, em termos objetivos, estão ligados a essas grandes vidas que tomam decisões importantes. Esse fato acontece por tratar-se de um mundo intermediário entre dois grandes universos, e onde é possível ter um discernimento mental mais abrangente. 5. Que outros importantes acontecimentos têm lugar no mundo mental abstrato? R. O mundo mental abstrato é determinante para a entrada das vidas nos mundos superiores. Mas isso somente pode acontecer quando muitas experiências venham acumular-se na bagagem do ego. No mundo mental abstrato reside o corpo causal do ego, que estabelece a soma e o valor das suas aquisições na caminhada evolutiva. A alma, verdadeiramente, reside no mundo mental abstrato e está em direta e permanente relação com o corpo causal. Os mundos superiores apoiam-se no mundo mental abstrato para constituir o grande triângulo cósmico: atma-buddhi-manas. Aqui a Vida reveste-se de outra expressão ao estabelecer simultânea relação com os mundos mais acima, sob a fusão de três grandes princípios: mente, razão e vontade. A alma é o ponto focal permanente para os objetivos do ego terreno, porém a partir de um determinado momento do ciclo evolutivo, a alma vem polarizar toda a sua sabedoria e poderes no ego terreno absorvendo-o. A alma, em última análise, é o ego superior e se identifica com todas as demais almas no seu próprio mundo. 6. Como as vidas no mundo mental abstrato, participam dos mundos da razão e vontade? R. Os três mundos, atmico, búdico e manas(abstrato), ao cederem um átomo respectivo a cada vida, dão formação ao que o esoterismo teórico denomina de tríade superior. Em oposição a essa formação constitui-se a tríade inferior, com átomos dos mundos manas(concreto), kama(astral) e sthula(físico-etérico). Uma vida em evolução precisará galgar todos esses mundos, passo a passo, ganhando experiências que são galvanizadas por essas tríades. A vida que alcança a plenitude da alma, estando polarizada no mundo mental abstrato, estabelece imediato contato com as correntes do pensamento intuicional e da vontade espiritual, através da intrarrelação desses átomos. Nos mundos 39
do universo inferior a ascensão gradual de uma vida requer grandes sacrifícios e inestimável dispêndio de energia e força. Devido à densidade da matéria dos mundos inferiores, dos quais o ego terreno detém corpos, a expansão da consciência fica limitada a um momento em cada encarnação, e a um espaço definido de sua manifestação. A alma, entretanto, a partir de certo estágio da evolução, ao tomar definitivamente as rédeas da vida, virá determinar os objetivos mais imediatos daquela vida. Existirá, por assim dizer, uma ação tutelar permanente da alma em relação à vida, apesar de todos os erros ainda cometidos pelo ego terreno. Nos mundos superiores a situação é diferente e a vida não está mais subjugada a um carma dual e aprisionante, do qual necessitará escapar pelo uso da razão e conhecimento, como acontece com o ego terreno. O carma da vida já identificada com sua alma traz uma conotação inteiramente evolutiva, liberta de erros que geram resgates terrenos. A vida, nesse estágio, se posicionará num dos sete caminhos que necessitará trilhar, ainda que não esteja perfeitamente consciente da escolha. A escolha definitiva do caminho somente se dará mais adiante, após a vida ter adquirido outros valores. Entretanto, por natural inclinação, a vida realizará desde logo tarefas dentro de um plano de trabalho que as satisfaça, e isso implica atuar dentro de padrões superiores, em relação direta com a tríade atmabuddhi-manas. 7. Que é mundo búdico? R. É o mundo em que os atributos distinguem a razão pura. A energia que emana desse mundo flui mais livremente para o mundo astral, que é seu ponto referencial na integração dos universos. Entretanto, a energia adstrita aos mundos mental abstrato e concreto pode ser modelada pela energia búdica, nas formulações do pensamento. 8. Por que o mundo astral é o ponto referencial do mundo búdico na integração dos universos? R. Essa relação pode ser explicada pelo admitido fluxo das pontas do triângulo superior, formado de atma-buddhimanas(abstrato). O desenho cósmico desse triângulo superior requer uma contraparte, que é o triângulo inferior, constituído de manas(concreto)-kama-sthula. Essa oposição sugere a harmonia pela união dos contrários. Não é sem razão que a estrela de seis pontas resulta do entrelace de dois triângulos. A posição de um dos triângulos sugere que o vértice voltado para baixo esteja a indicar a descida da energia, ao passo que o outro, com o vértice voltado para cima, a ascensão. Evidentemente esses 40
triângulos configuram um pensamento esotérico dirigido e planificado. A relação verdadeira de equilíbrio entre os mundos não acontece nesse tipo de alinhamento, pois os mundos se sustentam, num contexto geral, segundo a natureza diferenciada da matéria e, todos, interligam-se num eixo imaginário. O mundo astral possui o pensamento-forma arquetípico construído pelo Logos, com a característica de estimular sucessivas impressões para se plasmarem em desejos. Os desejos despertam emoções, e essas repercutem de volta na tessitura da matéria do corpo astral, misturando-se aos desejos. Isso resulta em fortalecimento e maior substância ao pensamento-forma pessoal na aura mental-astral de um ego terreno. Os desejos e as emoções, se deixados livres, produzirão sempre novas formas astrais. A energia búdica, por outro lado, ao ingressar nas camadas da matéria astral, virá imprimir outro ritmo às combinações daquela matéria. Essa situação remete a um terceiro fator, que é um direcionamento da consciência para a razão lógica e sensata. Diria que o desejo queima, mas a razão cura. 9. Como entender melhor a relação de um mundo não fenomenal com outro circunscrito à lei de causa e efeito? R. As energias dos dois universos, simbolizados pelos triângulos, interagem ao curso da consecução do plano evolutivo elaborado pelo Deus de nosso sistema solar. Isso vem provocar um resultado que é calculado pela ação de um universo sobre o outro. Esse fator, realmente determina uma relação de causa e efeito, o que vem influir não somente nas vidas submersas no universo inferior, como em todo o sistema solar. O efeito gerado do pensamento do Logos, a partir do universo superior, não retroage à causa da maneira como acontece nos mundos do universo inferior. Isso porque as vidas que se embaraçam nos fatores relativos de causa e efeito, já estão incursas no processo evolutivo do universo fenomenal como seres pensantes, sob um arbítrio também relativo. A concepção de causa e efeito entre esses dois universos vem revelar-se, em última instância, pelo acontecimento final de um universo que absorve o outro, o que traz de volta, num processo cíclico, o “quantum” de energia que particularmente foi empregado pelo Logos na construção dos mundos inferiores. Quando ambos os universos estiverem novamente amalgamados em forma e conteúdo, como planejado na mente do Logos, então um grande ciclo ou manvantara se terá completado. 10. Por que razão o Logos necessitou operar com dois universos? R. Em verdade não há propriamente dois universos distintos, formados por diferentes concepções pelo Deus Criador. Há, sim, situações diversificadas que foram criadas no sistema solar para 41
poderem comportar, desenvolver e ampliar estados de consciência. A consciência do Logos independe das situações por Ele mesmo criadas nas diversas dimensões do universo, porque, em última análise, Sua consciência é o próprio sistema solar com todas as suas implicações. A consciência da Vida manipulada pelo Logos, estando impregnada do Seu Espírito, é que virá passar pelo processo evolutivo. A crescente consciência da Vida, subjugada e circunscrita à do Logos, propicia ao mesmo Logos, pelos incessantes câmbios energéticos, não modificar Sua consciência, porém “sentir” os avanços da Vida. Os termos evoluir, avançar ou progredir, pela limitação de nosso vocabulário, não atendem ao real significado das situações superiores. A “evolução” do Logos, num contexto de um corpo cósmico constituído por sete sistemas solares, acontece em direta relação com a Vida imanente por Ele conduzida. Quando a consciência do Logos estiver perfeitamente aportada à Vida imanente, na qualidade e proporção que Ele projetou para esse manvantara, então esse plano evolutivo estará vencido e completado. Mas até que isso aconteça, os “avanços” do Logos prosseguirão por períodos e ciclos desenvolvidos durante as três encarnações do sistema solar. 11. Que outros importantes fatos ocorrem neste particular? R. Na consecução da Idéia do Logos, há que existir para a Vida condições que se encaminhem da relatividade existente nos mundos, onde os fatores se comportam em dualidades, até aquelas de mundos onde existam situações mais completas e unificadas. Essas condições vêm requerer eventuais separações nos níveis de consciência das vidas, ao curso de suas evoluções nos reinos e espécies. Mediante esses necessários recursos, a Vida, na sua totalidade, pode auferir com maior segurança e eficiência dos resultados das ações quantificadas. Os dois universos são somente aparentes, mas em assim existindo, propiciam às vidas campos apropriados para o processo evolutivo. Quanto ao fato de um universo absorver ao outro, é uma decorrência seqüencial no planejamento do Logos que acontece em todos os mundos, ao cabo de determinados períodos de suas existências. O mundo físico denso, por exemplo, um dia virá a ser absorvido pelo mundo etérico; esse último, pelo mundo astral, e o astral, por seu turno, pelo mundo mental. O resultado desse processo produzirá então que a matéria se dissolva em formas de energia para ser reabsorvida pelo universo superior. Esse acontecimento cíclico é um processo invertido, pois ao início de tudo foram necessários bilhões de anos terrenos a fim de que os impulsos do Logos concretizassem cada 42
mundo. Nessa etapa de final de um manvantara, acontecerá, pois, o sentido inverso à materialização, embora com maior velocidade.
Parte VIII
1. Que é mundo atmico? R. É o mundo que o Logos plasmou segundo o atributo divino da vontade. A intradependência de ambos os universos, vem estabelecer uma relação direta do mundo atmico com as formas densas, condicionando-as, não obstante, à qualidade da inércia. 2. Por que o mundo denso precisa estar condicionado à qualidade da inércia? R. As três principais qualidades que o Logos despertou na matéria pregenética a fim de poder propagá-la e construir o universo seguem padrões inteligentes. Segundo postulados esotéricos, o mundo fenomenal no seu todo é o princípio negativo oposto ao princípio positivo representado pelo universo superior. Poderíamos denominar esta oposição como o equilíbrio dinâmico do sistema solar na sua macro vida. Sendo a totalidade do universo fenomenal um bloco opositor ao universo não fenomenal, e vice-versa, a situação permanece definida na sua generalidade. Entretanto, os desdobramentos nas atividades dos reinos clamam por duais condições a fim de que haja sempre a garantia de perene propagação das vidas, dentro dos princípios de causa e efeito. Esses minuciosos fatores que produzem o movimento proporcionam, conseqüentemente, as experiências e os avanços. Neste quadro, os elementos positivo e negativo precisam necessariamente estar presentes, em interações de relatividades apesar do universo fenomenal ser pólo negativo na sua totalidade. Esse fato, pelo aparente paradoxo, suscita reflexões quanto ao relativismo de todas as coisas e à necessidade de se conduzir a concepção da Vida para patamares maiores, onde se ampliem as noções de imanência e transcendência. Sendo atma a vontade do Supremo Logos e sendo esse atributo inerente à Vida em todo o sistema solar, ao existir a inversão ou o rebatimento de um primeiro universo desdobrando outro, a vontade, neste último, também estará presente. Pelas leis da criação, a energia e a força empregadas pelo Logos para a construção do sistema solar, chegam a um ponto final na sua 43
expansão quando a energia se condensa ao máximo e produz a matéria física. As três qualidades de movimento, ritmo e inércia, despertas pelo Logos, virão estimular a matéria intrapenetrante e envolvente aos mundos inferiores, a criar características diversas nas muitas faixas vibratórias dos reinos da natureza. Mas devido ao fato de o mundo físico denso ser o depositário da maior solidez da matéria, este propósito vem oferecer às vidas aqui mergulhadas condições de lentas e graduais experiências, de acordo com o ritmo também lento da percepção consciente das imaturas vidas. Portanto, não existe inércia absoluta nas formas densas do mundo físico, pelo fato das três principais qualidades da matéria estar presentes nos interstícios de suas estruturas atômicas e moleculares. 3. Como entender melhor a relação vontade x inércia? R. A vontade de atma é o atributo que no ego terreno aciona a consciência “Eu Sou” a fim de realizar-se no “Eu Sou Um com Deus.” Entretanto, a vontade na sua essência emana poderes cósmicos que reúnem e distribuem energia e, principalmente, força, de um universo a outro bem como de um para outro sistema solar. O Logos Criador provoca a propagação desse essencial atributo a fim de que os universos sejam investidos de uma alma dinâmica, necessariamente de caráter evolutivo. Se esse fator progressista e unificador existe na alma universal, existirá também em todas as formas e elementos da matéria conformadora dos mundos aonde a ação da alma universal se fizer sentir. O universo fenomenal, constituído dos mundos mental concreto, astral e físico é um universo de aparência: é Maia ou ilusão. Nesta concepção, o Logos estabeleceu um tempo para que acontecesse a manifestação desse universo fenomenal, segundo uma cronologia cósmica. A vontade, portanto, é móvel propulsor na mente do Logos, sendo necessário que a vida pluralizada no universo fenomenal a incorpore e a realize em todos os estágios do plano evolutivo. Nos registros mundiais condicionados ao tempo, compreendido os parâmetros do tempo unicamente pelos movimentos de rotação e transladação do planeta Terra, a matéria densa parece estar caracteristicamente estática. A astronomia acusa o permanente mecanicismo dos corpos celestes e a física postula as condições que fazem com que os corpos saiam da inércia e produzam movimento. Tudo, entretanto, subordinado ao relativismo de ação e reação. A vontade está presente na mente humana, o que vem provocar a ânsia de possuir. Mas o enigma da vida está ainda longe de ser desvelado pela mente humana, mesmo porque as condições 44
ambientais do planeta se modificam a um ritmo cíclico próprio e peculiar segundo as variáveis condições cósmicas. As ciências acadêmicas já descobriram grandes segredos da natureza ocultos na composição do átomo, e extraem energia da matéria ou experimentam condicionar matéria da energia. Estas descobertas e experimentos vêm demonstrar que a inércia é somente um fator necessariamente atuante na matéria densa. A vontade, portanto, excede e ultrapassa a inércia, todavia a qualidade da inércia permanece sob as leis de conservação da matéria. 4. Que é mundo anupadaka? R. É o mundo chamado monádico, ou residencial das mônadas. Deste mundo as mônadas atuam criando condições especiais a fim de que as vidas estejam estruturalmente organizadas para realizar as viagens de ida e volta, através dos mundos criados pelo Logos.
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5. Que são mônadas? R. Mônadas são essencialmente conhecidas como “espíritos puros”. As mônadas se manifestam basicamente sob sete diferentes condições que determinam suas tendências no campo do conhecimento chamado sistema solar. Cada mônada vem à existência pelo Primeiro Logos e permanece no mundo anupadaka sem dali submergir nos demais mundos. Uma mônada é portadora das mesmas condições com que foi criada, permanecendo assim por todo o decurso de seu processo evolutivo. Portanto, as sete condições básicas são sete grupamentos que reúnem, cada um, grande número de mônadas, e cada grupamento tem características diferentes dos seis outros. 6. O que acontece com as mônadas no mundo anupadaka? R. O mundo anupadaka propicia às mônadas trabalhar próximo ao Laboratório do Logos, que é o mundo adi. As mônadas e o Logos são portadores da Idéia da Criação, porque surgem do Princípio Único ou Causa Primeira. As mônadas são também conhecidas como unidades de consciência e participam ativamente na consecução de um manvantara. Uma mônada que cumpriu sua participação em todos os mundos colhendo as experiências que o sistema solar pode oferecer, estará, em tese, realizada nesta grande etapa. Partirá, em seguida, para novas experiências noutros universos. A atividade desenvolvida por uma mônada no Grande Plano da Criação como de nosso sistema solar, compreende, em tempo terreno, alguns trilhões de anos. Para a mônada, todavia, a percepção consciente deste tempo é bem menor. Os mundos do universo não fenomenal transcendem ao tempo ajustado por dias e noites, sendo computados por ciclos cósmicos. Neste processo, acha-se incurso o mundo anupadaka. 7. Como entender melhor este pensamento? R. O tempo, ao final de tudo para a mente humana, é uma abstração. A mente humana, voltada para as experiências na matéria densa, não consegue aquilatar a verdadeira origem do tempo. É necessário, para noções superficiais não somente do tempo, mas também de espaço, energia, matéria, força, etc., que se estabeleçam parâmetros relativos aos efeitos produzidos na matéria, a fim de que se obtenha algum entendimento. Esses parâmetros calcam-se, principalmente, na experiência pela observação. Para o entendimento das idéias mais avançadas, criam-se símbolos. Os símbolos evoluem e se transformam em fórmulas numéricas, algébricas, equações e etc., tornando cada vez mais complexas as manobras do intelecto. Tratados acadêmicos de física, química, matemática, astronomia e de ciências mais modernas, tentam 46
explicar os fenômenos acontecidos no mundo. O homem evoluiu bastante sob o aspecto do conhecimento da matéria e de suas leis de conservação e transformação. Entretanto, quanto mais avança nos experimentos da matéria, mais se interioriza numa outra realidade invisível, - somente sentida, - que é a energia universal. Essa possibilidade de energia é a manifestação mais palpável de uma realidade não alcançada ainda pela mente concreta do homem, acostumada a tratar a matéria como algo sólido, estável, relativamente dominada pela lei da inércia e explorada em seus diversos ângulos pelos métodos científicos. Mas enquanto a mente concreta do homem simboliza o tempo, procurando estabelecer relações de efemérides, esta contagem, verdadeiramente, escapa ao humano. Em anupadaka, como em atma ou buddhi, o tempo é universalmente compreendido por ciclos cósmicos, sob os quais efemérides infinitamente mais amplas se iniciam e se completam. Naquelas dimensões, não existe passado nem futuro, mas o momento linear em perfeita integração de espaço e movimento. 8. As efemérides dos ciclos cósmicos coadunam-se com a formulação simbólica de tempo e espaço na Terra? R. As noções de tempo e espaço, calcadas no cérebro humano, evidentemente tornam impossível ao homem terreno absorver o mecanismo das efemérides cósmicas acontecidas no universo superior. Os mundos do universo fenomenal e, principalmente, da matéria densa, ao absorverem os influxos dos arquétipos cósmicos, reagirão lentamente. Não existe propriamente inércia, mas sim a qualidade da inércia atuando sobre a matéria. Assim, o mundo físico material e os mundos imediatamente superiores que conformam o universo fenomenal, sustentam na outra ponta o equilíbrio das mutações cósmicas nos seus ciclos evolutivos. Entretanto, o fator tempo computado nas esferas do universo superior, em termos gerais existirá no mesmo coeficiente de velocidade com que convive o universo inferior, notadamente o mundo físico. As transformações produzidas na matéria sutilíssima daqueles mundos superiores é que repercutem na matéria do universo fenomenal em proporções diversas de mutabilidade. Isto significa que a aparente lentidão das transformações da matéria densa estão calculadas sob interações de muitos fatores co-existentes para, num ritmo próprio, absorver a velocidade do tempo acontecida num universo sobreposto. 9. Como entender melhor estes acontecimentos paralelos e ao mesmo tempo integrados? 47
R. O universo é todo integrado e qualquer alteração de ordem cósmica ocorrida no relativismo do tempo terreno ou fora dele, produzirá um resultado por menor e insignificante que venha parecer. A Inteligência do Logos é incondicionada e absoluta em todo o sistema solar por ser Ele o próprio Espírito do universo. Assim, Ele está dentro e fora, imanente e transcendente, onipresente e onisciente. Para criar situações diversificadas que atendam as necessidades da Vida em seu processo evolutivo, o Logos edificou o universo fora do tempo real onde nas esferas superiores as sementes dos arquétipos cósmicos são trabalhadas para conduzirem as idéias que ciclicamente virão edificar novas situações no sistema solar. Mas no seu magnífico pensamento o Logos também criou mundos para condicionar vidas aos fatores relativos de tempo e espaço. As vidas mergulhadas nesses mundos não estão ainda preparadas para entender o mecanismo que regula o cosmos fora destes parâmetros convencionais. Todavia, este detalhe temporário não implica em que se possa acreditar que essas vidas se mantenham totalmente aparte da roda que gira movimentando os universos. É bastante e necessário que se entenda que as dimensões ou mundos que produzem o condicionado tempo também vivem simultaneamente no incondicionado tempo. Entretanto, devido especificamente aos princípios cósmicos modificadores do universo inferior num quadro geral de causas e efeitos, há o enlace dos ciclos aprisionadores de nascimento, vida e morte em que esta natureza encontra-se subjugada, aonde as vidas precisam cumpri-los. Estas experiências são parte do processo evolutivo que a Vida na sua totalidade necessita auferir, e delas libertar-se para avançar no carma do sistema solar. 10. Que é mundo adi? R. É a dimensão onde o Logos atuou consecução do Grande Plano da Criação.
e
ainda
atua
para
a
11. Sendo o Logos criador do Sistema Solar, porque deve atuar do mundo adi já anteriormente criado? R. Naturalmente que o Logos está presente em cada partícula de matéria quer nos sóis físico, mental ou espiritual, quer em todas as formas de qualquer dimensão. Ele é a imanência que impulsiona a Vida sob todos os aspectos da evolução. O Logos, naturalmente, é a entidade possuidora de um centro de energia e força de onde tudo emana. Sua fantástica aura se ajusta ao tempo, espaço, matéria, alma, espírito e a todas as coisas já criadas ou que ainda virão à existência, detendo universal domínio sobre todos os elementos. 48
Ao denominarmos este Poder Criador de Espírito Universal, Invisível Presença, Imanência, Transcendência, Pai, Deus, Moto Perpétuo, Moto Contínuo, etc., pouco estaremos traduzindo de Sua real Vida. Mas sabemos que os produtos de Sua Inteligência plasmática, envolvente, ou onisciente que seja, terão tido um princípio e terão um fim, mesmo que entendamos paradoxalmente esse fim como o infinito dentro do finito. Sabemos também que o universo de nosso sistema solar se originou de uma Ideação concretizada. Assim, para realizar objetivamente o universo solar e o Plano da Criação, o Logos precisou apoiarse nalgum ponto e este ponto foi o mundo adi, onde estabeleceu sua indescritível base e dali continua atuando. 12. Se o mundo adi foi criado anteriormente ao Logos, não teria sido este o primeiro ato da criação? R. Ao acionarmos o intelecto para tentarmos entender os princípios que originaram o sistema solar e a decorrência de suas etapas, esbarraremos, sempre, em limitações. A única maneira de realmente entendermos um acontecimento de magnitude cósmica, em pequena proporção, é pela inclusão de nosso espírito num plano de observação. Como, entretanto, a mente humana não possui suficiente elasticidade para envolver os acontecimentos cósmicos em todas as dimensões, na sua total contextura, ela somente obterá lampejos do que foi apreendido pelo espírito num determinado reflexo do instante. Esta é a base inicial em que se apóiam grandes vidências e profecias. Ao entendermos que adi foi o primeiro ato da criação, não estaremos considerando a totalidade do pensamento do Logos. O primeiro ato da criação foi a Ideação que o Deus Incognoscível exalou para o Logos. Do invisível, o Logos vislumbrou o círculo de sua manifestação e numa só concepção traçou linhas de futuros acontecimentos que seriam as materializações dos mundos. A matéria de adi é particularmente semelhante a do mundo interior de onde surgiu o Logos, embora essa matéria naquela situação reunisse certas condições inacessíveis ao pensamento, e após sua manifestação objetiva, já sob as injunções de fatores co-existentes com o espaço-tempo, reunisse outras condições indispensáveis ao que se requeria. Antes mesmo de atuar na matéria pregenética, o Logos já fez adi de sua plataforma. Mas como o projeto da Grande Manifestação ou manvantara dos indus, estivesse pronto em seu pensamento, seu primeiro ato de concretização foi realmente introduzir fohat na matéria pregenética, a fim de conceber o fogo criador (ou luz) que acrescentaria qualidade à matéria conformadora dos mundos. 13. Quais as características principais de adi? 49
R. Pouco poderíamos comentar objetivamente de adi pelo fato de ser para nós o desconhecido mundo onde o Deus do sistema solar trabalha. As palavras jamais são fiéis para ilustrar ou definir fragmentos de situações superiores a que venhamos captar. Grandes Seres, tendo já concluído seu tempo de evolução nos mundos do sistema solar, ao alcançarem adi vêm assumir outra identidade por possuir entendimento amplo e mais completo do espírito planetário e do esquema de que nosso sistema solar é parte. Em adi, outros luminosos seres também trabalham sob a orientação do Senhor do Mundo. O que poderíamos, entretanto, afirmar é que a matéria de adi é pura energia na mais alta concepção e, através de adi, o pensamento integrado de outros sistemas solares vem penetrar o nosso sistema solar. 14. Como é esse pensamento integrado? R. O pensamento do Logos tem outra concepção, sendo essencialmente Inteligência. A transmissão dessa Inteligência é conduzida pela qualidade da energia que vem integrada ao éter e nele permanece até encontrar ancoradouro num outro sistema solar. Cada Logos é portador de uma particular característica que necessita adicionar ao outro, e que de outros necessita também receber. Mas estas formulações são somente possíveis quando os sistemas solares da mesma forma atinjam certas gamas de luz e força, que adicionadas à energia do pensamento integrado, produzam suficientes qualidades para permitir atrações e respostas. O nosso sistema solar necessita ainda desenvolver essa soma de atributos em proporções cada vez maiores, para poder integrar-se em níveis superiores aos outros sistemas solares de seu esquema. Esse trabalho é gradual e paulatino, compreendendo, ao final de muitos ciclos, resultados parciais de cada planeta e de sua própria cadeia. O pensamento integrado ao alcançar nosso sistema solar através do mundo adi, é trabalhado e diversificado para mundos e planetas. Após ser adicionado de qualidades específicas de suas cadeias planetárias, e tendo armazenado suficiente soma de luz e força, o pensamento integrado poderá ser reenviado para os outros seis sistemas solares. Desse modo, observamos que tanto o universo inferior quanto o superior existem por motivos que vão muito além das concepções humanas limitadas à criação de nosso sistema solar. E tudo o que se diz e se propala da matéria e suas organizações são conhecimentos que necessitam avançar para uma idéia de integração cósmica em apropriações paulatinas de um para outro sistema solar. Depois, certamente, essa expansão objetivará outras metas, outros conjuntos de sistemas solares dentro e fora 50
de nossa galáxia, e assim sucessivamente com todo o universo material e não material.
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