O Laçador De Nuvens E O Hipermercado Espacial De Idéias

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O LAÇADOR DE NUVENS E O HIPERMERCADO ESPACIAL DE IDEIAS

O laçador de nuvens

O hipermercado espacial de idéias!

Conto de Helena Schaffner - originado em 22.08.2007 Em função de uma frase dita ao acaso sobre laçar nuvens! <<< para crianças dos 09 aos 90 anos >>>

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Juninho era um rapaz irrequieto que vivia correndo pelos campos no sítio onde morava. Adorava observar as nuvens no céu e de imaginar uma história cheia de aventuras. Um dia então... ... Juninho estava deitado na bela grama verde, comendo um galhinho qualquer de capim, quando viu uma nuvem em forma de cavalo. Ele jurou ser um cavalo. Não resistiu, saiu correndo buscar o laço e veio todo ansioso. Lançou a corda comprida e... laçou a nuvem-cavalo! O cavalo-nuvem saiu galopando a toda velocidade levando Juninho consigo. Ele mal conseguia respirar tão grande era a velocidade do cavalo feito de nuvens brancas e macias. A crina fina e delicada, roçava o seu rosto. A brisa celeste parecia animar sua alma e ele se sentiu tão leve quanto às nuvens que ia atravessando sem mesmo estranhar. Mas de repente o cenário mudou: Juninho viu um vale verde. Será? Mas como? Ele estava voando no céu e céu tem grama? Bem, mas ele estava vendo o imenso gramado verde a sua frente e o cavalonuvem pousou de leve, tão de leve, que Juninho achou que ainda estava levitando. Mas logo ele percebeu que podia andar sobre o gramado verde e muito macio. Parecia gramado de nuvem verde, ele pensou: - E afinal, onde estou? Perguntou Juninho sem perceber em voz alta. Então alguém respondeu: - Aqui não se fala assim, basta pensar! Nossa, pensou Juninho, de onde ouvi essa voz se não vejo ninguém? - De mim, seu bobo! E o Cavalo-Nuvem olhou direto nos olhos de Juninho como para convencê-lo que ele falava de fato com ele.

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Juninho que já não estava estranhando tanto, conseguiu aceitar o fato como se fosse normal, mesmo sabendo que não era. - Tá bom, pensou Juninho em voz alta, então me diz, onde estamos meu querido companheiro desta viagem... esquisita? - Bem, para dizer a verdade não estamos em lugar algum. Aqui não é um lugar como na Terra, antes é um plano, digo, um estado mental. - Ah, já sei! Respondeu Juninho. Eu já ouvi falar do poder da mente e da imaginação. Você está querendo-me dizer que estou viajando na imaginação, é isso? (E quase disse: na maionese! Mas se conteve, achando que ele não entenderia mesmo) - Sim, Você pode explicar assim que as pessoas vão entender, mas neste plano não existem explicações concretas, apenas idéias abstratas que muitos na Terra não entendem. - Oras, eu entendo e sei que muitos podem me entender, portanto que tal a gente dar nome sim e ver o que acontece? - Bem, podemos tentar Juninho, quem sabe a gente muda algo com isso, certo? - Certo, disse Juninho feliz. Então comece tentando dar um nome real a este plano onde me encontro? O Cavalo pensou e pensou, mas não conseguiu. - Lamento Juninho, mas não sei fazer isso. Pense que eu também não tenho nome, Você que me chamou de Cavalo-Nuvem, mas eu não sabia que me chamava assim. - Ah, agora eu entendo. Aqui a gente vê a forma sem nome. Isso é muito interessante. Deixa-me ver o que a gente pode fazer. Olha, o que mais tem por aqui, além deste gramado verde? - Não sei muitas coisas, dizem que além do gramado existe um vale e depois do vale existe um lugar onde vivem formas das mais variadas que ficam brincando para passar seu tempo.

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- Mas que estória maluca, disse Juninho. Formas brincando para passar o tempo? - Sim, porque não existem pessoas na Terra que conseguem captar as imagens e transformá-las em realidade, em formas concretas. Ou você acha que os carros, os prédios somente existem desde que os homens conseguiram inventá-los? Quer dizer, captar as imagens? Se fosse assim, o homem seria um mini-criador, mas não é bem assim, criar algo de verdade, é algo que somente seres de alta categoria fazem e depois lançam as idéias no plano correspondente, no caso aqui. - Nossa! Que coisa mais louca, disse Juninho. Então é assim que funciona?? E Juninho ficou pensando com que simplicidade o Cavalo-Nuvem havia explicado um fato que na Terra se explica de forma tão controversa e complexa. - Cavalo-Nuvem, eu quero muito mesmo visitar o tal do Vale Encantado. Você pode me levar? - Olha Juninho, eu não posso fazer nada por conta, mas vou pedir para a Guardiã deste Vale. Espere somente uns instantes. Dizendo isso, Cavalo-Nuvem se dissolveu na frente dos olhos de Juninho e segundos depois reapareceu, talvez um minuto? Ele não saberia dizer. - Juninho! Ela consentiu. Disse que estava lhe esperando até. Portanto monte e lá vamos nós, disse Cavalo-Nuvem todo feliz com esta nova aventura! Foi uma viagem rápida através de vales ondulantes, que emitiam música na medida em que se passava por eles e também as cores pareciam se mover ao som das músicas. É como se ocorresse um eco que em resposta emitia música. Juninho se sentia no sétimo céu e se deliciava. Não fazia questão de entender o que estava acontecendo, fazia questão sim, de viver, de sentir e aproveitar esta experiência única. Chegando perto do Vale, Cavalo-Nuvem se despediu e sumiu no ar, tal como já tinha feito antes.

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- Juninho, Juninho! Alguém o chamava e pelo seu nome! Olhou mas não era o cavalo que o estava chamando, por isso olhou de novo e viu outra nuvem esquisita no céu, em forma de um Nome!! Pode ser verdade isso, pensou? Ou estou ficando louco de verdade? - Calma Juninho disse alguém em pensamento. Eu sou uma palavra que ainda vão descobrir na Terra. Eu existo aqui há muito tempo e estou louca para encarnar, digo: para me materializar na Terra, mas as pessoas demoram muito, porque ficam correndo atrás de dinheiro, roupa e daquilo que chamam de felicidade. - Nossa! Que triste pensou Juninho, olhando para aquela Palavra cujas letras ele não conseguia decifrar. Mas o que significa sua Palavra, perguntou Juninho todo curioso? É uma palavra no ramo da nossa ciência, da psicologia ou de que área? - Olha, eu não sei. Aqui nós não temos idéia de quem somos. São Vocês humanos que nos dão nomes e significados. Que coisa interessante pensou Juninho. Quanta importância temos na vida dessas idéias e formas sem nome e sem consciência. São como filhos, e nós seus pais... é isto! Juninho não tinha idéia exata da palavra consciência, mas agora ele começou a ganhar noção. Neste plano as formas apenas sabiam que existiam a espera de serem nomeadas e lhes ser dado algum significado. - Juninho, disse a Palavra, Você bem que podia ajudar a gente um pouquinho, não podia? - Como, perguntou Juninho? - Tentando encontrar alguém que possa nos materializar, dar um nome e uma função, entende? - Sim, isso eu entendo sem problemas, mas justo no seu caso, como vou saber quem vai poder te decifrar?

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- Oras, isso não é tão difícil quanto parece. Aqui temos outros meios de identificação. Eu vou lhe mostrar. Venha. Chegaram no Vale Encantado. Nossa que coisa bonita, pensou Juninho. Tantas formas voando, palavras saltitando no espaço imenso, sons diferentes e cores intensas e suaves se mesclando. - Veja Juninho, olhe com cuidado e perceba algo comum a todos. - Juninho olhou, olhou, mas não conseguia ver nada comum a todos. - Não Juninho, ver aqui é diferente do que na Terra. Aqui ver significar captar as ondas vibratórias. Olhe sem tentar enxergar algo físico, mas algo atômico. Juninho ficou bem quietinho olhando, tentando não ver como um menino da Terra, mas como alguém que estava num outro lugar e teria que ver tudo diferente. Não demorou muito e ele percebeu uma sutil vibração vindo de uma forma muito grande e vibrante. Primeiro parecia ser imaginação, de tão sutil, mas depois ele viu como se fosse uma onda, algo parecido com o DNA que ele aprendera na aula de biologia e que o tinha intrigado tanto. É, era isso. Ele estava vendo o DNA de uma forma abstrata. Nossa, ele se sentiu tão orgulhoso de sua capacidade de percepção, que ficou doido para tentar enxergar o tal do DNA em todas as formas. - Isso mesmo Juninho, disse a Palavra em pensamento. Você está vendo, eu vejo isso. Não me pergunte como que eu não saberia explicar. Mas é esta vibração que Você precisa encontrar em alguém da Terra, para captar nossa idéia, entende? - Sim, agora eu entendo. Mas ainda não sei como vou ver na Terra quem tem condições de captar uma forma daqui? Digo idéia... enfim, alguém de Vocês. - Nisso que precisamos da tua ajuda Juninho, pois nós não temos o poder de agir, somos passivos, Vocês precisam vir até nós. Nós não podemos coagir

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ninguém, apenas Você, como Humano, talvez possa dar uma força sem forçar, entende? - Huum, acho que estou entendendo. Dar um empurrãozinho para Vocês caírem, wupt, na mente de alguém? É isso? A Palavra riu discretamente e fez que sim! Então Juninho teve uma idéia... é, uma idéia no mundo das idéias, parecia estranho, quer dizer, abstrato, mas era real: - Iria visitar algumas pessoas em sonhos. Isso mesmo! Esperou a noite cair e quando foi lá pelas dez horas da noite viu um monte de mentes flutuando no espaço. Pareciam flocos de algodão vagando, alguns bem direcionados, outros sem direção, pareciam bêbados. De repente uma mente lhe chamou a atenção, vibrava num tom azul bem cristalino. Aproximou-se com cuidado e tentou ver como se comunicaria. A Mente o percebeu e o cumprimentou como se o conhecesse. Juninho ficou surpreso e perguntou se já se conheciam de algum lugar. A Mente respondeu: - Oras, aqui neste plano não há reconhecimento de pessoas, mas de objetivos. Eu estou aqui porque preciso encontrar uma idéia muito especial para um projeto que tenho. Juninho riu de leve e achou engraçado: veio-lhe na mente que este plano era como um Hipermercado Espacial de Idéias! E achou mais graça ainda quando deu um nome ao lugar, quer dizer, a este plano. O Hipermercado Espacial de Idéias A outra Mente entendeu e achou graça também, mas logo retomou seu rumo para encontrar sua idéia. Tinha pressa, pois tinha que ser naquela noite.

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Juninho então percebeu que cada vez mais mentes vinham ao Hipermercado e teve uma idéia genial: - Iria ser o Guia de algumas meio perdidas. Foi ao encontro de uma delas e meio sem jeito ainda, perguntou, mentalmente, claro: - Posso lhe ajudar? A Mente de cor meio amarelada opaca, respondeu hesitante: - Poderia, se eu soubesse o que estou fazendo aqui e onde estou? - Bem, isso não é problema. Aqui Você se encontra numa espécie de Hipermercado Espacial de Idéias falou Juninho orgulhoso, por ele mesmo ter batizado o tal do lugar.

Com certeza Você veio atraída para encontrar a

solução de algum problema? - Isso faz sentido, respondeu aliviada a Mente Amarela Opaca. Ando muito cansada procurando a solução de um projeto pessoal, quer dizer, sobre uma nova cor de tinta que estou criando. Mas o tom não quer sair. Falta-me algum dado químico que desconheço pelo jeito. - Oras, então vamos ver onde fica o departamento de cores, disse entusiasmado Juninho. - Se isso é tão simples, vamos já. Mas Juninho não sabia como classificar as idéias e ficou pensando como faria, pois prometeu algo que não sabia como fazer. Nisso aproximou-se uma Mente bastante clara, quase cristalina que de longe brilhava feito uma estrela, por isso Juninho a chamou de Mente Estrela. - Juninho, disse uma voz delicada e melodiosa, vim para lhe ajudar, pois percebemos que Você também quer ajudar. Venha comigo, enquanto a Mente Amarela vai se refazer no Salão Dourado. - Salão Dourado, disse Juninho todo entusiasmado? - Sim, é para onde conduzimos Mentes cansadas, pois cansado ninguém consegue captar nada direito e daí de nada vale ganharem uma bela idéia que chega “aos pedaços” na Terra.

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Delicadamente a Mente Estrela conduziu com um raio de luz a Mente Amarela direto para o Salão Dourado. Juninho viu tudo acontecendo num segundo. - Vamos Juninho, disse a Mente Estrela. Deslocaram-se numa espécie de corredor invisível e Juninho foi parar num arquivo pela sua dedução, e por alguns filmes de ficção cientifica que adora assistir, mas também de ler. - É mais ou menos isso Juninho. Aqui temos o arquivo de como classificamos as Idéias. Aqui neste plano, Você já sabe que não funcionam sentimentos, nem pensamentos concretos. As Idéias aqui são como Sementes, vendo uma semente, Você não sabe que Árvore ela vai dar, ou se vai ser uma flor, sem ter um conhecimento muito especial sobre sementes, certo? - Certo respondeu Juninho entendendo bem o que ela dizia com este exemplo tão simples e continuou: Mas então terei que fazer um curso sobre como diferenciar uma Idéia-semente de outra? A Mente Estrela sorriu... Quando uma Mente sorri, ela emite um tom muito singular, uma melodia deliciosa e uma vibração de rosa-dourado. Isso Juninho já tinha observado, por isto sabia que ela estava sorrindo. - Aqui é tudo mais simples embora seja mais complexo, disse-lhe a Mente Estrela. Ou seja: como uma semente ela é algo tão simples, pequeno, de cor marrom, de forma redonda ou oval em geral, mas cada uma encerra uma árvore tão diferente ou uma flor ou um legume tão variado em sabor, cor, tamanho, não é? Pois é, Idéias-Sementes são assim também. Elas são quase todas parecidas, mas é preciso saber o seu conteúdo, a sua Matrix, lembra do Filme Matrix? O autor da historia também veio buscar inspiração aqui e o nome Matrix significa uma Matriz, uma Mãe, ou seja, uma

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Mente térrea torna-se a Matriz de uma Idéia e a gera para o mundo em cor, forma, etc. - Nossa! Que aula mais interessante, disse Juninho quase sem fôlego. Aquilo parecia sim um mundo encantado de verdade, quer dizer, diferente. - Então, prosseguiu a Mente Estrela, veja aqui (e mostrou um corredor cheio de luzes, quase todas esbranquiçadas): - Estas luzes de cor pérola e que também se parecem com pérolas, são Idéias para a área da Sabedoria, ou seja, para o Ser Humano poder decifrar melhor o Mistério que ele é, nascido de um óvulo, uma Semente Humana, não é? As de cor esverdeadas, parecendo ervilhas, são para a área de saúde englobando tudo, mas sempre partindo da natureza, pois a química comum, nada mais é mais do que as cinzas queimadas de uma árvore antes viva. As de cor amarela são para as áreas exatas, como matemática, física, e química, sempre quando são envolvidas fórmulas. As de cor rosada e em formato de gota, são para todos os assuntos envolvendo educação, incluindo a psicologia. As de cor azulada e de formato lembrando um ovo, para todos os assuntos metafísicos. É complexa essa área por isso não vou entrar em detalhes contigo, um menino ainda, embora que neste plano Você possa superar sua idade física em alguns anos terrestres. - Mas como posso ajudar uma pessoa, como aquela Mente Amarela Opaca se não sei o que ela realmente precisa e se a classificação aqui é tão generalizada? - Muito bem Juninho, disse a Mente Estrela. Agora entra a segunda classificação. Cada Semente tem uma vibração muito peculiar que a Palavra já lhe explicou, através de ondas vibratórias que são seu DNA. E como são ondas vibratórias o encontro se dará por meio da atração, que

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será

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automática, mas para isso é preciso que a Mente esteja bem nutrida, forte e muito ciente do que ela quer, senão ela não atrai o que deseja. - Ah! Agora entendi. É a tal da lei da atração. Já tive esta matéria na Escola, mas não entendi assim. Só entendi isso a nível de magnetismo, de gravidade. - Bem, mas tudo no Universo ocorre pela lei da atração. Esta é a Lei Básica. - Ah! Por isso Você enviou a Mente Amarela Opaca cansada para a Sala de Recuperação. - Sim, Agora ela tem uma chance real de atrair sua idéia-semente. Antes não havia qualquer possibilidade pelo cansaço, mas muitas Mentes não sabem bem o que querem, então claro não podem atrair nada. - Mas que interessante. E quanto ao objetivo? Será que ela sabe bem o que busca? - Isso é o que vamos ver. Vamos acompanhar este caso do começo ao fim, para Você saber como funciona o processo, ok? - Puxa, que aventura diferente essa, sorriu Juninho todo curioso e ansioso pelos resultados. - Então vamos lá buscar a Mente Amarela Opaca que agora deveria estar brilhante. Chegando ao tal do Salão Dourado, Juninho viu uma multidão de Mentes sendo revitalizadas pela vibração da cor dourada.

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A Mente Amarela antes opaca, agora estava brilhando de modo sereno. Juninho não entendeu como, mas sabia qual delas pertencia aquela Mente. - Veja Juninho, aqui sabemos muitas coisas automaticamente, quer dizer, por uma questão de afinidade, de vibração. Na matéria física Vocês também dizem que sentem uma simpatia ou antipatia e não sabem por quê? Não é? - É, disse Juninho pensativo lembrando. - Nós fomos à busca daquela Mente de forma bem clara e definida e a atraímos. Por ora basta saber isso. A Mente Amarela parecia disposta e bem humorada... se é que existe um termo desse por aqui. Mas essa era a impressão da vibração dela. - Então, perguntou Juninho ansioso: vamos agora encontrar sua fórmula para a nova cor da tinta? - Sim, e o quanto antes. Eu preciso encerrar este projeto que está consumindo minhas energias. Meu prazo está se esgotando. - Vamos direto ao corredor Amarelo, disse a Mente Estrela e veremos se ele consegue atrair a fórmula. Chegando lá a Mente Amarela se sentiu em casa, podia se perceber, até sua luz ficou mais intensa. Tão intensa que de repente um floco ou semente veio e colou nela. Foi como se ela tivesse jogado um magneto naquela direção. Juninho tive que rir, e a Mente Estrela sorriu. - Viu Juninho, assim funciona um caso bem sucedido. Esta Mente estava cansada da busca, por isso veio com uma alta dose de convicção de que quer

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encontrar a solução. Enquanto não existir uma dose mínima vibratória a mente não atrai o que busca. E na Terra, os Seres Humanos, geralmente esperam até se cansar, só para daí desistir de vez ou ficar com aquela gana e dizer e agora basta: agora eu quero! E daí sempre acontece algo, e por quê? Oras, porque havia força suficiente no desejo. A vibração se elevou e ele pode atrair a idéia. Mas vamos acompanhar a Mente Amarela em seu projeto. Isso vai ser uma aula prática neste plano abstrato, disse Mente Estrela sorrindo quase rindo. Mente Amarela sumiu da vista e Juninho a custo conseguiu acompanhar Mente Estrela em seu vôo. A seguir ele viu o corpo onde mora a Mente Amarela. Era um homem de seus 30 anos, deduziu Juninho. Morava numa casa, perto de um grande lago. Supôs ser Brasília, mas não sabia direito, pois estava muito próximo, atraído pela vibração do desejo de saber como ele iria aplicar a idéia-semente recebida. Ele saiu correndo cedo e foi parar numa empresa muito grande. Entrou no escritório, fechou as portas e como chegou mais cedo, ainda não havia ninguém. Ligou seu computador e logo apareceram imagens, cores, fórmulas, uma mistura total. Parou numa página cheia de fórmulas e inseriu o que parecia uma equação matemática. Passou a manhã totalmente envolvida no projeto, mal cumprimentando quem entrava. De repente se ouviu um grito vindo da sala dele. - Achei, achei, achei. Não acredito. Por todos os reinos, eu encontrei a cor. Uns colegas vieram correndo ver se ele estava passando bem ou o que estava acontecendo. - Que houve? Perguntou um deles? - Você não acredita, achei a tal da cor procurada. Estava me faltando um dado e ontem a noite eu dormi feito anjo. Tive a impressão que passei a noite

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tentando encontrar a solução. Fato é que hoje acordei super-animado, sentindo que encontraria o que faltava. Mente Estrela então apontou para o detalhe da realização: - Juninho, muitas pessoas pedem e recebem idéias-sementes, mas não fazem nada, entende? Isso é um desperdício, pois na vida as chances são computadas e as oportunidades perdidas são subtraídas do currículo desta alma, e para conseguir outra oportunidade, elas têm que se esforçar o dobro. - Nossa que coisa séria essa de pescar idéias-sementes, concluiu Juninho pensativo. - Em que pensa Você, Juninho, perguntou Mente Estrela? - Penso como eu serei. Vou saber aproveitar bem as idéias com projetos? - Sim, pense nisso desde pequeno, pois a maioria só se apercebe que poderia ter feito mais da vida, depois de velhos e cansados. De tanto correrem atrás de coisas menos importantes para a vida, esgotaram sua quota de energiavida sem terem transformado a mesma em algo de valor para si e para os outros. Sabe Juninho, assim também ocorre com a Semente-Idéia do Criador quanto ao Ser Humano: - A maioria não busca entender que tipo de projeto está embutido na Semente-Homem. Mesmo porque, esta Semente é muito especial: ela tem o poder de ser autoconsciente. Lembra que o Cavalo-Nuvem disse que não sabia quem era? - Sim, lembro, disse Juninho sentindo saudades do Cavalo-Nuvem que o levara para esta aventura singular.

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- Da mesma forma um cavalo comum não sabe que é um cavalo, mas Você sabe que é gente, que chama Juninho, que existem reinos abaixo e acima dos seus, não é? - De fato. Nunca tinha pensado nisso. Sempre achei tudo muito natural, ou seja: o fato de eu saber quem sou e quem são os animais, as plantas, os minerais, e também que devem existir anjos ou outros seres superiores. Espera! Qual será a matriz contida na Semente-Ser Humano? É isso que Você está questionando comigo? - Sim, Juninho. Sementes muito mais complexas pairam acima daquele plano que Você visitou. Lá existem sementes-idéias para uma determinada faixa de consciência e vida. A idéia da Semente-Ser Humano foi concebida num nível muito superior e por isso ela é muito mais complexa, entende? - Claro que sim, mas o que eu não entendo, é como vou saber se estou sendo a Semente-Idéia original projetada, pois é isso que me vem na cabeça agora. De fato, nem sei de onde tirei essa idéia um tanto filosófica eu diria. - Sabe Juninho, como Você é muito receptivo, sem preconceitos, sem um monte de idéias pré-concebidas de quem Você é ou deveria ser (ainda!!), posso lhe inspirar com questionamentos que beiram a sabedoria dos sábios. E mesmo que Você depois esqueça dessa “conversa mental filosófica” a idéiasemente vai ficar em seu interior, e um dia, quando Você for adulto, ela terá o solo adequado para florescer, como uma planta, entende? - Sim, até aqui tudo bem. Mas fiquei curioso com a Semente Ser Humano. Nós já atingimos a que se propôs o Criador dela? - Uma ótima pergunta Juninho. Infelizmente não. Em alguns casos devemos dizer que houve um grande atraso. A maioria das Sementes-Humanas não

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deram certo no

ritmo previsto em função de um imprevisto de caráter

cósmico. Não vou entrar em detalhes quanto ao imprevisto, mas quanto ao previsto, ok? Mesmo porque, dependendo de sua religião ela enfatiza mais ou menos o imprevisto, outras o previsto, mas poucas realmente entendem o que realmente estava previsto. - Como assim, interrompeu Juninho. - Bem simples Juninho. Eu já te disse que a Semente Ser Humano é muito complexa, por isso, o projeto previsto pelo Criador da Semente foi dividido em várias etapas. Não é tão simples como uma Árvore ou como um animal pelo fator que já expliquei de serem autoconscientes, lembra? - Sim, lembro tão bem que nunca mais vou esquecer isso, ou seja, eu nunca parei para pensar que eu sei quem eu sou, mas um cavalo não sabe, nem a planta, nem o peixe, nem os minerais. Eu quase levei um choque, aliás, eu levei um choque de “autoconsciência”, disse Juninho rindo. - Foi isso mesmo que aconteceu Juninho: Você levou um choque sendo tão jovem, alguns levam este choque aos 70 anos, outros nunca, outros aos 17, outros no meio da vida, enfim. Mas isso é apenas o início do Projeto SementeSer Humano. Esse projeto é composto de várias etapas. A mais elementar das etapas da Semente Ser-Humano implica em ele aprender a usar a inteligência para sobreviver, para entender o ABC da vida material. Depois ele vai mais longe, se torna talvez um bom profissional em alguma área e assim amadurece sua inteligência, nem sempre de forma positiva, pois muitos são inteligentes, mas não têm caráter. Ou seja, desenvolvem parcialmente seu potencial. Não falamos de ser bonzinho, mas de não ser

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maldoso ou querer ser o esperto e sempre pegar o melhor para si de forma desrespeitosa. Isso já bastaria para amenizar as dores no Planeta Terra. Uma terceira etapa podemos definir como o início de uma crise existencial. A inteligência está tão desenvolvida ou ele conquistou materialmente tudo que ansiava e percebeu daí que falta algo, ou ele sofreu demais e questiona a razão de sua existência. Daí que ele tenta desvendar ou tenta entender o projeto completo previsto para a Semente chamada Ser... veja as palavras: ser um Ser Humano. - Espera, disse Juninho. Mas como podem ocorrer erros no Projeto? Porque o Ser Humano pode fazer erros e não cumprir com o plano previsto para ele pelo seu Criador? - Puxa Juninho! Esta pergunta veio na hora certa. E como Você não vai saber responder pela sua falta de maturidade e experiência, vou lhe dizer: Porque o projeto do Reino Hominal recebeu algo que o Reino Angelical, por exemplo, não tem: o Livre Arbítrio! - Livre o quê? Perguntou Juninho fazendo uma cara de surpreso e meio confuso? - Veja, esta palavra um tanto difícil, significa em miúdos: livre para decidir, para optar, para escolher! - Decidir o quê, questionou Juninho bem compenetrado na conversa? - O Ser Humano tem a liberdade de seguir o Projeto previsto em sua SementePrograma ou não.

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- Mas... espera, acho que acabei de entender algo essencial: por isso existe o erro? A possibilidade de errar? - Exatamente! Você tocou na raiz dos problemas dos seres humanos e na raiz de seus sofrimentos em vãos! Ou evitáveis! O Criador quis criar seres que seguissem por livre escolha o caminho certo previsto no projeto, não por determinação, mas a opção de não seguir existe e ela implica em experimentar a dor, o medo, e o sofrimento e depois, o pior: a culpa!! - Momento Mente Estrela, qual a diferença entre dor e sofrimento? - Juninho Você está me espantando com tuas perguntas! Você vai virar um grande filósofo, posso até ver!! Mas vamos à resposta: Dor é mais no sentido físico, sofrimento é mais no sentido da alma, da mente, da psique, entende? - Oras, tanto assim eu entendo, afinal, as escolas de hoje e com a Internet, só não entende quem não quer, ou quem só fica usando a Internet para treinar a violência por meio dos jogos. - É, novamente usando mal o livre arbítrio, percebeu? A Internet em si é um instrumento neutro, contém informações boas e ruins, mas cabe a cada um usar de seu livre arbítrio para se elevar através dela ou decair. Justamente os jovens são as grandes vítimas, porque os pais não têm como controlar o acesso nas lan houses, ou nas muitas horas vagas na própria casa, onde eles podem extravasar seu livre arbítrio sem imaginarem as conseqüências que isso vai provocar em suas mentes quando virarem adultos. - Como assim, quis saber Juninho?

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- Estas imagens de violência vão se gravando na mente destas crianças e jovens e uma imagem repetidamente gravada na mente será obrigada, algum dia, a se converter em realidade se ela não for deletada ou substituída por outras imagens melhores, seja via internet, via uma boa educação, via alguma filosofia, religião. - Ah! Entendi a lógica, que é bem simples! É como atrair as Idéias: se sempre penso numa idéia e a desejo profundamente, acabo atraindo-a, não foi isso que Você explicou? - Exatamente, agora some a isso o poder do livre arbítrio e veja os estragos que essas Sementes-Humanas mal desenvolvidas fazem no mundo? - Puh! Isso é pior que uma catástrofe, disse Juninho pensativo e como se tivesse tido uma súbita iluminação mental. Céus, mas que loucura Mente Estrela!! Já não temos sofrimento que chega no mundo? (Juninho era um jovem incomum, por isso vivia muito só, a maioria da sua idade não entendia seus devaneios, seus passeios pelos campos no sítio dos avós, que não ficava longe da cidade grande onde morava. Mas era lá que ele entrava em contato com a natureza, conversava com as nuvens – seu passatempo favorito – e brincava com alguns animais que os avós mantêm no pequeno sítio, mas grande o suficiente para favorecer os devaneios altamente intuitivos de Juninho. Mas ele não sabia disso, não conscientemente, apenas no nível subconsciente). - Pois é Juninho, quem diria que Você tão jovem já consegue antever a catástrofe desta juventude que não usa sua inteligência para treinar jogos positivos, claro que não todos, mas infelizmente uma grande maioria. Será de

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fato uma catástrofe para o Planeta Terra, que já é vítima de uma geração que só pensou em enriquecer às custas da natureza. E veja o resultado? A próxima geração fará pior se continuar nesse ritmo: vão ignorar a natureza, pois nem a conhecem mais. Só vivem na frente das telas dia e noite, cada minuto livre e nem saberão dar valor a uma planta, a um animal, a um passeio no campo então, nem se fala: é algo totalmente sem graça. Eles querem ação e muita violência para saciar sua falta de contato com a terra, o sol, a água, a tranqüilidade que enfim hoje em dia, somente a natureza ainda pode oferecer sem que para isso se precise engolir um monte de filosofias teóricas. - Como assim? - Oras, a natureza automaticamente emite paz,

ela convida a refletir se

temos um mínimo de interesse, e isso sem a gente precisar ser parte de um grupo social Xis ou grupo religioso Ypsilon. A psicologia, a religião e mesmo a filosofia se tornaram muito maçantes em parte, pois exigem um monte de informações para entender o projeto Semente-Ser Humano. Isso faz parte dos erros advindos do mau uso do tal do livre arbítrio. O Ser Humano foi perdendo o rumo e acabou gerando desvios e estes exigiram um monte de explicações para entender aonde agora ele se encontra. - Veja se entendi: enquanto Você falava me veio a imagem de homens tomando caminhos à esquerda e direita, depois alguns atalhos abandonando a estrada central larga, arborizada, tranqüila, prevista pelo Criador da Semente-Ser Humano. Lá longe, perdidos, eles sofriam cada vez mais:

e

começaram a montar esquemas para recuperar a Estrada Central. - Juninho, Você está se revelando

um talento em compreender idéias de

ordem existencial, apesar da sua idade. E veja, sua visão não é apenas correta, mas de uma clareza tal,

que pretendo usá-la para completar as

partes que Você não tem como saber:

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Não bastassem alguns saírem pela esquerda ou direita, ou seja, opções melhores e piores de acordo com o caráter ou de acordo com o desejo egoísta de seguir somente o que agrada a si, independente se causa danos a outros ou à natureza, muitos ainda pegaram atalhos depois, afastando-se com isso cada vez mais do Caminho Central. Da dor e do sofrimento advindos desse desvio se originaram muitos movimentos religiosos que também perderam de vista ou nunca tiveram contato com a Verdade Central acerca do Homem e sua ligação com o Divino. Por isso Juninho, por mais bem intencionadas que sejam muitos movimentos ditos espirituais ou religiosos, eles não têm condições de levar o Ser Humano de volta ao Caminho Central, pois seus dirigentes são filhos dos Desviados e nem tem noção do que significa caminhar no Caminho previsto pelo Criador. - Mas que tristeza isso, disse Juninho. Além de eles estarem desviados, eles não percebem que sua forma de tentar encontrar o Caminho Central está equivocada, pois nasceu do “desvio”? Acho isso bem triste. Porque isso pode acontecer? Deus não previu esse desvio? - Juninho, prever penso que não seja a palavra certa: Ele deve ter prevista a possibilidade, isto sim, pois quando se concede um livre arbítrio, deve-se contar com tudo. Mas veja Juninho, ele também dotou o homem de inteligência, de autoconsciência e por instinto, todo Ser Humano sabe que pode pedir ajuda. E aqui entra o segredo de um retorno bem sucedido ao Caminho Central: Como somos nascidos tendo por base o Livre Arbítrio, somente se pedirmos por ajuda podemos ser ajudados. Ninguém, nem mesmo Deus pode interferir no nosso direito de errar, de pegar caminhos que somente nos trazem dor e sofrimento, mas também ninguém pode colher por nós o que cada um semeou. Por isso é dito: a semeadura é livre, a colheita é obrigatória, ou em termos mais modernos: a cada ação uma reação correspondente.

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Portanto Juninho, aqui vale de novo a Lei da Atração: quem pede ajuda com profunda convicção, a este será ajudado. Este atrairá magneticamente alguém que pode ajudá-lo no seu estado de consciência. Portanto, sem pedir ajuda e de forma consistente, convincente, ninguém poderá interferir em nossa vida, somente os humanos interferem na vida dos outros de forma altamente negativa: - Cada um quer que o outro seja como ele, pense como ele, se vista como ele, reaja como ele, acredite no que ele crê, enfim, é um tal de abuso, que causa espanta a todos que assistem daqui de cima este cenário doentio. Mas, aqui entra um outro detalhe importantíssimo: quando alguém assim “desviado” é ajudado, dificilmente esta ajuda será de primeira categoria devido ao baixo estado de consciência. Portanto, o outro grande erro que a maioria faz, é acreditar que uma vez encontrando algum alívio via alguma ajuda psicológica ou de ordem espiritual-religiosa, ele encontrou tudo e não precisa mais evoluir, aprender, basta crer naquilo que lhe foi apresentado naquele momento com aquele estado de consciência. Oras, que grande engano: o Projeto do Vir-a-Ser Humano, do Ser em Humano em Devir, em Formação, é um projeto complexo como já lhe disse no início. Muitas etapas fazem parte do projeto, independente se houve um desvio ou não. E se houve mais longo e mais complexo o projeto e o trajeto. E a palavra chave deste projeto e trajeto é que ele ocorre em etapas, na verdade em degraus, sendo que cada movimento religioso ou psicológico corresponde a um degrau de uma escada de no mínimo 7 grandes etapas e muitas intermediárias, mini-etapas. Mas o que acontece: cada um quer ficar no degrau que se encontra, achando que é tudo!! E o ser humano não usa nem 5% do seu cérebro, digo, de sua capacidade, e isso significa que tem muito pela frente. - Puh...suspirou Juninho. Que negócio complicado a vida da gente como gente!!

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Mente Estrela sorriu e disse: - Realmente Juninho, alguém já disse com justa razão: a vida não é para amadores!! A maioria pensa que com um pouquinho de sorte, um pouquinho de análise, um pouquinho de fé eles atingem o ultimo patamar ou nem pensam, acham apenas que isso basta m a s

pensar ou achar isso é uma

blasfêmia contra o Criador, pois Ele não projetou um Ser com autoconsciência, com faculdades latentes infinitas para tão pouco! Oras, para tão pouco, não teria valido à pena dar o Livre Arbítrio. Somente se concede tal poder a uma criatura que têm condições de penetrar muito profundamente nos segredos da Vida como um todo, e não somente no universo físico, mas no Kosmos cujo termo em grego engloba tudo: os mundos físicos, os mundos extra-físicos, energias, ondas, luz, etc. - Puxa...que aula! Com Você eu sinto que estou cursando a universidade... - ...isso mesmo Juninho. Você usou um bom exemplo e vou aproveitá-lo mais uma vez: quando eu falei das diversas etapas, ou degraus, podemos também dividir os degraus em curso primário, secundário, universitário. Para uma consciência no nível primário uma religião do nível universitário somente causaria danos. Para uma mente do nível universitário uma religião do nível primário seria absurdo. Mas o ideal seria,

que mesmo um aluno primário

tivesse um professor universitário por professor, pois este tem uma visão mais ampla que pode servir de inspiração para seus alunos, pois não basta o saber básico para ser um bom professor. O bom professor é aquele que consegue despertar no aluno um desejo de chegar tão longe quanto ele. De, portanto, despertar nele um desejo de ser melhor, mais, de realmente evoluir. Claro que estamos usando aqui o exemplo de um professor universitário modelo, ou seja, daqueles professores que todos sonham em ter:

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- carismático, sábio, brincalhão, amigo, com senso paterno e materno e que sabe repassar seus conhecimentos teóricos com simplicidade e criatividade, e de quebra, inspirar seus alunos! Claro que o ser humano que consegue ser este professor, já traz consigo uma bagagem de nascença muito especial, que ele vai não vai poder negar, mesmo que ele apenas fosse um simples professor primário, sem curso superior. - Mente Estrela, depois de toda essa aula especial, digo espacial (e riu), que tal Você me dizer o que devo fazer com esses conhecimentos? - Sua preocupação mais uma vez denuncia sua maturidade precoce Juninho e por isso vou te dizer o seguinte: estes conhecimentos que te foram dados em forma concentrada serão revelados aos poucos na tua vida. Você nem vai se lembrar de que falou comigo. Apenas vai acordar com a sensação de que teve uma noite longa e plena. - Mas eu não queria acordar e esquecer. Eu queria lembrar de ti, do Mente Amarela Opaca que virou Brilhante, do Cavalo-Nuvem.... - Eu sei Juninho, mas na prática isso te roubaria teu resto de infância e parte de tua adolescência, etapas que precisam ser vividas integralmente para te dar uma base sólida. Não se preocupe, ainda teremos outras conversas dessas e daí sim, Você vai se lembrar que já esteve aqui, comigo e com os outros. E um dia Você terá a oportunidade de lembrar de tudo, de todas as etapas que tua Semente vem passando, pois ela vai se tornar uma Árvore que vai dar abrigo, frutos, sombra e frescor para muitas sementes jovens e frágeis. Agora eu vou te levar até o Cavalo-Nuvem e ele te levará de volta, pois esta é a tarefa dele: de trazer e levar Mentes da Terra.

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Dizendo isso Mente Estrela enviou um jato de luz bem no centro da Mente de Juninho e ele mal ainda viu o brilho da Mente Estrela ao longe e já estava de volta no gramado de nuvens verdes. De longe viu Cavalo-Nuvem que veio alegremente ao seu encontro. - E daí Juninho? Você gostou do passeio? - Se gostei? Eu acho que nunca mais vou ser o mesmo. Pena que eu vou esquecer do que vivi neste plano mental abstrato. Aliás, nunca pensei que algo abstrato pudesse, no seu próprio plano, parecer tão concreto. Dizendo isto percebeu que havia sacado algo grandioso: que assim também deve existir o mundo ou o plano onde moram sentimentos, emoções... Mas agora tudo que ele queria era... - ... lembrar de Você, Cavalo-Nuvem! - Bem, talvez a gente possa dar um jeito nisso. - Verdade? Você promete que vai tentar? - Prometo, disse Cavalo-Nuvem sem hesitar. Feliz com esta promessa Juninho montou e Cavalo-Nuvem voou macio e rápido por entre milhares de nuvens de todas as cores e tamanhos. Chegaram perto de um sítio lindo, também com um gramado verde e macio. Cavalo-Nuvem desceu e de mansinho escorregou Juninho pelas costas, até ele ficar em pé, sem se esforçar. Juninho ficou com tanto sono, que mal conseguiu se despedir e Cavalo-Nuvem abanando com o rabo e orelhas, relinchando feito música, voou em direção ao céu de onde tinha vindo. - Juninho, Juninho....acorda!!! O sol está se pondo, venha correndo jantar!

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Juninho acordou meio tonto, olhou em volta, parecia estar num lugar estranho. Estranhou tudo: o ar, a paisagem, a voz da avó e daí teve um flash: lembrou do sonho que teve! Sonhou que voou pelos céus com um cavalo feito de nuvens... ainda podia sentir a leveza daqueles vôos... Puxa que pena que foi apenas um sonho pensou! Que maravilhoso seria ter um Cavalo-Nuvem.. Dizendo isso, como que por mágica, uma nuvem se formou exatamente feito o cavalo do sonho: de nuvens!! E podia jurar que viu o Cavalo de Nuvens abanando as orelhas e piscando para ele. - Não pode ser, disse! Será que ainda estou sonhando? Mas se beliscou, doeu e, além disso, justo a avó o tinha chamado de novo. Saiu correndo feliz... muito feliz sem direito saber por quê.

No céu a

primeira estrela apareceu: a Vespertina! A Vênus. Juninho num gesto instintivo mandou um beijo e morrendo de fome e sentindo o cheiro da deliciosa comida da Vovó, foi direto à mesa.

A Avó vendo seu estado de

felicidade e sua fome, deixou-o sentar sem lavar as mãos, mas no meio do jantar, Juninho contou de seu sonho e da nuvem que viu depois acordado e a avó pressentiu que algo aconteceu com o menino que sempre foi um pouco diferente dos demais e perguntou: - Juninho, o que Você acha do sonho? - Não sei Vó, tudo que sei, é acordei com um monte de idéias e também preocupado com o que quero ser um dia. - Oras Juninho, Você ainda é um Menino e não precisa pensar nisso agora, hoje.

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- Eu sei disso, mas não consigo deixar de pensar. Aliás, como gosto muito de pensar, acho que vou seguir numa direção mais filosófica Vó. Eu ainda não entendo bem a palavra... e quando disso a palavra Palavra, sentiu um flash...mas não conseguiu explicá-lo. Bem Vó, fato é que gosto de livros, idéias, de pensar no ser humano. A Avó, bastante sensível embora não muito estudada, teve então uma idéia: no próximo aniversário iriam visitar uma universidade para ver onde ele se sentia melhor, em qual ambiente e também para preparar sua mente. Juninho achou a idéia ótima, pois gostava de sentir, de ver, de tocar para saber. Seu saber vinha disso e não tanto de meras abstrações. - E agora chega de conversar, vamos jantar, disse a Avó feliz e Juninho mais ainda. Na verdade nunca se sentiu tão feliz, uma felicidade vinda de dentro, lá do íntimo. Pensou: essa deve ser a verdadeira felicidade! Alguns dias se passaram e uma noite assistindo aos noticiários, Juninho que ia passando na frente da TV, parou, pois estavam comentando sobre a descoberta de uma nova cor. E quando Juninho viu o homem, o inventor dela, ele disse sem pensar: - Parece que conheço este homem! Os avós nem ouviram as palavras e Juninho pensou: não pode ser verdade. E Mente Estrela olhando de longe seu pupilo sorriu e uma diáfana nuvem rosada caiu em forma de gotas sobre a Mente de Juninho e ele, sem entender por que, teve que sorrir... e assim sorrindo saiu para brincar. E mesmo sem o ver, a natureza lhe sorriu, pois não se sentia agredida com Juninho e o dia que já estava lindo, tornou-se brilhante! Até o sol parecia sorrir para Juninho. E de fato sorria, mas ele não sabia. Mas Alguém dentro dele sabia e registrou tudo!

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- A Alma de Juninho, a parte da Alma que funciona como um arquivo é, pois uma Alma tem muitas facetas, uma delas se torna humana e não lembra mais, tal como Juninho do sonho, de que tem uma origem divina. Esta parte da Alma, que se torna humana é que tem a parte mais difícil de realizar, pois ela precisa um dia se lembrar que ser humano é apenas uma etapa da experiência dela, e que no dia que ela lembrar da etapa principal, ela vai poder realizar sua missão máxima: - de servir de veículo de expressão para o Espírito! Ou seja, as vidas humanas que uma Alma registra em seu arquivo, servem de amadurecimento do pensar, sentir e agir. Depois de bem amadurecidos, principalmente o pensar, o último e o mais delicado dos instrumentos da personalidade, este ser humano vai um dia se perguntar: - Qual a finalidade da criação das Sementes Humanas? Então vai iniciar a trajetória espiritual desta parte da Alma tornada Humana. E quando esta parte Humana um dia se lembrar de sua função maior, aí ela vai iniciar sua trajetória divina. E um dia, esta parte da alma que se tornou humana, vai se tornar divina e a isso algumas religiões chamam de “entrar no reino dos céus” ou atingir o nirvana ou a iluminação, outros de transfiguração. Juninho era uma dessas almas que estava madura para entrar muito cedo no caminho espiritual para um dia também atingir a via divina! E VIVA A VIDA... vivam a Vida com o máximo de amor e carinho, disse a Mente Estrela para todas as mentes da Terra que querem aproveitar bem esta preciosa etapa da existência da Alma, que se chama de Vida Humana! - Pois, viver com amor, carinho e gratidão cada dia, cada momento, é uma forma de adquirir sabedoria sem complicação, mas por inspiração. Mas quem gosta de ler e entender, deve apenas não esquecer de amar, agradecer, de admirar o belo, o bom e o verdadeiro em tudo! E então este se tornará um Ser Humano Supremo, pois aprendeu a pensar, a sentir e a agir em Harmonia com as leis divinas que são subjetivas.

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Este será um canal perfeito para o Espírito agir através dele com pleno Amor, Sabedoria e Poder Divinos! E as experiências de tantas vidas humanas vividas e registradas pela Alma, farão parte do grande tesouro celeste do Criador. Serão como pérolas e diamantes, que um dia se converterão num novo Universo, pleno de Amor, Sabedoria e Poder Divinos, pois nada se perde, tudo se transforma, não só aqui, mas em todos os universos e por toda a Eternidade. Afinal, um Deus Justo, Bom, Poderoso e Criador, transforma para o Bem o maior erro dos seres e os converte em preciosas lições. Esta singular capacidade é, portanto, um dom divino, e os seres deveriam sempre fazer o mesmo: - Se erraram, seja num ato, sentimento ou pensamento, deveriam simplesmente parar e aprender dele para assim entrar numa espiral superior. E não se culpar! Este é o caminho negativo e não traz luz. Aprender sem culpa, sem medo, purifica a Alma sem sombras, sem pesos desnecessários. Afinal, a vida na matéria já tem seu peso, e desta forma a Alma é preparada para entender as leis divinas que são um pouco diferentes das leis humanas, mas tem suas correspondências na vida material (“Assim como em cima embaixo” já disse o vosso sábio egípcio Hermes Trismegistro). Portanto, não se culpar com os erros, mas aprender deles é o segredo de um caminho seguro, simples e direto para entender o propósito de Deus para com suas Criaturas, em etapas, sem forçar, sem mistificar, sem complicar, sem exercícios, sem um monte de aparatos, porque, de que adianta orar mil vezes ao dia, se você não aprender com a Vida? Melhor uma lição aprendida que mil orações vazias, mil meditações, mil respirações, mas sem transformação interior real! Claro que orações sinceras são sempre de valor, o mesmo vale para uma meditação bem feita, que silencia a mente e o ego e possibilita a alma ouvir a Voz de Deus se estiver preparada. Pensem nisso Seres da Terra e sejam sinceros consigo e com Deus!

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A sinceridade consigo, em admitir suas falhas, seus medos, seus erros, s e m culpa, mas de forma confiante, num Deus Amoroso, é que vai trazer transformação. Pois o verdadeiro Deus-Pai-Criador é Amor, é Sabedoria, é Força. Um pai justo e bondoso iria punir um filho que se arrepende de algo que fez, sinceramente, de coração, e não só na mente? Se um pai terreno não o faria, muito menos o Pai Celeste! Pensem nisso, usem suas Mentes para Pensar de forma plena, livre, soberana, sem medos, sem misticismos, sem complicações, pois a Divindade sempre se expressa na mais Perfeita Simplicidade! Sendo assim: que ninguém se engane, um dia, mais tardar na hora da morte, cada um terá que prestar contas ao Criador sobre o que fez do grande Bem que recebeu Dele: a Vida e dos seus Dons, ou de como usou (conjugou) os Verbos Sagrados: amar, saber e fazer. Sendo assim: - Ele não vai perguntar o nome de tua religião, mas vai pesar o grau de pureza ou de amor do teu coração para com o Criador e com a Criatura, e do teu pastor, padre ou mestre, que te inspirou! - Nem vai medir o comprimento da tua mente, nem perguntar qual o nome dos livros sagrados ou não que você leu ou em qual país você nasceu ou qual escola você estudou, mas o quanto você realizou do que aprendeu, leu e percebeu. Aos que muito sabem, muito será pedido! Pois todo saber adquirido, traz em si um contrato embutido: devolver com ações equivalentes! - E Ele não vai querer saber se você foi rico ou pobre materialmente, mas sim como você usou os bens da vida, pois há pobres avarentos e sedentos por poder e ricos desprendidos. Ele vai computar o quanto você foi grato por tudo

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que recebeu e conquistou e o quanto você repartiu com teus irmãos, sem causar dano a si e a seus. Portanto, que tenha ficado claro: Deus não olha nomes, mas apenas resultados! Dizendo isto, Mente Estrela se despediu da Mente de Juninho que registrou num nível subconsciente ou até inconsciente por ora, todo este conhecimento em forma de sementes, que um dia vão germinar naturalmente, cada uma, em seu solo apropriado, de acordo com a maturidade!

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