Amar o próximo como a si mesmo O amor deve encontrar na alma das pessoas a sua guarida mais legitima, pois é, dele que somos constituídos e foi através dele que ganhamos a vida. Quando falo em vida não me refiro somente a existência corpórea, mas a verdadeira vida, como filho de um PAI que nos criou para a perfeição. Este mesmo DEUS criou tudo inclusive deu vida a nossos irmãos os quais deveríamos amar como a nós mesmos, ou melhor, não fazer a eles o que não desejamos para nós. Esta é a lei, a do amor, que rege todas as ações no Universo e que nos aproxima ou distancia do Criador conforme nosso entendimento e aplicação dela. O quanto mais compreendemos menor são nossas ações de revolta, egoísmo, orgulho, inveja e mais presentes são nossa humildade, altruísmo, confiança e paz interior, pois estaremos constantemente em sintonia com o Pai. Mas o que pode parecer simples, por vezes, torna-se impraticável, pois nos deixamos acomodar e levar por sentimentos que são contrários ao amor, nos envolvendo em pensamentos negativos e praticando ações que nos levam a processos de reparação complexos, podendo até comprometer nossa reencarnação. O amor pelo próximo deve começar no processo de amar a nós mesmos, aceitar nossas imperfeições e limitações e procurar autocompreensão, somente assim estaremos prontos para entender, aceitar, e amar ao próximo. Como começar este processo de auto-aceitação? Todos os dias devemos ao levantar, pela manhã, olhar no espelho e afirmar o quão importantes somos, quanto gostamos de nossa vida, quão felizes somos, independente dos problemas, limitações ou defeitos. Antes deitarmos, olharmos novamente e dizer o que fizemos por nosso aperfeiçoamento naquele dia, quais são as ações que nos orgulhamos de ter realizado e quais são as que não repetiríamos se tivéssemos outra oportunidade. Assim caminhamos para a conquista da auto aceitação.
E como faríamos com o próximo? Da mesma forma um passo de cada vez, O que me faz lembrar de uma historia, “era uma sorveteria famosa, sempre lotada nos dias de calor. Sorvete delicioso. Sabores variados, clientela bem atendida. Homens, mulheres, crianças, todos faziam fila e aguardavam pacientemente a sua vez. Tudo por um sorvete gostoso e refrescante. A menina sozinha, com o dinheiro na mão, também entrou na fila. Esperou, sem reclamar, mesmo quando uns garotos passaram à sua frente, sem cerimônia e sem polidez. Quando chegou ao caixa, antes que pudesse falar qualquer coisa, o funcionário lhe ordenou que saísse e lesse o cartaz na porta. Ela baixou a cabeça, engoliu em seco e saiu. E leu o cartaz, bem grande, na porta de entrada: proibido entrar descalço! Olhou para os seus pés descalços e sentiu as lágrimas chegarem aos olhos. O gosto do sorvete não comprado se diluindo na boca. Ia se retirando, cabisbaixa, quando uma mão forte a tocou no ombro. Era um homem alto, grande. Para ela, ele parecia um gigante. Foi com ela até o meio-fio, sentou-se e tirou os seus sapatos número 44 e os colocou em frente a ela. Depois, a suspendeu e enfiou os pés dela nos seus sapatos. - Eu fico aqui, esperando. - disse ele. - Vá buscar o seu sorvete! Não tenho pressa. Ela foi deslizando os pés, arrastando os sapatos, até o caixa. Comprou sua ficha e saiu, vitoriosa, com seu sorvete na mão. Quando foi devolver os sapatos para aquele homem, de pés grandes, barriga grande, ela se deu conta de que se ele tinha pés enormes, muito maior ainda era o seu coração.” Amar ao próximo significa olhar alem de si mesmo e enxergar Jesus em nossos irmãos.