EDITORIAL
DISCOS PARA LIGAR À TV Director Pedro Tróia
A descida acentuada do preço por GB dos discos rígidos, o surgimento de novos circuitos integrados de descodificação de imagem de alta qualidade e a afirmação da Internet como veículo de distribuição de Pedro Tróia director conteúdos conduziram ao surgimento de um novo tipo de hardware: os
[email protected] discos Media Player. Estes não são mais do que discos rígidos, agarrados a sistemas de descodificação de áudio e vídeo, que podem ser ligados à TV. Os discos rígidos externos Media Player estão a atingir níveis de popularidade muito altos, porque são uma forma barata de desfrutar conteúdos digitais sem ser preciso ligar o computador à TV. Nesta edição, colocámos alguns exemplares frente a frente para comparar a versatilidade, o ruído e outros factores que podem influenciar a qualidade deste tipo de dispositivos. Para completar este artigo, também mostramos como converter os seus DVD de modo a utilizá-los nestes discos. Se gosta de jogos de computador, este mês temos dois artigos que, de certeza, lhe vão interessar. No primeiro, confrontamos os sistemas SLI com os Crossfire, numa tentativa de descobrir qual é o melhor. No segundo, damos conta da onda revivalista que se está a viver no mercado dos jogos com a recuperação de títulos antigos adaptados às novas soluções tecnológicas que entretanto surgiram. Queria destacar também o nosso artigo sobre as soluções VIA Nano que, numa altura em só se fala em Intel Atom, são uma excelente alternativa para máquinas de baixo custo ou para soluções onde o baixo consumo de energia é um factor importante. Por fim, resta-me falar de mais uma “bronca” com o Magalhães. Agora o acesso à Internet tem de ser pago pelas câmaras municipais. O computador português, afinal, não é assim tão português quanto isso e também já não custa bem 150 euros, caso se some ao preço final o acesso à Internet. Este tem de ser pago pelo consumidor, se tiver o azar de não viver num dos quatro ou cinco municípios que assumiram esse encargo. É pena que o Magalhães só seja português nas coisas más...
Redacção João Trigo (Editor) Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso, Lurdes Marujo [Secretária de Redacção)
[email protected], Teresa Resende (Revisão) Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e João Carlos Pinto Coelho Colaboradores – Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda e Ana Gonçalves Imagem Helder Oliveira/ Agência Who (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente) Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim Publicidade Virgínia Melo virginiamelo@revistas. cofina.pt (Directora Comercial de Divisão) Ana Castro
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[email protected] Linha de Apoio a Assinaturas Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou revistasanteriores@revistas. cofina.pt Distribuição de Assinaturas JMToscano, Tel: 214 142 909/34 Pré-impressão H2M - Artes Gráficas, SA Av. Almirante Gago Coutinho, 44-A - 1700-031 Lisboa Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz
Directora Editorial Divisão Tecnologias Cristina Magalhães
João Trigo editor
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Reinstalei o meu sistema. Há qualquer coisa de mágico em começar do zero e, numa questão de horas, ter o sistema exactamente como queremos. Escolhi um Media Player, um disco externo com ligações à TV para ver filmes e fotografias na televisão. No tema de capa deste mês, também vai encontrar soluções que se adequam às suas necessidades. Para quê ter uma prateleira com 150 DVD quando pode ter os filmes todos no disco externo?
Susana Esteves jornalista
[email protected]
«Fiquei a conhecer algumas das chamadas ofertas tecnológicas para o público feminino e foi com alguma desilusão que pude comprovar o que já tinha concluído: portáteis ou outros equipamentos para as mulheres são sempre muito focados na estética»... Este era o início do texto que a Susana tinha escrito para esta secção. No entanto, nós decidimos alterá-lo. Porquê? Porque a Susana se casou este mês, e a verdade é que o noivo estava mais nervoso que ela. A equipa da revista deseja aos recém-casados muitas felicidades. João Trigo (novamente)
Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo Cofina Media – SGPS, SA Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99
João Faria jornalista
[email protected]
O noivo estava mesmo mais nervoso do que a Susana, o que é normal, pois era ele quem se ia casar com ela (já vou levar um tabefe por casa disto...). Adiante. Fui a Budapeste com a Acer e fiquei a conhecer o Pretador, (mais) uma máquina de jogos que não deverá chegar cá. Em termos estéticos, é dos computadores mais espectaculares que já vi, estando até no mesmo patamar do HP Blackbird 002, desenvolvido pela Voodoo PC (do qual falei há cerca de um ano, após o ter experimentado em Nova Iorque). Recomendo uma visita a www.acer.com/predator/ para matar a curiosidade.
Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: €5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares
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ÍNDICE
COMPANHEIROS DE SALA DE ESTAR
Aceite a nossa ajuda e escolha um Media Player para reproduzir conteúdo multimédia
Tema de capa 59 59 60 60 62
Verbatim MediaStation Pro Conceptronic CM3PVR500 Lacie LaCinema Premier Memup NRX Series Storex MPIX 348HD
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62Iomega ScreenPlay HD 64Packard Bell Store & Play 3500 64Plextor MPE 500U 65Rapsody N36 68Guarde os seus filmes em AVI
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73 96
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Regulares 7 Notícias 16 Lançamentos 18 Entrevista
Teste em grupo 50 50
ASSISTÊNCIA TÉCNICA 129 Pergunte ao especialista
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SHOPPING 42 Engenhocas
54 54
Banco de Testes
Sistemas multi-GPU FSP Everest 1010W Coolermaster M1000 Alto desempenho para jogos BFG ES Series 800 Hiper Type R MK II Desempenho médio para jogos Enermax Pro 82+ PC Power & Cooling Silencer 610
Guias
Entretenimento 135 140 144 148
S.T.A.L.K.E.R. Clear Sky Space Siege Bionic Command Rearmed A arte do remake
PCGuiaPro 161 NOTÍCIAS
HARDWARE 24 Asus EAH 4870 top/Sapphire Radeon HD 4870 28 Foxconn Digital Life ELA/A79A–S 30 PowerColor HD 4670 30 HP dv7-1060ep 32 Gigabyte M912M 34 Killer M1 34 Chieftec Aegis CH-05B-B 36 Draytek Vigorpro 5510 36 NOX Apex 800W 37 Clasus White/Black 38 Acer Aspire One SOFTWARE 40 Google Chrome
73 78 82 84 88 94
SOFTWARE Encerre o PC mais rapidamente Crie Cópias de segurança no Vista Mantenha as pastas privadas Aumente a velocidade do seu CPU Organize o seu disco rígido Grave discos depressa e sem erros
REDES 96 Acelere o download de ficheiros 100 Identidades de e-mails no Thunderbird
106 110 114 118
HARDWARE Overclocking para bolsas pequenas Via Nano Construa uma base para o seu laptop CrossFire vs. SLI
170 FORMAÇÃO 172 CASE STUDY Mattel Portugal acaba com as facturas em papel 174 OPINIÃO Cultura de especialização 176 SOFTWARE DE GESTÃO Grupo PIE eleva a fasquia para 2009 178 HOTSPOT Appliances de segurança ganham adeptos
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PCG G
CIÊNCIA & TECNOLOGIA | LANÇAMENTOS | ENTEVISTA
NO
APPLE RENOVA GAMA Os novos leitores multimédia são apontados como os melhores de sempre pela companhia
Mais cor, novas funcionalidades e tamanho mais reduzido. Estes são apenas alguns dos pontos que mereceram destaque por parte da Apple, durante a apresentação da sua nova gama de iPod. A Apple aproveitou para começar por traçar os novos “pontos turísticos” da versão 8 do iTunes: uma interface remodelada, que oferece novas formas de visualização das bibliotecas de música e vídeo, e uma funcionalidade designada por Genius, que, através do cruzamento de dados, consegue sugerir ao utilizador playlists desenhadas em função dos seus gostos musicais e álbuns potencialmente interessantes, disponíveis na iTunes Store. Para o utilizador, o Genius aparece sob a forma de botão, disponível em todos os iPod e no iPhone. Mediante um clique, cria automaticamente uma playlist composta por músicas que combinam com aquela que está a ser ouvida. Essa playlist pode ser guardada ou alterada. Do lado direito aparece, a partir de agora, a Genius Sidebar, que ajuda à gestão da biblioteca de música e apresenta uma série de sugestões personalizadas. Ao activar a funcionalidade Genius do iTunes 8, e segundo a informação passada pela Apple, é enviada anonimamente para a iTunes Store informação acerca da biblioteca de música pessoal. A informação é cruzada com a de outros utilizadores, processada e enviada novamente para o computador. Com isto, os utilizadores podem criar automaticamente listas de reprodução Genius no iTunes e iPod, mesmo quando não estão ligados à Internet. Apesar destas novidades no software, foram os leitores de áudio que conquistaram as atenções. O Shuffle e o modelo Classic aparecem com novas cores e, no que a este último equipamento diz respeito, mais formais. O Classic recebeu também a funcionalidade Genius, neste caso, activada no comando central. O Nano, que revelou ser a estrela da companhia, aparece com um aspecto completamente reformulado. Quando é abanado, entra em modo shuffle, ou aleatório. Oferece 24 horas de reprodução de música, quatro horas de reprodução de vídeo e está disponível em nove cores. A maior parte dos upgrades feitos aos diferentes modelos contemplou também o iPod Touch, que se mantém como a plataforma para músicas, filmes e jogos. Mais fino, leve e pequeno do que o original e com tecnologia Wi-fi, este novo modelo tem os comandos de volume na lateral, à semelhança do iPhone, um altifalante, acelerómetro, entre outras características. S.E. Shuffle 1 GB – 45 euros; 2 GB – 65 euros ■ Classic 120 GB – 229 euros ■ Nano 8 GB – 139 euros; 16 GB – 189 euros ■ Touch 8 GB – 219 euros; 16 GB – 279 euros; 32 GB – 379 euros
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NOTÍCIAS
TOSHIBA APRESENTA NOVIDADES NA CEATEC O Netbook NB 100 foi a estrela da companhia Entre muitas novidades, a Toshiba apresentou o NB 100, o mais recente membro da crescente família de netbooks baseados no novo Intel Atom, na Ceatec, uma feira de tecnologia que se realiza anualamente no Japão. Este computador portátil de 1 kg inclui um ecrã de 8,9 polegadas com uma resolução máxima de 1024 X 600 pixels e retroiluminação de tecnologia LED. A armazenagem fica a cargo de um disco de 160 GB – pode também usar o leitor de cartões de memória incluído como meio de expandir a capacidade de armazenagem. Existem ainda três entradas USB. Para comunicar com exterior, o NB100 conta com rede com fios, rede sem fios e Bluetooth. Pode optar pelo Windows XP ou pelo Unbuntu como sistema operativo.
Pedro Tróia, em Tóquio.
Esta máquina estará disponível no nosso país em Novembro (apenas em prateado, apesar de terem sido fabricados em quatro cores), com um preço de venda ao público recomendado de 399 euros. No stand da Toshiba também estiveram presentes as novas baterias, que ficam carregadas a 90% em 10 minutos. Esta tecnologia será transposta para os portáteis da empresa em 2009. No que respeita à electrónica de consumo, a Toshiba apresentou um protótipo de media server que aponta para um futuro produto nesta área – uma solução de IPTV que permite a nevagação visual pelos vários canais disponíveis –, novos leitores de DVD e televisores que incluem o circuito integrado Cell, o mesmo que equipa as Sony Playstation 3. Neste caso, o CPU serve para fazer o upscaling da imagem, tanto de DVD, como de emissões ao vivo de TV, até uma resolução muito próxima da alta definição.
ADOBE LANÇA CREATIVE SUITE 4 Facilitar o trabalho ao utilizador, garantir um maior nível de integração entre departamentos e alcançar ganhos de produtividade mais elevados são as metas para os novos produtos Susana Esteves, em Madrid. A PCGuia deslocou-se a Madrid para assistir ao lançamento oficial da Creative Suite 4 da Adobe. Quebrar barreiras existentes entre as equipas que trabalham as várias fases dos projectos, com os diferentes produtos que compõem esta família, foi o objectivo sublinhado durante a apresentação. A companhia lembrou que a nova era multimédia, marcada pelo YouTube, pelas novas plataformas áudio e vídeo e pelos avanços na Internet obrigou a mudanças significativas nas soluções. É neste contexto que a Adobe aposta na impressão, na Internet, no segmento móvel, na interactividade e na produção de filmes e vídeos. A tecnologia Flash aparece ligada a toda a linha de produtos. O fluxo de trabalho simplificado no Adobe Creative Suite 4 permite aos utilizadores conceber trabalhos de design, transversalmente a qualquer tipo de meio ou suporte, e alternar entre
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meios diferentes sem sair do projecto. Entrando nos produtos, o InDesign CS4 inclui uma nova ferramenta, Live Preflight, que ajuda os designers a encontrar erros de produção, e um novo painel de links personalizáveis para colocar ficheiros de forma mais eficiente. O Content-Aware Scaling do Photoshop CS4 e Photoshop CS4 Extended recompõe, automaticamente, uma imagem à medida que é redimensionada, preservando as áreas vitais. Uma versão expandida do Dynamic Link no CS4 Production Premium permite aos utilizadores mover conteúdos entre After Effects CS4, Adobe Premiere Pro CS4, Soundbooth CS4 e Encore CS4, de forma a que as actualizações sejam visualizadas, instantaneamente, sem necessidade de renderização. O Adobe Creative Suite 4 proporciona também funcionalidades de 3D, fornecendo a possibilidade de pintar, compor e animar modelos 3D. O Flash
CS4 Professional oferece, por exemplo, a possibilidade de aplicar tweens a objectos em vez de keyframes, proporcionando um melhor controlo dos atributos de animação. Também no Flash, a nova ferramenta Bones ajuda a criar animações mais realistas entre os objectos interligados. Os clientes podem escolher entre seis suites ou as actualizações das versões completas de 13 aplicações avulso, incluindo o Photoshop CS4, Dreamweaver CS4, Photoshop CS4 Extended, InDesign CS4, Illustrator CS4, Flash CS4 Professional, Dreamweaver CS4, After Effects CS4 e Adobe Premiere Pro CS4. Em destaque estiveram também os novos serviços, como o Adobe ConnectNow, que, na prática, facilitam o trabalho aos utilizadores, ao permitir que dois colegas ou clientes possam partilhar trabalho online em tempo real.
NOTÍCIAS
NA BERRA MAGALHÃES Cinco países já mostraram o desejo de adoptar o compudor low cost nos respectivos sistemas de ensino: ao Brasil e à Venezuela juntam-se a Bélgica, o Luxemburgo e a Argentina.
DIRECTX 11 A AMD/ATI espera poder lançar no mercado placas gráficas compatíveis com DirectX 11 nos próximos 12 a 14 meses. A próxima versão do DirectX deverá melhorar o suporte às funcionalidades GPGPU (processamento genérico do GPU) e aos ambientes multitarefa.
MACBOOK BRICK Desta vez fala-se não de um novo produto da Apple, mas de uma técnica de fabrico que afectará a nova linha de portáteis. Assim sendo, o novo MacBook Brick será construído a partir de um só bloco de alumínio de alta qualidade e através de uma técnica que recorre a lasers tridimensionais e jactos de água de alta velocidade. O objectivo é ter uma peça mais resistente, mais leve e mais barata no fabrico.
WINDOWS XP Alguns fabricantes de PC vão poder continuar a oferecer este SO aos seus clientes até 31 de Janeiro próximo. No entanto, e depois de 30 de Junho e de 31 de Julho, tudo indica que este vai mesmo ser o dia do adeus para o XP.
ESPIONAGEM GOVERNAMENTAL A Skype admitiu que as conversações escritas dos utilizadores do TOM têm vindo a ser inspeccionadas pelas autoridades chinesas através de motores de buscas automáticas. A Skype defende que esta prática tem sido realizada sem o seu conhecimento ou consentimento.
CONCURSO PARA UM SÓ CONCORRENTE A Rede Nacional de Telecomunicações (RNT) é a única concorrente à atribuição da quarta licença de operador móvel em Portugal. Encerrado o concurso, uma fonte próxima do processo confirmou à Agência Lusa que apenas uma proposta foi entregue. As empresas que poderiam estar entre os candidatos por não terem licença para redes móveis, como são os casos da Zon, Ar Telecom, Cabovisão e Oni, acabaram por não concorrer.
A BERRAR
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MOCHILAS TARGUS COM COLUNAS INTEGRADAS As Sonicpack e Corporate Sonic são ideais para portáteis com ecrãs até 15,4 polegadas A Targus alargou o seu portfolio de malas com as mochilas Sonicpack e Corporate Sonic, ambas com colunas integradas e protecção adicional para o transporte de computadores portáteis com ecrãs até 15,4 polegadas. As duas mochilas têm um sistema estéreo integrado com tecnologia NXT, que permite a distribuição do som através de um painel com formato plano. A coluna Sonic apresenta um tamanho reduzido e, de acordo com o fabricante, oferece «uma capacidade de reprodução de som nítida e realista». A mala inclui um sistema de som com duas colunas de 25 mm excitadores 4 ohm e um amplificador de 1.4W*2. Funciona com três pilhas alcalinas do tipo AA, que garantem cerca de 100 horas de autonomia de som
em uso contínuo e volume médio. A versão Sonicpack (TSB116EU) foi desenhada para transportar um portátil com ecrã até 15,4” e pode ser adquirida por um preço recomendado de 89,95 euros. A Corporate Sonic (TEB009EU) foi concebida para acompanhar o utilizador em palestras, permitindo complementar as apresentações reproduzindo som, como ambiente de fundo sem a necessidade de transportar mais equipamentos extra. A coluna é completamente destacável e pode ser colocada sobre uma superfície lisa em forma de “A” e reproduzir o conteúdo de qualquer dispositivo digital. Esta oferta estará brevemente disponível a um preço recomendado de 99,95 euros. J.T.
Opinião
INVASÃO CHINESA: O PRECONCEITO Nuno Barradas, CEO da Lifetech Quantas vezes já nos deparámos com a expressão “invasão chinesa”, normalmente associada a uma conotação depreciativa, escrita em livros, jornais e nos meios de comunicação em geral? O que é um facto é que, até há uns anos, comprávamos produtos fabricados na China, desenhados em Taiwan, comercializados por Hong Kong e remarcados nos Estados Unidos da América, onde ficava a maior parte do lucro. O consumidor sentia a segurança implícita em trabalhar com um produto que era tão americano quanto o Magalhães é português, e apesar de não ser por isso que o produto perdia qualidade, a verdade é que continuava na doce ignorância deste processo. A China entretanto abriu-se, o mercado livre seguiu o seu destino e os verdadeiros produtores apareceram. Surge então o preconceito. Surge a “invasão chinesa”. Mas quem a fomenta? Serão os milhares de lojas chinesas que entretanto apareceram no País como cogumelos? Seremos nós que nos enciumámos com um crescimento tão fulgurante? Ou serão as grandes marcas americanas ou suíças que pretendem aproveitar os últimos tempos de distracção dos consumidores? Na realidade, já é tempo de todos entendermos que não é só a origem de um produto que determina a verdadeira qualidade do mesmo. Se uma criança é adoptada com dias, será mais importante o local de nascimento ou o processo de desenvolvimento posterior a que será sujeita? Num produto, e se bem que com óbvios distanciamentos, mais importante do que o local de onde surge geograficamente são primordiais múltiplos factores além desse. O controlo da concepção ao nível das matérias-primas dos
componentes técnicos utilizados e posteriormente o nível de assistência técnica prestada, toda a área comercial e de marketing e, acima de tudo, a própria confiança conquistada por quem se responsabiliza pelo produto, serão esses os factores diferenciadores. É na avaliação que cada consumidor faz da experiência que tem com a marca que se faz a verdadeira selecção da qualidade geral do produto. Com a crescente consciencialização de que o mundo está cada vez mais pequeno importa mais do que nunca conhecer as ameaças e as oportunidades geradas pela globalização. Num mercado globalizado são cada vez mais importantes vantagens como o time-to-market, a promoção dos produtos e até a própria responsabilidade social do que a nacionalidade de quem os concebe. Se todas as marcas vêm do mesmo local, será a capacidade competitiva de cada uma que marcará a diferença, seja ela através da liderança pelo preço, pela diferenciação dos seus serviços ou pela focalização em segmentos-alvo importantes. Sendo impossível travar a chamada “invasão chinesa”, pois a China sabe como ninguém aproveitar as vantagens de uma economia de escala, será do maior interesse para Portugal continuar a apostar naquilo que tão bem vem fazendo ao longo dos seus séculos de história e apostar em valores como a “inventividade”, o espírito empreendedor e acrescentar algo que teima em não explorar convenientemente: apurar a sua orientação para o marketing e para o mercado, pois não é só nos EUA que se concebem bons produtos de TI. Em Portugal também os sabemos fazer.
Rui Pacheco, director do Centro Multimédia da Porto Editora, entidade responsável pelo projecto Escola Virtual
ESTATUTO EDITORIAL 1 – A PCGuia é uma publicação sobre Tecnologias da Informação, que se rege pelos princípios da liberdade, do pluralismo e da independência, pretendendo assegurar a todos o direito à informação. 2 – A PCGuia respeita os direitos, liberdades e garantias consignadas na Constituição da República. 3 – A PCGuia privilegia, no seu conteúdo, a informação isenta, rigorosa e objectiva, distinguindo claramente os espaços de opinião e assegurando nestes o confronto das diversas correntes
de pensamento. A PCGuia compromete-se a respeitar o sigilo das suas fontes de informação. A PCGuia assume o direito de emitir mensalmente, opinião própria sobre todas as noticias, em editorial, ou relativamente a todos os testes de produto efectuados em laboratório, sempre no respeito integral pela lei em vigor. 4 – A PCGuia subordina-se à deontologia da Comunicação Social, cumpre a Lei de Imprensa, respeita as normas do Estatuto do Jornalista e observa as orientações definidas neste Estatuto Editorial.
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NOTÍCIAS
BREVES
HP APOSTA NA TECNOLOGIA COM DESIGN Um portátil para senhoras, o sucessor do TouchSmarth IQ500 e uma nova linha de notebooks são os produtos em destaque Susana Esteves, em Londres. O famoso Harrods de Londres foi o palco escolhido pela HP para a apresentação da sua nova linha de produtos. Numa conferência que não se pautou pelos detalhes técnicos, a marca deu a conhecer o produto que serviu de teaser a todo o evento: um computador portátil para o público feminino, desenhado pela estilista Vivienne Tam e apresentado pela mesma durante a Fashion Week, que decorreu em Nova Iorque. Apesar de ter sido cabeça de cartaz, a HP deu apenas a conhecer aos jornalistas o protótipo do aparelho, escusando-se a responder a quaisquer questões que envolvessem detalhes técnicos, preço ou países em que este será comercializado. «O produto acompanhará a entrada da colecção Primavera/Verão, e tal como acontece com a roupa, só será divulgado nessa altura», respondeu Luciana Broggi, vicepresidente do Marketing, HP Personal Systems Group, EMEA. Questionada pela PCGuia sobre as especificidades técnicas deste aparelho, a responsável apenas indicou que «irá ser um bom portátil». À parte deste lançamento, a HP focou muito a sua atenção no novo TouchSmart IQ800. No novo modelo, o ecrã sobe para as 25,5 polegadas (Full HD 1900x1200) e passa a incluir mais algumas funcionalidades, nomeadamente, uma interface que a empresa garante estar mais próxima do público. Disponível para a época do Natal, o aparelho mantém a cobertura em preto piano, integra uma drive Blu-ray, um sintonizador de TV e pode ser montado na parede. Inclui também um processador Intel Core Duo, uma GeForce 9600 GS HD, quatro colunas, tecnologia Wi-fi e bluetooth. A
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PCGuia não conseguiu confirmar junto dos responsáveis se o computador estará disponível em Portugal ao preço indicado no evento, 1899 euros. A restante oferta inclui dois novos HDX, que integram Intel Centrino 2 e o software HP MediaSmart. Com design em titânio de 16 e 18,4 polegadas, estes novos modelos têm como alvo o mercado de entretenimento, vêm já equipados com drives Blu-ray e sintonizador de TV e prometem ser agressivos no preço. Os dois modelos HDX16 e HDX18 irão custar 1199 e 1499 euros, respectivamente. Os modelos HP Pavilion dv4 1000 Special Edition de 14 polegadas, o dv3500 de 13.3 polegadas, o mais recente Pavilion dv5 e dv7 e o Compaq Presario CQ70-100 e CQ60-100 completam o portfolio apresentado. A acompanhar esta aposta no produto, a HP indicou que irá começar a avançar com um novo conceito de loja, que vai ter por base a experiência do público com os seus produtos. Este novo modelo de negócio irá implicar alguns ajustes no canal. A HP indicou ainda que a sua presença no mercado de design está para ficar e que o público-alvo, designado pela empresa como fashionista, tem lugar de destaque na estratégia global da marca. No final do evento, indicou que irá avançar novamente com o concurso para desenho gráfico de um portátil, cuja primeira edição foi ganha pelo português João Oliveira. A companhia reiterou a aposta no público jovem, dando início a uma parceria ainda mais estreita com a MTV, que irá materializarse em novos concursos e programas temáticos, como é o caso do MTV Engine Room.
LG VENDE UM MILHÃO DE PRADA O LG Prada, telefone móvel lançado em Março de 2007, numa parceria entre a LG Electronics e a Prada, acaba de atingir um milhão de unidades vendidas em todo o mundo. A LG e a Prada renovaram já a sua colaboração para novas parcerias e lançarão um novo modelo de telemóvel na Europa, que deverá chegar ao mercado brevemente.
TOSHIBA LANÇA DISCOS SATA DE 1.8” A Toshiba expandiu o seu segmento de discos rígidos de 1,8”, com três novos discos Serial ATA de alta capacidade, para aplicação em computadores portáteis. O destaque vai para o MK252529GSG, um dispositivo com 250 GB. O hardware está equipado com tecnologia free fall, responsável pela protecção contra choques e vibrações.
TRANSCEND APRESENTA PEN COM 8 GB A JetFlash V95C de 8 GB tem um conector retráctil para maior segurança e aposta no design. Além disso, conta com software que pode tornar a engenhoca num dispositivo de log automático em sites que envolvem a introdução de username e password. Veja mais em www. transcendusa.com. O preço recomendado é 29 euros.
GANGUES BRASILEIROS RECORREM À NET De acordo com o portal ParanáOnline, os gangues brasileiros estão a utilizar a Internet, nomeadamente as redes sociais como o Orkut, para divulgarem ameaças contra grupos rivais ou para combinarem encontros violentos.
FNAC ABRE LOJA NO VASCO DA GAMA O centro comercial da zona oriental de Lisboa conta, a partir do início do mês, com uma loja Fnac. Além disso, a conhecida cadeia de lojas especializadas abriu ainda uma nova loja no centro comercial Mar Shopping, em Matosinhos.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
SEMANA DA C&T Instituído em 1997 para comemorar o nascimento de Rómulo de Carvalho, celebra-se a 24 de Novembro o Dia Nacional da Cultura Científica. A data marca o arranque da edição de 2008 da Semana da Ciência e Tecnologia, que vai decorrer até ao dia 30 de Novembro. Durante seis dias, estarão abertas ao público as portas de instituições científicas, universidades, escolas, associações, museus e Centros Ciência Viva de todo o País, o que constitui um convite irrecusável para uma viagem pelo conhecimento.
PRIBERAM VENCE CONCURSO A Priberam, empresa portuguesa de desenvolvimento de soluções informáticas, ficou em primeiro lugar na competição da Cross Language Evaluation Forum (CLEF) em sistemas de respostas a perguntas de carácter informático, disputada entre 21 participantes europeus e dos Estados Unidos da América. A competição promovida pela CLEF, organização que pretende promover a pesquisa e o desenvolvimento multilingues no acesso à informação, é financiada por fundos comunitários de incentivo ao uso e desenvolvimento de outras línguas que não o Inglês.
Invenção do mês
CIRURGIÃO ROBÔ NASCE NA FCTUC Uma equipa de sete investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver o WAM, um robô que poderá ser utilizado nos hospitais para a realização de cirurgias minimamente invasivas, ou seja, em procedimentos cirúrgicos realizados através de pequenos orifícios ou pelos orifícios naturais do corpo humano. Liderado por Rui Cortesão, este robô poderá entrar nos centros cirúrgicos dentro de cinco a sete anos e irá potenciar o desempenho do cirurgião, permitindo o treino, a aprendizagem e o ensino em ambientes virtuais. «Introduzindo as restrições cinemáticas cirúrgicas no projecto de controlo, as técnicas de manipulação podem focar-se apenas no espaço da tarefa, aumentado a destreza do cirurgião», explica o mentor do projecto. Este robô, cujos primeiros resultados são promissores, tem um “coração” recheado de software composto por inúmeros algoritmos de controlo e diversos sensores, o que o dota de uma inteligência superior. Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), o WAM tem uma precisão intrínseca que garante a segurança das intervenções. A arquitectura de
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controlo global «tem que garantir tolerância a falhas sensoriais e robustez a erros nos modelos, pelo que serão feitos testes experimentais em objectos orgânicos, abrindo o caminho para aplicações cirúrgicas reais», esclarece Rui Cortesão. De acordo com este especialista, a estabilidade de todo o sistema «tem que ser garantida para situações críticas de contacto rígido, como, por exemplo, tocar noutro instrumento médico ou num osso, exigindo técnicas de controlo avançadas». Entre as inúmeras vantagens proporcionadas pelo WAM, e que o diferenciam de alguns modelos existentes actualmente, destaca-se o maior conforto para o cirurgião, a integração em tempo real dos dados intra-operativos (movimento guiado por imagem e movimento controlado por força), bem como cirurgias menos dolorosas e traumatizantes para o paciente e tempo de recuperação mais curto. A tele-ecografia é outra das mais-valias do robô, uma vez que permite o visionamento de ecografias à distância, sendo apenas necessária a presença de um técnico no hospital. Numa fase final, este robô médico será testado com a colaboração dos Hospitais da Universidade de Coimbra. L.D.
INSCRIÇÕES NO TLEIA 2008 A TERMINAR Após o sucesso que foi o concurso Prémio Nacional de Trabalhos de Licenciatura em Inteligência Artificial (TLeIA), realizado o ano passado, a Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial volta a reeditar o evento este ano, tendo como objectivo distinguir projectos de mérito na área científica da Inteligência Artificial e estimular o interesse por este domínio. Esta é também uma forma de aperfeiçoar e divulgar projectos. As candidaturas terminam no final de Outubro. As informações sobre o regulamento estão disponíveis em www.appia.pt/ index.php?premio.
LANÇAMENTOS
GOOGLE DISPONIBILIZA PICASA 3 A versão beta do Picasa 3 já pode ser descarregada a partir do site http://google.com/. O programa de gestão e edição de imagens do Google dispensa apresentações, até porque já reúne um conjunto de fãs significativo. Esta versão 3 assegura a sincronização com o Picasa Web Album e permite adicionar marcas de água às suas imagens. Para além disso, dá para tratar os vídeos para publicação no YouTube. Gratuito ■ SITE http://picasa.google.com
MAC OS X 10.5.5 LEOPARD COM 33 CORRECÇÕES Foram 33 as falhas corrigidas pela Apple na mais recente actualização do sistema operativo X Leopard. Esta versão 10.5.5 já resolve os problemas registados em algumas aplicações, como é o caso do MobileMe e do Back to My Mac.O cliente de e-mail sofreu também alguns ajustes, relacionados com as mensagens IMAP e configurações de SMTP. O calendário iCal, nesta versão do sistema, lida melhor com eventos repetidos, tem melhor desempenho e melhor capacidade de sincronização entre calendários. A Apple melhorou também a sincronização do iPhone com o iCal e o Address Book, e resolveu a questão relacionada com o alerta constante associado à Time Machine/Time Capsule, que indicava falta de espaço para a realização de backups. O Mac OS X 10.5.5 é oferecido para download pelo mecanismo de actualização do software. Gratuito ■ SITE www.macintosh.com
BETA 2 DO IE 8 TRADUZIDA Já está disponível em Português a beta 2 do Windows Internet Explorer 8. Esta versão oferece novos recursos de protecção da privacidade, que facilitam a sua utilização e reforçam a segurança. O InPrivate Browsing, por exemplo, visa impedir o registo do histórico, dos arquivos temporários de Internet e dos cookies. Existe também uma barra de endereços que direcciona o utilizador para os
endereços já visitados, um recurso de segurança que permite ao utilizador bloquear o acesso de terceiros que tentem registar os comportamentos online, e o Activities que deixa que o utilizador empregue informação encontrada numa página em serviços online, como mapas, sem sair do site original. Poderá fazer o download em www.microsoft. com/ie8.
Gratuito ■ SITE www.microsoft.com/windows/internet-explorer/beta/ default.aspx
NOVA VERSÃO DO ITUNES 8 A actualização desta aplicação surgiu envolta em muitos protestos, depois de alegadamente a versão 8 inicial originar complicações (os famosos ecrãs azuis) no Vista da Microsoft. Na sua página da Internet, a Apple deixa a indicação aos utilizadores que não conseguiram sincronizar os seus equipamentos com a versão 8 do iTunes para removerem a aplicação e fazerem novamente o download do pacote de 75 MB. A mensagem diz ainda que o novo download e a instalação do iTunes 8 devem ser feitos através do link www.apple.com/itunes/ download, e que não devem ser utilizados os ficheiros iTunes8Setup ou iTunes864Setup. Gratuito ■ SITE www.itunes.com
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GETTYIMAGES
ENTREVISTA
Steve Ballmer, presidente e CEO da Microsoft
NOVAS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS O CEO da Microsoft fala do futuro da computação e de cinco aspectos que são responsáveis pelas mudanças TEXTO CARLOS MARÇALO
O
presidente e CEO da Microsoft, Steve Ballmer, acedeu a falar com a PCGuia sobre alguns temas da actualidade e as principais tendências de mercado que estão a mudar as tecnologias de informação e comunicação. O executivo destacou ainda o protagonismo que a subsidiária portuguesa estáa
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ter no seio da Microsoft, confirmando que a excelência operacional da subsidiária nacional e o trabalho desenvolvido nas vendas, marketing e serviços permitiram criar um conjunto de inovações que foram mais tarde replicadas pela Microsoft à escala global, e aplicadas noutros mercados. PCGuia – Quais são as novas tendências tecnológicas; qual é o futuro da computação
nos próximos anos? Steve Ballmer – Estamos no centro de uma onda de mudanças tecnológicas que ajudará a acelerar o ritmo do progresso conduzido pela tecnologia, aqui e em todo o mundo. Há cinco tendências-chave que estão a impulsionar estas mudanças, começando pelo facto de todos os conteúdos e informações estarem a ser criados e consumidos digitalmente. O software e os serviços estão a modificar o modo
como a computação é criada e implementada. Além do mais, os PC e os dispositivos são cada vez mais poderosos, móveis e economicamente acessíveis. Dentro de algum tempo, tornar-se-ão cada vez mais interfaces que tiram partido da voz, da escrita manual e dos gestos. A tecnologia de ecrãs de alta definição irá tornarse mais económica e portátil, permitindo-nos, em breve, ligar simplesmente os nossos dispositivos a ecrãs que se encontram próximos, ou projectarmos a informação em qualquer superfície que esteja à mão. Estas tendências são importantes porque nos permitirão eliminar algumas das barreiras que dificultam a ligação das pessoas, a informação, o entretenimento e as aplicações. Essas tendências abrirão a porta a uma nova era de experiências que nos ligam uns aos outros e às coisas a que damos valor nas nossas vidas, no trabalho e em casa. Os resultados transformarão o modo como gerimos os nossos negócios, comunicamos uns com os outros, acedemos ao entretenimento, e muito mais.
disponíveis para os clientes desta plataforma. PCG – A Microsoft adquiriu recentemente uma companhia portuguesa, a Mobicomp, o que constituiu a primeira aquisição da Microsoft no país. Qual é a sua opinião sobre esta empresa? Como será introduzida a tecnologia desta companhia em soluções de mobilidade da Microsoft? S.B. – A Mobicomp é um líder mundial na criação de serviços inovadores de dados móveis. Actualmente, constitui o núcleo de um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) de novas tecnologias móveis baseado aqui, em Portugal. A Mobicomp chegou à Microsoft com um incrível acervo de talentos, uma compreensão profunda da indústria móvel global e um portfolio de inovação que é um complemento perfeito ao software e serviços móveis que já desenvolvemos. A combinação das competências empresariais e técnicas irá ajudar-nos a proporcionar uma nova geração de cativantes experiências móveis a clientes de todo o mundo. PCG – Pensa que a qualidade geral dos
PCG – Que papel pretende desempenhar a Microsoft na Internet? Onde desejaria posicionar a companhia? S.B. – Estamos concentrados na criação de uma experiência de utilizador integrada e atraente, com uma vasta gama de produtos e serviços, através da nossa estratégia Software mais Serviços. Estamos a investir no longo prazo. Com gastos publicitários online estimados em 80 mil milhões de dólares antes de 2012, os serviços online representam a maior oportunidade de crescimento da companhia. E no que se refere à criação de novos negócios, temos um grande historial. A Entretainment and Devices Division ou o Server and Tools Business são exemplos perfeitos do nosso sucesso. PCG – Como está a reagir a Microsoft à nova plataforma móvel da Google ou ao iPhone? S.B. – Tanto a Google como a Apple ajudaram a elevar a percepção daquilo que os smartphones podem fazer actualmente. Pelo nosso lado, estamos muito satisfeitos com o êxito do Windows Mobile. No último ano fiscal vendemos mais de 18 milhões de licenças, e o nosso crescimento faz-se ao dobro da taxa de crescimento do mercado em geral. A nossa abordagem de plataforma baseada em parceiros ajuda os nossos parceiros do sector móvel, incluindo operadores móveis, fabricantes de dispositivos e programadores, a criarem novas e excitantes experiências para os seus clientes. Hoje, temos mais de 200 telefones diferentes de 56 fabricantes de hardware, propostos por 160 operadores móveis em todo o mundo, e há mais de 18 mil aplicações Windows Mobile
PORTUGAL É UM PAÍS DE ESTREIAS PCG – Como explica que uma subsidiária de um país tão pequeno como Portugal tenha sido considerada a melhor subsidiária da Microsoft em 2007 e em 2008, e a melhor na zona EMEA em 2005? S.B. – Acredito que o êxito da Microsoft reside na nossa abordagem de longo prazo à inovação e à transformação da inovação em produtos excelentes, que vão ao encontro das necessidades dos clientes e das oportunidades do mercado. A capacidade de o fazer depende antes de mais do talento do nosso pessoal em todo o mundo. A subsidiária portuguesa da Microsoft é um grande exemplo da profundidade do nosso talento global. Demonstrou um empenhamento incrível com a excelência operacional, diferenciando-se pelo óptimo trabalho com os clientes e por um enfoque, exacto como um raio laser, nas vendas, no marketing e nos serviços. O reconhecimento em dois anos sucessivos mostra justamente a profundidade do empenhamento e concentração nos negócios em Portugal, e é um prazer poder reconhecer mais
«A SUBSIDIÁRIA PORTUGUESA DA MICROSOFT É UM GRANDE EXEMPLO DA PROFUNDIDADE DO NOSSO TALENTO GLOBAL»
produtos de consumidor da Microsoft está à altura da imagem da companhia e da notoriedade da marca? Os produtos são conhecidos pela sua qualidade técnica, mas ainda deixam a desejar quanto a design. É um aspecto em que a empresa está a planear trabalhar? S.B. – Estamos a investir no design onde isso faz sentido. Os chief information officers podem não se preocupar se os nossos servidores têm uma aparência muito agradável do ponto de vista estético, mas preocupam-se certamente que estas máquinas criem valor para a empresa. Estamos a investir onde o design realmente conta, em produtos como a Xbox e Xbox Live, Surface, Zune, telefones e PC. Estamos a recrutar o melhor talento de design existente no sector para conseguir esta meta.
uma vez o excepcional trabalho neste país. PCG – Que boas práticas tiveram início em Portugal e são agora implementadas em toda a empresa? S.B. – Portugal é um país de estreias. Foi o primeiro país a disponibilizar as assinaturas dos nossos contratos de licenciamento a todos os segmentos de mercado. Foi também uma das primeiras subsidiárias a enveredar totalmente pelas comunicações móveis quando se transferiu para o seu escritório actual, evoluindo de um modo que redefine o local de trabalho. A subsidiária continua a ser um exemplo do compromisso da companhia para com a inovação em todas as áreas do nosso trabalho e actua como um grande exemplo para o resto da Microsoft.
PCGUIA
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PCG
O
BA
MAGALHÃES Um portátil para todos os bolsos
SIMPLES DE USAR
✔
ROBUSTO
✔
PREÇO EM VENDA LIVRE
✖
VEREDICTO 8
Muita tinta correu já sobre o Magalhães, o computador que o Governo português quer ver nas mãos de cada aluno do Ensino Básico (veja a caixa deste artigo), mas esta máquina está disponível ao público em geral, em pontos de venda como a Fnac. Tudo no pequeno laptop parece ter sido pensado para os mais novos. Desde a resistência dos materiais ao Magic Desktop (sistema operativo para crianças), passando ainda pela simplicidade de uso e pela facilidade de transporte. Robustez é a palavra que melhor caracteriza a máquina. A forma como foi assemblado assegura que possíveis quedas de mesas de estudo e outras situações de potencial perigo para o hardware não constituem motivo de preocupação. A autonomia é razoável: 2h30 para a versão Descobrir (com Celeron) e 3h30 para a versão 60 Minutos (com Atom). O Magic Desktop é um sistema operativo pensado para as crianças e tem como principais características o facto de garantir um elevado nível de protecção e de divertimento aos utilizadores. Entre as opções de segurança inclui-se a possibilidade de os pais configurarem a lista de e-mails permitidos e de sites disponíveis para navegação (bloqueando os outros). A interface de utilização privilegia o aspecto gráfico em detrimento do texto e pauta-se pela simplicidade e intuitividade. Conta com programas de desenho e edição de imagens, colecções de jogos para crianças e ferramentas para escrita e para efectuar exercícios de matemática. Se quiser adquirir esta máquina em venda livre, tenha em consideração que, por pouco mais, consegue comprar um notebook de entrada de gama com uma configuração mais apetecível. J.T. Distribuidor JP Sá Couto ■ Preço 285 euros (venda livre – versão Descobrir); 295 euros (venda livre – versão 60 Minutos) ■ Contacto 229 993 999 ■ site www.jpsacouto.pt ■ Ficha técnica Processador Celeron de 900 MHz ou ATom (versão 60 mimuntos); 1 GB de memória RAM DDR2; disco rígido de 30 GB; placa gráfica onboard; webcam; leitor de cartões
PCGUIA
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HARDWARE
WEBCAM Para que os miúdos possam comunicar uns com os outros e fazer videoconferência.
TRANSPORTE A pega de plástico com interior de borracha facilita o transporte da máquina. À imagem do que acontece com todo o chassis, a palavra de ordem, neste caso, é robustez. Pesa 1,4 kg.
TECLADO Embora as teclas tenham dimensões reduzidas, o relevo do plástico torna o teclado simples de usar. Além disso, o espaço é mais do que suficiente para os dedos dos pequenos cibernautas.
MAGIC DESKTOP A interface de utilização é simples e pensada para ser usada pelos mais novos. É intuitiva, divertida e muito simples de utilizar. Conta com aplicações para as tarefas mais usuais, como o processamento de texto, a visualização de imagens ou o acesso ao e-mail.
BANCO DE TESTES ECRÃ Tem 8,9 polegadas e uma qualidade de imagem muito aceitável.
COLUNAS Como se costuma dizer, “servem para o gasto”. A qualidade do som não é (nem deve ser) a principal preocupação no Magalhães.
UM NOME, DUAS VERSÕES Edição “Descobrir”
Edição “60 Minutos”
MS Windows XP Home
MS Windows XP Home
CONECTIVIDADE
TOUCHPAD
MS Off ice Pro versão trial
MS Off ice Pro versão trial
MS Media Player 11
MS Media Player 11
Além de duas portas USB (uma de cada lado) e porta de rede, oferece rede sem fios e saída para auscultadores e microfone. Conta ainda com um leitor de cartões SD. Não tem drive óptica.
De dimensões generosas, tendo em consideração o tamanho do notebook, conta com dois botões resistentes ao choque.
MS Photo Story
MS Photo Story
MS Popfly
MS Popfly
MS Virtual Hearth
MS Virtual Hearth
Live Mail
Live Mail
Live Messenger
Live Messenger
Sky drive
Sky drive
Kaspersky 7 JP Sá Couto
Kaspersky 7 JP Sá Couto
Magic Desktop
Magic Desktop
Diciopédia
Diciopédia
Escola virtual 68 lições 1.º ciclo
Introdução aos computadores (60 min.)
Descobrir, com Zito Mosquito
Internet... em 60 min.
Descobrir, com Guida, a Margarida
Excel... em 60 min.
Adobe reader 9
Word... em 60 min.
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Se tem pressa
MODELOS DE COMPRA O computador faz parte do plano e-Escolinhas, o que quer dizer que pode ser adquirido a preço reduzido pelos alunos do primeiro ciclo da escola pública. O preço máximo da máquina é 50 euros, mas pode ser comprado por 20 euros,
se adquirido por alunos de famílias abrangidas pelo escalão B. Em alguns casos, é mesmo gratuito. Como foi referido, pode ainda ser comprado através de venda livre. Veja mais em www.portatilmagalhaes.com.
HARDWARE
SAPPHIRE RADEON HD 4870/ASUS EAH 4870 TOP O melhor chip da AMD enfrenta o seu derradeiro adversário: uma versão de si próprio, mas em overclocking
RÁPIDA
✔
CARA EM COMPARAÇÃO COM A PLACA DE SÉRIE
✔
SEM MARGEM PARA OVERCLOCKING
✖
VEREDICTO 8
FABRICANTE Asus ■ PREÇO 306,66 euros ■ CONTACTO 808 789 888 ■ SITE pt.asus.com
MAIS RÁPIDO DO QUE UMA 4850
✔
MAIS PEQUENA QUE UMA GTX 260
✔
DESEMPENHO
✖
VEREDICTO 8
DISTRIBUIDOR Introduxi ■ PREÇO 289 euros ■ CONTACTO 224 157 510 ■ SITE www.sapphiretech.com
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Não consegue vencê-los? Então ofereça um preço mais baixo. Esta é a mensagem da AMD em relação às placas gráficas. Trata-se da mesma lógica que ajudou a empresa a estabelecer-se no negócio dos processadores, e pode perfeitamente ter idêntico êxito no mundo do vídeo. Com tão poucos motores de jogos no horizonte que vão testar o hardware actual, é difícil argumentar contra essa lógica. Mesmo os leitores suficientemente privilegiados para possuírem um monitor de 30 polegadas arranjam-se muito bem com uma GeForce 8800GTX de dois anos – ou mesmo com uma 8800GT em todos os jogos excepto Crysis – e não é provável que isso venha a mudar num futuro próximo. A melhor escolha de momento é a Radeon HD4850 da AMD, que apresenta um preço muito apetecível e cujo desempenho é convincente e semelhante ao da GeForce 8800GT. Valerá a pena pagar a diferença para uma HD4870? Ou deverá agir com prudência e cautela nestes tempos de incerteza financeira? Pode parecer despropositado. Jogar ao descubra-a-diferença-nas-especificações não é divertido: ambas possuem um total de 800 processadores de fluxo e 512 MB de memória sentados num barramento via barra transversal de 256 bits. Além disso, partilham o mesmo número de ROP (16) e TMU (40). A única coisa que o seu dinheiro compra, na verdade, é velocidade. O núcleo de uma HD4870 corre a 750 MHz, em comparação com os 625 MHz da sua equivalente mais lenta. Evidentemente, a AMD é demasiado esperta para o deixar simplesmente comprar uma HD4850 e enfiar-lhe mais 125 MHz. Para começar, não conseguirá fornecer-lhe energia
suficiente: a placa maior e mais cara tem não um mas dois conectores de seis pinos. Apesar da refrigeração adicional, contudo, ambas as placas atingem temperaturas muito altas – superiores a 90°C, se ficarem a funcionar em teste durante algumas horas.
VELOCIDADE QUÁDRUPLA No entanto, a diferença realmente grande reside no facto de a HD4870 vir equipada com a mais recente tecnologia de memória, GDDR5. Uma memória intermédia maior e o dobro das ligações significam que enquanto as GDDR da 1 à 4 duplicavam de facto a velocidade do relógio dos chips, a GDDR5 quadruplica-a. Isso quer dizer que a GDDR5 de 900 MHz numa HD3870 dispõe da largura de banda efectiva de RAM de 3600 MHz. É muita largura de banda, e para ilustrá-lo alegremente com uma metáfora, sem ela a HD4850 tenta correr os 100 m através do buraco de uma agulha. Contra uma HD4850, a placa mais rápida porta-se razoavelmente bem. As percentagens de aproximadamente mais 10/20% em termos de velocidade com uma resolução nativa de 20 polegadas não devem ser encaradas de ânimo leve. Porém, não se trata de uma condição essencial, pois não há muitos jogos que, por magia, passem a ser jogáveis em resoluções/definições de qualidade de imagem mais altas usando o chip mais caro. Com menos de 30 fps, 20% não vai abrir um novo mundo de jogo cinemático. Aplicar anti-aliasing (AA) só serve para aproximar ainda mais as duas. Por conseguinte, é uma placa rápida, com algum espaço de manobra extra para melhorar o visual dos seus jogos, mas não suficientemente rápida para contrabalançar o preço ridiculamente baixo da HD4850.
FUNCIONAMENTO EM POTÊNCIA Há problemas com a fonte de alimentação no caso de optar por montar uma plataforma CrossfireX com a 4870. Irá precisar de quatro conectores de seis pinos, e algumas fontes de alimentação têm apenas dois de seis pinos e dois de oito pinos, o que torna a sua ligação impossível.
FUNCIONAMENTO FRESCO Ao decidir manter um desenho de uma única slot para a 4850, a AMD teve de fazer concessões em matéria de refrigeração. O tamanho da 4870 não representou um problema, mas estas placas, não obstante a refrigeração extra, aquecem tanto como as suas irmãs mais lentas e mais finas.
Então e a versão em overclocking da ASUS, a EAH4870 TOP? Embora pareça partilhar o mesmo dissipador de calor, este monstro foi acelerado para uns colossais 850 MHz no núcleo, o equivalente a 3700 MHz em relação à memória. E mesmo assim, custa menos do que uma GeForce GTX260. Temos de dar duas más notícias à ASUS, contudo. A primeira é que conseguimos levar facilmente a HD4870 padrão da Sapphire aos 790/4400 MHz sem qualquer problema; na verdade, utilizámos apenas o botão Auto Tune nos controladores. A segunda é que tanto a nossa aventura doméstica como a ASUS acelerada de fábrica não conseguiram quaisquer melhorias significativas em relação a uma placa padrão – na realidade, ambas foram ocasionalmente mais lentas.
vir a roubar por fim a coroa do desempenho à Nvidia. Resta apenas um desafio final para a HD4870 – a GTX 260 de gama média da Nvidia. Caso esteja disposto a procurar de loja em loja, conseguirá encontrar facilmente uma por cerca de 12 euros mais do que a Radeon, e em muitos aspectos trata-se de uma actualização mais sensata relativamente à HD4850. Para começar, porta-se melhor com o anti-aliasing do que a Radeon, e apesar de as duas se pegarem acerca de qual delas tem o benchmark mais alto, onde a placa Nvidia vence, fá-lo com uma margem mais significativa. O único senão é que a GTX 260 tem aproximadamente o tamanho de um cavalo pequeno, por isso, e a menos que possua um
AMBAS AS PLACAS ATINGEM TEMPERATURAS MUITO ALTAS SE FICAREM A FUNCIONAR EM TESTE DURANTE ALGUMAS HORAS DERROTAR A NVIDIA? A conclusão que somos levados a retirar é que o barramento de 256 bits revela-se demasiado acanhado para a memória super-rápida, e não há muito espaço de manobra para a arquitectura RV770 poder acelerar. Mas pode ficar maior: correm rumores de que uma versão X2 prestes a ser lançada – com dois GPU numa placa – tem uma prestação muito aceitável e provavelmente poderá
estábulo na classe da Antec P190, terá dificuldade para enfiá-la dentro da sua caixa. Tudo isto é uma maneira indirecta de dizer que se não possuir um monitor de 24 polegadas (ou maior), poupe o seu dinheiro e compre uma HD4850. Ou espere um pouco mais e arranje uma GeForce 9800GTX+, ou HD4870X2 (veja na última edição da PCGuia), as quais apresentam ambas uma melhor relação preço/qualidade.
AO DETALHE A Radeon HD4870 é claramente uma actualização da HD4850, mas o ganho de desempenho não é significativo. Nenhuma das placas se comporta de forma extraordinária com o anti-aliasing, e a proximidade das pontuações em alta definição com uma configuração AA elevada sugere que a HD4870, apesar da memória GDDR5, continua limitada em termos de largura de banda. A GTX 260 da Nvidia apresenta um desempenho global superior, mas é mais cara e sofre visivelmente nos benchmarks do Crysis.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS HD4870
EAH4870 TOP
Núcleo
RV770
RV770
Velocidade do núcleo
750 MHz
815 MHz
Memória
GDDR5 de 512 MB
GDD5 de 512 MB
Relógio da memória
2.214 MHz
925 MHz (equiv. 3.700 MHz)
Velocidade da memória
900 MHz (equiv. 3.600 MHz)
13 gigapixels/s
Taxa de preenchimento
12 gigapixels/s
32,6 gigatexels/s
Memória
1024 MB
--
Filtragem de texturas
30 gigatexels/s
--
Preço
289 euros
306,60 euros
PCGUIA
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HARDWARE
FOXCONN DIGITAL LIFE ELA / A79A–S O que há de diferente entre estas duas propostas além das arquitecturas?
LIFE ELA CROSSFIREX
✔
CARACTERÍSTICAS
✔
PREÇO ✖
VEREDICTO 7
LIFE A79A-S CROSSFIREX
✔
ARRUMAÇÃO
✔
PREÇO ✖
VEREDICTO 6
Distribuidor JP Sa Couto ■ Preço 309 euros (ELA); 289 euros (A79A) ■ Contacto 229 993 999 ■ Site www.foxconnchannel.com
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A Foxconn lançou no mercado uma nova gama de motherboards baptizada Digital Life. O nome remete-nos para um conceito muito popularizado ultimamente no mercado da informática – o de media center. Esta nova gama de motherboards pretende assim agradar ao utilizador que quer um PC para jogar, ver televisão ou ouvir música. Até aqui tudo bem. Mas esbarramos novamente na questão da nomenclatura que a Foxconn atribui aos seus modelos. Pensávamos nós que a BlackOps (um nome simples mas forte e agressivo, à imagem deste modelo em especial) analisada na passada edição de Setembro marcava um ponto de ruptura com o passado, pautado pela fraca imaginação (e muita confusão) com que a marca chinesa denominava os seus modelos. Parece que nos enganámos. Isto porque ELA e A79A–S são expressões vagas. A primeira ainda nos poderá fazer pensar em algo à volta do conceito Media Center – Electronic Lifestyle Area ou coisa do género –, mas rapidamente paramos de cansar a massa cinzenta. ELA significa Eaglelake, nome atribuído pela Intel ao seu chipset P45 enquanto este ainda estava na fase de desenvolvimento. Já a referência A79A–S diz respeito a uma arquitectura AMD baseada no chipset 790FX e southbridge 750 e já com tecnologia de overclocking AOD Extreme. Dadas as dissemelhanças em termos de arquitecturas, as grandes diferenças entre as duas motherboards são basicamente de duas ordens – processador e gráficos. No primeiro caso, a ELA inclui um socket LGA 775 capaz de receber tecnologia Intel (Core 2 Quad/Duo/ Extreme e Pentium Dual Core), sendo compatível com os novos modelos de 45 nm. O FSB máximo por overlocking é de 1600 MHz. Por sua vez, a A79A–S recomenda-se para processadores Phenom e Phenom FX, Athlon 64 e 64x2 e Sempron, todos eles
de socket AM2. Este modelo inclui ainda a conhecida tecnologia HyperTransport 3.0. No segundo caso, a ELA inclui três slots PCI-Express 2.0 x16 que se transformam numa configuração 1x16 + 2x8 num sistema CrossFireX, enquanto que a A79A–S soma um total de quatro slots PCI-E 2.0 x16, podendo assim receber um sistema gráfico CrossFireX de quatro placas em x8 ou duas em x16. Isto faz com que as restantes interfaces de expansão também apresentem diferenças, tendo a ELA mais uma slot PCI-E 2.0 x1 e uma slot PCI (duas no total em cada caso) do que a A17A–S. A outra diferença física notória é a presença de duas portas de rede Gigabit na board AMD face à porta única de rede a 1 Gbps da board Intel. De resto, as semelhanças são muitas, a começar pela cor. Ambas suportam até 8 GB de memória RAM DDR2 desde os 800 MHz aos 1066 MHz, sendo que a ELA só atinge esta marca através de overclocking, e permitem ligar um máximo de seis fichas SATA II (com RAID 0, 1, 5 e 10), duas eSATA, duas FireWire e uma ATA 133. O suporte máximo de USB 2.0 é de 12 portas e o áudio 7.1 HDA é garantido pelo chipset onboard da Realtek, que assegura as ligações DTS Connect and Dolby Digital Live. Ambas as placas incluem acessórios de expansão, como são os casos dos tradicionais brackets com portas USB adicionais, mas nada por aí além. De referir que a arrumação dos componentes é inteligente, tendo o seu posicionamento sido pensado de forma a deixar espaço suficiente para albergar o número máximo de placas gráficas permitido sem quaisquer tipos de comprometimentos, sobretudo no caso da ELA. Nos testes de funcionamento registámos um funcionamento sólido e constatámos que, com as actuais versões do BIOS, estes modelos não são muito adeptos do overclocking. J.P.F.
HARDWARE
HP DV7-1060EP Especificações acima da média oferecidas por um preço em conta LIGAÇÕES
✔
BLU-RAY
✔
PESADO
✖
VEREDICTO 8
POWERCOLOR HD 4670 Uma placa de entrada de gama com méritos próprios DESEMPENHO
✔
HDMI E DISPLAYPORT
✔
OCUPA DOIS SLOTS
✖
VEREDICTO 8
A PowerColor lançou recentemente a sua nova proposta para o segmento de entrada de gama. A HD 4670 tem, todavia, opções disponíveis em hardware de custo superior, como sejam as saídas HDMI e a aceleração da descodificação UVD2, bem como a mais recente interface DisplayPort, uma porta do tamanho de um conector USB capaz de processar vídeo e áudio. Boas notícias para os consumidores. Esta PowerColor conta com 512 MB de memória GDDR3 com um relógio de 1000 MHz, uma velocidade de relógio de 770 MHz. Baseia-se no GPU RV730 e dispõe de 320 unidades de shader. Nos nossos testes, revelou um comportamento convincente. No 3DMark 2006, registou 9573 marks a 1024 x 768 sem antialiasing ou AF. Quando aumentámos a resolução para 1280 x 1024, o valor baixou para 7747 marks. No que concerne ao nível de ruído, não há margem para críticas. O hardware é extremamente silencioso, e mesmo em tarefas de processamento mais exigente, o aumento no nível de ruído é perfeitamente aceitável. Em overclocking – onde existe, de resto, alguma margem para quem gosta de se aventurar neste campo – ela não aquece muito nem acusa um nível de ruído capaz de incomodar. Quando a instalar, vai ver que o cooler dota a placa de uma altura que faz com que ocupe dois slots PCI. Tendo em consideração o preço competitivo e a performance, é uma boa compra. J.T.
Distribuidor Niposom ■ Preço 79 euros ■ Contacto 218 440 260 ■ Site www.powercolor.com
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Tendo em consideração a evolução que o mercado laptop conheceu nos últimos anos, há modelos em que deixa de fazer sentido chamar-lhes computadores portáteis. É o caso do dv71060ep, uma máquina que chega perto da fasquia dos quatro quilos de peso (3,84 kg, para sermos mais precisos), muito por culpa do chassis volumoso em que se destaca um ecrã WXGA de 17” de alta definição (1440 x 900) AG com Infinity Brightview, que lhe dá um aspecto agradável. Assim sendo, este HP encaixa na categoria vulgarmente conhecida por desktop replacement. Aliás, convém mesmo deixá-lo em cima da secretária pois, para além do peso e do aquecimento, as quase três horas de autonomia não darão para ver mais do que um ou dois filmes longe de um ponto de corrente directa. O entretenimento é bem tratado pela configuração: CPU Intel Core 2 Duo a 2,53 GHZ, 4 GB de memória, dois discos SATA com 250 GB de capacidade (com protecção activa HP Protect Smart), placa gráfica Nvidia GeForce 9600 GT (responsável pelos 4467 marks obtidos no 3DMark 2006) e drive óptica híbrida (grava CD e DVD e lê Blu-ray). As ligações contam com quatro portas USB 2.0 e ainda uma eSATA, HDMI, FireWire e LAN Gigabit e ExpressCard/54 (também suporta /34). Integra ainda um par de colunas Altec Lansing com agradável subwoofer, entre muitas outras características. Inclui o Windows Vista Home Premium 32 bits com SP1 e ainda programas como o HP QuickPlay auxiliado pelos controlos dedicados de menu com botões Music e DVD e pelo controlo remoto. O pormenor do logótipo da HP aceso na tampa quando a máquina está ligada é delicioso, apesar de não ser obviamente original. J.P.F. Fabricante HP ■ Preço 1399 euros ■ Contacto 808 201 492 ■ Site www.hp.pt
HARDWARE
GIGABYTE M912M É o primeiro portátil da Gigabyte a chegar a Portugal e fez uma paragem na nossa Redacção CONFIGURAÇÃO
✔
ECRÃ ROTATIVO
✔
CHASSI
✖
VEREDICTO 7
Distribuidor Niposom ■ Preço 590 euros ■ Contacto 218 440 260 ■ Site www.gigabyte.com.tw
Na entrevista do mês passado, Veronica Lu, sales manager da Gigabyte, tinha já avisado: «Os portáteis da Gigabyte vão estar disponíveis em Portugal antes do fim do ano.» A Niposom é a responsável pelo cumprimento da promessa. O M912M está equipado com um processador Intel Atom N270 de 1.6 GHz e com 1 GB de memória RAM DDR 2. O disco rígido SATA dispõe de 160 GB de espaço. O LCD WXGA tem 8.9 polegadas, é táctil e conta com uma webcam de 1.3 Mp. Repare que é rotativo, pelo que o ecrã pode ser utilizado “deitado” sobre o teclado. Desta forma, pode usar as propriedades de touch screen do monitor recorrendo à caneta que está colocada no topo do ecrã. De resto, o fabricante oferece uma segunda pen, para o caso de perder ou danificar a primeira. A qualidade de imagem não vai além do aceitável, mas pode ser usado a 1024 x 600. As opções de conectividade são garantidas pela rede sem fios, pelo módulo bluetooth e pelas três portas USB que pode encontrar no chassis. Além destas, estão disponíveis as tradicionais portas de rede e um leitor de cartões de memória 4-em-1, bem como o slot Express Card e Kensington Lock. Está equipado
O M912 É UM NETBOOK TABLET PC, CONCEBIDO PARA TAREFAS COMO NAVEGAÇÃO NA NET
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com o Windows Vista Home Edition em Português (pré-instalação). Chamámos notebook ao M912, mas na verdade é um Netbook Tablet PC, um computador mais pequeno e especialmente concebido para tarefas como navegação na Net e processamento de texto. Quer isto dizer que não vai conseguir utilizar a máquina da Gigabyte para jogar ou para editar vídeo, por exemplo, e que não tem, como já deverá ter tido oportunidade de verificar, uma unidade óptica. O desempenho é o esperado para uma máquina com estas características: 1485 marks CPU, 2375 marks no teste de memória e 4649 marks no teste de acesso ao disco. A autonomia de cerca de três horas é, na nossa opinião, escassa, tendo em consideração as dimensões e as características do Netbook. Numa primeira impressão, aparenta alguma fragilidade na construção e o touchpad é muito pequeno – elementos inerentes às suas reduzidas dimensões. É quase meio quilo mais pesado do que a proposta da Asus, que não tem, porém, um ecrã rotativo táctil (1,37 kg contra 0,95 kg do Asus). O peso acrescido fica a dever-se não só, mas também, à inclusão do disco rígido de 120 GB. O acesso ao disco rígido e à memória é muito fácil, o que garante que um possível upgrade não seja uma dor de cabeça. O leitor vai demorar algum tempo a habituar-se ao reduzido tamanho das teclas, mas depois de algumas utilizações, isso deixa de ser um problema. Feitas as contas, é uma aposta bem-vinda da Gigabyte, muito embora não esteja livre de críticas. O preço aproxima-se claramente do de notebooks de entrada de gama totalmente equipados – embora o M912M seja pensado, ao contrário destes, para funções de mobilidade. Infelizmente não existe a possibilidade de optar por uma configuração com sistema operativo Linux, algo que faria descer o preço de venda ao público. J.T.
HARDWARE
KILLER M1 Uma placa de rede ou uma ideia falhada? Por vezes, dá-nos a ideia que os fabricantes acreditam que os jogadores estão dispostos a comprarem tudo o que diz “para gamers” na caixa. Este é mais um desses casos. O conceito por detrás da Killer M1 da Bigfoot Networks é interessante: remove o ónus da gestão da ligação de rede do processador do computador e coloca o peso do tráfego de jogos online UDP nesta placa dedicada. Esta característica liberta o CPU e permite que ele se foque em tarefas mais importantes e melhora os tempos de ping. Em teoria, é assim que funciona. Na prática, porém, as coisas não são bem assim... Testámos a placa em duas máquinas. Uma delas é uma configuração topo de gama pensada para jogos e outra é um computador que custa quase tanto como a Killer M1. No primeiro caso, não verificámos quaisquer melhorias e no segundo caso
houve lugar a alguns melhoramentos, mas muito escassos, quase inperceptíveis. Um aumento marginal no frame rate do WoW Battlegrounds (de 53 fps para 57 fps) e uma redução pequena nos tempos de ping (de 155ms para 140ms) não foram valores capazes de nos convencer. Além disso, não conseguimos topar qualquer melhoria no Team Fortress 2, no Quake 4 ou no Call of Duty 4. É muito dinheiro em troca de algumas frames a mais, ainda mais quando sabemos que só vai afectar o jogo em rede. Esse dinheiro é mais bem empregue em processadores, placas gráficas ou módulos de memória RAM. Se, mesmo assim, esta placa lhe agradar, então ao menos opte pela K1, uma versão mais barata que tem uma velocidade de relógio de 333 GHz (esta tem 400 GHz), mas que faz exactamente a mesma coisa. CONCEITO
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POUCAS MELHORIAS
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CARA
CHIEFTEC AEGIS CH-05B-B Procura uma caixa nova? Encontrou-a Afastada das páginas de análise da PCGuia já há algum tempo, a Chieftec propôs-nos a análise a esta Aegis e a nossa Redacção não se fez rogada. A caixa é conotada com o mercado de workstations (computadores poderosos para tarefas de processamento muito exigentes), e nós conseguimos facilmente vêla a albergar o hardware de qualquer gamer. A caixa permite a utilização de motherboards ATX e EATX e tem espaço para imenso hardware. Destaque especial para o facto de poder instalar até cinco ventoinhas (não incluídas na caixa). A abertura da caixa é muito simples: basta puxar a porta de plástico no painel lateral (depois de remover os parafusos, que consegue desapertar à mão). Toda a arrumação dentro da Aegis se pauta pela conveniência e facilidade de uso. Pode
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OURO
PREÇO
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CHAVE DE FENDAS PARA QUÊ?
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instalar discos rígidos nos suportes fornecidos sem recorrer a chaves de parafusos. O mesmo pode ser dito para as drives ópticas de 5.25”, que são instaladas através do painel frontal (a tampa de plástico é removida no processo) e presas através de um suporte interno que, mais uma vez, não pressupõe a utilização de ferramentas. Se optar pela Chieftec, tem espaço para três drives de 5.25” e uma de 3.5” e pode instalar até seis discos rígidos no espaço debaixo da área reservada para as drives ópticas. Junto ao painel frontal (de lado), vai encontrar duas portas UBS 2.0 e uma porta firewire, além da entrada de line out e de microfone. Por este preço, é uma excelente aquisição e uma proposta que, como já percebeu, conseguiu convencer a nossa Redacção. J.T.
SEM VENTOINHAS DE SÉRIE
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VEREDICTO 9
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VEREDICTO 3
Distribuidor Overstock ■ Preço 206,05 euros ■ Site www.overstock.com
Distribuidor JP Sá Couto ■ Preço 76 euros ■ Contacto 229 993 999 ■ Site www.chieftec.com
HARDWARE
DRAYTEK VIGORPRO 5510 Protecção total para a sua rede PODEROSO
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VERSÁTIL
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CONFIGURAÇÃO MANUAL
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VEREDICTO 7
Este Vigorpro 5510 é uma appliance feita para filtrar todo e qualquer tráfego prejudicial vindo da Internet, como vírus e spam. O aparelho está envolvido numa caixa cinzenta que se pode montar num bastidor. No painel frontal estão instalados os LED que indicam a actividade da rede e a presença de uma ameaça, duas entradas para ligações WAN e cinco para a rede local. Existe também uma entrada USB para a ligação de um modem USB de banda larga móvel, por exemplo. O software empregue é um sistema operativo proprietário da Draytek, denominado Dray OS, e inclui uma firewall com stateful packet inspection (SPI) com capacidades de inspecção de pacotes de comunicação mais exaustivas do que as presentes na grande maioria dos routers disponíveis no mercado. Também suporta acesso remoto seguro à rede local, através de virtual private network (VPN), usando os protocolos normais destes sistemas ou via SSL; suporta até 200 ligações convencionais ou 50 através de SSL. A configuração básica faz-se através de uma interface web, estando presente um assistente que o guia através deste processo. Esta appliance pode ser usada com uma versão especial do antivírus da Karspersky ou do programa próprio da Draytek. Só se pode usar apenas um destes programas. A licença de utilização do Karspersky é válida por um ano e a do antivírus da Draytek por três, tendo depois de ser renovada. A licença do sistema antispam também tem que ser renovada anualmente. A configuração base é muito simples, mas, para tirar o máximo partido do sistema, tem de saber o que está a fazer, visto que o manual o ajuda pouco ou mesmo nada. É vago e está muito mal traduzido. O Vigorpro 5510 é uma ferramenta muito útil e poderosa para proteger redes empresariais com poucos utilizadores, mas a configuração não é para curiosos. P.T. Distribuidor Optivisus ■ Preço 986,46 euros ■ Contacto 217 910 787 ■ Site www.draytek.com
NOX APEX 800W Potência modular para sistemas multi-GPU a um preço apetecível LIGAÇÕES GPU
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PREÇO
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LIGAÇÕES SATA
Comprar uma fonte modular hoje já não custa uma fortuna. É certo que ainda se trata de um item cujo preço fica acima dos três dígitos, mas mesmo assim dar 105 euros por esta NOX não se pode considerar um desperdício. Primeiro porque, como já dissemos, é uma fonte modular, permitindo que se utilizem apenas os cabos de que realmente se precisa, o que acaba por contribuir para uma melhor arrumação dentro do chassis e uma consequente melhoria da circulação do ar, que leva também a um arrefecimento mais eficaz. Depois, porque se trata de um equipamento compatível com a norma 80+, sendo por isso capaz de disponibilizar uma melhor relação rendimento/consumo energético. Tendo em consideração a potência máxima oferecida e as ligações de que dispõe, esta nova gama da NOX foi pensada claramente para os sistemas CrossFire ou SLI com as placas gráficas de última geração – daí a presença de dois conectores de oito pinos (6+2) e de outros dois de seis pinos. Para além destes, tem a tradicional ficha de 20+4 pinos para a motherboard e a de 8 pinos para a ligação de 12 V, juntando ainda quatro fichas SATA, outras quatro molex e ainda uma tomada de corrente para drive de disquetes. Poder-se-á julgar que as ligações para dispositivos de armazenamento não são muitas, mas repare que basta montar um sistema com duas GTX280 ou duas HD4870X2 para que mais de metade da potência da fonte seja literalmente “sugada” pela componente gráfica. A distribuição da energia é feita de forma eficaz, sendo que para isso contribuem os quatro rails de 12 V separados e o Power Factor Control activo. Aliás, em termos de protecção, a NOX suporta as normas OVP/UVP/OPP. De salientar ainda o modo relativamente silencioso de operação, garantido pela ventoinha de dimensões generosas (140 mm), cuja velocidade de rotação é controlada automaticamente de acordo com a temperatura. J.P.F. Distribuidor FJMPC ■ Preço 105 euros ■ Contacto 243 306 700 ■ Site www.nox-xtreme.com
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VEREDICTO 8
CLASUS WHITE/BLACK Preto? Branco? Com Windows ou Ubunto? A escolha é sua. A máquina é da Clasus 3 ANOS DE GARANTIA
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EXTRAS
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BARULHENTO
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VEREDICTO 7
A proposta mais recente da Inclass é vendida em duas versões: com Windows o Linux – Ubuntu. A diferença no preço são 100 euros, mas a configuração é igual em ambos os casos. A empresa nortenha optou por uma plataforma AMD Phenom X4 9350 Quad Core (2GHz) auxiliada por 2 GB de memória RAM a 1066 MHz Patriot, colocada numa motherboard Asus M3A78 com suporte para Crossfire. Além disso, conta com três painéis frontais de cores diferentes: branco e preto e laranja – daí o nome da máquina. O desempenho do sistema é a garantia de que vai encontrar no Clasus um companheiro para as tarefas de elevadas necessidades de processamento. Os 7884 marks (PCMark 2005), segmentados em 5882 CPU, 3742 de memória e 7108 de acesso ao disco são testemunho de que o processador Quad-core e o resto da plataforma têm um comportamento bastante convincente. Já o desempenho gráfico não vai além da mediania, com 10185 3 dmarks a 1024 x 768. Logo após ligarmos a máquina notámos que esta produz um nível de ruído além do aceitável. Este fica a dever-se certamente a dificuldades na refrigeração, já que é óbvio o fluxo de ar muito quente que a caixa expele pela parte de cima. É um problema a resolver, caso esteja a ponderar utilizar o Clasus em cima da sua secretária. Muito embora a estrutura tenha pormenores interessantes, como sejam as portas de protecção da drive óptica, a verdade é que aparenta alguma fragilidade, pelo que deverá ter cuidado se instalar o computador no chão. Se der um pontapé sem querer no painel frontal é capaz de o danificar. Uma área onde ainda há espaço para melhorias. Uma óbvia mais-valia é o serviço de três anos de garantia que a Inclass inclui no preço. Além disso, vão buscar a máquina a sua casa e voltam a levá-la após a reparação. De resto, a empresa de Gondomar garante que repara o equipamento em 72 horas desde a recepção do equipamento. O valor que a empresa pede pelo Clasus já inclui o monitor de 19” e colunas, além de periféricos, como colunas e kit rato e teclado. J.T.
Fabricante Clasus ■ Preço 949 euros (c/ Windows Vista Home Premium e Office 2007 60 dias PT) 849 euros (c/ Linux Ubuntu 8.04 e OpenOffice PT) ■ Contacto 220 103 000 ■ Site www.clasus.pt
HARDWARE
ACER ASPIRE ONE Um pretendente ao trono actualmente ocupado pelo Eee PREÇO
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ECRÃ
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AUTONOMIA
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VEREDICTO 8
Fabricante Acer ■ Preço 299 euros ■ Contacto 808 300 012 ■ Site www.acer.com
ANÁLISE TÉCNICA O Acer Aspire One tem um processador similar ao MSI Wind e ao Asus Eee PC 901. Como tal, comparámo-lo com estes dois concorrentes para vermos o seu desempenho. Não existem muitos benchmarks para plataformas diferentes, mas o Super Pi está disponível para Linux e para Windows XP, além de testar realmente os componentes de processamento. O tempo de duração da bateria foi medido enquanto lia um filme DivX em looping, com o som e o brilho especificados para o máximo e todas as funções de poupança de energia desactivadas. Desempenho standard da indústria SuperPi
Valores mais baixos são melhores
ACER ASPIRE ONE
15m 33s
MSI WIND U100
16m 21s
ASUS EEE PC 901
15m32s 14
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Autonomia da bateria DivX Playback
Valores mais baixos são melhores
ACER ASPIRE ONE
1h 41
MSI WIND U100
1h 37
ASUS EEE PC 901
4h 43 1
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Gostamos bastante do Eee original. É muito portátil, tem uma capacidade de processamento suficiente e, mais importante, tem um bom preço. Foi, e ainda é, uma máquina pequena e única. Bom, era única. Agora é tempo de nos esquecermos durante algum tempo do Eee e abrir caminho para o Acer Aspire One. O Eee PC 901 é o substituto oficial do Eee original. No entanto, o Acer Aspire One é o seu sucessor espiritual, devido pura e simplesmente ao facto de estar mais próximo do conceito de subnotebook original. Ficaríamos contentes em encontrar no mercado mais algumas máquinas com um custo inferior a cerca de 315 euros, apesar da sua especificação. Contudo, o Aspire One conseguiu melhorar o Eee 701 original, além de o actualizar, quanto mais não seja pelo seu ecrã de 8,9 polegadas. Estamos perante mais uma visita ao nosso CPU de eleição nos dias que correm – o Intel Atom N270. Especificado para correr a 1,6 GHz, mas com capacidade para funcionar a 800 MHz de modo a prolongar a autonomia da bateria, trata-se verdadeiramente de um processador de qualidade. É bom que baixe a velocidade de relógio, dado que a Acer disponibiliza o Aspire One mais barato com baterias de três células de 2200 mAh. Os utilizadores que quiserem um parceiro de viagem mais a sério, deverão optar por uma bateria de seis células, embora as três células sejam suficientes para pequenas viagens.
Para manter o preço baixo, o Aspire One bem com uma versão personalizada do Linux, designada por Linpus Lite. A maior parte das funcionalidades essenciais está presente, incluindo um leitor de media versátil, o OpenOffice e muitas ferramentas Net. O sistema operativo é fácil de utilizar e é carregado muito rapidamente. O Linpus Lite ocupa apenas cerca de 3 GB, o que deixa uma quantidade de espaço razoável para dados. Apesar de existir um leitor de cartão de memória no lado direito que age sobretudo como forma de expansão tradicional, pode-se adicionar capacidade de armazenamento extra utilizando a slot SD que se encontra no lado esquerdo da máquina. Não é disponibilizado suporte para Bluetooth de forma standard, pelo que será necessário um rato com fios – a menos que resolva testar a sua habilidade com o pequeno touchpad. Quanto ao teclado, é surpreendentemente utilizável. Em termos globais, o Aspire One é uma adição importante ao género de produtos subnotebook. Disponibiliza capacidade de processamento, é versátil e tem um preço em conta. Temos que admitir que preferimos o MSI Wind U100, graças à capacidade da sua unidade de disco rígido e ao sistema operativo Windows, que é ligeiramente mais amigável para jogos. No entanto, se gosta do desafio do Linux, o Aspire One vale mesmo a pena.
SOFTWARE
GOOGLE CHROME Depois do motor de busca, o browser de Internet SIMPLES
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SEPARADORES INDEPENDENTES
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SEM RSS
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VEREDICTO 8
Toda a gente conhece a Google enquanto detentora do motor de busca mais utilizado pelos cibernautas. Agora a empresa apresentou o Chrome, um browser de Internet que introduz alguns elementos dignos de menção. À primeira vista, é mais “limpo” do que outros concorrentes, como o Internet Explorer (está para breve a versão 8 – tem a beta 2 disponível no nosso DVD) ou o Mozilla Firefox. A janela principal caracteriza-se pela simplicidade e são mostrados apenas e só os comandos básicos para
Software house Google ■ Preço Gratuito ■ Site www.google.com/chrome
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uma navegação rápida e intuitiva na maior das redes. Além da barra de endereço, o Chrome tem dois botões para avançar e retroceder e um botão para fazer o carregamento da página. Além disso, pode utilizar um quarto botão para adicionar automaticamente a página onde está aos seus marcadores (Favoritos, no Internet Explorer). As ferramentas de configuração garantem acesso às opções mais vulgares de personalização de browsers. Entre as principais novidades introduzidas no browser da Google encontra-se o método de pesquisa de páginas. Se colocar um termo na barra de endereços e premir a tecla enter, o motor de busca Google faz uma pesquisa. Quer isto dizer que a barra de endereços se transforma num campo de pesquisa num motor da Internet. Tal como acontece com o IE7, pode escolher-se o motor de busca predefinido, pelo que não está restringido ao Google. Quando o cibernauta inicia o browser, o Chrome mostra-lhe automaticamente um conjunto das mais recentes páginas por si visitadas. Assim, o leitor tem a possibilidade de, através de um clique, viajar novamente até um endereço útil onde tenha estado há pouco tempo. É uma questão de detalhe, mas muito útil, caso consulte frequentemente os mesmos endereços. Além disso, ao contrário do que acontece com outros browsers disponíveis no mercado, a barra de favoritos deve ser activada pelo utilizador, já que não é mostrada por defeito. Outra das maiores novidades é a autonomia técnica
dos separadores. No Internet Explorer, quando um dos separadores “crasha”, toda a aplicação se desliga e o utilizador é obrigado a reiniciar o browser. O Chrome foi feito de forma a que cada separador seja considerado como uma aplicação autónoma. Deste modo, um dos separadores pode efectivamente ter problemas, mas o browser continua activo – basta saltar para outro dos separadores. Existe um método de navegação furtiva que permite que o cibarnauta navegue em páginas que possam ocultar ameaças à segurança do sistema. Quando o leitor usa este modo, a aparência do browser muda e ele não guarda quaisquer cookies ou registos no histórico. O browser da Google é leve e não parece implicar uma exagerada utilização de recursos do sistema, mas quando comparado com a versão beta 2 do Internet Explorer, fica a ideia de que ainda existe espaço para melhorias. O mesmo pode ser dito do conjunto de funcionalidades, que pode e deve ser melhorado. Um exemplo? Onde está o leitor de feeds RSS? O Chrome conseguiu, de acordo com os número a que tivemos acesso, uma quota de mercado de 2,8% logo no primeiro dia online. Num ambiente em que o browser da Microsoft é usado por cerca de 75% dos cibernautas, o caminho a percorrer ainda é longo, mas as primeiras impressões não deixam de ser muito positivas. Se previlegia um browser mais limpo e funcional, então não deixe passar a oportunidade de avaliar por si o mais recente browser a chegar ao mercado. J.T.
TECNOMUST
CASIO EXILIM PRO EX-F1 Esta máquina fotográfica de 6 MP é somente a mais rápida do mundo direccionada ao público não profissional. Consegue umas espantosas 1200 frames por segundo em vídeo a 336x96. Também permite tirar 60 fotos por segundo em resolução total e ainda gravar vídeo em alta definição 1080P. A velocidade de arranque da máquina é que é muitíssimo lenta. Pelos standards de hoje em dia, as fotos tiradas em condições de iluminação deficientes sem flash também ficam com um pouco mais de ruído do que o desejável. Mas ainda assim esta é a única opção, se quiser fazer fotos de alta velocidade sem ter de gastar o preço de um pequeno automóvel. P.T.
Distribuidor Coditek ■ Preço 800 euros ■ Contacto www.codi-tek.com ■ Site www.casio.com
VELOCIDADE
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VÍDEO FULLHD 1080P
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VELOCIDADE DE ARRANQUE
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VEREDICTO 7
ABIT FUNLAB P80 –A1 Este aparelho consiste numa moldura digital que funciona simultaneamente como impressora fotográfica. A grande questão aqui é: para que precisamos nós de uma moldura que imprima fotos? Temos de analisar isto como o gadget que é. Com um simples clique num botão pode-se mandar imprimir qualquer foto que esteja a passar na moldura ou que tenha acabado de ser tirada (porque suporta USB e cartões de memória), sem ter de ligar o PC ou sequer ter um computador por perto. A impressora usa tecnologia de sublimação e demora cerca de 1:08 minutos a imprimir. O cartuxo inclui já a tinta e o papel. Em termos de moldura fotográfica estão lá todas as opções necessárias, excepto a possibilidade de ouvir música de fundo. A qualidade das fotos é bastante boa, se tivermos em conta o tipo de impressora com que estamos a lidar. S.E. QUALIDADE DE IMAGEM
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FACILIDADE DE USO
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SÓ SUPORTA FORMATO JPG
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Fabricante Abit ■ Preço 249.99 euros; 24,99 euros (cartucho) ■ Contacto Command.com ■ www.abit.com.tw
VEREDICTO 7
CANON IXUS 980 IS Esta pequena máquina fotográfica Ixus 980IS da Canon com sensor de imagem de 14,7 megapixels inclui uma lente com zoom óptico de 3,7X. Para tirar as suas fotografias, pode usar o LCD de 2,5 polegadas ou o viewfinder. O firmware inclui 20 modos de fotografia diferentes e a possibilidade de focar os rostos automaticamente. Uma característica interessante desta máquina fotográfica é o facto de ela saber se está virada de pernas para o ar e incluir essa informação na foto, para que possa ser rodada para o lado certo. O calcanhar de Aquiles deste tipo de máquinas é a fotografia com condições de iluminação deficientes. Se colocarmos a máquina em modo ISO 3200, as fotos saem bastante boas; se usarmos o modo automático, aparece logo muito ruído; e o facto de o flash não ser muito potente também não ajuda. Mas, genericamente, a qualidade das imagens é muito boa. Digamos que é uma máquina adequada para quem não quer transportar mais uma mala nas suas viagens. P.T. Fabricante Canon ■ Preço 419 euros ■ Contacto 214 704 000 ■ www.canon.pt
14,7 MEGAPIXELS
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FOCO RÁPIDO
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RUÍDO EM MODO AUTOMÁTICO
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VEREDICTO X
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MOTOROLA ROKR É um telefone com personalidade; basta olhar para ele uma vez para se perceber isso. O novo Rokr marca a diferença não só pela componente estética (acabamentos, preto espelhado, ausência das tradicionais teclas, entre outros pormenores), mas também pela forma como estão dispostas as várias funcionalidades. O teclado, que só se torna visível quando o telefone está ligado, é sensível à pressão e funciona mais facilmente do que aparenta. O feedback vibratório produzido sempre que uma tecla é pressionada, torna a escrita mais fácil. As teclas de atalho são bastante úteis e a tecla de navegação FastScroll é uma óptima ferramenta de selecção. Este é acima de tudo um telefone virado para a música. A qualidade de som é excelente e o facto de ter uma entrada de 3.5 mm é um ponto positivo. Não se percebe a razão para ter um ecrã tão pequeno, nem a inclusão de uma câmara de apenas 2 megapixels; não condiz com um telefone multimédia. Os menus também podiam ser mais atraentes. Atenção, este E8 mão suporta WMA/AAC. S.E. Fabricante Motorola ■ Preço 269,90 euros ■ Contacto: 214 137 700 ■ Site: www.motorola.pt
QUALIDADE DE SOM
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ESTÉTICA
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ECRÃ PEQUENO
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VEREDICTO 8
LG KC550 Numa altura em que os heróis são os telemóveis multifacetados, com ecrã táctil e interfaces personalizadas, eis que nos chega às mãos o KC550 da LG. Bom ecrã, simples de usar, extremamente funcional, este terminal consegue cumprir todos os requisitos de um telefone que nem ambiciona ser de gama alta. A câmara de 5 megapixels aparece protegida por uma tampa (slide), uma ideia que aplaudimos. Quando esta é aberta a função de câmara é activada. Não tem flash, o que compromete a qualidade das fotos tiradas em espaços escuros. Este terminal leva também o vídeo a sério, com 720x480 a 30fps, quando a maioria dos equipamentos semelhantes opera ainda nas 320x240 (VGA). Tem um óptimo altifalante e qualidade de som excepcional. Faz falta a entrada de 3.5 mm. Possui um acelerómetro, que permite, por exemplo, rodar as imagens. Funciona bem e é rápido. S.E.
Fabricante. LG ■ Preço 309,90 euros ■ Contacto 808 785 454 ■ Site http://pt.lge.com/
QUALIDADE DE MATERIAIS ✔
IOGEAR MOBILE DIGITAL SCRIBE
FUNCIONALIDADE
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CONECTIVIDADE
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VEREDICTO 7
MUITO ÚTIL
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NÃO PRECISA DE PC
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CARO
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VEREDICTO 8
A ideia por detrás do Mobile Digital Scribe é muito boa. Instale o kit (caneta mais digitalizador) num bloco de notas, comece a escrever e faça o upload do documento digital para o computador. Depois, basta editar o documento no PC. Repare que o digitalizador consegue guardar até 50 páginas de conteúdo, pelo que não precisa de o ter ligado à máquina aquando da digitalização. A aplicação de OCR tem alguns problemas no reconhecimento da escrita, que apresenta algumas falhas comprometedoras. É uma engenhoca útil assim que nos habituamos a ela, mas o preço parece ser exagerado. J.T. Distribuidor Pingpost ■ Preço 129,95 euros ■ Contacto 21 410 33 25 ■ Site www.iogear.com
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TESTE EM GRUPO
A FONTE DE TODA A ENERGIA Os computadores de elevado desempenho são máquinas ávidas de watts. Por isso, a PCGuia foi à procura da melhor fonte de alimentação para o seu sistema de jogos
O campo dos computadores pessoais está repleto de componentes que lutam entre si para serem a parte mais importante do PC. Cada um de nós tem a sua opinião formada. Para alguns, é o processador; para outros, é a placa gráfica. E é claro que nenhum supercomputador poderia ser estável se não se fizer basear numa boa motherboard. No entanto, há um elemento que é referido raras vezes e que tem a responsabilidade de dar vida a todos os componentes. Estamos a falar da fonte de alimentação. Uma má escolha neste capítulo poderá fazer com que todo o investimento num sistema topo de gama novinho em folha seja em vão. Uma fonte que não esteja à altura das necessidades poderá repercutir-se negativamente nos restantes componentes. Já imaginou a sua placa gráfica de 500 euros a arrastar-se penosamente numa resolução de apenas 1024 x 768? É com esse tipo de consequências que terá de lidar caso a fonte não seja capaz de fornecer a energia certa aos componentes mais críticos. Escolher a fonte de alimentação é, assim, a parte mais importante na construção de um PC. Nas próximas páginas, tentaremos tornar esta tarefa um pouco mais simples. Será que precisa de uma fonte de arquitectura monolítica para manter na ordem o seu computador com vários processadores gráficos? Ou será que precisa de algo mais conservador?
PODER E DESEMPENHO No topo da lista que engloba os computadores mais ávidos de energia estão as “bestas” que a AMD e a Nvidia criaram, com os seus sistemas de vários GPU. Enquanto que os fabricantes de processadores deixaram de aumentar a velocidade dos seus CPU para começarem a ter em conta os consumos energéticos dos novos modelos, o
sector dos gráficos parece ter ficado preso na batalha pelo desempenho. Como tal, o poder necessário para alimentar os CPU tem-se mantido constante ao longo das últimas gerações, ao passo que os GPU se têm revelado cada vez mais gulosos sob este ponto de vista. De facto, no mercado das placas gráficas o céu é mesmo o limite. A mais recente 9800GX2 da Nvidia é responsável por um consumo de 200 W. Segundo algumas fontes, a GTX280 gasta um pouco mais ainda, elevando a fasquia para os 240 W. Agora imagine o que é juntar duas placas destas em modo SLI, ou até mesmo três 8800 Ultra em modo tri-SLI, que é como quem diz 525 W só para as placas gráficas. Não só vai ficar com a carteira mais vazia na altura da compra, como também vai dar uma carga de trabalhos à fonte de alimentação para as conseguir alimentar, o que naturalmente se vai reflectir na conta mensal de electricidade. A oferta da AMD é um pouco mais consciente face a esta questão, uma vez que se trata de componentes que visam a gama média e não tanto o mercado topo de gama. Um sistema em CrossFire X com 3850 pode
IMAGINE O QUE É JUNTAR TRÊS 8800 ULTRA EM MODO DE TRIPLO SLI, QUE É COMO QUEM DIZ 525 W SÓ PARA AS PLACAS
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TESTE EM GRUPO
MOTHERBOARD E RAM
CPU
A sua motherboard gasta entre 30 W e 50 W, mais 5 W por cada dispositivo USB. A memória RAM DDR padrão consome cerca de 12 W por módulo. Já a DDR2 consome apenas 7,5 W por módulo. O consumo energético da memória DDR3 é uma das maiores vantagens – espere um gasto inferior em cerca de 30%.
O processador é o segundo componente mais guloso do seu PC. Um CPU Core 2 Duo padrão tem um consumo que varia entre os 44 W e os 75 W. Já um quad core irá disparar para entre os 95 W e os 136 W. No lado da AMD, a gama Athlon 64 varia entre os 35 W e os 125 W de consumo energético, sendo as taxas semelhantes para os Phenom de dois, três e quatro núcleos.
GPU É aqui que se encontra o maior pólo concentrador da energia enviada pela fonte de alimentação. As placas 9800 da Nvidia com as referências GTX e GTX2 atingem um consumo de 156 W e de 197 W, respectivamente. A 9600 corre a 98 W e a 8800GT anda à volta dos 138 W. As HD 3850 e 3870 da AMD são muito semelhantes neste aspecto, consumindo, respectivamente, o mesmo que as placas de gama média 9600GT e 8800GT da Nvidia.
COMO TESTÁMOS ■ Tivemos a sorte de poder usar uma
plataforma de testes dedicada, o que nos permitiu aferir a disponibilidade de cada uma das fontes de alimentação presentes neste artigo. Uma hora de testes foi quanto cada um dos modelos teve que se sujeitar à nossa análise – muitos testes, muita matemática e muita paciência. Testámos cada fonte em três frentes: eficácia, temperatura e potência máxima disponibilizada. Os dois primeiros testes foram executados em três fases de carga. Ao usar cargas de 25%, 50% e 100%, pudemos simular uma utilização fraca, média e alta de um PC topo de gama para jogos.
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DRIVES E EXTRAS Tanto as drives ópticas como os discos rígidos gastam cerca de 30 W cada. Não se esqueça de que uma drive HD ou Blu-ray pode aumentar um pouco este valor. Cada placa PCI adiciona entre 5 W e 10 W ao consumo total, dependendo do tipo. Por exemplo, uma placa de TV ou de som estarão no limite superior deste intervalo.
funcionar perfeitamente com uma fonte de alimentação de 625 W. Mas se estiver à procura de gráficos de elevado desempenho para jogos 3D, deverá ter em consideração o poder necessário para alimentar esses fantásticos mas gulosos chips topo de gama.
MARGEM DE SEGURANÇA Na escolha da fonte de alimentação também é vital ter em conta a energia que é necessário disponibilizar aos restantes componentes de desempenho. O CPU toma em seu proveito qualquer coisa entre 35 W e 130 W, enquanto que a motherboard precisa de até 50 W. Um par de
módulos DDR2 requerem à volta de 15 W e as drives (de armazenamento tradicional ou ópticas) requerem 30 W cada. Falta ainda incluir nas contas 5 a 10 W por cada placa PCI e 5 W por cada dispositivo USB. Para além de tudo isto, é necessário haver uma margem de segurança – seria totalmente imprudente comprar uma fonte de alimentação cuja potência máxima seja idêntica à energia que vai ter de se gastar com os vários componentes. Ou seja, não pense que a sua fonte de 450 W consegue lidar com os 400 W que calculou. Poderá fazer com que o seu PC se reinicie uma ou duas vezes. Mas também poderá significar que ele não voltará a reiniciar de todo. Isto porque as
TESTE EM GRUPO
flutuações de potência na saída da fonte podem provocar sérios danos aos componentes de hardware mais sensíveis. E se a fonte de alimentação estiver a trabalhar no limite da potência, então é mais do que certo que alguma coisa acabe por ceder. Todas as fontes presentes neste teste conseguiram gerir de forma relativamente fácil a disponibilização de energia na referência máxima, o que nos leva a supor que são capazes de proporcionar a tal margem de segurança que temos vindo a falar mesmo em condições extremas. No entanto, todo o cuidado é pouco. O mundo das fontes de alimentação é um local cada vez mais competitivo e a melhor prova disso é o facto de cada uma das fontes fazer aquilo que diz na caixa, coisa que não era verdade nalguns modelos existentes há pouco mais de um ano e meio. Melhor ainda; algumas são até capazes de ir mais além em termos de carga sem com isso comprometer a eficácia.
SISTEMAS MULTI-GPU
FACTORES DE DIFERENCIAÇÃO
Existe um pouco de marketing em volta deste monstro da FSP, que na caixa diz ser capaz de atingir uma eficácia de 85 por cento ou até mais. De facto, ela é capaz de atingir esses valores em baixa e média carga. Mas em carga máxima, baixa para os 82%. No entanto, o marketing não acaba aqui. A FSP também reclama que a Everest 1010W é capaz de produzir muito pouco ruído em cargas baixa e média e manter a temperatura abaixo dos 30ºC. Mal a colocámos em carga máxima, o controlador de velocidade da ventoinha disparou autenticamente para o “modo furacão”. Não há dúvidas de que a fonte se manteve fresca, mas se colocássemos um Eee atrás dela ele seria literalmente atirado para o chão. Trata-se de uma fonte tão eficaz quanto a M1000 e que consegue um desempenho máximo sem provocar calor em demasia. Só que tudo isto acontece à custa de algum ruído extra.
Para além da carga, existem outros factores que fazem com que um modelo se consiga diferenciar. O mais óbvio será a escolha entre um modelo convencional ou modular no que ao sistema de cabos diz respeito. Uma fonte modular surgiu como uma forma de resposta às necessidades criadas pelos novos formatos de ligação que os computadores de desempenho requeriam, tais como SATA e PCI-E. Enquanto que as fontes com cabos convencionais acabam por fazer com que a confusão se instale dentro da caixa do computador, com fios espalhados por tudo quanto é sítio, as fontes modulares dão a possibilidade de se instalarem apenas os cabos que de facto são necessários face à configuração do sistema. Desta forma, o interior da caixa fica mais limpo, o que também contribui para uma melhor circulação do ar, logo, para uma dissipação do calor mais eficaz. E isto interessa a quem pretende tirar melhor partido de elementos como a motherboard, o CPU, a RAM ou a(s) placa(s) gráfica(s).
O facto de termos tido acesso a equipamento dedicado a este tipo de testes aumentou de forma decisiva a fiabilidade dos resultados obtidos
FSP EVEREST 1010W PODEROSA ✔
TEMPERATURA BAIXA ✔
RUIDOSA ✖
VEREDICTO 8
DISTRIBUIDOR JP Sa Couto ■ PREÇO 299 euros ■ CONTACTO 229 993 999 ■ SITE www.fsp-group.com
COOLERMASTER M1000 PCGUIA
OURO
PODEROSA
✔
SILENCIOSA
✔
TEMPERATURA
✖
VEREDICTO 9
Esta fonte de mil watts é muito mais silenciosa do que a FSP em carga máxima. O elemento sacrificado é, neste caso, o controlo da temperatura. Em cargas baixa e média ela mantém-se abaixo dos 30ºC. Mal atinge a carga máxima, dispara para os 40ºC, 7ºC a mais face ao modelo da FSP. No entanto, e ao contrário do ruído, este problema pode ser ultrapassado. Basta que a fonte seja colocada numa caixa com um sistema de fluxo de ar que facilite o arrefecimento para que os componentes mais próximos não sejam afectados. Esta fonte atinge taxas de eficácia impressionantes. Face ao custo que apresenta, não podemos deixar de sublinhar a excelente relação preço/ desempenho. Pesados os dois pratos da balança das fontes de 1 quilowatt, a Coolermaster sai vencedora. Recomenda-se para o jogador que tem várias placas gráficas no PC e que quer ouvir apenas o jogo e não também o PC. FABRICANTE Coolermaster ■ PREÇO 247 euros ■ CONTACTO 217 108 162 ■ SITE www.coolermaster.pt
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TESTE EM GRUPO
O outro lado da moeda deste tipo de fontes de alimentação tem que ver com o facto de os cabos modulares sofrerem de maior resistência eléctrica, o que pode provocar maiores perdas em termos de voltagem. Isto pode estar relacionado com a qualidade do cabo em si e de quantas vezes ele foi ligado na ficha. De qualquer forma, a quantidade de voltagem perdida é relativamente insignificante. Outro aspecto que deve procurar para encontrar a fonte de alimentação certa para o seu sistema é a contagem de rails. Em termos de padrão, as fontes para PC só tinham um único rail de 12 V que disponibilizava a voltagem necessária. Mas, com a crescente necessidade de 12 V gerada pelos novos CPU e GPU, surgiram as fontes com mais do que um rail de 12 V. Estas fontes permitem que a energia gerada se espalhe de forma mais equilibrada pelos componentes que requerem mais electricidade, o que se traduz num sistema mais estável, limitando-se assim as hipóteses de acontecer uma sobrecarga por parte da fonte. Por uma questão de segurança, é preferível ter uma fonte com vários rails, caso pretenda extrair dela grandes quantidades de voltagem, como é o caso de um sistema com mais do que uma placa gráfica.
EFICÁCIA VS. ECOLOGIA Apesar destes factores de diferenciação, muitas pessoas continuam a procurar uma nova fonte de alimentação com um único critério em mente: a capacidade total em watts. Ora, numa altura em que a questão do meio ambiente está tão em voga, devemos salientar que a potência total não é o elemento que corresponde à palavra final na escolha. Nos dias que correm, é a eficácia que dita as regras. É nesta área que a competição se faz sentir de forma mais aguerrida, com os fabricantes a fazerem tudo por tudo para manterem os computadores o mais “verdes” possível. No entanto, não é possível atingir uma eficácia de 100 por cento. Dada a natureza destas “bestas”, é inevitável que aconteçam algumas perdas.
Os cabos que saem das fontes podem servir de obstáculo à circulação do ar, comprometendo a refrigeração e elevando a temperatura dentro da caixa
ALTO DESEMPENHO PARA JOGOS
BFG ES SERIES 800 4X PCI-E
✔
EFICÁCIA EM CARGAS BAIXAS ✔
TEMPERATURA
✖
VEREDICTO 8
Em muitos computadores de jogos topo de gama é muito improvável que seja preciso um sistema com uma fonte de 1 kW – a não ser que seja preciso alimentar uma plataforma de tiple ou quad-SLI. Tendo isto em conta, a gama dos 700 W a 800 W disponibiliza poder suficiente para dar resposta às necessidades típicas de um sistema de jogos, sendo ainda capaz de alimentar mais uma ou duas placas gráficas mais adiante. Esta BFG apresenta uma boa gestão da energia, conseguindo uma boa eficácia especialmente em cargas baixas. Infelizmente, aquece bastante – 40ºC é obra. Tal como a M1000, terá que ser instalada numa caixa bem ventilada. No entanto, trata-se de uma unidade impressionante que inclui quatro ligações PCI-E, ideais para quem quer uma solução multi-GPU. Feitas as contas, e como se vê pela análise seguinte, não se pode dizer que exista um modelo vencedor nesta categoria. DISTRIBUIDOR Tech Computer ■ PREÇO 177 euros ■ CONTACTO 249 849 178 ■ SITE www.bfgtech.com
HIPER TYPE R MK II EFICÁCIA EM CARGAS ALTAS ✔
HUB 8X USB ✔
EFICÁCIA EM CARGAS BAIXAS ✖
VEREDICTO 8
Apesar de apresentar um limite de 680 W, pode dizer-se que esta fonte é de 700 W, uma vez que consegue até passar esta fasquia por alguns preciosos watts que poderão dar muito jeito – nunca se sabe. Quer isto dizer que, em comparação directa com a BFG, é capaz de lhe fazer frente. A temperatura mostrou ser mais consistente, apesar de não ser a fonte de alimentação mais fresca do teste. Contudo, não são os 36ºC que vão derreter a caixa. Em termos de eficácia, não consegue igualar os resultados da BFG em cargas baixas, ficando bem atrás com 25% de carga. Curiosamente, vai ganhando terreno à BFG à medida que a carga aumenta, conseguindo até ultrapassá-la em condições de 100% de carga. Apesar de o sistema não ser modular, os cabos espalham-se de uma forma que permite evitar a habitual confusão dentro da caixa. O hub USB incluído é um bónus, apesar de ser pouco prático. FABRICANTE Hiper ■ PREÇO 109 euros ■ SITE www.amazon.co.uk
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TESTE EM GRUPO
A maior parte dos actuais modelos, sobretudo aqueles oriundos dos maiores fabricantes, aderiram ao padrão 80+ (que garante que a eficácia da fonte é sempre pelo menos de 80% em condições de carga de 20%, 50% ou 100%). Se voltarmos a recuar no tempo, veremos que, há cerca de 18 meses, poucas eram as fontes de alimentação capazes de atingir esta marca de 80% de eficácia. Nessa altura, a maior parte dos modelos tinha até dificuldade em chegar a uns baixos 70% de eficácia. Basta olhar para os resultados deste teste para verificar que nenhuma das fontes baixou dos 82% em qualquer quarto de potência, seja meia carga ou carga máxima. Aliás, os resultados indicam que na área da meia carga (na qual a maior parte dos PC se encontra, pelo menos num modo de utilização típico) a eficácia de uma fonte moderna fica perto da marca dos 90%. Também vale a pena verificar na altura da escolha o quanto económica é a fonte de alimentação no que concerne a lidar com necessidades de energia mínimas. Se deixar a máquina ligada durante a noite (seja qual for a razão), mesmo uma poderosa máquina de jogos com uma fonte de alimentação gigantesca em termos de potência tem de ser eficaz quando estiver a funcionar quase em modo idle. Como já referimos, a eficácia não é apenas importante numa perspectiva energia/preço, mas também sob o ponto de vista da protecção do ambiente. Por outro lado, também é importante na defesa da saúde integral dos componentes, na medida em que a energia que não é aproveitada pela fonte se manifesta na forma de calor. Se a fonte não dissipar este calor de uma forma competente, a temperatura do PC sobe, e todos sabemos que os componentes preferem ambientes mais frescos. Ou seja, quanto mais eficaz for a fonte, menos dinheiro terá de gastar num bom cooler, menos terá de pagar pela factura de electricidade e menos terá de gastar na substituição de hardware que entretanto deixou de funcionar. E o Planeta também agradece. Para além da utilização de diversos equipamentos, foi necessário empregar alguma matemática neste teste
DESEMPENHO MÉDIO PARA JOGOS
ENERMAX PRO 82+ PCGUIA
EFICÁCIA GERAL ✔
LIGAÇÃO DE GPU
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 9
OURO
Se está à procura de uma nova fonte de alimentação para o seu sistema de jogos, não vai querer comprar uma fonte que ofereça menos do que 600 W de energia. A Pro 82+ encaixa nesse requisito e junta-lhe qualidade, fiabilidade e a melhor eficácia deste teste. Tudo isto sem comprometer o arrefecimento da fonte, que também é de bom nível, permitido um funcionamento estável nos 35ºC em carga máxima. As ligações são outro aspecto a sublinhar. Conta com quatro fichas PCI-E, incluindo dois conversores de seis pinos para oito pinos, o que garante a construção de uma plataforma CrossFireX. Talvez se possa considerar pesada sob o ponto de vista da relação preço/potência, mas se procura uma solução sólida e económica, a Pro 82+ é a desculpa perfeita para aliviar a sua carteira de mais alguns euros. DISTRIBUIDOR AquaPC ■ PREÇO 185,90 euros ■ CONTACTO 210 831 690 ■ SITE www.enermax.com
PC POWER & COOLING SILENCER 610 SILENCIOSA
✔
TEMPERATURA BAIXA
✔
APENAS UM RAIL, APESAR DA EFICÁCIA ✖
VEREDICTO 8
A Silencer é a única fonte desde artigo que deixa de lado a arquitectura com uma ventoinha enorme no topo em favor de um design que aposta numa única ventoinha de menores dimensões no painel traseiro. A grande vantagem de se ter uma ventoinha de grande dimensão está relacionada com o facto de ela não precisar de girar tanto para produzir a mesma quantidade de ar. Por outro lado, tê-la afastada do painel traseiro também permite reduzir o ruído. Curiosamente, a Silencer, que tem precisamente o contrário do que acabámos de dizer, mantém-se silenciosa mesmo em carga máxima. A sua taxa de eficácia também é impressionante. Não chega para ficar a par com a Pro 82+, mas sem dúvida que lhe faz frente. O mais curioso é o facto de a pequena ventoinha ser suficiente para manter a fonte fresca, quedando-se nos 30ºC em carga máxima. DISTRIBUIDOR AquacPC ■ PREÇO 83,70 euros ■ CONTACTO 210 831 690 ■ SITE www.pcppower.com
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TESTE EM GRUPO
DETALHES E DESEMPENHO Preço
Fabricante
FSP EVEREST 1010W
299 euros
FSP
COOLERMASTER M1000
247 euros
BFG ES SERIES 800 HIPER TYPE R MK II
Fonte
ENERMAX PRO 82+
PCGUIA
OURO
PC POWER & COOLING SILENCER 610
Site
Potência declarada
Potência máxima
Modular
Número de rails
1010 W
1035 W
Sim
4
Coolermaster
www.fsp-group. com.tw www.colermaster.pt
1000 W
1011 W
Sim
4
177 euros
BFG
www.bfgtech.com
800 W
811 W
Não
4
109 euros
Hiper
www.hipergroup.com
680 W
704 W
Não
4
185,90 euros
Enermax
www.enermax.com
625 W
651 W
Não
3
83,70 euros
PC Power and Cooling
www.pcppower.com
610 W
629 W
Não
1
EFICÁCIA Carga de 25%
Quanto maior, melhor
FSP EVEREST 1010W
86%
COOLERMASTER M1000
86%
BFG ES SERIES 800
86%
HIPER TYPE R MK II
83%
ENERMAX PRO 82+
86%
PC POWER & COOLING SILENCER 610
84% 60%
Carga de 50%
65%
70%
75%
80%
85%
90%
Quanto maior, melhor
FSP EVEREST 1010W
87%
COOLERMASTER M1000
87%
BFG ES SERIES 800
87%
HIPER TYPE R MK II
86%
ENERMAX PRO 82+
87%
PC POWER & COOLING SILENCER 610
86% 60%
Carga de 100%
65%
70%
75%
80%
85%
90%
Quanto maior, melhor
FSP EVEREST 1010W
82%
COOLERMASTER M1000
82%
BFG ES SERIES 800
82%
HIPER TYPE R MK II
83%
ENERMAX PRO 82+
84%
PC POWER & COOLING SILENCER 610
83% 60%
65%
70%
75%
80%
85%
90%
TEMPERATURA Carga de 100%
Graus centígrados; quanto menor, melhor
FSP EVEREST 1010W
33ºC
COOLERMASTER M1000
40ºC
BFG ES SERIES 800
41ºC
HIPER TYPE R MK II
36ºC
ENERMAX PRO 82+
35ºC
PC POWER & COOLING SILENCER 610
30ºC 10
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15
20
25
30
35
40
45
TEMA DE CAPA
COMPANHEIROS DE SALA DE ESTAR Aceite a nossa ajuda e escolha um Media Player para reproduzir conteúdo multimédia TEXTO JOÃO TRIGO FOTOS VÍTOR GORDO
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A nossa Redacção já andava a ameaçar há algum tempo fazer um tema de capa deste estilo. Afinal, cada vez mais leitores nos perguntam ao telefone ou através de mensagens de correio electrónico qual a melhor solução para a sala de estar. Os gravadores de DVD de sala são uma opção, mas não são portáteis, ainda apresentam um preço de venda elevado e não reproduzem todos os formatos. Os computadores Media Center têm as suas vantagens, mas a portabilidade continua a não ser uma delas. Computadores portáteis? Sim, pode levá-los para onde quiser, contudo, não existem muitos laptops com discos de 500 GB e de 750 GB para guardar a sua videoteca ou o arquivo de fotografias...
A solução é simples: adquira um Media Player. Tem espaço para guardar tudo o que quiser, é portátil, dadas as dimensões e o peso reduzidos, e liga-se a qualquer televisão. Assim, quando estiver na sala de estar ou quando for de férias, tem todos os seus filmes preferidos (e as fotos e música, se quiser) dentro deste pequeno companheiro. Bastam apenas alguns segundos para começar a ver aquele filme especial com a sua família. Neste teste em grupo, analisámos algumas das ofertas disponíveis nas grandes superfícies, para o ajudarmos a escolher o hardware que melhor se adequa às suas necessidades.
VERBATIM MEDIASTATION PRO SILENCIOSO
✔
REDE WIRELESS
✔
COMANDO
✖
VEREDICTO 7
Entre as principais notas de destaque da proposta da Verbatim está o suporte para redes sem fios, que permite ao utilizador copiar o conteúdo multimédia de e para a MediaStation recorrendo à rede wireless. Além disso, conta com saída HDMI (inclui o cabo) e com um hub USB de duas portas, bem como porta de rede e porta USB. Repare nos comandos no painel frontal, uma mais-valia para o caso de a pilha do comando se acabar e o leitor não tiver forma de as substituir. O aparelho pode ser utilizado na vertical ou na horizontal. Nos nossos testes, quase não o ouvimos a trabalhar, pelo que o nível de ruído não é intrusivo nem impede uma boa experiência na sala de estar. Lê sem dificuldade todos os tipos de ficheiros e apresenta uma interface em Português, pelo que a navegação é muito simples. Além disso, pode ouvir estações de rádio, se tiver o dispositivo registado na sua rede sem fios. Pode mudar o software para Português. A interface de navegação é intuitiva e os ficheiros são reconhecidos rapidamente. O comando à distância peca pela fragilidade e só funciona bem se estiver directamente em frente ao aparelho. O preço por GB não é dos mais atraentes. Além disso, 299 euros é, mesmo com rede wireless, um valor elevado. DISTRIBUIDOR Introduxi ■ PREÇO 229 euros (500 GB) ■ CONTACTO 224 157 510 ■ SITE www.verbatim.com
CONCEPTRONIC CM3PVR500 LEITOR DE CARTÕES
✔
SINTONIZADOR TV
Dois filmes (Os Normais, de José Alvarenga Jr., e Rose Red, de Stephen King); uma pasta com fotos da Redacção (daquelas que atestam da nossa insanidade em dias de fecho); um álbum de Ozzy Osbourne (Ozzmosis); software de benchmark (HD Tach 3.0.4); uma garrafa de 1,5 l de Coca-Cola (duas, vá); uma embalagem de pipocas (salgadas, claro); uma cadeira confortável; uma televisão HD.
COMO TESTÁMOS Analisar este tipo de equipamentos não é tarefa fácil, dada a especificidade. Tivemos em atenção elementos como as interfaces de ligação à TV, o suporte para diferentes ficheiros, a qualidade do comando à distância, a capacidade do disco rígido, o nível de ruído (testámos todos os discos a uma temperatura ambiente de 22 graus), a velocidade de leitura e de escrita, a intuitividade do software, a qualidade de imagem e, claro está, o preço de venda ao público.
SEM HDMI
✖
VEREDICTO 7
AO DETALHE O QUE PRECISÁMOS PARA O TESTE
✔
É o maior Media Player em formato de disco externo em teste, o que, para sermos francos, não abona em seu favor. As dimensões e o formato implicam utilizá-lo apenas na vertical, como pode ver pela imagem. De qualquer forma, o fabricante inclui na embalagem uma útil base que lhe confere mais estabilidade. Além disso, a caixa inclui um botão manual para ligar e desligar o dispositivo. O nível de ruído é perfeitamente aceitável e conta com comandos no painel frontal, onde se pode encontrar ainda um leitor de cartões SD, MMC e MS e uma porta USB. Uma das suas maiores vantagens é o sintonizador de TV, que permite gravar programas da televisão ou fazer captura de fontes externas, como máquinas de filmar, por exemplo. Nos nossos testes, verificámos alguns problemas de reprodução de ficheiros em formato AVI. Em alguns casos, o áudio foi reproduzido, mas a imagem não apareceu no ecrã. Além disso, não suporta ficheiros ISO. O comando à distância é sólido e pode ser utilizado em ângulos extremos (o receptor embutido no PVR500 acusa o sinal), e oferece um acesso fácil às principais funções de reprodução de conteúdo multimédia. A interface de FABRICANTE Conceptronic ■ PREÇO 199 EUROS (500 GB) ■ CONTACTO 0034 902 154 975 ■ SITE www.conceptronic.com
PCGUIA
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TEMA DE CAPA
LACIE LACINEMA PREMIER DESIGN
✔
UPSCALING
✔
✖
LEITOR DE CARTÕES
VEREDICTO 8
O preço equilibrado e o valor por gigabyte tornam-no numa oferta apetecível, à partida, e mesmo antes de uma análise mais cuidada. Como tem sido hábito no hardware da LaCie, também no LaCinema o design é muito atraente e combina facilmente com os restantes aparelhos de sala de estar. Repare que a pequena caixa conta com comando no painel frontal. Assim, se por alguma razão não conseguir usar o comando à distância, pode sempre controlar o aparelho através deste sistema. O comando é dos melhores de todos os equipamentos em análise. Entre outras vantagens, apresenta teclas de atalho para o arquivo de fotos, música, ficheiros e filmes. O alcance é muito bom e o ângulo de utilização é abrangente. Quanto ao funcionamento, é quase imperceptível. O dispositivo praticamente não faz barulho a trabalhar; se não fossem os leds azuis frontais, não saberíamos, à distância, se o LaCinema estava ligado ou não. Não tem porta de rede, pelo que o arquivamento do conteúdo tem necessariamente de passar pela porta USB. O software é muito simples de usar e pode ser alterado para apresentar uma interface na língua de Camões. Suporta os formatos de vídeo mais usados, incluindo ficheiros VOB e ISO. De resto, não tivemos problemas na reprodução de ficheiros AVI nem de filmes em Xvid. Por este preço, é uma boa opção. DISTRIBUIDOR Minitel ■ PREÇO 149,90 euros (500 GB) ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE www.lacie.com
MEMUP NRX SERIES COM GRAVAÇÃO
✔
HDMI
✔
BARULHENTO
✖
VEREDICTO 7
A primeira impressão que fica após ligarmos o Memup NTX Series à corrente e à televisão é o barulho pelo qual o aparelho é responsável. O nível de ruído vai muito além do aceitável, sobretudo se pensar que vai gastar horas em silêncio a ver filmes no conforto da sua sala. Mesmo com uma temperatura de 22 graus, o dispositivo fez muito barulho, o que evidencia ou sobreaquecimento ou um isolamento deficiente. O aparelho conta com comandos e com um útil leitor de cartões de memória no painel frontal, uma mais-valia para copiar as fotografias das suas férias directamente para o disco de 640 MB com que o fabricante equipou a máquina – uma das melhores relações de preço por gigabyte, de resto. Além disso, conta com entrada para uma fonte externa, pelo que pode gravar os seus programas preferidos. Para tal, tem até um botão de Record por cima do slot de leitura de cartões. Muito embora o comando à distância funcione bem, não tem atalhos directos para a pasta de filmes ou de fotos. Além disso, o sistema de navegação (em Português) é confuso e nada atraente, apesar de ter detalhes pouco usuais e muito úteis. Um exemplo? Quando está a navegar na lista de filmes, é-lhe mostrada uma pré-visualização do conteúdo do filme, para melhor o identificar. De qualquer forma, é visualmente pouco atraente. Além disso, não suporta o formato ISO. FABRICANTE Memup ■ PREÇO 189 euros (640GB) ■ CONTACTO 219 833 533 ■ SITE Www.memup.pt
60 | PCGUIA
TEMA DE CAPA
STOREX MPIX 348HD HDMI
✔
VALOR POR GB
✔
FALTA DE LIGAÇÕES
✖
VEREDICTO 7
É, na nossa opinião, dos Media Players mais bonitos que apareceram no comparativo. Com um footprint muito pequeno (ocupa pouco espaço), é muito silencioso e conta com botões em relevo no painel frontal que lhe permitem controlar o software, caso não queira usar o controlo remoto. Junto ao conjunto de botões pode encontrar um leitor de cartões CompactFlash, SD, MMC e MS, assim como uma porta USB para ligar uma pen drive com um filme (por exemplo) e fazer a cópia do ficheiro para dentro do Storex sem ter de usar o computador. Apresenta uma relação de valor por gigabyte muito convidativa e suporta conteúdo em alta definição (repare na inclusão da porta HDMI), uma característica importante se tiver uma televisão HD. O comando fornece atalhos para as pastas principais (vídeos, música, fotos e ficheiros), mas as teclas são todas iguais, pelo que se gasta algum tempo à procura da função certa. Além disso, o campo de utilização é curto. Como elementos menos positivos encontramos a falta de saídas (só tem vídeo composto e HDMI) e a interface de navegação (que não está em Português e é muito pobre). DISTRIBUIDOR Minitel ■ PREÇO 159 euros (640 GB) ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE www.verbatim.com
IOMEGA SCREENPLAY HD HDMI
✔
BASE DE APOIO
✔
COMANDO REMOTO
✖
VEREDICTO 6
Reproduz conteúdo em alta definição, o que, só por si, é uma mais-valia que não pode deixar de ser mencionada. A porta HDMI garante que a sua televisão de alta definição encontra no ScreenPlay HD um amigo à altura. Além disso, conta com comandos no painel frontal da caixa do disco e com um suporte muito útil para manter o aparelho estável na vertical em cima do armário. Mas, para sermos francos, os elogios ficam-se por aqui. O nível de ruído evidencia um sistema de refrigeração que deve ser repensado. Quando se está a ver um filme, o barulho é muito incomodativo. Além disso, o comando (igual ao da proposta da Plextor) é frágil e tem apenas os comandos mais básicos de reprodução. Nem sequer apresenta botões de atalho para a pasta de filmes ou de fotos. É preciso ter muito cuidado com o pequeno comando de plástico. A ideia que fica após alguns minutos de manuseamento é que este se pode danificar com o mais pequeno descuido. O ScreenPlay não apresenta software em Português e a aplicação com que está equipado é muito básica. É semelhante ao processo de navegação nas pastas do Windows, um sistema, diga-se, muito pouco apropriado para uma interface que se quer intuitiva e simples de compreender. DISTRIBUIDOR Minitel ■ PREÇO 159 euros (500 GB) ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE www.iomega.com
62 | PCGUIA
TEMA DE CAPA
PACKARD BELL STORE & PLAY 3500 SUPORTE HD
✔
BONITO
✔
ESCOLHA
PCGUIA
SAÍDA PROPRIETÁRIA
✖
VEREDICTO 8
É o disco com a maior capacidade do teste (750 GB), o que lhe garante motivo de destaque. Além disso, conta, pela ordem natural das coisas (maior capacidade/menor preço por MB), com uma das dependências de preço por GB mais convidativa do comparativo (a segunda). Mas mesmo a versão de 500 GB apresenta um preço de 0.278 euros por GB. Se optar por esta, a história repete-se: perde somente para o hardware da Storex. O Store & Play é muito pequeno e esteticamente muito atraente. As suas dimensões não prejudicam a refrigeração. O equipamento é silencioso em funcionamento e fica bem em qualquer móvel. Não sabemos se o facto de não estar equipado com leitor de cartões se deve a uma opção do fabricante ou ao seu tamanho, mas é um mal menor. Apresenta um comando à distância completo, embora frágil. O campo de utilização é curto e o tempo de resposta é mais longo do que o que seria espectável. Depois de clicar num botão, passa cerca de meio segundo antes de a caixa reconhecer o que o utilizador está a pedir. A interface de navegação pode ser alterada para Português e pauta-se pela simplicidade. Infelizmente, apresenta uma saída proprietária. Se o cabo do fabricante se estragar, não vai poder comprar um igual na loja da esquina... FABRICANTE Packard Bell ■ PREÇO 189 EUROS (750 GB) ■ CONTACTO 808 500 098 ■ SITE WWW.PACKARDBELL.COM
PLEXTOR MPE 500U SCART
✔
PEQUENO
✔
SEM HDMI
✖
VEREDICTO 5
Esta versão foi analisada há três números pela nossa Redacção e foi alvo de alguns elogios merecidos. No entanto, desde então, saíram outros modelos concorrentes e o enquadramento num teste comparativo é bastante diferente daquele que se verifica numa análise isolada. Comparada com as outras ofertas que aqui analisámos, o 500U é um parente pobre. É o único dispositivo que não tem comandos no painel frontal e o comando à distância é muito frágil. Além disso, quando em confronto com os outros aparelhos, a oferta da Plextor apresenta um nível de ruído que se pode tornar incomodativo. O hardware pode ser usado de pé ou deitado e a interface de navegação faz lembrar a navegação nas pastas do Windows. Embora seja intuitivo para quem utilize o sistema operativo da Microsoft, não é esteticamente o mais atraente e acusa a falta de algum polimento. Note ainda que não existe a possibilidade de utilizar o software em Português. É a única oferta com uma ficha SCART embutida no aparelho (as outras contam com um adaptador), uma opção boa para televisões mais antigas, que têm esta ligação. Infelizmente, não oferece qualquer saída HDMI, pelo que o utilizador não poderá reproduzir conteúdo em alta definição na televisão, muito embora faça upscaling 720p. Feitas as contas, e apesar do esforço da Plextor neste segmento, não é a melhor opção do comparativo. DISTRIBUIDOR Tech Computer ■ PREÇO 180 euros (500 GB) ■ CONTACTO 249 849 178 ■ SITE www.plextor.com
64 | PCGUIA
RAPSODY N36 NAS
✔
STREAMING SEM DISCO
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 6
O Rapsody N36 não é, para sermos francos, o mesmo tipo de equipamento que os restantes aqui em análise. Esta proposta da EBC é um Home Media Center, permite streaming directo do conteúdo do seu computador para a TV (não precisa, pois de disco). Além disso, funciona como um aparelho de Network Attached Storage (NAS), ou seja, é um dispositivo que se regista na rede e serve de armazenamento aos seus dados. A instalação não é a mais simples, já que envolve a configuração do sistema NAS para que possa copiar conteúdo para o disco do N36. O processo não é o mais intuitivo e poderá roubar-lhe algum tempo. Para activar as capacidades de escrita (para gravarmos os ficheiros de vídeo no disco), foi necessário fazer o download de uma versão actualizada do software a partir do site do fabricante. O preço é evidentemente um dos principais entraves, já que é claramente a proposta mais cara no que concerne ao valor unitário e ao preço por GB. Mesmo tendo em consideração que não é um simples Media Player, é um valor elevado. De qualquer forma, a interface de comando é simples e o design muito atraente. O facto de os botões tácteis no painel frontal serem pretos faz com que sobressaiam e tornem a navegação mais intuitiva. Se procurar um simples Media Player para ver filmes e fotos, veja outras opções neste comparativo. Se quiser hardware que garanta funções de NAS, e que seja mais do que um disco com conteúdo multimédia, então vale a pena considerá-lo. DISTRIBUIDOR EBC ■ PREÇO 387,60 euros (500 GB) ■ CONTACTO 213 841 080 ■ SITE www.swissbull-it.com
TEMA DE CAPA
VENCEDORES A escolha de vencedores não é óbvia, já que, na sua maioria, os Media Players partilham opções entre si. Falamos nomeadamente do tipo de ligações e dos formatos de vídeo e fotos suportados. Também as velocidades de leitura e de escrita são semelhantes. Por outro lado, existem propostas,
DICA FILMES EM AVI Quer saber como converter os seus filmes DVD para formato AVI para os poder guardar no Media Player que vai escolher neste teste? Veja o tutorial que elaborámos nas últimas páginas do tema de capa.
como a da Conceptronic, que oferecem um sintonizador de TV – claramente uma mais-valia – , mas que depois pecam pela falta de suporte para alta definição. Tendo em consideração que as televisões que adquire hoje em dia suportam quase todas HD, esta é uma característica a ter em conta. Se reparar, não existem medalhas de ouro, mas isso não quer dizer que não tenhamos os nossos preferidos. Pelos nossos critérios, nenhum equipamento chegou ao ouro (nota 9), mas existem dois 8. Na nossa opinião, as opções da LaCie e da Packard Bell apresentam os melhores compromissos. Em nenhum dos casos tivemos problemas de reprodução de ficheiros vídeo (muito embora o
leitor esteja sempre dependente dos codecs utilizados) e esteticamente são ambos muito atraentes. É certo que nenhum deles conta com leitor de cartões, mas o sistema de navegação é muito simples e pode ser alterado para Português. Além disso, suportam HD (o LaCinema através de upscaling). A escolha da Redacção recai no Store & Play devido ao design e ao pequeno footprint, bem como ao facto de ser totalmente silencioso. Apesar de ter um cabo proprietário (veja a análise nas páginas anteriores), é uma boa opção. Uma última menção para o Memup NRX Series, uma proposta que inclui um sintonizador de TV, mas que precisa de algumas afinações no que respeita ao sistema de refrigeração e ao software.
AO DETALHE PREÇO
PREÇO/G B
0.458 euros (500GB)
MEDIASTATION PRO CONCEPTRONIC CM3PVR 500
HDTACH (MÉDIA DE LEITURA) A)
GRAVAÇÃO FICHEIRO 700MB*)
GRAVAÇÃO ESTRUTURA DVD (4,7GB)*)
32.3 MB/S
32 S
3.13 MIN
INTERFACES
Mini USB; HDMI; S-Video; composto; componentes coaxial; óptica; LAN e WLAN
199 euros
0.398 euros (500GB)
32.5 MB/S
33 S
3.20 MIN
Sintonizador TV; S-Video; composto; componentes; coaxial; mini USB; entrada AV
169 euros
0.338 euros (500GB)
32.8 MB/S
30 S
3.17 MIN
Composto; S-Video; componentes (HD Upscaling); áudio óptico e coaxial; USB
189 euros
0.295 euros (640GB)
33.6 MB/S
31 S
3.11 MIN
HDMI; composto; componentes; USB; coaxial; óptica; rede; Hub USB
159 euros
0.248 euros (640GB)
33.7 MB/S
32 S
3.10 MIN
HDMI; COMPOSTO; USB
IOMEGA SCREENPL AY HD
159 euros
0.318 euros (500GB)
32.8 MB/S
29 S
3.04 MIN
HDMI; RGB (SCART); composto; componentes; coaxial
PACKARD BELL STORE & PLAY 3500
189 euros
0.252 euros (750GB)
33.7 MB/S
32 S
3.10 MIN
Saida proprietária; S-Video; composto; S-Video; coaxial
180 euros
0.360 euros (500GB)
31.1MB/ S
31 S
3.12 MIN
Composto; componentes; SCART; coaxial
387,60 euros
0.775 euros (500GB)
Não aplicáve l (rede)
Não aplicável (rede)
Não aplicável (rede)
Composto; S-Video; componentes; HDMI; coaxial; rede; USB
LACIE LACINEM A PREMIER
MEMUP NRX SERIES STOREX MPIX 348HD
PLEXTOR MPE 500U
RAPSODY N36
ESCOLHA
PCGUIA
* MEDIÇÕES EFECTUADAS ATRAVÉS DE LIGAÇÃO USB AO COMPUTADOR
66 | PCGUIA
TEMA DE CAPA
GUARDE OS SEUS FILMES EM AVI Cansado de transportar os DVD para todo o lado? Ripe o conteúdo para AVI e coloque-o no Media Player O problema aparece sempre que vai de férias. Se quiser ver os seus filmes preferidos, tem de levar os DVD consigo. Além do espaço extra que ocupa na mala de viagem, a selecção tem de ser muito criteriosa, para não acabar por transportar 30 caixas com filmes. Mas existe outra possibilidade. Agora que já escolheu o seu Media Player, pode gravar filmes e séries no disco rígido e levar esse conteúdo consigo para todo o lado. Depois, basta ligar o hardware a uma televisão para passar umas horas em frente ao ecrã. Prático, não é? É possível gravar os filmes (e vamos tomar os filmes como exemplo) em vários formatos. A maioria dos Media Players reproduz o conteúdo vídeo e áudio a partir da estrutura do DVD, pelo que bastará copiar as pastas VIDEO_TS e AUDIO_TS para o disco rígido do Media Player. Outra opção é criar imagens dos discos com um programa como o Nero e depois copiá-las para o Media Player. Mas por uma questão de facilidade e sobretudo de espaço (veja a tabela deste artigo), vamos ensiná-lo a converter os vídeos que tem em DVD para AVI. Assim, consegue criar ficheiros de 700 MB a 800 MB com qualidade muito aceitável e poupar espaço no disco. Precisa de vários programas para acabar com o ficheiro AVI pretendido, mas não fique já de pé atrás: o processo é simples. Embora demore algum tempo, é, a longo prazo, algo que vale a pena, já que lhe permite, como referimos, poupar imenso espaço e ter uma videoteca devidamente organizada. Assim que se habituar a converter os filmes para AVI,
Vai precisar do DVD Decrypter para extrair a estrutura do DVD
vai dar-nos razão, acredite. Abra o DVD Decrypter e coloque o DVD comercial na drive. No campo Source, clique na drive que tem o DVD do qual quer criar um ficheiro AVI. Quando o fizer, repare que vai aparecer a estrutura do DVD na área do lado direito, devidamente seleccionada a azul. Agora escolha a pasta de destino, clicando no ícone da pasta que se encontra no lado direito do campo Destination. Já escolheu o local? Então agora basta clicar no botão com o desenho do DVD e do disco rígido, em baixo. Repare ainda que lhe é facultada informação
sobre o espaço livre no disco rígido e a capacidade total do mesmo. Quando clicar no botão acima mencionado, o processo irá ter início. Ser-lhe-á apresentada a barra que indica o progresso total do trabalho e uma outra com o processo no ficheiro em que o programa está actualmente a trabalhar. Depois de terminada a tarefa, abra o Auto GK. Siga a caixa passo a passo que apresentamos no fim deste artigo. Depois de extrair a estrutura do DVD, vai precisar do AutoGK e prepare-se para criar o ficheiro AVI para guardar no disco rígido. Antes
TABELA DE CAPACIDADE (APROXIMADA)
AO DETALHE Para concluir este projecto, precisa de programas como o DVD Decrypter (www.dvdecrypter.org.uk) e o AutoGK (www.autogh.me.uk). O primeiro para conseguir retirar os ficheiros da estrutura do DVD e o segundo para obter o AVI com as legendas. Vai ainda precisar de codecs Xvid (www.xvid.org/) e DivX (www.divx.com).
68 | PCGUIA
DISCO RÍGIDO
MÚSICAS (APROX. 4,7 MB POR FICHEIRO)
FILMES AVI (APROX. 800 MB POR FICHEIRO)
FOTOGRAFIAS (APROX. 1,4 MB POR FICHEIRO)
50 GB
10 638
63
35 714
80 GB
17 021
100
57 143
100 GB
21 277
125
71 429
160 GB
34 043
200
114 286
200 GB
42 553
250
142 857
250 GB
53 191
313
178 571
400 GB
85 106
500
285 714
500GB
106 383
625
357 143
de instalar o AutoGK, instale os codecs XVid (www.xvid. org/) e DivX (www.divx. com). Eles vão ser necessários para a criação do ficheiro e para a sua prévisualização. Agora instale o AutoGK e abra-o. Já está? J. T.
TEMA DE CAPA
CRIE FICHEIROS AVI COM O AUTOGK
01
Abra o AutoGK. No campo Input file, escolha o primeiro ficheiro .IFO. na pasta onde guardou a estrutura do DVD (previamente trabalhada com o DVD Shrink). Quando abrir o IFO, vai-lhe ser facultado o tempo total do filme.
02
03
04
Quer colocar legendas no filme? Escolha Português nas opções da caixa Subtitle track(s). Tenha em consideração que pode escolher apenas um conjunto de legendas, isto é, não vai poder alterar as legendas durante o filme, nem desligá-las. Elas ficam gravadas no ficheiro.
05
06
No campo de Audio track(s), escolha o áudio do filme. Se for em Inglês, opte por English. Repare na referência aos dois ou seis canais.
Agora escolha o tamanho pretendido para o ficheiro final. Quanto mais pequeno o ficheiro, maior a compressão e pior a qualidade de imagem. Por ora, vamos optar por criar um ficheiro de 700 MB, para que caiba num CD, caso seja necessário. Veja as outras opções disponíveis.
70 | PCGUIA
No campo Output file, seleccione a pasta onde quer guardar o AVI e o nome do ficheiro. Evite utilizar caracteres fora do alfabeto.
Clique em Add Job para acrescentar o processo à lista de tarefas do programa. Repare que o nome do ficheiro é inserido na caixa Job Queue, situada na base do ecrã. Assinale a opção Shutdown PC when done se quiser que o computador se desligue quando acabar todas as tarefas. É muito útil quando quer criar ficheiros AVI de vários filmes durante a noite, por exemplo.
PCG G
E | H A R D WA R E | R E D E S
G
ENCERRE O PC MAIS RAPIDAMENTE É possível desligar a sua máquina mais depressa usando o Windows XP
Às vezes é tentador desligar o PC no botão ou simplesmente puxar a ficha, só para não ter de aguardar uma eternidade até que este complete o processo de encerramento. É que não só parece demorar cada dia mais, como se torna irritante após algum tempo. Longe vão os dias em que o PC demorava menos de um minuto a encerrar. Tenha calma, antes de ter aquela tentação de encerrar o PC da forma mais desaconselhável que há, tente seguir algumas das dicas que lhe damos neste artigo. Primeiro, verifique que tipo de programas estão a correr no arranque. Pode usar uma ferramenta como o AutoRuns para manter nesta zona apenas aqueles programas estritamente necessários. Quanto menos coisas tiver no arranque, menos tempo a sua máquina demorará a encerrar. Se tiver poucas aplicações abertas, opte por fechá-las manualmente, antes de dar a ordem de encerramento do PC. O processo fica bastante mais rápido, porque não existem janelas a pedirem para guardar o seu trabalho, pop-ups a fecharem, entre outros pormenores. É também uma boa ideia executar um programa de anti-spyware. Este tipo de ameaça mantém sempre a correr em segundo plano uma série de processos que acabam por prejudicar a memória do seu sistema e o desempenho do mesmo. Finalmente, edite algumas chaves do Registo que estão envolvidas no processo de encerramento. Com alguns conhecimentos e cuidados, pode alterar alguns pontos para obter melhorias em termos de funcionalidade. Siga o passo a passo que lhe apresentamos. No final, se tudo correr bem, vai notar bastante diferença em termos de tempo. Lembrese que Quanto menos programas estiverem activos, mais depressa conseguirá encerrar a sua máquina. Recorra frequentemente a ferramentas anti-spyware (veja a imagem nesta página). Uma das que pode utilizar é a Ad-Aware ou a SUPERAntiSpyware. São ambas versões gratuitas que funcionam bem.
PCGUIA
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PASSATEMPO PCGUIA
CONCORRA E GANHE
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REQUISITOS: A PROPOSTA É CONSTITUÍDA POR DOIS ELEMENTOS: UM GRÁFICO E UM CONCEPTUAL.
COMO CONCORRER: Envie a imagem / tema até dia 27 de Novembro 2008, indique os seus dados pessoais: Nome completo; idade; nº de telefone/telemóvel; morada e e-mail.
●
Pode enviar as propostas por e-mail:
[email protected]; ou por correio gravadas em DVD/CD: Av. João Crisóstomo, 72 Galeria | 1060-043 Lisboa ●
●
Obrigatória a apresentação do cupão. Não se aceitam fotocópias
COMPONENTE GRÁFICA: ● A Imagem deverá ser enviada em alta resolução, mínimo 300 dpis em formato JPEG ou Tiff e comprimida em ficheiro Zip ou Rar. ● A ilustração terá de reflectir o tema escolhido. A qualidade da ilustração e a originalidade serão os principais critérios de análise da ilustração e respectiva publicação. ● A ilustração poderá incluir outros elementos gráficos que não desenhos, como imagens, desde que estas não estejam protegidas por direitos de autor. COMPONENTE CONCEPTUAL: O tema tem necessariamente que estar ligado a tecnologias de informação e comunicação. Será proposto pelo leitor e posteriormente desenvolvido pela redacção da revista ● A ideia para o tema deverá ser acompanhada de um texto explicativo de cerca de 800 caracteres, para que a nossa redacção perceba exactamente qual a abordagem que o leitor propõe. ●
Passatempo também disponível em: www.pcguia.xl.pt/passatempos/pcguia
●
Os resultados serão publicados na Edição de Janeiro da PCGuia de 2009 com data de saída prevista a 18 de Dezembro de 2008
●
Normas: A PCGuia escolherá o tema consoante o seu interesse editorial aliado à qualidade e originalidade da ilustração. ● A PCGuia reserva o direito de publicar os temas e ilustrações em datas escolhidas pela revista, mas previamente referidas a cada leitor ● Os autores dos trabalhos abdicam dos direitos de autor das ilustrações e conferem à PCGuia os direitos de publicação e reprodução dos mesmos.
●
2ºPRÉMIO Moover T10 - PVP 430,00 COM O APOIO DE:
3º PRÉMIO MONITOR TV LG M228WD - PVP 329,90
4º PRÉMIO SMCNAS02 - PVP 299,00 COM O APOIO DE:
COM O APOIO DE:
5º PRÉMIO
6º PRÉMIO
Pack Cooler Master Performance- PVP 234,00 COM O APOIO DE:
7º PRÉMIO
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Veja como ganhar mais prémios da COOLER MASTER nesta edição
PASSATEMPO PCGUIA Nome______________________________________________________________________________________________ Idade _____________ Morada ______________________________________________________________________________________________________________ Telefone/Telemóvel_______________________________________________ Email _________________________________________________ Tema ________________________________________________________________________________________________________________ Nota: Os dados recolhidos destinam-se a ser tratados e processados automaticamente pela PCGuia para futuros contactos. É garantida ao cliente, total confidencialidade e o direito de acesso aos seus dados para respectiva actualização ou eliminação. Caso não pretenda receber correspondência, assinale aqui
* iPOD NÃO INCLUIDO
GUIA COMPLETO
ENCERRE O PC
MELHORE O TEMPO DE ENCERRAMENTO
01
GIRA AS TAREFAS ACTIVAS Experimente usar uma ferramenta como o AutoRuns (http:77technet.microsoft.com/ en-us/sysinternals/bb963902.aspx) ou rever as suas preferências em relação às aplicações, isto, para evitar que todas elas corram automaticamente aquando do arranque do sistema. Se não as usa todas ao mesmo tempo, estão apenas a empatar.
CORRA O REGEDIT, O EDITOR DO REGISTO A partir do menu Iniciar introduza no campo Iniciar Procura o termo regedit na janela que aparece. Esta operação vai fazer surgir o editor do Registry que lhe permite alterar uma série de configurações no seu computador.
03
FAÇA UMA CÓPIA DE SEGURANÇA DAS DEFINIÇÕES Há sempre um risco inerente a qualquer alteração feita ao Registo; pode acidentalmente fazer alguma coisa que prejudique o funcionamento do seu PC, por isso, escolha File, Export para guardar os dados do Registry num ficheiro. Se mais tarde for preciso, basta escolher File, Import.
04
05
06
EDITE A CHAVE HUNGAPP A chave HungApp Timeout possui um valor semelhante àquele que mencionámos anteriormente, excepto que esta chave diz respeito a aplicações que não respondem. Edite novamente o valor para algo mais baixo, isto apesar de 1000 (1 segundo) ser o limite.
76 | PCGUIA
02
EDITE A CHAVE TIMEOUT Na árvore, clique HKEY_CURRENT_USER\Control Panel\Desktop. Clique duas vezes sobre o valor WaitToKillApp Timeout. Este é medido em milissegundos e deverá estar ajustado para 20000. Reduza-o para 2000 (2 segundos).
EDITE A CHAVE SERVICESTIMEOUT Na árvore, à esquerda, navegue até HKEY_LOCAL_MCHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\ Control. Clique duas vezes sobre WaitToKillService Timeout. Coloque o valor no caso dos 2000. Desta forma, os programas que estiverem a correr em segundo plano são encerrados mais rapidamente.
SOFTWARE
CRIE CÓPIAS DE SEGURANÇA NO VISTA Não vá mais longe: use o que o novo sistema operativo da Microsoft lhe oferece para prevenir desastres
As versões Business e Ultimate do Vista incluem o versátil Centro de Cópia de Segurança e Restauro, que lhe permite restaurar ficheiros, o sistema operativo ou mesmo todo o conteúdo do seu PC, em caso de tragédia. Por exemplo, mesmo quando acontece uma grave falha de um disco, esta ferramenta ajuda a repor rapidamente a ordem, sem danos colaterais. Dependendo do espaço livre que tem disponível, pode seleccionar uma de três opções: fazer cópia de segurança do computador, que vamos considerar como a primeira, e permite restaurar um disco rígido, devolvendo-lhe tudo o que tinha, a partir de uma imagem criada do
mesmo. De seguida, existe uma opção que permite efectuar cópias de segurança de ficheiros, criando um arquivo de ficheiros copiados. Felizmente, quando o Windows efectua uma cópia de segurança consegue lembrar-se da última que foi feita, ou seja, as cópias são incrementais; apenas os novos ficheiros e as alterações feitas desde o último backup são guardadas. Isto permite-lhe poupar imenso espaço de disco. O terceiro tipo de backup disponível cria cópias dos ficheiros a cada ponto de restauro. Por que é que isto é útil? Se um utilizador efectuar alterações num ficheiro, mas depois perceber que estas foram irrelevantes, pode reverter o documento para a sua versão anterior.
OPÇÕES DE ARMAZENAMENTO
AS CÓPIAS SÃO INCREMENTAIS; APENAS OS NOVOS FICHEIROS E AS ALTERAÇÕES FEITAS DESDE O ÚLTIMO BACKUP SÃO GUARDADOS
As cópias de segurança podem ser feitas em CD ou DVD, embora esta opção acabe por ser a mais complicada. Não só o utilizador tem de estar constantemente a mudar de disco durante o backup, como terá de adoptar um esquema de organização mais cuidado para este tipo de suporte. A melhor opção é recorrer a discos rígidos. Se não tiver problemas em instalar este tipo de hardware, então os discos rígidos internos são uma boa opção, além de ser mais barata. Se não tiver espaço na caixa, ou não quiser montar nada lá dentro, recorra aos discos externos.
ARQUIVE OS SEUS FICHEIROS
01
CENTRO DE CÓPIA DE SEGURANÇA E RESTAURO Para aceder ao Centro de Cópia de Segurança e Restauro, comece por escrever Centro no campo de procura do menu Iniciar. Seleccione a opção a partir da janela de resultados. Tem agora duas opções à escolha: pode efectuar cópias de segurança de apenas alguns ficheiros ou de todo o computador através da criação de uma imagem.
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02
SELECCIONE UM DESTINO Independente da escolha que fizer, terá de seleccionar o destino dos dados. Ser-lhe-á dada uma estimativa do espaço necessário para alojar a cópia, por isso, assegure-se de que não tem problemas de espaço de armazenamento.
SOFTWARE
CÓPIAS DE SEGURANÇA NO VISTA
ARQUIVE OS SEUS FICHEIROS
03
ESCOLHA OS FICHEIROS PARA CÓPIA Se optou por copiar apenas ficheiros então vai ter obrigatoriamente de especificar quais os que pretende guardar. Desta vez, vão perguntar-lhe que tipo de ficheiros pretende copiar, e não para indicar especificamente a sua localização nas pastas, por isso, mantenha-os juntos para não correr o risco de se esquecer de algum.
AGENDE O BACKUP Durante o processo vai ser convidado a agendar regularmente uma cópia automática de ficheiros. Esta é uma óptima dica a seguir, porque desta forma terá sempre as cópias de segurança garantidas, sem ter de se preocupar com a actualização dos backups.
05
CONFIRME A CONFIGURAÇÃO Se optou por efectuar um backup de todo o PC, terá de ter mais espaço disponível e uma estimativa do espaço necessário. Se a sua drive de destino não tiver espaço suficiente, deverá abortar o processo. Clique em OK quando já tiver espaço suficiente e dê novamente início ao processo de backup.
06
07
08
RESTAURE A PARTIR DE CÓPIAS-SOMBRA A caixa de diálogo mostra-lhe que cópias existem de um determinado ficheiro. O Vista cria pontos de restauro frequentes, por isso, é provável que exista uma versão recente disponível. Seleccione a que pretende usar e clique em Abrir. Se estiver satisfeito, escolha Restaurar para efectuar a substituição...
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04
USE CÓPIAS-SOMBRA Sempre que o Vista cria um ponto de restauro cria também uma cópia-sombra dos seus ficheiros. Se o utilizador pretender reverter o documento para uma versão anterior só tem de clicar com o botão direito sobre o ficheiro no Windows Explorer e indicar que pretende restaurar uma versão anterior.
... OU A PARTIR DE CÓPIAS-SEGURANÇA Se necessitar de efectuar um restauro a partir de um backup, aproveite o assistente oferecido pelo Backup and Restore Center. Se quiser efectuar o restauro a partir de uma cópia de segurança efectuada num outro computador, clique em Restauro Avançado.
SOFTWARE
MANTENHA AS PASTAS PRIVADAS Se estiver a partilhar o computador com alguém e quiser manter pastas privadas, o Windows dá-lhe uma ajuda
Dependendo da versão do Windows que utiliza, existe a possibilidade de poder encriptar alguns ficheiros directamente, no entanto, este método pode não ser suficiente se o seu computador estiver a ser usado por terceiros. Há programas, como a versão Home do XP, que lhe permitem associar palavras-passe a pastas. Se quiser manter uma pasta privada, basta clicar com o botão direito sobre ela, escolher Propriedades, Avançadas e deixar a indicação de que pretende encriptar os conteúdos para manter os dados seguros. No final, apenas terá de confirmar a escolha para a funcionalidade ficar activa.
PRIVACIDADE NO VISTA Estas opções não foram tidas em conta no Vista,
A AUTENTICAÇÃO É FEITA ASSIM QUE UM UTILIZADOR ABRE UMA SESSÃO COM A SUA IDENTIFICAÇÃO
mas pode dar a volta à questão estabelecendo permissões relativamente às pastas. Na prática, o utilizador tem de especificar o que é que diferentes pessoas podem ou não fazer numa pasta protegida. Estas regras são definidas nas contas do Windows. A autenticação é automaticamente feita assim que um utilizador abre uma sessão com a sua identificação. Aliás, esta medida de segurança só funciona se o dono da máquina se certificar que cada uma das pessoas com as quais partilha o PC entra com o seu nome de utilizador e palavra-passe. Para alterar as permissões de acesso a uma pasta, tem de ter controlo absoluto sobre a mesma. Ou seja, com isto queremos dizer que tem de ser administrador da máquina ou ter poderes ilimitados sobre aquela pasta em particular. O grau de permissões que pode ser aplicado pode gerar alguma confusão, porque existem pequenos termos que mudam por completo a regra aplicada. A opção Leitura permite apenas que uma outra pessoa abra e leia um documento; Escrita possibilita a alteração do documento; Executar dá luz verde para a activação de programas executáveis. Por fim, Controlo Total permite administrar os ficheiros como muito bem entender. Para tornar uma pasta secreta, terá de negar a opção de leitura, bem como todas as restantes, aos utilizadores.
ALTERE AS PERMISSÕES DE UMA PASTA
01
CARACTERÍSTICAS DAS PASTAS Clique com o botão direito sobre uma pasta e escolha Propriedades. Especifique se pretende manter os conteúdos acessíveis através da opção Só de leitura ou Oculto. Siga até ao separador Partilha para poder avaliar se a pasta é partilhada.
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02
ESTABELEÇA AS PERMISSÕES Siga até ao separador Segurança, seleccione um utilizador, um grupo ou todos os nomes referenciados na lista para verificar que permissões têm relativamente àquela pasta.
03
FAÇA AS ALTERAÇÕES NECESSÁRIAS Clique em Editar para alterar as permissões de cada um dos utilizadores seleccionados. As alterações são feitas mediante a activação das opções que aparecem à frente de cada nome.
SOFTWARE
AUMENTE A VELOCIDADE DO SEU CPU Em vez de actualizar o seu computador pessoal, por que não explora melhor o processador dual core?
O Windows gere múltiplos cores de processador, distribuindo a carga de trabalho do CPU. Isto é óptimo. No entanto, se quisermos obter um desempenho máximo, será melhor separar os cores. Por exemplo, pode programar o seu computador para que o antivírus e a firewall corram num core de processador, deixando os outros livres para serem utilizados noutras tarefas. Isto pode ser feito especificando a afinidade de uma aplicação. Para isso, aceda ao Gestor de Tarefas (Ctrl + Alt + Delete, Gestor de Tarefas), e no separador Processos, clique com o botão direito no nome da aplicação a que pretende atribuir um determinado core de processador. Seleccione Definir afinidade... Poderá então atribuir um CPU a essa aplicação em particular. Ainda no Gestor de Tarefas, pode monitorizar
QUANDO DIZ QUE A UTILIZAÇÃO DO CPU É DE UM POR CENTO, NA REALIDADE PODE ESTAR A SER DE 20 A 50 POR CENTO
MELHORE A VELOCIDADE DE RELÓGIO Se quiser extrair maior capacidade do seu CPU, pode recorrer ao overclocking. Isto significa que o chip irá trabalhar mais rapidamente e disponibilizar mais recursos de processamento. No entanto, isto também pode envolver alguns riscos, se não for feito de forma adequada. A melhoria do desempenho através do overclocking aumenta a tensão e o calor gerados pelo CPU. Consequentemente, sem um arrefecimento ou atenção adequados, poderá queimar o chip. O método standard para o overclocking do CPU consiste em alterar o modificador de velocidade no BIOS do sistema (carregue em F8 aquando do arranque do computador para aceder ao BIOS). Uma alternativa a este método consiste em instalar o ClockGen e manipular a velocidade a partir do Windows.
Utilize o ClockGen para obter maior capacidade do seu processador
84 | PCGUIA
a utilização do seu CPU no separador Desempenho. Apesar de esta ser uma boa forma de verificar se alguma coisa está a congestionar o seu processador, não se trata de uma representação exacta. O Windows esconde a utilização do CPU interno desta visualização. Assim, quando diz que a utilização do CPU é de um por cento, na realidade pode estar a ser de 20 a 50 por cento. É aqui que entra a aplicação Process Explorer (http://tinyurl.com/ys2zq2). Esta aplicação mostra toda a actividade do sistema, permitindo ver aquilo que o seu PC está a fazer.
IDENTIFIQUE OS PROBLEMAS DE HARDWARE Poderá ficar surpreendido ao verificar que o seu PC está constantemente em situação crítica em relação ao CPU. Se for este o caso, poderá ser culpa do Hardware Interrupts. Se o Hardware Interrupts estiver a utilizar o seu CPU em 20 por cento ou mais, isso poderá dever-se a vários problemas: a um driver ou a um elemento de hardware que não está a funcionar devidamente, talvez por causa de um cabo que está mal encaixado ou de um dispositivo USB mais exigente. Se conseguir remediar estes problemas, deverá obter um aumento de desempenho, especialmente com tarefas que exigem mais do CPU – por exemplo, a leitura de vídeo. Veja os passos que lhe apresentamos para obter mais detalhes.
SOFTWARE
CPU
LIBERTE ALGUMA CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO
01
DEFINA A AFINIDADE DO CPU A definição de afinidade de CPU de uma aplicação faz com que o sistema de multitarefas seja eficiente. Depois de ter efectuado este tipo de definição, pode abrir múltiplas aplicações e utilizá-las sem abrandamentos devidos à partilha do processador. O resultado mais visível da definição de afinidade pode ser visto na reprodução de vídeo, uma vez que este tipo de tarefa obriga o CPU a ir até ao seu limite. A definição de afinidade pode ser feita no Gestor de Tarefas (Ctrl + Alt + Delete, Gestor de Tarefas). No separador Processos, clique com o botão direito do rato na aplicação que pretende e escolha Definir afinidade…
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O QUE ANDA A FAZER O SEU CPU? Obtenha informação fidedigna quanto à utilização do CPU do seu sistema através do recurso ao Process Explorer e assegure-se de que não existe nada a provocar problemas devido a um consumo excessivo dos recursos do processador. Um dos culpados mais comuns desse consumo excessivo é a função standard do Windows chamada Hardware Interrupts. Se existir algum problema com o seu hardware, desde um driver em falta, até um componente desinstalado, isso poderá impedir este processo de utilizar o sistema. Se o Process Explorer disser que a sua utilização é baixa, então está provavelmente a obter o máximo do seu hardware, sem sequer recorrer ao overclocking do seu PC.
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EXECUTE O GESTOR DE DISPOSITIVOS Se chegar à conclusão de que o Hardware Interrupts pode ser a fonte dos seus problemas, dê uma vista de olhos ao Gestor de Dispositivos. Para lá chegar, vá ao Painel de Controlo, Sistema e clique em Gestor de Dispositivos. Procure algum driver em falta ou problemas de hardware. Se nada estiver assinalado, poderá ser um dispositivo USB que está a penalizar o seu sistema. Se chegar à conclusão de que o problema não está relacionado com nenhum dispositivo USB ou driver, poderá dar uma vista de olhos ao interior do seu PC, desligar os elementos principais e verificar se todos os cabos estão seguros. Se estiver a utilizar um conversor de hardware, ou um dispositivo externo, verifique-os também.
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SOFTWARE
ORGANIZE O SEU DISCO RÍGIDO Reorganize os seus dados para evitar engarrafamentos e manter o sistema eficiente por mais tempo
A maior parte dos programas e aplicações estabelece como pasta principal para armazenamento de todo o tipo de ficheiros os Meus Documentos. Da mesma maneira, todos os programas que instalar vão, por regra, para a pasta Programas, a menos que indique o contrário. Se tiver outro disco instalado, ou uma segunda partição, aproveite para deslocar a pasta Meus Documentos para esse local alternativo, esteja ele no mesmo disco ou num outro. É perfeitamente possível estabelecer um local diferente para a pasta Meus Documentos,
ou mesmo especificar uma outra pasta onde o sistema passe a armazenar todos os ficheiros guardados. Este tipo de medida é especialmente útil e importante para manter o sistema num local diferente daquele onde armazena e apaga constantemente ficheiros. Para além de arrumar melhor a casa, a partição ou disco alternativo onde mantém o sistema fica à parte da movimentação constante de dados e do que isso implica. Se estiver a ficar sem espaço em disco, basta mudar todos os dados para um local com maior capacidade, sem ter de reinstalar o Windows.
MOVA AS PASTAS
POR REGRA, A LOCALIZAÇÃO DA PASTA MEUS DOCUMENTOS ESTÁ SEMPRE ASSOCIADA À SUA PASTA DE UTILIZADOR
RECONQUISTE O ESPAÇO PERDIDO NO VISTA O Service Pack 1 do Vista extrai uma quantidade significativa de ficheiros usados para instalação na drive de sistema. Depois de ter instalado o Service Pack com sucesso, esses ficheiros de instalação não são necessários, e, apesar de o próprio Vista fazer uma pequena limpeza à casa, não consegue de todo remover a maioria dos ficheiros temporários. Pode removê-los facilmente usando o Disc Cleanup. Mas, se quiser fazer mesmo o teste do algodão, então faça o download do Junk Cleaner (www.programurl. com/junk-cleaner.htm9). Este programa remove todos os ficheiros inúteis do seu disco rígido, incluindo os ficheiros redundantes de instalação do SP1 do Vista. No final, vai ficar com centenas de megas livres. Vale a pena experimentar.
Não deixe que o SP1 inunde ainda mais o seu PC. Faça uma limpeza a sério e reconquiste os megas perdidos
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Por regra, a localização da pasta Meus Documentos está sempre associada à sua pasta de utilizador. Ou seja, será qualquer coisa do género: C:\PCGuia|Documentos. As instruções para alterar a localização da pasta Meus Documentos implicam, na maior parte das vezes, a alteração da chave de registo. HKEY_CURRENT_USER\Software\Microsoft\ Windows\CurrentVersion\Explorer\Shell Folders\. É claro que há uma forma mais fácil de conseguir isto tudo. Basta seguir o nosso passo a passo na página ao lado.
SOFTWARE
ALTERE A LOCALIZAÇÃO DAS PASTAS NO WINDOWS
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CRIE UMA PASTA Para alterar a localização das suas pastas de documentos, vídeos e fotos terá, em primeiro lugar, de criar uma nova pasta à qual pretende associá-las. Clique com o botão direito no local de destino (nova partição ou novo disco) e escolha Nova, Pasta. Defina as permissões associadas a essa pasta, se for o caso.
INDIQUE A LOCALIZAÇÃO Clique em Iniciar, e com o botão direito clique novamente sobre Meus Documentos, Propriedades. Siga até ao separador Localização (no Vista). Na caixa, introduza o caminho que vai dar até à nova pasta que passa a alojar os documentos. Damos um exemplo: F:\Meus Novos Documentos. Carregue em OK.
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MÉTODO ALTERNATIVO Carregue em Mover, seleccione a pasta para a qual pretende mover os Meus Documentos e clique em OK. De seguida, carregue novamente em OK, em Propriedades de Documentos. Se necessitar de criar uma nova pasta, seleccione Nova Pasta, ou clique com o botão direito num qualquer local e escolha Novo.
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DESFRAGMENTAÇÃO DEPOIS DA TRANSFERÊNCIA As suas pastas apontam agora para uma nova partição ou disco. Ou seja, já não necessita de guardar nada do que tem na velha partição, por isso, depois de se assegurar que tem tudo devidamente realojado, corra uma desfragmentação para limpar os desperdícios que foram deixados para trás, nas antigas pastas, durante todo o processo.
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NOVAS PASTAS Pode encarregar o Windows da transferência dos ficheiros da pasta original dos Meus Documentos para a nova morada. Basta indicar se pretende ou não que os seus documentos permaneçam no local onde originalmente foram armazenados.
ALTERE A LETRA DA DRIVE MEUS DOCUMENTOS No Vista, pode pedir ajuda ao ComputerManagment. Clique com o botão direito sobre Computador, Gerir. Em Armazenamento, clique em Gestão de Discos. Clique novamente com o botão direito no volume que pretende seleccionar, escolha Alterar letra ou caminho de unidade. Altere a letra que identifica o disco.
SOFTWARE
DISCO RÍGIDO
CRIE UMA PARTIÇÃO
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FERRAMENTAS DISPONÍVEIS Tanto o XP como o Vista, usam a mesma ferramenta de gestão de discos para formatar e criar partições nas drives. A partição primária que aparece sempre como prioritária é a C. Esta é por regra aquela que aloja o sistema operativo, por exemplo, e a maioria das restantes aplicações que vão sendo instaladas ao longo do tempo – a menos que indique outro local. Para redimensionar a partição no Vista clique no menu Iniciar, carregue com o botão direito sobre Computador e seleccione Gerir. Do lado esquerdo, vai ter acesso à categoria Armazenamento. Clique em Gestão de Discos. Aqui encontrará partições para todos os discos rígidos. Clique com o botão direito sobre a partição que pretende modificar e pressione Expandir Volume ou Reduzir Volume, para aumentar ou reduzir o tamanho da partição, respectivamente.
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QUALIDADE OU MAGIA? A ferramenta de gestão de discos do Windows não é muito flexível, por isso, recomendamos que use o Parted Magic (http://partedmagic.com). Esta ferramenta permite a criação simples e rápida de partições e redimensionamento das mesmas. O programa pode ser ainda usado como ferramenta de recuperação de dados, por isso, até é daqueles que vale a pena manter instalados na máquina. Para o usar, terá de criar uma imagem ISSO para um CD e criar um CD de arranque.
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REDIMENSIONAMENTO EM ACÇÃO Assim que tiver a imagem ISO criada, reinicie a sua máquina e siga até ao BIOS para indicar que o arranque deve ser feito a partir da drive de CD. Desta forma, quando o PC arrancar, o utilizador será confrontado com um ecrã de configuração. Escolha Gparted a partir das opções que se apresentam à direita. Seleccione a partição onde pretende arranjar mais espaço e escolha Resize/Move. Introduza os novos valores e clique em Apply.
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HARDWARE SOFTWARE
GRAVE DISCOS DEPRESSA E SEM ERROS Eis algumas dicas simples que permitem gravar discos facilmente sem ter de esperar uma eternidade
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Criar um CD de dados ou de áudio já não é uma dor de cabeça para quase ninguém, no entanto, há sempre formas de optimizar alguns processos que aparentemente são simples. Existem inúmeros programas que facilitam bastante a vida aos utilizadores. Damos dois exemplos: o DeepBurner, para CD/DVD de dados e áudio, e o DVD Flick, para DVD de vídeo. Se, por exemplo, o sistema integrado na sua máquina for já antigo, a gravação de um simples disco pode demorar bastante. Para saber mais detalhes acerca da drive que está a usar, clique com o botão direito sobre o ícone que aparece no menu Meu Computador e escolha Propriedades. Pode descobrir facilmente o modelo do equipamento no separador Hardware e fazer, a partir destes dados, uma pesquisa online no Google para ficar a saber a velocidade de gravação que suporta. As drives mais baratas conseguem gravar CD até 52x e DVD até 20x. Se a velocidade da sua drive estiver abaixo destes valores,
se calhar está na altura de fazer um upgrade. Hoje em dia, uma drive que suporte todos os formatos tem um preço bastante acessível e é muito fácil de instalar.
SUPORTE DE GRAVAÇÃO Independentemente do hardware usado, pode existir outra razão para que o processo de gravação seja mais lento: o tipo de discos que está a usar. Estes possuem uma velocidade máxima de gravação e esta deverá ser bastante mais lenta nos CD com alguns anos, por exemplo. Um outro problema comum diz respeito aos erros que aparecem nos discos criados, mesmo se usar DVD que suporte uma velocidade de gravação de 20x, Quanto mais rápida for a gravação, maior é a probabilidade de ocorrerem erros. Se já teve problemas antes, pode experimentar diminuir a velocidade de gravação padrão, clicando com o botão direito sobre a opção Meu Computador, Propriedades e dirigindo-se ao separador Gravação.
SOFTWARE
EXPERIMENTE O DVD FLICK
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CONFIGURE O DVD FLICK Se quiser gravar vídeos usando o DVD Flick terá de clicar em Project Settings para configurar alguns detalhes. É sempre uma boa opção não mexer no seu PC quando está a gravar um disco. Pode também alocar todos os recursos àquela operação.
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CONTROLE A QUALIDADE O separador Video, que aparece dentro da opção Project Settings, permite-lhe ajustar a qualidade do vídeo. Se quiser a melhor qualidade possível deverá ajustar o Encoding Profile para Best. Se a sua prioridade é a rapidez, só tem de indicar. Assegure-se de que o formato é PAL.
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ESCOLHA O FORMATO Precisa agora de seleccionar o vídeo que pretende gravar no DVD. O Flick suporta uma série de formatos de vídeo incluindo DivX, WMV e Flash. Clique em Add title e seleccione os clips. O marcador amarelo que aparece à direita indica quanto espaço livre ainda tem.
CRIE O DVD Finalmente, escolha a pasta onde pretende colocar os conteúdos DVD enquanto o Flick copia tudo para o disco. Clique em Browse no canto inferior esquerdo. Esvazie esta pasta depois para evitar que a sua drive fique cheia de informação que não interessa. Só tem agora de carregar em Create DVD.
REDES
Se utilizar um gestor de downloads, tem a garantia de que as transferências que ficaram a meio não são perdidas
ACELERE O DOWNLOAD DE FICHEIROS Receba os seus dados mais rápido com as nossas dicas
Com os custos da energia a aumentarem a olhos vistos, deixar o computador ligado durante a noite para acabar de fazer o download daquele ficheiros de 4 GB é um cenário que não agrada a ninguém. Uma outra alternativa é optimizar a
ligação de banda larga, de forma a que o download acabe mais depressa. Claro que pode fazer um upgrade à ligação, mas essa tarefa pode ter obstáculos. Antes de tudo, o custo pode ser exagerado. Depois, a sua linha
UTILIZE O DOWNLOAD ACCELERATOR PLUS
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TRANSFERÊNCIA EM PAUSA Depois de instalado o programa, ele será executado sempre que iniciar o download de algum ficheiro. Se a ligação se perder, a transferência é colocada em pausa. Clique em Resume para continuar.
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VEJA O HISTÓRICO DOS DOWNLOADS Clique duas vezes no ícone da área de notificação para ver os detalhes dos downloads em progresso, assim como as transferências que já foram acabadas. Clique em Tools, Options para agendar downloads.
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STREAMING DE VÍDEO MAIS RÁPIDO O DAP Speedbit Video Accelerator aumenta a velocidade de reprodução dos clipes de vídeo. Veja mais em www. videoaccelerator.com.
REDES
FAÇA EXPERIÊNCIAS COM UM ACELERADOR DE DOWNLOADS Os aceleradores de downloads conseguem muitas vezes optimizar a velocidade a que consegue transferir os ficheiros. Existem imensos e o difícil é encontrar a aplicação mais útil. Certifique-se de que escolhe um programa que não seja intrusivo. Recomendamos o FlashGet (www.flashget.com) e o Free Download Manager (www. freedownloadmanager.org). Estas aplicações não fazem qualquer alteração à sua ligação. Em vez disso, o download manager procura na Internet outras cópias do ficheiro que o utilizador pretende. Depois, faz várias ligações aos sites onde eles se encontram, fazendo a transferência simultânea de várias partes do ficheiro. Quando conclui o download, estes “pedaços” do ficheiro são juntados de forma a construírem a estrutura do mesmo
telefónica pode já ter atingido o máximo de largura de banda que suporta. Assim, se não está preparado para esperar que a fibra óptica chegue à zona da sua residência, a estratégia mais inteligente é tirar o máximo da sua ligação existente. Na verdade, existem muitas tarefas que melhoram a velocidade de transferência da sua ligação. Nas próximas páginas, vamos ver algumas alterações gratuitas e ferramentas úteis que podem dar um novo sopro de vida à sua ligação de banda larga.
TESTE A VELOCIDADE O primeiro passo é descobrir a velocidade real da sua ligação. Existem vários sites na Internet que lhe facultam essa informação. Antes de começar, reinicie o seu router e assegure-se de que não tem
programas que dependam da ligação à maior das redes a funcionar. Por exemplo, acabe com os downloads que tem pendentes e certifique-se de que não está a “puxar” o correio electrónico. Agora, vá a um dos sites (ou a vários) que medem a velocidade da ligação. Alguns exemplos? www. speedtest.net, www.mybroadbandspeed.co.uk, www.fccn.pt. Não fique muito surpreendido quando vir os resultados. Vai verificar que a velocidade real difere bastante daquela que é anunciada pelo seu ISP. A questão é que existe uma série de variáveis que afectam o desempenho – e algumas delas estão para lá do seu controlo. Por exemplo, a distância da sua casa até à central de onde é feita a ligação ao servidor é um elemento essencial. Quanto mais perto, melhor. Vamos de seguida ver as definições do seu
hardware. Se consegue ligar o seu router ou modem à tomada de telefone na parede, faça-o. A utilização de extensões e de adaptadores só torna a ligação mais lenta. Além disso, o ideal é uma linha dedicada – algo que pouca gente tem. Assim, utilize extensões e fios o mais curtos possível.
DESLIGAR A REDE SEM FIOS? Muito embora a rede wireless lhe dê a liberdade de aceder à Internet a partir de qualquer parte de sua casa, não é um sistema sem falhas. Se pensa que a sua ligação está abaixo das capacidades, então pondere a opção de desligar a rede sem fios e de se ligar através do cabo de rede ethernet. Claro que não queremos que coloque um cabo de 15 m do escritório até à sala, mas, se a distância for curta, vale mesmo a pena.
NAVEGUE MAIS DEPRESSA COM O TWEAKMASTER
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ACABE COM A EDIÇÃO DO REGISTO Utilize o Tweakmaster para alterar as definições do Registo de forma rápida e segura. As alterações efectuadas vão ajudá-lo a melhorar a velocidade de downloads e de navegação na Net.
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DEFINA OS SEUS LIMITES Clique em Advanced Optimization Settings, TCP Analyser, Analize. Agora pode definir o tamanho máximo dos pacotes de dados que envia através da sua ligação.
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DNS MAIS RÁPIDO Clique em DNS Accelerator e verifique a opção Enable DNS Accelerator. Vai poder navegar na Internet muito mais rapidamente.
REDES
OS NÓS NO TRACE ROUTE Já alguma vez se perguntou por que razão demora tanto tempo a fazer o download de um ficheiro ou a navegar nos seus sites preferidos? É porque não está a usar uma linha recta como caminho para o seu destino. Os dados enviados e recebidos pelo seu PC passam por uma série de routers e de servidores antes de chegar ao destino. Cada um destes “cruzamentos” é conhecido como um nó. Os atrasos no caminho para um nó afectam o desempenho da sua ligação. No Vista, clique em Iniciar, escreva command prompt e prima Enter. (No XP, clique em Menu Iniciar, Executar e escreva cmd). Utilizando o utilitário Trace Route pode ver o caminho que a sua ligação está a seguir até determinado site. Um exemplo? Escreva tracert www.yahoo.com e prima Enter.
É difícil avaliar qual é o browser mais rápido do mercado. Independentemente do que as software houses dizem, não é uma característica fácil de avaliar. A verdade é que estamos todos dependentes de servidores Web e isso faz toda a diferença. É sempre melhor estratégia comparar
opções e características, e é precisamente neste campo que vale a pena perder algum tempo.
USE UM GESTOR DE DOWNLOADS Uma característica onde o Mozilla Firefoz dá claramente cartas é no gestor de downloads. Não
A VERDADE É QUE ESTAMOS TODOS DEPENDENTES DE SERVIDORES WEB E ISSO FAZ TODA A DIFERENÇA
torna o download mais rápido, mas guarda uma cópia dos dados que já descarregou da Net como forma de prevenção contra possíveis quebras na ligação. Em vez de perder toda a informação transferida até então, o download é posto em pausa, permitindo que seja mais tarde reatado, quando a ligação for reposta. Como alternativa, pode optar por um gestor de downloads dedicado. Não só poderá ajudá-lo a reatar downloads que tenham sido interrompidos, como também irá acelerar a transferência de dados. Uma das ferramentas mais populares é o Download Accelerator Plus, disponível em www.speedbit.com. A empresa que o desenvolveu afirma que o nível de optimização pode atingir os 400 por cento. Ainda não tivemos o prazer de verificar este tipo de melhoria, mas comparámos downloads feitos com esta aplicação com transferências feitas através do browser. E é um facto que a presença do acelerador melhora a experiência.
SEIS FORMAS DE MELHORAR A SUA LIGAÇÃO À NET
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IMPLEMENTE O BLOQUEADOR DE ANÚNCIOS DO FIREFOX Pode verificar atrasos na navegação devido ao carregamento de anúncios nas páginas. Utilize o Adblock Plus no Firefox (http://addons.mozilla.org/en-US/addon/1865).
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OPTIMIZE O SOFTWARE DE SEGURANÇA Vários programas de segurnaça com a mesma função irão somente atrasar a ligação à Internet. Remova os desnecessários e utilize a firewall do Windows. Deverá verificar algumas melhorias.
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INSTALE O GOOGLE ACCELERATOR Este add-on funciona com o IE e com o Firefox. Métodos como o uso de um servidor dedicado são muito úteis para acelerar a velocidade de navegação. Veja http:// webaccelerator.google.com.
ACELERE O DOWNLOAD DE FICHEIROS
SEIS FORMAS DE MELHORAR A SUA LIGAÇÃO À NET
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EDITE AS DEFINIÇÕES DE QOS Verifique a configuração do seu router para se certificar de que consegue alterar os settings do QoS. Pode aceder a este menu para dar prioridade ao tráfego de Internet e alocar mais largura de banda aos programas que considera serem mais importantes.
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ALTERE OS SERVIDORES DNS Utilizar os servidores DNS facultados pelo seu ISP não é seguramente a melhor opção. Experimente www. opendns.com. Altere o seu servidor DNS para 208.67.222.222 e 208.67.220.220.
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PROCURE ALTERNATIVAS Os ISP de outros países (como a BT em Inglaterra) facultam um serviço pago que permite acelerar o download. Em Portugal, ainda não há ofertas deste estilo, mas mantenha-se atento. Poderá haver novidades para breve.
HARDWARE REDES
CONHEÇA OS CANTOS À CASA MENU TOOLS No menu Tools poderá consultar todos os detalhes acerca das duas contas de e-mail e adicionar novas contas e identidades. Os detalhes do servidor também aparecem listados na opção Account Settings, que deverá mudar, se quiser usar um servidor SMTP diferente para as várias identidades.
PASTAS/CONTAS Na área Folders do Thunderbird as contas de e-mail serão listadas de forma hierarquizada, segundo as várias contas existentes. A lista com as diferentes identidades só fica activa quando cria uma nova mensagem.
GERIR AS IDENTIDADES Esta área permite-lhe adicionar novas identidades a uma conta de e-mail ou editar identidades já existentes. Pode alterar entre estas e seleccionar uma que deverá ser assumida como padrão sempre que compõe uma mensagem.
DEFINIÇÕES DAS IDENTIDADES Esta janela dá-lhe os detalhes de cada uma das identidades criadas. Pode ter regras para as diferentes assinaturas, cartões de visita ou regras de resposta a mensagens.
CONTROLE AS IDENTIDADES DE E-MAILS NO THUNDERBIRD Pode gerir diferentes perfis de endereços electrónicos sem ter de criar novas contas
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Ao contrário do Outlook Express, o Thunderbird suporta múltiplas contas de e-mail e identidades. Melhor ainda, o programa permite alternar entre elas sem ter de fechar a sessão e iniciar uma nova como novo utilizador. É que aqui o conceito de identidade é diferente de conta de e-mail, aliás, as diferentes identidades estão associadas a apenas um endereço e o
Thunderbird usa automaticamente as definições dessa conta quando escolhe a identidade que aparece listada como endereço de e-mail. Pode associar uma assinatura ou um cartão de visita diferente a cada identidade, para distinguir as diferentes pessoas que usam o mesmo endereço de e-mail. Um exemplo: se um conjunto de colegas de trabalho enviar mensagens a partir da mesma
REDES
da mensagem. Como? Associando uma assinatura pessoal à mensagem.
REVELE A SUA IDENTIDADE
O THUNDERBIRD DISPÕE AINDA DE UM SISTEMA DE DETECÇÃO INTELIGENTE DE IDENTIDADES
inbox, convém estabelecer alguma distinção para que não exista confusão por parte dos destinatários
Assim que cria uma nova mensagem, o Thunderbird lista todas as identidades associadas àquele endereço. O utilizador pode escolher aquela que pretende utilizar para a mensagem que está a compor. O campo From dá-lhe a oportunidade de escolher a identidade que quer usar ou a conta de e-mail. O Thunderbird dispõe ainda de um sistema de detecção inteligente de identidades sempre que responde ou dá seguimento a uma mensagem. O programa analisa os destinatários da mensagem e escolhe a identidade que o remetente usou quando a enviou inicialmente. Esta identidade é então definida como padrão ou prioritária face às restantes sempre que o utilizador escreve um novo e-mail.
CRIAR NOVAS IDENTIDADES DE E-MAIL
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ESCOLHA UMA NOVA IDENTIDADE Já com o Thunderbird activo e a trabalhar sobre uma conta de e-mail, siga até Tools, Account Settings, Manage Identities. Irá aparecer uma nova janela a exibir a sua actual conta de e-mail. Clique em Add e introduza os detalhes da nova identidade que pretende Adicionar.
ACERTE AS CONFIGURAÇÕES No separador Copies & Folders da janela Identity Settings pode gerir as suas preferências de armazenamento das mensagens enviadas, os rascunhos e os templates ou modelos. Este pormenor é especialmente útil quando quiser separar o e-mail segundo as diferentes identidades usadas.
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PERSONALIZAÇÃO AVANÇADA No separador Composition & Addressing existe um conjunto bastante simples de configurações que dita as regras das respostas a mensagens recebidas, usando uma identidade particular. Pode seleccionar qual o servidor (se possuir um) ao qual o programa deve ir buscar os endereços armazenados.
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MÚLTIPLAS CONTAS Se necessita de consultar e-mail de mais do que uma conta usando distintas identidades, terá de criar uma outra conta no menu Account Settings. Assim que estas estiverem criadas poderá escolher diferentes contas de e-mail.
SOFTWARE HARDWARE
OVERCLOCKING PARA BOLSAS PEQUENAS A PCGuia mostra-lhe como o mais recente CPU dual core de baixo custo da Intel adora emoções fortes
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Descobrimos algo de especial. Qualquer coisa que não acontecia desde o original Celeron C300A para Slot 1. Algo de maravilhoso, portanto. Descobrimos o mais recente CPU com dois núcleos de baixo custo que é capaz de fazer um overclocking do outro mundo. No que se refere a primeiras impressões, o E7200 parece ser apenas uma pechincha. Com uma velocidade base de 2,53 GHz num FSB a 1066 MHz, é construído num processo de 45 nm e
apresenta uma cache L2 de 3 MB. Pode ser comprado por cerca de 100 euros, um valor que o torna na melhor proposta de valor da gama Core 2 disponível no mercado. E porque se trata de uma peça de engenharia construída a 45 nm, apresenta um funcionamento com uma temperatura baixa. Mas os processadores deste calibre já conseguem atingir velocidades de 3,2 GHz, pelo que fica uma questão no ar: Até que ponto consegue este E7200 acelerar?
HARDWARE
AO DETALHE Para vermos a diferença que o overclocking pode fazer no E7200, assinalámos o aumento de desempenho em percentagem obtido em cada teste. Repare no incremento significativo verificado em Crysis. Ganho com overclocking E7200
2,53 GHz
3,33 GHz
3DMARK 2006
9655
11,312
17%
CRYSIS
29fps
39fps
34%
CINEBENCH
9,655
11,312
17%
CODIFICAÇÃO
153s
113s
26%
WEI CPU
5.5
4%
5.7 0%
Especificação de fábrica
20%
40%
Ganho percentual
Mesmo com as definições normais, o desempenho é impressionante e a temperatura mantém-se nos 30ºC – atenção, com um cooler passivo dos mais baratos. Em carga, sobe para os 50ºC, mas mesmo assim trata-se de uma marca mais do que aceitável para o trabalho do dia-a-dia e que não deixa de ser impressionante tendo em conta que se está a usar um dissipador passivo. Sentimo-nos assim confiantes e decidimos avançar logo para o extremo, os 3,2 GHz, fixando o FSB nos 337 MHz. Espante-se: não só o CPU funcionou sem problemas de estabilidade, como também a dissipação térmica continuou a funcionar sem problemas. Subimos um pouco mais o FSB, desta feita para os 350 MHz, e o E7200 mostrou os primeiros sinais
de stress. Ainda entrámos no Vista, mas fomos logo brindados com um ecrã azul após termos dado início aos benchmarks. Mas o problema foi facilmente identificado e reparado. Mudámos o cooler para um Akasa Blue Aurora e rapidamente voltámos a ter um funcionamento estável, agora com 3,33 GHz – que, recorde-se, são 800 MHz (20 por cento) a mais sobre o valor padrão. Infelizmente, foi neste ponto que a nossa diversão conheceu um fim, uma vez que a motherboard (uma Asus de gama baixa, a P5LD2-X/1333) “perdeu” todos os discos rígidos de interface SATA. Mas mesmo assim, voltámos à carga, entrámos no BIOS, mexemos na voltagem e o Vista carregou a uns já muito respeitáveis 3,70 GHz (FSB a 390 MHz), o que prova bem o imenso território para overclocking que este CPU tem para explorar.
COMO CHEGAR AO WARP 11
01
Aplicar overclocking no processador tem tudo a ver com levar o FSB até ao limite máximo. Este não só afecta o processador como também a velocidade da memória. Embora algumas motherboards permitam fazer overclocking, é sempre bom ter instalados módulos de memória capazes de alguma aceleração extra e um cooler que consiga manter o processador fresco.
Mas o primeiro passo para atingir um bom overclocking não tem nada que ver com as definições ou com o hardware; tem que ver com saber colocar correctamente o dissipador, o que passa por fazer com que a pasta térmica seja colocada na proporção correcta para que não seja espremida pela superfície do cooler e acabe por ser projectada para fora do socket. Basta colocar uma pequena quantidade, depois de limpar a superfície para que o dissipador tenha um melhor contacto.
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É claro que o BIOS representa uma parte fundamental no overclocking, sendo aliás o seu coração. Já as ferramentas para Windows ajudam alguma coisa, mas ainda têm de melhorar em muitos aspectos. Por isso, se a motherboard estiver preparada de série para oveclocking, tanto melhor, pois não só lhe dará opções mais avançadas como também as ferramentas de recuperação indicadas caso alguma coisa dê para o torto.
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Se quiser tirar o máximo partido possível do Intel Core 2 E7200, então instale um cooler suficientemente capaz. O Akasa Blue Aurora que usamos portou-se bem, tendo-nos ajudado a puxar o FSB dos 320 MHz base para uns muito respeitáveis 350 MHz.
HARDWARE
VIA NANO Analisamos a mais recente proposta da Via em matéria de processadores Há alguns meses, falámos do processador Atom da Intel, um minúsculo chip capaz de disponibilizar 1,6 GHz numa motherboard de tamanho não superior ao de uma caixa de DVD aberta. Ficámos muito bem impressionados com o equipamento, pois trata-se de algo promissor para o futuro da computação doméstica – finalmente, existe a possibilidade de construir um PC media centre num dispositivo realmente
O NANO PODE MUITO BEM VIR A SER O PRODUTO RESPONSÁVEL PELO RELANÇAMENTO DA VIA NO MERCADO
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pequeno e silencioso. No entanto, a board do Atom não se livra de alguns problemas. E há um que até se pode considerar grave – apenas suporta a jurássica interface gráfica PCI, não comportando a moderna tecnologia PCI-Express. Trata-se pois de uma limitação séria que afecta as capacidades de um media PC, nomeadamente, pelo facto de não conseguir correr os jogos mais recentes e de apenas conseguir ler vídeo a 1080p através de um overclocking firme aplicado nas costas do processador. Este mês, falamos sobre o processador da Via que dá pelo nome de Nano e sobre a motherboard mini-ATX Epia. Têm ambos o mesmo tamanho que as peças da Intel mas existem algumas diferenças; o chip da Via trabalha a 1,8 GHz e felizmente a board inclui já uma slot PCI-E, o que arrasa por completo a proposta que começámos por referir neste artigo. Claro que nem tudo são rosas, pois esta plataforma ainda não está disponível e a Via ainda está longe de saber de que forma a vai colocar no mercado. No entanto, isso não nos impediu de termos acesso a
HARDWARE
AO DETALHE Submetemos o Nano aos mesmos benchmarks aplicados ao Atom. Ao contrário do que se poderia pensar à partida, a proposta da Via correspondeu bem e apresentou um argumento talvez impensável para este tipo de produto: É capaz de correr o jogo Crysis.
Velocidade do processador SuperPI
Ideal = 8m; quanto menor, melhor
VIA NANO
12M30S
INTEL ATOM 230
16M04S 10
12
14
16
18
Codificação de vídeo DivX
Ficheiro com 400 MB; quanto menor, melhor
VIA NANO
1H22
INTEL ATOM 230
1H09 1H05
1H10
1H15
1H20
1H25
Descodificação de vídeo X264
Utilização do CPU; quanto menor, melhor
VIA NANO
84%
INTEL ATOM 230
62% 60
70
80
90
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uma unidade de pré-produção. Devemos confessar que estávamos muito reticentes acerca do mais recente esforço da Via neste campo. Digamos que a empresa não tem o melhor passado, para sermos elegantes. Desde problemas técnicos graves associados à utilização dos seus processadores antigos com placas gráficas AGP, até ao braço-de-ferro legal que quis fazer com a Intel no que toca a patentes, a Via será das menores empresas no que toca a fabricantes de chips. Felizmente, o Nano parece que vem colocar um ponto final em toda a animosidade criada no passado e vem mostrar que a Via reencontrou o seu caminho. O Nano utiliza a mesma arquitectura C7 que a Via empregou no mini CPU anterior, sendo por isso compatível com as motherboards mini ATX anteriores. Tal como a motherboard do Atom, a Epia inclui o mais recente Northbridge CN896, no qual reside o suporte para PCI-E e para uma ligação VGA onboard. No modelo analisado não havia espaço para uma porta DVI. As semelhanças com a board do Atom continuam – a Epia conta com arrefecimento passivo no processador e tem uma pequena ventoinha de baixo consumo sobre o Northbridge. O Nano dáse ao luxo de poder contar com este tipo de solução, uma vez que escala automaticamente o desempenho e a voltagem com base na temperatura registada no die do processador, o que faz com que exista um arrefecimento perfeito sem que a performance seja afectada. Desta forma, não só se evita que o computador derreta, como também se optimiza o consumo do processador – e refira-se que no Nano apenas existem um mínimo de 5 W e um máximo de 25 W. Portanto, apesar de não igualar o Atom do
ponto de vista do desempenho, mantém-se inteiramente acima dele em termos de relação consumo/desempenho.
AFINAL HÁ “CRISE” Existe um aspecto que ainda não foi referido – o Nano é capaz de correr Crysis. Colocámos uma ATI 4850 e 1 GB de RAM na motherboard e tentámos executar o jogo em modo DX9 com todas as definições em high (elevado). O resultado foram umas impressionantes 20 fps, que admitimos não transmitirem uma imagem suave mas que permitem que se jogue. Notámos algumas manchas leves em volta do HUD, embora os gráficos se tenham mantido estáveis, tal como se esperaria de um sistema de baixo custo. A reprodução de vídeo em alta de definição a 720p também se mostrou aceitável. Já a anunciada compatibilidade com 1080p deixa um pouco a desejar, uma vez que os vídeos evidenciaram algumas quebras. Um processador com overclocking talvez tivesse chegado às 24 fps, mas o nosso modelo de teste não permite fazer quaisquer alterações ao BIOS do sistema. Outra solução para ultrapassar o problema sem mais complicações é instalar uma placa gráfica PCI-E, mesmo que seja das mais baratas. É óbvio que a Via mostra ter mecanismos técnicos para ultrapassar a proposta da Intel. No entanto, no ringue desta luta entra um elemento que a Via não dispõe – o marketing agressivo e o reconhecimento de marca. Se a Via conseguir ultrapassar as limitações que pudemos verificar durante os testes, arriscamo-nos a dizer que ela poderá sair vencedora, pois o Nano pode muito bem vir a ser o produto responsável pelo relançamento da marca no mercado. Mantenha-se atento.
PODER SEM ORDEM Uma das maiores diferenças entre o Atom e o Nano é a arquitectura dos chips. O Atom utiliza processamento “ordenado”, através do qual as instruções são enviadas de forma linear por intermédio do chip, tendo as instruções que esperar por uma slot disponível. Já o Nano recorre a uma arquitectura “desordenada”, o que quer dizer que as instruções são colocadas nas slots disponíveis, independentemente da sua posição no processador. O resultado é positivo, pois, desta forma, o processador “engasga-se” muito menos vezes e pode funcionar mais rapidamente. Os processadores desordenados surgiram no sector desktop pela primeira vez nos anos 90, tendo o Intel Pentium Pro sido o primeiro exemplar a fazer-se notar. Existem também pontos negativos neste tipo de processadores, particularmente o custo e a complexidade que o seu desenvolvimento e fabrico implicam. Terá sido por esta razão que a Intel rejeitou esta arquitectura para o Atom. É por isso espantoso que a Via tenha conseguido usar esta arquitectura, uma vez que não só lhe faltam os recursos monolíticos da Intel, como também as fábricas que a empresa da Califórnia possui. Mas a Via lá terá encontrado uma solução financeiramente viável, e ainda bem que o fez, pois a razão pela qual o Nano nos impressionou tem que ver com o facto de apresentar uma natureza desordenada. Não será pois de estranhar se a Intel aplicar o mesmo tipo de arquitectura no Atom.
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As boards do Atom e do Nano são dois pedaços de PCB semelhantes que prometem uma luta interessante
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HARDWARE
CONSTRUA UMA BASE PARA O SEU LAPTOP Problemas nos pulsos e nos dedos? O seu portátil aquece no colo? Está na altura de ver a nossa solução Os laptops foram concebidos tendo em mente duas características: portabilidade e duração da bateria. No entanto, não foram pensados tendo em vista o conforto. Basta ver alguém a utilizar um laptop numa mesa de café. Passados alguns minutos, essa pessoa começa a torcer-se na cadeira. Na verdade, precisava de algo que lhe
É POSSÍVEL ADICIONAR CAPACIDADES DE REFRIGERAÇÃO À BASE DE ACRÍLICO
permitisse posicionar o portátil para trabalhar num ângulo mais confortável. Houve quem se lembrasse de colocar um livro ou algo semelhante na parte de trás do computador para o elevar um pouco. Apesar de esta solução ajudar bastante, não é totalmente eficaz. Nós temos uma alternativa. É bastante fácil criar uma base para trabalhar com um laptop, utilizando uma simples chapa de acrílico com as duas pontas curvadas. Basta moldar o ângulo de inclinação, com a parte de trás mais alta do que a parte da frente. Se o seu laptop for de alto desempenho, também é fácil adicionar à base capacidades de refrigeração, através de uma caixa extra de ventoinha ligada a uma porta USB. Uma chapa de acrílico com tamanho A3 é suficiente para a maior parte dos laptops. No nosso caso, optámos por uma chapa com uma espessura de 3 milímetros, cujo custo é bastante baixo (entre três a cinco euros). Se o seu laptop pesar mais de 3 quilos, opte por uma chapa com uma espessura de 4 milímetros.
COMO CONSTRUIR UMA COOLING STAND
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No essencial, trata-se de uma tarefa bastante fácil. No entanto, devido à ferramenta de aquecimento, recomendamos que disponha de uma pequena mesa de trabalho.
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Assegure-se de que adquire uma chapa de acrílico com dimensões adequadas para o seu computador. Nós precisámos de 7 a 10 centímetros para a parte de elevação traseira e de 3 a 5 centímetros para a parte de elevação dianteira, mais 20 a 30 centímetros para a área maior inclinada onde se coloca o computador. Pode encontrar chapas de acrílico A3 em lojas ou no eBay, por exemplo.
HARDWARE
COMO CONSTRUIR UMA COOLING STAND
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Coloque a chapa na mesa onde vai trabalhar, meça-a e retire qualquer plástico protector que venha colado à mesma. Calce luvas protectoras e utilize a ferramenta de aquecimento ajustada para 300 graus centígrados. Aqueça cuidadosamente a chapa de acrílico no local exacto onde pretende efectuar a dobragem. Este processo demorará alguns minutos.
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Depois de ter efectuado a dobragem da chapa para criar a parte de apoio traseira, proceda da mesma forma para dobrar a parte dianteira. No nosso caso, dobrámos a parte dianteira completamente para trás para ser mais confortável se a quisermos utilizar algumas vezes apoiada nas pernas (e não numa secretária).
Podíamos ficar por aqui se quiséssemos uma base simples, mas vamos adicionar uma forma de refrigeração extra. Coloque o laptop na sua nova base de apoio e assinale a área onde se localizam as ventoinhas de refrigeração. Aja com cuidado para não partir o plástico.
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Recorra a um cabo USB existente e descasque uma extensão adequada desse mesmo cabo.
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Como retoque final, adicionámos tiras de silicone para evitar que o laptop escorregue na base de apoio.
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Obra de arte completa!
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Escolha uma ventoinha de baixo consumo, uma vez que só irá ter à disposição uma quantidade de energia limitada (5v, em vez dos 12v requeridos). Una as ligações preta e encarnada.
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Para um acabamento mais cuidado, aparafuse a ventoinha à chapa de acrílico, para que os parafusos de fixação forneçam algum brilho à sua obra de arte.
HARDWARE
CROSSFIRE VS. SLI Poderá o surgimento de novos processadores gráficos alterar alguma coisa na batalha multi-GPU? Com o lançamento da série HD4800, a AMD está novamente a obrigar a sua concorrente Nvidia a enveredar por uma luta renhida em matéria de preços, relegando o desempenho para segundo plano, uma vez que o GPU GT200 domina tudo e todos neste ponto. No entanto, a gama Radeon está novamente em forma e pronta para atacar em força. O argumento da AMD tem que ver com o seguinte: placas de baixo custo a trabalharem juntas são uma melhor solução do que ter apenas uma grande e dispendiosa. Visto por este prisma, a CrossFire – nome pelo qual é
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conhecida a plataforma de diversas placas gráficas da antiga ATI – faz mais sentido do que a concorrente SLI. Para quê ter duas placas Nvidia, se afinal de contas se consegue dar conta do recado com apenas uma? Uma única GTX 280 conseguirá facilmente ultrapassar qualquer coisa parecida sem precisar sequer de ter a ajuda de uma segunda placa da mesma gama. Por outro lado, qualquer pessoa que tenha comprado uma GeForce 8800GT no ano passado – e muitos de nós não conseguimos resistir aos encantos desta placa – estará nesta altura atenta à descida de preços que esta gama tem sofrido, no sentido de
comprar um segundo modelo idêntico para poder assim construir um sistema SLI. Embora esteja a ser apresentada como uma ideia revolucionária, a verdade é que já temos experiência suficiente para percebermos quando é que alguém está a fazer batota. De facto, não deixa de ser curioso que a AMD venha dizer que é seu o território que a Nvidia começou por ocupar com a SLI alguns anos antes. No entanto, a questão que fica no ar é saber até que ponto é que se trata de marketing, tendo em conta que as soluções de GPU único se vão tornando cada vez mais poderosas, enquanto os motores dos jogos se vão
HARDWARE
COMO TESTÁMOS
Crysis é o jogo que mais teria beneficiado do suporte para duplo GPU mas demorou meses a consegui-lo...
■ Todos os testes foram realizados com instalações de sistemas operativos novas, incluindo os controladores para o chipset da motherboard. No entanto, uma vez que o desempenho de qualquer SO se degrada com o passar do tempo, os resultados podem não reflectir uma instalação que tenha sido sujeita ao habitual stress causado pelo utilizador típico. Desde que não se esteja sempre a brincar com o consumidor faminto de recursos AA, é claramente impressionante como o GPU 8800GT se comporta em SLI, acompanhando o ritmo do GTX 280. Mas, se activar o AA, verá o desempenho cair, acentuando as superiores capacidades de memória das placas AMD.
mantendo inalterados. Ambos os fabricantes usam técnicas semelhantes para porem as suas placas a funcionar em conjunto de forma harmoniosa. Sempre que possível, é aplicado um perfil aos jogos que permita obter deles o melhor ganho de desempenho possível. Por defeito, os controladores usam Alternate Frame Rating (AFR), em que uma placa é utilizada para trabalhar uma frame, enquanto a outra trabalha a próxima frame. Nalguns casos raros, a renderização por divisão de frames, na qual os pixels de uma única frame são balanceados em termos de carga entre as duas placas, permite tornar o jogo mais rápido. Alguns jogadores de competição dizem mal deste processo, argumentando que a menor latência introduzida na AFR pode afectar jogos de dinâmica elevada. No entanto, para a maior parte dos comuns jogadores, os drivers limitam-se a fazer a escolha por nós pela AFR, não dando hipóteses de escolha. Aliás, basta vermos o caso do novo painel de controlo da AMD, em que isso já não é pura e simplesmente possível. Mas mesmo que sigamos o exemplo do painel de controlo da Nvidia, em que é de facto possível configurar perfis, é muito pouco provável que alguma vez o tenhamos feito ou precisemos de o fazer. Ambas as empresas também requerem uma ponte de hardware para ligar as placas entre si, recorrendo a conectores internos dentro do PC. Desta forma, obtémse um ponto directo de comunicações entre as placas independentemente da potencial congestão do bus PCIExpress, apesar de não ser suficientemente rápida para transportar todos os dados que elas precisam de partilhar. Com tudo isto levanta-se uma questão pertinente: é mais sensato escolher uma placa baseada num único GPU que tenha o melhor desempenho possível face ao seu orçamento ou compensa optar por uma solução mecanicamente (um pouco) mais complexa que envolva a combinação de duas placas gráficas? E se for esta a escolha, deverá optar por SLI ou CrossFire?
DE VOLTA AO PASSADO Se recuássemos um ano, a escolha directa seria uma mistura entre a primeira e a segunda opções; estamos naturalmente a falar sobre a combinação de vários GPU
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numa só placa. A Nvidia 9800GX2 – com dois chips G92 – reinou em termos de desempenho supremo até ao aparecimento da gama GTX 280. A solução para a ultrapassar passava pela combinação de duas GX2 juntas, o que dava uma poderosa arquitectura quad-SLI quase capaz de atirar com os pixels para fora do ecrã. Entretanto, a AMD apostou na prata da casa e desenvolveu uma gama chamada HD3870X2, uma versão dual chip da sua maior placa topo de gama. Situando-se na mesma fasquia de desempenho que a rival 9800GTX, podia não ser um verdadeiro topo de
um fraco chipset de gráficos integrado na motherboard com uma placa gráfica de gama baixa dedicada. O resultado em ambos os casos foi muito inferior à soma das partes – dois GPU pouco potentes que, quando combinados, eram igualmente fracos para jogos. E é aqui que surge o verdadeiro argumento para quem defende que as plataformas multi-GPU não são atraentes. Apesar de todo o tempo que já passou desde que a tecnologia SLI conheceu a luz do dia, a perda de poder proporcional nestas arquitecturas mantém-se. Infelizmente, duas placas não são duas vezes mais
É CURIOSO QUE A AMD DIGA QUE É SEU O TERRITÓRIO QUE A NVIDIA COMEÇOU POR OCUPAR COM A SLI ALGUNS ANOS ANTES
gama face às propostas da Nvidia, mas sem dúvida alguma que apresentava uma excelente relação preço/ desempenho. No entanto, estamos a falar apenas dos pacotes tradicionalmente vendidos nas lojas que servem apenas uma slot PCI-Express. Com a motherboard certa, podem ser combinadas duas, três – ou até mesmo quatro no caso da AMD – placas semelhantes de forma a criar diversos níveis de potência para jogos. A AMD também assumiu alguma vantagem pelo simples facto de ser possível combinar placas baseadas em HD3850 e HD3870 não só em pares mas também em grupos de até quatro unidades. As duas empresas chegaram ao ponto de lançar as tecnologias Hybrid SLI e Hybrid CrossFire, juntando
rápidas do que uma, e mesmo a adição de uma terceira placa fará o desempenho subir alguns pontos percentuais com um dígito apenas. Isto, claro está, se as placas funcionarem juntas. Qualquer um de nós que siga o caminho multiGPU vai ter de gastar muito tempo a instalar controladores e a actualizá-los para obter a desejada performance extra nos jogos preferidos. Por exemplo, só alguns meses após o seu lançamento é que Crysis passou a suportar arquitecturas gráficas com dois GPU e mesmo assim para o fazer hoje é preciso descarregar um pesado patch para fazer com que as duas placas funcionem correctamente no jogo. Não deixa de ser estranho que o único jogo que poderia realmente fazer valer-se de duas placas
HARDWARE
A CROSSFIRE DA AMD É UMA PLATAFORMA MUITO MAIS FLEXÍVEL
gráficas passou muito tempo a recusar-se fazê-lo. Estas notícias não são nada agradáveis para os donos (ou futuros donos) de placas GX2 ou X2, que requerem controladores SLI ou CrossFire. Ou seja, mais um golpe que favorece as soluções de placa única. Seria mentira dizer que as coisas não avançaram de todo nos tempos mais recentes, mas basta ver que para colocarmos a tecnologia multiGPU a funcionar como deve ser, temos de correr os benchmarks três vezes mais do que é habitualmente necessário, uma vez que os controladores se encarregam de mostrar resultados curiosos.
IDENTIFICAR PROBLEMAS Antes de começar sequer a instalar software, existe uma série de aspectos que deve ter em consideração. Antes de tudo, surge a fonte de alimentação. Quem
pretender apostar na ligação de duas placas gráficas de menor nível depressa irá descobrir que terá de gastar mais 100 ou 150 euros numa fonte de alimentação de qualidade, capaz de não só disponibilizar energia suficiente para o sistema, como também de libertar entre seis a oito fichas molex para as placas gráficas. Muitas vezes, o que acontece é que a aposta na antiga fonte de alimentação acaba por redundar num ecrã azul ou num inesperado reboot do sistema sem que nada o faça prever, sinais claros de que a energia afinal não está a chegar a todo o lado. Neste caso, só há mesmo uma coisa a fazer – reciclá-la. Por outro lado, e à medida que o petróleo e o carvão se tornam mais caros do que o champanhe ou o ouro, é cada vez menos aconselhável (e popular) construir um sistema potente baseado numa
fonte de alimentação capaz de disponibilizar um kilowatt de corrente eléctrica, pois, nesse caso, a factura de electricidade no final do mês terá números pouco agradáveis. Mas um factor ainda mais crítico que está directamente ligado com as novas placas gráficas é a dissipação do calor. Já publicámos análises a placas AMD como a 4870 ou a 4870X2 e dissemos sempre que era possível estrelar um ovo sobre o cooler. De facto, qualquer placa da gama HD4800 atinge facilmente os 90ºC em carga. Agora imagine o que é ter dois ou mais destes verdadeiros aquecedores a funcionar dentro da mesma caixa – a eficácia da circulação do ar fica pura e simplesmente comprometida. Para piorar ainda mais as coisas, muitas motherboards colocam as slots PCI-Express tão perto umas das outras que o cooler de uma placa chega a ficar a apenas pouquíssimos milímetros da vizinha. Já as placas HD3850 são de slot único, o que pode ser pior em termos de desempenho mas é sem qualquer dúvida melhor no que concerne à refrigeração no interior do PC. No lado da Nvidia, o principal problema tem que ver com o tamanho das placas. Os novos modelos (GTX 260 e GTX 280) são enormes. Mesmo que teoricamente sejam capazes de se ligar às motherboards actuais, não só podem causar problemas em termos de sobreposição no que se refere a condensadores ou slots, como também poderá não ser possível colocá-las numa normal caixa de PC de forma minimamente confortável. No entanto, nem tudo são dissabores. Por exemplo, um acontecimento positivo recente diz respeito à introdução da especificação PCI-Express 2.0, que garante à motherboard a capacidade de ter duas slots a funcionarem a 16x, permitindo assim que as duas placas se mantenham sempre entretidas com os dados dos jogos. Na opção Nvidia, há um aspecto claro que tem de ser respeitado – para montar um sistema SLI a motherboard terá de ter impreterivelmente um chipset nForce e pelo menos duas slots PCI-Express. Para beneficiar de duas slots x16, o chipset da board terá de ser um modelo 780 ou 790. Caso contrário, as versões de chipset 650 e 750 permitirão apenas uma largura de banda de 8x na segunda placa. Talvez seja suficiente para ligar um par de placas de gama média, mas irá limitar em muito a potência de placas como as Nvidia Ultra ou GTX.
MISTURAS COM REGRAS
Tanto a GTX 260 como a GTX 280 têm dificuldades para ficar bem instaladas na motherboard
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Todas as placas GeForce configuradas em SLI têm de pertencer à mesma categoria de GPU para que possam funcionar. Podem não ter a mesma marca, mas deverão ter as mesmas características técnicas, o que envolve não só o processador gráfico como também a memória e as respectivas velocidades. Por outras palavras, uma 8800GT apenas fará SLI com outra 8800GT, e assim sucessivamente. Por outro lado, a AMD tem na CrossFore uma plataforma muito mais flexível. E ainda bem que assim é, pois se a tecnologia CrossFire fosse
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A solução CrossFire apresenta uma maior flexibilidade face à plataforma SLI
Os controladores melhoraram, mas tivemos que correr os benchmarks por três vezes em cada placa para corrigir os resultados obtidos
restringida à utilização do processador Phenom, deixaria de fazer sentido. Os nossos testes mais recentes com um Phenom 9600 mostram que os jogos fazem com que o processador atinja o limite mesmo com uma placa Radeon HD4850. Assim, não serve de nada acrescentar uma segunda placa; não se irá reflectir no desempenho do jogo, pois o CPU não consegue acompanhar o aumento de potência. Mais curioso é o facto de se poder instalar duas ou mais placas AMD na actual geração de motherboards com chipsets Intel e de elas funcionarem perfeitamente. E ao contrário do que se passa com a Nvidia, não é preciso usar placas idênticas – basta que sejam da mesma gama. Assim, pode-se combinar uma HD3850 com uma HD3870, por exemplo. Desta forma, é possível construir ou escalar o sistema gráfico de acordo com o orçamento disponível, sem limitações muito restritivas.
Talvez o aspecto mais evidente dos testes que temos realizado é o facto de o resultado de ter uma HD4870 ligada com uma HD4850 ser tão rápido como um sistema CrossFire puro com duas HD4870. Se este estado de coisas se mantiver à medida que os drivers forem amadurecendo, então será possível poupar uns bons 150 euros numa configuração de duas gráficas.
OS DRIVERS MANDAM No fundo, isto é mesmo assim: Sejam quais forem os resultados obtidos hoje, haverá sempre melhoramentos amanhã. No entanto, sentimo-nos suficientemente confiantes para dizer que na maioria dos casos a solução mais correcta será optar por instalar apenas uma placa gráfica. Mais importante ainda, se olhar para os resultados obtidos nos benchmarks verá a resoluções de 1650 x 1050 ou menos (isto é, para um monitor de 20” ou
A QUESTÃO DA FÍSICA Um aspecto em que as configurações SLI ou CrossFire podem ajudar em muito é no auxílio que dão ao CPU em matéria de tratamento da física. Desde que a Nvidia adquiriu a PhysX, que a AMD tem vindo a desenvolver uma relação próxima com a rival do middleware Havok, e as duas empresas vão disponibilizar adições nos controladores de modo a permitirem que um só GPU (ou apenas parte dele) dedique o seu tempo a executar as rotinas da física. Conseguir um balanceamento correcto por jogo será algo muito difícil de conseguir. Aliás, são maiores as hipóteses de qualquer jogo que precise desse tipo de aceleração beneficiar mais de uma boa renderização 3D. Esse vai ser certamente o caso quando estiver a correr um
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array de gráficos com placas heterogéneas. Mais interessante ainda é a questão da física, cuja aceleração será retrocompatível com qualquer placa DX10. Ou seja, um GPU mas antigo ou até um chipset de gráficos integrados pode ser usado para trabalhar unicamente a questão da física, ficando com a tarefa de fazer os respectivos cálculos. Os primeiros benchmarks mostram que as promessas são grandes, apesar de ter havido alguma confusão acerca da interpretação dos resultados de ferramentas como a 3DMark Vantage, que tem este aspecto em consideração. Esta é uma das razões pelas quais não incluímos os resultados obtidos no 3DMark.
22”) verá que é mais comum as soluções de duas placas serem mais lentas do que aquelas baseadas numa só placa. Uma vez que o tecto do CPU seja atingido, a latência extra introduzida pela segunda placa, com necessidades adicionais de processamento, tem um preço a pagar. Em resoluções mais altas, sem dúvida que o argumento se torna mais forte, mas estamos a falar de melhoramentos da taxa de frames que se ficam por menos de 20 por cento em termos reais. De qualquer forma, quem escolher o sistema de vários GPU deverá optar por SLI ou CrossFire? Tendo em conta as novas placas, a plataforma CrossFire escala melhor do que a SLI em determinados jogos. No entanto, também acontece o contrário. Em termos unicamente de desempenho, a combinação de placas GeForce GTX 260 parece ser a decisão mais acertada, pelo menos do ponto de vista impulsivo, uma vez que os ganhos nesta matéria parecem ser maiores. Porém, duas GTX 260 fazem algum barulho e custam cerca de 80 a 100 euros mais do que comprar duas HD3870, pelo que de um ponto de vista preço/ desempenho esta seria a escolha racional. Tendo em conta o enorme número de unidades de shader envolvidos, duas HD4850 parecem uma verdadeira pechincha, pelo menos no papel. Na prática não são assim tão mais rápidas do que uma só HD4870, pelo que todos os argumentos apontam para que esta última seja uma melhor opção. De facto, o nosso conselho é um só: se está a pensar em instalar um sistema SLI ou CrossFire, espere mais um tempo. Isto porque estão a chegar neste momento ao mercado as versões GX2 e X2 dos modelos GTX 280 e HD4870, respectivamente. E estes apresentam uma melhor relação preço/ desempenho – por exemplo, uma só GTX 280
custará m duas plac rápida. H Existe, co considera futuro pr comprou da histór Porque se placas po Graças à de empar – nalgun mais bara do que u uma, a se HD4850 começar É prováv comece a forma qu muito di Pela prim ter a mais melhor e plataform respectiva
custará menos do que uma configuração com duas placas HD3850 e mesmo assim será mais rápida. Há, pois, que dar tempo ao tempo. Existe, contudo, um grupo de pessoas que deve considerar seriamente optar pela solução SLI no futuro próximo – estamos a falar de quem comprou uma GeForce 8800GT. Esta é a parte da história que os fabricantes preferem não falar. Porque se a palavra se espalha as vendas das novas placas podem ficar seriamente comprometidas. Graças à maturidade dos controladores, os ganhos de emparelhar duas placas 8800GT são enormes – nalguns casos, esta combinação consegue ser mais barata do que uma GTX 260 e mais rápida do que uma HD4870. Melhor ainda, se já tiver uma, a segunda vai ficar pelo preço de uma HD4850. Mas apresse-se, pois este GPU deverá começar a ser retirado das prateleiras em breve. É provável que a actual geração de placas gráficas comece a escalar em termos de poder da mesma forma que a 8800GT o fez num passado não muito distante. Mas para quê assumir o risco? Pela primeira vez na história das placas gráficas, ter a mais recente e graciosa placa pode não ser a melhor escolha. E devemos agradecer isso às plataformas SLI e CrossFire, bem como às respectivas falhas.
HARDWARE
AO DETALHE Desempenho em jogos / mínimo Crysis 1280 x 1024 (elevado)
FRAMES POR SEGUNDO; QUANTO MAIOR, MELHOR
Sapphire Radeon HD4870
46fps
Sapphire Radeon HD4850
37fps
Sapphire Radeon HD4850 X2
36fps
Sapphire Radeon HD4850 + HD4870
38fps
HD4870 X2
28fps
BFG GeForce GTX 260 OC
41fps
GeForce GTX 260 x2
46fps
GeForce 8800GT
35fps
8800GT x2
47fps
XFX GeForce GTX 280
48fps
GeForce GTX 280 x2
46fps
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Desempenho em jogos / máximo Crysis 1920 x 1200 (elevado)
FRAMES POR SEGUNDO; QUANTO MAIOR, MELHOR
Sapphire Radeon HD4870
29fps
Sapphire Radeon HD4850
22fps
Sapphire Radeon HD4850 X2
28fps
Sapphire Radeon HD4850 + HD4870
29fps
HD4870 X2
31fps
BFG GeForce GTX 260 OC
30fps
GeForce GTX 260 x2
41fps
GeForce 8800GT
22fps
8800GT x2
34fps
XFX GeForce GTX 280
35fps
GeForce GTX 280 x2
40fps
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Desempenho em jogos / utilização normal WiC 1920 x 1200 (elevado)
FRAMES POR SEGUNDO; QUANTO MAIOR, MELHOR
Sapphire Radeon HD4870
44fps
Sapphire Radeon HD4850
33fps
Sapphire Radeon HD4850 X2
44fps
Sapphire Radeon HD4850 + HD4870
49fps
HD4870 X2
50fps
BFG GeForce GTX 260 OC
42fps
GeForce GTX 260 x2
46fps
GeForce 8800GT
22fps
8800GT x2
25fps
XFX GeForce GTX 280
49fps
GeForce GTX 280 x2
44fps
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Desempenho em jogos / máximo WiC 1920 x 1200 (elevado)
FRAMES POR SEGUNDO; QUANTO MAIOR, MELHOR
Sapphire Radeon HD4870
35fps
Sapphire Radeon HD4850
24fps
Sapphire Radeon HD4850 X2
32fps
Sapphire Radeon HD4850 + HD4870
39fps
HD4870 X2
40fps
BFG GeForce GTX 260 OC
33fps
GeForce GTX 260 x2
38fps
GeForce 8800GT
12fps
8800GT x2
16fps
XFX GeForce GTX 280
36fps
GeForce GTX 280 x2
36fps
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ASSISTÊNCIA TÉCNICA
João Trigo, editor
Pergunte ao Especialista Agradeço os elogios à nova foto e ao layout da revista. É pelos nossos leitores que trabalhamos; os aplausos caem sempre bem. Quanto às piadas sobre o facto de estar no meio de um jardim, que dizer? Sou um homem do campo…
P R
: Por que não consigo usar o meu teclado Logitech DiNovo Edge fora do ambiente Windows? : Depois de uma breve conversa ao telefone, verificámos que o teclado do nosso amigo não funcionava no BIOS, no Windows em
Modo de Segurança, nem durante o processo de arranque do sistema. Para resolver o problema, devemos ter em atenção o facto de, após haver um sincronismo de aparelhos bluetooth no sistema, eles continuam a funcionar fora do Windows. Mas para que tal seja possível, tem de entrar no BIOS do computador e ligar o modo Legacy USB. Se por ventura já tiver esta opção ligada, então procure actualizações do BIOS – geralmente resolvem o problema.
ZoneAlarm no Vista
P
: Não consigo utilizar o ZoneAlarm no meu portátil com o Windows Vista Home Premium...
R
: Se der uma vista de olhos nos fóruns da ZoneAlarm (http://foruns.zinealarm.com/ zonelabs) vai ver que o seu problema é comum. Existem vários utilizadores que não conseguem instalar a aplicação em computadores portáteis com o Windows Vista. Os moderadores do fórum
sugerem alguns passos para ultrapassar a questão, mas para ser franco, não só por vezes não os ultrapassa, como são difíceis de seguir. O nosso conselho é: recorra a um produto semelhante. A Comodo Personal Firewall (www.personalfirewall. comodo.com), por exemplo, é um candidato óbvio, mas existem outras soluções, como a PC Tools Firewall Plus (www.pctools.com/firewall). Embora não garanta a protecção adicional da Comodo, não é tão intrusiva.
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ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Ficheiros desaparecidos
P
E-mails em duplicado
P
: Tenho uma máquina com o Windows Vista e estou a usar o Windows Mail. Sempre que envio uma mensagem electrónica, os destinatários recebem uma cópia, além do original (duas mensagens iguais, portanto). Como posso resolver o problema?
R
: Geralmente, este problema deve-se à criação de uma cópia da sua conta de correio electrónico no programa de gestão de e-mail. Muito embora só seja feito o download de uma mensagem, ambas as contas fazem o envio a partir da sua máquina. Vá a ferramentas, Contas, escolha o duplicado e apague-o.
: Mais uma vez tenho que recorrer à sua valiosíssima paciência para tentar sanar o problema que me está a dar cabo da cabeça. Comprei uma pen drive com 16 GB e feliz da vida levei uns ficheiros do escritório para casa (coisa pouca só 14 GB) antes que me dessem cabo do juízo por ter tanta coisa lá guardada. Quando abri a pen no computador de casa... PUF! Zero! Tinha as pastas, mas ficheiros, nada. Bom, formatei a pen, no escritório voltei a formatar, voltei a copiar os ficheiros e verifiquei que lá estavam. Uma vez mais, em casa, zero. Fui ver as propriedades da pen drive e dá-me uma ocupação de 14 GB, mas as propriedades das pastas mostram zero bytes em todas. Por isso, caro João,
conto com a sua ajuda nem que seja para dar com um martelo na pen.
R
: Não será preciso tanto, para já. Aparentemente, os dados estão lá, mas não são mostrados. Antes de tudo, certifique-se de que não está a guardar os ficheiros dentro de uma área protegida por uma palavra-chave. Geralmente, as pen drives com essa capacidade têm um software de segurança que permite guardar dados dentro de uma área protegida... Não? Vá, no Windows Explorer, ao menu Ferramentas, seguido de Opções de Pastas. Aí, procure a opção Ficheiros e Pastas escondidos e seleccione a opção que permite que estes sejam mostrados. Resolveu?
LAPTOP LIGADO À TV
P R
: Quero ligar o meu notebook à televisão da sala. Do que preciso? : A maioria dos computadores portáteis vendida recentemente conta com saídas
S-Video ou VGA que podem ser usadas para os ligar à televisão. Veja o passo a passo que aqui apresentamos. Se a sua máquina tiver apenas uma saída VGA, vai precisar de um adaptador.
Impressão sem fios
P
: Queria usar a minha impressora na minha rede wireless doméstica. Tenho que comprar uma nova impressora ou há algum adaptador que posso usar?
R
: Pode registá-la na rede sem fios se comprar um Print Server. Este aparelho liga-se à porta USB da impressora e permite que ela seja “descoberta” pelas máquinas que tem na sua rede doméstica. Veja nas grandes superfícies, na área de redes.
Contacto Envie as suas perguntas para:
[email protected]
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01
VERIFIQUE AS LIGAÇÕES Procure uma saída amarela ou preta S-Video. Procure ainda uma saída para auscultadores ou line-out, já que o áudio e o vídeo são ligados separadamente.
CONEXÕES NA TV Agora veja na sua televisão se tem entradas SCART ou S-Video/composto. Se tiver apenas o primeiro, vai precisar de um adaptador S-Video/composto – SCART.
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04
ADQUIRA OS CABOS Os cabos necessários estão à venda em lojas de informática nas grandes superfícies, como Fnac, Vobis ou Worten. Procure uma ligação S-Video – S-Video ou composto, e ainda um jack de 3.5 mm com uma terminação em dois jacks mono para o áudio.
ALTERE O ECRÃ Depois de fazer as ligações necessárias, procure o atalho no seu teclado que permite mudar o ecrã entre o do laptop e o ecrã externo (neste caso, o televisor). Geralmente, é Fn + F3.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA NOTÍCIAS
Infecções de vírus: o “pós-operatório”
Continua a deparar-se com amea ças quando navega na Internet?
P
: Depois de comprar software de segurança e de limpar o computador, reparei que a minha conta do eBay foi “raptada” por piratas. Afinal estou ou não protegido?
R
: A instalação de aplicações de segurança é apenas um dos passos para garantir a protecção das várias ameaças ao sistema que usa em casa, mas, só por si, não é suficiente. Veja estes passos que indicamos como camadas adicionais para proteger o seu computador e assegurar que esse tipo de eventos não volta a acontecer.
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INSTALE APLICAÇÕES DE SEGURANÇA Precisa, antes de tudo, de software antivírus e anti-spyware e uma boa firewall. A PCGuia oferece frequentemente software de protecção no DVD, mas é uma boa opção comprar um pacote de segurança completo, como o Norton 360 ou o McAfee Internet Security.
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MANTENHA O SOFTWARE ACTUALIZADO Certifique-se de que as suas aplicações de segurança estão devidamen te actualizadas. Além do agendamento norm al de actualizações, execute um update manu al uma vez por semana para se assegurar de que os programas estão devidamente actualizados. Veja ainda se as actualizaçõ es automáticas do Windows estão ligadas. O principal é garantir que as falhas de segurança que possam potencialmente surgir são devidamente tapadas antes que
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algum ataque explore as vulnerabilidades que daí advêm.
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FILTRE OS E-MAILS Verifique as mensagens de correio electrónico antes de fazer o download para a caixa A Receber. Pode fazê-lo instalando uma aplicação como o PopTray (www. poptray.org), que permite que o utilizador veja o conteúdo da mensagem electrónica quando esta ainda está guardada no servid or de e-mail.
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CUIDADO COM OS ANEXOS… Não abra nunca um anexo directamente a partir da mensagem de e-mail, mesmo que venha de um remetente que o leitor considera seguro. Grave o ficheiro para o seu disco rígido e execute as ferramentas de segurança para garantir que ele não está infectado.
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...E COM O PHISHING Se receber um e-mail com uma mensagem que lhe pede para confirmar dados pessoais referentes a contas bancárias ou contas do eBay (apenas dois exemplos), então fique desde já avisado: é uma mensagem de phishing. Não clique em nenhum dos links da mensagem. Se quise r verificar se a mensagem não é perigosa, copie o link em questão e cole-o na barra de endereços do seu browser. Só então deve navegar até ao endereço.
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DEFENDA-SE DO PHISHING Ligue o filtro de phishing do seu browser e da sua suite de segurança. Acrescente mais um layer de segurança
instalando a ferramenta McAfee Site Advis or (www.siteadvisor.com). Ela verifica o nível de segurança dos endereços por onde o utilizador navega e alerta para algum problema de segurança.
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VERIFIQUE OS COOKIES Se utiliza o Internet Explorer 7, abra o menu Ferramentas, vá a Opções de Intern et, Privacidade. Certifique-se de que a barra está colocada no nível máximo, ou médio-máxi mo. Se costuma navegar com o Firefox, vá a Tools, Options, Privacy e assinale a opção Ask me Every Time na secção de cookies.
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PROTEJA-SE COM PALAVRA-CHAVE Evite utilizar a mesma palavra-chave e nome de utilizador para vários sites diferentes. Quando escolher a password, opte por uma mistura de letras e números. Para guardar as suas palavras-chave todas , recorra a uma ferramenta como o KeePass (http://keepass.info/).
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ATENÇÃO AOS DOWNLOADS Não retire nada da Internet sem antes verificar se o conteúdo é seguro. Além disso, certifique-se de que faz o download do ficheiro a partir do site original ou de um mirror site, como www.download.com.
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UTILIZE O BOM SENSO Evite navegar em sites cujo conteúdo seja moralmente duvidoso, já que eles tende m a estar infectados com software malicioso. Se o fizer, não clique em janelas pop-up, que são uma das formas mais simples de infectar a sua máquina.
P S.T.A.L.K.E.R. CLEAR SKY Uma sequela que não consegue convencer GRÁFICOS
✔
IA
✖
FALHAS TÉCNICAS
✖
VEREDICTO 7
Shadow of Chernobyl foi um dos melhores shooters de sempre. A qualidade da acção e do argumento introduziram uma atmosfera única num título deste género. O que diferencia um título dos restantes no universo competitivo dos jogos de computador são os detalhes. E as produtoras começam lentamente a compreender isso e a dar mais importância ao argumento, à jogabiloidade e à mecânica, enquanto características essenciais para criar um produto diferente. Infelizmente, tal não sucede com esta sequela. Prometia novidades relevantes, mas ficou muito aquém das expectativas dos fãs. Uma das razões deste mau resultado é o facto de o título ter sido produzido por outra produtora, um facto que não abona nada em seu favor. No entanto, isso não nos parece que sirva de desculpa para falhas tão evidentes como um humor deficiente e vozes monocórdicas. A atmosfera do título foi reduzida a simples anedotas de ocasião entre a personagem e os NPC do jogo. Esta sequela tinha vários objectivos, entre eles, revelar um maior número de detalhes acerca da
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ENTRETENIMENTO
Zone (uma área devastada pela explosão nuclear de Chernobyl e repleta de população mutante resultante dos efeitos deste cataclismo). Outro propósito era manter o mesmo conceito do jogo original e não apresentar-se como um jogo linear com algumas missões opcionais. Além disso, era obrigatório manter a mesma mecânica, em que várias facções mantinham uma guerra aberta pelo controlo da Zone e dos seus recursos e tesouros. Este facto acontece de uma forma dissimulada e mal concebida, o que torna o título confuso e incoerente. Na verdade, a linearidade do jogo é assustadora e nem as missões opcionais conseguem introduzir alguma novidade de relevo ao título. Além disso, esta sequela não consegue melhorar os aspectos negativos do título anterior nem corrigir os elementos criticados pelos fãs. O jogo inicia num estilo muito semelhante a Battlefield em termos de conquista de determinadas áreas em cada cenário. Após a conquista dos pontos de controlo, o leitor começa finalmente a entrar no argumento base. Infelizmente, é um pouco confuso. O jogo original apresentava um argumento inovador, que não se manteve nesta sequela, pautada pela
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MARÇO
2008
repetição e falta de coesão das ideias. Introduz apenas algumas situações com relativo interesse, sendo o restante do argumento um verdadeiro pesadelo. Nesta sequela é praticamente impossível sobreviver a um ataque de seis inimigos em conjunto ou enfrentar dezasseis lançadores de granadas sem estar constantemente a gravar a progressão do jogador no jogo. Ou seja, está sempre a carregar o jogo, uma tarefa que, mais cedo ou mais tarde, se torna aborrecida. A ideia geral da produtora foi agradar aos fãs do jogo original introduzindo um nível de dificuldade maior, mas acabou por criar um título com uma dificuldade exagerada. Prepare-se para passar imenso tempo a ver imagens de carregamento de cenários devido aos saves que é obrigado a efectuar e regressar constantemente à área de trabalho do Windows devido aos diversos problemas técnicos...
ERROS DEMAIS O jogo possui inúmeros problemas técnicos que se reflectem na impossibilidade de gravá-lo em determinados locais. A isso junta-se a dificuldade
ENTRETENIMENTO
COMO SOBREVIVER 1 Os artefactos são tesouros raros e
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atraem muitos inimigos. É necessário um localizador especial para os encontrar. 2 O leitor necessita de estar sempre armado e preparado para a batalha. A utilização de um colete à prova de balas é sempre uma mais-valia. Se não o tiver, torna-se praticamente impossível vencer uma batalha. 3 O leitor necessita de encontrar um esconderijo para fugir aos seus inimigos. É, de resto, uma tarefa aborrecida.
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DISTRIBUIDOR FNAC ■ PREÇO 39,99 euros ■ CONTACTO www.fnac.pt ■ SITE www.stalker-game.com/clearsky/ ■ REQUISITOS DE SISTEMA Processdor 2 GHz, 512 MB RAM, placa gráfica 128 MB
Os acampamentos são locais seguros onde é possível recuperar as forças
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exagerada das missões. Esta dificuldade pode ser minimizada, caso o leitor tenha a sorte de recolher peças de armadura extra de um NPC, mas tal acto raramente acontece. Este aspecto torna as missões um atentado à paciência. Outro aspecto negativo tem que ver com os diversos problemas técnicos do jogo, que terão necessariamente de ser resolvidos com o lançamento de um patch. Neste momento, o jogo encontra-se repleto de erros que
levam a situações de bloqueio. A mecânica do título foi ligeiramente alterada. O leitor pode enveredar por uma espécie de missão alternativa à principal. Isto é, optar por aliar-se a uma determinada facção e completar algumas missões de modo a ganhar a sua confiança e protecção. As missões são simples e implicam capturar à facção rival determinados pontos no cenário e eliminar o maior número de inimigos com o mínimo de danos pessoais. Estas missões alternativas são semelhantes ao ambiente de S.T.A.L.K.E.R. original, mas, neste caso, divergem bastante das missões base do jogo. No fundo, cria a ilusão de existirem dois jogos distintos no mesmo título, o que o torna artificial comparativamente ao título anterior. Outro problema que pode ocorrer é a IA do jogo falhar sem razão aparente, obrigando o jogador a vaguear pelos cenários em busca de aventura sem qualquer tipo de interacção com os NPC ou com a sua facção. Embora o jogo possua variados problemas, tem um grafismo apelativo e muita acção. No entanto, dá a ilusão de ser uma espécie de mod do jogo original devido à falta de originalidade e às missões paralelas, apresentadas sem qualquer tipo de coesão. Os aspectos negativos, como se vê, são muitos. Caso não seja apresentado um patch que resolva os diversos problemas deste título, o leitor será confrontado com problemas que o mais provável é reduzirem a sua vontade de jogar. Nesse caso, opte pelo jogo original.
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SPACE SIEGE
Lutas no espaço? Cavaleiros com armaduras em órbita? Parece-nos bem ✔ ✖ ✖ GRÁFICOS
MONÓTONO
DEMASIADO SIMPLIFICADO
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F
oram muitas e longas as horas que passámos a jogar Dungeon Siege. Na altura em que o fazíamos, era algo mais compulsivo do que simples divertimento. Mas continuámos a jogar, e é com uma certa nostalgia que nos lembramos desses tempos. Infelizmente, o mesmo já não se pode dizer relativamente às horas gastas a explorar Space Siege. Chris Taylor, que esteve ligado a títulos como Total Annihilation e Supreme Commander, bem como às séries Dungeon Siege, da Microsoft Games, mencionava um bom jogo quando falámos com ele, no Outono do ano passado. Mas foram poucas as promessas feitas nessa altura que se tornaram realidade. O Space Siege manteve-se fiel a alguns dos aspectos que forem definidos inicialmente. É verdade que se passa no espaço e que mantém
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a mesma filosofia de apontar e clicar dos outros jogos Siege. E também é verdade que foi simplificado ao ponto de poder ser um jogo informal. É este último aspecto que não encaixa bem. Somos adeptos das guerras espaciais, mas preferimos que os jogos informais se situem na esfera do Flash. Quando um jogo tem uma estratégia, não parece que seja pedir demais que também tenha um pouco de profundidade. O Space Siege é bastante superficial, destinando-se ao tipo de pessoas que acham o Gauntlet demasiado exigente em termos mentais. Mas as coisas ainda são um pouco piores. Por exemplo, é necessário ir a uma secção da grande nave espacial matar robôs ou extraterrestres (com muito pouco a diferenciar estas duas espécies) e repetir essa tarefa infinitamente. Tudo para acabar com uma raça de extraterrestres que está a ameaçar a Terra. O jogador tem então que proteger a humanidade dos dentes pontiagudos desses seres e pouco mais...
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NÃO SÃO INTEIRAMENTE HUMANOS
Em grande medida, estamos perante uma estratégia irrelevante, devido ao facto de nenhuma das escolhas morais, destinadas a criar algum envolvimento emocional no jogador, afectar realmente seja o que for. A única diferença entre a grande decisão final sobre o destino da humanidade tem que ver com o facto dos humanos capturados aplaudirem a chegada do jogador ou tremerem perante ele.
Tem um aspecto similar à sequência base do I, Robot
DISTRIBUIDOR Ecofilmes ■ PREÇO 49,99 euros ■ CONTACTO 256 836 200 ■ SITE www.spacesiege.com ■ REQUISITOS DE SISTEMA CPU a 2 GHz, 2 GB de RAM, placa 3D com 512 MB
“VOGONS?”
Uma das outras grandes escolhas de Taylor está relacionada com a quantidade de humanos (representada como um valor em percentagem). A ideia é que isto aja como nível de dificuldade e que adicione alguma capacidade de repetição ao jogo. Estamos a ver pessoas a repetirem o jogo com 100 por cento de humanos. Pela nossa parte, apostamos que qualquer um que esteja habituado a jogar títulos como Diablo ou Dungeon Siege irá passar por cima do percurso tradicional e experimentar todas as melhorias disponíveis para tentar ter acesso a algo diferente. Se explorarem o jogo até ao fim, o mais provável é não quererem voltar a jogá-lo. O jogo situa-se entre o feio e o entediante em termos visuais. Foi-nos prometido que a dimensão da nave significaria a existência de secções com um aspecto totalmente diferente. Em vez disso, o que temos é um corredor interminável de um cinzento metalizado. Mesmo assim, a cabeça enorme das principais personagens provocou-nos um riso incontrolável. Por tudo o que já dissemos, será que não existe nada para recomendar o Space Siege? E a possibilidade de existirem múltiplos jogadores? Infelizmente, não. Talvez seja melhor optar pelo Shadowgrounds Survivor. É mais agradável à vista, mais divertido jogar e – surpreendentemente – tem muito mais profundidade.
1
1 As poucas lutas baseiam-se mais em resistência do que em destreza. A maior parte dos vilões age praticamente da mesma forma e tem um aspecto muito idêntico. 2 O Plastic Pal Who’s Fun To Be With assume o lugar do sistema de parceria de Dungeon Siege. Equipe-o e actualize-o, mas em grande medida a aventura é igualmente simples sem ele. 3 Escolha diferentes armas ao longo do percurso. Bom, trata-se mais de actualizações das poucas armas principais... 4 As suas capacidades especiais aumentam a potência das suas armas.
2
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BIONIC COMMAND REARMED Um clássico com um face lift Bionic Command Rearmed é uma sequela do clássico de 1988, Bionic Command. Este jogo dos anos 80 é um mito no universo dos jogos de computador e do género de plataformas e tem uma legião de fãs graças à sua jogabilidade viciante e mecânica simplista. Neste título, o leitor incorpora o papel de Nathan “Radd” Spencer, que sem razão aparente possui um braço direito mecânico. A verdade é que a personagem é incapaz de efectuar saltos, e como tal necessita de utilizar este braço mecânico para conseguir subir para as plataformas. Numa fase
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inicial, torna-se algo bizarro, mas após alguns movimentos o leitor habituar-se-á às vantagens do braço biónico. Embora seja um jogo de plataformas, não é limitado como o seu predecessor, que se resumia a ultrapassar inúmeros cenários. O jogador pode ser atacado por inimigos mesmo no momento em que passa de um nível para outro. Por exemplo, o helicóptero de transporte pode ser atacado obrigando-o a saltar para o chão ou para a plataforma e enfrentar os inimigos em novos cenários, o que implementa um maior tempo de
VICIANTE
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INTUITIVO
✔
LIMITADO
✖
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vida ao título. Em termos gráficos, está perfeito. Existe uma simbiose entre as cores dos gráficos 3D, os cenários e a personagem. O facto de ser acompanhado por uma banda sonora de 8 bit, também torna a experiência de jogar este título muito gratificante. É impressionante a solidez da mecânica tanto no jogo original, como na sequela actual. É semelhante ao Portal, mas numa perspectiva dos anos 80, o que torna este jogo muito actual. As semelhanças com Portal ocorrem com o controlo perfeito das acções.
Um cenário clássico dentro do género de plataformas, mas com uma acção bastante apelativa
DE SALTO EM SALTO 1 Dominar na perfeição os movimentos do
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braço mecânico é fundamental. Se falhar, irá cair num precipício ou em cima de um objecto afiado. É mais fácil morrer de um salto mal cronometrado do que com uma bala inimiga. 2 As balas movimentam-se de forma muito lenta dando tempo ao jogador para se esquivar. 3 Este cartaz representa o General Killt; o objectivo é eliminá-lo. 4 Infelizmente, os barris não explodem, mas podem ser utilizados como arma de arremesso.
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O leitor necessita dominar na perfeição o seu braço mecânico e fazer uso dele juntamente com uma pontaria afinada.
MULTIPLAYER OPCIONAL Além das missões para jogador, foi incluído um modo multiplayer mas sem a ligação online. Isto é, o leitor pode jogar contra outros jogadores, partilhando no entanto o mesmo PC ou ligando vários gamepads e reunindo os amigos para uns serões divertidos. Este conceito está ultrapassado na
actualidade, mas é um facto que esta variante pode ser uma opção para quem quer passar bons momentos com os amigos. Foi introduzido o modo cooperativo que funciona melhor utilizando um monitor widescreen, caso um dos jogadores fique bloqueado numa determinada área do cenário. Isso leva o jogo a criar uma nova janela, o que implica um ecrã com uma boa amplitude. Numa fase inicial, pode tornar-se algo complicado, mas com o evoluir do jogo torna-se bastante intuitivo. Na realidade, este título pretende ser uma espécie de jogo social (no modo multiplayer) na medida em que implementa uma competição amigável entre um grupo de amigos. No entanto, existem alguns aspectos negativos: não existem saves e o jogador apenas tem três vidas. De modo a colmatar este aspecto, foi introduzida a possibilidade de ganhar vidas extra, um elemento que permite prolongar as missões. Embora tenha um estilo de jogo ultrapassado, é uma opção bastante viável para aqueles leitores que pretendem relembrar velhos tempos, mas com uma nova abordagem. Um título obrigatório.
Produtora CapCom ■ Preço Por definir ■ Site www. bioniccommando.com ■ Requisitos de sistema Processador a 2 GHZ, 512 MB RAM, placa gráfica 128 MB
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A ARTE DO REMAKE A PCGuia apresenta projectos que tentam manter vivos os jogos preferidos, muito depois de o ecrã de Game Over ter desaparecido da memória
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É um facto triste, mas nem por isso deixa de ser uma constatação acertada: um jogo tem uma esperança média de vida extremamente curta. Chega à prateleira na segunda-feira, passa para o caixote das pechinchas na quarta e na sexta já não passa de uma recordação agradável e a uma referência ou duas nos fóruns online mais geeks. Bom, estamos a exagerar, claro, mas os editores pouco mais fazem com os jogos antigos do que impedir os outros de os distribuir, as lojas não têm espaço para armazenar títulos que não estejam a vender e os jogadores, bem, esses são inconstantes. Um curto par de anos pode ser a diferença entre o melhor jogo de sempre e uma tortura gravada em
CD. A ausência de funcionalidades básicas, como alta resolução, mouselook ou a capacidade de dar saltos, pode transformar um reconhecido clássico como Doom em nada mais do que uma coisa para saudosistas da velha guarda, que nada diz aos novos jogadores. E depois há os projectos de remake. Há dois tipos de remake. A reconstrução e o remastering. Uma reconstrução pega no conceito básico de um jogo, como Frogger ou Space Invaders, e tenta modernizálo. Um jogo remastered concentra-se em manter o jogo nuclear mais ou menos como era, mas trazendo a tecnologia (e, normalmente, o design da interface) a níveis modernos. Um exemplo do primeiro
poderia ser uma versão a 3D de Frogger, onde a câmara está na boca do sapo em vez de por cima do nível, ou onde o sapo tem de navegar por um mundo tridimensional a vários níveis para chegar ao destino. Uma versão remastered apenas trocaria os velhos sprites por modelos 3D bem acabados e deixaria o resto como estava.
REMAKES COMERCIAIS São poucas as empresas que os fazem, por uma série de razões. A principal é que isso não dá muito dinheiro, a menos que se converta o jogo para uma plataforma completamente nova, e um novo público. Mesmo depois de um jogo ter sido completamente redesenhado, a percepção de que ele é velho pode ser uma desvantagem. O número de pessoas que procuram que se dê mais uma hipótese a um título antigo não vai estar à altura do público em potência para uma coisa completamente nova. Serviços como o Xbox Live lidaram um pouco com isso, como quando o Prince of Persia obteve um jogo absolutamente novo na forma da trilogia Sands of Time e também um remake completo do jogo de plataformas original, mas isto raramente acontece. Dito isto, houve alguns remakes comerciais de grande vulto. Mais recentemente, o mais famoso foi Tomb Raider: Anniversary. Este pegou na intriga e nos locais do jogo original e reconstruiu-os. Além de ter muito mais polígonos e efeitos gráficos, melhorando a Lara e o seu ambiente, cada área foi criada com a ideia de
criar o jogo que a Core teria feito se tivesse tecnologia moderna e dez anos de sequelas para a orientar, na altura em que o jogo apareceu. Incluiu muito mais puzzles e cenário, uma Lara capaz de se deslocar livremente pelo mundo (o original usava unidades de blocos, e o acesso aos triângulos só apareceu em Tomb Raider III) e eventos de QuickTime durante as cenas intercalares e os combates com os big bosses. Muitos remakes não têm a sorte de ser de licenças de tão grande vulto. Além disso, os jogos a partir dos quais se decide fazer uma nova versão podem ser… fora do comum. Entendemos, por exemplo, o caso de RealMyst – uma recriação tridimensional do jogo Myst original. Quanto a The Journeyman Project, já não se percebe. A Westwood pediu assistência externa para Dune 2000 – que deve ser o RTS mais esquecível de sempre. Sid Meier’s Pirates! viajou de 1987 para 2004 e só arranjou fãs novos. E, claro, alguns jogos deveriam continuar enterrados. Quaisquer boas recordações que as pessoas tivessem de Defender of the Crown desapareceram após o terem jogado. Só Deus sabe quem é que desejava ver uma actualização de Bad Mojo, a simulação de barata/aventura em gráficos nojentos, onde imagens de fundo de ratos mortos e pedaços de peixe voltaram a ser apresentados aos nossos estômagos. Pode defender-se que o remake comercial mais impressionante de sempre foi Tex Murphy: Overseer, lançado em 1998. Baseava-se na aventura, de 1989, Mean Streets, embora só tivessem em
King’s Quest II, trazido para o Século XXI por uma equipa anónima
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comum o enquadramento básico da intriga. Mean Streets era uma mistura estranha de aventura vista de lado com pedaços de simulador de voo e tentativas muito primitivas de pôr actores (ou, mais rigorosamente, empregados da Access Software) num jogo. A história de Overseer foi completamente reescrita. Todas as personagens e cenas intercalares são tratadas por filmes surpreendentemente bons. Foi um dos últimos filmes interactivos. Foi um desastre.
E EM CASA, QUEM OS JOGA?
Lefty’s Bar tal como representado no remake de Larry, dos anos 90, e o original, Softporn
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É preciso um tipo específico de título para convencer os jogadores a aderirem. Para começar, tem de ser original e ter valor de culto. Os jogos que são refeitos são inevitavelmente os que começaram algo de novo. Os títulos que todos os jogadores do seu tempo conhecem mesmo sem os terem jogado, e que sabem que são bons, quanto mais não seja por osmose cultural. O jogo mais recente que revelou esse esforço foi Half-Life original, através de Black Mesa Project (uma tentativa de melhorar o remake mal amanhado da própria Valve, que consistia em pouco mais do que os modelos e os dados do mapa enfiados no novo motor). Quando o projecto foi anunciado, parecia ser cedo demais. Mas com tantos atrasos depois, quem sabe? O segundo factor chave é que tem de haver uma razão genuína para que se dê a esse trabalho. Refazer um jogo não é muito diferente de construir um de raiz. Só que a maior parte do lado criativo e divertido
já foi feito e não se vai obter muito crédito por isso. Se o jogo original ainda for perfeitamente jogável e de acesso fácil, porquê apostar nele? Se não houver nada a acrescentar, seja a compatibilidade com os sistemas actuais ou algo mais avançado ainda, por que razão uma produtora de dá a esse trabalho?
PODE SER FEITO? O mais importante de tudo é que o trabalho tem de ser exequível. Quanto mais complexo for o núcleo do jogo, mais sistemas terão de ser implementados e recursos importantes gerados, argumentos escritos e, por conseguinte, é menos provável que o jogo seja alguma vez terminado. Os retros são os remakes mais populares, uma vez que um único programador pode lidar mais facilmente com os mecanismos nucleares (como o foi, provavelmente, o original), possivelmente com o apoio de um artista e um músico para transformar os gráficos antigos numa coisa nova cheia de estilo. Não quer dizer que seja necessariamente fácil. É só mais fazível. Os jogos como Tetris, Defender e Tempest dão um bom treino de programação. O lançamento de uma nova versão de Treasure Island Dizzy, mesmo sendo os jogos originais muito maus, pode atrair muito mais a atenção do que um projecto de código aberto sobre semáforos. Não que tenhamos saudades deles. Ultimamente, os jogos de aventuras tornaram-se num dos géneros preferidos para remakes. Isso graças à má qualidade das novas aventuras que têm aparecido e à disponibilidade de uma ferramenta
ENTRETENIMENTO
À CAÇA DE REMAKES Como em qualquer lista comprida, actualizada metodicamente por pessoas que parecem ter tempo livre a mais, a Wikipedia é um bom ponto de partida. Em en.wikipedia.org/wiki/ List_of_video_game_remakes encontra uma colecção de todos os principais projectos de remake que existem, incluindo a maioria dos comerciais. O que não encontra são os mais pequenos e há quem diga que mais interessantes (quanto mais não seja por estarem disponíveis gratuitamente) projectos de freeware. O site de abandonware, Abandonia, tem um site irmão, o Abandonia Reloaded, que se deveria especializar em remakes, mas que também se tem espraiado para o freeware em geral. De qualquer modo, encontra-o em www.reloaded.org. Para se manter actualizado com os novos lançamentos à medida que saem, pode dar uma vista de olhos aos blogues dos jogos independentes (www.tigsource.com e www.indiegames.com). Em ambos os casos encontra os remakes mais procurados entre os novos títulos da lista, mas o sistema de rótulos ajuda-o a encontrar os jogos que lhe interessam. Há sites mais especializados, como as colecções de Flash em www.newgrounds.com/ collection/videogameremakes, jogos específicos para handhelds em handheld.remakes.org. Veja ainda www.classic-retro-games.com. Se quiser mais jogos clássicos veja o Showcase em www.retroremakes.com, quer procure Ant Attack, Alien8, Manic Miner, ou... Power Rangers: Dino Thunder? Como sempre, se houver um jogo que quer desesperadamente voltar a jogar, o seu melhor amigo é o Google. Nunca sabe que interesse poderá partilhar com outros cibernautas…
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Dirk, de Dragon’s Lair II, a série mais refeita da História
específica: o Adventure Game Studio. Esta acaba com muita da chatice que é programar aventuras, permitindo ao criador do jogo concentrar-se no scripting do jogo em si. Tem também uma enorme comunidade de criadores com quem pode falar para trocar ideias. A série Quest da Sierra tem tido a parte de leão. A equipa anónima da AGDI produziu remakes completos de King’s Quest 1 e 2, com Quest for Glory 2 a caminho. Em vez de simplesmente actualizar o som e a arte, foram ambos reescritos de raiz, tendo mais puzzles e elementos da intriga, mapas redesenhados e fala por todo o jogo. Outra equipa, a Infamous Adventures, ficou mais próxima do projecto original, mas de outro modo deu o mesmo tratamento a King’s Quest III, e está a trabalhar noutro projecto baseado no horroroso Space Quest II. A Infamous também refez Leisure Suit Larry 2 com uma interface de point and click, substituindo a introdução de texto do original.
E O RESTO? A pergunta óbvia é: que aconteceu a Quest for Glory 1, Space Quest 2 (Sic.) e Larry 1? A Sierra fêlos primeiro. No começo dos anos 90, tirou do armário várias das suas séries mais populares, principalmente aquelas três, e Police Quest. Foram completamente redesenhadas para ficarem com interfaces de point and click, utilizarem o motor SCI da Sierra, gráficos VGA, mais piadas e música e efeitos sonoros como deve ser (os que usam uma placa de som). Os jogos de Larry receberam o segundo upgrade de vulto. O jogo original foi, ele próprio, um remake (e em grande parte uma sátira) de um jogo da Sierra mais antigo, Softporn Adventure, uma aventura de texto “erótica”, considerado o jogo menos sexy do mundo. A legalidade dos remakes é muito simples: não se
Bad Mojo Redux. Para quem quer ver ratos mortos em alta resolução
podem fazer. Na prática, cabe a cada criador – ou, mais rigorosamente, editor – deixar ou não que se faça. Quanto mais antigo for um jogo, mais provável será que ninguém lhe diga que não. Se o fizerem, os criadores dos remakes têm duas opções: parar e desistir tal como lhes foi dito, ficando todo o trabalho desperdiçado, ou lançar o jogo e enfrentar as penalidades possíveis. A palavra para o facto de o detentor de uma licença impedir um projecto é “foxed”, que vem de quando a Fox Interactive impediu que se fizesse uma modificação de Doom baseada em Aliens. Os criadores que esperam evitar isto apenas têm uma opção: lançar o jogo e esperar que se espalhe pela Internet rápido o suficiente para que os vários advogados não reparem nele, enquanto mantêm o anonimato utilizando pseudónimos e páginas Web anónimas. Embora legal e moralmente uma empresa tenha o direito de recusar a autorização para que se utilizem
Uma vez jogado, nunca se esquece. The Ur-Quan Masters não é só um jogo de culto, é “O” jogo de culto
personagens suas, ao fazê-lo pode mostrar uma atitude muito mesquinha. O que não se pode mesmo fazer é vender um remake. Isso viola as leis de direito de autor.
NUNCA DIGA NUNCA A Square acabou com um remake de Chrono Trigger em 2004, numa altura em que esse jogo, da década de 90, era impossível de obter (e nunca foi lançado por cá). No entanto, no mês passado anunciou o seu próprio remake comercial para a Nintendo DS, e se só 1 por cento dos fãs que esperam esse jogo o comprarem, já são vários milhões de dólares que a empresa arrecada com isso. De modo semelhante, a Sierra lançou vários pacotes de aventuras clássicas (mas tão maus que vários deles não tinham códigos de protecção de cópia e um deles era quase impossível de jogar). Não venderam muitas cópias, mas foram mais do que as que venderiam se tivessem a concorrência de versões gratuitas muito superiores. Para além disso, mesmo se um jogo nunca mais vender nenhuma cópia, as empresas estão cada vez mais cientes das vantagens comerciais de lançar jogos antigos de graça para ajudar às vendas de uma sequela futura ou só para ter umas linhas na imprensa. Veja a Sierra com Betrayal at Krondor e Red Baron. E se quiser uma cópia de Grand Theft Auto ou GTA2, é só passar pelo website da Rockstar. Uma maneira de ultrapassar este problema é não refazer o jogo, mas criar um novo utilitário onde se possa jogar os ficheiros do mesmo. O mais famoso destes é SCUMMVM, originalmente feito para os jogos da Lucasarts mais antigos, mas agora capaz de tratar de uma série de títulos antigos de outros criadores. A Exult faz uma coisa parecida com Ultima VII. Aqui o senão é que os jogadores precisam de adquirir algures cópias dos ditos ficheiros.
Recado para os extraterrestres. Se estiverem a preparar uma invasão, que seja mais ou menos assim...
ENTRETENIMENTO
TÍTULOS PARA JOGAR AGORA Em primeiro lugar, aventuras. Os jogos da série Quest de que já falámos são pontos de partida perfeitos, e encontrá-los-á em www. infamous-adventures.com e www. agdinteractive.com. Se ainda não jogou um título da Sierra, King’s Quest II é o seu melhor ponto de partida (pelo menos até sair Quest for Glory 2 – era originalmente um jogo fantástico e o remake parece ser excelente). A intriga é simples, pelo que não perde nada em não jogar o primeiro. No entanto, o começo de KQIII é extremamente difícil. Mudando de ritmo, Maniac Mansion Deluxe da Lucasfan Games é uma excelente conversão directa de um dos primeiros jogos de aventura gráfica. Já não tem presença oficial na Web, mas procure no Google para encontrar um espelho. Star Control II (sc2.sourceforge.net) é um dos clássicos de culto com que os fãs deliram. Como muitos jogos antigos, é difícil de entrar nele (a menos que faça batota e siga um guia passo a passo), mas tem uma mistura de estratégia e RPG que garante ser diferente de tudo o que tenha alguma vez jogado. Quase tão adorado era School Daze, o sim original de “mau rapaz”, disponível com o nome Mass of ‘99 (retrospec.sgn.net/users/rjordan/ klass/).
Tem provavelmente o traseiro mais famoso da história dos jogos
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Fica assim disponível apenas para os fãs devotos que ainda têm os discos originais dos jogos num envelope almofadado. Ou quem tem acesso à Net e a um programa P2P. A outra maneira, ainda mais segura, é trabalhar com os próprios criadores. Infelizmente, as pessoas que realmente criaram o jogo não contam. Normalmente não têm os direitos dos seus títulos e franchises. Muitos (senão a maioria) ficam satisfeitos em ver os seus jogos vivos e a serem jogados em vez de esquecidos ou metidos algures nalgum cofre. O mais bem sucedido destes projectos é The UrQuan Masters, que começou com o código aberto de Star Control 2 em 3DO e ficou um projecto de remake em si. O nome Star Control não estava disponível, mas tudo o resto – os nomes dos extraterrestres, os gráficos, os sons e todos os recursos – foi posto à disposição. Os criadores são independentes, mas não têm de se preocupar com que o seu projecto seja fechado por um advogado qualquer. Para além disso, os criadores originais puderam utilizar a atenção gerada para persuadir a Activision a encomendar uma sequela como deve ser (substituindo o odiado SC3). Não funcionou, mas nem todas as histórias têm um final feliz.
RETRO ESTÁ VIVO O futuro dos remakes é incerto, na melhor das hipóteses. É provável que, enquanto há jogadores, haverá actualizações dos grandes clássicos, como Tetris, Qix, Space invaders e Q-Bert. No entanto, quanto mais avançados se tornam os jogos, menor é a probabilidade de os criadores domésticos poderem estar à altura, quanto mais superar, os valores de produção fenomenais dos títulos actuais. Uma coisa – e não é pequena – é voltar a pintar 50 imagens de fundo e criar sprites, mas outra é não só recriar um
mundo de jogo dos actuais, como fazê-lo com mais qualidade. Ao contrário dos jogos bidimensionais originais, presos aos pixels exactos que foram desenhados pelos seus artistas, há muito que se pode fazer para que até o mais simples jogo tridimensional tenha um aspecto mais atraente. Pode ser substituir as texturas (como se viu em Deus Ex: Invisible War e em System Shock 2) por algo mais detalhado. Ou criar um novo motor para processar os ficheiros originais e acrescentar uma iluminação com a cor correcta para os sombreados, ou outros efeitos do mesmo género. Há outros projectos para manter os títulos jogáveis na sua forma original, como o DOSBox (o cerne de muitos dos jogos clássicos no Steam e do futuro serviço Good Old Games). Os gráficos e o som já há muito que chegaram a um ponto onde, se quiser jogar esses jogos, o aspecto original não vai causar grandes problemas. Uma boa direcção artística vence sempre à alta tecnologia. O estado de coisas é triste, mas tem um lado positivo. Com as máquinas virtuais e os emuladores e computadores com potência suficiente para fazer tudo o que os jogos antigos precisam, estamos a deixar para trás o mundo em que os jogos “morrem”. Já não estão é facilmente disponíveis, o que não é o mesmo do que desaparecidos para sempre. Desde que um certo título ainda tenha fãs, os clássicos de hoje e de outrora podem, potencialmente, viver para sempre. E se a humanidade criar alguma vez um computador que englobe todo o universo com um milhão de terabytes numa área do tamanho de uma unha, capaz de reescrever as próprias leis da física com um simples piscar do seu cérebro electrónico, pode ter quase a certeza de que alguém, algures, terá lançado uma versão de Dragon’s Lair para ele.
LANÇAMENTOS
Opinião
DESPORTOS ELECTRÓNICOS
MADWORLD Viu o Sin City? Gostou? Se a resposta for afirmativa, existe uma forte probabilidade de gostar deste jogo. Todo o cenário é desenhado e existem apenas duas cores predominantes: o preto e o branco, sendo que de vez em quando aparece o vermelho (sempre que há sangue). Se pensa que a história e o jogo são tão básicos quanto as opções cromáticas, desengane-se. O jogo oferece acção sem limites, violência levada ao extremo, humor negro e um clima de terror inigualável. Os próprios criadores do título admitem que este possa vir a ser censurado em alguns países. A história fala de uma organização terrorista que controla Varrigan City e que torna a cidade num palco de um programa de televisão, cujas regras são matar ou ser morto. A personagem principal (que parece o Hellboy) anda sempre armada com a sua moto-serra e consegue fazer mais estragos por metro quadrado do que a maioria dos heróis dos outros jogos. O ambiente está repleto de objectos com que se pode interagir e que proporcionam muita adrenalina. EDITORA SEGA ■ PLATAFORMA WII
SINGSTAR ABBA A Sony vai disponibilizar este Natal, exclusivamente para a PlayStation, o SingStar ABBA. O jogo inclui, como não podia deixar de ser, êxitos como Mamma Mia, Gimme Gimme Gimme, Waterloo e Dancing Queen. Este jogo está a ser desenvolvido em parceria com os ABBA e a Universal Music Group na Suécia, que gere os direitos da marca. Os ABBA venderam cerca de 370 milhões de discos a nível mundial. O álbum de 1992, Gold, é um dos álbuns mais populares de todos os tempos, 26 milhões de cópias vendidas. EDITORA Sony ■ PLATAFORMA PlayStation 2 e PlayStation 3
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ZOO TYCOON 2 ULTIMATE COLLECTION Construir um jardim zoológico com animais de todos os géneros (até valem aqueles que já estão extintos) é a proposta que Zoo Tycoon 2 Ultimate Collection faz aos jogadores. O leque de animais disponíveis é muito vasto, pelo que é difícil ficar sem opção de escolha rapidamente. Ao todo são mais de 100 animais, centenas de objectos e dezenas de desafios e cenários. Este pacote junta cinco jogos premiados e líderes de vendas: Zoo Tycoon 2, Zoo Tycoon 2 Endangered Species, Zoo Tycoon 2 Marine Mania, Zoo Tycoon 2 Extinct Animals e Zoo Tycoon 2 African Adventure. EDITORA Microsoft ■ PLATAFORMA XBox 360
Nos dias 5, 6 e 7 de Setembro realizou-se, no Centro de Congresso do Estoril, o My Games Zon. Entre as várias actividades, destacou-se a final da qualificação para os World Cyber Games 2008 (com Counterstrike 1.6, FIFA 08, Need For Speed Pro Street, Guitar Hero III e Halo 3) e as finais da Powercolor Iberia Source Cup (Counterstrike Source). Infelizmente (na minha opinião), não esteve presente o Call of Duty 4 no PC... Talvez para a próxima. Não deixa de ser bom ver que os desportos electrónicos estão a ganhar mediatismo em Portugal, se bem que ainda temos um longo caminho a percorrer, comparado com o que acontece lá fora. Começaram também os torneios online da Clanbase: OpenCup e EuroCup. Mais uma vez, Portugal está bem representado, com dezenas de clãs espalhados pelos vários jogos. Só no Call of Duty 4 S&D Pro, contamos com 22 clãs dividos pelas duas divisões. De mencionar a participação dos lastshow.cod4 e uP eSports Club na EuroCup (na qual a participação é por convite). Desejo-vos desde já boa sorte na competição. A jogar Counter-Strike: Source, estão presentes na EuroCup os habituais Kick eSports e os E-Gaming. Outra organização que começa a época de torneios é a ESL – Electronic Sports League. A diferença neste caso é que os torneios se dividem por países, logo, temos uma secção só para nós. É bom ver que a participação de clãs portugueses em competições online está em grande. O mesmo não se pode dizer dos eventos LAN (torneios offline). Aí a falta de apoios e patrocínios não permite a deslocação de equipas inteiras pela Europa fora. Não é de admirar, visto que, se os desportos electrónicos são um fenómeno relativamente recente lá fora, em Portugal estão em estado embrionário. De qualquer forma é de louvar os esforços de quem tenta melhorar o seu jogo, de forma a levar o nome do nosso país lá para fora. Mais informações: MyGames ZON – http://zon.mygames.pt Clanbase – http://www.clanbase.com ESL – http://www.esl.eu SIGTERM, TEAM HAZARD
Jogos Online
AION: TOWER OF ETERNITY Em Aion o mundo foi dividido em duas partes, habitadas por duas facções – os Elyos e os Asmodians – que se distinguem facilmente. Os primeiros habitam o planeta que possui luz, têm uma aparência humana e luminosa. Os segundos habitam no lado mais sombrio e possuem uma aparência rude, têm garras e semblante demoníaco. Ainda assim, neste jogo a aparência não distingue o bem do mal, até porque não existe essa separação. O objectivo é simples: conquistar a outra metade. Para tal, existem guerreiros, espadas, escudos, flechas e um conjunto de recursos bastante comuns neste tipo de jogo. Ou seja, este título não foge muito do esquema vencedor a que a maior parte dos amantes dos jogos online está habituada. No entanto, há excepções à regra. Em Aion, as personagens têm asas e voam, aliás, esta é uma estratégia essencial para conseguir chegar a novos patamares. Existem quarto classes disponíveis: guerreiro, scout, mago e padre. O recurso ao voo é um dos pontos fortes e que distingue este jogo dos demais. A data de lançamento ainda não foi confirmada, mas deverá estar para breve, até porque já está disponível na Ásia. Editora NCSoft ■ Site http://eu.aiononline.com
DRAGON AGE:ORIGINS Este sucessor de Baldur’s Gate está a gerar algumas expectativas. O jogo deverá sair no início do próximo ano, pelo que os detalhes ainda não são muitos, mas a editora já fez saber que os jogadores podem esperar grandes batalhas, combinações de feitiços, um leque alargado de armas e habilidades, personagens personalizadas e um enredo que se vai construindo consoante as opções tomadas no decurso do jogo.
Editora Bioware ■ Site http:// dragonage.bioware.com/
WORLD OF WARCRAFT: WRATH OF THE LICH KING Se tudo correr como planeado, no dia 13 de Novembro, deverão chegar as duas edições de World of Warcraft: The Lich King. Wrath of the Lich King estará disponível em dois pacotes de DVD-ROM para Windows/XP/Windows Vista e Macintosh, e numa edição para coleccionador. A expansão vai dar lugar a um novo cenário: um continente a norte de Eastern Kingdoms e Kalimdor, chamado Northrend. É aqui que, para além de terem a oportunidade de enfrentar Arthas, os jogadores podem encarnar novas personagens, como Death Knight, e ainda avançar para o nível 80. Editora Blizzard ■ Site www.worldofwarcraft.com/wrath/
SHOPPING
ANTHONY APRESENTA SOLUÇÕES ANTI-ACNE Os produtos Anthony Logistics For Men incorporam ingredientes naturais e foram especialmente concebidos para a pele masculina. O destaque vai para o novo Complete Acne Treatment, uma solução para peles oleosas que elimina bactérias, ajuda a tratar irritações, hidrata a pele, uniformiza-a e melhora a textura e o tom. A embalagem com 50 ml está à venda por 48 euros.
EASTPAK CRESCE EM VARIEDADE E ESTILO Com algumas características muito úteis, como a resistência a toda a prova e uma garantia de 30 anos, os novos modelos de malas e mochilas da marca Eastpak vêm enriquecer o universo da street wear com uma colecção Outono/Inverno diversificada. Mais modelos, padrões e funcionalidades são as novidades lançadas pela marca norte-americana, com propostas para todos os elementos da família e estilos personalizados, desde o mais clássico ao mais radical. Com um look essencialmente desportivo e moderno, a nova colecção mantém as cores fortes, mas acrescenta algumas novidades, como o regresso de padrões clássicos, nomeadamente os axadrezados em cinza e a eterna risca de giz. Nas 13 linhas da Eastpak encontra o que procura.
MEMPHIS, A NOVA PROPOSTA PULSAR Inspirada na cidade preferida do eterno Rei do Rock, Elvis Presley, a Pulsar continua a inovar e a deslumbrar, desta feita com o lançamento do Pulsar Memphis. O relógio oferece um design contemporâneo sem nunca perder a identidade intemporal. Este cronógrafo distingue-se pela caixa em aço inoxidável, vidro curvo em cristal mineral e bracelete em aço inoxidável com fecho de báscula. Ideal para homens urbanos, activos e exigentes com uma personalidade própria. Elegante, vistoso e moderno, o Pulsar Memphis apresenta ainda um bisel ionizado rotativo com régua de cálculo multifunções e resistência à água até 100 metros.
CÉREBRO MAIS ACTIVO COM CEREBRAL ACTIVE + Para dinamizar as funções cerebrais, melhorar a memória, a concentração e a atenção no trabalho e no estudo, os Laboratórios Biocol lançaram o Cerebral Active +, agora enriquecido com Ómega 3. Com uma fonte de ácidos gordos Ómega 3 e de fosfatidilserina, importante no desenvolvimento mental e cognitivo, Cerebral Active + apresenta também uma acção anti-asténica e estimulante e uma acção anti-oxidante. Além disso, melhora a função do sistema cardiovascular e vascular cerebral, dada a presença de fósforo. A composição de Cerebral Active + integra, entre outros ingredientes, extracto de gingko biloba, geleia real (liofilizada), lecitina de soja, extracto de ginseng, além de vitaminas E e C e minerais como o zinco, o magnésio e o manganês. O produto encontra-se à venda em farmácias e dietéticas em ampolas (uma caixa de 20 custa 29,59 euros) e cápsulas (uma caixa de 60 custa 23,23 euros).
TISSOT PRESTA TRIBUTO A CARLOS SOUSA
NOVOS KITS NIVEA FOR MEN
A Tissot associa-se ao piloto de automóvel Carlos Sousa e cria uma edição portuguesa, limitada e numerada. A edição exclusiva Tissot Carlos Sousa é composta pelo relógio T-Tracx, que vem numa embalagem especial, réplica do capacete oficial do piloto. O design é marcado pelas linhas aerodinâmicas, especialmente evidentes na caixa do relógio, que recria um aileron, e pelas cores de cada detalhe, inspiradas nos instrumentos de navegação de alta competição. A edição especial e numerada está à venda por 495 euros nas lojas Boutique dos Relógios.
A preocupação masculina face aos cuidados de beleza está a aumentar. Chegou a hora de os homens dirigirem as suas preocupações para a aparência e, acima de tudo, para o bem-estar. As bolsas Nívea For Men foram especialmente concebidas com essas duas preocupações: a necessidade de cuidar da pele, por um lado, e facilidade de transportar os produtos, por outro. As bolsas Nívea For Men permitem viajar confortavelmente, já que contêm tudo o que é necessário para o cuidado diário de uma pele masculina. As novas ofertas, para todos os tipos de peles, dividem-se em Kit Advanced, Kit Sensitive, Kit Energy e Kit Fresh Sensitive, todas disponíveis por 12,99 euros.
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PCG PRO
AVAYA SUPORTA CONTACT CENTER DA EDP O objectivo é balancear o tráfego telefónico entre os dois centros de atendimento da empresa nacional
O novo centro de contactos da EDP está situado em Seia e utiliza a tecnologia IP da Avaya. Esta infra-estrutura funciona em articulação com o contact center que a eléctrica nacional tem em Odivelas e veio permitir a criação de 150 novas posições de atendimento. Segundo fonte da EDP, a «importância crescente do canal telefónico na relação com os clientes, a procura de uma melhoria contínua na qualidade deste relacionamento, bem como a introdução de um backup para garantir a permanente disponibilidade de atendimento» justificam o investimento nesta nova unidade de contact center. Além de ter como objectivo melhorar o serviço prestado aos clientes da EDP, esta infra-estrutura terá como missão garantir a continuidade da operação de atendimento telefónico em caso de desastre. A permanente disponibilidade do canal telefónico, mesmo no caso da ocorrência de um eventual desastre nalguns dos sites é possível porque o tráfego telefónico é balanceado automaticamente entre os dois centros de atendimento. «Apesar de os centros de Odivelas e Seia funcionarem como um só, toda a implementação do novo centro de Seia foi muito bem planeada e não implicou qualquer degradação ou interrupção no serviço prestado aos clientes», acrescentou a mesma fonte da EDP. L.D.
PCGUIA
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NOTÍCIAS
OUTSOURCING DE TI MOBILIZA EMPRESAS A Associação Portugal Outsourcing reúne 10 empresas que prometem definir medidas para promover e dinamizar o sector no nosso país
AO DETALHE O EXEMPLO ESPANHOL
nacional de outsourcing de TI. As questões laborais, fiscais e culturais são, no entender do presidente da APO, os principais entreves ao desenvolvimento do sector. Em matéria fiscal, o grande handicap prende-se com os valores do IVA e do IRC, que se situam entre os maiores da Europa e comprometem a competitividade dos prestadores de serviços nacionais. A associação defende a aplicação de um regime específico para o outsourcing, diminuindose a desvantagem que existe em relação aos serviços internos de clientes com regimes especiais quando executam exactamente os mesmos processos no mesmo mercado. As questões laborais também terão de ser alvo de uma revisão, nomeadamente os horários de trabalho, que deverão ser adaptados a um contexto de prestação de serviços internacional. A Portugal Outsourcing diz que existe falta de flexibilidade na contratação, existindo igualmente rigidez nos modelos de remuneração em vigor. No que respeita a entraves culturais, a associação afirma que a opinião pública ainda tem uma percepção negativa do outsourcing a nível de protecção do emprego e dos direitos laborais. Eliminadas estas barreiras, a APO considera que Portugal tem um conjunto de características que lhe permitirão posicionar-se como um centro transnacional de prestação de serviços, nomeadamente o seu posicionamento na União Europeia, a disponibilidade de recursos humanos qualificados, as capacidades inatas da cultura portuguesa, a rede de comunicações e os custos competitivos em relação ao espaço europeu. L.D. VÍTOR GORDO
Em 2006, o outsourcing representou 42% do mercado tecnológico espanhol, prevendo-se que venha a representar 47% em 2010. Contas feitas, em 2006, este sector movimentou 2509 milhões de euros em Espanha. A Associacion Española de Empresas de Consultoria tem a seu cargo a promoção das oportunidades de negócio no sector. Através do projecto Value Shore Europa, esta associação pretende converter Espanha num pólo europeu de referência de outsourcing, atraindo serviços informáticos estrangeiros de alto valor acrescentado.
A Accenture, a Capgemini, a Deloitte, a Glint, a IBM, a Indra, a Logica, a Novabse, a Reditus e a PT formam a nova Associação Portugal Outsourcing (APO). Juntas, as 10 empresas representam cerca de 81 por cento da quota do mercado nacional e apostam na promoção e dinamização do outsourcing no sentido de o tornar um motor da economia portuguesa. Actualmente, a actividade de outsourcing de tecnologias de informação e de processos (business process outsourcing) gera 561 milhões de euros, mas a Portugal Outsourcing espera que esta actividade represente 1% do Produto Interno Bruto nacional num prazo de sete anos. A concretizar-se, este crescimento permitirá gerar mais 10 mil postos de trabalho e mil milhões de euros de receitas. A criação de postos de trabalho deverá ser igualmente acompanhada por investimentos importantes em formação e qualificação dos trabalhadores do sector. Para já, a missão da APO passa por divulgar a actividade e a oferta do outsourcing em Portugal, representar o sector junto dos principais agentes económicos, promover as melhores práticas na prestação de serviços de outsourcing, bem como dinamizar a criação de centros de competência no mercado nacional. «O outsourcing por si só não é garantia de benefícios; necessita de ser enquadrado nos modelos correctos e com as capacidades necessárias», esclareceu o presidente da Portugal Outsourcing, Francisco Moreira Rato. Para levar a sua missão avante, ou seja «converter Portugal, num pólo de referência para o outsourcing», esta associação terá de contornar alguns obstáculos que se erguem no mercado
Francisco Moreira Rato, presidente da Associação Portugal Outsourcing
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NOTÍCIAS
GRUPO ACER REVELA ESTRATÉGIA APÓS INTEGRAÇÃO O objectivo é ser o maior fabricante de computadores já em 2009 e ultrapassar a HP no mercado de notebooks até 2011 JOÃO PEDRO FARIA, EM BUDAPESTE
Gianfranco Lanci, CEO e presidente da Acer Inc
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Passado cerca de um ano sobre o anúncio da aquisição da Packard Bell (sedeada em Paris) e da rival norte-americana Gateway, o Grupo Acer juntou a imprensa da região EMEA (que engloba os territórios Europa, Médio Oriente e África) para dar a conhecer não só a estratégia que vai adoptar agora que a integração está finalmente concluída, como também os resultados obtidos na primeira metade de 2008. «Não vemos grande impacte da crise dos preços e do petróleo ou da ameaça da inflação no negócio da Acer, pelo que atingir os objectivos nunca esteve fora de questão», disse JT Wang, CEO do Grupo Acer, que se dirigiu aos jornalistas e à comunidade que acompanhava o evento através de webcast com um vídeo previamente gravado. O responsável máximo abriu a conferência salientando que «a marca tem vindo a crescer de forma sustentada porque as pessoas precisam de computadores». E vão ter que fazê-lo cada vez mais ao Grupo Acer, uma vez que a marca que lhe dá nome tem agora a companhia da Packard Bell e da Gateway. No entanto, as águas estão bem separadas – a Acer continuará a manter a sua actividade como tem feito até agora, a Packard Bell venderá apenas na Europa e a Gateway irá fazer negócio somente nos mercados asiático e norteamericano. «Esperamos um futuro brilhante», sublinhou JT Wang. Também Gianfranco Lanci, CEO e presidente da Acer Inc, disse em nome da empresa estar «orgulhoso e satisfeito com o resultado final». Voltando atrás no tempo até à data de fundação da Acer, em 1987, Lanci fez uma análise relativamente
aos principais pontos da estratégia que mudaram com o shift praticado em 2000. «Passámos de uma empresa apenas focada na engenharia para fazer o spin off das operações de manufactura; deixámos de ser uma empresa que apostava numa aproximação diversificada e descentralizada para sermos uma empresa com um enfoque claro nas vendas, marketing e serviços; já não somos apenas uma empresa global, mas sim o fabricante que está entre os três maiores players do mercado de PC e que ocupa o segundo lugar do mercado notebooks.» O CEO acredita que a empresa venderá «mais de 30 milhões de computadores pessoais este ano». Gianfranco Lanci revelou ainda que o mercado na região EMEA vai continuar a crescer na casa dos dois dígitos nos próximos três anos (são esperados 25% de crescimento no terceiro trimestre face ao segundo) e antecipou as mudanças que se vão verificar nos principais mercados da computação. «O desktop vai voltar para a mesa e o notebook vai passar a dar maior importância a aspectos como a conectividade, a personalização, o tamanho e o peso». Outra área a ter em conta é a dos handhelds, na qual o Grupo Acer está a preparar o terreno após ter adquirido a eTen. Mas, segundo Gianfranco Lanci, «ainda é cedo para novidades». Depois do cenário pintado pelos principais executivos do Grupo Acer na conferência global, a realidade mostrada aos jornalistas portugueses que se deslocaram a Budapeste no que se refere às quotas de mercado registadas em Portugal foi bem diferente. Apesar de o objectivo da marca passar por atingir pelo menos vinte por cento de quota em cada país, segundo os dados oficiais obtidos junto da IDC, o Grupo Acer (com as três marcas, portanto) atingiu em Portugal na primeira metade deste ano uma quota de 10,1% no mercado notebookx e de 3,4% no mercado desktops. A quota de mercado global é de 8,4%, um valor que ainda está longe dos 20% pretendidos, mas que ainda assim representa um crescimento de 136,4%, face ao período homólogo de 2007. Todavia, este valor garante-lhe a terceira posição no mercado, atrás da HP (30,5%) e da Toshiba (19,1%) e à frente da Asus (7,7%) e da Dell (5,7%). De qualquer modo, António Papale, director-geral da Acer Ibéria, salientou que «o mercado português é de extrema importância, valendo entre 15 a 20% da facturação ibérica». Ainda de acordo com os dados da Acer, Portugal contribuiu na EMEA, durante o primeiro semestre de 2008, com 9% da receita no mercado notebooks (o valor mais baixo entre todos os mercados que compõem a região; Espanha, por exemplo, contribuiu com 32,8%) e 3% do mercado desktops (18,5% no caso espanhol).
TOSHIBA LANÇA REDE DE INVESTIGAÇÃO E APRENDIZAGEM Dividida em três eixos distintos, a rede pressupõe um investimento global de 1 milhão de euros nos próximos cinco anos A Toshiba aproveitou a presença em Portugal do seu presidente, Atsutoshi Nishida, para assinar com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) e a Agência Viva um acordo de parceria que irá permitir a criação da Rede de Investigação e Aprendizagem Toshiba. Dividida em três eixos fundamentais, esta rede pressupõe um investimento a cinco anos na casa de um milhão de euros por parte da empresa nipónica, sendo que o Governo deverá também avançar com uma comparticipação. A rede terá um primeiro foco na institucionalização da cátedra Atsutoshi Nishida, vocacionada para a investigação e a decorrer numa universidade portuguesa. Neste caso, o objectivo é atrair um investigador de renome internacional que possa conduzir actividades de investigação no sector da produção de conteúdos digitais e utilização da tecnologia no contexto da Educação. O investigador a seleccionar deverá iniciar a sua actividade em Setembro do próximo ano. Um segundo eixo diz respeito à instalação de laboratórios de investigação orientados para a criação e difusão de conteúdos digitais através da doação de equipamento informático especializado. Esta iniciativa será concretizada no âmbito do Programa UTAustin – Portugal. Finalmente, a Toshiba vai ainda apoiar a instalação de laboratórios e ateliers de informática em centros Ciência Vida, através da doação de equipamento informático. Assim sendo, numa primeira fase, vão ser equipados os centros Ciência Viva de Coimbra e
Estremoz. «Com este investimento global, a Toshiba dá o seu contributo em termos do desenvolvimento global de Portugal, só possível pelo incentivo a uma especialização tecnológica de recursos humanos em áreas de importância reconhecida», sublinhou Atsutoshi Nishida. A empresa vai ainda avançar, em colaboração com outros parceiros empresariais, como a Prológica, com uma proposta comercial a que chamou eUniversidade – Toshiba. Trata-se da disponibilização de um portátil, que integra um pacote de software aplicacional com o Microsoft Office e o Autodesk Autocad Education Suite. A máquina tem como base a configuração da Toshiba para o programa do Governo e-Escolas e pretende abranger um universo de, aproximadamente, 350 mil utilizadoras, entre
alunos e professores de universidades e institutos politécnicos. Os alunos podem optar por duas formas de pagamento: uma que prevê a entrega de uma entrada de 50 euros, a que se somam 24 mensalidades de 25 euros, e outra onde não existe qualquer valor inicial, sendo o custo diluído por 36 prestações de 20 euros. Todos os equipamentos conseguem aceder às redes criadas nas universidades através do projecto eU, ficando automaticamente registados e activados mediante uma solução desenvolvida em conjunto com a FCCN. A subsidiária nacional da Toshiba tem obtido dos melhores resultados a nível europeu e mundial, os quais lhe garantiram, já este ano, a nomeação, pela segunda vez consecutiva, de melhor subsidiária pela sua performance. C.S.
Atsutoshi Nishida, presidente da Toshiba, e Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
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Vítor Gordo
NOTÍCIAS
Teresa Simões (CFO), Moreira Rato (presidente do Conselho de Administração) e Miguel Ferreira (CEO) do Grupo Reditus
REDITUS COMPRA TECNIDATA POR 32,5 MILHÕES DE EUROS Surge aquela que será a oitava maior empresa de serviços de TI em Portugal, com três por cento de quota de mercado nos serviços e um volume de negócios consolidado pró-forma, em 2008, superior a 100 milhões de euros A Reditus vai adquirir o Grupo Tecnidata e todas as suas participadas operacionais por 32,5 milhões de euros. Para concretizar esta operação, o Grupo Reditus vai realizar um aumento de capital reservado a accionistas da Reditus gerando um encaixe de 22,1 milhões de euros, que será aplicado na aquisição do Grupo Tecnidata. O montante em falta para completar a aquisição, 10,4 milhões de euros, será assegurado através de capitais próprios e
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com o recurso a financiamento. Para este efeito, o Conselho de Administração da Reditus convocou uma Assembleia-geral para o próximo dia 27 de Outubro, onde será apreciada esta proposta e o alargamento do Conselho de Administração de seis para sete membros, elegendo-se um chief financial officer, cargo para o qual foi indicada Teresa Simões, que apresenta uma vasta experiência na área financeira. A junção dos dois grupos origina uma empresa de grande dimensão no mercado nacional de tecnologias de informação, com um volume de negócios que deve rondar os 100 milhões de euros no final de 2008 e uma margem de lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações de 10 por cento. Com este negócio, a Reditus posiciona-se como a oitava maior empresa de serviços de TI – de acordo com o relatório «Análise Competitiva do Mercado de Serviços de TI em Portugal, 2008», desenvolvido pela IDC Portugal.
INTEGRAÇÃO DA TECNIDATA TRAZ SINERGIAS À REDITUS Com a integração do Grupo Tecnidata, a Reditus vai poder aumentar a oferta de serviços na área de IT consulting (soluções SAP) e outsourcing de infra-estruturas tecnológicas (redes e comunicação de dados); alargar a carteira de clientes, promovendo oportunidades de crossselling para entrar em novos sectores de actividade e áreas de negócio; potenciar e
desenvolver a área de business process outsourcing (BPO), impulsionada pela integração das componentes de desenvolvimento e integração de aplicações; e aumentar a sua presença internacional no segmento dos sistemas e tecnologias de informação. O CEO do Grupo Reditus, Miguel Ferreira, salientou que a junção do know-how, das pessoas e dos produtos da Tecnidata vai permitir acelerar os pilares estratégicos da Reditus, nomeadamente, aprofundar a presença do BPO no sector financeiro, alargando a actual carteira de clientes e oferta de serviços. O CEO explicou ainda que esta operação vai potenciar a transformação da área de outsourcing de infra-estruturas informáticas (OII), promovendo a entrada em segmentos de mercado em que a empresa não está presente e com maior valor acrescentado nos serviços a prestar aos clientes actuais e futuros, reposicionar a área de IT consulting como prestadora de serviços de consultoria de maior valor acrescentado quer para clientes próprios, quer para clientes de OII e de BPO, e abrir novos horizontes de crescimento, a nível do Grupo, noutros sectores de actividade. Miguel Ferreira entende que a empresa vai ter que continuar a desenvolver uma estratégia de crescimento por aquisições, complementando o crescimento orgânico que a Reditus tem registado nos últimos exercícios fiscais. C.M.
NOTÍCIAS PRO NOTÍCIAS
PME PORTUGUESAS REPRESENTAM 36% DO INVESTIMENTO EM TI Este segmento de mercado vai crescer até 2010 a uma taxa anual média de 7,8%, devendo representar, no prazo de três anos, cerca de 1,3 milhões de euros
O mercado das tecnologias de informação para pequenas e médias empresas apresenta-se hoje com grande dinâmica e oportunidades, em que as tecnologias da informação são encaradas pelas PME portuguesas como uma alavanca da produtividade e da competitividade dos seus negócios. Estas empresas são aliás responsáveis por 36% da despesa total em TI em Portugal, de acordo com as estimativas da IDC Portugal, recolhidas no mais
Gabriel Coimbra, research & consulting director da IDC Portugal
recente estudo «PME. Sondagens e Previsões. 20052010». Neste relatório constata-se que o investimento em TI neste segmento vai continuar a crescer a uma taxa média anual de 7,8 por cento, entre 2005 e 2010, atingindo nesse ano um valor de 1,3 mil milhões de euros. «Os nossos estudos mais recentes sobre o mercado de TI em Portugal dão razões para algum optimismo», diz Gabriel Coimbra, research & consulting director da IDC Portugal, explicando que «apesar do clima económico incerto, o investimento em TI continua a crescer, fruto das necessidades de modernização e competitividade específicas deste segmento de mercado». No estudo, que incluiu um inquérito a 651 PME, a IDC afirma que 67% dos inquiridos (gestores das empresas) identificaram o aumento da produtividade como o principal objectivo que se pretende alcançar através do investimento em tecnologias da informação. «A garantia da continuidade do negócio e a maior eficiência dos processos são as segunda e terceira razões para o crescente investimento em TI pelas PME», refere Gabriel Coimbra. C.M.
IST PIONEIRO NO CARTÃO DE CIDADÃO Esta é uma das primeiras aplicações no meio universitário português
Os alunos do Instituto Superior Técnico (IST) estão a ser os primeiros a inscreverem-se utilizando o Cartão de Cidadão e um simples leitor de cartões. A nova funcionalidade permite a autenticação segura dos utilizadores sem recurso à utilização de uma password, possibilitando aos alunos detentores
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do cartão o preenchimento dos seus dados pessoais, nomeadamente nome, filiação, números de identificação (BI e NC) e ainda a inserção da sua fotografia. Recorde-se que esta informação está registada electronicamente no Cartão de Cidadão. No futuro, o novo sistema possibilitará de uma forma rápida, segura e cómoda, a primeira
matrícula via Internet sem que os alunos tenham de se deslocar fisicamente ao IST para realizarem presencialmente a sua inscrição. Esta facilidade pioneira foi desenvolvida pelo Centro de Informática do IST e baseia-se na integração do Cartão de Cidadão com o sistema central de gestão de identidades do Instituto Superior Técnico. Em computadores munidos de leitor de smart cards, o sistema permite substituir a tradicional forma de acesso via username e password pela utilização do Cartão de Cidadão através de pin pessoal, um modo de autenticação reconhecidamente mais seguro do que os sistemas convencionais, uma vez que o cartão não pode ser copiado ou reproduzido electronicamente. O IST planeia a generalização progressiva deste sistema no futuro, o qual permitirá, em particular, a assinatura digital remota de documentos e controlo de acesso. J.P.F.
FORMAÇÃO
UNIVERSIDADE CATÓLICA APOSTA NAS TIC A Faculdade de Engenharia da Universidade Católica apresenta pós-graduações em áreas como Business Intelligence e Auditoria de SI TEXTO JOÃO TRIGO
SABIA QUE… ● Número de cursos: Licenciaturas (1º ciclo) 1 Mestrados (2º ciclo) 1 Doutoramentos (3º ciclo) 1 Pós-graduações 4 ● Número médio de horas leccionadas nas pós-graduações: 150 (6 meses, 8h/semana, pós-laboral)
BIOINFORMÁTICA E E-BUSINESS PARA BREVE
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● Número de vagas nas pós-graduações 25
mudança», razão pela qual a Faculdade de Engenharia tanto aposta nesta área. De resto, «a faculdade está apostada também em desenvolver pós-graduações específicas para determinados sectores», e a pós-graduação em Sistemas de Informação para a Saúde é «fundamental neste domínio», já que «incorpora valências internas da faculdade na área da saúde». Já as ofertas no sector da segurança respondem, segundo Tito Silva, à escassez de recursos neste domínio e à rapidez da evolução das metodologias de segurança, «sendo previsivelmente uma das áreas de maior crescimento na oferta de emprego num futuro próximo». As parcerias assumem, no âmbito da formação académica, um papel de relevo na Faculdade de Engenharia da Universidade Católica, especialmente no que toca às pós-graduações. A complementaridade é a palavra de ordem, já que o modelo de formação procura englobar docentes académicos e docentes provenientes de empresas. O objectivo é facultar «uma formação sólida, tanto a nível teórico, como aplicado». Tito Silva garante que o modelo «tem sido muito bem recebido por parte dos alunos e dos próprios docentes». Estes últimos têm oportunidade de trocar experiências com aqueles que são, muitas vezes, colegas de profissão.
A Faculdade de Engenharia da Universidade Católica «reconhece a área das TIC como uma das áreas com maior potencial de expansão no mundo». Quem o diz é Tito Silva, coordenador da licenciatura e do mestrado em Engenharia Informática. A licenciatura em Engenharia da Informação, criada logo no primeiro ano de existência da faculdade (2000/2001), confirma a dedicação que a Universidade Católica prestou à área de Tecnologias de Informação e Comunicação. Desde então, o curso evoluiu para licenciatura e mestrado em Engenharia Informática. Neste momento, a formação nesta área passa por uma licenciatura, uma pós-graduação, um mestrado e um doutoramento. De acordo com Tito Silva, «é uma das preocupações da faculdade facultar aos profissionais em actividade a possibilidade de se actualizarem ao longo da vida». Desta forma, garante, «as pós-graduações em TIC, em regime pós-laboral, estão a assumir uma importância cada vez maior, particularmente nas áreas de Business Intelligence, Segurança, Auditoria em Sistemas de Informação e Sistemas de Informação para a Saúde». As áreas de Business Intelligence e de Auditoria em SI surgiram após a constatação de uma mudança dos processos de operação internos nas empresas. Para o coordenador da licenciatura e do mestrado em Engenharia Informática, esta mudança é muitas vezes verificada na própria lógica e nos mecanismos básicos tradicionais do negócio. Para o mesmo responsável, «compete às universidades responder à
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A formação correspondente a licenciatura e mestrado, em regime diurno, é dada tipicamente a alunos que terminaram o 12º ano e ingressam no Ensino Superior. Pelo contrário, as pós-graduações têm, tipicamente, um perfil de alunos que está já na vida activa e na maioria dos casos tem já mais de 10 anos de actividade profissional em áreas relacionadas com as TIC. O responsável da Universidade Católica sublinha que, até ao final do ano, são objectivos reeditar as pós-graduações em Business Intelligence, Sistemas de Informação para a Saúde e Segurança em Sistemas de Informação. Questionado sobre os planos para alargamento e consolidação do espectro de cursos de Tecnologias de Informação e Comunicação na faculdade, Tito Silva assume que esta a instituição está envolvida «num contínuo processo de adaptação dos cursos às necessidades do mercado». Áreas como a Bioinformática, o e-Business e a Multimédia «são uma natural evolução a ter em conta num futuro próximo». No entanto, o professor da Universidade Católica garante que vai existir uma aposta forte no reforço da formação específica por sector de actividade. Há também planos para, num curto prazo, criar novos mestrados em regime pós-laboral, «dando resposta a uma necessidade emergente do mercado, nomeadamente no período pós-Bolonha».
VÍTOR GORDO
CASE STUDY NOTÍCIAS
Paulo Barroso, director financeiro da Mattel Portugal
MATTEL PORTUGAL ACABA COM AS FACTURAS EM PAPEL As facturas digitais representam uma nova fase na gestão de processos e na política ambiental da companhia TEXTO LUISA DÂMASO A Mattel Portugal deixou de utilizar as facturas em papel nos seus processos de negócio, tendo evoluído os sistemas para processar estes documentos em formato digital. A empresa necessitava de um produto electrónico que permitisse libertar os seus recursos da carga administrativa e direccioná-los para a concretização de negócio e para a análise do mesmo. A desmaterialização do processo de facturação vem permitir um controlo diário rigoroso da rastreabilidade da factura, optimiza o tempo de transacção do documento e elimina incidentes característicos do suporte em papel. Para além do estreitamento da relação comercial com o cliente e do valor acrescido à gestão de processos proporcionado pela factura digital, este projecto serve a política ambiental da Mattel Portugal, que desta forma poupa anualmente mais de 3500 euros em papel, selos e envelopes. «A este valor não foi adicionada a componente administrativa e
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burocrática que o projecto da factura electrónica traz», esclarece o director financeiro da Mattel Portugal, Paulo Barroso. De acordo com este responsável, a implementação da factura digital foi motivada pela necessidade interna de um produto que «tornasse a venda mais célere e que produzisse efeitos visíveis de solidez na venda e troca de informação, muito importante para o negócio e para a simplificação de processos». O projecto representa um investimento inicial de 4625 euros e o contrato de outsourcing envolve uma avença mensal de 500 euros.
OUTSOURCING RENTABILIZA CUSTOS Para conduzir o processo de implementação, a Mattel Portugal recorreu à Influe Portugal/Grupo Generix, que apresentou como solução a NetIXOne. Baseada no motor de tradução any2any Synchrolink, que permite transformar, monitorizar
e gerir bidireccionalmente a comunicação das mensagens, esta ferramenta integra ainda o repositório de facturas electrónicas Invoice Manager, onde é realizada a validação, autenticação e arquivo electrónico das facturas electrónicas de acordo com as disposições legais em vigor. «A solução escolhida foi aquela que deu mais garantias para a continuidade do core business da Mattel sem ter muito impacto nas tarefas de desenvolvimento e parametrização», justifica o director financeiro da Mattel, destacando ainda o «know-how e a experiência» que a Influe transmitiu. A solução NetIXone é disponibilizada em regime de outsourcing e permite ao cliente usufruir de um serviço de alta disponibilidade, sem necessidade de recorrer à aquisição de hardware específico ou dedicado. O modelo pay-per-use permite ainda rentabilizar custos associados à utilização do serviço, sendo o pagamento feito em função da utilização. Tanto o suporte técnico como a manutenção do
sistema estão a cargo da Influe, não tendo a Mattel que disponibilizar qualquer tipo de recurso técnico para esse efeito. Por razões de organização interna, um dos requisitos do projecto foi a integração da informação no sistema centralizado no datacenter da Mattel em Espanha. No início do projecto foi feita uma análise conjunta com a equipa da Mattel, em que foram ponderados os vários requisitos associados à integração das mensagens, nomeadamente semântica e layouts, protocolos de comunicação, processos de notificação, entre outros. «A solução foi facilmente integrada na infra-estrutura tecnológica do cliente», garante o gestor de projecto da Influe, Eduardo Bentes. O projecto de implementação dividiu-se assim em três fases, nomeadamente as de estudo, de análise e de implementação. De acordo com a Mattel, a fase de estudo ou aprendizagem foi a mais delicada e demorada, uma vez que existia a necessidade de «conhecer os produtos e perceber todas as necessidades internas, indo ao encontro das mais-valias para o negócio e tendo sempre presente os recursos envolvidos», refere o director financeiro da Mattel Portugal.
COORDENAÇÃO DE EQUIPAS TÉCNICAS Todo este cenário tornou a fase de análise mais simples, porque aquando da comparação de dados, já muitas dúvidas e esclarecimentos tinham sido determinados ou avaliados pelas equipas. Consciente da responsabilidade assumida, de gerir toda a informação de facturação de uma empresa como a Mattel Portugal, com os clientes da grande distribuição, a Influe admite que foram definidos alguns procedimentos, nomeadamente elevados critérios de segurança. Até à entrada em produção, o gestor do projecto explica que todo o trabalho foi desenvolvido num ambiente específico, que permitiu não interferir e assegurar a continuidade do trabalho no sistema de gestão real. «Após a execução de uma rigorosa bateria de testes e formação dos operadores do sistema, a solução foi pacificamente colocada em produção», esclarece Eduardo Bentes. A fase de implementação é sempre aquela em que não se quer encontrar surpresas ou desvios à planificação. De acordo com Paulo Barroso, «não se pode ter dúvidas e a aposta tem de ser sempre para ganhar». Este responsável considera que a Influe e toda a equipa da Mattel «estão de parabéns pela dedicação, facilidade de comunicação e responsabilidade com que todos os intervenientes actuaram na prossecução do objectivo». Da parte da Influe Portugal, o sucesso da implementação é igualmente atribuído à «excelente coordenação entre as equipas técnicas da Influe e da Mattel Portugal e Espanha, que atempadamente conseguiram dar resposta às várias dificuldades de ordem técnica e administrativa encontradas», acrescenta o gestor de produto da Influe. Paulo Barroso admite que a Mattel entrou numa nova fase que, além do melhoramento e adaptação dos dados, irá permitir que a informação esteja acessível a todos os departamentos da empresa. «A informação é mais clara, pode ser utilizada com mais fiabilidade e encurta toda a relação administrativa e burocrática existente com o cliente», constata o director financeiro da Mattel.
O QUE É UMA FACTURA ELECTRÓNICA? A factura electrónica é um documento comercial, mas reduzido a um formato electrónico, isto é, “desmaterializado”. A factura electrónica tem o mesmo valor da factura em papel, desde que contenha as menções obrigatórias para qualquer factura e satisfaça as condições exigidas na lei para garantir a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo. Fonte: UMIC
OPINIÃO NOTÍCIAS
Marcelo Carvalheira, country manager da GTI em Portugal
O
mundo da distribuição informática faz parte de um ambiente complexo, competitivo e em constante mudança, que obriga as empresas a redefinirem as suas estratégias, a adequar o seu posicionamento a um ritmo acelerado da mudança tecnológica para reduzir o risco e a velocidade com os quais os seus planos para alcançar o sucesso do negócio podem ficar obsoletos. O distribuidor é desafiado a antecipar as mudanças que acontecem no sector que, na maior parte das vezes, derivam de factores externos à sua própria actuação, procedentes das necessidades do mercado e da constante busca pela inovação tecnológica dos fabricantes, criadores e programadores de tecnologia. A melhor forma de gerir este risco provocado pela mudança é através da gestão do tempo com mais e melhor informação, contando com uma estratégia empresarial flexível e ágil que permita fazer face às ditas mudanças antes que seja tarde demais. A especialização converteu-se num dos valores estratégicos e é um factor-chave para alcançar o sucesso do negócio do distribuidor, já que permite entrar mais em contacto com uma realidade definida e concreta, e também dispor de uma maior concentração e alienação dos seus sistemas de informação internos. Para que a especialização seja efectiva, tem de fazer parte da cultura e da direcção da empresa; deste modo, assegura-se que a sua implementação dá lugar a uma aposta firme e decidida dentro da estratégia global, a todos os níveis organizativos, e evita que possa ficar somente na criação de uma área ou de uma divisão estrutural na qual se agrupe a oferta dos produtos de fabricantes de um mesmo segmento de negócio, sem mais conteúdo. A especialização é uma das primeiras condições para responder às necessidades dos distribuidores e, no geral, do mercado, o que supõe uma melhor disposição para poder ter conhecimento das necessidades dos clientes finais e do ambiente em que estão situadas. Saber como ajudar o canal de distribuição a diagnosticar as necessidades dos clientes com conhecimento claro das oportunidades e das alternativas existentes – alertando para os riscos e possíveis ameaças em função das vantagens, robustez ou debilidades de cada solução disponível – é somente alcançado com garantias de sucesso dependendo da especialização. Esta é consequência da experiência adquirida em fazer com que a
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necessidade não se converta num problema. Isto implica que a especialização do distribuidor tenha de ser inequivocamente orientada ao cliente. Para o cliente, o retalhista ou revendedor tem de contar com uma infra-estrutura de recursos humanos e técnicos altamente qualificados, formados, treinados e com experiência, que lhe permita possuir os meios necessários para a disponibilização de um serviço “de excelência”, e que corresponda às expectativas dos retalhistas ou revendedores de forma a ser percepcionado com aceitação e interesse. Por isso, o atendimento “Premium” do cliente é uma actividade que tem de fazer parte da cultura da organização. Mas, para além disso, é necessário responder a uma visão de negócio da distribuição informática que não tenha apenas como finalidade assegurar a subsistência, mas sim em focar as suas acções para objectivos mais altos e competitivos. O desafio é incorporar novas exigências ao serviço e à oferta de soluções para o canal, de forma a competir
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CULTURA DE ESPECIALIZAÇÃO novo papel do vendedor como assessor imparcial e capaz de aconselhar na hora da compra – atitude cada vez mais valorizada e apreciada –, uma vez que o factor preço tem vindo a perder a importância na altura de adquirir o produto, dando lugar à qualidade do serviço e ao profissionalismo. Hoje há tendências tecnológicas claras responsáveis pelas principais mudanças no mundo dos negócios, por exemplo: a globalização, a mobilidade e a presença virtual. Estes três elementos têm contribuído para o aumento da complexidade da tomada de decisões dos clientes, que por sua vez os passam aos retalhistas, que necessitam e reclamam o apoio dos fabricantes e dos distribuidores oficiais. Assim sendo, a adaptação com eficácia e rapidez numa resposta pronta aos novos requisitos das empresas, resulta em maiores oportunidades de negócio, e portanto de crescimento para todo o canal. Um distribuidor especializado é, essencialmente, do ponto de vista do fabricante, um aliado estratégico com o qual irá aumentar as suas vendas, mas não a
A ESPECIALIZAÇÃO É UM FACTORCHAVE PARA ALCANÇAR O SUCESSO DO NEGÓCIO DO DISTRIBUIDOR
num mercado cada vez mais saturado em termos de oferta. O distribuidor especializado é por isso obrigado, agora mais do que nunca, a cuidar de todos os aspectos da relação comercial e de negócio com os seus clientes, desde procedimentos financeiros, logísticos, selecção criteriosa de produtos e disponibilidade de fornecimento, até às atitudes e comportamentos dos profissionais que interagem diariamente com os clientes. Todos estes aspectos são essenciais para que os retalhistas ou revendedores se interessem e mantenham a confiança no distribuidor e para que sintam as suas expectativas satisfeitas, uma vez que o distribuidor corresponde exactamente ao que procuravam. Esta especialização é motivada principalmente pelo
qualquer preço, apesar da forte pressão e crescente diminuição da margem. A especialização do distribuidor deve ter como objectivo ajudar os retalhistas ou revendedores a alcançarem o sucesso no volátil mercado das TIC. Para o retalhista ou para o revendedor, é necessário implementar um modelo de negócio de valor acrescentado que proporcione soluções e serviços que ajudem a satisfazer as necessidades dos clientes, pois são estes que mais apreciam e valorizam a assessoria, a experiência e a resolução das suas necessidades. Esta especialização permite alcançar uma posição predominante no canal e assegurar o sucesso na rentabilidade e no futuro da empresa.
NOTÍCIAS DE GESTÃO SOFTWARE
GRUPO PIE ELEVA A FASQUIA PARA 2009 Os objectivos são ambiciosos e contemplam a internacionalização dos produtos e um novo modelo de exploração do mercado de ponto de venda TEXTO JOÃO PEDRO FARIA
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mpresa de software totalmente dedicada ao ramo da restauração, o GrupoPIE prepara-se para dar um salto ambicioso depois de terminar o ano de 2008 em território positivo. Segundo José Andrade, director comercial e de Marketing, «este ano, os resultados estão dentro dos parâmetros esperados», tendo o GrupoPIE conseguido «consolidar a posição de líder no fornecimento de soluções de gestão para o mercado de restauração em Portugal», bem como atingido «a consolidação técnica de diversos projectos, que irão originar objectivos bastante ambiciosos para 2009, centrados na internacionalização dos produtos, e, acima de tudo, num novo modelo de exploração do mercado de ponto de venda». O responsável acredita que tudo isto será possível graças «à qualidade do produto e à força da sua imagem». Aliás, o GrupoPIE baseia-se numa filosofia em que «só através da inovação constante, manutenção de uma rede de representantes, capazes de estar perto do cliente, e da criação de parcerias inovadoras que unam os interesses de todos os intervenientes, é possível estar presente em qualquer mercado». O negócio do GrupoPIE está estruturado em três vertentes: fornecimento directo ao mercado de grandes contas, no qual se englobam os clientes que, devido à sua dimensão e especialização, necessitam de uma capacidade de resposta que só pode ser dada pela
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estrutura da software house; fornecimento ao restante mercado através de uma rede de parceiros, sendo que esta rede tem actualmente cerca de 300 parceiros e é gerida por quatro distribuidores a nível nacional, que têm a responsabilidade de dar todo o apoio de primeira linha (o GrupoPIE garante o apoio de segunda linha aos parceiros e o apoio de primeira linha aos distribuidores); e fornecimento no mercado internacional, através da angariação de um distribuidor por país que se encarregará da gestão global do negócio. José Andrade salienta que «as parcerias assumem um papel fundamental no modelo de negócio, pois é uma forma de, através de colaborações inovadoras, trazer vantagens directas aos clientes finais». Nesse sentido, e precisamente por causa das parcerias criadas, actualmente, um cliente WinREST tem, além das mais-valias inerentes à utilização do produto em si, «acesso a outras mais-valias geradas pelos seus fornecedores e parceiros de negócio, como são neste momento os exemplos das parcerias com a Recheio, Unicer e Megarede, e outras que se encontram em preparação». No que diz respeito ao alargamento ou à consolidação da presença do GrupoPIE no território nacional, o responsável esclarece que «uma estratégia de aquisições só faz sentido quando usada não para um alargamento da quota de mercado, mas sim quando se traduz na aquisição de know-how em áreas específicas que se cruzam no mercado em que a empresa actua». O exemplo mais recente desta estratégia é o lançamento, este ano, do programa de fidelização de
clientes, baseado nos produtos do GrupoPIE. Este programa chama-se Myclient e foi desenvolvido pela LKM, uma empresa especialista em loyalty e marketing, que actualmente pertence ao GrupoPIE. Outras apostas são os portais paralelos, como são os casos do Portal Tecnológico (http://portaltecnologico. grupopie.com) e do Portal da Restauração (www.3garfos.com), que vão ter desenvolvimentos em breve. O Portal Tecnológico surge como resposta à necessidade cada vez maior de se obter a informação centralizada num único local e que esteja acessível de qualquer sítio e a qualquer hora. «Este portal foi a forma que encontrámos de permitir aos nossos clientes o acesso aos relatórios das aplicações e ao sistema de videovigilância, numa lógica multiloja, num único local com um único endereço», sublinha José Andrade. Já o Portal da Restauração «surge como demonstração da capacidade de, com uma tecnologia própria, conseguir que o dono de um restaurante faça a actualização do seu espaço neste portal, através do seu POS, com interface touch-screen e em total segurança». O responsável pelas áreas comerciais do GrupoPIE prevê ainda que «o Portal Tecnológico venha a crescer em funcionalidades, de acordo com a disponibilização de novos serviços». O GrupoPIE conta com cerca de 20 mil clientes em Portugal, tendo a média de clientes novos em 2008 sido de 200 por mês. O total de colaboradores ascende a 33 pessoas, 12 das quais pertencem ao departamento de desenvolvimento.
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APPLIANCES DE SEGURANÇA GANHAM ADEPTOS Quando a temática é a segurança, a fiabilidade e a facilidade de uso e manutenção, as pequenas e médias empresas nacionais preferem soluções tudo-em-um TEXTO SUSANA ESTEVES 178 | PCGUIA
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uais as mais-valias das appliances? As teorias são muitas, mas a explicação acaba sempre por convergir num ponto: existe uma maior facilidade de configuração para o utilizador. Este consegue trabalhar com uma interface mais intuitiva e que centraliza todas as principais funções do hardware. Além disso, o administrador não tem de possuir muitos conhecimentos na área da tecnologia. Aliás, é aqui que reside a justificação para a rápida aceitação deste tipo de equipamentos em Portugal. Se há algo em que as companhias nacionais concordam é que o nível de formação das equipas de administração de sistemas das empresas é baixo. Este aspecto torna-se especialmente complicado, se tivermos em conta que a segurança é aquela área que nunca deveria ser descurada, sob pena de pôr em causa a viabilidade de uma empresa. As companhias nacionais não fogem à regra e vêem, cada vez mais, os seus servidores inundados com spam, os seus funcionários a receberem vírus e spyware e, em muitos casos, a perderem tempo a navegar por sites pouco importantes para os negócios, e isso preocupa os responsáveis. Estes são apenas alguns exemplos da necessidade cada vez mais real de controlar o que entra e sai livremente de uma empresa. Ao mesmo tempo é preciso identificar o que está a passar na rede. A utilização dos recursos é também maior, pelo que é essencial controlar todos os acessos, garantir recursos para as aplicações de negócio e bloquear conteúdos indesejáveis, ou que não contribuam directamente para a produtividade da empresa. Apesar destes avisos, a temática da segurança já não é, como há uns anos, colocada em segundo plano. Os principais fabricantes do sector acreditam que o mercado está mais atento a estas questões. Por outro lado, os fabricantes que trabalham este mercado desenvolveram soluções à medida das necessidades das várias empresas e dos recursos que estas possuem. As appliances são um dos grandes exemplos desta realidade. Estas são configuradas e montadas em muito pouco tempo e a sua intervenção é directa. O reverso da medalha é que, em alguns casos, a simplicidade acaba por castigar um pouco a flexibilidade. Independentemente dos prós e contras indicados, a verdade é que este é um mercado que está em ascensão. O hardware atingiu custos realmente baixos, o que faz com que as soluções sejam igualmente acessíveis, despreocupando os clientes com custos de propriedade adicionais. Os clientes beneficiam de uma solução integral desenhada de
origem e bem dimensionada, com elevados níveis de tolerância e um ponto único para contactos de suporte.
IPORTALMAIS A IPBrick.KAV foi a appliance eleita pela iPortalMais como a mais orientada para as PME. Inclui a filtragem de conteúdos, com o antivírus e anti-spam da Kaspersky, e faz de proxy para todos os serviços de interligação à Internet. Como explicou Raúl Oliveira, director-geral da iPortalMais, «por um preço muito competitivo, este equipamento assegura dois níveis de segurança, e ainda implementa a filtragem de malware». O equipamento instala-se facilmente entre a rede da empresa e a Internet, com um tempo de configuração básico a rondar os 10 minutos para técnicos sem grandes conhecimentos. «O produto já vem de fábrica configurado para uma rede típica, e basta mudar os dados de base para os dados do cliente num único ponto da interface de gestão do equipamento, que em segundos ele reconfigurase de forma cem por cento automática», adiantou. Existem dois produtos de suporte à IPBrick.KAV: o sistema operativo IPBrick.IC e as soluções de segurança da Kaspersky. Ambos os produtos têm
suporte em Portugal dado pela iPortalMais. Em termos de hardware, o equipamento é montado pela Mactek, que assegura a garantia em termos de equipamento físico. A IPBrick.KAV, para uma empresa de 25 pessoas, ronda os 3000 euros e inclui firewall, servidor de comunicações e filtragem de conteúdo da Kaspersky (antivírus e anti-spam). «É fácil de ver que, se o cliente comprasse um equipamento para cada uma das funções, teria que ter as três funções a oitocentos euros cada uma», lembrou Raúl Oliveira.
SYMANTEC A estratégia da Symantec em termos de information governance and risk compliance (IGRC) passa por proteger todos os sistemas endpoint de uma empresa com soluções que abrangem desde desktops, computadores portáteis e servidores, a dispositivos, como pen drives, discos de armazenamento externos, PDA, entre outros. «A protecção de endpoints e a informação neles residente é complementada por soluções dedicadas e optimizadas de perímetro ou rede. O objectivo destas é reforçar essa protecção e oferecer um escudo contra ataques externos e internos. Para tal, recorrem a soluções em software, virtual appliances ou appliances de segurança», declarou Timóteo Menezes, director
A TEMÁTICA DA SEGURANÇA JÁ NÃO É, COMO HÁ UNS ANOS, COLOCADA EM SEGUNDO PLANO
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técnico da Symantec Portugal. As soluções Multitier Protection Small Business Edition 11.0, Brightmail Gateway v7.7 (suportada em appliances modelos da série Mail Security 8300, mais especificamentes os modelos Mail Security 8320 e 8340), Hosted Mail Security for Small Business e Network Access Control foram aquelas que mereceram destaque. O mesmo executivo fez questão de sublinhar que os produtos e serviços têm por base soluções de prevenção (pró-activas) e não somente de cura (reactivas). Ou seja, «recorrem quer a sistemas de alerta, de avaliação de ameaças de diversos
vectores, quer a políticas de gestão rigorosas baseadas em standards ou best practices, disponibilizamos desde sempre soluções de protecção completa e fácil gestão de modo a optimizar a segurança das infra-estruturas de TI». As soluções para PME são desenhadas tendo em conta uma administração fácil, recorrendo a interfaces intuitivas e templates específicos, o que se traduz em tempos de configuração muito rápidos, independentemente dos modelos de equipamento a serem utilizados. Questionado sobre o custo, Timóteo Menezes indicou que este está relacionado com o modelo de equipamento necessário e licenciamento, e este depende do número de utilizadores existentes e a proteger numa determinada empresa. No entanto, a título de exemplo, uma solução para 25 utilizadores e com uma subscrição para 12 meses (equipamento e licenciamento) terá um preço de venda ao público na ordem dos 1675 euros. Este executivo lembrou que as PME têm limitações na formação relacionada com a segurança dos seus reduzidos recursos e a protecção das infra-estruturas que utilizam. «As dificuldades existentes em formar os seus recursos humanos sobre as boas práticas de segurança e protecção dos activos de negócio da empresa são notórias, assim como se nota que têm dificuldade em proteger de forma integrada as suas infraestruturas. Estas são algumas das problemáticas com que as PME portuguesas se estão a confrontar actualmente», referiu.
MCAFEE
OUTRAS OPÇÕES Probitas www.probitas.pt Caixa Mágica www.caixamagica.pt Panda Security www. pandasecurity.com/portugal Anubis Networks www. anubisnetworks.com Trend Micro http://emea. trendmicro.com
A oferta da McAfee em termos de appliances está orientada em dois sentidos: protecção contra ataques de rede e segurança de conteúdos (antimalware, anti-spam, filtro de conteúdos, segurança web são as mais procuradas pelas empresas de menor dimensão). As appliances McAfee Email & Web Security foram desenvolvidas a partir de uma base 100% orientada para a segurança, no entanto, a companhia tem alargado o seu âmbito para a qualidade dos conteúdos. Estão aqui incluídos os módulos de anti-spam, controlo de acesso à Web por categorias, entre outros. A solução para análise de ameaças de rede McAfee Network Security Appliances dispõe de um conjunto de
modelos, alguns dos quais orientados para a segurança de perímetro. Existe um módulo de gestão gráfico e equipamentos com 2, 4 e 6 portas Ethernet. As appliances McAfee foram desenhadas para abordar a rede sem necessidade de efectuar alterações na arquitectura existente. Os modelos dispõem de múltiplas interfaces de rede, de forma a beneficiar de um modo de operação online, ou seja, todas as configurações podem ser desenvolvidas com base em perfis estabelecidos pela McAfee e realizadas a partir de consolas gráficas através do browser de Internet. Não são necessários quaisquer equipamentos de rede adicionais. «Para a solução mais procurada – Email & Web Security –, os clientes PME poderão considerar valores entre os 2700 euros e os 16000 euros, dependendo do hardware mais adequado ao volume de tráfego e dimensão do cliente», referiu Renato Pires Lopes, account manager Mid-Market da McAfee para Portugal. Por defeito, todas as soluções McAfee incluem suporte técnico 24x7, com assistência nextbusiness--day para os equipamentos que apresentem problemas. Significa que se o equipamento tiver uma falha, no dia seguinte, após esta ter sido identificada, o cliente será visitado para troca da peça danificada ou, se necessário, troca do equipamento.
AFINA As duas soluções indicadas pela directora de Vendas e Marketing da Afina, Cristina Joaquim, como as mais requisitadas a nível mundial são a Fortinet: Fortigate 50-100 Series, solução até 2570 utilizadores e check point Safe@office com licenciamento desde cinco a ilimitado, e a UTM1 Edge, com licenciamento desde oito a ilimitados (máquina com mais performance). A executiva destacou como mais-valia o facto de estas soluções aparecerem como oferta unificada. A mesma appliance reúne VPN, SSL-VPN, FW, IDS/IPS, AV, web filtering, anti-spam e traffic shaping. Funciona como switch, permite o controlo centralizado da rede e tem uma gestão de logs facilitada. Garante ainda a flexibilidade em termos de opções wireless, pode funcionar como um servidor DHCP e possui um SO proprietário. As equipas técnicas têm de possuir as certificações indicadas pelo próprio fabricante no centro VUE Continua na página 182
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FILTROS PARA IMPRESSORAS E FOTOCOPIADORAS Cientistas revelam que as impressoras podem ser tão prejudiciais para a saúde como o fumo do tabaco
"Clean Office"... ...à venda em lojas de informática e consumíveis. PVP 12.98€ (Iva incluído) Para revenda consultar o Departamento Comercial. Telefone +351 21 920 0922 Fax + 351 21 920 0924 E-mail:
[email protected]
Segundo uma equipa de cientistas australianos, uma simples impressora do escritório pode não ser tão inofensiva como parece, e pode mesmo danificar os pulmões, da mesma forma que as partículas no fumo de cigarro. Os cientistas da Universidade de Tecnologia de Queensland, Austrália, realizaram um estudo em impressoras de diversas marcas e cerca de um terço destas libertavam partículas ultra-pequenas de material semelhante ao toner. Os testes foram realizados num ambiente de escritório sem divisórias entre as mesas, e revelou que os níveis de partículas nocivas ao organismo aumentaram cinco vezes durante os períodos de trabalho, um aumento que ocorre devido ao funcionamento das impressoras. O problema agravava-se quando eram usados cartuchos novos e quando gráficos e imagens pediam uma quantidade maior de tinta para impressão.
O estudo publicado pelo Queensland Departament of Public Works e pelo jornal do American Chemical Environmental Science & Technology, afirma que “num dos casos, os investigadores registaram que uma impressora pode expelir uma maior quantidade de partículas nocivas do que a quantidade presente no fumo de cigarro”. Este tipo de emissões são uma ameaça significativa à saúde. Devido ao seu pequeno tamanho, as partículas aderem facilmente às vias respiratórias ao serem inaladas. Os investigadores advertem que os efeitos deste tipo de partículas podem ir de uma simples irritação a doenças mais sérias, incluindo problemas cardiovasculares ou até mesmo cancro, no caso de uma exposição prolongada. longada. Poderá ler mais informações sobre este estudo e a lista completa das impressoras
testadas em http//:pubs.acs.org/cgi-bin/sample. cgi/esthag/asap/html/es063049z.html. Como solução a este problema, a disponibiliza agora o “Clean Office”, um filtro de fácil aplicação que reduz drasticamente a emissão de partículas de toner sem prejudicar a rapidez ou a qualidade de impressão. Tão simples como retirar a protecção do adesivo e colocar nas saídas de ar da impressora, o “Clean Office” é compatível com qualquer modelo e marca. Proteja a saúde dos seus colegas e colaboradores com “Clean Office”, o único produto do mercado que reduz eficazmente a libertação de partículas de toner pela sua impressora.
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segurança com estas soluções de gestão unificada de ameaças. «A D-Link dispõe de soluções adaptadas às necessidades dos clientes. Desta forma, podemos falar de uma firewall doméstica para ambientes Soho por pouco mais de 200 euros (PVP) e soluções para grandes empresas que superam os milhares de euros», adiantou Xavier Campos.
3COM A 3Com dispõe de uma gama de apliances UTM X5 e X506 específicas para o mercado de PME, com soluções desde 25 postos de trabalho a ilimitadas. Os principais pontos de protecção focados pelo country manager desta companhia, Ricardo Pinto, são: sistemas de intrusion prevention, stateful packet inspection firewall, vitual private network (VPN), QoS com traffic shaping de prioridades de tráfego e optimização da utilização da largura de banda, content filtering e bloqueio de aplicações específicas (peer-to-peer, instant messaging), filtro anti-spam para o e-mail, multicast para disponibilização de conteúdos online com total segurança, definição de diferentes zonas e respectivos níveis de segurança para cada uma delas e sistema de quarentena para os sistemas que tentem ligar-se à rede sem cumprirem os requisitos mínimos de segurança estabelecidos. Em termos de requisitos, o mesmo executivo fez
QUAIS AS MAIS-VALIAS DAS APPLIANCES? UMA MAIOR FACILIDADE DE CONFIGURAÇÃO PARA O UTILIZADOR
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saber que as soluções são na sua base switchs que têm de ser configurados normalmente numa rede; as restantes aplicações requerem mais ou menos configurações, dependendo da especificidade de cada cliente, sendo que, de base, já vêm pré-configuradas com níveis de protecção que podem ser habilitados de forma simples. As diferenças entre o X5 e o X506 têm que ver com o HW utilizado – sendo que um é um rack mountable e o outro não – e com a performance que cada um deles pode atingir. De resto, são equipamentos perfeitamente idênticos em termos de funcionalidades. O nível de formação exigido às equipas dos clientes não é alto, resumindo-se ao conhecimento básico de redes. De acordo com Ricardo Pinto, «têm de ser conhecimentos básicos, mas os essenciais para se poder tirar o máximo partido possível da solução. No topo do sucesso de vendas estão as X5, as mais acessíveis e aquelas que melhor cobrem as necessidades das PME, revelou o country manager. Os valores destes equipamentos variam entre os 550 euros, para o X5 limitado a 25 utilizadores, e os 1700 euros, da versão X506 com utilizadores ilimitados. Os equipamentos têm garantia de um ano, extensível anualmente. Engloba a protecção total dos aparelhos, incluindo a reparação ou substituição do mesmo em caso de avaria, e acesso ao suporte 3Com para qualquer questão relativa ao equipamento ou serviço. Estão também disponíveis os updates necessários para o equipamento funcionar com os níveis de protecção mais recentes e avançados, garantindo total protecção da rede.
PROCURVE Com uma abordagem um pouco diferente, a HP optou por fugir um pouco à filosofia da appliance e adicionou uma série de funcionalidades de segurança directamente nos switches. A oferta da marca integra nos equipamentos de switching funções como o SFLOW, que permite efectuar uma análise do tráfego, e deste modo detectar problemas, ataques e erros. A solução é complementada por um conjunto de ferramentas de software que permitem aplicar e analisar as
políticas de segurança pretendidas pelas empresas. Neste caso, o foco incide sobre o encerramento da rede a utilizadores não válidos, sobre a análise do tráfego e a detecção de anomalias (vírus, hacking, avarias, entre outros). Frederico Martins, responsável máximo da ProCurve em Portugal, fala de «uma abordagem integrada que oferece uma solução end-to-end e que tem a vantagem de ser escalável, acompanhando a evolução da empresa». Em termos de simplicidade de uso, este executivo garantiu que a instalação standard é fácil; praticamente qualquer utilizador a consegue concluir. No entanto, os conhecimentos sobre segurança são fundamentais para efectuar um controlo mais apertado, para definir processos de alarme e analisar relatórios. A ProCurve oferece garantia vitalícia em todos os produtos e suporte técnico telefónico no horário laboral, sem custos.
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NOTÍCIASDO GATO BLOGUE
FUI A MECA! Para quem gosta de tecnologia, Tóquio é uma cidade obrigatória
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Todos os muçulmanos têm que ir a Meca pelo menos uma vez durante as suas vidas. Qualquer gato geek tem que ir à Electric Town de Tóquio, a zona onde se concentram as lojas de tecnologias, chamada Akihabara, pelo menos uma vez na vida. Foi o que fiz este mês. As quase 24 horas de viagem até Tóquio e o jet lag violento valeram a pena durante as cinco ou seis horas que passei naquele local mágico. O primeiro impacto é brutal. Mal saí da estação de metro parecia que tinha levado um estalo, tal era a intensidade dos estímulos visuais e auditivos. Em cada loja repleta de gadgets havia pessoas a anunciar um qualquer produto mais barato do que o vizinho do lado; havia raparigas vestidas de criadas a entregar folhetos dos Maid Cafés à saída da estação e os néones eram brilhantes ao ponto de não ser necessária iluminação pública. Mergulhei na primeira loja que encontrei. A oferta era simplesmente diferente de qualquer coisa que jamais vi. Sete pisos de electrónica de consumo, fotografia e informática. Na maioria dos casos, os preços eram mais vantajosos do que os europeus, principalmente, nos acessórios. Por exemplo, uma caixa de 20 discos Blu-ray de 50 GB custa metade do preço de um único disco cá em Portugal; as lentes para máquinas fotográficas custam metade. Nas lojas de
rua mais pequenas podia-se regatear um bocado e conseguir preços ainda melhores do que os das lojas maiores. Mas foi quando estava quase a vir-me embora que descobri “O Sítio”. Oito pisos, cada um com o tamanho da maior loja de electrónica de Lisboa. Como faziam descontos especiais a estrangeiros, não consegui resistir a entrar e fazer seppuku (mais conhecido como hara kiri), ao meu cartão de crédito... Na última edição falei sobre os computadores da Sony que, segundo notícias surgidas na Internet, voltaram a explodir, obrigando a marca a fazer um recall de mais de 400000 computadores para reparação. Estas notícias foram completamente exageradas, porque os computadores não explodem. O pior é que eu também fui na cantiga. O que acontece é que, devido a um erro de montagem, um fio que leva energia da bateria para o computador pode ficar descarnado (por causa do movimento da tampa), provocando sobreaquecimento e deformação do plástico da caixa. Como se pode constatar, não tem nada que ver com as baterias explosivas do passado. As minhas desculpas à Sony. Prometo que da próxima vez vou tirar as coisas a limpo, especialmente, se surgirem sob a forma de notícias vindas do ciberespaço!