EDITORIAL
Verão digital
Director Pedro Tróia Editor João Trigo Redacção Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso Revisão Teresa Resende Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e João Carlos Pinto Coelho Colaboradores Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda e Ana Gonçalves Imagem João Paulo António (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Secretária de Redacção Lurdes Marujo
[email protected] Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente) Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim Publicidade Virgínia Melo
[email protected] (Directora Comercial de Divisão) Ana Castro
[email protected] (Directora de Publicidade); Bruno Guedes
[email protected] (Gestor de Conta); Daniela Correia
[email protected] (Gestor de Conta); Fátima Malaca
[email protected] (Coordenadora de publicidade), Rute Dias
[email protected] e Susana Fernandes
[email protected] (Assistentes de Publicidade) Marketing Sónia Santos, Miguel Barreto, Susana Ventura (Assistente) Assinaturas Margarida Matos email
[email protected] Linha de Apoio a Assinaturas: Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa
melhorada a segunda geração do iPhone, com 3G e e-mail. Nesta edição, comparamos os dois modelos. O tema de capa de Agosto foi >PEDRO TRÓIA DIRECTOR
[email protected] feito para o ajudar a tirar o máximo partido dos seus vídeos, fotos e música. Aproveite e organize, edite e reproduza os seus ficheiros de media digital epois do “teste clandestino” que fizemos com a nossa ajuda. Nesta há um ano ao telefone mesma lógica de media digital, destacamos nesta edição o teste fetiche da Apple, vai chegar a papel fotográfico. Gastámos a quase todos os cantos do muitas horas na nossa sala de mundo numa versão revista e
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testes para poder escolher a melhor opção para imprimir as fotos tiradas nas férias. Entre outros critérios de teste, analisámos a resistência à água e o tempo de secagem da tinta nas 15 diferentes marcas de papel. Fizemos mais de 200 impressões usando impressoras das principais marcas à venda no mercado e depois mergulhámos o papel em água para ver o que acontecia. Veja o resultado nas próximas páginas.
Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou
[email protected] Distribuição de Assinaturas JMToscano, Tel: 214 142 909/34 Pré-impressão H2M - Artes Gráficas, SA
ESTE MÊS…
Av. Almirante Gago Coutinho, 44-A - 1700-031 Lisboa
Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina-2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz
Directora Editorial Divisão Tecnologias Cristina Magalhães
>JOÃO TRIGO EDITOR Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo COFINA MEDIA – SGPS, SA
[email protected]
...foi um mês mais complicado do que o normal, com um teste a papel que nos tomou muito tempo e que deu azo a conclusões interessantes. Veja na rubrica Braço-de-ferro deste número. Tive oportunidade de ver que alguns dos jogos mais antigos continuam com graves problemas
de compatibilidade com o Windows Vista, mesmo com os patches que as software houses desenvolveram para estas questões instalados. Fui finalmente ao Jardim Zoológico. Por enquanto, os saguins ainda não usam portáteis. Vamos ver para o ano...
Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz
...passei dias a fio de volta do teste em grupo a papel, que, apesar de parecer simples, é na verdade muito complicado de executar – dos testes mais complicados, diria mesmo. Mas vale a pena. Quem gosta de imprimir as fotografias digitais sabe que dá muito trabalho encontrar o papel ideal para
usar em cada caso, o que envolve um gasto considerável com os tipos de papel que não estejam dentro dos parâmetros de eleição (para não falar do gasto com tinteiros). Com este superteste, a PCGuia espera conseguir poupar-lhe algum trabalho (e muitos euros), facilitando-lhe a >JOÃO FARIA JORNALISTA tarefa de encontrar o 10x15 certo.
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Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99 Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: €5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares
>SUSANA ESTEVES
JORNALISTA
[email protected]
...passei o tempo à volta dos “gadgets de Verão”. Máquinas fotográficas, leitores de MP3, telefones móveis e soluções de armazenamento (já agora dá jeito para guardar tudo o que é criado com os dispositivos anteriores). Foi o mês em que recebi mais visitas de equipas comerciais de operadores que
querem vender soluções de triple play. O discurso é bem orquestrado, a simpatia merece nota dez, os folhetos são bastante atractivos e tudo corre bem, até ao ponto em que começamos a colocar algumas questões que fogem àquelas contempladas nos cursinhos de formação. A partir daí é só rir…
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PCG
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Regulares 06 16 48 134
Notícias Entrevista Top nacional Pergunte ao especialista
Software >
Soluções 60
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Optimize o correio electrónico
Guias 68 76 78 80 84 90
Organize a sua vida com a agenda Sunbird Crie as suas miniaplicações Controle o PC à distância Melhore o perfil da sua câmara Web Use qualquer documento de tipo Office Aprenda a gerir eficazmente as suas palavras-passe
Hardware >
Guias 118 114 124 128
Tecnologia gráfica O melhor PC para jogos Faça overclock à 9600GT A verdade sobre o raid
Tire melhores fotos digitais Na exigente era tecnológica em que vivemos, a imagem é tudo. Aproveite todas as oportunidades para eternizar momentos especiais Optimize o correio electrónico
Internet >
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Faça overclocking à 9600GT
Guias 50 58
Skype sem complicações Coloque fotos no iGoogle Maps
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Coloque fotos no iGoogle Maps
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Race Driver Grid
Upgrade >
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Cenários e velocidade sem paralelo tornam difícil uma condução certinha
Banco de Testes 18
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>
Tecnologia Gráfica Blog do Gato
A PCGuia fala do passado e do possível futuro dos jogos tridimensionais
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Software
Bullguard Internet Security 8
Braço-de-Ferro 36
118
Hardware
iPhone vs. iPhone Canon EOS 450D Powercolor HD4850 Media Player MPE500U Epson B500dn PowerColor ATI TV Wonder 600 Tsunami Traveller T128 Titan Gigabyte HD 4870 Sony DSLR A350
Papel fotográfico
Lexmark PerfectFinish Photo Paper FullColors Alto Brilho Canon Glossy Photo Paper ILFord Galerie Epson Photo Paper Epson Premium Glossy Photo Data Becker Live Art Professional TDK Photo Paper Glossy Fujifilm Premium Plus Photo Paper Inves Glossy Kodak Premium Photo Paper Ultra Glossy Canon Photo Paper Plus Glossy APLI Photo Bright Paper HP Premium Plus Photo Paper Writeline Glossy Photo Paper
Assistência técnica 136 Formação
Entretenimento 14 Lançamentos 138 Jogos Race Driver Grid UEFA: EURO 2008 Mass Effect
Shopping 148 Engenhocas 15 Sugestões
5 Demos no DVD 152 156 158 160 162 164
Notícias Entrevista Case Study
Opinião
Software de Gestão
Hotspot
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Devil May Cry 4 Sim City Societies Spore Creature Creator GRID eBay Motors Edition Dracula Origin
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PCG
NOTÍCIAS
Toshiba apresenta nova geração Qosmio
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A Toshiba aposta numa renovação dos seus portáteis no que ao design diz respeito, dotandoos agora de um visual mais apelativo. Mas as novidades da quinta geração da gama Qosmio não se ficam por aqui: os G50 e F50, mais direccionados a um ambiente doméstico, garantem ao seu utilizador entretenimento áudio e vídeo de alta qualidade, enquanto o X300 surge vocacionado para os amantes dos jogos, uma vez que disponibiliza «a mais avançada experiência de jogo móvel», assegura a Toshiba. No caso dos dois primeiros, as surpresas vão além do design, já que a marca optou por integrar naquelas máquinas o novo Processador Toshiba Quad Core HD, baseado na arquitectura Cell. O processador permite aplicações de upscaling e conteúdos DVD para alta definição em tempo real, assim como edição de vídeo e transcoding de alta velocidade.
Os portáteis integram também elementos de processamento sinérgico. Os novos modelos da família Qosmio encontram-se equipados com as mais recentes unidades de processamento gráfico Nvidia GeForce e dispõem de altifalantes Harman Kardon, assim como de um subwoofer adicional e nove teclas multimédia de acesso rápido. O Qosmio G50 dispõe ainda de um ecrã de 18,4” full HD 16:9. A responsável pelo marketing de produto da Toshiba Europa, Emily Shirley, explicou aos jornalistas reunidos em Londres que a empresa «posiciona os G50 e F50 no mercado de desktop replacement» e disse esperar uma «uma boa reacção do mercado aos novos produtos». Por seu lado, com o Qosmio X300, a Toshiba acredita ser capaz de elevar «os computadores portáteis de jogos a um nível superior,
Arquivo PCG
Vocacionados para o entretenimento de alta qualidade, os G50 e F50 integram o processador Quad Core HD. O Qosmio X300 está direccionado para os amantes dos jogos
surpreendendo pelo design e pela performance». Dominados por um vermelho intenso, os portáteis apresentam iluminação LED que
> Processadores Toshiba Quad Core HD Os processadores Toshiba Quad Core HD foram concebidos para eliminar a sobrecarga provocada pelo streaming de vídeo de alta definição, tanto sobre o CPU como sobre a unidade de processamento gráfico (GPU). Desta forma, garante-se um aumento da velocidade de execução simultânea de várias tarefas de processamento de vídeo,
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altamente exigentes ao nível do consumo de recursos, tais como a conversão de conteúdo vídeo de definição standard em conteúdo de alta definição. Em paralelo com as aplicações de upscaling e transcoding, o processador tem ainda a capacidade de activar as funções de gesture control, possibilitando que movimentos simples capturados pela câmara integrada possam ser
aproveitados, por exemplo, para controlar a reprodução de um vídeo. O processador Toshiba Quad Core HD conta com codificadores e descodificadores de alta definição - H.264 e MPEG2 – juntamente com processadores SIMD RISC de 128 bits, cada um deles a 1.5 GHz. O mecanismo multimédia actua em paralelo com a própria CPU do equipamento móvel.
destaca a barra multimédia, o touchpad e os altifalantes, assim como botões do rato metalizados. As máquinas integram ainda um processador Intel Core 2 Duo Extreme, HDD duplo e gráficos SLi GDDR3. Segundo Jorge Borges, director de marketing da Toshiba Information Systems Portugal, os G50 e F50 chegam ao mercado nacional «já no próximo mês de Setembro». O X300 só deverá estar disponível «mais tarde». Questionado relativamente aos preços de mercado para cada uma destas máquinas, Jorge Borges não avançou valores mas foi dizendo que a Toshiba pretende aproximar os preços desta gama «daqueles que são praticados para a família Satellite».
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Dualshock 3 com função de vibração
O comando sem fios para PS3 chega a Portugal na segunda quinzena de Julho O novo comando Dualshock 3 sem fios com função de vibração permitirá aos jogadores uma maior capacidade para interagir com jogos, dada a precisão e a sensibilidade de movimentos que o sistema Sixaxis proporciona. A maioria dos futuros lançamentos para a PS3 será compatível com o comando Dualshock 3, tal como quase todos os títulos já lançados (apenas será necessário a actualização 1.94 do firmware). Este é o único comando Bluetooth que combina a função de vibração com as características Sixaxis. Mais de 28 milhões de comandos Dualshock foram vendidos desde o seu lançamento para PlayStation, em 1998.
PCG
NOTÍCIAS >
Jurinfor lança widget para Windows Vista O novo sistema de pesquisa permite encontrar moradas, telefones e e-mails relacionados com a Justiça portuguesa. Em dois meses realizaram-se mais de 10 mil downloads Veja o widget em www.jurigest. pt/gadget.
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“Let the games begin” O arranque da plataforma de jogos móveis Nokia N-Gage foi dado no início do mês de Julho. No evento de demonstração, realizado no Estádio da Luz, em Lisboa, os convidados puderam testar ao vivo os jogos, bem como participar num minicampeonato. A plataforma oferece uma experiência de entretenimento global e optimizada para dispositivos móveis. Os títulos disponíveis para a NGage podem ser descarregados directamente para os dispositivos móveis compatíveis ou para um PC e posteriormente instalados no equipamento móvel recorrendo à aplicação Nokia PC Suite.
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Sonaecom reforça estratégia de crescimento Depois de em Novembro passado ter procedido à fusão dos negócios fixo e móvel, a Sonaecom anunciou a adopção da marca Optimus em todo o negócio empresarial. No âmbito desta mudança, a marca passa a abranger tanto a oferta móvel, como a oferta fixa para empresas, que até aqui era identificada por Novis. No segmento residencial, além da própria Optimus, mantêm-se as outras marcas de telecomunicações do grupo.
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Biblioteca da Universidade de Coimbra e Google assinam parceria A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra é a primeira do país a aderir ao sistema de pesquisa de livros do Google,disponibilizando na Biblioteca Digital do motor de busca 600 obras, muitas delas escritas por professores e editadas pela biblioteca.
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Samsung revela i8 e Omnia
O fabricante coreano lança uma máquina fotográfica que permite ver filmes e ouvir música e um smartphone empresarial virado para o entretenimento A Samsung i8 é uma máquina digital multimédia que, além de fotografar, dá para ver filmes em PMP, ouvir música em MP3, aceder a informações de viagem e visualizar textos. Disponível em quatro cores (branco, preto, azul e rosa), a máquina está à venda com preços a partir de 179 euros. A nova aposta do fabricante coreano possui um LCD de alta definição com 2,7 polegadas, um sensor de imagem de 8 megapixels e uma lente interna de zoom óptico 3x. A i8 permite também gravações vídeo SVGA. Durante a gravação de vídeo, é possível aceder a um conjunto de funções práticas, como pausa, fotografias contínuas e extracção parcial de arquivo. O software dispõe de um selector de estilos de fotografia, com modos predefinidos de contraste, cor e saturação para ambientes comuns de
fotografia. Uma última palavra para a função World Tour Guide, através da qual se pode aceder a informação sobre pontos turísticos em 30 países. Basta fazer o download de conteúdos da Internet, como, por exemplo, informações e imagens sobre determinado destino. A Samsung i8 conta com 256 MB de memória e suporta cartões MMC, SD e SDHC. Outra novidade é o Omnia, um smartphone que oferece conteúdos empresariais de elevado desempenho, entretenimento topo de gama, experiências dinâmicas multimédia e um design atraente. Este Samsung estará disponível em versões de 8 GB e 16 GB, com possibilidade de expansão de memória através de cartões microSD, que permitem aumentar a capacidade até 24 GB e 32 GB, respectivamente. O Samsung Omnia é um smartphone quad-band (850/900/1800/1900
MHz) que suporta WCDMA e GSM, e acede a redes HSDPA e EDGE. Com um ecrã táctil de 3,2 polegadas, que ocupa quase toda a parte frontal do equipamento, e resolução 240 por 400 pixels, apresenta um perfil elegante, de 12.5 mm, com um acabamento platinado, cantos arredondados e rato óptico. Este é o primeiro smartphone da Samsung que alia o Windows Mobile 6.1 Professional com o MS Office à tecnologia TouchWiz, simplificando a navegação entre programas e a personalização do ecrã com widgets que facilitam operações como o toque, o arrastar e o drag and drop. O ecrã WQVGA LCD permite também o mais avançado entretenimento digital: reprodução de vídeos, visualização de imagens em alta resolução e avançadas capacidades de áudio. Suporta DivX, Xvid,
H.263, H.264, Windows Media Video e MP4. O Samsung Omnia integra uma câmara de cinco megapixels com Flash, autofoco e funcionalidades que derivam do mundo da fotografia digital – detecção de face, detecção de sorriso, wide dynamic range, fotografia panorâmica. Outras mais-valias são a inclusão de GPS, a capacidade de efectuar chamadas de vídeo e o facto de ser certificado pela Digital Living Network Alliance (DLNA), organismo que promove a interoperabilidade entre dispositivos de consumo com e sem fios, e que se traduz numa total conectividade entre equipamentos de electrónica de consumo e computadores.
Errata Na edição de Julho, identificámos erradamente a account executive da Carl Byoir, que esteve na Festa Leitores PCGuia para receber o prémio de melhor marca de telemóvel em representação da Nokia.
O seu nome é Ana Rita Santos e não Ana Rita Ramos. Também na página de Opinião na PCGuia Pro, lamentavelmente, não mencionámos a empresa onde trabalha Mario Velarde, o responsável pelo artigo.
Mario Velarde é territory manager de Espanha e Portugal da IronPort, uma empresa do grupo Cisco. Aos leitores, às pessoas envolvidas e às empresas mencionadas apresentamos as nossas desculpas.
PCG
NOTÍCIAS >
Motorola lança adaptador e auscultadores para iPod
A marca revela duas novas apostas na gama de periféricos com tecnologia Bluetooth
NA BERRA
Gasolina pré-paga
Uma empresa norte-americana criou o Mygallons. com, um site que permite aos utilizadores pagarem abastecimentos de combustível futuros, ao preço praticado no dia do pagamento. O objectivo é ajudar os automobilistas a fazerem frente ao aumento constante do preço dos combustíveis. Segundo o fundador da empresa, desde que o serviço foi colocado na Internet, no início de Janeiro, já aderiram mais de duas mil pessoas.
Chamadas a bordo da TAP A TAP já testou a utilização de telemóveis a bordo de um avião. Os passageiros puderam efectuar e receber chamadas, SMS e aceder ao e-mail em pleno voo. Este serviço está disponível para todas as pessoas que possuam um acordo de roaming internacional.
Liberalização de domínios .pt em banho-maria Ainda não está para já a liberalização de domínios .pt, uma medida inserida no Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa (Simplex), que já devia estar a ser implementada desde o passado dia 1 de Maio. A Associação de Prestadores de Registos de Domínios e Alojamento já pediu uma audiência ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, para debater o atraso.
Novo firmware da PS3 desactivado A versão 2.40 do firmware da PlayStation 3 não foi muito bem recebido pelos utilizadores que o instalaram. Os queixosos alegam que a consola passou a exibir ecrãs negros. A desactivação da actualização já foi confirmada pela Sony, que garantiu estar a investigar o caso. A empresa nipónica fez questão de salientar que estes problemas afectaram apenas um número reduzido de consumidores.
A BERRAR
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A Motorola apresentou os auscultadores estéreo Bluetooth Motorola S9 e o adaptador Bluetooth para iPod D650, dois produtos vendidos num único pacote por 89,90 euros. O adaptador D650 permite controlar o iPod de forma remota, através de equipamentos Bluetooth compatíveis – auscultadores, rádio do carro ou aparelhagem de casa. Este adaptador, compatível com o iPod e iPod Nano, pesa apenas 11,3 gramas e não tem bateria, não precisando, por isso, de ser previamente ligado à electricidade. Os auscultadores S9 funcionam sem fios e podem ser activados com um suave deslizar de dedos.
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A tecnologia Bluetooth Stereo Profile – também chamada Advanced Distribution Profile (A2DP) – permite difundir música em alta fidelidade de um dispositivo para outro sem perder qualidade de som. De acordo com o fabricante, os auscultadores são resistentes à água e ao suor.
Os Motorola S9 são compatíveis com equipamentos electrónicos com adaptador estéreo Bluetooth DC800, computadores com a tecnologia Bluetooth e telefones com perfil Bluetooth Stereo (A2DP). A autonomia é de seis horas em utilização e seis dias em stand by. Pesam 30 gramas.
Targus aposta em baterias portáteis
A marca lançou soluções de energia all-in-one para dispositivos móveis A Targus anunciou o relançamento da Power4All, um conjunto de soluções de energia para computadores portáteis e diversos tipos de dispositivos digitais, que podem ser usadas em viagem (carro ou avião), no escritório ou em casa. Cada solução vem agora acompanhada com um Accessory Power System (APS) – fornecedor de energia para o portátil e acessórios. O APS permite que qualquer utilizador carregue o telemóvel, PDA ou outro dispositivo móvel, sem que para isso tenha de dispor de diferentes carregadores e adaptadores. Ou seja, poderá carregá-los ao mesmo tempo que o portátil. Outras das características
é funcionar com vários terminais, vendidos separadamente, tornando-o compatível com um vasto conjunto de dispositivos
digitais desde telemóveis e PDA a GPS e consolas de jogos. O preço das várias soluções varia dos 79,95 euros aos 119,95 euros.
PCG
NOTÍCIAS >
iPhone já tem preço
Os dois operadores que vão comercializar o novo modelo da Apple criaram planos que visam cobrir diferentes necessidades Está há muito pouco tempo à venda no nosso mercado, mas já dispensa apresentações. O iPhone 3G revelou finalmente um dos segredos mais bem guardados dos últimos tempos no mercado das telecomunicações: o preço. Os modelos de 8 GB e 16 GB custam 499 euros e 599 euros, respectivamente, tanto na Vodafone, como na Optimus. No entanto, numa tentativa de explorar ao máximo todas as potencialidades que este aparelho oferece, principalmente as comunicações de dados, os dois operadores que têm a exploração comercial do novo modelo da Apple criaram uma série de planos que contemplam pacotes
de preço mensais, que por sua vez incluem voz, tráfego de Internet, entre outras variantes. No caso da Vodafone, os clientes que subscrevam um dos novos planos pós-pagos criados especificamente para o iPhone, durante 24 meses, poderão adquirir o equipamento por preços que variam entre 129,90 euros e 389,90 euros após retoma de modelo usado. Relativamente à Optimus, estes mesmos valores variam entre os 150 euros e os 350 euros. O período de fidelização, igual nos dois operadores, é de 24 meses. Em comunicado, a Optimus acrescentou que devido às especificidades do novo iPhone
3G, cujas potencialidades assentam numa poderosa ligação, «a empresa reforçou e optimizou a sua rede especificamente para as exigências do novo terminal; e
a pensar nos clientes do novo 3G, disponibiliza agora pacotes de dados de grandes dimensões a preços muito competitivos».
PREÇOS OPTUIMUS Pré-pagos iPhone Total Recarga obrigatória/consumo mínimo mensal ................................................................. € 20 Voz e SMS ......................................................................... € 0,169 Oferta mensal de SMS Optimus ........................................... 250 Oferta mensal de tráfego Internet/e-mail incluído 250 MB iPhone 8 ........................................................................... GB €499,90 iPhone 16 GB ..................................................................... €599,90
Pós-pagos iPhone 15 iPhone 30 iPhone 50 Consumo mínimo mensal ................................................... € 15 ........... € 30 .................. € 50 Voz e SMS ......................................................................... € 0,149 ...... € 0,129 ............. € 0,099 Oferta mensal de SMS Optimus ........................................... 100 ............. 250 ................... 500 Oferta mensal de tráfego Internet/e-mail incluído ..................................................... 100 MB ....... 250 MB .............. 500 MB iPhone 8 GB .......................................................................................... €499,90* iPhone 16 GB ........................................................................................ €599,90* * PVP inclui 10€ de retoma
Mensalidade (consumo mínimo+equipamento)......................................... € 30 .......... € 45................... € 65 Voz e SMS ......................................................................... € 0,149 ...... € 0,129 .............. € 0,099 Oferta mensal de SMS Optimus ........................................... 100 ............ 250 .................... 500 Oferta mensal de tráfego Internet/e-mail incluído ...................................................... 100 MB ....... 250 MB .............. 500 MB iPhone 8 GB ....................................................................... €250** ...... €200** .............. €150** iPhone 16 GB ..................................................................... €350** ....... €300** ............. €250** ** Opções disponíveis para pagamento a prestações a instituição de crédito. A adesão implica a assinatura de um contrato de crédito ao consumo com a duração de 24 meses.
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PREÇOS VODAFONE best iPhone 100 best iPhone 230 best iPhone 500 Comunicações incluídas 100 minutos ou SMS 230 minutos ou SMS 500 minutos ou SMS (Voz ou SMS + dados) ............250 MB por mês ...............250 MB por mês .................250 MB por mês Preço por minuto de voz e SMS nacionais fora do pacote 14,9 cêntimos ..................12,9 cêntimos ....................9,9 cêntimos Valor mensal ........................29,90 € ...........................44,90 € .............................64,90 € Preço do iPhone 3G com vinculação de 24 meses 8 GB/16 GB ...........................299,90 €/389,90 €............219,90 €/309,90 € ..............129,90 €/219,90 € Preço do iPhone 3G sem vinculação 8GB ......................................499,90 euros 16GB ....................................599,90 euros Os preços de venda dos modelos acima indicados nas suas diferentes opções contemplam a dedução de €10 a título de retoma de modelo usado Novo aditivo iPhone Disponível para juntar a qualquer actual plano de tarifas Vodafone ...............19,9 € por mês.................250 MB por mês Todos os valores indicados incluem IVA à taxa em vigor no Continente (20%)
PCG
JOGOS LANÇAMENTOS Echochrome
Everybody’s Golf 2 Não é o desporto de Verão por excelência, mas promete surpreender os fãs da PlayStation Portable. «Everybody’s Golf 2» está de volta com novas personagens, percursos e itens e com formas de jogar, desbloquear e dominar diferentes. Com uma estratégia de jogo refinada e efeitos visuais aperfeiçoados, esta nova versão apresenta uma das mais amplas possibilidades de multijogador alguma vez vistas nos jogos para PSP. O jogador pode desafiar outros jogadores online, no modo Infra-estrutura, e demonstrar ao mundo do que é capaz em torneios ou em partidas de um contra um. Estão disponíveis seis novos campos e seis percursos actualizados, alguns cheios de buracos, outros incluem até greens com traçados enganadores. Este jogo agrada tanto aos amantes do golfe, como a qualquer pessoa que queira desfrutar de uma experiência de jogo competitiva, irresistível e relaxada. Escolha o seu caddy, prepare o seu swing e dê a primeira tacada com a PSP. «Everybody’s Golf 2» custa 29,99 euros.
Quer exercitar o cérebro como nunca antes o fez? «Echochrome» é um jogo diferente daqueles a que estamos habituados. O jogador tem apenas de guiar um manequim através de uma série de labirintos confusos, mas na verdade o que está a controlar não é o manequim, mas sim o próprio labirinto, alterando o ponto de vista do ecrã e transformando quedas abruptas e becos sem saída. Aqui a chave são as ilusões ópticas, uma vez que alterando a perspectiva do ecrã pode facilmente resolver o jogo. É claro que os labirintos vão sendo cada vez mais difíceis e podem, em último caso, ser criados pelo próprio jogador e posteriormente partilhados na PlayStation Network. EDITORA
SCEE PS3
PLATAFORMA
SimCity Societies Deluxe Edition
EDITORA Sony PLATAFORMA PSP
Os Sims 2 Casa IKEA Acessórios O mais recente título da série Sims, «Os Sims 2 Casa IKEA Acessórios», leva o jogador às compras com o objectivo de renovar a casa. Ao seu dispor está um variadíssimo leque de mobiliário baseado no design da multinacional sueca. Quer deseje criar um espaço moderno e amplo, quer pretenda uma sala de estar chique ou um quarto acolhedor e convidativo, nada
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falta neste jogo. A versão vive dos pormenores: camas, mesas, sofás, estantes e uma diversificada oferta de cores e padrões, espelhos, quadros, objectos de iluminação e jarras. Se é um visitante assíduo das lojas IKEA, facilmente reconhecerá as mobílias e demais objectos de decoração que aparecem no jogo. EDITORA EA PLATAFORMA PC
«SimCity Societies» continua a permitir aos jogadores criar as suas próprias sociedades e dar forma às suas culturas e aos seus comportamentos sociais e ambientes. Esta edição DeLuxe surge com um conjunto totalmente novo e revolucionário de características e com a expansão Destinations. O jogador pode criar uma cidade artística, uma cidade “orwelliana”, uma cidade futurista, uma cidade ecológica, uma comunidade espiritual, destinos e atracções exóticas capazes de atrair os turistas, entre outros. Por exemplo, pode transformar uma cidade sem graça num local de cinco estrelas, desenhar parques temáticos e resorts tropicais, trilhos para caminhadas… o limite é a imaginação. Family Fun, Adventure, First Class, Religious Retreat e Forced são os novos modelos de cidade. Esta versão inclui todas as actualizações para as SimCity Societies: novos modos estratégicos, novos desastres, novas crises e novos cenários EDITORA EA PLATAFORMA PC
Mercenaries 2: World in Flames
O mundo de «Mercenaries 2: World in Flames» não tem regras; vive de muita acção e de momentos difíceis de esquecer. O cenário é a Venezuela em clima de tenção, conflitos e violência, depois de um ditador ter resolvido apoderar-se do país e transformá-lo numa zona de guerra. Em vez de compor as coisas, neste título o objectivo do jogador é provocar o caos a mando de clientes poderosos que não têm qualquer problema em pagar o que for preciso para satisfazer as suas necessidades. Armas para ajudar à festa também não faltam. O leitor terá à sua disposição um perigoso arsenal bélico, carros desportivos e sofisticados satélites que guiam mísseis, tanques, barcos... Como bom mercenário que é também não terá quaisquer impedimentos para comprar, roubar ou extorquir o que quiser. Não tem, porém, de aceitar todos os trabalhos. A partir do complexo de emprego pode observar tudo o que é trabalho sujo e respectivos objectivos, os quais passam, como é óbvio, por ganhar a guerra e receber a maior quantia de dinheiro possível. EDITORA EA PLATAFORMA PlayStation2, PC DVD, Xbox 360, PlayStation3
Beijing 2008. O Jogo Oficial dos Jogos Olímpicos
Afinal não é assim tão difícil trazer para casa uma medalha de ouro olímpica. Basta ter o jogo oficial dos Jogos Olímpicos de 2008. Pode jogar sozinho ou com um máximo de sete amigos online. «Beijing 2008» inclui 38 eventos em alta definição, incluindo, atletismo, desportos aquáticos, ginástica, ciclismo, judo,
ténis de mesa e até canoagem. Todas as décimas de segundo contam, por isso, é preciso usar a funcionalidade In The Zone para entrar na acção e controlar os movimentos mais difíceis. Na verdade, é um simulador desportivo que requerer muita agilidade mental e coordenação. EDITORA Sega PLATAFORMA PS3
ABRIL 2007
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PCG
ENTREVISTA
Marc Cavazza, professor na School of Computing da Universidade de Teesside, no Reino Unido
IA nos jogos precisa de maior evolução O guru na área da inteligência artificial para jogos acredita que o cenário pode mudar radicalmente numa questão de alguns anos TEXTO JOÃO PEDRO FARIA FOTOS VÍTOR GORDO
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inteligência artificial (IA) em jogos foi o motivo da vinda a Portugal de Marc Cavazza, professor na área de Ambientes Virtuais Inteligentes e responsável pela definição da estratégia de investigação na School of Computing da Universidade de Teesside, no Reino Unido. Durante uma semana, o professor esteve nas instalações do Instituto Superior Técnico (IST), no TagusPark, em Oeiras, onde leccionou seminários curriculares subordinados a este tema. A PCGuia aproveitou a oportunidade para conhecer as suas opiniões na primeira pessoa. PCG – Quais são os conceitos básicos da IA nos jogos de computador? Marc Cavazza – A IA permite disponibilizar um comportamento realista à margem dos gráficos e da física. Com o melhoramento do realismo visual e físico dos jogos, constatou-se que estes precisam 16
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de ir mais ao encontro das suas histórias, o que passa por ter melhores formas de interacção e por ter um enredo mais sofisticado. Isso não só faz com que os ambientes sejam contemplados com um nível superior de inteligência, como também abre portas a que no futuro existam formas de interacção que se destaquem por completo, e que se possam basear numa interface física como, por exemplo, o rato. Mas isso só poderá ser assegurado por intermédio de tecnologias típicas da IA, como o reconhecimento de fala. PCG – De que tipo de técnicas é que a IA se socorre? M.C. – As técnicas utilizadas em jogos de computador nos dias que correm são ainda exploratórias face às técnicas académicas ou àquelas utilizadas noutras indústrias, que são já bem mais sofisticadas.
PCG – Trata-se então de uma área que tem uma grande margem de amadurecimento? M.C. – A IA nos jogos ainda está a viver a sua infância. No entanto, está a atrair as atenções por parte de muita gente ligada ao ramo na medida em que há já muitos casos de estudo interessantes. Estes projectos têm permitido levantar novos tipos de questões e de problemas que têm de ser equacionados, sem contudo serem demasiado complexos no que concerne à sua resolução. E é claro que existe uma necessidade na parte dos jogos de se melhorar e de criar novos tipos de personagens, o que será apenas possível com IA, bem como de melhorar interacções ou realismos noutras frentes para além de motores gráficos ou físicos, o que permitirá criar igualmente uma IA interessante. PCG – A IA é uma disciplina que tem já
anos de pesquisa e desenvolvimentos. Quais têm sido as maiores novidades em matérias de jogos? M.C. – No que concerne aos jogos de computador, não tem havido grandes desenvolvimentos industriais. Há aspectos que vão sendo constantemente actualizados e melhorados. Os académicos e os responsáveis pela pesquisa em IA estão a debruçar-se sobre as técnicas comportamentais avançadas, sobre o planeamento de diferentes formas de optimização, e ainda sobre técnicas de possibilidade de aprendizagem e comunicação, tais como o processamento de língua natural. Mas nada disto conseguiu até ao momento atingir a luz do dia em termos comerciais. PCG – Que tipo de limitações se têm colocado ao desenvolvimento? M.C. – São de vária ordem. Um dos maiores problemas é uma autêntica
pescadinha de rabo na boca que tem que ver com o facto de quem faz desenvolvimento de jogos não ter interesse em empregar técnicas de IA sofisticadas porque não tem pessoal disponível, mas também não quer contratar técnicos especializados nesta área porque não há títulos em quantidade que o justifique. De resto, há limitações de diversa ordem que se prendem, por exemplo, não só com o custo do desenvolvimento, mas também – e principalmente – com a inadequada capacidade que os processadores e as memórias actuais têm para correr as aplicações da IA nos jogos. A IA não é algo que se consiga transportar facilmente para o hardware, porque requer grandes recursos de memória. Tudo isto contribui para as dificuldades práticas. PCG – São essas as limitações predominantes? M.C. – As limitações de ordem teórica são as predominantes. É necessário maior progresso nas bases antes que a IA possa ser posta nos jogos com um valor acrescentado visível. PCG – Vamos ter de esperar por uma próxima geração computacional? M.C. – Não necessariamente. Uma possibilidade, especialmente viável no que concerne aos jogos para PC, é esperar que os sistemas operativos passem a incorporar funcionalidades específicas, tais como o reconhecimento de fala ou o text to speech. Com isso, será possível estabelecer uma base de trabalho para pensar em jogos nos quais se podem criar personagens capazes de comunicar através de diálogo. Seria assim finalmente possível criar uma forma de integrar as tecnologias que mencionei anteriormente. No entanto, isto levanta igualmente um problema. A maior parte dos ambientes de jogos que existem hoje já têm dez ou quinze anos de existência e são essencialmente baseados em controlo de acções. Com a IA, a probabilidade de interagir com personagens e de ter personagens sofisticadas poderá
fazer com que esse ambiente se aproxime mais dos tipos de media tradicionais que é possível observar nas séries ou filmes da MTV, o que contudo poderá abrir uma oportunidade para criar novos ambientes de jogos capazes de fazer uma utilização mais extensiva da IA. PCG – Entrando um pouco no desenvolvimento, quais são os maiores desafios e obstáculos na integração de comportamentos de IA com ambientes 3D? M.C. – Em termos de integração, a base de trabalho já está feita. A maior parte dos motores gráficos e de física é desenvolvida de modo a poder incorporar outras formas comportamentais. Ou seja, é mais um problema de ter as técnicas comportamentais de IA disponíveis e a funcionar em tempo real do
em que se tem um agente que se coordena com um outro agente, mesmo que cada um deles não seja intrinsecamente sofisticado ou inteligente. É uma técnica que se utiliza para simulações e resolução de problemas e que funciona particularmente bem quando se tem em mãos problemas que se ligam intrinsecamente com este tipo de distribuição. Ou seja, se for necessário coordenar grupos de agentes ou se houver um problema de optimização prática, poderá usar-se um sistema multi-agentes. Devo salientar que, muitas vezes fala-se em motor de IA, coisa que não existe; o que existe são técnicas de IA que permitem resolver problemas individuais ou grupos de problemas que no entanto correspondem apenas a uma característica cognitiva.
«A IA não é algo que se consiga transportar facilmente para o hardware, porque requer grandes recursos de memória» que ter de as integrar, pois esse processo será bastante simples – isto tendo em conta que o consumo de recursos é compatível com a sua integração, claro está. PCG – Outra questão é a integração da IA na história e no enredo do jogo. De que forma é que isto é feito? M.C. – A história torna-se no motor por detrás do jogo, pelo que é através dela que se controla o comportamento das personagens. Assim, a reacção das personagens apenas pode ser feita para manter a consistência da história e a sua apresentação, o que neste caso específico pode ser através de um posicionamento inteligente de câmaras. PCG – São vários os componentes de IA. Dois dos mais importantes são a coordenação de multi-agentes e os sistemas multi-agentes. O que é que significam? M.C. – Os sistemas multi-agente são um dos componentes da IA, uma espécie de sistema distribuído
PCG – E são essas técnicas que se podem aplicar no motor de cada jogo... M.C. – A IA nos jogos ditos comerciais é desenvolvida especificamente para cada título. Algumas empresas têm começado a trabalhar em bibliotecas deste género mas esta aproximação ainda não se tornou dominante. Aliás, algumas empresas foram estruturadas no sentido de se tornarem fornecedoras de IA para outras empresas de jogos, que as subcontratariam, e mesmo assim não foram tão bem sucedidas quanto elas pensavam que conseguiriam via a ser. PCG – A IA nos jogos tem vindo a desenvolver-se na direcção certa? M.C. – Muita gente tem vindo a chamar IA a coisas que não são especificamente IA, mas que resolvem apenas parte dos problemas apesar de o fazerem numa aproximação empírica. Mas precisamente por estar num estado ainda pouco adiantado, ainda há muita esperança que a
IA siga nas melhores direcções. O que é importante salientar é que existe um interesse cada vez maior e que os responsáveis estão cada vez mais receptivos a considerarem as técnicas de IA que foram desenvolvidas noutras indústrias ou como parte de programas de pesquisa e desenvolvimento para as aplicarem nos jogos. PCG – Algo que é muito importante é a formação, que de resto foi o motivo para a sua presença em Portugal. Que balanço faz sobre a semana de seminários no IST? M.C. – Fiquei muito satisfeito por ter tido a oportunidade de leccionar no IST e de lidar com estudantes que têm conhecimentos sólidos em ciências computacionais e que estão interessadas em conhecer áreas nas quais esses conhecimentos podem ser aplicados. Como diz, é uma abordagem muito importante e que tem de ser massificada, pois poderá fazer a diferença e equilibrar a balança face à forte componente industrial e empírica que ainda marca o desenvolvimento de IA para jogos. PCG – Que tendências deverão vingar no futuro? M.C. – Veremos uma coordenação de agentes e de comportamentos mais sofisticada, especialmente em jogos de estratégia, que deverá reflectir aquilo que se usa em sistemas profissionais de simulação. Deveremos também assistir ao aparecimento de novos modelos de jogo, baseados em dramas e em fundações proporcionadas por jogos como a saga «The Sims», mas mais virados para histórias e narrativas reais e mais cinematográficos, não só em termos de animações e planos de corte mas também de acções geradas como consequência do próprio jogo. Ainda não chegámos lá, mas o interesse é grande. Existe algum receio face ao risco, mas assim que surja alguém suficientemente corajoso para dar o primeiro passo, será uma realidade numa questão de alguns anos. ■ AGOSTO 2008
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iPhone vs. iPhone Chegou a segunda geração do telefone da Apple
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esmo antes de sair no nosso país, o “Jesus Phone”, como é conhecido o iPhone nos EUA, já ganhou prémios dados por várias revistas portuguesas. Até chegou a ser considerado o gadget do ano, mesmo sem estar à venda numa única loja em Portugal. Como escrevemos no nosso primeiro texto sobre o iPhone original, os únicos pontos fortes do telefone apresentado pela Apple há quase um ano eram o design e o ecrã, isto por se tratar de uma máquina pensada para o mercado americano, muito mais atrasado em comunicações móveis do que o europeu. O sucesso do iPhone na Europa foi feito muito à custa da baixa do dólar em relação ao euro, tendo a Apple vendido mais iPhones nos Estados Unidos para importação paralela do que telefones legais na Europa. Agora, depois de muita especulação, a nova geração do iPhone chega ao mercado. Esta é, desde já, a primeira grande diferença em relação ao original: o facto de ter sido posto à venda em vários países ao mesmo tempo, incluindo países não contemplados da primeira vez, como Portugal.
Hardware O novo telefone é mais fino junto ao exterior, a parte de trás é feita de plástico e a câmara está exactamente no mesmo sítio do modelo original, no canto superior esquerdo. A única opção de personalização do telefone oferecida pela Apple é a possibilidade de escolher a cor da traseira: branca ou preta. A entrada para os auscultadores continua em cima, mas permite agora a utilização de fichas de auscultadores standard, uma vez que a dita entrada já não está enfiada num buraco da caixa. A entrada para o SIM continua a ser feita através de uma pequena peça onde se encaixa o cartão que, por sua vez, é inserido no telefone. Ao lado está o botão que serve para ligar, desligar e bloquear o telefone. À esquerda encontram-se os botões de controlo de volume e para pôr o telefone em modo silencioso. Os botões do novo modelo são agora metálicos; os do modelo original eram em plástico preto. A parte da frente é exactamente igual à da versão original, com excepção do altifalante, que agora tem uma rede metálica visível do exterior. No
PCGuia
PRATA rebordo inferior do telefone estão as colunas, que foram redesenhadas neste, e a entrada multifunções, compatível com todo o material feito para os Ipod de última geração. Em termos de peso, é mais ou menos a mesma coisa da versão anterior. Uma crítica feita ao hardware é o facto de não haver câmara frontal para video calls. Quantas pessoas conhece que fazem video calls habitualmente? Pois, foi o que pensei... Muitíssimo pior do que isso – um aspecto a que já nos referimos – é não ser possível poder trocar a bateria. Continua a ser assim. Por isso, se quiser ir para um sítio onde não tem hipótese de carregar a bateria, mais vale levar outro telefone...
Bateria Uma das desculpas dadas por Steve Jobs para que a primeira geração do iPhone não fosse 3G é o facto de a bateria durar muito pouco em modo 3G. O primeiro modelo tinha de ser carregado de dia e meio em dia e 18
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FABRICANTE Apple PREÇO €499,90 499,90 (8GB); €599,90 (16GB); preços Vodafone e Optimus sem vinculação SITE www.apple.pt Qualidade/Preço Características Desempenho
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meio se a rede sem fios e o bluetooth estivessem ligados. Se tiver todos os sistemas ligados nesta nova versão, mais o push mail, a bateria mal dura um dia.. No entanto, o iPhone 3G oferece a possibilidade de ligar e desligar os vários módulos. Assim, pode ligar e desligar o 3G, a rede sem fios, o Bluetooth, o sistema de localização e o push mail. Se só ligar os vários módulos quando precisa deles, a bateria dura cerca de dois dias. Claro que isto depende do sítio onde se encontra e da cobertura da rede. Já que se fala em push mail, descobrimos um bug no sistema de e-mail que tem um impacte devastador na duração da bateria. Quando o sistema de
também está presente no telefone e permite escolher a música através da capa do álbum. Depois de activado o telefone, coisa que tem de ser feita através do Itunes, pode começar logo a usá-lo. A interface principal é muito intuitiva. Élhe apresentado no ecrã um conjunto de 14 ícones que lhe dão acesso aos programas do telefone. Para aceder a um deles, basta tocar no respectivo ícone. Se pretender reordená-los, basta clicar e ficar com o dedo no ecrã até os ícones começarem a tremer; depois é só arrastá-los para o sítio pretendido. No fundo estão mais quatro ícones que lhe dão acesso ao telefone, email, browser e Ipod. Já fora do ecrã, tem o denominado botão principal, que também existia na versão original e permite sair de qualquer aplicação e voltar ao ecrã inicial. Pode igualmente programá-lo para desencadear uma acção quando é premido duas vezes. Devido a ser lançado em vários países simultaneamente, o iPhone 3G tem o software todo traduzido para várias línguas, incluindo o Português de Portugal.
Aplicações push mail Exchange não consegue ligar-se ao servidor, o programa continua a tentar ligar-se ad aeternum até gastar por completo a bateria; neste caso, o telefone fica muitíssimo quente ao toque. A única forma de o parar é desligando o telefone. É um problema que terá de ser resolvido numa próxima actualização do firmware.
Software No campo dos standards de comunicação suportados existe GSM, GPRS, UMTS. Suporta ainda wireless 802.11g, Bluetooth e GPS assistido, que explicaremos mais à frente. O software inclui Youtube, Google Maps, Itunes Store, Application Store e a capacidade de utilização de um serviço de e-mail Exchange com todas as capacidades de sincronização de contactos, e-mail e agenda. O modelo anterior tinha GSM e EDGE, um sucedâneo do GPRS que, apesar de ser mais rápido do que o UMTS no papel, é muito pouco usado e
normalmente não chega aos níveis de velocidade do chamado 3G. Também suportava Bluetooth e rede sem fios 802.11g. Tinha ainda o YouTube e o Googlemaps, mas sem GPS. Só suportava sistemas de webmail, POP3 e Imap. Há uma coisa que é comum aos dois modelos e que a Apple há muito tempo que devia ter melhorado: o Itunes. É só o pior software de gestão de ficheiros multimédia que existe para qualquer plataforma; até o Windows Media Player consegue ser melhor do que o software da Apple. Estar a falar deste programa parece fugir ao objecto desta análise, mas para usar o iPhone na plenitude das suas capacidades tem de usar o Itunes, seja na versão para PC, seja para Mac. O sistema de gestão de músicas parece que pertence aos primórdios da informática; o de fotos e vídeos nem se fala. A interface é medonha e a utilização muito pouco user friendly. A única coisa que o safa é visualização Cover Flow, que
Ao contrário do modelo original, o iPhone 3G permite a instalação de aplicações de terceiros através de uma nova funcionalidade, denominada App Store. Trata-se uma secção da loja Itunes, onde as pessoas e empresas que desenvolvem software podem vender ou oferecer as suas aplicações. Uma das coisas que esperamos é que as aplicações que até hoje eram gratuitas o continuem a ser. A existência de um GPS embutido veio alterar o modo de funcionamento de algumas aplicações, como, por exemplo, a máquina fotográfica, que agora permite fazer a georreferenciação das fotos que tira, e a aplicação Mapas, que tira partido do GPS para indicar com precisão onde se encontra o utilizador. O iPhone usa um sistema de GPS assistido, que utiliza uma combinação de triangulação dos retransmissores da rede celular e do GPS para lhe oferecer uma informação o mais
precisa possível, mesmo que esteja fora do alcance do GPS. A aplicação não produtiva que mais gostamos é o Youtube. Se tiver uma rede sem fios à disposição e um bocado de tempo, pode ver vídeos ad aeternum, bastando seguir as sugestões que o sistema lhe faz. É simplesmente viciante! Para ver as fotografias que tira com a câmara ou que sincroniza com o seu computador, basta activar a aplicação Fotos e pode mudar de foto apenas com o passar do dedo no ecrã. Se quiser ampliar a fotografia, é só pôr dois dedos no centro do ecrã e afastálos ampliando assim a imagem. Simplesmente fabuloso! O e-mail Exchange funciona na perfeição. Para além de permitir a utilização do e-mail, sincroniza-lhe os seus contactos e a agenda de uma forma simples e rápida. A passagem de aplicação em aplicação é feita de uma forma muito suave; todo o aspecto das aplicações foi muito cuidado dando uma impressão de unidade. Uma das críticas feitas ao iPhone é a falta de um teclado com teclas reais. É apenas uma questão de hábito. Na verdade, um sistema de feedback haptic era bem-vindo. Trata-se de um sistema que faz vibrar o telefone de cada vez que se prime uma tecla virtual e que cria a ilusão de que existem mesmo teclas. Mas ainda há muita coisa que devia ser alterada, como, por exemplo: não é possível enviar MMS sem a instalação de um software de terceiros, não se podem apagar SMS individuais, só se podem apagar todos os SMS dessa pessoa. O mesmo se passa com as chamadas... Há novos problemas, como, por exemplo, o acesso à lista de contactos é bastante mais lento do que na versão anterior. A resposta da interface também não é tão rápida como a anterior. Tal como outros produtos de hoje em dia, o iPhone não é um produto acabado, mas sim em constante mutação. Esperamos que a próxima versão do software seja melhor do que esta. De qualquer maneira, posso dizer que este é o telefone que a Apple devia ter lançado há um ano. PT AGOSTO 2008
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Canon EOS 450D A PCGuia pergunta-se se esta SLR da Canon conseguirá convencer os nossos leitores
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Canon EOS 400D é oficialmente a SLR que mais vendeu na Europa. Este upgrade à popular máquina digital tem muito que suar para estar à altura do que lhe é exigido. Juntamente com a Nikon D40, a 400D ajudou à explosão das vendas de SLR baratas, já que os consumidores depressa se aperceberam que podiam adquirir uma câmara sofisticada pelo mesmo dinheiro que gastavam pouco tempo antes numa compacta decente. Além disso, a 400D era relativamente intuitiva, mesmo para utilizadores não habituados a trabalharem com D-SLR. Mas chega de história. Como é a nova 450D? A resposta é curta: muito boa. Os aperfeiçoamentos mais notórios são um sensor de 12 megapixels e a inclusão de Live View no LCD traseiro. A passagem dos 10 para os 12 milhões de pixels não é nada de extraordinário, mas quer dizer que pode ampliar as suas fotografias ou recortá-las mais agressivamente mantendo o mesmo pormenor. Ao mesmo tempo, pôr esses megapixels extra no sensor da 450D não aumentou o ruído digital nas nossas imagens de teste, embora notássemos mais ruído a ISO 1800 do que com a 400D. Mas o sensor poderoso e o processador de imagem Digic III proporcionam imagens vibrantes e ricas com imensa clareza. Alguns utilizadores da Canon 40D, (o modelo acima) queixaram-se de imagens com pouca nitidez (talvez como resultado de uma tecnologia deredução de ruído algo exagerada), no entanto, a 450D não tem esse problema. As imagens não são imensamente melhores do que as da 400D, mas têm melhorias subtis. É de louvar a inclusão de funcionalidades novas, como a Highlight Tone Priority. Esta funcionalidade opcional permitelhe limitar os destaques ampliados nas suas fotografias, especialmente 20
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FABRICANTE Canon PREÇO €789 CONTACTO 214 700 400 SITE www.canon.pt FUNCIONALIDADES Processador de imagem Digic III, novo modo Live View, funcionalidade Highlight Tone Priority, maior mas mais leve Qualidade/Preço Características Desempenho
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quando fotografa áreas de um branco luminoso: flores, desportos de Inverno ou um vestido de noiva, por exemplo. Também é útil para fotografar paisagens com nuvens reluzentes. Assim, é uma pena que seja necessário andar de um lado para o outro pelos menus para ligar e desligar a Highlight Tone Priority. A interface da 50D, ainda que seja melhor do que a da 400D, podia ser ainda mais clara. A Canon redime-se incluindo um novo botão de ISO no topo da câmara, o que torna o ajustamento da sensibilidade à luz da 450D bastante mais simples. Outra funcionalidade nova é a Live View, que lhe permite ver o que a câmara vê, mas no LCD
traseiro. Esta funcionalidade já existe há séculos nas compactas, e a Olympus introduziu-a nas SLR, mas a Canon levou algum tempo a acompanhar esta tendência. É útil para fotografias de ângulos difíceis e enquadrar naturezas mortas. Pode também chamar uma grelha e um histograma para verificar se um horizonte é perfeitamente recto, por exemplo, e ajustar a Exposure Compensation para evitar as sub ou sobreexposições. Regra geral, há melhorias sérias na 450D. Embora não seja a SLR mais barata no mercado, inclui uma lente com estabilizador de imagem de 18-55 mm. Tendo os preços a probabilidade de descerem ainda mais até ao fim do Verão, é um upgrade tentador para os fãs do equipamento deste fabricante. J.T.
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Powercolor HD4850
Uma placa que não custa uma fortuna e que apresenta um desempenho consistente
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luta pelo melhor desempenho gráfico está ao rubro, mas nem toda a gente tem orçamento para comprar placas gráficas de 500 euros. A questão está, pois, em saber se vale a pena comprar uma placa gráfica de valor mais baixo e recorrer a overclocking para conseguir desempenhos superiores ao que o fabricante anuncia. Muito embora seja simples fazer overclocking à HD4850 (usámos o Catalyst 8.5), notámos problemas de sobreaquecimento no hardware. A ventoinha (de slot único) que o fabricante colocou na HD4850 parece ser insuficiente para dar conta das necessidades de refrigeração quando em overclocking. Mesmo assim, conseguimos alterar os valores para 645 MHz no núcleo e 1045 MHz na memória.
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Qualidade/Preço
Nos nossos testes em overclocking, a placa da Powercolor registou valores promissores. No 3DMark 2006, foi responsável por 13.115 marks (resolução 1024 x 768), 12.412 (1280 x 1024) e 10.501 marks (1920 x 1200). No «COD4», conseguimos obter 122 fps (1024 x 768), 106 fps (1280 x 1024) e 73 fps (1680 x 1050). Os testes foram realizados com 4 x AA, o filtro anisotrópico (AF) no máximo, a qualidade das texturas no máximo e todos as restantes definições também no máximo. Neste aspecto, o aquecimento exagerado parece ser mesmo o único entrave, muito embora, mesmo assim, não tenhamos notado um barulho excessivo da ventoinha. A verdade, porém, é que a placa aquece bastante.
Características Desempenho
Testada nas velocidades normais e baixando os settings de teste (0xAA e 0XAF), a placa registou fps no «COD4» a 1024 x 768 e 85 fps a 1280 x 1024, desta vez ligando o AA (4 x) e o AF (8x). O 3DMark 2006 revelou uma placa com um desempenho mais uma vez consistente: 13.485 marks (1024 x 768), 11.460 marks (1280 x 1024) e 10.144 marks (1600 x 1200) são valores
Simplicidade de uso e espaço de armazenamento são as linhas de força desta proposta da Plextor
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está um disco rígido SATA de 500 GB da Samsung que se liga a qualquer computador através da porta USB 2.0. Pode e deve tratá-lo como um disco externo normal, para onde copia ficheiros multimédia de áudio, vídeo ou de imagem. O disco vem formatado em sistema FAT32, mas é possível reformatá-lo em NTFS, de forma a reproduzir ficheiros de mais de 4 GB. As velocidades de acesso ao disco rígido não vão além do razoável. Esta questão pode ser um entrave quando estiver a gravar dados no disco, mas asseguramos que as velocidades são mais do que suficientes para reproduzir conteúdo sem falhas.
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Media Player MPE500U e gosta de transportar o seu arquivo multimédia consigo, este produto da Plextor merece seguramente a sua atenção. Dentro da caixa que pode ver na imagem
DISTRIBUIDOR Niposom PREÇO €69,40 CONTACTO 218 440 200 SITE www.powercolor.com FICHA TÉCNICA 512MB DDR3; dual DVI; HDMI; suporta CrossFire X; adaptador sVideo; adaptador DVI-VGA; adaptador DVIHDMI; Shader Model 4.1; suporte DirectX 10.1
Depois, basta ligar o disco a uma televisão através de uma das saídas (SCART, coaxial ou por componentes) e começar a ver os seus filmes preferidos (até 720 x 576 pixels), as fotos das suas férias (5120 x 3840) ou ouvir a sua colecção de música digital (suporta a criação de playlists de áudio, 320kbps). O sistema é simples e o comando à distância facilita o acesso ao arquivo multimédia guardado no disco (software em inglês). Em funcionamento, não notámos um ruído incomodativo (e repare que tem uma ventoinha para ajudar na refrigeração do disco). Infelizmente, não existe saída HDMI no painel traseiro, pelo que o utilizador terá de se sujeitar à saída SCART ou de componentes. Além disso, se quiser
de que esta placa se pode orgulhar. Feitas as contas, é um bom upgrade para a sua máquina, se precisar de uma placa com um desempenho consistente e com um preço apetecível. Tem áudio 7.1 via HDMI, suporta CrossFireX (caso pretenda utilizar um sistema de várias placas gráficas) e Directx 10.1. J.T.
DISTRIBUIDOR Tech Computers PREÇO €190 CONTACTO 249 849 178 SITE www.plextor.com FICHA TÉCNICA Sistema de arquivo multimédia com disco rígido de 500 GB SATA. Interface USB 2.0; saída áudio, SCART, coaxial; suporte para MPEG1, MPEG2, DivX, Xvid, MP3, WAV, JPEG; reprodução de vídeo a 720 x 576 pixels. Controlo remoto Qualidade/Preço Características Desempenho
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levar o sistema multimédia consigo, prepare-se para transportar cerca de 1 kg. Lembre-se de que tem de levar o controlo remoto e o transformador, para garantir a alimentação. O software não tem versão portuguesa, pelo que terá de utilizar a interface em Inglês. De qualquer forma, é um bom produto para utilizadores que procurem formas simples de transportar conteúdo multimédia para todo o lado e que desejem um sistema intuitivo a um preço razoável. J.T.
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Epson B500dn Faculta páginas a cores ao mesmo preço que impressões monocromáticas a laser? A PCGuia investiga
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uando a Epson anunciou que esta impressora jacto de tinta B500, tal como a B300, proporciona preços por página a cores iguais aos preços de impressão monocromática de algumas das impressoras laser mais utilizadas no mercado, a PCGuia decidiu que tinha de a testar o quanto antes. Para analisarmos a impressora, utilizámos um documento de 50 páginas com texto e elementos gráficos a cores. No laboratório da nossa Redacção, a impressora revelou ser bastante rápida. Recorrendo à bandeja de alimentação traseira e no modo rascunho (Draft), imprimiu a primeira página em 10 segundos e o documento PDF em 4 min e 12 s. Estes tempos foram, de resto, sensivelmente os mesmos que evidenciou quando alterámos as definições de impressão para texto e imagem. Neste segundo caso, as 24
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cores pareceram bem preenchidas muito embora se notasse, aqui e ali, alguma irregularidade nos limites de algumas letras, quando avaliámos a qualidade de texto a preto. A unidade de duplex foi posta à prova com o mesmo documento. No modo de texto e imagem, demorou 14 min e 23 s a concluir o trabalho de impressão. A primeira página foi disponibilizada após 44 s, impressa em ambos os lados, claro está. Os custos de impressão foram calculados tendo em consideração os tinteiros normais (existem opções de alta capacidade) e os seus dados de débito mensal. A cores, verificou-se um custo de impressão por página de cerca de 5 cêntimos. No modo monocromático, esse valor desceu para 1 cêntimo. O custo de impressão a cores é baixo, mas mesmo assim não se situa no custo de impressão monocromático de uma impressora laser actual (veja o teste da PCGuia Pro de Julho). De
qualquer forma, a diferença não é grande. No nosso teste do mês passado, analisámos impressoras com custos de impressão a preto de 4,2 cêntimos por página. E se comparar os custos de impressão a cores desta B500 com os mesmos custos numa impressora laser, então a diferença é abissal. A título de exemplo, a laser Epson C27800n, por exemplo, apresenta um custo de impressão por página a cores de 15,2 cêntimos... De qualquer forma, os custos de impressão das impressoras laser variam muito consoante o modelo, pelo que tudo depende do termo de comparação com esta proposta jacto de tinta do fabricante nipónico. A B500dn dispõe, como é passível de ver pelo nome, de uma unidade de duplex embutida e de placa de rede. Além destes elementos, basta olhar para ela para perceber que se trata de uma máquina indicada para escritórios e grupos
de trabalho. Os tinteiros com tintas DURABrite são colocados na parte da frente da máquina e conta ainda com um tanque de manutenção (15 euros/35 mil páginas). A substituição dos tinteiros é muito simples e o processo demora apenas alguns segundos. O painel de controlo LCD faculta somente as informações mais básicas mas permite opções de manutenção, como a iniciação do sistema de limpeza ou de alinhamento de cabeças de impressão. Deve optar pela B500dn para o seu escritório? Bom, se quer imprimir a cores e está a ponderar a opção laser/jacto de tinta, então esta é uma aposta segura. O footprint do hardware não é o mais apetecível (312 mm de altura, 489 mm de comprimento e 480 mm de largura), mas imprimir a cores por este custo por página é claramente uma mais valia. Por outro lado, existem impressoras laser a 400 euros, um valor bastante inferior aos 630 euros que o fabricante nipónico pede pela B500. O duplex e o visor LCD não são essenciais? A B300 custa 367 euros... J.T.
FABRICANTE Epson PREÇO €626,40 CONTACTO 213 035 400 SITE www.epson.pt FICHA TÉCNICA Impressora jacto de tinta com quatro tinteiros (três de cores e um preto). Duplex de raiz; duas bandejas de alimentação (650 folhas no total); ligação USB e de rede; utiliza tintas Epson DURABrite; ciclo mensal de 20 000 páginas; resolução até 5760x1440 ppp; consumo: 32W (impressão), 8W (pronta), 5W (modo de inactividade); suporte para Windows, Mac OS e algumas distribuições de Linux (veja o site do fabricante); CD com drivers de impressão, EpsonNet-Print, EpsonNetConfig, EpsonNetEasyInstall. Um ano de garantia, extensível a três anos Qualidade/Preço Características Desempenho
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PowerColor ATI TV Wonder 600 Uma boa solução para quem já tem em vista a televisão digital terrestre que, mais cedo ou mais tarde, chegará até nós
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os dias que correm só não tem uma placa de TV quem não quer mesmo ver televisão no PC. Tendo em conta a evolução que a tecnologia tem conhecido no passado recente, tanto em termos de hardware como de software, diríamos que esses resistentes vão sendo cada vez em número menor. Hoje, não só estão disponíveis no mercado monitores com ecrãs de dimensão generosa e formato panorâmico que permitem que se DISTRIBUIDOR Niposom PREÇO €59 CONTACTO 218 440 260 SITE www.powercolor.com.pt FICHA TÉCNICA Placa de TV compatível com as normas DVB-T/PAL e SECAM, baseada no chip ATI Theater 600, motor de vídeo com largura de banda de 12 bits, entradas TV, S-Video, compósito, áudio, FM, interface PCI Express x1 Qualidade/Preço Características Desempenho
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trabalhe na folha de cálculo, no editor de texto ou até no assistente de correio electrónico enquanto se mantém uma janela de lado com o que se está a passar na televisão, como também o sistema operativo Windows Media Center, que integra actualmente as versões Home Premium e Ultimate do Windows Vista (sem esquecer o mais “velhinho” Windows XP Media Center Edition), faz com que o PC se possa transformar, entre muitas outras coisas, num servidor de televisão com gravador de vídeo. No meio de toda esta evolução está a placa de TV, também ela vítima (no bom sentido) do desenvolvimento tecnológico. A PowerColor ATI TV Wonder 600 aqui testada permite receber televisão analógica e é capaz de descodificar sinal de emissão digital de televisão ou rádio (DVB-T) graças ao receptor/sintonizador híbrido. Ademais, e como é habitual nas placas de TV baseadas na tecnologia ATI (agora
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AMD), permite que o PC se transforme também num receptor de vídeo ao incluir entradas S-Video, compósito e de áudio, caso a placa gráfica instalada não as tenha (coisa que vai sendo também cada vez mais rara). Quanto ao software incluído, nada a apontar. Para além dos controladores, inclui o programa CyberLink PowerCinema 5 (OEM) e um pacote
denominado All-In-One Home Cinema Entertainment Center, que basicamente nos dá tudo o que é preciso para tirar um bom partido das funcionalidades permitidas pela placa, como é o caso do gravador de vídeo pessoal (PVR). De referir ainda que esta PowerColor inclui um comando de vídeo remoto que permite controlar as habituais funções, incluindo a de teletexto. J.P.F.
Tsunami Traveller T128
A primeira proposta com Montevina da JP fez uma paragem na nossa Redacção
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o mais recente membro da família Traveller e vem equipado de fresco com a
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plataforma Intel Montevina, o último chipset do gigante norte-americano. O T128 apresenta um design discreto e um chassis preto que surge como primeiro indício do público a que se destina: os profissionais móveis. Outros argumentos que sustentam esta ideia são o leitor de impressões digitais, a autonomia de 4h37min e o peso de somente 2 kg . Quanto às desvantagens, tem um ecrã de somente 12.1 polegadas e uma placa gráfica embutida que não dá conta do recado se quiser instalar os mais recentes jogos do mercado.
O processador funciona a 2,8 GHz. É auxiliado por uns generosos 3 GB de memória RAM e por um disco com 320 GB de capacidade para guardar os seus documentos. Nos nossos testes, o Traveller T128 obteve 5241 marks quando sujeito ao PCMark 05 (6920 CPU, 4606 acesso ao disco e 5384 memória) e 5171 marks quando o analisámos desligado da corrente e alimentado pela sua bateria (7036 CPU, 4600 acesso ao disco e 5441 memória). São resultados que garantem as capacidades de processamento da plataforma e que asseguram que esta não irá deixar mal o utilizador. Destaque ainda para a saída HDMI e para a webcam, extras merecedores de um relevo especial. Uma vez que
a máquina parece ser indicada para uma utilização mais profissional, o Windows Vista Business poderia ser uma opção mais adequada. De qualquer forma, é uma boa aposta. J.T. DISTRIBUIDOR P Sá Couto PREÇO €1299 CONTACTO 229 993999 SITE www.tsunami.pt FICHA TÉCNICA Processador Intel Core 2 Duo T9600; 3GB de memória RAM; ecrã 12.1 polegadas; placa gráfica on-board; chipset Intel Mobile 45; webcam; disco rígido 320 GB; leitor de impressões digitais; portas: 1 VGA, 1 HDMI, 3 USB, rede. Garantia de 24 meses; Windows Vista Home Premium. Oferta de saco de protecção Tsunami Qualidade/Preço Características Desempenho
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Titan Acabaram-se as desculpas para não fazer cópias de segurança
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ste Titan da Memup não é mais do que dois discos de 1 TB inseridos numa caixa com Interface dupla: eSATA II e USB 2.0. Mas este equipamento tem mais do que se lhe diga. Na verdade trata-se de uma solução de grande capacidade, criada para cópias de segurança, que aloja
FABRICANTE Memup PREÇO €499 CONTACTO 219 833 535 SITE www.memup.pt FICHA TÉCNICA Disco de 7200 rpm, taxa de transferência de até 3 GB por segundo, eSata II, USB 2.0 REQUISITOS MÍNIMOS PC Intel Pentium III 500 MHz, Windows 2000, XP, Vista, Server 2003. Mac G4, G5 500 MHz, Mac OS 10.4 e posterior. Porta eSATA II / I, porta USB 2.0 / USB 1.1 Qualidade/Preço Características Desempenho
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dois discos rígidos de 3,5 polegadas e que permite ao utilizador escolher o esquema de RAID que pretende utilizar, com um simples toque num botão de selecção. É aqui que reside a grande vantagem deste produto. Montar, esquematizar e conseguir que um sistema RAID funcione sem falhas (porque com os backups não convém brincarmos) não é para todos. Este Titan não só coloca à mercê 2 TB de espaço livre para armazenamento, como facilita todo o processo de configuração do sistema de cópia de segurança a usar. Como? Através da disponibilização de quatro diferentes modos de trabalho, que podem ser escolhidos mediante um selector (uma espécie de ranhura que o utilizador faz deslizar até ao modo pretendido). Existe o modo Mirror (RAID 1, ou seja, ficam em espelho), Fast (RAID 0),
Dual (fica a funcionar com dois discos separados) e BIG (concatenação, isto é, poderá aproveitar a sua capacidade ao máximo). Sempre que quiser alterar um destes modos, basta carregar no botão de Reset e iniciar o processo de configuração. Esta é uma solução meramente para armazenamento e cópias de segurança; não foi desenhada para servir como Media Center, nem pode ser ligada directamente a uma televisão. Usa a tecnologia hot-plug externa, ou seja, é reconhecida e fica pronta para ser utilizada automaticamente depois da ligação à porta eSATA ou USB do seu sistema. Podemos também avançar que a caixa é esteticamente agradável, ou seja, não se assemelha a um “caixote” Não tem quaisquer parafusos, o que em termos funcionais significa que não poderá abrir a caixa para substituir
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OURO um dos discos, se este se avariar… Este é talvez o ponto menos positivo que encontrámos. Achámos que os generosos 2 TB deviam ser testados em grande, por isso, submetemos o disco a duas semanas de cópias massivas de ficheiros (receber, ler e copiar). Enchemos os 2 TB de informação, despejámos tudo de seguida, testámos as várias configurações e constatámos que durante este processo não houve qualquer problema. Esta é, na realidade, uma óptima opção para pessoas com necessidades bem diferentes: Se fizermos as contas ao preço de quatro discos de 500 GB, a conta vai sair-lhe mais barata, mas não está a comprar uma caixa destas com o sistema de backup pronto a usar. S.E.
Gigabyte HD 4870
Não sendo um “canhão”, apresenta uma excelente relação preço/qualidade
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oucos dias após a AMD/ATI ter introduzido no mercado o RV770 que dá vida às gráficas da série Radeon HD 4800, a Gigabyte apresenta a sua proposta HD 4870, uma placa de duplo slot que (como o nome indica) se baseia no mais recente GPU Radeon HD 4870 (RV770XT). Relembre-se alguns números que impressionam neste novo processador gráfico – processo de fabrico de 55 nm, 800 unidades de processador de stream, suporte para DX10.1 e, a grande novidade, suporte para memória GDDR5. No papel, trata-se de uma proposta tecnologicamente evoluída, aliás, até mais evoluída na teoria do que as gráficas baseadas na nova série rival Nvidia GeForce GTX 280, pois 28
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faz uso de tecnologias mais recentes. Trata-se, de facto, de uma proposta muito interessante sob o ponto de vista da relação preço/desempenho. Analisando a Gigabyte HD 4870 em pormenor, fisicamente muito semelhante à HD 3870, vemos que tem um GPU que corre a 750 MHz e 512 MB de RAM GDDR5 a 1,8 GHz (2x 900 MHz). Provavelmente, quando este artigo for publicado já haverá no mercado soluções disponíveis com overclocking aplicado de fábrica pelos próprios fabricantes. Refira-se que isso implicará ainda mais calor. Apesar de o cooler fazer um bom trabalho (melhor face à solução usada nas HD 4850), ainda assim não evita que a placa aqueça bastante, para além de não ser de todo silencioso.
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OURO Submetida ao 3DMark 06 no nosso sistema de testes, baseado num CPU Intel Core 2 Quad Q6600 a 2,4GHz auxiliado por 2 GB de RAM DDR2-1066, e com o AA activado (x4) e o AF em x16, os resultados são animadores: 10039 marks a 1600x1200, 11044 marks a 1280x1024 e 11693 marks a 1024x768. Significa isto que a placa é cerca de 10 por cento mais rápida face às HD 4850 e 60% mais poderosa em relação à anterior série HD3870. Pode-se assim dizer que a AMD renasceu com o GPU Radeon HD 4870 para o mundo
dos jogos, e quem sai a ganhar são os consumidores finais. Em suma, esta placa é uma boa opção e uma excelente alternativa mesmo à nova gama de placas GTX 280, como veremos muito em breve. J.P.F. FABRICANTE Niposom PREÇO €249 CONTACTO 218 440 200 SITE www.gigabyte.pt FICHA TÉCNICAGPU HD 4870, interface PCI Express 2.0, suporte para Microsoft DirectX 10.1 e OpenGL 2.1, 512MB de memória GDDR5, interface de memória de 256 bits, suporte para CrossFireX e Avivo HD, saídas dual DVI-I, D-sub, HDMI e suporta HDCP Qualidade/Preço Características Desempenho
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Sony DSLR A350 Muitas funcionalidades num pequeno pacote
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ormos passear com uma das mais recentes câmaras da família das digitais SLR da Sony, a pequena A350 Este modelo vem equipado com um novo sensor CCD tipo APS-C com 14.2 megapixels efectivos, mas não é só aqui que esta máquina mostra que pode ser uma boa opção para os utilizadores amadores que já não se satisfazem com uma câmara compacta, mas que também não têm o conhecimento suficiente para manusear uma profissional. A câmara oferece uma qualidade de imagem bastante boa, que não desilude nem nos pormenores, nem quanto à fidelização de cores. Assegura captura contínua de imagens a uma velocidade de até 2,5 fps com visor electrónico óptico, e até 2 fps em modo de visualização ao vivo. A 350 é uma máquina, no geral, rápida, mas nota-se que esta velocidade é comprometida em duas situações: em ambientes com pouca luz, algo que se nota especialmente quando se fotografa, por exemplo, crianças irrequietas e quando se usa o modo DRO. Neste último caso,
aconselha-se que opte por este modo apenas quando o item que pretende fotografar tenha pouco, ou mesmo nenhum movimento. Não quer dizer que a máquina seja má, longe disso. O Quick AF Live View foi muito bem-vindo, não só porque funciona bastante bem, mas porque nem sequer compromete a velocidade da autofocagem. O estabilizador de imagem Super SteadyShot, mostra-se eficaz com diferentes tipos de lentes. Traz ainda uma AF central melhorada de 9 pontos, com activação EyeStart para focagem rápida e precisa. Aqui há, porém, um ponto que se pode tornar um pouco irritante. O sensor de infravermelhos activa o sistema AF mesmo quando não queremos, o que significa que, quando está a segurar a câmara, está sempre a ouvir o motor a focar. O LCD pode ser inclinado, em dois sentidos, (para cima em cerca de 130 graus e para baixo até 40 graus), o que facilita a captura
da imagem, mesmo a partir de ângulos mais difíceis. Toda a interface e esquema de menus da Sony são muito simples de usar e extremamente funcionais. Há uma série de botões que controlam rapidamente as principais funções, mas mesmo aquelas que necessitam de mais do que um clique estão sempre acessíveis. O grau de personalização/ configuração possível é muito agradável.
O tamanho e o peso da máquina são reduzidos, o que facilita o transporte e o manuseio. A autonomia da bateria é óptima, e tem um pormenor que até pode ser considerado menos importante mas é de extrema utilidade: o facto de o tempo de bateria ser mostrado em percentagem, o que permite maior controlo por parte do fotógrafo. Uma boa opção de câmara digital, com um preço um pouco alto. S.E.
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FABRICANTE Sony PREÇO €733.74 CONTACTO 808 200 185 SITE www.sony.pt FICHA TÉCNICA Câmara digital Single Lens Reflex (D-SLR) de 14,2 megapixels, Quick AF Live View, estabilizador de imagem Super SteadyShot, com lentes de montagem Sony ou Konica Minolta. Ecrã com 2,7 polegadas, ajuste de inclinação em dois sentidos, bateria InfoLITHIUM, CCD dimensão APS-C com sistema antipó, mecanismo BIONZ da Sony, sistema AF de detecção de fase TTL com nove pontos de focagem, sensibilidade equivalente a ISO100 – 3200, cartão CompactFlash: tipo I, tipo II (Microdrive) com adaptador opcional, Memory Stick Duo, Memory Stick PRO Duo, Memory Stick PRO-HG Duo Qualidade/Preço Características Desempenho
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Bullguard Internet Security 8 O software de segurança Viking melhorou em termos de aspecto e de robustez
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á lá vai o tempo em que era preciso ter apenas um bom antivírus para proteger o computador e mantê-lo seguro face a novas ameaças. Nos dias que correm, uma máquina que tenha a mais estreita das ligações à Internet – mesmo que seja um acesso dial up (isso ainda existe?!) para descarregar o e-mail e navegar sem uma finalidade específica – precisa de um programa que seja capaz de monitorizar em tempo real o tráfego que entra e que sai do PC, evitando que se instalem programas como spyware ou agentes ainda mais nocivos como vírus ou malware, que tornam o sistema vulnerável a hackers. Existem, contudo, no mercado muitas soluções que personificam este conceito de protecção tudo em um. O que é que torna cada solução diferente entre si? O nível de protecção? A eficácia na detecção das ameaças? O tempo de disponibilização das vacinas e das novas assinaturas de vírus? O suporte pós-venda? Todos estes factores interessam. Mas alguns fabricantes de soluções de segurança foram um pouco mais além e optaram por incluir não só a possibilidade de se instalar uma licença em mais do que uma máquina, como também oferecer 32
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no pacote novos serviços, como é o caso da ferramenta de backup online. A empresa dinamarquesa Bullguard seguiu essa estratégia, sendo aliás a grande inovação nesta versão: quem optar por comprar o Bullguard Internet Security 8 terá direito a 5 GB de espaço nos servidores da Bullguard para poder fazer cópias de segurança remotas através da Internet, valor que contempla os três computadores em que é permitido instalar uma só licença. É claro que, neste caso, será bom que se tenha uma ligação em banda larga sob pena de demorar uma eternidade a fazer um backup dos ficheiros mais importantes. O Bullguard Internet Security 8
reune assim cinco funções num só pacote: antivírus, anti-spyware, firewall, filtro de spam e backup, contemplando ainda o sempre útil suporte técnico. Vamos analisar cada uma das áreas, mas comecemos por falar de um aspecto que melhorou face à versão anterior – a interface de controlo (em Português), que conta com um aspecto limpo e uma navegação intuitiva. À esquerda podem encontrar-se os botões de controlo que permitem aceder às funções principais, sendo depois possível personalizar cada uma dessas áreas na janela principal. Recomendamos a quem não tem muita experiência neste tipo de lides que não altere grande coisa, não porque seja demasiado complicado mas sim porque as opções definidas de raiz apresentam inteligência mais do que suficiente para dar uma resposta firme aos problemas que forem sendo dados para o Bullguard Internet Security lidar. Nos nossos testes, a pesquisa por vírus e spyware mostrou ser rápida e eficaz, tendo demorado aproximadamente meia hora para pesquisar cerca de 55 mil ficheiros, equivalentes a uma ocupação de espaço em disco de 10 GB. Enquanto a pesquisa é feita, é possível fazer outras
acções não só no programa como noutras aplicações em que se queira trabalhar, sem que com isto se sinta uma sobrecarga em demasia nos recursos do sistema. No que toca ao filtro de spam, integra as aplicações de e-mail mais vulgarmente utilizadas como o Outlook, Outlook Express e Thunderbird. Mas mais interessante é o facto de a informação ser partilhada entre utilizadores da Bullguard, o que faz com que assim que uma ameaça seja detectada num conjunto pequeno de máquinas possa ser bloqueada de imediato em todos os sistemas onde o Bullguard Internet Security 8 esteja instalado. Este método serve ainda para detectar esquemas de phishing mas não se integra com o browser, não sendo exibido qualquer aviso sobre a potencialidade de o link que se está a abrir remeter para um site com conteúdos eventualmente nocivos. Outro aspecto novo é o suporte técnico 24 horas por dia, sete dias por semana, que pode ser feito não só por e-mail mas também ao vivo por chat. Desta forma, e caso seja necessário, o utilizador poderá permitir que os técnicos da Bullguard tenham acesso remoto à sua máquina para que o problema seja mais facilmente debelado e resolvido. J.P.F.
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PRATA DISTRIBUIDOR Inforlândia PREÇO €59 CONTACTO 808 201 640 SITE www.bullguard.com FICHA TÉCNICA Pacote de segurança tudo em um com antivírus, anti-spyware, firewall, filtro de spam e funcionalidade de backup remoto REQUISITOS DE SISTEMA Windows Vista/ XP/2000, 200 MB de espaço livre em disco Qualidade/Preço Características Desempenho
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O seu próximo disco rígido Armazenamento e sistemas mais rápidos para desktops e portáteis PCGUIA
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os tempos que correm, o armazenamento é baratíssimo. Com os avanços na tecnologia, as drives estão também mais rápidas. Mas mesmo com um processador decente, uns poucos de gigas de RAM rápida e uma placa gráfica de gama média, o facto é que o disco rígido é o componente que mais atrasa o seu sistema. Embora as drives solid state, baseadas na tecnologia de memória flash, possam ser muito mais rápidas nalgumas operações, essa tecnologia ainda está a dar os primeiros passos. Significa que têm uma capacidade baixa, são muito caras e ainda não mostraram o que valem no mercado. No entanto, mudar da velha drive IDE para uma SATA 2 mais rápida pode fazer uma diferença enorme. Os tempos de carga dos jogos são um dos grandes problemas para os utilizadores. Assim, tudo o que possa acelerar o sistema é bem-vindo. Mas tenha em conta que quanto maior for o disco, mais lento será (regra geral), pois a cabeça tem de cobrir uma área superior. Os discos rápidos podem também aquecer demasiado, precisando assim de muita ventilação. Os utilizadores de computadores portáteis não estão tão bem servidos como os de computadores de secretária, mas uma mudança de disco pode, ainda assim, fazer diferença. Tendo isto em conta, fizemos testes a oito drives para ver qual tem a melhor relação qualidade/preço.
Como testámos
■ Cada drive foi testada utilizando o HDTune Pro, que dá valores brutos
de velocidade. Também medimos o tempo que cada disco levou a carregar o mesmo save game de um jogo, como teste de vida real.
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1 SEAGATE MOMENTUS 5400.4
2 HITACHI DESKSTAR P7K500
3 WD CAVIAR SE16
DISTRIBUIDOR INFORLÂNDIA
DISTRIBUIDOR NIPOSOM
DISTRIBUIDOR NIPOSOM
PREÇO €89 CONTACTO 808 201 640 SITE www.seagate.com CAPACIDADE 250 GB FORMATO 2,5 polegadas
Se procura um disco rápido para um computador portátil, é este que deve comprar. Tanto os benchmarks do HDTune, como o teste de carga do jogo mostraram que era muito mais rápido do que qualquer um dos outros discos para portáteis aqui testados, e tem um bom equilíbrio entre a capacidade e a velocidade. A única maneira de obter mais velocidade é arranjar um disco com uma rotação de 7200 rpm. Existem, mas custam um pouco mais e podem influenciar a duração da bateria do seu portátil. VEREDICTO 8
PREÇO €63 CONTACTO 218 440 200 SITE www.hitachigst.com CAPACIDADE 320 GB
PREÇO €79 (Aprox.) CONTACTO 218 400 200 SITE www.westerndigital.com CAPACIDADE 640 GB
FORMATO 3,5 polegadas
FORMATO 3,5 polegadas
Os discos da Hitachi estão normalmente orientados para os utilizadores empresariais, e embora este disco seja considerado básico para esta capacidade, não é mau quanto à velocidade. As velocidades brutas no benchmark foram das mais baixas nas drives de desktop, mas quando fizemos o teste de carga no jogo, revelou praticamente a mesma velocidade do Barracuda. De qualquer modo, o Caviar apresenta mais vantagens no que respeita à capcidade/preço.
Com quase metade da capacidade do Barracuda, esperávamos que este disco tivesse um desempenho muito mais rápido. Embora os nossos testes de velocidade bruta mostrassem que o Caviar era mais rápido, isso não aconteceu no teste de carga do jogo, em que o Barracuda foi um segundo mais rápido. Assim, a questão que se deve colocar é quanto o armazenamento lhe faz falta. A metade do preço do Barracuda pode comprar dois Caviar e ter um armazenamento de mais um par de centenas de gigas.
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4 SEAGATE BARRACUDA 7200.11
5 WD VELOCIRAPTOR
6 SAMSUNG HD103UJ
DISTRIBUIDOR AQUA PC
DISTRIBUIDOR NIPOSOM
DISTRIBUIDOR AQUA PC
PREÇO €289 (Aprox.)
PREÇO €134,90
CONTACTO 218 440 200
CONTACTO 210 831 690
SITE www.westerndigital.com
SITE www.samsung.com
CAPACIDADE 300 GB
CAPACIDADE 1 TB
FORMATO 3,5 polegadas
FORMATO 3,5 polegadas
FORMATO 3,5 polegadas
Os discos Seagate Barracuda sempre foram respeitados pela sua fiabilidade. É uma boa escolha se precisar de muito armazenamento. Em termos de velocidade, embora tenha um dos tempos de acesso mais rápidos, os nossos testes revelaram uma performance mediana quanto à velocidade em bruto. Contudo, no teste com o jogo, o tempo de acesso fez-se realmente valer, mostrando que este era um dos discos mais rápidos do teste. Assim, em termos de capacidade e velocidade, o disco Seagate é um vencedor digno.
Eis um disco com um aspecto esquisito. É essencialmente um disco de 2,5 polegadas para portáteis, aparafusado a um dissipador de calor de 3,5 polegadas. Esta configuração é necessária devido à fantástica rotação de 10.000 rpm deste disco. Esteve no topo em todos os nossos testes, e é de muito longe o disco mais rápido. O preço é a grande desvantagem. É preciso ter mesmo vontade de ter esses 5 a 10 por cento a mais no desempenho para justificar gastar o dinheiro extra.
Provando que grande não quer necessariamente dizer lento, este disco de 1 TB da Samsung é na verdade bastante rápido. No entanto, os tempos de acesso foram os mais lentos de todos os discos de desktop, embora compensasse isto com algumas das velocidades mais altas de leitura e de escrita. Ainda assim, os tempos de carga de jogo fazem deste disco uma opção mediana em termos de desempenho. Apesar de ser mais barato do que o Barracuda, preferiríamos gastar o dinheiro extra e garantir a fiabilidade e maior velocidade do Seagate.
PREÇO €153,80 CONTACTO 210 831 690 SITE www.seagate.com CAPACIDADE 1 TB
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WD SCORPIO
DISTRIBUIDOR INTRODUXI PREÇO €64 CONTACTO 224 157 510 SITE www.westerndigital.com CAPACIDADE 250 GB FORMATO 2,5 polegadas
Embora tenha a mesma capacidade e velocidade de rotação que o Seagate Momentus, este disco é muito mais lento. Teve melhores resultados de benchmark do que o disco de portátil Fujitsu e custa quase metade do preço, o que poderá levá-lo a pensar que é uma opção melhor. No entanto, o teste de carga de jogo foi outra história. Por levar o dobro do tempo a carregar do que o disco mais rápido deste teste, escolheremos sempre o Seagate. VEREDICTO 6
8 FUJITSU MHX2300BT DISTRIBUIDOR AQUA PC PREÇO €489,90 CONTACTO 210 831 690 SITE www.fujitsu.com CAPACIDADE 300 GB FORMATO 2,5 polegadas
Se procura um disco para portátil, pode apostar na rapidez ou na capacidade de armazenamento. Infelizmente, como está focado para a segunda opção, este disco de 300 GB está longe de ser rápido, tendo as velocidades em bruto mais lentas de todos os discos do teste. Contudo, para os utilizadores de portáteis, o armazenamento é um problema maior do que a velocidade, e 300GB é muito espaço. Mas atenção. É um pouco volumoso, e por isso pode dar alguns problemas ao instalá-lo no seu portátil. VEREDICTO 7
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BRAÇO-DE-FERRO PAPEL FOTOGRÁFICO
O papel certo
O papel fotográfico 10x15 não é todo igual. A PCGuia explica porquê
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ó por uma vez uma revista portuguesa de informática tinha feito um teste em grupo a papel fotográfico desta dimensão. Se não está recordado, não precisa de pensar mais; essa revista foi a PCGuia. Na edição de Maio de 2005, demos-lhe 13 opções de escolha para imprimir as fotografias guardadas no seu computador ou arquivo digital, sejam elas mais antigas ou mais recentes. Apesar de não sermos supersticiosos, nesta edição subimos a parada para 15 modelos de papel fotográfico de 10x15 centímetros. E poderíamos ter usado ainda mais, mas, por uma questão de bom senso, optámos por testar os tipos de papel mais utilizados. Cingimo-nos ao papel brilhante, vulgarmente identificado pelo termo anglo-saxónico glossy. 36
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TEXTO JOÃO PEDRO FARIA* FOTOS VÍTOR GORDO
Como testámos Depois de reunirmos todo o papel necessário, contactámos quatro fabricantes de impressoras responsáveis pelas marcas mais vulgarmente utilizadas no mercado doméstico para este fim, que nos disponibilizarem quatro modelos (Canon Pixma IP4500, Epson Stylus Photo R460, HP Photosmart D7460, Lexmark Z1520). Fizemos quatro impressões por tipo de papel em cada impressora (240 impressões no total) com as definições de impressão fotográfica sempre em modo padrão (com o controlador de cada um dos fabricantes). Duas dessas impressões foram utilizadas para fazer o teste qualitativo, de que falaremos a seguir. As outras duas foram utilizadas para aferir o tempo de secagem logo após a colocação do
papel no tabuleiro de saída e para verificar a resistência à água (após secagem), sendo que cada exemplar impresso foi colocado parcialmente dentro de um recipiente com água à temperatura ambiente durante dez segundos. A amostra qualitativa foi feita não só com a Redacção da PCGuia mas também com outro staff da casa, tendo sido pedida a colaboração de responsáveis dos departamentos de arte, paginação e fotografia. Foram avaliadas 30 fotografias (duas por tipo de papel) em cada uma das quatro séries, correspondentes a cada impressora. No final, o número de opiniões ascendeu a 40. Foram depois somados os resultados individuais de cada critério por papel no total das impressões e encontrado o seu peso na nota final.
Os elementos comuns à avaliação de cada papel foram: fidelidade de cor, 20%; nível de detalhe, 10%; textura das imagens, 10%; qualidade geral de impressão, 30%; tempo de secagem, 10%; resistência à água, 10%; preço por folha de papel, 10%. Utilizámos duas fotografias gentilmente cedidas pelo fotógrafo Joel Santos (http://pbase. com/joelsantos), que reflectem a natureza da impressão doméstica no nosso País: retratos e paisagens. Elas permitiram-nos avaliar a gama de cores utilizada para reprodução de tez e outros elementos inerentes à fotografia de pessoas, bem com os meios-tons e a forma como cada papel conseguiu lidar com o equilíbrio de tons de forma a não saturar a impressão. * com João Trigo e Susana Esteves
FullColors Alto Brilho
Lexmark PerfectFinish Photo Paper
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PerfectFinish Photo Paper revelou-se equilibrado no conjunto geral dos testes, mantendo-se sempre na margem positiva das opiniões reunidas junto da amostra. Para isso terá contribuído o elevado brilho do papel, que lhe permitiu transmitir uma maior vivacidade às imagens impressas, o que contudo pode penalizar a fidelidade de cor. A seu favor joga também o facto de se tratar de um pacote de 100 folhas, o que faz com que o preço por folha seja razoável, apesar de não ser dos mais baixos neste teste em grupo. O tempo de secagem é imediato. No cômputo geral, este papel foi penalizado sobretudo pelo teste de resistência à água, em que atingiu uma taxa de apenas 50 por cento; passou com a Canon e a Lexmark, chumbou com a Epson e a HP.
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PCGuia
BRONZE FABRICANTE Lexmark PREÇO €12,99 (100 folhas 255g/m2 / 13 cênt./folha) CONTACTO 214 200 360 SITE www.lexmark.pt ✓ Brilho ✓ Quantidade ✗ Resistência à água ✗ Fidelidade de cor VEREDICTO
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endo igualmente um papel de brilho elevado, o FullColors revelou-se uma proposta muito semelhante à da Lexmark em termos de resultados – pelo menos, essa foi a opinião consensual da nossa amostra. No entanto, a forma como lidou sobretudo com a fidelidade de cor e com as texturas de imagem foi ligeiramente superior, o que se traduziu numa qualidade geral das fotografias impressas em 10x15 um pouco melhor face ao PerfectFinish Photo Paper. No outro prato da balança, o papel da FullColors apresenta grandes limitações em lidar com água (chumbou em todos os testes) e revelou (apenas) no teste com a impressora da Lexmark algum tempo de secagem, que rondou os 40 segundos. O seu preço é relativamente baixo mas o pacote inclui 50 folhas, o que lhe confere um custo por folha mediano face à concorrência presente neste teste.
PCGuia
BRONZE DISTRIBUIDOR Worten PREÇO €6,99 (50 folhas 230g/m2; / 14 cênt./folha) CONTACTO 808 100 007 SITE www.worten.pt ✓ Fidelidade de cor ✓ Brilho ✗ Resistência à água ✗ Tempo de secagem
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VEREDICTO
Canon Glossy Photo Paper
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ste foi um dos conjuntos de papel vencedor na última edição do teste em grupo
FABRICANTE Canon PREÇO €8,99 (100 folhas 170g/m2 / 9 cênt./ folha) CONTACTO 214 704 000 SITE www.canon.pt ✓ Qualidade elevada ✓ Consistente ✓ Preço por folha ✗ Nada de relevante VEREDICTO
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a papel fotográfico feito pela PCGuia. Como se pode ver pela nota final, o Canon Glossy Photo Paper continua a merecer os maiores elogios. Ao observar a gramagem, verifica-se que este é o papel mais leve do teste. No entanto, isso não significa que seja menos robusto, até porque não revelou qualquer problema no teste de resistência à água e no teste de secagem apenas revelou um tempo de espera mínimo de
Se tem pressa
três segundos quando usado com a impressora da Lexmark. As notas obtidas pela amostra revelam que é dos melhores a lidar com os quatro critérios anteriormente mencionados e o preço por folha faz do papel da Canon uma excelente proposta de valor. Em suma, e tal como é referido na embalagem, trata-se de um papel recomendado para ser utilizado no dia-a-dia.
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PCGuia
OURO
Ligações recomendadas Conheça as preferências da nossa amostra de acordo com cada impressora
Papel a usar
Papel a evitar
Canon Pixma IP4500
ILFord, Fujifilm
Kodak, Writeline
■ A melhor textura de imagem .......... Epson Photo Paper e Data Becker Live Art
Epson Stylus Photo R460
Epson Photo, Epson Premium
Writeline, HP
■ A melhor qualidade geral ............... Epson Photo Paper
HP Photosmart D7460
HP, Fujifilm
Writeline, TDK
Lexmark Z1520
ILFord, Epson Premium
Kodak, HP
■ A melhor fidelidade de cor ............. Epson Photo Paper ■ O melhor detalhe .......................... Epson Photo Paper e Data Becker Live Art
■ O melhor preço por folha 10x15 ...... Kodak Premium Photo Paper Ultra Glossy
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PCG
BRAÇO-DE-FERRO PAPEL FOTOGRÁFICO Epson Photo Paper
ILFord Galerie
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utro dos vencedores do último teste em grupo a papel fotográfico feito pela PCGuia, o ILFord Galerie mantém-se praticamente idêntico ao papel que testámos em Maio de 2005 – até a embalagem se manteve inalterada. O papel mantém uma evidente qualidade geral e, mesmo tendo em conta que ficou “parado no tempo” e que a concorrência melhorou entretanto, manteve a sua medalha de ouro, o que não deixa de ser uma excelente mostra do seu valor. Aliás, não é por acaso que este é um papel pago também a peso de ouro. De salientar a forma como lidou com o detalhe e a textura das fotos. E mesmo com uma fidelidade que não é das melhores, a qualidade geral foi vista como um dos exemplos neste comparativo.
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PCGuia
OURO DISTRIBUIDOR El Corte Inglês PREÇO €8,90 (30 folhas 290g/m2 / 30 cênt./ folha) CONTACTO 707 211 711 SITE www.ilford.pt ✓ Qualidade geral ✓ Resistente ✓ Nível de detalhe ✗ Preço por folha VEREDICTO
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AGOSTO 2008
PCGuia
PRATA
FABRICANTE Epson PREÇO €8,06 (70 folhas 190g/m2 / 12 cênt./folha) CONTACTO 213 035 400 SITE www.epson.pt ✓ Qualidade superior ✓ Fidelidade de cor ✗ Resistência à água ✗ Preço por folha VEREDICTO
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Data Becker Live Art Professional
Epson Premium Glossy Photo ste papel, que apresenta uma gramagem superior face ao Epson Photo Paper, é a versão topo de gama deste, que como vimos se portou muito bem. Por isso, só se podia esperar um melhor desempenho, o que significaria uma medalha de ouro. Foi o que acabámos por verificar. Curiosamente, e segundo a nossa amostra, ficou ligeiramente abaixo nos aspectos subjectivos analisados pelos nossos convidados. Também o preço por folha é muito superior, o que naturalmente acontece por se tratar de um papel superior. O que beneficiou o papel Premium Glossy Photo foi a forma como lidou com o teste de resistência à água e o tempo de secagem imediato. Nessa matéria, estamos de acordo com o que é dito na embalagem: cinco estrelas.
ão há dúvidas quanto à qualidade geral do papel de brilho normal Epson Photo Paper. Conseguiu, nada mais, nada menos do que conquistar a nossa amostra nos quatro aspectos em análise: fidelidade de cor, nível de detalhe, textura de imagens e qualidade geral de impressão. Nestes campos, foi o papel mais votado. O tempo de secagem também impressionou e só não foi perfeito devido a um percalço de três segundos que se deu no teste feito com a Lexmark. O que falhou então para que o Epson Photo Paper não conseguisse chegar ao ouro? Para que isso acontecesse, a resistência à água não deveria ser nula (chumbou em todos os testes) e o preço por folha também teria que ser mais atraente. De qualquer forma, este papel, que na embalagem vem identificado com três estrelas, merece em nosso entender as cinco estrelas, sendo por isso a Escolha da Redacção.
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PCGuia
OURO FABRICANTE Epson PREÇO €12,09 (40 folhas 255g/m2 / 30 cênt./folha) CONTACTO 213 035 400 SITE www.epson.pt ✓ Qualidade geral ✓ Detalhes e textura ✓ Resistência à água ✗ Preço por folha VEREDICTO
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apel fotográfico de brilho normal, o Data Becker Live Art Professional mostrou ser um papel consistente. Aliás, foi a par do Epson Photo Paper o melhor papel a lidar com os detalhes das imagens e as respectivas texturas, o que em muito contribuiu para que a nossa amostra lhe atribuísse uma qualidade geral elevada. A fidelidade de cor também mereceu elogios. No entanto, o papel da Data Becker apresenta um custo por folha acima da média neste comparativo, o que acaba por prejudicá-lo na luta por um lugar cimeiro no pódio. Por outro lado, e apesar de o tempo de secagem ser praticamente intocável, a resistência à água é muito fraca. Mas porque os atributos são mais do que as desvantagens, atinge naturalmente a medalha de prata.
PCGuia
PRATA
DISTRIBUIDOR FNAC PREÇO 7,99 (40 folhas 255g/m2 / 20 cênt./ folha) CONTACTO 707 313 435 SITE www.fnac.pt ✓ Detalhe e textura ✓ Qualidade geral ✗ Resistência à água ✗ Preço por folha VEREDICTO
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BRAÇO-DE-FERRO PAPEL FOTOGRÁFICO Fujifilm Premium Plus Photo Paper
TDK Photo Paper Glossy
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á analisámos dois dos três contemplados com a medalha de ouro na última edição deste teste em grupo, publicada em Maio de 2005. Felizmente, tivemos a oportunidade de ter o terceiro vencedor também presente neste comparativo. Estamos a falar do TDK Photo Paper Glossy, um papel que, à semelhança da proposta da ILFord, se manteve inalterado durante todo este tempo. Só que, ao contrário do Galerie, talvez esteja na altura de a TDK alterar o papel para poder voltar a conquistar o ouro. Segundo a nossa amostra, o TDK vale pela consistência e não tanto pela qualidade geral. Apresenta um tempo de secagem nulo e uma resistência à água quase perfeita, tendo falhado apenas no teste feito com a Lexmark. Contudo, o elevado preço por folha atira o Photo Paper Glossy para o lugar mais baixo do pódio.
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PCGuia
BRONZE DISTRIBUIDOR El Corte Inglês PREÇO €11,10 (20 folhas 210g/m2 / 56 cênt./folha) CONTACTO 707 211 711 SITE www.elcorteingles.pt ✓ Consistente ✓ Nível de detalhe ✗ Preço por folha ✗ Brilho pouco eficaz VEREDICTO
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ão é dos papéis mais acessíveis, mas também não é dos mais caros. Ambiguidades à parte, foi um tipo de papel que se conseguiu manter colado aos mais votados (Epson(s), IlFord e Data Becker) em matéria de fidelidade de cor, nível de detalhe, texturas de imagens e qualidade geral de impressão, tendo aliás ultrapassado o papel da Canon anteriormente testado. O tempo de secagem deste papel de brilho elevado acusou um ligeiro problema no teste feito com a Lexmark, tendo no entanto passado com distinção em qualquer um dos restantes testes, inclusive na prova de resistência à água – neste aspecto em particular, nota máxima. A juntar às elevadas pontuações obtidas nos pontos subjectivos, o resultado só poderia ser este – medalha de ouro.
PCGuia
OURO FABRICANTE Fujifilm PREÇO €3,49 (20 folhas 235g/m2; 35 cênt./folha) CONTACTO 226 194 200 SITE www.fujifilm.pt ✓ Qualidade geral ✓ Nível de detalhe ✓ Polivalência ✗ Preço por folha VEREDICTO
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Inves Glossy
Kodak Premium Photo Paper Ultra Glossy
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C
ão fosse o papel da Kodak ter participado neste teste em grupo, o Inves Glossy seria a proposta com o mais atraente custo por folha – nada mais, nada menos do que oito cêntimos. Para isto muito contribuem as 120 folhas de papel brilhante normal que fazem parte do pacote. É costume dizer-se que o que é barato tem gato. Neste caso, não tem nada a ver. Trata-se de um papel homogéneo que conseguiu cativar a nossa amostra, que lhe atribuiu notas elevadas em três dos quatro critérios de carácter subjectivo. Apenas a fidelidade de cor deve ser melhorada. O tempo de secagem mostrou algumas dificuldades no teste com a Lexmark. Já o teste de contacto com a água revelou certas debilidades no papel da Inves, tendo perdido consistência nos testes executados com as impressoras da HP e da Lexmark. 40
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PCGuia
PRATA
DISTRIBUIDOR El Corte Inglês PREÇO €9,90 (120 folhas 180g/m2 / 8 cênt./folha) CONTACTO 707 211 711 SITE www.elcorteingles.pt ✓ Preço por folha ✓ Qualidade geral ✗ Resistência à água ✗ Fidelidade de cor VEREDICTO
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omeçámos por dizê-lo na análise anterior, pelo que agora só nos resta confirmar o facto: este é o papel mais barato do teste, com um custo de sete cêntimos por página ao abrir o pacote de 75 folhas 10x15. No caso anterior, vimos que afinal nem sempre o que é barato tem gato. Será que a Kodak consegue contrariar também o ditado popular? Infelizmente, não. A qualidade geral é fraca, tendo sido o papel menos votado logo a seguir à proposta da Writeline, que analisaremos mais adiante. O tempo de secagem é penoso, tendo ficado sempre bem acima daquilo que é aceitável. À velocidade que as impressoras hoje imprimem, mesmo nas definições mais elevadas, apenas um milagre pode fazer com que as impressões amontoadas no tabuleiro de saída não saiam prejudicadas. A resistência à água é outra das falhas.
DISTRIBUIDOR FotoSport PREÇO €5 (75 folhas 230g/m2 / 7 cênt./ folha) CONTACTO 217 166 291 SITE www.kodak.com ✓ Preço por folha... ✓ ...e nada mais ✗ Resistência à água ✗ Tempo de secagem VEREDICTO
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PCG
BRAÇO-DE-FERRO PAPEL FOTOGRÁFICO Canon Photo Paper Plus Glossy
APLI Photo Bright Paper
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á analisámos um tipo de papel da Canon e ficámos bem impressionados, tendo o Glossy Photo Paper de brilho normal conquistado a medalha de ouro. Cabe agora à versão de brilho elevado, com maior gramagem, mostrar o que vale. Segundo a nossa amostra, curiosamente é pior face à proposta mais acessível que, relembre-se, apresenta um custo de nove cêntimos por folha face aos 50 cêntimos unitários desta versão. Apesar de os nossos colaboradores lhe terem atribuído uma pontuação mais elevada no tratamento das texturas, este papel acaba por perder para o “rival” da Canon em todos os outros aspectos. A resistência à água também é menor (chumbou no teste com a Lexmark) e, tal como o Glossy Photo Paper, o tempo de secagem no teste com a Lexmark não foi imediato, tendo neste caso ascendido aos 10 segundos de espera.
PCGuia
BRONZE FABRICANTE Canon PREÇO €9,99 (20 folhas 270g/m2 / 50 cênt./folha) CONTACTO 214 700 400 SITE www.canon.pt ✓ Textura de imagens ✓ Consistência ✗ Custo unitário ✗ Qualidade geral a melhorar VEREDICTO
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PCGuia
PRATA
FABRICANTE APLI PREÇO €1,90 (10 folhas A4 265g/m2 / 60 cênt./folha) CONTACTO 214 447 917 SITE www.apli.pt ✓ Consistência ✓ Detalhe e textura ✗ Custo por folha ✗ Quantidade VEREDICTO
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Writeline Glossy Photo Paper
HP Premium Plus Photo Paper HP enviou-nos um conjunto de papel lustroso HP Premium Plus para fotografia. À partida, e tendo em conta que se trata de um papel topo de gama, seria um bom candidato a uma medalha. Porém, quando vimos o resultado que a nossa amostra lhe atribuiu, ficámos surpreendidos. E mais surpreendidos ficámos quando verificámos na primeira pessoa os resultados dos testes de resistência e de secagem. De acordo com os critérios avaliados pela amostra, o papel da HP não convenceu. Pior ainda, o tempo de secagem não foi imediato em qualquer um dos testes e a resistência à água foi nula, o que é de estranhar sobretudo tendo em conta que isso aconteceu também nos testes em que o papel foi impresso numa HP. A grande vantagem acaba por ser a facilidade com que este papel se consegue encontrar, pois marca presença em quase todas as lojas da especialidade.
uando o papel de brilho elevado da APLI nos chegou às mãos, estranhámos, pois trata-se de um conjunto de dez folhas A4 (na realidade, o fabricante não dispõe de papel 10x15). No entanto, não deixa de ser possível imprimir duas fotos 10x15 em cada folha, o que se traduz num máximo de 20 folhas 10x15. Foi nestas premissas que nos baseámos para fazer o cálculo do custo por folha (que naturalmente se tornou no mais elevado entre as 15 soluções testadas). Em boa hora o fizemos. Em termos de detalhe e textura de imagem, convenceu a nossa amostra. A fidelidade de cor também foi um elemento que seduziu, apesar de, no geral, a qualidade estar uns furos abaixo das propostas vencedoras. Uma palavra para a elevada resistência à água (apenas falhou no teste com a Lexmark) e para o tempo de secagem imediato.
O
FABRICANTE HP PREÇO €17,35 (100 folhas 280g/m2 / 17 cênt./folha) CONTACTO 808 200 808 SITE www.hp.pt ✓ Quantidade ✓ Custo por página ✗ Qualidade geral ✗ Consistência VEREDICTO
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Writeline Glossy Photo Paper é tipo de papel que já tinha marcado presença no teste em grupo a papel fotográfico publicado na PCGuia de Maio de 2005. Apesar de ser uma marca desconhecida pela maioria dos leitores, pode ser encontrada à venda em muitas lojas da especialidade. Curiosamente, também se manteve inalterado deste então, à semelhança do que aconteceu com o papel da ILFord e da TDK. Já em 2005 tinha tido a pior marca do teste. E ao analisarmos os resultados finais desta edição, constatamos que foi o pior papel do comparativo, em conjunto com o Kodak. No entanto, e segundo a nossa amostra, a qualidade geral do Glossy Photo Paper é ainda pior do que a do Premium Photo Paper Ultra Glossy. Agrada apenas pelo tempo de secagem rápido; de resistência à água é melhor nem falar.
DISTRIBUIDOR El Corte Inglés PREÇO €62,15 (20 folhas 240g/m2 / 11 cênt./folha) CONTACTO 707 211 711 SITE www.elcorteingles.pt ✓ Preço por folha... ✓ ...e nada mais ✗ Resistência à água ✗ Qualidade geral VEREDICTO
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BRAÇO-DE-FERRO PAPEL FOTOGRÁFICO
E o vencedor é... Na verdade, são quatro as medalhas de ouro atribuídas este mês, algo que não acontecia há muito tempo nos nossos testes
PCGuia
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PCGuia
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TDK Photo Paper Glossy
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Data Becker Live Art Professional
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Epson Premium Glossy Photo
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Canon Glossy Photo Paper
FullColors Alto Brilho
Lexmark PerfectFinish Photo Paper
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altere as cores da imagem original – acontece mais vezes do que julga. O nível de detalhe é importante, mas a relação qualidade/preço também deve ter sida em conta. Quantas folhas tem a embalagem que quer comprar e quanto vai pagar por ela? Faça a si mesmo estas perguntas antes de adquirir o papel.
a Redacção da PCGuia fez em termos de consistência e qualidade do papel, mas também o que as pessoas apreciam, de um modo geral, numa fotografia 10x15 para pôr numa moldura ou num álbum. Tenha sempre em conta que, na altura de escolher o papel fotográfico, deverá encontrar um que seque rapidamente a tinta e que não
uma das quatro soluções apresenta argumentos que vão certamente dar resposta à maior parte das necessidades dos utilizadores. Uma palavra ainda para a escolha da Redacção – o papel Epson Photo Paper, que apenas falhou o ouro por ter chumbado no teste de resistência à água. Relembramos que estes resultados reflectem não só os testes que
e acordo com as métricas apuradas, Canon Glossy Photo Paper, Epson Premium Glossy Photo, Fujifilm Premium Plus Photo Paper e ILFord Galerie foram os vencedores por ordem de pontuação absoluta. No entanto, por mais ou menos uma décima, todos mereceram a nota 9 que lhes dá acesso à tão desejada medalha de ouro. No fundo, cada
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Canon Photo Paper Plus Glossy
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Inves Glossy
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Fuji Premium Plus Photo Paper
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10”
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30”
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Lexmark Z1520
LEGENDA: T.S. – Tempo de secagem; R.A. – Resistência à água NOTAS: * – A tinta resistiu mas o papel perdeu rigidez
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AGOSTO 2008
PCG
INTERNET TOP 10 NACIONAL
Ano lectivo em contagem decrescente Listas, visitas às livrarias, cheques, correrias por várias lojas... Pode ter uma entrada no novo ano escolar mais calma usando apenas a Internet? SUSANA ESTEVES
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pesar de o mês de Agosto lembrar tudo menos a responsabilidades, a verdade é que não há nenhum encarregado de educação, digno desse nome, que se possa dar ao luxo de negligenciar os livros escolares dos seus educandos para o próximo ano lectivo. Hoje em dia, as livrarias, papelarias e mesmo as grandes superfícies simplificam este processo e procuram facilitar ao máximo a vida dos pais. Mas, já pensou na hipótese de o fazer sem sair de casa? Encomendar livros ou fazer o download dos mesmos via Internet são apenas duas das opções possíveis, mas nesta matéria há uma grande oferta na maior das redes. Sabia, por exemplo, que pode comprar manuais usados?
ESCOLARIX
http://escolarix. no.comunidades.net/ O Escolarix é uma iniciativa, sem fins lucrativos, que funciona como ponte entre os utilizadores que querem trocar manuais escolares. O detentor do livro envia um e-mail em branco ao Escolarix, que, por sua vez, envia uma resposta com um formulário para preenchimento dos dados do livro e do seu detentor. Depois deste passo, o Escolarix publica o livro online. O interessado nos livros disponíveis deverá também enviar um e-mail em branco ao Escolarix, através do link que se encontra junto a cada livro. Receberá um email com um formulário que deverá preencher. Assim que tiver todos os dados, o Escolarix tentará encontrar
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AGOSTO 2008
o detentor dos livros procurados que se encontrar mais próximo do local de residência do requerente, para impedir que existam custos acrescidos de envio. Não existe qualquer pagamento envolvido. O site apenas pede 10% do valor do livro como angariação de fundos para melhorar este espaço. LIVROSNET
www.livrosnet.com
CLUBE DOS LIVROS
www.clubedoslivros.com O Clube dos Livros oferece-se para rentabilizar o investimento feito no início da época escolar e minimizar os custos com o arranque do próximo ano lectivo em termos de manuais escolares. Como? Através da disponibilização de livros escolares usados. Se tiver livros escolares reutilizáveis, ou seja, ainda em vigor e em bom estado, poderá receber 20% do seu preço. Todos os livros que se enquadrem nos critérios de qualidade e validade e que possam ser reutilizados serão disponibilizados para venda, no site, com 50% de desconto sobre o preço do livro. Se o visitante aproveitar para vender os livros escolares usados e comprar os livros para o próximo ano lectivo, através deste espaço, poderá reduzir em 70% o investimento anual que tem que aplicar na compra de livros escolares. Para facilitar a entrega, o Clube dos Livros criou o Livrão, pontos de recolha disponíveis na rede de Livrarias Bertrand, nas agências da Caixa Geral de Depósitos, nas lojas Pingo Doce e Feira Nova aderentes, além de muitas escolas aderentes a este projecto.
Este espaço possui um sistema de pesquisa de livros que vale a pena ser sublinhado. O visitante pode seleccionar a sua escola e identificar de imediato as disciplinas que irá frequentar e os respectivos manuais escolares, para que os possa adquirir confortavelmente. Em alternativa, pode apenas identificar o ano e a disciplina que pretende. Os portes de envio nacionais são gratuitos e os métodos de pagamento contemplam as opções cheque, cobrança, Multibanco, Visa, entre outras.
MEDIABOOKS
www.mediabooks.pt Há uma funcionalidade que destaca esta livraria das demais e que merece toda a nossa atenção: os e-books escolares. Trata-se da versão do livro escolar em formato electrónico, que permite a utilização do mesmo num computador, quer na sala de aula, quer em casa. Este novo recurso escolar é visto como um importante apoio para o aluno, estimulando a aprendizagem escolar e facilitando a utilização dos conteúdos do livro. A Mediabooks.pt disponibiliza, em exclusivo e com um preço 40% inferior aos livros em papel, os livros escolares
da Texto Editores do 5º ao 12º anos de escolaridade, em formato e-book. Em termos de livraria não consultámos a página na melhor altura, uma vez que o espaço dedicado aos manuais escolares está a ser preparado para receber os manuais escolares deste ano. No entanto, a livraria informa por e-mail os seus clientes registados da abertura do ano lectivo 2008/2009. Estes podem depois verificar o estado das suas encomendas na área respectiva.
BERTRAND
www.bertrand.pt Um dos pontos positivos é que a livraria online pode oferecer descontos que não se aplicam nas lojas de rua. No site da Bertrand fica de imediato a saber quanto vai pagar de portes de correio, qual o valor final da sua encomenda e os diferentes prazos de entrega. Na altura da consulta, a loja tinha 230 entradas. Se assim se mantiver, pode ser complicado encontrar à primeira o que procura, uma vez que não existem campos definidos e divisão por grupos e temáticas. No entanto, o campo de pesquisas do site funciona bastante bem, se já tivermos uma ideia do que pretendemos adquirir. PORTO EDITORA
www.portoeditora.pt A livraria virtual da Porto Editora disponibiliza os manuais escolares dos anos em vigor. Em média, o utilizador consegue um ganho de 10% se os adquirir online. O campo de pesquisa está bem conseguido
aprovados, notícias, está tudo neste site. A consulta é complexa e o site está muito pesado em termos de texto, o que dificulta um pouco a leitura. Mas é definitivamente uma das melhores fontes de informação em termos educativos.
e a procura pode ser feita por ano ou por disciplina. Os pagamentos podem ser feitos com cartão de crédito e Multibanco.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO http://sitio.dgidc.min-edu.pt/
WEBBOOM
www.webboom.pt Pertence ao universo Porto Editora, mas funciona como uma normal livraria online. Tal como acontece com outros sites, aqui a compra de manuais online também é possível. Caso pretenda efectuar atempadamente a encomenda dos livros escolares, sugerimos que se registe na Webboom.pt. A livraria responde com um e-mail sobre a Campanha Escolar 2008/2009. Do lado direito há uma coluna que simplifica a pesquisa por ano. A maior parte dos títulos disponíveis, aquando da nossa pesquisa, tinham descontos ou indicação de portes grátis. A pesquisa pode ainda ser feita por preço.
É impossível passarmos ao lado do site do Ministério da Educação. O espaço está bem estruturado, e apesar de não ser o mais apelativo, não coloca grandes dificuldades à pesquisa de temáticas. Disponibiliza em PDF algumas listas de consulta (como a dos livros, por exemplo). Existem três grandes áreas temáticas: Escolas, Professores e Alunos e Famílias. Bastante completo, este é um site a consultar mesmo para oportunidades de estudo fora do país.
Filomena Cautela, actriz, apresentadora CONTINENTE www.continente.pt
DIRECÇÃO-GERAL DE INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CURRICULAR http://sitio.dgidc.min-edu.pt/ É o local ideal de consulta para todos os visitantes que pretendam dados acerca dos diferentes níveis de ensino, desde o Pré-escolar ao Secundário, passando pelo Ensino Especial. Novas leis, os manuais
Não é provavelmente o primeiro local de eleição para comprar livros escolares, mas a verdade é que o Continente Online permite a compra de livros escolares e entrega em casa, como se de outra qualquer compra se tratasse. Isto facilita em muito a vida aos encarregados de educação. O sistema de pesquisa não é o melhor, portanto, se souber exactamente o nome do livro que anda à procura, terá com certeza de menos dissabores. Existe ainda uma secção dedicada aos dicionários técnicos. ■
Filomena Cautela é conhecida por miúdos e graúdos, mas são os primeiros os que melhor a identificam, mais não seja pelo facto de dar voz aos gostos musicais da classe mais jovem na MTV Portugal. É exactamente devido ao seu trabalho que a Internet não lhe passa ao lado. O e-mail usa-o «a toda a hora», e faz consultas de performances e espectáculos no YouTube, na Amazon e no eBay. «São os nossos melhores amigos», declara. Estes endereços são os eleitos, mas Filomena assegura que a sua lista de favoritos é infindável. O tempo desta nossa
entrevistada distribui-se ainda pela consulta de blogues sobre várias temáticas, espaços que, segundo Filomena Cautela, são a «expressão escrita daqueles que não têm a sorte de ver os seus trabalhos publicados, mas que já deviam ter tido essa sorte há muito». Também gosta de fazer compras online, mas apenas nas lojas mais badaladas, porque as restantes são ainda alvo de alguma desconfiança, admite a actriz. Quanto aos jogos e acessos online, confessa-se «old school», apesar de achar o conceito fascinante.
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PCG PCG
INTERNET GUIAS
> Equipamento
Skype essencial
1
O vídeo acrescenta outra dimensão às chamadas Skype. Experimente o Video IM da Creative (www.creative.com). Este dispositivo oferece uma resolução de 800 x 600, e também consegue captar imagens fixas de até 1,3 megapixels.
2
Um conjunto de auscultadores com microfone integrado não significa obrigatoriamente mais fios. O Logitech ClearChat PC Wireless (www.logitech.com) vem com um adaptador USB à parte para facilitar a liberdade de movimentos. Use-o até dez metros de distância do computador.
3
Este telefone Wi-Fi da Belkin (www.belkin.com) pode ser levado para todo o lado. Identifica quaisquer hotspots sem fios disponíveis, após o que acede à sua conta Skype para que possa fazer e receber chamadas.
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Skype sem complicações Existem diferentes formas de efectuar chamadas via Internet sem estar preso ao seu PC PCGUIA
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pesar da concorrência aguerrida entre as operadoras de telefones, as chamadas internacionais continuam a ser uma opção cara. Os cartões e os tarifários especiais são apenas alguns dos truques tirados da cartola para apaziguar os clientes mais atentos ao custo das chamadas. Porém, quando se trata de conseguir o melhor negócio, nada chega aos calcanhares do serviço de voz sobre IP (VoIP). O VoIP, ou a telefonia via Internet, como por vezes é conhecida, utiliza a Internet em vez da rede telefónica normal para efectuar uma chamada. Este tipo de serviço já funcionava em pleno nas trocas de mensagens instantâneas muito antes de o Skype aparecer. No entanto, nos primeiros tempos, a qualidade das chamadas variava muito, pelo que não constituía uma alternativa viável ao sistema telefónico habitual. Agora tudo isso mudou. Empresas como a Skype conseguiram explorar a tecnologia. Esta foi aperfeiçoada ao ponto de não haver qualquer diferença perceptível entre chamadas via Internet e através da rede terrestre. A natureza única do reencaminhamento de chamadas com um tal serviço permite poupar quantias substanciais nas chamadas interurbanas. Além disso, uma chamada para
alguém que utiliza o mesmo serviço não custa um único cêntimo. O Skype esteve na linha da frente desta revolução nas comunicações e tem milhões de utilizadores espalhados pelo mundo inteiro. Costumava ser preciso sentarmo-nos em frente ao computador para utilizar o serviço. A tecnologia evoluiu e agora nem sequer temos de estar perto de um computador para usar o Skype. A aplicação Skype já foi estendida aos
analógico quando chega ao seu destino. A conversação por voz através da Internet já existe há algum tempo. A principal razão para a crescente popularidade tem que ver com os avanços da tecnologia, os quais garantem uma boa qualidade do nível de áudio durante uma chamada. No passado, vivia-se uma situação de resultados muito díspares, em que a clareza das conversações variava grandemente. Actualmente, há várias empresas a fornecer este tipo de
O Skype esteve na linha da frente da revolução nas comunicações e tem milhões de utilizadores espalhados pelo mundo dispositivos móveis. Utilizando uma variedade de produtos e serviços, pode agora fazer e receber chamadas desde todos os tipos de dispositivos sem fios. Isso inclui telemóveis, telefones sem fios e agendas electrónicas.
Grande plano do VolP O VoIP revolucionou as comunicações ao possibilitar a utilização de uma vulgar ligação à Internet para desfrutar de uma conversação por voz. Pega num sinal de áudio analógico, como a sua voz, e converte-o num sinal digital para que possa ser transmitido através da Internet. É então reconvertido para
funcionalidade. Algumas apenas permitem fazer chamadas através do computador, sendo que a ligação é estabelecida com outros utilizadores de computadores que assinaram o mesmo serviço. Várias dessas empresas permitem que se façam chamadas directamente do computador para alguém que tenha um número de telefone, independentemente de se tratar de uma chamada local, nacional, internacional ou para telemóvel. Se não quiser usar o computador para fazer uma chamada, os fornecedores de VoIP dão-lhe a possibilidade de adquirir um adaptador de telefone ou um AGOSTO 2008
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> As maravilhas do Boingo Aceda a hotspots Wi-Fi no mundo inteiro Quando está em viagem e quer utilizar a Internet para consultar os serviços locais, ou aceder à sua conta de correio Web, consegue encontrar com frequência hotspots Wi-Fi. Ligue o seu portátil ou PDA na maioria das zonas urbanizadas e acaba por dar de caras com um ou outro sinal. Infelizmente, as redes que capta estão protegidas por encriptação em virtude de não se destinarem a uso público, ou então cobram taxas exorbitantes para o acesso às mesmas. A resposta para este problema pode
microtelefone para efectuar chamadas via Internet. Os tipos do Skype foram um passo mais longe e tornaram o VoIP móvel.
Skype móvel O VoIP é uma proposta atraente em igual medida para consumidores e empresas. Se ligar a alguém que utiliza o mesmo serviço, a chamada fica-lhe de graça. Lá fora, no Reino unido, a 3 mobile está a trabalhar em conjunto com a Skype, o que resultou no Skypephone. Trata-se de um telemóvel normal que tem o bónus acrescido de incluir a aplicação Skype. Isto pode ser visto como um conflito
ser o Boingo (www.boingo.com). Assine um plano mensal de tarifa fixa para ter acesso a uma rede de hotspots Wi-Fi espalhados pelo mundo inteiro. Pode consultar uma lista das ligações disponíveis antes de partir em viagem. Algumas delas permitem que estabeleça ligação de graça, ao passo que outras ficam com uma fatia da sua assinatura. Apesar disso, as taxas são relativamente baratas quando comparadas com, digamos, ir até um hotel ou centro de conferências e serem-lhe cobradas importâncias ridículas por meia hora de acesso à Internet.
de interesses. As empresas de telecomunicações contam obviamente com as receitas geradas pelas chamadas como parte dos seus rendimentos. Promover activamente uma actividade que, essencialmente, cede parte do seu serviço de borla parece não fazer sentido em termos comerciais. Por um lado, pode alegar-se que isto
joga a favor da 3 mobile. Nem todas as chamadas que um cliente faz com o microtelefone
Torne a conversa mais interessante com extensões gratuitas
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são para outro cliente Skype. Contudo, o atractivo de ter o Skype igualmente disponível num telemóvel pode ser quanto baste para convencer os clientes a assinar o serviço. Resta saber se parcerias deste tipo surgirão ou não no futuro.
Skype no telemóvel Ora o Skype tornou-se móvel.
Se ligar a alguém que utiliza o mesmo serviço VoIP, a chamada fica-lhe de graça
> Plug-ins para o Skype Além de lhe permitir conversar com amigos e colegas, o Skype tem tudo a ver com diversão. Pode alterar o aspecto do programa e dar-lhe um novo visual. É igualmente possível alterar os toques de chamada e atribuir toques diferentes a cada um dos seus contactos. Se quiser dar ao Skype um visual personalizado, desenhe e crie o seu próprio avatar. Encontra tudo o que precisa em www. skype.com/allfeatures/personalize. Vá até à secção Extras, onde encontra jogos e extensões para o Skype. Estes incluem um gravador de chamadas e armazenamento de correio de voz. Outros programas incluem o Vitaero, que permite utilizar um headset Bluetooth com o Skype. Outra transferência popular é o
Se utiliza o Skype num ambiente móvel, consulte o Boingo para saber quais são os hotspots Wi-Fi disponíveis
Mude o visual da sua conta Skype mcePhone for Skype. Se utiliza o Media Center 2005 ou a versão do Vista, com este add-on pode usar o Skype no Media Center. A versão de avaliação grátis concede-lhe 30 dias para utilizar o programa, e findo esse tempo dá-lhe a possibilidade de comprá-lo.
Já não precisa de estar preso ao seu computador para tirar partido de chamadas gratuitas. À primeira vista, trata-se de um telemóvel normal com todas as engenhocas que seria de esperar. Tem uma máquina fotográfica de 2 megapixels, leitor de MP3, TV móvel e Internet. Aquilo em que difere da maioria dos outros telemóveis é no facto de vir com uma versão do Skype. Prima o botão Skype no microtelefone para ser registado como utilizador do serviço. Pode ligar de graça aos seus contactos Skype e também tirar partido das trocas de mensagens instantâneas do Skype. Permite fazer chamadas para utilizadores Skype no computador e para outros telemóveis Skypephone. Uma coisa que não pode fazer é usar o Skype neste telemóvel
para efectuar chamadas baratas para qualquer telefone. Se quiser fazer chamadas normais, terá de usar a rede normal do operador. O mesmo se aplica a quaisquer mensagens de texto que enviar. Outra forma de aderir à mobilidade com o Skype é através do serviço Skype To Go. Trata-se de um número de telefone de acesso especial que pode ser marcado de qualquer telefone da rede terrestre ou móvel. Pode, pois, tirar proveito das taxas de chamada mais baixas disponíveis com o Skype. Para começar a utilizar este serviço, inicialmente precisa de um computador. Se não tem o Skype no seu PC, transfira-o agora, visite a loja online em www.skype.com. Só poderá usufruir deste serviço com uma subscrição mensal, isto porque anteriormente necessitava de uma conta no Skype Pro, um serviço que foi descontinuado. As mensalidades vão desde os 3,39 euros por mês (chamadas ilimitadas para Portugal ou outro qualquer país), aos 10,29 euros mensais para todo o mundo. Depois de activar uma conta To Go, é-lhe atribuído um número especial. Ligue primeiro para este número e em seguida faça a sua chamada. A sua operadora do serviço telefónico habitual cobra-lhe uma taxa normal pela chamada para o número To Go. Este serviço está disponível para
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DICAS ESSENCIAIS PARA UMA MELHOR EXPERIÊNCIA COM O SKYPE
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Clique em Ferramentas, Reencaminhamento de chamadas, Opções de reencaminhamento de chamadas. Escolha o período de tempo no fim do qual as chamadas devem ser reencaminhadas. Dessa forma, pode reencaminhar as chamadas para outro nome Skype, um número de telemóvel ou um número da rede terrestre.
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Ligue uma câmara Web ao seu sistema para poder fazer videochamadas. Clique em Ferramentas, Opções, Definições vídeo. Certifique-se de que o dispositivo está seleccionado e clique em Definições da webcam para ajustar a imagem.
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O Skype consegue acumular funções como sistema de segurança doméstico. Crie duas contas Skype. Ligue uma câmara Web ao computador apontada na direcção do que pretende vigiar. Assegure-se de que a configura para uma resposta e um arranque automáticos. Pode então fazer chamadas para esta conta a partir de outra conta Skype e ver a imagem captada pela câmara ao mesmo tempo.
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20 países europeus, 34 a nível mundial.
Conversação sem fios Os hotspots Wi-Fi estão a aparecer como cogumelos por toda a parte. Se possui um computador portátil ou outro dispositivo sem fios, é incrivelmente fácil estabelecer ligação e aceder online. Pode tirar partido desta liberdade e utilizar um telefone Wi-Fi para ficar ligado e fazer uso do Skype. Estes dispositivos são fáceis de usar. Basta identificar uma rede sem fios próxima e ligar. Aceda à sua conta Skype e comece a usá-lo. Não há necessidade de transferir o software Skype, uma vez que já se encontra pré-instalado. Desde que a sua conta tenha créditos, pode começar de imediato a fazer chamadas. Os fabricantes de hardware como a Belkin e a Netgear produzem telefones Wi-Fi, mas todos estes dispositivos limitam-se unicamente a fazer e receber chamadas. Nenhum destes microtelefones permite utilizar actualmente o serviço de troca de mensagens instantâneas.
Para lá do ambiente de trabalho Se está em casa mas quer conversar com os amigos e a família, faça uma pausa do computador e efectue chamadas Skype a partir de um telefone. É muito mais cómodo e tem total liberdade para falar de qualquer divisão em sua casa. Pode fazê-lo através de um telefone sem fios especial que tenha o Skype integrado. Utilize-o como um telefone da rede terrestre tradicional ou para fazer chamadas usando a sua conta Skype. Marque os números como faz habitualmente; a questão está em escolher como pretende reencaminhar a chamada. Este tipo de telefone difere dos microtelefones sem fios USB que já possa ter visto. Não é necessário um computador para fazer ou receber chamadas. A única coisa de que
o leitor precisa é do telefone e de carregá-lo. Caso utilize um microtelefone USB, tem de ligá-lo ao computador, o qual deve estar a funcionar. No entanto, mesmo que não necessite de um computador para usar o telefone sem fios, precisa de uma ligação de banda larga para fazer quaisquer chamadas através do Skype. A configuração do telefone sem fios é simples. A respectiva estação de base possui dois cabos. Um dos cabos liga à tomada de telefone normal, enquanto o outro liga ao router de banda larga. Quando o telefone estiver ligado, escolha um contacto Skype e comece a fazer chamadas. Em alternativa, use-o para fazer chamadas através da sua rede terrestre.
Fornecedores alternativos O Skype pode ser o fornecedor de telefonia via Internet mais popular, mas tem concorrência. Programas populares de troca de mensagens instantâneas como o Yahoo! e o Live Messenger permitem fazer chamadas de computador a computador, bem como de computador a telefone. A Microsoft tem o Windows Live Call, e há também o Yahoo! Voice. Ambos oferecem taxas de
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EXTENSÕES SKYPE DE TERCEIROS
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O Pamela, de www.pamela-systems. com, acrescenta novas ferramentas e funcionalidades ao Skype. No cimo da lista não pode estar outra senão a função de gravação de chamadas. Na versão Basic gratuita do programa, ela está limitada a 15 minutos; mude para uma versão acima para remover todas as limitações.
chamadas baixas nas chamadas efectuadas para telefones fixos ou móveis no estrangeiro. Embora restritivas, uma das vantagens de fazer chamadas entre
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Se falar com outros utilizadores Skype, é de borla. Com a ajuda do uSeeToo (https:// extras.skype.com/122/view), pode colaborar com outros utilizadores. Tem um quadro branco e permite partilhar fotos e documentos, e até jogar.
computadores é que se ambas as partes tiverem uma câmara Web, pode-se transformar a chamada numa conversação de vídeo nos dois sentidos.
> Skype no seu computador Apesar das opções móveis, a conversação via computador continua a ser a preferida Depois de transferir o programa de www.skype.com, pode começar a fazer chamadas a partir do seu computador. No caso de querer continuar a usar o computador para fazer chamadas em vez de algo como um telefone Wi-Fi, então vale a pena investir no equipamento certo. O próximo passo consiste em convencer a família e os amigos a registarem-se no serviço Skype. Para alargar a funcionalidade do Skype e começar a fazer chamadas para números de telefone normais, precisa de activar o serviço SkypeOut. Pode fazê-lo online ou a partir do programa. Adquira créditos em chamadas, os quais serão utilizados contra as chamadas que efectuar. Os custos são geralmente mais baratos do que as linhas terrestres tradicionais e os telemóveis. Para lhe dar uma ideia das taxas, o custo por minuto de uma chamada para os EUA é 0,018 €, por conseguinte o seu crédito deve dar para algum tempo. Há também um serviço chamado Skypeln, o qual lhe atribui o seu próprio número de telefone normal. Ideal no caso de as pessoas que querem entrar em contacto consigo não terem o Skype. Quando ligam para o seu número Skypeln, pode atender a chamada enquanto utiliza o Skype.
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Se começou agora a utilizar o Skype mas toda a sua lista de contactos ainda está no telemóvel, não se aflija. Vá até http://skypesync.com para importar todos os números do telemóvel para a sua lista de contactos Skype.
Convença os amigos e a família a registarem-se e entre todos poderão poupar uma fortuna Existe uma alternativa baseada na Web a todos estes programas de chamadas que se chama Jajah (www.jajah.com). Dispensa qualquer necessidade de transferir software – utilize simplesmente o telefone para fazer uma chamada. Insira o seu número de telefone e depois o da pessoa com quem pretende
Eis o cliente Skype em acção, pronto para poupar dinheiro Não se esqueça que o Skype também funciona como um programa de troca de mensagens instantâneas. Se não quiser ter uma conversação real com os seus contactos, pode em vez disso escrever para falar.
Este telefone funciona como um telemóvel normal e um dispositivo Skype
falar. Clique em Call: o seu telefone toca e ouve a marcação do número da outra pessoa. Quando ela atender, comece a falar. Também pode levar o Jajah para o seu telemóvel. Há um plug-in para as agendas electrónicas, assim como uma aplicação transferível para telemóveis compatíveis. O cenário ideal para o utilizador final seria que toda a gente no mundo inteiro usasse o Skype. Isso permitiria que todas as chamadas efectuadas fossem gratuitas. Infelizmente, não é isso que acontece para já. No entanto, se conseguir convencer a família e os amigos a registaremse, entre todos é possível poupar uma pequena fortuna. O futuro ditará a optimização e a integração de todas estas tecnologias. De momento há três maneiras possíveis de fazer chamadas. Tem a sua rede terrestre, a rede móvel e agora o VoIP. Para maior facilidade de utilização, a existência de um serviço para todas as chamadas não deve estar assim tão longe. ■
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Coloque fotos no
iGoogle Maps
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ASSOCIE AS SUAS FOTOGRAFIAS A MAPAS
Com a ajuda do Picasa poderá adicionar fotografias a um mapa, dando-lhe um toque mais pessoal PCGUIA
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Picasa do Google (http://picasa.google. com) é uma das melhores ferramentas para organização de fotos, mas se já a considera um óptimo programa, espere até vê-lo a trabalhar em parceria com o Google Maps e com o Google Earth. Em traços gerais, o que este fantástico trio lhe permite é indicar no mapa, com exactidão, os locais onde as suas fotos foram tiradas. Com isto não só conseguirá exibir as suas fotos de férias de uma forma bastante mais atractiva, como poderá também partilhar com amigos que se encontram longe alguns dos seus momentos mais descontraídos. Tudo isto sem ter sequer a obrigatoriedade de usar o seu próprio computador. Necessitará de recorrer ao Picasa Web Albuns para estabelecer a ligação entre as suas fotografias e os mapas. Abra o organizador Picasa e clique em Web Albuns. Efectue o registo necessário. Pode usar a sua conta do Google para o fazer, ou optar por outro nome de utilizador e outra palavra-passe. Se já tiver uma conta, insira a sua identificação. Depois, siga as indicações do tutorial desta página. O Picasa também aproveita as potencialidades do Google para conseguir os códigos geográficos e informativos que irão dar a toda esta experiência e a este serviço os pormenores e a precisão que um projecto como este exige. Quando falamos em código geográfico estamos a referir-nos aos valores que identificam a longitude e a latitude dos diferentes pontos marcados pelo utilizador. O próximo passo é estabelecer uma ligação através de links entre as 58
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suas fotos e os locais onde foram tiradas, por exemplo. Pode editar os valores de latitude e longitude directamente no Picasa Web Albuns. Coloque uma foto no mapa, abra-a e escolha a opção Photo Location, Edit Location. Pode usar a janela de visualização para tentar situar o local que pretende seleccionar de uma forma mais fácil.
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Já com o Picasa activo clique em Web Album e adicione as fotos que quer incluir. Assim que estiverem carregadas, visite o Web Album. Será automaticamente conduzido ao álbum que tem a localização geral das fotografias que integram o mapa.
O método do Flickr O Picasa é soberbo, mas se já estiver habituado a trabalhar com o Flickr, a boa notícia é que este funciona também como uma óptima ferramenta para identificar fotos e colocá-las dentro de um mapa. Siga até ao www.flickr. com/map para ter uma noção de como usar este recurso para este tipo de projectos. O programa não usa o Google, mas sim o Yahoo, o que significa que há uma troca de prestador de serviço, uma vez que ambos funcionam de forma semelhante. O princípio pelo qual pode fazer zoom in e zoom out a determinados locais e alternar entre imagens de satélite e mapas de estrada é o mesmo. Para ligar uma foto Flickr a um mapa, siga até Photos e abra uma das miniaturas disponíveis. No menu que se encontra à direita terá acesso a um link denominado Place this photo on a map. Assim que clicar sobre este último irá activar o Flickr e um mapa do mundo. A foto que seleccionou previamente irá aparecer por baixo desse mapa. Arraste a foto até ao local (lembre-se de fazer zoom in primeiro), ela irá assumir automaticamente uma identificação numérica assim que a largar no mapa. ■
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Arraste e largue as fotos no mapa e use a tecnologia que integra o Google, para indicar de forma precisa onde cada uma das fotos foi tirada. Sempre que arrastar fotos a partir do painel onde estas estão expostas como miniaturas, elas são marcadas com um ícone de um pin. Desta forma saberá quando elas foram alocadas a um ponto no mapa.
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Existe uma funcionalidade particularmente agradável no modo de visualização Map que lhe permite efectuar uma espécie de visita guiada pelas suas fotografias. Abra simplesmente uma imagem e pressione a hiperligação Play. A viagem começará imediatamente. Aliás, todo o projecto pode ser apresentado a terceiros desta forma.
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Ilustração: Magic Torch
Optimize o correio electrónico A gestão de uma conta de correio electrónico muito concorrida é uma arte apurada. A PCGuia revela-lhe os segredos de uma caixa de entrada organizada PCGUIA
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anter-se a par de um grande volume de mensagens electrónicas pode ser uma tarefa assustadora, mas há um grande número de ferramentas e técnicas que pode implementar para tornar a sua vida um pouco mais fácil. O nosso tipo de correio electrónico preferido é o 60
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Google Mail, pois oferece uma enorme quantidade de espaço de armazenamento, juntamente com montes de funcionalidades inteligentes que ajudam a controlar inclusive a mais movimentada das caixas de entrada. Uma excelente forma de gerir o correio consiste em reencaminhá-lo para a sua conta do Google Mail,
a fim de que todas as mensagens estejam juntas num único local e possa aceder-lhes de qualquer parte. Há também uma função de etiquetagem que permite separar facilmente as mensagens de diferentes contas. Pode inclusivamente responder a mensagens de outras contas a partir do Google Mail e
seleccionar a outra conta como remetente. Porém, o Google Mail não pode fazer tudo, por isso analisámos também outros serviços que o ajudam com tarefas especiais relacionadas com o correio electrónico, como a encriptação de correio, o envio de uma mensagem anónima ou o envio de uma mensagem a uma hora previamente agendada.
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SOFTWARE SOLUÇÕES vários programas que pode utilizar para evitar descarregá-lo para o seu cliente de correio. O Mail Washer permite-lhe ver as mensagens em espera no seu servidor de correio e transferir apenas as que lhe interessam. Obtenha-o gratuitamente em www.mailwasher.net.
07 Gmail Notifier
Use o Google 01 Mail como armazenamento online Há uma extensão fantástica para o Firefox chamada Gspace que actua como uma interface para guardar ficheiros na sua conta do Google Mail. Insere um item no menu Ferramentas que abre um separador contendo um ecrã de gestão para o envio e a recepção de ficheiros, muito à semelhança de um cliente FTP. As contas do Google Mail têm tipicamente vários gigabytes de espaço, logo, são uma excelente forma de criar rapidamente uma cópia de segurança de alguns ficheiros. Para instalar a extensão, clique em Ferramentas, Extras, Obter mais extensões e procure Gspace. Uma palavra de aviso: se carregar demasiados dados de uma assentada, o Google pode bloquear a sua conta durante 24 horas devido a “actividade anormal”. O Gspace serve na perfeição para documentos, imagens e alguns ficheiros de música, mas experimente carregar um filme e pode meter-se em sarilhos.
Faça com que 02 uma mensagem se envie a si própria A dada ocasião pode escrever 62
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Talvez goste da maneira como o seu cliente de correio do ambiente de trabalho o avisa por meio de um pop-up de que tem correio novo, e quer que o mesmo aconteça com o seu correio Web. O Google criou o Gmail Notifier, que faz precisamente isso – transfira-o de http://tinyurl. com/2egw2q. Muitas pessoas dão por si a regressar compulsivamente à caixa de entrada para ver se chegou uma nova mensagem: se é esse o seu caso, o Notifier irá certamente ajudá-lo. uma mensagem que não quer que o(s) destinatário(s) receba(m) de imediato. Em vez disso, pretende que seja enviada automaticamente mais tarde, a uma determinada hora. É possível fazê-lo no Outlook 2003 ou 2007. No Outlook 2003, clique em Opções, o que faz aparecer a caixa de diálogo Opções de mensagem. Assinale a caixa de verificação Não entregar antes de e indique o dia e a hora em que pretende enviar a mensagem. No entanto, não se esqueça de que o computador terá de estar ligado nessa altura, caso contrário, a mensagem só será enviada da próxima vez que o Outlook for carregado. No Outlook 2007, encontra a mesma definição na secção Mais opções do separador Opções.
03 LetterMeLater Se não utiliza o Outlook, consiga a mesma funcionalidade através de um serviço chamado LetterMeLater, em www.lettermelater.com. Depois de se registar, pode enviar mensagens agendadas directamente da sua conta de correio electrónico normal. A
vantagem disto é que o seu cliente de correio não precisa de estar em execução na altura do envio.
de ecrã 04 Espaço extra no Outlook Oculte o painel de navegação no Outlook para aumentar a quantidade de espaço disponível para ler mensagens. Prima [Alt] + [F1] para ocultá-lo e novamente [Alt] + [F1] para torná-lo visível.
Tenha cuidado 05 com o seu endereço electrónico Publicar o seu endereço electrónico num site ou blogue é pedir sarilhos. Se quiser que os visitantes do seu site possam contactá-lo, escreva o seu endereço da seguinte maneira: eu [em] omeuendereço [ponto] com. Dessa forma, os robôs de spam não vão conseguir ver que se trata de um endereço electrónico, mas para os humanos não será problema.
um 06 Arranje filtro de spam
Se é atormentado por correio electrónico não solicitado, existem
Obtenha um 08 endereço temporário Alguns sites e fóruns exigem um endereço electrónico para que possam enviar-lhe uma mensagem de validação na qual terá de clicar, e não pode aceder ao site até o fazer. Não é boa ideia indicar o seu endereço verdadeiro, pois vai acabar por ir parar a uma lista de spam. Em vez disso, contorne este problema recorrendo a um endereço electrónico temporário. Nem sequer tem de se registar – o endereço fica imediatamente disponível e há uma caixa de entrada temporária para que possa clicar na ligação. O Mailinator é um dos nossos favoritos. Não precisa inclusive de ir ao site para configurá-lo, basta usar
[email protected] quando estiver a registar-se num site qualquer. Vá até www.mailinator. com para consultar a mensagem de validação e insira o endereço que utilizou. A caixa de entrada não é exclusivamente sua, pois qualquer pessoa que tenha usado o mesmo endereço electrónico
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SOFTWARE SOLUÇÕES pode aceder-lhe. Se isto o incomoda, utilize um endereço mais obscuro.
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Mande uma mensagem anónima Se pretende enviar uma mensagem anónima, existe um serviço semelhante chamado 10 Minute Mail, em http:// 10minutemail.com, que configura uma conta temporária para sua utilização.
Envie uma 10 mensagem encriptada Caso queira enviar informações sensíveis via correio electrónico, como os detalhes da sua conta bancária, convém encriptar a mensagem, pois o conteúdo das mensagens electrónicas pode ser interceptado. Uma forma rápida e fácil de fazê-lo consiste em utilizar o Lockbin, em https:// lockbin.com. Aceda à mensagem electrónica, defina uma palavra-passe e indique o endereço electrónico do destinatário. Este recebe uma ligação para o Lockbin, no qual lhe é pedido que insira a palavra-passe correcta.
A mensagem é eliminada depois de lida.
Adquira dois 11 endereços pelo preço de um Eis um facto prático acerca do Google Mail: quando abre uma conta, na verdade recebe mais do que um endereço electrónico. Isso acontece porque o Google Mail ignora pontos (.), pelo que os remetentes podem acrescentar um ou mais pontos ao seu endereço (antes do @) para serem ignorados. Pode servir-se disto para filtrar o correio enviado por certas pessoas. Talvez queira separar os contactos de alta e baixa prioridade, ou os contactos de trabalho e pessoais. Para tal, dê um endereço diferente às pessoas que fazem parte dos seus grupos e configure um filtro para ordená-las em conformidade. Por exemplo, se o seu endereço é
[email protected], pode dá-lo à maioria das pessoas, mas àquelas que são chatas, diga-lhes que o seu endereço é artur.
[email protected] – repare no ponto. Agora pode configurar um filtro para esse endereço. Clique na opção Criar um filtro, uma
minúscula ligação no cimo da página da conta de correio. Insira o seu endereço do ponto no campo Para e prima Passo seguinte para especificar o modo como o Google Mail deve tratar as mensagens enviadas para o dito endereço. Também pode adicionar um sinal de mais (+) e uma palavra ou carácter depois do seu endereço. Dessa forma, as pessoas que gozam da prioridade máxima podem enviar-lhe mensagens para arturmartins+urgente@google. mail.com, podendo o leitor criar um filtro para assinalar essas mensagens.
ficheiros 12 Envie grandes
Por vezes precisa de enviar a alguém um daqueles ficheiros pesados por correio electrónico. Em vez de entupir a caixa de entrada do destinatário, utilize um serviço como o www. transferbigfiles.com. O tamanho limite é de 1 GB e o ficheiro permanece armazenado no servidor durante cinco dias. O destinatário recebe uma mensagem electrónica com uma ligação para transferir o ficheiro.
Distinguia 13 mensagens para grupos e pessoais É útil conseguir ver com uma rápida vista de olhos quais as mensagens que foram enviadas exclusivamente para si e quais as que foram enviadas para um grupo. O Google Mail utiliza símbolos > para assinalar as mensagens. O símbolo > aparece junto a uma mensagem que foi enviada a um grupo, enquanto >> é visível ao lado de uma mensagem destinada unicamente a si; as mensagens provenientes de uma lista de difusão não têm setas. Para activar esta funcionalidade, clique em Definições > Indicadores de nível pessoal > Mostrar indicadores. O Outlook contém uma opção para apresentar a azul as mensagens que lhe são destinadas exclusivamente. Clique em Ferramentas > Organizar > Utilizar cores e active a opção Mostrar mensagens enviadas apenas para mim em Azul.
Etiquetas: 14 as pastas do Google Mail Em vez de pastas, o Google Mail possui um elegante sistema de organização. Ao invés de arquivar o seu correio, pode etiquetálo. A vantagem reside no facto de as mensagens poderem ter mais do que uma etiqueta, pelo que é possível categorizá-las de diferentes maneiras. Para criar uma nova etiqueta, assinale as mensagens que pretende etiquetar e escolha Nova etiqueta na caixa pendente Mais acções. Para etiquetar mais mensagens posteriormente, assinale as respectivas caixas e seleccione o nome da etiqueta no menu Mais acções. As etiquetas aparecem no lado esquerdo do ecrã, como tal, basta clicar na ligação para mostrar todas as mensagens numa determinada etiqueta.
15 Utilize os filtros
No Google Mail pode definir regras que fazem com que as mensagens que se inserem em determinados critérios sejam tratadas de forma especial. Cada regra por si criada chama-se filtro, 64
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ACEDA AO GOOGLE MAIL ATRAVÉS DO IMAP DO OUTLOOK EXPRESS
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No Google Mail, vá até Definições > Reencaminhamento e POP/IMAP e clique em Activar IMAP. Configure uma nova conta no seu cliente de correio do ambiente de trabalho. Insira o seu endereço Gmail. O nome do servidor de correio a receber é imap.googlemail.com; o do servidor de correio a enviar é smtp.googlemail.com. Insira a sua palavra-passe.
de 17 Opções pesquisa
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Clique na conta com o botão direito do rato e seleccione Propriedades. Vá até ao separador Avançadas e assinale as caixas Este servidor requer uma ligação segura (SSL). Escreva 465 no campo Correio a enviar (SMTP) e 993 em Correio a receber (POP3).
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Vá até ao separador Servidores. Assinale a caixa O meu servidor requer autenticação e clique em OK. Para adaptar estas instruções a outros clientes de correio que não o Outlook Express, vá a http://tinyurl.com/yvzozd.
e a combinação de filtros e etiquetas dá-lhe um grande poder. Por exemplo, pode eliminar automaticamente as mensagens provenientes de fontes específicas, ou etiquetar automaticamente mensagens que apresentem determinadas linhas no campo do assunto. Para criar um novo filtro, use a ligação no cimo do Google Mail. Precisa em seguida de especificar os critérios para seleccionar o correio no qual pretende trabalhar. Dispõe dos 66
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algumas palavras-chaves; outras vezes isso não chega. Nestes casos, ajuda recorrer a alguns operadores de procura avançados. Para procurar mensagens electrónicas enviadas de um determinado endereço, escreva from:, seguido do endereço. Pode usar também to:, subject: e label: para refinar a procura. Se quiser uma lista completa desses operadores, vá até http://tinyurl. com/Izaty.
campos De, Para, Assunto, Com as palavras e Não tem. Para criar um filtro que actue sobre as mensagens enviadas por uma determinada pessoa, insira o respectivo endereço electrónico no campo De. Para inserir mais do que um endereço, separe-os por OR. Depois de inserir os seus critérios, clique em Passo seguinte para especificar a acção a tomar.
16 Procura eficaz
Quando procura uma mensagem no Google Mail, é frequente ser suficiente escrever
No caso de não querer inserir operadores de procura, outra forma de conseguir o mesmo resultado consiste em abrir a caixa Opções de pesquisa. Clique na ligação junto à barra de procura para obter um formulário que pode preencher com vários critérios acerca da mensagem que pretende.
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Não se esqueça de um anexo no Google Mail Existe um superscript Greasemonkey que o ajuda a não se esquecer de anexar um ficheiro. Este script verifica se utilizou a palavra attach no corpo da mensagem, e no caso de não haver qualquer anexo quando prime Enviar, pára a mensagem e alerta-o para esse facto. Transfira-o de http://userscripts.org/scripts/ show/2419. Se não tem a extensão Greasemonkey para o Firefox, instale-a primeiro. É claro que isto faz mais sentido para quem usa o termo em Inglês.
Crie grupos de 19 contactos no Google Mail De certeza que envia regularmente mensagens electrónicas para o mesmo grupo de pessoas. No Google Mail, pode transformar essa lista de pessoas num grupo de contactos para evitar ter de escrever todos os endereços um por um. Clique na ligação Contactos à esquerda e use o botão na metade superior esquerda do painel Contactos para criar o novo grupo. Seguidamente, clique em cada pessoa que pretende incluir no grupo e utilize o menu pendente Grupos para adicioná-la. Da próxima vez que precisar de enviar uma mensagem para todas essas pessoas, basta escrever o nome do grupo.
Recupere 20 mensagens de outras contas Muito provavelmente tem mais do que um endereço electrónico, mas no caso de as suas outras contas autorizarem o acesso POP (a maioria autoriza), saiba que pode configurar o Google Mail para recuperar todas as mensagens que lhe são enviadas. Para tal, vá até Definições, Contas, Adicionar outro endereço de e-mail. O Google Mail tenta preencher o endereço e a porta do servidor, mas pode acontecer que tenha de ser o leitor a descobrir essas informações. Se for uma conta à qual acede através de um cliente de correio, procure nas definições da conta. Tratando-se de uma conta de correio Web, procure em Ajuda. ■
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GUIA COMPLETO
Organize a sua vida com a Todas as razões e mais algumas para utilizar esta poderosa ferramenta de agendamento
Uma vista de olhos rápida sobre o Sunbird
PCGUIA
Q
uem quiser garantir uma vida pessoal e profissional organizada, é praticamente imprescindível dispor de uma agenda informática no seu computador. As tradicionais agendas de papel continuarão a ter o seu lugar em casa ou no escritório, mas se considerarmos que passamos muito tempo sentados em frente do PC, faz todo o sentido a utilização de uma agenda baseada em software. Apesar de a Microsoft ter fornecido o Outlook a pensar nos seus utilizadores empresariais, ignorou os utilizadores domésticos. Já o Windows Vista introduziu o Windows Calendar, mas infelizmente tem muitos problemas.
Tiramos o chapéu à Mozilla Existem no mercado muitos programas de agenda gratuitos e comerciais. Os utilizadores do Windows só têm de escolher o que mais lhes agrada. No entanto, nós recomendamos o Sunbird da Mozilla. Pode importá-lo a partir de www. mozilla.org/ projects/calendar/ sunbird. Além de ser gratuito, funciona com o Windows, com o OS X da Apple e com o Linux. De igual modo, pode ser integrado com o cliente de correio electrónico Thunderbird, e pode ser sincronizado com o Google Calendar. O Sunbird também é fácil de utilizar, tem algumas funcionalidades óptimas, e é compatível com um leque alargado de formatos de agenda. Existem duas formas de correr esta aplicação – como programa autónomo (Sunbird), ou através da utilização da extensão Lightning (www.mozilla.org/projects/calendar/lightning) para o integrar com o programa de correio electrónico Thunderbird. O Lightning é recomendado para quem quiser ter a possibilidade de criar eventos e depois convidar outras pessoas. Se optar pela utilização do Sunbird como aplicação autónoma, também poderá utilizar extensões para aumentar a utilidade da agenda, tal como é possível para o Thunderbird e para o Firefox. Se já experimentou o Lightning e não gostou da forma como se integrava com o Thunderbird, talvez agora valha a pena dar-lhe uma nova oportunidade, uma vez que a interface foi melhorada e funciona muito melhor. 68
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Botão New Event
Clique neste botão para adicionar um novo evento à sua agenda.
Ícones de programa
Utilize estes ícones no Thunderbird para alternar entre as três principais visualizações: Email, Calendar e Tasks.
agenda Sunbird Botão New Task
Clique neste botão para criar uma nova tarefa, que aparecerá na lista Task.
Data Today
Clique neste ícone para colocar a agenda na data correcta.
Botões de visualização
Utilize estes botões para alterar a forma de visualização da agenda (uma semana, várias semanas, mês). Minicalendário
Pode saltar rapidamente para qualquer mês ou data utilizando esta facilidade. Agenda
Mostra uma lista das tarefas futuras. Pode alterar o período temporal que é mostrado. Lista de agendas
Cada agenda que criar aparecerá aqui. Bastará tirar a selecção (sinal de visto) de um dos quadradinhos para deixar de visualizar a agenda correspondente.
> Cinco dicas rápidas >Para receber alertas de aviso relativamente aos eventos agendados, o Sunbird ou o Lightning têm de estar a correr na altura.
>Se proceder à sincronização com o Google Calendar, poderá receber alertas via SMS relativamente aos eventos agendados.
>Se especificar um alerta para um evento que se prolongue por todo o dia, será notificado dez minutos antes da meia-noite desse dia. Não se esqueça deste pormenor se não quiser ser acordado depois de ter adormecido.
>Se partilhar agendas, utilize a funcionalidade de privacidade para evitar que os eventos privados apareçam na agenda partilhada.
>A utilização de múltiplas agendas com cores ajudará a organizar os seus eventos de uma forma mais eficaz.
Janela New Event
Quando cria um novo evento, é apresentada esta janela, permitindo-lhe inserir detalhes sobre o mesmo.
Configuração FoxClocks
A extensão FoxClocks permite-lhe colocar vários fusos horários na barra de estado, na parte inferior do ecrã, como pode ver na figura. Visualização das tarefas
As tarefas aparecem sob a forma de lista na parte superior direita da janela principal do Thunderbird.
Eventos de Agenda
Janela de configuração
Quando é criado um evento, passará a ser apresentado na visualização de agenda. Se tiver sido especificado um alarme de aviso, aparecerá também um ícone de campainha.
Aceda às opções de agenda a partir do menu Tools para alterar as especificações da sua agenda.
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GUIA COMPLETO
Familiarize-se com o Sunbird e o Lightning Existem semelhanças e diferenças na forma de funcionamento destes programas
I
ndependentemente de querer utilizar o cliente Sunbird de forma autónoma, ou o cliente Lightning integrado, precisa primeiro de importar o instalador. Ambos podem ser importados a partir de www. mozilla.org/projects/calendar/. Se optar pelo Lightning, será importado sob a forma de ficheiro .xpi, tal como outras extensões, pelo que precisará de clicar com o botão direito do rato na ligação e escolher “Guardar como” (Save as). Se não fizer isto, tentará instalar-se no Firefox. Depois de concluída a importação, abra o Thunderbird, clique em Tools, Add-ons, Install. Procure então o local no seu disco rígido onde guardou a extensão Lightning. Depois da extensão ter sido instalada, precisará de reiniciar o Thunderbird. Verá que aparecem três novos ícones na parte inferior esquerda do seu ecrã – Mail, Calendar e Tasks. Clicando nestes ícones, poderá alternar facilmente entre estas interfaces. Se optar pelo cliente autónomo Sunbird, este será importado, instalado e aberto como uma qualquer aplicação standard.
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Opções de configuração Antes de começar a criar agendas e a adicionar entradas, valerá a pena dar uma olhadela às opções de configuração. Para isso, clique em Tools, Options. Se estiver a utilizar o Lightning, clique no ícone Lightning na extremidade direita. O separador de opções General permite alterar o formato da data, o espaço temporal de ocorrência dos eventos por omissão, e a frequência de refrescamento da agenda. A opção Refresh é importante quando se efectua a sincronização com uma agenda da Internet a que outros utilizadores têm acesso. O separador Alarms permite escolher se é emitido um alerta sonoro, bem como especificar outras opções, nomeadamente se queremos que sejam atribuídos automaticamente alertas aos novos eventos. Quando sincronizar a agenda com o seu telefone e criar um evento para durar todo o dia, deverá ter em conta que será emitido um alerta alguns minutos antes da meia-noite desse dia. Para este tipo de eventos, preferimos desactivar o alerta de notificação. O separador Categories é diferente no Lightning e no
Sunbird. Numa instalação Sunbird, encontrará a lista Categories já povoada com vários tipos de categorias, podendo escolher entre as mesmas. No Lightning, pelo contrário, terá que adicionar a sua própria categoria. O princípio subjacente à utilização das Categories é que pode utilizá-las numa única agenda, tornando-as mais fáceis de visualizar através da utilização de cores. No entanto, se utilizar cores para as suas agendas, isto irá sobrepor-se ao bordo colorido. Como tal, poderá ser mais fácil criar simplesmente diferentes agendas e atribuir-lhes diferentes cores, dado que é mais fácil visualizar diferentes eventos desta forma. O separador Views permite alterar o dia de início da semana, quais os dias a incluir na visualização da semana de trabalho e o número de horas a serem apresentadas quando se utiliza a visualização correspondente ao dia. Por outro lado, ao especificar o fuso horário (Timezone) onde se encontra num dado momento, estará a garantir que os alertas são emitidos na hora adequada. Depois de ter configurado as suas opções, está na altura de começar a criar novas agendas.
Por omissão, é criada uma nova agenda chamada Home. Mas se quiser alterar este nome para algo que tenha mais significado para si, bastará clicar nele com o botão direito do rato e escolher Properties para lhe dar o nome que pretender. Inclusivamente, poderá atribuir-lhe a cor que mais gostar. Se quiser criar uma nova agenda, vá a File > New > Calendar e escolha “On My Computer”. Atribua um nome à agenda e escolha uma cor, de modo a poder diferenciá-la facilmente de outras agendas que tenha criado.
Modos de visualização Pode visualizar cada agenda de várias formas, bastando para isso clicar nos ícones da barra de ferramentas. Desta forma, poderá dar uma vista de olhos ao seu plano para o dia, a tudo o que vai acontecer numa dada semana, ou aquilo que já está calendarizado para um determinado mês. Clicando no botão Today, será uma forma rápida de voltar ao dia corrente depois de ter consultado a sua agenda para outras datas. Pode adicionar novos eventos clicando no botão New Event,
Melhore as aplicações
Utilize extensões para adicionar mais funcionalidades Dado que o Sunbird é um projecto da Mozilla Foundation, partilha muitos atributos com o Firefox e com o Thunderbird. Um deles é a possibilidade de instalar extensões para adicionar mais funcionalidades. Na realidade, o Lightning é classificado como uma extensão, uma vez que adiciona as funcionalidades do Sunbird ao Thunderbird, e porque o Sunbird foi concebido originalmente como aplicação autónoma. Uma das extensões mais úteis chama-se Provider (https://addons.mozilla.org/en-US/ thunderbird/addon/4631). Quando instalada, tanto no Thunderbird, como no Sunbird, permite adicionar Google Calendars às suas agendas Sunbird/Lightning. O Minimize to Tray (http://minimizetotray.mozdev.org/)
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permite minimizar qualquer aplicação Mozilla para o tabuleiro do sistema, em vez de serem minimizadas para a barra de tarefas. Para o backup dos seus dados de agenda, pode utilizar o add-on Automatic Export (https://addons.mozilla.org/en-US/sunbird/ addon/3740), o qual permite exportar os dados de agenda em formato standard .ics sempre que fechar a agenda. Finalmente, se tem de lidar com diferentes fusos horários, pode recorrer ao FoxClocks (https://addons. mozilla.org/en-US/sunbird/addon/1117). Trata-se de uma extensão bastante útil que coloca vários fusos horários na barra de estado, no fundo do ecrã. Esta extensão funciona com o Sunbird, Thunderbird e Firefox.
Adicione informação de múltiplos fusos horários à barra de estado do Sunbird, Thunderbird ou Firefox
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INSTALE O LIGHTNING NO THUNDERBIRD
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Para adicionar as funcionalidades do Sunbird ao Thunderbird, precisa de instalar a extensão Lightning. Vá ao site www.mozilla. org/projects/calendar, clique com o botão direito na ligação de importação para o Lightning e guarde-o na sua unidade de disco rígido.
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Inicie o Thunderbird, clique em Tools, Addons e carregue no botão Install. Procure o local onde guardou a extensão Lightning e clique em Open. Depois de ter instalado o Lightning, precisa de reiniciar o Thunderbird.
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Para utilizar as funcionalidades de nova agenda, clique no botão Calendar, ou Tasks na parte inferior direita da janela Thunderbird. Clique em File, New, Calendar para criar uma nova agenda. Depois clique em Tools, Options para configurar o Lightning.
ou clicando com o botão direito do rato no dia pretendido. Por omissão, a data de início do evento será o mais próximo possível da hora em que o está a criar, terminando uma hora depois. Desta forma, precisa de alterar a hora, a não ser que seja um evento para durar todo o dia. Neste último caso, clique no quadradinho “All Day Event”. Se tiver várias agendas, escolha aquela a que pertence esse evento. Por sua vez, se estiver a utilizar Categories, utilize o menu desdobrável para esse tipo de selecção. No caso de o evento ser recorrente, poderá poupar o tempo de o inserir de forma repetida, utilizando para tal a opção de repetição. Esta função é óptima para adicionar aniversários.
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Se for daqueles leitores que gostam de escrever listas das coisas que têm para fazer (To Do Lists), o Sunbird tem um gestor de tarefas. Esta é uma área onde o Sunbird e o Lightning têm diferentes formas de apresentação. No Sunbird, a lista Tasks está por baixo da lista Calendar, enquanto que no Lightning o ecrã de tarefas aparece quando se clica no botão Tasks. Pode atribuir datas de início e de fim às tarefas, ou deixá-las em aberto, se preferir. Também pode atribuir tarefas a agendas específicas, bem como atribuir-lhes prioridades. Desta forma, poderá ver a qualquer momento as suas tarefas mais importantes no topo da lista de coisas para fazer. A última área de interacção é a
Personalização e actualização do programa Se não gosta da forma como algo é apresentado, altere-a Muitos programas limitam os utilizadores relativamente à forma como podem apresentar a informação. No entanto, os utilizadores do Thunderbird ou do Firefox sabem que a costumização é uma parte essencial da cultura destes programas. As extensões ou add-ons existentes permitem adicionar uma grande variedade de elementos úteis, peculiares e engraçados. Ao mesmo tempo, a utilização de temas permite personalizar o aspecto e a forma de funcionamento. Por enquanto, não existem muitas extensões para o Sunbird e para o Lightning, mas isto não quer dizer que não possa efectuar alterações. Por exemplo, se estiver a utilizar o Lightning, a agenda e a lista de tarefas aparecerão no lado direito da janela
de correio electrónico do Thunderbird. Uma vez que esta informação também é mostrada nas visualizações Calendar e Tasks, pode decidir que não pretende a repetição. Mova os bordos da janela e a Agenda e Tasks desaparecerão. Não pretende a visualização Agenda por cima da sua agenda? Mova o bordo da agenda para cima. Também pode esconder a lista de agenda da mesma forma. É igualmente importante manter-se actualizado, e as actualizações são disponibilizadas regularmente. Quando escrevíamos este artigo foi disponibilizada uma actualização, a qual, depois de instalada, melhorou radicalmente o aspecto do Lightning. Com que frequência vê acontecer isto nos produtos da Microsoft?
Pode personalizar o Thunderbird e o Lightning arrastando os limites da janela ou acrescentando temasw
COMPLETO GUIA
Agendas remotas Mesmo que não esteja sentado à frente do seu computador, pode aceder à sua agenda
A
grande vantagem do Sunbird e do Lightning reside na sua capacidade de sincronização com agendas remotas. Por exemplo, pode adicionar facilmente datas de férias utilizando uma das agendas localizadas em www.mozilla. org/projects/calendar/holidays. html. Para adicionar a agenda vá a File, New, Calendar. Escolha a opção “On the Network”, atribua-lhe um nome, e depois insira o URL da agenda que pretende subscrever. O Sunbird suporta o standard de fonte aberta .ics, pelo que pode importar ou subscrever a maior parte das agendas que suportam este formato. Se quiser importar uma agenda que não exporte para o formato .ics ou não o utilize, poderá importar os dados sob a forma de ficheiro .csv, desde que a sua aplicação anterior o suporte, evidentemente. A sincronização entra em cena realmente quando pretende partilhar a sua agenda, permitindo que outras pessoas tenham acesso ao seu planeamento do tempo, e que você mesmo tenha acesso à sua agenda quando não estiver à frente do seu PC, utilizando o telefone ou outro equipamento. Apesar do WebDAV ser tradicionalmente utilizado para
> Dica > Se não quiser que apareçam as janelas Agenda e Tasks na janela principal do Thunderbird, basta arrastar o bordo da janela de prévisualização para a direita. A agenda e as tarefas desaparecerão da visualização.
partilhar agendas, não são muitas as pessoas que têm acesso a esse serviço no seu próprio alojamento Web – ou mesmo que têm um alojamento Web. Existem serviços, como o thebox.net que permitem a utilização do WebDAV, mas a sincronização é um processo de sentido único (num só sentido).
A salvação através do Google Uma opção mais fácil consiste em utilizar o Google Calendar. Com a ajuda da extensão Provider (https://addons. mozilla.org/en-US/thunderbird/ addon/4631), o Sunbird e o Lightning podem ter uma sincronização nos dois sentidos. Adicione a isto um serviço como o GooSync (www.goosync.com) e poderá mesmo sincronizar a sua agenda com aquela que tem no seu telefone móvel. Veja na caixa como utilizar o Google Calendar com o Sunbird. Se partilhar a sua agenda, pode especificar os seus eventos como sendo públicos ou privados. Desta forma, poderá assegurar-se de que só são mostrados em agendas partilhadas aqueles eventos que pretende dar a conhecer aos outros utilizadores. Para alterar as especificações, edite o evento e depois clique no ícone Privacy (cadeado). Pode optar por três níveis: Público (que revela todos os detalhes), Time and date only (que mostrará aos outros utilizadores que tem um evento, mas sem qualquer descrição do mesmo), e Private (não é apresentada qualquer referência ao evento). ■
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PASSO A PASSO
ESPECIFICAR UMA SINCRONIZAÇÃO GOOGLE
01
A forma mais fácil de proceder à sincronização com o Google é começar por especificar a agenda como Google Calendar. Vá a http://calendar.google.com e crie a sua nova agenda, ou utilize aquela que existe por omissão.
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Depois de ter criado o Google Calendar, clique na seta da direita e clique em Calendar settings. No fundo encontrará uma secção chamada Calendar Address e Private Address. Utilize o Private se for o único utilizador desta agenda. Clique com o botão direito do rato no botão XML e copie a ligação.
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Agora, no Sunbird/Lightning, assegure-se de que está instalada a extensão Provider e escolha depois “Create a new Calendar”. Escolha a opção para Google Calendar e insira a ligação copiada no passo dois. Insira o seu nome de utilizador e palavra-passe Google Calendar. Agora a sua agenda está sincronizada com o Sunbird.
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SOFTWARE GUIAS
Crie as suas
miniaplicações
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PASSO A PASSO
MISTURE O CONTEÚDO
Acrescente a sua ferramenta preferida ao blogue ou página pessoal. Nós explicamos tudo PCGUIA
A
grande vantagem de páginas pessoais como as do iGoogle ou do Windows Live é que permitem que o utilizador personalize o conteúdo que é mostrado neste tipo de sites. Assim, é possível abrir a sua página no iGoogle e receber imediatamente notícias sobre os assuntos que mais lhe interessam, ver cotações na bolsa ou jogar os seus títulos preferidos. Há uma grande variedade de pequenas aplicações que pode ser acrescentada e o Google
http://grid.orch8.net/clippings/ grab. Não se esqueça de ver o ecrã que mostra como funciona. Veja também a caixa Passo a passo nesta página. Depois de se ter inscrito e ter feito o log in, dê uma vista de olhos à página Web de onde quer retirar o conteúdo. Quando encontrar o item específico que quer utilizar, precisa de ligar a ferramenta de clipping. A seguir, basta assinalar as secções da página e escolhê-las para as usar. Após ter seleccionado o conteúdo, este é mostrado numa frame
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Vá até http://grid.orch8.net/clippings/grab e faça o log in ou crie uma conta. Escolha Clippings e escreva o URL da página de onde quer retirar o conteúdo. É carregada nesta interface do Grid. Agora navegue até encontrar o conteúdo desejado.
É possível abrir a sua página no iGoogle e receber imediatamente notícias oferece mesmo a possibilidade de criar as suas próprias widgets. No entanto, ainda existem locais na Net que não têm miniaplicações e que implicam uma visita. Nestas situações, o cibernauta tem de parar o que está a fazer para navegar na rede, e sempre que quiser verificar se existem novidades, tem de retornar às páginas em questão. Mas graças à aplicação gratuita Alchemy Grid, o utilizador pode agora gerar uma miniaplicação com quase todo o tipo de conteúdos possível e adicioná-la à sua página pessoal ou ao seu blogue.
Separação de conteúdo Pode encontrar o serviço em 76
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específica. Pode optar por incluir ou esquecer o conteúdo CSS ou JavaScript do site original (não se esqueça que esta opção pode afectar o conteúdo dinâmico). Depois de se certificar de que tem tudo o que quer, pode começar a personalizar a sua widget. É possível alterar o nome da miniaplicação e criar um conjunto de cores para a sua representação. Além disso, o utilizador pode especificar a altura e a largura da mesma em pixels. Quando estiver a “colar” a widget, não se esqueça de que pode recorrer ao código HTML para ter a certeza que tudo funciona bem. Depois de publicada, a miniaplicação opera onde a colocar.■
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Clique para escolher algum conteúdo e use o rato para fazê-lo. Escolha a opção Grabe it! Vai ver o conteúdo seleccionado mostrado num painel. Pode desligar o serviço CSS do site original, caso prefira. Depois, clique em Save It!.
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Dê ao conteúdo escolhido um nome e escolha as cores e o tamanho da widget. Quando se certificar de que tem a aparência desejada, escolha a sua página pessoal ou o serviço de blogue que quer usar e siga as instruções para publicar a miniaplicação.
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SOFTWARE GUIAS
Controle o PC à distância Use o telemóvel como comando à distância da sua máquina PCGUIA
E
ncontrámos o Float’s Mobile Agent quando estávamos à procura de uma maneira de fazer cópias de segurança ao conteúdo do telemóvel para fazermos uma reposição das definições de fábrica. Foi uma agradável surpresa. Trata-se de um software bastante simples de configurar. Um ecrã de boas-vindas guia-o pelo processo de criar um perfil para o telemóvel e depressa estará a experimentar as outras opções à sua disposição. Há imensas maneiras de ligar o telemóvel ao computador. Pode fazê-lo através de Bluetooth, de infravermelhos ou com o cabo USB incluído. Vale a pena indicar que, actualmente, o FMA apenas suporta telemóveis Sony Ericsson. Mas com o interesse crescente que este utilitário tem despertado, acreditamos que tal venha a ser corrigido em breve. Ao fundo do ecrã principal há um pequeno painel com informações, incluindo a voltagem da bateria (e qual deveria ser), o tempo de vida que lhe resta, a temperatura da bateria e a do telemóvel. Quando tiver acabado de mexer na interface, dê uma vista de olhos ao ecrã do telemóvel. Deverá ver um menu que lhe permite controlar o PC com o telemóvel. Da próxima vez que estiver um pouco aborrecido, por que não ligar-se à sua máquina através do Bluetooth e divertir-se a controlar o PC com o telemóvel? ■
PASSO 1 Crie um perfil
Textos alternativos
Sincronização de dados
A primeira coisa que lhe é pedido é que crie um perfil do seu telemóvel. Primeiro, ligue o telemóvel ao PC. Se é a primeira vez que o faz, deve pedir-lhe que crie um perfil. De outro modo, clique em Phone e depois em New. Os ecrãs para a criação do perfil são muito simples. Quando o FMA tiver encontrado o seu telemóvel, liga-se e sincroniza-se automaticamente com este equipamento. Agora estará no ecrã principal do programa.
Pode enviar e receber textos através do FMA. É só clicar em Action, Create, New Message. É possível navegar pelos seus contactos para encontrar o destinatário ou escrever o número manualmente. Como a maioria dos aspectos deste software, permite-lhe muito mais controlo sobre este processo do que o que lhe dá a interface do telemóvel. Aqui, por exemplo, pode escolher receber ou não um relatório de estado e se se envia o mesmo como mensagem com mais de 160 caracteres.
Mesmo se não utilizar o FMA para mais nada, vale a pena sincronizar o conteúdo do telemóvel com o computador, para o caso de acontecer o pior. Para tal, precisa primeiro de ligar o telemóvel ao computador. Prima F7 ou clique em Phone e depois em Connect. Para sincronizar, basta clicar em Sync. Pode escolher o que deseja sincronizar ou clicar simplesmente em Synchronise All para copiar tudo.
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PASSO 2
PASSO 3
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SOFTWARE GUIAS
Melhore o perfil da sua câmara Web Se comprou recentemente um PC, é possível que tenha também uma câmara Web. A PCGuia mostra-lhe como aproveitá-la PCGUIA
todo o mundo, o que aproximou os consumidores deste tipo de equipamentos e serviços.
A
maioria das pessoas tem uma câmara Web, mas deixa-a abandonada num canto sem sequer a usar. Talvez porque saberão o quão versátil pode ser esta ferramenta. Hoje em dia, há já muitos portáteis que possuem webcams posicionadas mesmo por cima do ecrã, que os modelos externos estão cada vez mais baratos e que há tantas marcas diferentes no mercado que dificilmente as conseguiríamos citar todas. O problema com o uso das câmaras Web tem raízes históricas. Durante muito tempo apareceram associadas a trabalhos menos positivos e a um nível de qualidade muito fraco. Conclusão? Muitos utilizadores nem sequer contemplavam a possibilidade de investir numa. No entanto, as coisas já não são bem assim. A proliferação da banda larga e da alta velocidade da Internet
O dinheiro não é tudo
possibilitou aos utilizadores domésticos a capacidade de tirarem maior partido das suas câmaras Web. Serviços como
o Skype e o Windows Live Messenger permitem utilizar esta ferramenta para comunicar com familiares e amigos em
> Melhore as suas intervenções na Net Uma boa iluminação pode fazer maravilhas por uma câmara Web barata Se conseguir criar um ambiente com luz equilibrada, pode poupar embaraços, até mesmo à câmara Web mais económica, e uns quantos “retoques” podem fazer toda a diferença nas suas conversas na Net. O ideal seria utilizar a luz do dia, que se adapta melhor aos sensores da câmara do que a luz artificial mas, como é óbvio, isso nem sempre é possível. Para uma iluminação correcta comece por colocar uma luz forte e constante como, por exemplo, a de um candeeiro de secretária, por trás da câmara, a iluminar a sua face. Assim, anulará as cores horríveis emitidas pelo monitor e as sombras produzidas pelas luzes suspensas. Se a luz for demasiado forte, pode utilizar uma parede para reduzir
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o brilho ou usar papel vegetal muito fino, como difusor. Se usar óculos, utilize também duas luzes para extinguir o clarão. O passo seguinte é iluminar o cenário que está atrás de si com uma luz suave e uniforme, talvez uma luz simples com uma lâmpada difusa para criar um ambiente de fundo quente. Isto corta a forte luz de fundo e põe fim ao tal ar de “desajeitado sem graça”, conferindo às coisas uma aparência mais natural. Tudo o que falta fazer depois da iluminação é equilibrar os brancos da câmara para se livrar dos amarelos, vermelhos ou mesmo das tonalidades de verde. Algumas câmaras permitem fazer tudo isto manualmente, com o software incluído nos equipamentos.
Uma iluminação apropriada pode alterar imenso o desempenho de uma câmara Web de preço mais reduzido, como se observa nestas duas fotografias tiradas pelo mesmo equipamento
A qualidade de uma câmara não anda de mãos dadas com o preço. É claro que a qualidade tem um preço, mas há necessidades que podem ser perfeitamente cobertas com uma máquina média. Quando escolher uma câmara há alguns termos e estatísticas que deve considerar. Em primeiro lugar, a resolução máxima alegada pela câmara Web é essencial para a qualidade de gravação. É provável que uma resolução baixa o deixe com uma saída de vídeo pouco apresentável e pouco nítida. O vídeo HD é classificado como qualquer coisa com mais de 720 linhas de pixels no ecrã, algo facilmente alcançável pelas câmaras mais modernas. Como é habitual nestas coisas, quantos mais pixels, melhor é a
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SOFTWARE GUIAS
qualidade, por isso, verifique a resolução declarada antes da compra. As frames por segundo (fps) são outro indicador que vale a pena verificar, pois há câmaras que gravam em 15 e
sobre o objecto captado. No entanto, para além de configurar uma luz ambiente adequada, não há muito mais a fazer para conseguir maximizar a qualidade que é, com
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PASSO A PASSO
INICIE-SE NO MUNDO DOS CHATS COM O WINDOWS LIVE MESSENGER
Há dois tipos de sensores para as câmaras Web: o CCD cria imagens de alta qualidade, enquanto o CMOS produz imagens mais simples, mas mais eficientes 30 fps. A 15 fps experimentará uma reprodução com ruído e entrecortada, mas a 30 a imagem deverá aparecer normal. A única consideração a fazer aqui é se a sua câmara Web consegue suportar 30 fps nas resoluções mais altas e se, de facto, planeia aconselhar-se sobre se a sua largura de banda consegue suportá-la.
Aproveite mais o seu equipamento Mesmo com a melhor câmara Web, que todo o dinheiro permite comprar, a tecnologia é limitada pelo seu ambiente. A maioria das câmaras sofre a maior degradação de qualidade devido à iluminação fraca e à necessidade de ajuste provocada pelas sobras e pelos problemas de focagem que daí resultam. A sua câmara pode tornar-se menos má se conseguir criar a iluminação correcta, de preferência com uma luz equilibrada, que deverá ser colocada de modo a reflectir luz
> Cinco dicas rápidas >Ilumine bem o espaço que o rodeia para tirar o máximo partido da qualidade da imagem oferecida mesmo pelas câmaras mais económicas. >Escolha um cenário desobstruído – ninguém quer ver a sua desarrumação doméstica. >Reduza o movimento ao mínimo indispensável. >Se tiver uma ligação lenta, diminua a quantidade de ganhos de velocidade. >Evite a opção ecrã inteiro e melhorará a claridade dos vídeos.
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frequência, a queixa principal. É obvio que se escolher um modo de visualização de ecrã inteiro, a qualidade irá diminuir. Nestes casos, o redimensionamento da sua janela pode compensar a fraca resolução. É importante lembrar que a qualidade do som é tão crucial como a qualidade visual quando começa a usar este seu equipamento para entrar em chats. A maioria das câmaras Web traz colunas integradas, mas por regra a qualidade não é excelente. As novas LifeCams da Microsoft vêm com microfones de alta qualidade, com redução do ruído, porém, mesmo esses não conseguem equiparar-se à qualidade de uns auscultadores razoáveis. Aliás, mesmo aqueles mais baratos valem o investimento se quiser manter uma conversa prolongada. Um microfone situado próximo da boca faz toda a diferença e deixa as mãos livres para usar o teclado, se for necessário.
01
Ligue a sua câmara Web. O Windows deverá encontrar automaticamente os drivers necessários. A vantagem de utilizar o Windows Live Messenger é que não tem de se incomodar com outro software. Quando os drivers estão instalados, deve aparecer junto da sua imagem de perfil, na janela de conversação, um ícone pequeno.
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No Messenger, carregue em [Alt] e depois vá a Ferramentas, Configuração de áudio e vídeo. Será conduzido por três passos que procuram garantir que as suas colunas, microfone e câmara estão correctamente instalados. De seguida, vá a Definições da câmara Web em Ferramentas e mude os níveis até a sua imagem estar o melhor possível.
Utilizações mais diversificadas Para além de modificar a forma como comunicamos, os utilizadores à volta do mundo estão a começar a fazer uso das suas câmaras Web para uma série de fins. Uma pesquisa rápida no YouTube será suficiente para mostrar que milhões de pessoas estão a colocar em vídeo os seus pensamentos, opiniões, entre outras coisas menos positivas, e a divulgá-los na Net. Quando
03
Quando a sua câmara estiver pronta, inicie uma conversa com um amigo e clique em Iniciar chamada de vídeo no menu superior. Se ouvir um telefone tocar, não se assuste. Quando a outra pessoa aceitar o seu convite, ver-se-ão face a face.
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PASSO A PASSO
CONTROLE A SUA CASA ENQUANTO ESTÁ FORA COM A YAWCAM
01
Ligue a sua câmara, abra o Yawcam e seleccione Detect Webcams no menu de configurações. Active a detecção de movimento e transferência de ficheiro. Defina uma localização em Edit Settings. Certifique-se de que adiciona a extensão .jpg no final da localização, para que fique guardado no formato certo.
alguém faz um vídeo familiar, espera-se que as pessoas divulguem uma resposta. Há também utilizações mais práticas.
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Se tiver um servidor FTP, pode definir a Yawcam para carregar automaticamente imagens capturadas durante um alerta. Em Edit Settings, vá ao separador FTP e introduza o seu login e detalhes do servidor. Pressione, de seguida, em OK.
Pode configurar a sua câmara Web como uma câmara de segurança provisória, que pode utilizar para monitorizar a sua casa. Normalmente,
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Se se sentir pessoalmente confiante, pode configurar o Yawcam para estar acessível a partir da Internet. Averigúe se tem ligado o UPnP no router. Verifique as opções HTTP e Stream na consola e no menu de configurações; vá ao separador Connection, clique em Configure Router e siga as instruções.
isso requereria a compra de uma dispendiosa câmara IP, ligada à sua rede doméstica e à qual pode aceder a partir da Internet. Esta é uma ideia
excelente para a segurança doméstica, mas se não quiser despender o dinheiro que isso implica, utilizar a sua câmara Web é uma alternativa ideal. ■
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SOFTWARE GUIAS
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Use qualquer documento de tipo Office A PCGuia explica como utilizar os documentos do Office em várias aplicações, com o objectivo de aumentar a produtividade no trabalho PCGUIA
S
abemos todos quão aborrecidos ficamos quando os documentos de Office não se portam da maneira que desejamos, e o chato que é resolver o que correu mal. Num mundo ideal, haveria um formato para os documentos 84
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e poderíamos passar os nossos ficheiros de um lado para o outro à vontade, e a formatação e a letra não se alterariam. Infelizmente, esta utopia documental ainda está no plano das ilusões. Entretanto, somos acometidos por todo
o tipo de problemas de incompatibilidade: tipos de letra em falta, tabelas estragadas, ficheiros misturados que se recusam a ser carregados, entre outros. Não desespere. Há formas de minimizar estes dissabores.
O problema da fonte Às vezes, quando um documento é aberto num PC diferente daquele em que foi criado, um problema com os tipos de letra faz com que tenha um aspecto muito diferente do desejado. Normalmente isto ocorre porque
a fonte utilizada para criar o ficheiro não está presente no computador de destino. O Microsoft Office tem tipos de letra proprietários que não estão licenciados para serem utilizados noutro software. Assim, se utilizar um deles e depois enviar o ficheiro para alguém que utilize o OpenOffice.org, não estará presente e o ficheiro não terá o mesmo aspecto que no seu ecrã. Quando um tipo de letra não está presente, o software tenta frequentemente substituí-lo por um que pensa ser semelhante. Às vezes escolhe um correcto e funciona bem. Outras vezes a
Substituição automática de tipos de letra É possível configurar o OpenOffice.org para substituir automaticamente os tipos de letra por outros que especificar. Assim, se encontra frequentemente documentos que utilizam tipos de letra que não estão presentes no seu sistema, pode controlar o tipo de letra utilizado pelo OpenOffice.org como substituto. Pode ser uma solução melhor do que permitir que seja o OpenOffice.org a escolher a letra. Por exemplo, se abrir um documento escrito em Calibri, aparecerá em Times New Roman.
Os tipos de letra serif têm pinceladas extra nas extremidades das linhas que constituem as letras. Os tipos de letra sans-serif são as que não têm esses pormenores correspondência não é assim tão boa. O texto pode ocupar áreas de espaço muito diferentes, dependendo da imagem da letra. Se a fonte de substituição tornar o texto muito maior ou menor, a disposição do documento pode ficar estragada. A melhor e mais óbvia solução para estes problemas é utilizar os tipos de letra comuns que estão presentes na maioria dos sistemas. Use o Times New Roman e o Arial, pois estão suportados na maioria do software e das plataformas, incluindo Linux e Mac. Há também uma razão para estes tipos de letra estarem em todo o lado: são legíveis e de bom gosto. Não é má ideia utilizá-los em modo de exclusividade. Se tiver de utilizar um tipo de letra diferente, então Courier New, Georgia, Impact e Verdana são outras opções seguras.
Para o fazer, vá a Tools, Options e clique em Fonts na secção OpenOffice.org. Marque a caixa que diz Apply Replacement Table. Em Font, seleccione o tipo de letra que deve ser substituído e à direita o que o vai substituir. Clique na marca verde para o acrescentar à caixa abaixo. Pode fazer assim uma lista de todos os tipos de letra a substituir. Clique em Screen para substituir a letra apenas no ecrã e Always para substituir a letra no ecrã e na impressora. Um erro comum que acontece quando as pessoas começam a utilizar o OpenOffice.org é que guardam os documentos no formato predefinido .odt e depois começam a enviá-los por correio electrónico esperando que esteja tudo bem. Apenas uma minoria das pessoas utiliza o OpenOffice.org. Assim, os documentos a partilhar deverão ser guardados no formato .doc do Office. Faça-o utilizando a
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PASSO A PASSO
CONVERTA OS SEUS MODELOS DO OFFICE PARA O OPENOFFICE.ORG
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O OpenOffice.org tem um assistente para converter os templates do Office. Clique em File, Wizards, Document Converter e seleccione Microsoft Office e os tipos de modelos que deseja converter. Repare que podem não se transferir de modo perfeito.
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Navegue para a pasta onde tem os modelos armazenados. Por predefinição, o assistente tenta também converter os documentos normais. Mantenha esta opção seleccionada, a não ser que precise de converter os modelos. Clique em Next para o fazer.
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Para que apareçam na secção Templates do menu File, New, vá à secção Tools, Options, secção OpenOffice.org, Paths, seleccione Templates e clique em Edit, Add. Agora navegue para a pasta onde ficaram os modelos que converteu e clique em OK.
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> Dica
>O OpenOffice.org permite-lhe configurar teclas de atalho. Vá a Tools, Customise e procure o separador Keyboard. Este mostra-lhe os atalhos já configurados. Pode alterá-los, se quiser, seleccionando cada um deles e clicando em Modify.
caixa Save as Type. Escolha Microsoft Word 2007/2000/XP.
Automatize a gravação Uma opção ainda melhor é configurar o programa para fazer isto sempre que for preciso. Vá a Tools, Options, Load/Save, General e utilize a caixa Always Save Type para seleccionar o formato de Word. A maioria dos sistemas será capaz de abrir documentos guardados neste formato. O OpenOffice.org avisa que os dados de formatação poderão perder-se quando guarda
ficheiros em formato .doc. Se o seu documento tem formatações especiais, então deverá guardá-lo em formato .odt. Depois faça uma versão experimental em .doc, para ver o que acontece. Se não conseguir que o Writer faça um documento em formato .doc com a formatação intacta, pode convertê-lo em PDF para ser partilhado. Pode converter os documentos para formato PDF para os partilhar facilmente utilizando uma aplicação chamada CutePDF Writer, descarregável a partir de http://tinyurl. com/2u5ey7. O processo de
Os tipos de letra sans-serif costumavam chamar-se Grotesque ou Gothic, e os serif, Roman. instalação requer que se faça mais um download, mas isto acontece automaticamente. A criação de PDF faz-se de maneira pouco comum, mas é bastante fácil. Abra o ficheiro que deseja converter e escolha File, Print. Seleccione o CutePDF Writer da caixa das impressoras e clique em OK. Especifique onde quer
> Instale tipos de letra do Office 2007 É possível utilizar os novos tipos de carácter gratuitamente sem o Vista e o Office 2007 A Microsoft criou um novo conjunto de letras, que se chama a ClearType Collection, que vem incluído no Vista e Office 2007. É suposto substituírem o Times New Roman e os outros familiares, e foram criados para terem um aspecto atraente nos ecrãs actuais. Se der uma vista de olhos ao Office 2007, verá que a letra predefinida é agora Colibri em vez de Times New Roman. A colecção completa é Calibri, Cambria, Candara, Consolas, Constantia e Corbel. Claro que isto cria problemas de compatibilidade, mas felizmente é possível instalar estes tipos de letra no Windows XP mesmo que não tenha o Office 2007 instalado no seu sistema.
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guardar o PDF e já está. A vantagem de utilizar o PDF para partilhar documentos é que praticamente todos os sistemas abrem o ficheiro e este é mostrado correctamente. A desvantagem é que os destinatários não poderão editar o ficheiro com facilidade, nem copiar texto a partir dele. Utilize o PDF para partilhas apenas quando é importante preservar a formatação. Se apenas é importante o texto do documento, a maioria das pessoas prefere receber um ficheiro de texto simples do que um PDF. Tenha em conta que
Para o fazer, descarregue e instale o PowerPoint Viewer 2007 de http://tinyurl. com/u5bsa. Este programa permite-lhe abrir documentos que utilizem estes tipos de letra, e terão a disposição correcta. Se estiver a funcionar com o Windows Vista ou tem o Microsoft Office instalado, provavelmente não é boa ideia utilizar as letras da ClearType Collection em documentos que irão ser partilhados, pois não serão bem visíveis à maioria das pessoas.
Aparentemente, os tipos de letra do Office 2007 são mais adequados aos monitores actuais
algumas pessoas vão achar irritante que lhes mande sempre um PDF quando documentos de texto simples chegam.
Abrir ficheiros do Office 2007 O Office 2007 tem novos formatos para documentos chamados Office Open XML. São estes docx, xslx, pptx
e ppsx. Não se abrem no OpenOffice.org nem no Office 2003, mas tem à disposição plug-ins que os põem a funcionar. A Microsoft proporciona o Microsoft Office Compatibility Pack para os formatos de ficheiros de Word, Excel e PowerPoint 2007, que pode obter a partir de http://tinyurl. com/y5a879. Este permite-lhe abrir, editar e criar documentos nos novos formatos utilizando o Office 2003 e o OpenOffice. org. A maioria dos aspectos da formatação converte-se bem utilizando este pack de compatibilidade. A página de download aconselha a que instale todas as actualizações de alta prioridade do Microsoft Update antes de instalar o pack de compatibilidade. Uma alternativa a esse pack é o ODF-converter-integrator, que se pode descarregar em http:// tinyurl.com/5lzn58. Este entra em acção automaticamente assim que clicar duas vezes num ficheiro de Office 2007 para o abrir. O ODF-converter-integrator e o pack de compatibilidade da Microsoft tratam da formatação de maneira um pouco diferente. Assim, escolha o que funciona melhor para si. ■
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PASSO A PASSO
PARTILHA DE DOCUMENTOS SEM PROBLEMAS
O OpenOffice.org utiliza automaticamente o seu formato .odf. Certifique-se de que guarda os ficheiros no formato .doc do Word se precisar de os partilhar. Vá a Tools, Options, Load Save, General para alterar o formato predefinido para .doc.
A maioria dos PC pode abrir PDF, e este formato preserva todas as formatações especiais. Use o CutePDF Writer para converter documentos para PDF escolhendo Print e depois escolhendo CutePDF Writer no menu.
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Se um documento utilizar um tipo de letra que não esteja no seu PC, o OpenOffice.org substitui-o por um que acha que lhe corresponde. Pode controlar qual o tipo de letra utilizado na substituição criando uma lista. Vá a Tools, Options, Fonts.
Este é um bom ecrã para ajustar a forma como o Writer do OpenOffice.org trata dos ficheiros criados noutros programas. Ponha-o a funcionar indo a Tools, Options, OpenOffice.org Writer, Compatibility.
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Se receber um ficheiro escrito no Office 2007 e não o puder abri-lo, precisa de instalar o Microsoft Compatibility Pack ou o ODF-converter-
-integrator.
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Um bom formato de texto, criado para a interoperabilidade, é o Rich Text Format, ou .rtf. Funciona praticamente em qualquer processador de texto. É uma boa aposta para partilhar documentos.
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Aprenda a gerir eficazmente as suas palavras-passe Mesmo que se esqueça da sua password de entrada no Windows, existe uma forma de a recuperar PCGUIA
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ma boa prática – que também é do senso comum – consiste em assegurar--se de que não utiliza a mesma palavra-passe para tudo. No entanto, isto é mais fácil de dizer do que fazer. Por uma questão de conveniência, a maior parte das pessoas escolhe a mesma palavra--passe para todas as contas online e offline. Mas este aspecto nem é o pior... As escolhas de passwords tendem
a ser mais óbvias do que o aceitável, pelo que são muito fáceis de adivinhar, baixando a segurança do computador. Em situações ideais, não só deveríamos utilizar palavras-passe diferentes para as nossas várias contas, como também mudá-las de forma regular. O único problema nestas situações é que teríamos muitas passwords para memorizar, e rapidamente ficaríamos confusos sobre a
correcta para uma dada situação. Não se deixe tentar pela criação de um ficheiro de palavras-passe, onde estão todas devidamente registadas. Isto seria o mesmo que procurar problemas. Escrever os pormenores da sua autenticação seja onde for deverá ser a última alternativa, mas se o fizer, assegure-se de que essa informação fica guardada bem longe do seu PC. Experimente o gerador de palavras-passe
aleatórias que lhe sugerimos a seguir e torne as suas um pouco mais obscuras. Para isso, vá ao endereço www.pctools.com/ guides/password. Se estiver a utilizar o Windows Vista e o seu PC for partilhado por vários utilizadores, poderá criar uma política de palavras-passe, que terá de ser seguida por todos os utilizadores do computador. Clique em Iniciar e corra o gpedit.msc. Em
poderia utilizar o editor do Registo para encontrar a informação que precisa. Contudo, se efectuar uma busca na Internet, encontrará vários métodos de “quebrar” este ficheiro e recuperar a sua palavra-passe. A maior parte destes métodos é morosa e complicada. Uma solução mais simples consiste em utilizar um programa chamado Ophcrack, disponível em http://ophcrack.sourceforge.net. Importe o ficheiro ophrcrack-livecd.ISO e grave-o num disco. Arranque o seu PC com este disco na respectiva unidade e todo o processo decorrerá de forma automática. Irá analisar o seu sistema e indicar quais as palavras-passe para as suas contas de utilizador.
Arranque o PC a partir do disco Ophcrack; este identificará as suas palavras-passe do Windows
> Qual é a minha palavra-passe do Windows? Para obter a resposta precisará de ir ao Registo Se não conseguir lembrar-se da palavra-passe para entrar no Windows e não tiver um disco de palavra-passe, ficará numa situação bastante delicada. Não existe qualquer forma de aceder aos seus dados através da utilização de meios convencionais. Está num ponto sem retorno. Tudo o que lhe resta será reinstalar o sistema operativo. Começar do zero é a sua única opção e, evidentemente, perderá todos os dados que tinha. No entanto, o Windows guarda a informação dos utilizadores, incluindo as palavra-passe, num ficheiro chamado SAM, que poderá ser encontrado normalmente em windows\system32\config. Este faz parte do Registo. Mas mesmo que fosse capaz de arrancar o sistema, não
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PASSO A PASSO
DICAS SOBRE SEGURANÇA
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Pode proteger os conteúdos existentes no seu PC através da especificação de uma palavra-passe que precise de ser introduzida aquando do arranque do sistema. Desta forma, se não for introduzida a palavra-passe correcta, o computador nem chega a arrancar. Entre no seu BIOS ou programa de setup quando o sistema estiver a ser iniciado para configurar este tipo de password.
Configuração do computador, seleccione Definições do Windows, Definições de segurança, Políticas de conta, Política de palavras-passe. Poderá então especificar o tempo máximo de validade de uma password, bem como que estas respeitem determinados requisitos de complexidade.
Backup de palavras-passe Tal como acontecia no caso do Windows XP, se depois de ligar o seu PC não conseguir lembrar-se da palavra-passe para aceder ao seu ambiente de trabalho, tem pela frente um problema sério. Não existe nenhuma forma fácil
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O Internet Explorer pode guardar as suas palavras-passe e informação de formulários, pelo que não terá de as introduzir repetidamente. No entanto, a utilização de um programa como o RoboForm permitirá gerir todas as palavras-passe e chamá-las à medida que forem necessárias. Toda a informação está encriptada.
de voltar atrás no Windows – a não ser, evidentemente, que tenha criado um disco de palavra-passe. O problema é que esta costuma ser daquelas coisas que se adia sempre para amanhã. Por outro lado, é necessário que tenha disponível algum tipo de unidade de leitura para suportes removíveis. Uma unidade de disquete serve perfeitamente, mas já não são muitos os PC que têm uma disponível. As unidades de CD/DVD com capacidades de gravação, é melhor esquecê-las, dado que não serão reconhecidas pelo processo. Como referimos anteriormente, há ainda o facto de cada utilizador ter de criar o seu próprio disco
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As palavras-passe aleatórias são difíceis de compreender. Tente utilizar a primeira letra de cada palavra de uma frase para criar um palavra-passe. Por exemplo, “O Primeiro Nome Do Meu Filho É Miguel”, daria qualquer coisa como OPNDMFEM. Poderá incluir ainda um aniversário para tornar a autenticação mais complexa.
de palavra-passe. Tal como acontece com qualquer tipo de backup, só se aperceberá da sua importância quando precisar dele. Se ainda não criou um disco deste tipo, não adie mais. Se tiver uma unidade de disquete e uma disquete, vá a Contas de Utilizadores no Painel de Controlo. Seleccione a conta de utilizador que pretende e assinale a opção que permite não se esquecer da palavra-passe. No Windows Vista, o processo é similar. A diferença é que não está limitado à utilização de uma unidade de disquete. Poderá utilizar uma unidade de CD/DVD com capacidade de gravação,
bem como uma unidade USB flash. Na realidade, vale a pena comprar um dispositivo USB flash barato e de baixa capacidade para o alocar exclusivamente à recuperação de palavra-passe. Se estiver a utilizar uma conta que não seja de administrador, poderá evitar tudo isto. Peça simplesmente a quem tiver acesso com direitos de administrador para recuperar a sua palavrapasse por si. Existe outra coisa a ter em conta se recuperar uma palavrapasse desta forma. A conta com a palavra-passe recuperada perderá o acesso aos seus ficheiros encriptados. ■
> Ferramentas alternativas Existem algumas soluções freeware para recuperação de passwords Apesar de o Ophcrack ser provavelmente o melhor hacker de palavras-passe freeware, não existem garantias de que funcione a 100 por cento em todas as situações. Em determinadas ocasiões poderá ter de recorrer a uma alternativa. O Cain & Abel (www.oxid.it/cain.html) é outra ferramenta gratuita para a recuperação de palavras-passe. No entanto, precisa de acesso ao Windows, pelo que só poderá ser utilizado para a recuperação das palavras-passe de outras contas depois de ter entrado no sistema com uma das contas. Considere o Cain & Abel mais como uma ferramenta de recuperação de todas as palavras-passe depois de conseguir entrar no sistema. Por exemplo, se se esqueceu da password para o seu router sem fios, poderá recuperá-la com esta
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ferramenta. O mesmo se aplica a palavras-passe para se ligar à Internet e para aceder a contas de correio. O LCP (www.lcpsoft.com) é mais uma ferramenta robusta que tem à disposição. Contudo, não é propriamente a mais indicada para utilizadores menos experientes. A interface exige alguns conhecimentos prévios de técnicas de recuperação de palavras-passe para se conseguir tirar o máximo partido desta ferramenta. Experimente um outro programa, chamado PicoZip (www. picozip.com), para recuperar palavras-passe a partir de ficheiros zip protegidos com palavra-passe. Este programa é essencialmente um utilitário de compressão. No entanto, também permite recuperar palavras-passe perdidas ou esquecidas.
Utilize o Cain & Abel para recuperar palavras-passe existentes no seu sistema, incluindo palavras-passe para aceder a redes sem fios
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TEMA DE CAPA
Tire melhores
fotos digitais Glossário da fotografia digital Não se deixe desencorajar pela gíria das máquinas fotográficas
Contagem
Focagem automática
Abertura
A máquina fotográfica tem uma íris integrada, que permite controlar a quantidade de luz que passa através dela. As aberturas são medidas em números f, sendo que os números mais pequenos – como f/2,8 – representam aberturas maiores.
A maioria das máquinas fotográficas novas emprega um conjunto de pontos de focagem automática que se espalham a partir do centro da imagem. Isto possibilita a focagem automática inteligente de cenas inteiras ou de pontos específicos.
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Sensibilidade
Modo de exposição
Modos de obturação
Durante a utilização normal, quando prime completamente o disparador do obturador tira uma única fotografia. Nos modos contínuo ou sequencial, a máquina continua a fotografar enquanto o seu dedo estiver a premir o disparador.
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Dados EXIF
Trata-se da informação guardada no ficheiro de imagem e que mantém um registo dos atributos, tais como velocidade do obturador, abertura, ISO, etc. Se guardar uma foto no formato de ficheiro TIFF, perde os dados EXIF.
A medição por matriz (ou de avaliação) faz uma escolha automática com base nos níveis de luz RAW presentes em toda a cena. A medição As máquinas fotográficas por ponto centralizado analisa o meio da SLR digitais e algumas cena, enquanto a medição por pontos compactas de topo de gama baseia a exposição num ponto de possuem uma definição de captura referência. RAW. Esta permite ajustar atributos como a exposição, o equilíbrio de brancos e o modo de cor na fase da edição.
Além dos modos de exposição totalmente automática ou programada, as máquinas fotográficas avançadas oferecem os modos manuais de prioridade da abertura, prioridade do obturador e de medição. É frequente haver também vários modos de cena disponíveis.
Distância focal
As objectivas com distâncias focais menores oferecem uma visão de grande-angular, ao passo que as teleobjectivas com distâncias focais maiores são mais telescópicas. As distâncias focais digitais são normalmente indicadas como o seu equivalente a uma máquina fotográfica de rolo de 35 mm.
As máquinas fotográficas digitais produzem imagens com menos ruído na respectiva definição base, que ronda tipicamente a ISO 64 ou ISO 100. A mudança para sensibilidades mais elevadas, digamos ISO 800 ou ISO 1600, permite utilizar velocidades relativamente rápidas do obturador quando há pouca luz, o que reduz as vibrações da máquina.
Sensor
O sensor é como o rolo na máquina fotográfica, registando a imagem. As máquinas compactas têm sensores mais pequenos do que as SLR digitais, o que se traduz em níveis mais elevados de ruído da imagem, especialmente nas definições de maior sensibilidade.
Imagem: Magictorch.com
Na exigente era tecnológica em que vivemos, a imagem é tudo. Aproveite todas as oportunidades para eternizar momentos especiais PCGUIA
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ara o comum dos utilizadores, mesmo os mais amadores da fotografia, as máquinas fotográficas digitais tornam mais rápido, mais fácil e mais barato do que nunca registar momentos de valor inestimável ou preservar memórias queridas. E isso é apenas o começo. Alguns dos programas de edição de imagem mais recentes, como o Photoshop Elements e o Paint Shop Pro, são baratos e fáceis de usar, ao mesmo tempo que oferecem um poder sem precedentes, flexibilidade e possibilidade de transportar meros instantâneos para uma dimensão completamente nova. Se somar a tudo isto a conveniência da impressão digital e da partilha
Para impedir que o equilíbrio automático dos brancos retire cor aos pores-do-sol, mude para o equilíbrio manual dos brancos e escolha Cloudy (Nublado) ou Shade (Sombra) via Internet, verá que é muito simples partilhar fotos com colegas, amigos e familiares, onde quer que estejam. No entanto, talvez porque tirar fotografias com uma máquina digital seja quase gratuito, tratamos essa actividade como não tendo grande valor – ou pelo menos não lhe dedicamos o esforço e a consideração devidos.
Os resultados podem ser, com demasiada facilidade, pilhas de imagens que na realidade não merecem ser contempladas, quanto mais guardadas. Contudo, basta investir algum tempo a conhecer e dominar as definições da máquina fotográfica, aprender umas quantas técnicas e pensar um pouco na fotografia que se pretende tirar para que a
transformação seja enorme. Ao longo das próximas páginas iremos mostrar-lhe como dar asas à tecnologia da fotografia digital, e, juntamente com a sua criatividade, criar imagens para guardar uma vida inteira.
> Agora já sabe como: >Utilizar as definições da máquina fotográfica mais eficazmente;
>Tirar retratos melhores e mais lisonjeiros;
>Manter as vibrações da máquina
fotográfica no mínimo em condições de fraca luminosidade; >Editar e melhorar as suas fotos digitais de forma rápida e fácil; >Partilhar as suas fotos com o mundo, online; >Criar e enviar postais enquanto continua a gozar as suas férias.
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TEMA DE CAPA Aspectos essenciais de uma máquina fotográfica digital Conheça o hardware para utilizar eficazmente as definições e obter os melhores resultados
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Máquinas compactas
Estas maravilhas de pequenas dimensões estão recheadas de tecnologia
Disparador do obturador
Prima ligeiramente o disparador do obturador para activar os sistemas de medição e focagem automática. Em seguida, prima completamente o botão para tirar a fotografia.
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Flash
Objectiva
LCD
O pequeno flash integrado pode ser útil para preencher as sombras em condições de luz solar forte e directa, bem como para adicionar iluminação quando os níveis de luz são baixos.
A maioria das máquinas fotográficas compactas possui uma objectiva com um zoom de 3x, o que equivale a uma distância focal de 35 mm em termos de grande-angular e 105 mm de teleobjectiva.
A maior parte das máquinas fotográficas digitais não dispõe de um visor óptico, pelo que o tamanho e a qualidade do LCD são importantes quer para compor as fotografias, quer para revê-las.
Botão de quatro direcções
Botões adicionais
O tradicional botão de quatro direcções dá acesso rápido a funções como o modo de flash, modo de obturação, macro e ISO. As funções exactas variam consoante as máquinas.
Disponíveis a partir de botões ou mostradores suplementares, os modos de cena ajustam os sistemas de processamento de imagem da máquina fotográfica, bem como as definições de exposição.
SLR digitais
Estas máquinas fotográficas são indicadas para quem pretende melhorar a qualidade das fotos
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Visor
Ajuste as dioptrias do visor para corresponder à sua visão. Olhe para o visor de medição e ajuste o mostrador até o texto ficar o mais nítido possível.
Objectivas SLR
Expanda as suas opções de disparo
Menu e Play
Os botões Menu e Play permitem o acesso fácil ao menu principal e para rever as fotos. Em relação ao último, os dois botões do zoom são particularmente úteis.
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LCD
AE-L/AF-L
Na maioria dos casos, o LCD numa máquina fotográfica SLR digital serve apenas para rever as fotos e navegar nos menus, em vez de enquadrar as composições.
Em situações de luz difícil, este botão bloqueia as definições de exposição e focagem automática, antes de rodar a máquina fotográfica para recompor uma foto.
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Botão de comando
Botão de direcção
Além de ajustar a velocidade do obturador, tem também várias outras funções. Algumas SLR digitais possuem um mostrador de subcomando adicional na frente da máquina.
O botão de direcção nas máquinas fotográficas Nikon pode seleccionar diferentes pontos de focagem automática. Em muitas SLR digitais Canon, a sua função assemelha-se mais à das máquinas compactas.
Zoom grande-angular
A objectiva que acompanha uma SLR digital normalmente oferece uma distância focal equivalente a cerca de 28 mm em termos de grande-angular. É muito generosa, mas no caso de querer ir mais além, a objectiva Sigma com um zoom de 10-20 mm fornece uma distância equivalente a 15-30 mm.
Seja o ás dos instantâneos Tire o máximo partido da luz e prepare a composição para conseguir boas fotos
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luz é importantíssima para a qualidade da fotografia, mas isso não quer dizer que um dia brilhante e ensolarado seja essencial. Com efeito, a luz solar forte é inimiga de retratos lisonjeiros, por isso, o melhor que tem a fazer neste caso é procurar um pouco de sombra que escape ao brilho intenso do Sol. Se isso não for possível, peça ao sujeito da sua foto para se virar contra o sol, a fim de evitar que sombras desagradáveis transformem os olhos em buracos negros, e, se necessário, active o flash da máquina para preencher as zonas mais escuras. A boa composição é outro factor indispensável, e, continuando a falar de retratos, quase sempre a melhor opção consiste em posicionar o sujeito principal desviado do centro para obter uma foto mais interessante. Os modos de focagem automática com detecção automática do rosto, se estiverem disponíveis, são bons
para isto; caso contrário, prima ligeiramente o disparador do obturador para focar os olhos do sujeito e em seguida recomponha a foto, sem deixar de pressionar o disparador para manter a focagem. Em termos de composições cénicas eficazes, experimente a regra dos terços. Imagine que o enquadramento está dividido em três, horizontal e verticalmente, por linhas que se interceptam. Muitas máquinas fotográficas permitem activar uma vista de grelha que aparece sobreposta no visor ou no LCD. Tente compor a sua foto de modo que os principais objectos de interesse fiquem sensivelmente alinhados com pontos nos quais as linhas verticais e horizontais se interceptam. Outro truque excelente consiste em utilizar os modos de cena, em especial nas máquinas compactas, que tipicamente não gozam da flexibilidade de outras definições à disposição numa SLR digital.
Zoom de teleobjectiva
Superzoom
O factor crop da maioria das SLR digitais significa que a distância focal real de uma objectiva é efectivamente multiplicada por 1,5. As teleobjectivas com zoom como a Tamron de 70-300 mm ou a Sigma APO de 70-300 mm têm um alcance fora de série, que equivale a 450 mm na definição de maior distância.
Um tamanho único para todos os fins com as objectivas de superzoom, o que permite passar das definições de grande-angular para uma teleobjectiva de longo alcance sem ser preciso trocar de objectiva, ou carregar objectivas extra quando em viagem. Um exemplo particularmente bom é a nova objectiva Tamron de 18-250 mm.
A melhor forma de evitar a vibração da máquina fotográfica é usar um tripé
Muito mais abrangentes do que os seus equivalentes nas máquinas de rolo, os modos de cena como Retrato, Paisagem, Praia & Neve e Pôr-do-Sol não só alteram
as definições de exposição, como também ajustam a nitidez, a representação de cores, o contraste e outros atributos para fornecerem resultados superiores.
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TEMA DE CAPA
Edições essenciais Dê um retoque rápido às suas imagens no Photoshop Elements
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pesar de toda a boa vontade do mundo e dos melhores esforços de qualquer fotógrafo, as máquinas fotográficas não produzem exactamente as imagens que pretendemos. No entanto, munido de um programa de edição de imagem de boa qualidade, como o Photoshop Elements, pode efectuar quaisquer alterações nas suas fotos, desde correcções rápidas a efeitos sofisticados, transformando uma
imagem banal em algo especial. O elevado número de megapixels da maioria das máquinas fotográficas recentes também joga a seu favor, pois permite obter imagens de alta resolução que podem ser trabalhadas de forma criativa, embora mantendo uma grande quantidade em reserva, inclusive para a impressão em grande formato. Eis um apanhado de algumas das ferramentas essenciais do modo Quick Fix do Photoshop Elements.
Zoom
Embora seja bom poder ver toda a imagem, clique no botão Actual Pixels para ampliá-la por completo a fim de verificar a nitidez, o ruído e outros aspectos mais refinados da qualidade da imagem.
Selection
Se apenas quiser ajustar uma área específica da imagem, use a ferramenta de selecção Lasso para que os efeitos que aplicar posteriormente incidam apenas na área escolhida.
Before & After
O painel de pré-visualização pode ser visto com subpainéis “antes e depois” dispostos vertical ou horizontalmente, para que possa avaliar os efeitos antes de aplicá-los
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Níveis com lógica Ideal para correcções de contraste e cor
O ajustamento dos níveis pode ser descrito como uma operação dois-em-um para a correcção do contraste e da cor. O útil histograma mostra onde a informação da imagem termina nas sombras (à esquerda do histograma) e nas luzes mais claras (à direita). No exemplo que aqui damos, arrastámos a barra direita para a esquerda, a fim de realçar de forma notória as partes mais claras, e fizemos ligeiramente o mesmo com a barra do meio, o que tem o efeito de elevar os tons médios e torná-los um pouco mais vibrantes. À medida que arrasta qualquer uma das três barras, pré-
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-visualiza automaticamente as alterações na imagem da janela principal, pelo que pode ver imediatamente que aspecto terão as alterações antes de aplicá-las efectivamente.
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Aplicar a ferramenta Colour Curves
Utilize as predefinições ou crie as suas para ter melhores efeitos Graças a esta poderosa adição recente ao Photoshop Elements, dispõe de uma ferramenta que é muito popular junto dos fotógrafos profissionais. Estes empregam-na com frequência para replicar o aspecto de determinados tipos de película fotográfica, como a Fujifilm Velvia, lendária pela cor e pelo contraste vibrantes. Tem à mão um leque de ajustamentos predefinidos para executar tarefas comuns que incluem o escurecimento dos pontos claros ou a iluminação de sombras, mas também pode ajustar as barras deslizantes para criar as suas próprias curvas personalizadas. Repare na forma da curva
na janela adjacente e no efeito apresentado na área de pré-visualização. Utilizámos aqui uma clássica curva em S que confere mais contraste e uma cor mais viva à imagem.
Smart Fix
Através do botão Auto ou recorrendo à barra deslizante para um controlo manual, pode ajustar os efeitos de luz e cor, quer para melhorar o equilíbrio de cores global, quer para realçar e escurecer os detalhes.
Red Eye
Perfeita para os retratos com flash que correram mal, esta funcionalidade descobre e corrige automaticamente os olhos vermelhos, devolvendo um aspecto natural à imagem.
Levels e Contrast
Ambos os botões ajustam automaticamente o contraste numa imagem para conseguir melhores resultados, mas o botão Levels tem também o dom de corrigir o equilíbrio de cores, como tal, utilize-o se a sua foto apresentar uma tonalidade indesejada.
Shadows e Highlights
Estas barras deslizantes, que oferecem um controlo superior ao proporcionado pelos botões Levels e Contrast, permitem aclarar as sombras, escurecer os realces e ajustar o contraste dos tons médios manualmente para chegar ao equilíbrio perfeito.
Color
Há quatro controlos de cor disponíveis, mas os dois mais importantes são Saturation, através do qual é possível tornar as cores mais vivas ou mais esbatidas, e Temperature, que é óptimo para corrigir incorrecções nas definições do equilíbrio automático de brancos da máquina fotográfica, ou para aperfeiçoar pores-do-sol e tons de pele.
Sharpen
Está disponível a opção Auto para aplicar o realce dos detalhes, mas sugerimos que utilize a barra deslizante para desfrutar de um controlo mais preciso. Clique primeiro no botão Actual Pixels para ampliar a imagem, a fim de verificar que não está a realçá-la demasiado e possivelmente a acrescentar ruído indesejado.
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Produzir variações na cor
Agora pode corrigir facilmente as definições automáticas da sua máquina
O equilíbrio automático dos brancos pode arruinar um bom pôr-do-sol, pois compensa automaticamente a cor na fonte de luz mais forte e tenta emular a luz normal do dia. O resultado aqui seria a eliminação do brilho cor-de-laranja da cena, transformando a imagem chamativa numa que se esquece de imediato. A ferramenta Colour Variations é excelente para corrigir as coisas quando a máquina fotográfica não atinou com elas, uma vez que permite aumentar ou diminuir a intensidade de cada um dos canais vermelho, verde e azul que compõem a imagem a cores na sua totalidade. Melhor ainda, pode aplicar
ajustamentos aos tons médios, sombras e pontos claros independentemente, bem como alterar a intensidade e o brilho da cor global.
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Descolar as camadas
Aplique efeitos sem afectar a imagem original Uma das ferramentas mais poderosas do Photoshop Elements, a funcionalidade Layer, pode parecer assustadora ao início, mas trata-se simplesmente de uma maneira de dispor folhas transparentes de película virtual sobre a imagem. Ao fazê-lo, é possível adicionar objectos ou efeitos a uma cena colando-os em novas camadas, sobrepostas à camada de fundo original. Uma funcionalidade poderosa é a Adjustment Layer. Permite aplicar efeitos como brilho e contraste (Brightness/Contrast), níveis (Levels) e matiz e saturação (Hue/Saturation), ao mesmo tempo que mantém a camada de fundo (Background) original completamente intacta
e inalterada. Outra vantagem deste tipo de edição dita não destrutiva é a possibilidade de ajustar mais tarde cada efeito individualmente. A interacção entre as várias camadas torna-se muito mais eficaz.
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TEMA DE CAPA
Mude o visual de pessoas e locais Das fotos de família às paisagens da sua terra, faça com que tudo tenha melhor aspecto
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s máquinas fotográficas digitais podem ser impiedosas quando se trata de fotografar pessoas, com uma cor e um contraste vivos a contribuir para tons de pele nada lisonjeiros e níveis elevados de realce a chamar a atenção para cada sinal, mancha e ruga. Para reduzir os sinais de envelhecimento prematuro, seleccione o modo de cena Retrato da sua máquina. Na eventualidade de se esquecer ou de o mesmo não estar disponível na máquina, um programa de edição de imagem decente pode salvar o dia. O Photoshop Elements possui uma ferramenta chamada Adjust colour for skin tone, com a qual pode aplicar vários graus de bronzeado
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e tom róseo, bem como alterar a temperatura da luz ambiente para conseguir o melhor efeito. O Paint Shop Pro vai mais longe, dispondo de um filtro de
Fotos de exterior Quando fotografar locais de
O filtro Fix Camera Distortion do Elements 6 consegue corrigir as verticais convergentes que ocorrem quando se fotografa edifícios altos desde o nível da rua película Glamour especial que confere aos retratos um aspecto convenientemente glamoroso. Entretanto, as ferramentas Healing e Spot healing são o caminho
relevo, não se esqueça de que provavelmente todas as outras pessoas vão fotografar o mesmo assunto, por isso, tem de trabalhar para que as suas fotos
se destaquem das demais. Procure ângulos invulgares, ou esforce-se por pôr objectos interessantes em primeiro plano. O sentido de oportunidade é fundamental, com a tão citada “hora de ouro” por volta do nascer e pôr-do-sol a proporcionar a luz mais espectacular. Pode facilmente realçar os efeitos no seu programa de edição de imagem, adicionando contraste e aumentando a saturação para tornar as paisagens mais vivas, mas tenha cuidado para não exagerar nestes efeitos, caso contrário os resultados vão simplesmente parecer forjados.
PASSO A PASSO
FAÇA ALTERAÇÕES COM O PAINT SHOP PRO X2
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Além de ser uma ferramenta completamente automática de remoção dos olhos vermelhos, o Paint Shop Pro possui uma funcionalidade avançada para aplicar o efeito preciso e necessário às diferentes cores dos olhos. Pode também ajustar o tamanho da íris e a quantidade de cintilação para maior realismo.
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mais rápido para uma pele perfeita.
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Dispõe de algumas ferramentas poderosas de mudança do visual, as quais incluem a remoção de manchas, o branqueamento dos dentes, o bronzeado instantâneo e o “adelgaçamento” para perder uns quantos quilos. Há também uma espectacular ferramenta de conta-gotas para reduzir o aspecto dos olhos cansados e raiados de sangue.
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Vá até à ferramenta Film and Filters e escolha a opção Glamour para acrescentar um toque de Hollywood. Este filtro reduz o nível global de nitidez, ao mesmo tempo que suaviza os tons de pele e lhes confere um reflexo e um brilho gloriosos. Todos vão parecer deslumbrantes.
Crie uma galeria online Faça o upload das fotos das suas férias e deixe toda a gente a roer-se de inveja, mesmo enquanto continua a gozar os preazeres do Sol
H
á não muito tempo, a dimensão da partilha de fotos resumia-se a pedir um segundo conjunto de cópias quando se ia pôr o rolo a revelar. Hoje em dia, graças à combinação da fotografia digital com a Internet, o mundo é realmente a nossa ostra, mesmo quando continuamos a gozar férias. Com o aparecimento dos hotspots Wi-Fi em muitos hotéis e cafés, é relativamente rápido e fácil fazer o upload de fotos para um serviço de partilha de fotos, se possível a apreciar ainda por cima um bom café. Há muitos sites de partilha de fotos gratuitos e altamente populares por onde escolher, como o Photobucket (www. photobucket.com), o qual já atraiu cerca de 63 milhões de utilizadores. Outros optam por uma abordagem do processo fora do vulgar, como o Zooomr (www.zooomr.com), que oferece um “utilitário social” para os amigos comunicarem através de fotos e mensagens de texto em tempo real. A não perder é o Picasa do próprio Google Picasa (http://picasa.google.com), o um programa gratuito, que pode ser descarregado a partir da Internet, e faz um excelente trabalho em termos
A funcionalidade de geomarcação do Flickr é realmente fantástica, pois permite-lhe afixar as suas fotos num mapa-mundo para outros descobrirem
O Google Picasa é um programa gratuito excelente para organizar colecções de fotos e criar galerias Web
de organizar eficazmente as suas colecções de fotos no computador, além de incluir ferramentas para criar e proceder ao upload de galerias Web. O nosso favorito incontestado, porém, é o Flickr (www.flickr.com). Este serviço oferece um vasto conjunto de extras, não só para organizar as suas imagens e manter-se em contacto com os amigos, mas também para geomarcar as suas fotos, a fim de pôlas no mapa para outros as descobrirem e navegarem a partir delas.
Opte pela cópia em papel Há muito para dizer acerca da natureza imediata da partilha de fotos online, mas exige que as pessoas com quem pretende partilhar imagens também estejam online. Outra opção consiste em recorrer a um serviço de impressão de fotografias, para o qual pode fazer o upload das suas fotos e em seguida pedir que sejam enviadas cópias para qualquer canto do mundo. São cada
vez mais as empresas que oferecem este tipo de serviço. Em Portugal o www.snapfish.pt é um dos exemplos. Para além de permitir a partilha de fotos online e o armazenamento ilimitado e gratuito das suas fotografias, os preços de impressão são muito competitivos, as revelações custam 0,14 euros (10x15cm). A somar a tudo isso, pode escolher entre uma selecção de fotoprendas, incluindo T-shirts, canecas, álbuns de fotografias de capa dura e telas esticadas em molduras em forma de caixa. Na sua conta Snapfish, poderá organizar as suas fotografias para um acesso fácil. Crie álbuns por data, tema ou assunto. Se pretender partilhar apenas algumas fotografias, poderá criar um álbum especial só para partilha. Poderá também escrever legendas, rodar fotografias e convidar amigos para que escrevam comentários no Livro de visitas. Que melhor incentivo para aperfeiçoar as suas técnicas de fotografia? ■
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TEMA DE CAPA
Converta música digital para qualquer formato A nossa Redacção mostra-lhe como uniformizar a sua colecção de ficheiros de música PCGUIA
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os bons velhos tempos do vinil, das cassetes ou mesmo dos CD, perceber que tipos de media existiam para reproduzir a música era muito simples. Com a música digital, tudo mudou. Há dezenas de formatos de áudio, muitos deles semelhantes. Mas a diferença entre os formatos digitais pode ser enorme. Caso esteja a fazer download, a “ripar” ou a fazer encoding à sua música, acabará por ter de escolher entre diversos tipos de ficheiros, alguns dos quais nem sempre garantem os resultados pretendidos. O truque está em conhecer bem os formatos, garantir que os ficheiros utilizam todos o mesmo formato e assegurar
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que o formato escolhido se adequa aos seus requisitos. Em pouco tempo, o leitor terá a sua colecção de música exactamente como deseja. O formato mais conhecido é o MP3. Não só é o formato mais popular, como serve para designar leitores de música digital (hardware, portanto) – mesmo aqueles que nem sequer conseguem reproduzir este formato! O MP3 é o preferido porque apresenta ficheiros com dimensões razoáveis e qualidade semelhante à que pode encontrar num CD, pelo menos para o ouvido humano. De facto, os MP3, particularmente os que utilizam os 128 Kbps standard, nem sequer se aproximam da
qualidade dos ficheiros de CD, uma vez que muita quantidade de dados foi eliminada para comprimir o ficheiro de forma a ter apenas alguns megabytes. No entanto, a reprodução do ficheiro revela uma qualidade muito boa. Mas os utilizadores mais preocupados com a qualidade podem sempre utilizar uma codificação de 160 Kbps, 192 Kbps ou mesmo 256 Kbps. Recomendamos 192 Kbps como uma boa taxa de conversão de ficheiros para MP3.
Converter de e para MP3 A conversão de ficheiros de música digital depende claramente do tipo de software que o leitor usa e de
que aplicação irá ser usada para reproduzir o ficheiro posteriormente. É provável que utilize o iTunes e o Windows Media Player. A alteração do bit rate do MP3 após a sua conversão para MP3 (de 128 Kbps para 320 Kbps, por exemplo) tem muito pouco impacte na sua qualidade de som – torna somente o ficheiro maior. Esta forma de conversão das faixas não é eficaz porque o MP3 é, já por si, um formato comprimido. Terá de fazer a conversão de um ficheiro não comprimido como WAV para verificar melhorias reais. Muito embora o áudio lossless seja uma cópia perfeita do original, um ficheiro criado com
Utilize o LAME para ter mais qualidade Com a nossa ajuda, conseguirá dominar a tecnologia de conversão para MP3 Hoje em dia, o LAME é considerado o melhor codificador de MP3 no que concerne a bit rates baixas e médias bem como em VBR (variable bit rate), e é provavelmente onde a tecnologia MP3 é mais utilizada. Os criadores do LAME afirmam que não desenvolveram uma aplicação de encoding, daí o nome: Ain’t An MP3 Encoder. Dizem que foi criado como um conjunto de patches contra o código ISO. No entanto, nós preferimos considerá-lo um encoder. No ano passado, foi melhorado de forma a garantir um processo de codificação mais rápido e mais preciso. O LAME poder ser utilizado com muitos programas diferentes, incluindo o Cdex e o Winamp e é utilizado pelos utilizadores
Use o LAME para garantir uma boa qualidade nos seus MP3
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mais fanáticos de MP3, dada a sua superior capacidade de recorrer a VBR. Se não gosta do front end do Cdex, pode arrastar os ficheiros directamente para o LAME.exe se fizer o download de http://sourceforge.net/ project/showfiles.php?group_id=290. Uma outra forma de fazer o mesmo com outros programas como o Audacity (http://audacity.sourceforge.net) é utilizar simplesmente o plug in LAME como um encoder. Considere ainda a possibilidade de recorrer ao Exact Audio Copy (www. exactaudiocop0y.de). É uma aplicação de codificação que assegura a verificação de erros de forma a garantir uma extracção de áudio o mais perfeita possível.
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HARDWARE GUIAS
compressão lossless não terá as dimensões de um outro criado através de compressão lossy. Assim, se tem uma quantidade de espaço limitada no seu leitor de áudio digital (por exemplo), recorrer a ficheiros de dimensões mais baixas permite
Outros formatos O software de reprodução mais popular, como o Windows Media Player e o iTunes suportam MP3, WAV, MPEG-4 e AAC. Ouros formatos de nicho, como OGG, ATRAC ou FLAC terão de ser convertidos para
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PASSO A PASSO
CONVERTA OS FORMATOS MAIS POPULARES
Os softwares de reprodução mais populares, como o Windows Media Player e o iTunes, suportam MP3, WAV, MPEG-4 e AAC obviamente guardar mais músicas no dispositivo. De resto, a única forma de colocar no iPod o número de músicas que a Apple anuncia é recorrendo a um formato lossy. Para fazer a conversão de qualquer MP3 ou WAV, a PCGuia recomenda a utilização do Cdex (http://www.download. com/Cdex/3000-2140_410055262.html), que pode ser utilizado também para fazer a gravação para CD. Veja o tutorial que incluímos neste artigo para mais detalhes.
> Superdicas >Quando estiver a recodificar músicas, as tags ID3 podem perder-se. Utilize uma ferramenta como o MP3tag (www.mp3tag.de/en) para se assegurar de que tal não acontece. >Utilize o LAME apenas e só quando estiver a trabalhar uma fonte não comprimida, como as músicas de um CD. >Para “ripar” um CD como uma faixa de música contínua, utilize o Audiograbber (www.audiograbber. com-us.net). >Quando estiver a converter MP3, escolha MPEG-1 como o setting predefinido. De outra forma, será difícil ultrapassar os 160 Kbps. >Faça uma cópia dos seus ficheiros de música com regularidade para um disco rígido externo ou um DVD.
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outra coisa que seja reconhecida pelo software. Por exemplo, para ficheiros FLAC (Free Lossless Audio Codec), pode utilizar o Winamp (www.winamp.com). Há essencialmente dos passos para converter os seus ficheiros FLAC para MP3. O primeiro passa por converter os ficheiros FLAC para WAV. Depois, como é óbvio, terá de converter os WAV para MP3. Abra o Winamp e escolha Options, Preferences. Agora escolha Output da secção de plug-ins na janela da esquerda e depois seleccione Nullsoft Disk Writer. Clique em Configure e depois no botão Directory para escolher a localização onde vai guardar os ficheiros WAV. Vá até essa pasta. Clique em OK para voltar à janela Preferences e depois em Close para voltar para o Winamp. Agora seleccione File, Play File e navegue até à pasta que contém os ficheiros FLAC. Seleccione-os a todos e clique em Open. Prima Play para que os ficheiros sejam novamente codificados. Se está a utilizar o iTunes e quer usar MP3, terá de importar as faixas convertidas e pedir ao software da Apple que as reconverta. Certifique-se de que está a utilizar o MP3 Encoder
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No Cdex escolha o menu Option na barra de ferramentas e depois escolha Settings, Cdex Configuration. No separador Encoder certifique-se de que a janela Encoder tem o LAME MP3 Encoder seleccionado e o bit rate definido para 192Kbps.
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É uma boa definição para fazer encoding aos ficheiros originais, mas para converter os seus ficheiros recorra à ferramenta Convert, que pode encontrar na barra de ferramentas principal. No menu Convert pode reconverter os ficheiros para WAV a partir de MP3, e vice-versa.
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Clique em Convert e o CDex irá analisar os ficheiros antes de começar a reconverter os seus ficheiros um a um. Uma vez terminado o processo, clique com o botão direito do rato num dos ficheiros e certifique-se de que as mudanças foram aplicadas.
TEMA DE CAPA >
PASSO A PASSO
NÃO SABE QUE BIT RATE USAR? EXPERIMENTE VBR
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A Variable Bit Rate (VBR) é uma forma inteligente de lidar com MP3. Permite que maior bit rate seja adjudicada a segmentos da música que sejam mais complexos. A média destas rates pode ser calculada para produzir uma média para a totalidade do ficheiro. No Cdex, escolha VBR Default e escolha um mínimo e um máximo.
(em Preferences, Advanced, Importing) e vá a File, Add Folder to Library e procure os ficheiros. Escolha-os a todos
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Para a VBR Quality é melhor escolher o número mais baixo possível – neste caso, 0. Agora escolha os seus ficheiros de música e faça a conversão dos ficheiros WAV ou grave um CD com os novos settings.
(clique no primeiro, mantenha a tecla Shift pressionada e escolha o último). Clique com o botão direito
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Para se assegurar de que os ficheiros estão com VBR, localize-os e depois coloque o ponteiro do rato em cima de cada música. Deverão todos mostrar diferentes bit rates. No iTunes, escolha Get Info clicando com o botão direito do rato numa faixa para verificar se tem uma VBR ou não.
do rato em qualquer um dos ficheiros e escolha Convert Selection to MP3. Em menos de nada terá novos ficheiros
em MP3, mas os ficheiros em WAV continuam lá, por isso, não se esqueça de os apagar manualmente. ■
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TEMA DE CAPA
Melhore o Media Center Instale add-ons gratuitos e transforme o sistema do Windows no centro de entretenimento doméstico por excelência PCGUIA
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ão contente com os anos gastos no desenvolvimento do Windows Vista, a Microsoft decidiu brindar os utilizadores com dois sistemas operativos num só, uma vez que o Windows Media Center surge agora debaixo da pele do Vista. Já não se trata de uma edição em separado como acontecia no Windows XP. Faz parte e é
uma parcela das versões Home Premium e Ultimate do Windows Vista. O Windows Media Center permite disponibilizar ao utilizador uma única interface através da qual é possível aceder aos conteúdos de media digitais. Os menus simples asseguram uma navegação rápida entre os diferentes tipos de media guardados no PC.
Use o televisor
> Agora pode... >Alterar ficheiros de sistema para melhorar o Media Center.
>Descarregar e instalar plug-ins e tornar o Media Center melhor. >Adicionar um browser e funcionalidades de verificação de correio electrónico.
>Ver o Google Earth e os mapas Virtual Earth.
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Um aspecto que é óptimo nos computadores Media Center é o facto de se poderem ligar também a um televisor. Assim, em vez de ter de ficar sentado em frente ao monitor do PC, pode usar a televisão que tem na sala, o que se traduz não só num ecrã de maiores dimensões que permite ver bem melhor os conteúdos, como também num conforto de visualização bem maior, na medida que o sofá
será certamente mais acolhedor do que a cadeira do escritório. Para começar da melhor forma, é bom que se invista algum tempo na configuração do Media Center para que tudo fique como deve ser: identificar e localizar correctamente os ficheiros de áudio, bem como gerir as imagens digitais ou as gravações de televisão são dois bons exemplos de operações que devem ficar bem definidas. A Microsoft disponibiliza periodicamente actualizações para o Media Center. Contudo, em vez de nos trazer novas funcionalidades, estas tendem a ser sobretudo actualizações relacionadas com a segurança. Se está à procura de alargar o leque de funcionalidades do Windows Media Center, terá de procurar em add-ons de terceiros para ser bem sucedido. Felizmente, o Media Center não é diferente de qualquer outra
versão do Windows, sendo que existe online uma enorme comunidade mais do que disposta a prestar uma enorme quantidade de extras para os utilizadores. Para ter uma amostra do que está disponível, dê um salto a www.push-abutton.com.au/products/mce/ vmc.php. Aqui, poderá encontrar um programa que dá pelo nome de Youngle Vista que lhe permite ver o melhor dos vídeos online através do Windows Media Center. Será assim capaz de ver clips dos mais populares sites de partilha de vídeo tais como o Youtube, o Daily Motion e o Yahoo! Music. Seleccione Yougle a partir do menu Media Center e decida qual a fonte de vídeo que deseja explorar.
Altere o SO Os add-ons de terceiros têm o dom de trazer novas funcionalidades ao Media
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PASSO A PASSO
ADD-ONS OBRIGATÓRIOS PARA O MEDIA CENTER – PARTE I
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Por defeito, não existe uma ferramenta de e-mail no Media Center. Por isso, use o Vista Media Center Mail disponível em http://vistacmail. oabsofware.nl. Uma vez instalado, irá aparecer debaixo de Acessórios no menu principal.
Center. Mas há algo mais que deve experimentar antes de começar a fazer o download. É possível alterar o Media Center da mesma forma que se pode mexer no Windows. Editar o Registo e fazer alterações aos ficheiros de sistema trarão benefícios adicionais. Por exemplo, poderá descobrir um menu oculto capaz de lhe mostrar os DVD guardados no disco rígido ou os filmes que gravou a partir da TV. Vá a HKEY_CURRENT_USER\ Software\Microsoft\Windows\ CurrentVersion\Media Center\ Settings\DvdSettings. Na janela à direita, clique no botão direito do rato sobre ShowGallery e modifique o seu valor para que se leia Galery. Quando reiniciar o Media Center, verá que tem uma opção relativa à biblioteca de DVD debaixo de TV + Filmes. Continuando com o tema dos filmes, terá notado que a imagem de capa para programas gravados na TV não é exibida por defeito. Para a tornar visível, adicione um ficheiro JPG com o mesmo nome do ficheiro com a gravação. Por exemplo, C:\Users\username\ Recorded TV\Pcguia.dvd-ms é o
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Os add-ons permitem-lhe fazer tudo no Media Center sem que com isso tenha de voltar para o Windows. Descarregue o MCE Browser a partir de www.anpark.com/software.aspx, que se instala na biblioteca de programas em Online Media.
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Outro add-on útil é o serviço AOL Music on Demand. Ouça faixas dos seus artistas favoritos a partir de streams enviados directamente para o seu PC através do Windows Media Center. Basta ir a www.download.com.
Uma das vantagens dos computadores Media Center é poderem ser ligados a um televisor caminho para a localização do ficheiro com a gravação. Neste caso, o nome do ficheiro e a localização para a imagem de capa teriam de ser C:\Users\ username\Recorded TV\Pcguia. jpg.
>
> Superdica
Ouça rádio online Espera-se que o Windows Media Center consiga cobrir todas as bases no que aos conteúdos de media digital diz respeito. No entanto, não encontrará
>Alguns plug-ins adicionados ao Media Center serão listados no Registo como uma subchave de HKEY_LOCAL_MACHINE\ SOFTWARE\Microsoft\Windows\ CurrentVersion\MediaCenter\Start Menu\Applications. Edite o valor chamado Title dentro desta subchave para alterar o nome de itens no menu Media Center.
Adicione o Virtual Earth ao Media Center Veja o mundo inteiro confortavelmente sentado na sua sala A maior parte dos add-ons que se pode instalar no Windows Media Center encontra-se na biblioteca Programas, dentro da galeria de media online. É precisamente aqui que será possível localizar o Virtual Earth. Primeiro, irá precisar de instalar o add-on. Vá até www.codeproject.com/KB/graphics/virtualearthmce.aspx e clique em Download demo. Guarde o ficheiro no disco rígido e mova os respectivos conteúdos para uma pasta. No Windows Vista, copie todo o conteúdo dessa pasta para C:\ProgramData\Microsoft\Windows\StartMenu\Programs\ Media Center\Media Center Programs. Um dos ficheiros que o compõe dá pelo nome de Register.cmd. Faça duplo clique sobre ele para dar início à instalação do add-on. Uma vez terminada, precisará de iniciar o Windows Media Center. Depois, basta entrar na secção de media online e procurar pelo ícone do Virtual Earth.
Use o plug-in Virtual Earth para o Media Center de modo a ver o planeta inteiro em detalhe
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> Superdicas >Não se esqueça de usar o botão direito do rato no Media Center, que lhe poderá dar acesso a definições adicionais;
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Alternativa freeware ao Windows Media Center Existe de facto uma alternativa com a qual poderá tornar um sistema Windows XP num PC Media Center
>Mude para o modo de visualização Álbum no Media Center para ver a imagem de capa das faixas de música. Se as tiver em duplicado ou se faltar alguma imagem, experimente o Álbum Art Fixer (www.avsoft.nl); >Se ficou cheio de inveja por ter o Singstar apenas disponível para PlayStation 3, saiba que existe agora uma alternativa para PC chamada UltraStar (http://sourceforge.net/ projects/ultrastar) e que funciona no Media Center; >Para o Windows XP Media Center Edition existe o Hotmail Plus Reader que lhe permite verificar as mensagens no Media Center – basta procurá-lo em www.download.com.
qualquer referência à rádio via Internet. Se quiser ir à secção Radio no menu principal do Media Center, pouco haverá para ver; nem sequer uma opção para adicionar uma estação de rádio. Isto acontece porque esta secção apenas mostra rádios recebidas via
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O Media Portal tem um aspecto e uma forma de funcionar semelhantes face ao Media Center
TV ou sintonizador, e não via Internet. Se quiser usar estações de rádio online, terá de configurar primeiro o Media Center através do Windows Media Player. Para o fazer, abra o leitor da Microsoft e vá a Media Guide. Escolha Sintonizador de Rádio,
Música (mais precisamente à biblioteca de música) e dirija-se às playlists. Agora, basta seleccionar aquela que acabou de criar e clicar em Ouvir para começar a reproduzir o posto de rádio online a partir do Windows Media Center. ■
PASSO A PASSO
ADD-ONS OBRIGATÓRIOS PARA O MEDIA CENTER – PARTE II
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Adicione o NASA TV ao Media Center. Vá a www.nasa.gov/multimedia/nastv. Clique em Other Viewing Options. Debaixo de Media Channel, clique no botão direito do rato sobre Windows e escolha Save Target As. Guarde o ficheiro em Os Meus Vídeos no XP ou em Vídeos no Vista.
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navegue pelos postos disponíveis online e seleccione um que lhe agrade. Clique em Ouvir. Enquanto estiver a ouvir a estação, clique em guardar playlist como (debaixo de Em Reprodução) e dê um nome à estação de rádio. Volte ao Media Center e vá a
Se não tiver uma cópia legítima do Windows XP Media Center Edition instalada na sua máquina, não se preocupe. Tem à sua disposição uma alternativa gratuita que lhe dará acesso a praticamente o mesmo tipo de funcionalidades. Chama-se Media Portal e pode ser obtido em www.team-mediaport.com. Instale o programa num sistema Windows XP que tenha o Service Pack 2. O Media Portal irá então imitar o aspecto e o comportamento de um PC Media Center original. No entanto, o Windows XP mantém-se em funções e sem ficar mexido. A única diferença é que agora a interface de utilizador se aproxima mais do estilo Media Center, podendo ser utilizada para ver e ouvir os ficheiros de multimédia. A simplicidade de utilização é a principal característica do Windows Media Center. O Media Portal não é diferente. Com o menu de sistema simples é possível navegar rapidamente entre os vários tipos de media digital arquivado no PC. E para desenvolver ainda mais a experiência de utilização, visite www.team-mediaportal.com/files. Aqui, poderá encontrar mais add-ons.
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O Google Earth está agora disponível através do Media Center. Vá a http:// savage .org.za/mediacenter.htm e descarregue o plug-in. Uma vez instalado, verá que o programa se encontra na biblioteca de programas dentro do media online, no menu principal.
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O Trailer Park (www-webshopstop.co.uk/ MCEAddons/index.html) é um excelente add-on que funciona tanto nas versões XP como Vista do Media Center. Dá-lhe acesso aos mais recentes trailers de filmes através do site apple.com.
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TEMA DE CAPA
Devolva a vida ao seu leitor de MP3
Não gaste para já dinheiro numa nova engenhoca. Veja primeiro se consegue arranjar o seu leitor digital PCGUIA
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á alguns aspectos num leitor de MP3 que podem fazer com que deixe de funcionar. Na realidade, há dezenas deles, se contarmos com acidentes como deixar cair o leitor no mar ou terminar preso nos maxilares de um cão furioso. Mas concentremo--nos naquilo que é possível recuperar. Primeiro que tudo é o software; veja a caixa que dedicamos a este tema para obter mais detalhes. Segundo, temos a bateria; se tiver um leitor antigo que suporte pilhas AA ou AAA, este ponto não será um problema. Mas se o seu leitor usar uma bateria embutida no equipamento, espere passar por alguns problemas. Terríveis, infelizmente. 110
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Perda de bateria Praticamente todos os leitores de MP3 usam baterias de iões de lítio, que começam a perder a capacidade assim que saem da linha de produção. A redução em carga máxima pode ser de vinte por cento num ano, dependendo do uso que se der ao equipamento. Ou seja, após um par de anos, verá que o leitor não consegue ficar ligado durante tanto tempo quanto conseguia no início, situação que se vai arrastando até à fase em que a bateria não consegue suportar mais do que meia hora de música. Ou até ao dia em que o equipamento apenas funciona com corrente eléctrica fornecida directamente pela tomada. Alguns equipamentos dispõem de baterias removíveis. Se assim for,
é possível contactar o fabricante para pedir a respectiva substituição. Se não for esse o caso e se o seu leitor de MP3 estiver a precisar de uma bateria nova, é altura de ir ao eBay. Há um mercado em crescimento no que toca às baterias de substituição de outras marcas que não a original para a maior parte dos leitores de MP3 mais comuns, mesmo para aqueles que aparentam ter sido selados para sempre. Desde que o seu leitor de MP3 pertença a uma marca relativamente conhecida e não seja muito antigo, terá boas hipóteses de substituir a bateria com sucesso. Experimente fazer uma pesquisa pelo nome do modelo seguida da palavra “battery” (ou até mesmo “bateria”, apesar de o termo
inglês ser preferível no eBay) e veja o que aparece. Tenha apenas atenção às taxas de envio e aos tempos de espera, pois muitos vendedores deste tipo de equipamentos enviam as baterias a partir do Extremo Oriente. Assim que tiver a nova bateria, poderá finalmente ceder à tentação de quebrar o selo de garantia do seu leitor de MP3 e abri-lo. Isto implica, na maior parte dos casos, apenas a remoção de alguns parafusos na parte traseira do dispositivo e o levantamento da tampa. Veja a caixa passo a passo que publicamos nas páginas seguintes para ficar um pouco mais por dentro deste processo. Mas atenção; o método pode variar de leitor para leitor.
TEMA DE CAPA >
PASSO A PASSO
REPARE UM APARELHO CORROMPIDO
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Se o software do seu leitor de MP3 ficar corrompido, não se assuste. É um problema comum e quase sempre tem resolução. A primeira coisa a experimentar é fazer um hard reset. Muitos equipamentos contam com um botão ou um pequeno buraco onde é possível fazê-lo com a ajuda de um clip. Nos iPods, basta premir Menu e Centre por alguns segundos.
Opção profissional Caso se trate de um iPod, fique desde já a saber que é complicado abrir um leitor da Apple, sobretudo porque fazê-
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Se o leitor chegar a um ponto em que nem sequer se consegue ligar ao PC, será necessário aceder ao modo de recuperação. Consulte o manual ou a área de suporte de site do fabricante. No caso dos iPods, faça um hard reset (veja como no passo anterior) mas fique a pressionar Center e Play quando o equipamento reiniciar.
-lo sem riscar as tampas envolve algumas mestria. Por isso, se não se sentir à vontade para esta tarefa, o melhor é procurar um serviço de reparação que
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A maior parte dos maiores fabricantes de leitores de MP3 dá acesso a uma ferramenta para “arranjar” o dispositivo; assim ele esteja ligado ao PC. Procure por uma actualização do firmware ou pela opção que permite reparar a base de dados. Quanto aos iPods, basta entrar no iTunes, entrar no separador iPod e escolher Restaurar.
disponha das ferramentas e do conhecimento necessários para levá-la adiante – é claro que vai ter de pagar muito mais do que a bateria, neste caso. Se se sentir
capaz de levar este projecto a bom porto, então é uma questão de ir ao eBay e procurar essas mesmas ferramentas. Aproveitando o facto de ter
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TEMA DE CAPA
o seu leitor de MP3 aberto à sua frente, falemos de um outro tipo de fonte de problemas geralmente associado a estes equipamentos. Os leitores de maior capacidade, geralmente com 10 GB ou mais de capacidade, usam tendencialmente discos rígidos em vez de memória solid state, um tipo de memória usado também nos cartões das câmaras digitais e que não tem partes movíveis. Ao contrário, um disco rígido apresenta uma pequena agulha que se movimenta sobre pratos magnéticos em alta velocidade. Apesar de um leitor de MP3 poder valer o dinheiro dado por ele, e possuir um isolamento razoável para minimizar o número de leituras no disco, uma pancada forte e seca pode provocar efeitos indesejáveis. Se o equipamento não ligar ou se mostrar um ícone que indique que o disco não está a responder, então é porque o
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disco rígido tem de ser substituído. A parte boa deste problema é que o leitor mesmo assim continua operacional. E porque os discos rígidos são hoje unidades estandardizadas, é possível substituí-lo por um novo (e quem sabe maior) e continuar a usar o seu leitor de MP3. Mais uma vez, remetemos este assunto para a caixa passo a passo das páginas seguintes. Esta é apenas a ponta do icebergue, mas esperamos que seja o suficiente para mostrar que a morte afinal não tem de ser eterna no que aos leitores de MP3 diz respeito. Felizmente, os maiores nomes – Apple. Creative, iRiver, Sandisk, Archos, etc. – têm enormes comunidades de utilizadores na Internet, pelo que é relativamente fácil saber como ultrapassar um problema, uma vez que já terão sido experimentados por alguém antes de si e o trabalho poderá já estar todo feito. ■
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PASSO A PASSO
SUBSTITUA O DISCO RÍGIDO DO SEU DISPOSITIVO
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Para começar, veja como entrar no interior do leitor de MP3. Na maior parte dos casos, é uma questão de simplesmente desaparafusar alguns parafusos. Guarde-os pela ordem que são removidos para evitar problemas mais tarde.
Altere o software Agora que já tratou dos problemas de hardware, está na altura de ver o que pode fazer com o software
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Terá de substituir o disco rígido por um outro com o mesmo tamanho físico e interface. No caso da Zen, trata-se de um disco padrão IDE de 2,5” para portátil. Nos iPods, os discos são semelhantes mas, nalguns casos, são modelos específicos.
O software pode também ser um quebra-cabeças para quem tem um leitor de MP3. Apesar de os formatos mais comuns serem aceites pelos dispositivos, outros há que não serão pura e simplesmente lidos – é o caso do formato FLAC, que tanto agrada pela qualidade de som que usa (apesar de o espaço em memória ser muito superior). A solução passa muitas vezes por instalar software proprietário, mas essa nem sempre é a resposta para todos os problemas. A melhor forma de contornar o problema é instalar um firmware personalizado. Muitos são os proprietários de leitores de MP3 que constroem e modificam o software dos seus
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dispositivos, produzindo nalguns casos verdadeiros sistemas operativos. No topo da lista está o Rockbox, um firmware que substitui por completo o software de muitos leitores, incluindo os modelos da Apple, Sandisk, iRiver e Archos. O Rockbox não só suporte mais formatos, como também permite que o utilizador possa arrastar músicas para o seu leitor – mesmo que seja um iPod – e mudar a interface visível no ecrã. Ainda para os donos de um iPod, existem vários tweaks disponíveis online. Por exemplo, em www.drivendesign.us é possível encontrar o menu clássico para instalar no iPod de quinta geração.
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A abertura de iPods difere de versão para versão. No entanto, uma chave de fendas fina será suficiente para este modelo 3G. Coloque-a na divisória entre as duas metades e mova-a para cima e para baixo com cuidado para soltar os clips.
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Esta Creative Zen de 30 GB já com alguns anos é simples de abrir uma vez sem parafusos; basta levantar a tampa e verá logo o disco rígido. Poderá haver algum tipo de isolamento em volta, pelo que deverá retirá-lo com cuidado.
Alguns discos rígidos estão ligados aos leitores por pequenos pins. Tenha muito cuidado para não dobrar ou partir qualquer um deles quando retirar o cabo e quando o voltar a ligar ao novo disco. O socket dos leitores mais recentes é mais seguro.
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Regra geral, terá de ter acesso ao modo de recuperação do dispositivo (consulte o manual ou o site do fabricante). No caso da Zen, basta carregar em Play e fazer reset com a ajuda de um clip.
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A bateria, que é um problema para esta geração de iPods, é o pequeno dispositivo preto visível debaixo da primeira metade. Para a retirar, solte o cabo de ligação com cuidado e desaparafuse o pequeno PCB que a mantém presa.
Descarregue a mais recente versão do firmware a partir de www.creative.com, ligue a Zen ao PC e escolha a opção Reload OS a partir do menu de recuperação. Execute o firmware que lhe for solicitado.
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Se fizer uma actualização do disco rígido em vez da substituição de um disco morto, o disco antigo ainda poderá ser-lhe útil. Basta, por exemplo, comprar uma caixa externa de 2,5” e transformá-lo num disco externo USB.
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TEMA DE CAPA
Reproduza qualquer ficheiro de vídeo Se o seu leitor de media se queixa por não conseguir encontrar o codec recomendado, estas páginas são de leitura obrigatória PCGUIA
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oje em dia são várias as formas de obter ficheiros de vídeo. Para além de poderem ser adquiridos online, existem dezenas de ferramentas de edição acessíveis e de software de codificação que permitem que se verifique hoje um fluxo enorme de conteúdos multimédia nos computadores. Como resultado, tem havido grandes desenvolvimentos nos codecs de compressão de áudio e de vídeo. Existem vantagens nesta nova abordagem, na medida em que a dimensão dos ficheiros é reduzida sem sacrificar o som nem a imagem em termos de qualidade. No entanto, nem todos os ficheiros de vídeo podem ser vistos de imediato, tendo em conta que é necessário fazer alguns downloads adicionais e até, nalguns casos, mudar por completo de leitor de media. A solução mais conveniente passa por descarregar e instalar uma compilação de codecs, como é o caso da XP Codec Pack, que inclui 15 dos codecs mais utilizados e um leitor de media. Este é o método mais simples para que um PC mais
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antigo consiga ler qualquer ficheiro através de um programa escolhido pelo utilizador. Para tornar as coisas ainda mais simples, o XP Codec Pack inclui um assistente de instalação que carrega automaticamente cada codec sem que seja necessária qualquer intervenção manual. No entanto, uma compilação como esta poderá mesmo assim não ser capaz de resolver todos
em qualquer ficheiro de vídeo: a faixa do vídeo e a faixa do áudio. Ambas podem ser codificadas num codec diferente, pelo que, por vezes, poderá ter em mãos o codec de vídeo indicado mas faltar-lhe o codec de áudio necessário para a descodificação do som. Para descobrir que codecs necessita para um determinado ficheiro de media, irá precisar de uma ferramenta como a Gspot.
A solução mais conveniente passa por descarregar e instalar uma compilação de codecs os problemas. É aqui que entram em acção ferramentas como a Sherlock – The Codec Detective. Esta aplicação permite a criação de um log com todos os codecs instalados no sistema, que poderá depois colocar em fóruns públicos de áudio e vídeo para poder assim descobrir quais os codecs que faltam. Muitas pessoas não se dão conta de que existem duas camadas
Leitores mal-humorados Outro problema que os utilizadores geralmente enfrentam prende-se com os filmes em Quicktime, que não podem ser reproduzidos em todos os leitores de media. Para remediar a situação, poderá instalar o Quicktime, que mais não é do que o software de reprodução de vídeos da Apple. No entanto, existe outra solução: o Quicktime Alternative, ou seja, uma
>Use o VLC Player (www.videolan.org), o GSpot (www.headbands.com/gspot), o XP Codec Pack (www.xpcodecpack. com) e o Quicktime Alternative (www. codecguide.com/about_qt.htm).
versão do Quicktime player com menos funcionalidades mas que é muito mais leve e que suporta os mesmos ficheiros que o leitor oficial Quicktime da Apple suporta. O último problema comum diz respeito aos ficheiros de vídeo incompletos ou com quebras. Uma solução passa por reconstruir o índice AVI mas, ao fazê-lo, não irá arranjar por completo o ficheiro; aliás, talvez seja melhor fazer novamente o download. Caso precise de reparar um ficheiro com quebras, o fantástico VLC Player é a ferramenta mais simples para executar esse trabalho. O programa analisa o ficheiro de vídeo assim que ele for executado e entra em acção automaticamente, caso detecte que não está completo. ■
O leitor de media recomendado Saiba por que razão o VLC Player é um software de instalação obrigatória no PC Se já não tem paciência para as mensagens que dizem que não tem os codecs recomendados instalados no sistema, então está na altura de mudar para o fiável VLC Player. Este leitor inclui um pacote que contém todos os recursos necessários e tudo o que tem de fazer é abrir os ficheiros ou arrastá-los para dentro do ambiente de trabalho do VLC. O leitor reconhecerá os codecs usados na codificação e dará início à reprodução. O VLC também suporta menus interactivos e permite a visualização com vários ângulos, faixas de áudio e até com legendas. Basicamente, trata-se de um leitor mais do que recomendado na medida em que não obriga à procura de codecs nem à instalação de add ons. Poderá ver o vídeo sem sobressaltos. Aliás, o VLC até pode reconstruir o índice AVI e permite que sejam tirados screenshots (imagens paradas) daquilo que estiver a ver.
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> Superdica
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Ao mesmo tempo, suporta todos os formatos de vídeo mais utilizados, desde o AVI ao MOV, passando pelo WMV. A única excepção é o formato proprietário da Real. Com 10 MB de espaço ocupado em disco, não é a aplicação mais pequena para se instalar no PC. Mas tudo é mais do que compensado pelo tempo que permite poupar com a busca de codecs que outros leitores obrigam. Se não tiver nada contra programas sem grandes espalhafatos gráficos, não se importar de não ter a integração com o Windows Media Player que permite mostrar o que está a ouvir enquanto tem a sessão aberta no Windows Live Messenger e passar bem sem a lista de reprodução com todos os ficheiros multimédia que o Windows Media Player inclui, então o VLC Player é uma escolha sólida e inteligente para adoptar como leitor de media primário.
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TEMA DE CAPA
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PASSO A PASSO
INSTALE TODOS OS CODECS NECESSÁRIOS PARA REPRODUZIR VÍDEO
Não há nada pior do que ter uma mensagem de erro como esta no leitor de media. É contudo possível remediar esta situação com algumas aplicações chave. No passo 6, deverá estar pronto para poder ver qualquer ficheiro de vídeo no seu leitor favorito.
Primeiro, é preciso ver quais são os codecs que faltam. Inicie o Gspot e localize o vídeo que não consegue abrir. O programa irá analisá-lo e mostrará os detalhes relativos aos codecs, permitindo com isto saber se estão ou não instalados.
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Se verificar que há um ou mais codecs em falta, poderá procurá-lo(s) online ou então instalar uma compilação de codecs, como é o caso da XP Codec Pack. Uma vez terminada, corra mais uma vez o GSpot para ver se falta mais alguma coisa.
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Se o GSpot confirmar que o codec necessário está instalado, corra o vídeo novamente e todos os problemas deverão estar resolvidos. Se não estiverem, então o problema diz respeito ao seu leitor de media favorito. Nesse caso, poderá ser necessário mudar de programa.
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Poucos são os leitores que suportam o formato Quicktime. Programas como o Windows Media Player poderão dizer que são capazes de lidar com o formato, mas, mesmo que se sigam as instruções do WMP, será muito difícil pô-lo a funcionar.
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Poderá instalar o Quicktime da Apple a partir do respectivo site ou então o Quicktime Alternative. Com este leitor de media, será capaz de reproduzir filmes no formato Quicktime dentro do Windows Media Player.
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Tecnologia gráfica A PCGuia fala do passado e do possível futuro dos jogos tridimensionais PCGUIA
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história começou em 1981, quando os monitores correram com as impressoras como principal forma de visualizar os dados provenientes de um computador, levando a IBM a lançar a sua placa de vídeo MDA. Com uns loucos 4 KB de memória e capaz de apresentar texto electrónico, era um verdadeiro monstro. Num salto em frente, até 1987, e à incrível resolução de 640 x 480 e 256 cores do VGA, os jogos no computador estavam finalmente prontos para partir de vento em popa. Nove anos mais tarde, chegou a aceleradora gráfica 3DFX Voodoo, a placa que criou a era 3D. É certo que já havia placas de aceleração 3D a fazer as honras mais de um ano antes do lançamento da agora famosa placa Voodoo – incluindo os primeiros esforços da Nvidia e da ATI –, mas foi a salva de abertura da 3DFX que mudou tudo. Antes das placas 3D, tivemos de facto uma espécie de jogos 3D – mas um 3D superpesado, vagaroso e irregular que o processador geria penosamente, e não as arestas suaves e taxas de frame naturais que um dispositivo de renderização 3D podia oferecer. A Voodoo era algo por que qualquer jogador de computador ansiava e – em contradição com o preço ridiculamente excessivo das placas de topo de gama actuais – podia de facto pagar, pois uma quebra nos preços da memória permitiu que os desportivos 4 MB de RAM de vídeo que possuía não custassem este mundo e o outro. Era um dispositivo curioso – sem capacidades de renderização 2D próprias, esta placa PCI tinha de ser ligada através de um cabo daisy-chain à saída VGA padrão
do computador. O cabo externo implicava uma ligeira degradação da qualidade de imagem, tanto 3D como 2D, mas na verdade ninguém se importava. Estávamos todos demasiado ocupados a rodar as câmaras do jogo à volta das curvas sem curvas de Lara Croft. O que a 3DFX alcançou com a Voodoo está menos patente na placa propriamente dita e mais na forma como esta deu origem a uma enorme concorrência e marcou o pontapé de saída para a revolução 3D. Se acha que o actual conflito gráfico Nvidia/AMD é implacável, confuso e explorador,
perverso. Enquanto o DirectX era e é a tentativa da Microsoft para restringir os jogos no PC ao Windows, o Glide estava tão àvontade no então ainda imperante DOS como no Windows 95. Porém, apenas funcionava de forma satisfatória com chips 3DFX.
GLIDE VS. DIRECTX Na teoria, as equipas de desenvolvimento preferiam um sistema que exigisse da sua parte a criação de código para um único padrão, em vez de terem de recorrer a várias opções de renderização – e foi isso que acabou por acontecer.
A placa aceleradora gráfica Voodoo da 3DFX deu origem a uma enorme concorrência e marcou o pontapé de saída para a revolução 3D saiba que em finais dos anos 90 havia mais de uma dúzia de fabricantes de chips 3D em guerra por uma fatia dos jogos para PC. PowerVR, Rendition, 53, Trident, 3D Labs, Matrox... Nomes sonantes que em tempos ganharam muito dinheiro tornaram-se, nos primeiros anos do século XXI, baixas esquecidas na brutal guerra GeForce/Radeon. Algumas, de uma forma ou outra, ainda sobrevivem, outras desapareceram por completo. Entre elas, a 3DFX. A 3DFX fez também o impensável: derrotou a Microsoft. Enquanto o DirectX, para todos os efeitos, representa agora a única maneira de uma placa gráfica comunicar com um jogo Windows, na época da Voodoo foi esmagado pelo tacão da API Glide da própria 3DFX. Não que fosse menos
Contudo, de meados a finais dos anos 90, os primeiros DirectX – mais especificamente o seu componente Direct3D – revelaramse completamente ineficazes, tendo sido alvo das críticas de indivíduos como John Carmack, da id Software. Mesmo que o Glide “falasse” apenas com as Voodoo, o facto de falar directamente com elas e não através do disparate de uma camada de software multiuso tornava-o diabolicamente rápido. Isto, aliado ao desempenho bruto da própria placa, fez com que os jogadores não conseguissem resistir aos encantos da Voodoo – e, assim sendo, a indústria adoptou amplamente o Glide. O próprio Glide era uma extensa modificação do OpenGL, outro padrão neutro em termos de
hardware que precedeu e rivalizou com o Direct3D. Criado pelo fabricante de estações de trabalho de topo de gama SGI e expandido depois por um considerável consórcio de equipas de desenvolvimento de hardware e software, o OpenGL foi o que esteve mais perto de uma API 3D. Embora se tenha mantido até aos nossos dias, poderia ter sido mais bem sucedido na resposta ao desafio imposto pela Microsoft e hoje não seríamos obrigados a passar por situações perversas, como termos de comprar o Vista se queremos desfrutar dos jogos mais atraentes. Outro golpe de mestre da 3DFX, em finais dos anos 90, foi o controlador MiniGL personalizado, que trouxe o poder da Voodoo para os jogos OpenGL – em particular, o então recém-lançado «Quake» da id. A estreita identificação da placa com o shooter que popularizou o modo deathmatch online e a verdadeira experiência de jogo 3D – ao contrário da abordagem de «Doom», «Duke Nukem 3D» e outros, baseada em sprites 2D e num ponto de vista 3D que só funcionava quando se olhava directamente em frente – apenas serviu para cimentar a sua credibilidade. À medida que os jogos 3D conheciam um desenvolvimento crescente, o domínio da 3DFX parecia indiscutível. A Voodoo 2 era um aperfeiçoamento do primeiro chip, e fez alguns sacrifícios ao nível da qualidade da imagem em comparação com placas rivais, nomeadamente, a inexistência de suporte de cor de 32 bits ou de resoluções acima de 800 x 600, mas voltava a oferecer muito mais desempenho bruto do que qualquer outra placa. A AGOSTO 2008
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Cada geração principal de placas 3D foi acompanhada por uma demo. Mas são muito antiquadas… À medida que os jogos 3D se desenvolviam, o domínio da 3DFX parecia cada vez mais inabalável
Voodoo Rush conseguia lidar de igual modo com o 2D e o 3D, e se bem que o seu desempenho fosse inferior, constituía uma actualização individual fácil e apelativa. E facultou um sistema SLI, na sua forma original, muito antes de a Nvidia lá chegar, o que deu origem ao entusiasta hardcore de hardware para jogos – duas Voodoo 2 num computador, fornecendo ainda mais velocidade e, o melhor de tudo, a imponente resolução de 1024 x 768.
OH NÃO, VOODOO! O que correu mal então? Infelizmente, a riqueza alimentou o desejo de mais riqueza. Tal como acontece ainda hoje com a Nvidia e a ATI, na realidade a 3DFX não fabricava as placas 3D propriamente ditas – simplesmente licenciava os seus chips a terceiros com maciças produções de silício e ficava com uma parte dos lucros. Com a chegada da Voodoo 3, a 3DFX tinha outros planos – em 1998 comprou a STB Technologies, um dos maiores fabricantes de placas de então. O plano visava, pois, vender directamente a altamente aguardada (mas por fim decepcionante)
Voodoo 3 e facturar muito dinheiro. Infelizmente, esta decisão irritou profundamente a maioria dos outros fabricantes, que se recusaram a comprar futuros chips Voodoo. A combinação disto com a inexperiência da 3DFX na venda a retalho e o superior conjunto de características (ainda que de desempenho inferior) da placa RIVA TNT2 da Nvidia causou um
As placas 3DFX estiveram em tempos na vanguarda dos gráficos 3D importante rombo nos cofres da empresa. Para cúmulo, a Nvidia lançou a GeForce 256, cujo desempenho arrasou a Voodoo 3. A resposta da 3DFX a esta primeira GeForce, o lançamento simultâneo e desconcertante para os consumidores das Voodoo 4 e 5, chegou demasiado tarde. A superior GeForce 2 e a sua nova arqui-rival, a ATI Radeon, já se tinham instalado, ao passo que a API Direct3D da Microsoft conseguia finalmente conquistar a preferência dos desenvolvedores relativamente ao Glide. Face à perspectiva da falência, em 2001 As placas modernas oferecem mais potência do que nunca
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a 3DFX aceitou ser comprada pela Nvidia. Um dos segredos para o êxito da Nvidia e da ATI assentou no processamento de luz por hardware. Antes da T&L (tansform and lighting), o que uma placa 3D fazia era acelerar a renderização de polígonos texturados – mas, em termos muito simples, nada fazia à cena 3D resultante.
A luz e a manipulação dos polígonos continuavam a cargo do processador, que já se via a braços com mais tarefas do que a conta, incluindo a inteligência artificial, a elaboração de scripts, a física e tudo o mais. As primeiras GeForce e Radeon libertaram os processadores deste esforço, e subitamente passou a haver menos uma limitação ao desempenho nos jogos. A caríssima GeForce 256 foi vista como uma revelação em termos de desempenho, mas os jogos preparados para T&L por hardware demoraram algum tempo a aparecer. Quando isso aconteceu, a gama de superior qualidade GeForce 2 encontravase em plena actividade. Isto representou em si mesmo um ponto de viragem. Foi o começo da confusa divisão das linhas de produtos de placas 3D com o intuito de chegar ao maior número de consumidores possível. Ao todo, foram oito variedades diferentes da GeForce 2 que se
esgueiraram pelas portas da Nvidia. Entretanto, a ATI oferecia versões sensivelmente idênticas da sua nova e comparável gama Radeon. As primeiras GeForce e Radeon tinham dado passos hesitantes em relação aos pixel shaders e vertex shaders, os quais foram possivelmente a última alteração paradigmática real que ocorreu nas placas 3D antes de se cristalizarem na actual tendência de “aperfeiçoamentos temáticos”. No entanto, foram os pixel shaders e vertex shaders programáveis da GeForce 3 (e mais tarde da Radeon 8500) que marcaram realmente a diferença – em parte porque foram os primeiros inteiramente compatíveis com o DirectX 8 da Microsoft, que nesta altura dominava quase por completo as API.
Negócios de Shadders Anteriormente, se um jogo queria renderizar a pele semelhante a couro de um trol, tinha duas opções: chapar um molho de texturas lisas em cima de uma estrutura poligonal, como se pode ver nas personagens cubistas dos primeiros jogos 3D, ou, em alternativa, modelar meticulosamente esse trol com minúsculas protuberâncias, bossas e denteações – ou seja, muitos mais polígonos, o que provavelmente sobrecarregaria de forma incomportável a renderização 3D bruta da placa. Um pixel shader consegue criar a ilusão de uma tal topografia mediante a aplicação de efeitos de luz, cor e sombreado em pixels individuais: escurece aqui uma pequena superfície da pele do trol para lhe dar um ar denteado
> Como funciona No nível mais simples, o processador do seu computador recebe informação acerca da imagem que o software a correr nesse momento tenta mostrar. Envia então essa informação para a placa gráfica, que avalia a melhor forma de apresentá-la, e por sua vez envia essas instruções para o monitor. Parece simples? Mas não é. A principal maneira de renderizar uma cena 3D passa por um processo conhecido por “rasterização”. Em primeiro lugar, é gerada uma wire frame de tudo o que compõe a cena. Essa wire frame é convertida em triângulos. Uma frame constituída por uma tonelada de triângulos permite obter uma forma mais complexa, mas menos triângulos significa menos trabalho para a placa gráfica. Em seguida, cada pixel associado a cada triângulo é preenchido – rasterizado – para criar o aspecto de objectos sólidos. Depois disso, aplicam-se texturas (ficheiros de imagem fornecidos pelo jogo para cobrir as superfícies) nos triângulos, as quais são distorcidas e as suas sobreposições misturadas consoante as necessidades. Entram então em acção os efeitos do pixel shader, que alteram ainda mais o aspecto de cada pixel. O resultado líquido é uma imagem 2D que contém instruções para o monitor acerca de como deve ser exactamente cada cor e cada pixel. E isto refere-se apenas a uma frame – para que um jogo seja fluido, esta operação tem de acontecer sessenta vezes por segundo. Uma unidade de processamento gráfico com uma velocidade do relógio mais alta consegue suportar todas estas atribulações um pouco mais depressa, ao passo que os shader pipelines são capazes de processar efeitos por pixel e vértice em paralelo, mas à medida que as cenas dos jogos vão ficando cada vez mais complexas, essa velocidade de renderização acrescida é anulada pelo facto de recair mais trabalho duro sobre a placa. A fim de assegurar a tal fluidez, na verdade, a placa precisa de se adiantar a si mesma, pelo que renderiza uma frame ou duas antecipadamente e guarda-as numa espécie de zona intermédia – a sua memória. Esta memória também serve para guardar grandes ficheiros de texturas do jogo; o facto de os jogos mais recentes procurarem o detalhe acrescido que as texturas de resolução superior proporcionam é uma das razões pelas quais vemos a RAM das placas 3D aumentar lentamente.
Na realidade, esta mulher é composta inteiramente por wire frames
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HARDWARE GUIAS
Seguimento de raios em tempo real a cargo do processador em acção
Eis a estrela do «UT 2003», uma personagem que dá pelo infeliz nome de Malcolm…
Placas gráficas de topo de gama em 2008 – a configuração de quatro Radeon HD 3800 proposta pela AMD. Temos saudades da Voodoo 2…
a pouca distância, aclara ali alguns pixels e de repente parecem uma verruga inchada. Não são necessários polígonos adicionais. Um pixel shader não afecta simplesmente a ilusão da forma da superfície, mas também a luz: basta colorir uns quantos pixels da pele do trol com uma subtil paleta de laranjas e amarelos para que pareçam reflectir o tremeluzir de uma fogueira próxima. E depois há os vertex shaders. Um vértice é um de três pontos de um triângulo (os blocos de construção de uma cena 3D) – o ponto de encontro entre duas das suas linhas. Um vertex shader consegue transformar esse ponto de encontro, movê-lo ou distorcê-lo para criar novas formas. Os resultados? Coisas como covinhas quando uma personagem sorri, roupas que parecem amarrotar-se quando um membro do corpo se move, a superfície ondulante de um oceano tempestuoso... Grosso modo, um pixel shader altera o aspecto dos pixels, enquanto um vertex shader muda a forma dos objectos. Embora já houvesse shaders antes do lançamento da GeForce 3, não eram programáveis – as equipas de desenvolvimento tinham de se contentar com um leque limitado 122
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Diga olá ao raio
de truques gráficos predefinidos. Com o aparecimento desta placa revolucionária, eles passaram a poder definir os seus próprios efeitos e dessa forma oferecer mundos de jogo – e objectos dentro desses mundos – de aspecto muito mais distinto uns dos outros. A GeForce 3 introduziu shader pipelines, áreas especializadas de uma GPU que esmagam os milhões
shader modelling – um padrão de hardware e software que define quais os efeitos que podem ser aplicados e o modo mais eficaz para fazê-lo. Mais eficácia significa que é possível aumentar a complexidade dos efeitos, logo, quanto maior for o shader model, mais atraente visualmente será o jogo.
Estamos a aproximar-nos de mais uma importante mudança de cálculos envolvidos na aplicação de efeitos de shader numa cena 3D que (de preferência) é actualizada 60 ou mais vezes por segundo. Ao longo do aparecimento das GeForce 3 à 9 e das Radeon 8 à HD, vimos aumentar o número de shader pipelines na GPU, a par de aumentos na velocidade do relógio e da memória, o que permite às placas processarem um maior número de efeitos de shader mais rapidamente. A par disto estão melhoramentos ao nível do
O processo não está isento de problemas, conforme demonstra irritantemente o número crescente de portas na Xbox 360 que exigem placas gráficas com o shader model 3.0. A sua placa 3D mais antiga pode ter a capacidade necessária para renderizar os polígonos do Bioshock, mas porque suporta apenas o shader model 2.0, não sabe como interpretar todas as instruções para os efeitos de coloração por pixel e as distorções dos vértices.
No ano passado, o DirectX 10, e as GeForce 8/9 e Radeon HD que o suportam, introduziram o shader model 4.0, também conhecido como shader unificado. Ao invés de cada um ter pipelines dedicados, os pixel shaders e vertex shaders partilham-nos, pelo que a GPU consegue adaptar-se muito melhor ao que uma cena 3D pede exactamente. Desse modo, se uma cena não exigir demasiado sombreado dos pixels, pode em vez disso dedicar mais pipelines ao sombreado dos vértices e vice-versa. E é neste ponto que, basicamente, nos encontramos. Apesar de parecerem superficialmente um avanço notável, na verdade as configurações multiplacas SLI e CrossFire, respectivamente da Nvidia e AMD, limitam-se a aplicar a força bruta de duas ou mais GPU, e até agora nada que se tenha relevado terrivelmente eficaz – conte que uma segunda placa traga no máximo um aumento do desempenho, qualquer coisa à volta dos 30 por cento. No entanto, estamos a aproximar-nos potencialmente de outro momento de mais uma importante mudança. Grande parte da indústria está contra ela – não sem surpresa, pois
envolveria provavelmente o abandono das placas 3D a favor de processadores. Dá pelo nome de ray tracing, ou seguimento de raios luminosos, e os responsáveis da Intel estão convencidos de que representa o futuro dos gráficos dos jogos. Na Nvidia discordam. Enquanto as placas 3D actuais empregam fumo e espelhos para criar o aspecto de uma cena detalhada iluminada naturalmente, o seguimento de raios simula a física real da luz. É lançado um “raio” contra cada pixel presente no ecrã a partir de uma câmara virtual no jogo. O primeiro objecto em que cada raio acerta activa um programa shader que indica as propriedades da superfície desse
da Pixar demora horas ou dias para renderizar.
Bola de cristal O objectivo nos jogos é, evidentemente, o seguimento dos raios em tempo real, mas para isso precisamos de processadores de núcleos ultramúltiplos obscenamente potentes, ou então de um processador especializado construído para o cálculo dos raios. A Intel tem actualmente uma versão básica de seguimento de raios do «Quake 4» a executar 90 frames por segundo, mas utiliza para tal chips de servidor de oito núcleos. Isso está um pouco além das possibilidades da maioria dos jogadores por enquanto
A Intel está convencida de que o futuro dos gráficos nos jogos está no seguimento de raios luminosos. A Nvidia discorda objecto; se for reflectora, um novo raio é lançado a partir dela, e o primeiro objecto em que acertar activa o seu próprio shader – e assim sucessivamente, para cada um dos milhares, milhões ou biliões de pixels da cena, em cada frame do jogo. A somar a tudo isto, um “raio-sombra” secundário é disparado, desde cada objecto em que acertaram os raios principais, na direcção da(s) fonte(s) de luz da cena. Se este raio acertar noutro objecto pelo meio, então o sistema fica a saber que o primeiro objecto está na sombra. Trata-se de luz genuína, e é precisamente este sistema que a Pixar utiliza para renderizar os seus filmes. O problema é que, se estiver a usar um monitor com uma resolução de 1280 x 1204, isso representa 1.310.720 pixels, por conseguinte tem de ser calculado pelo menos um número igual de raios por frame, além de muitos mais para todas as reflexões, sombras, etc. Aumente a resolução e facilmente atinge um trilião de cálculos por segundo do processador. Razão pela qual cada frame de um filme
– embora se trate muito possivelmente de um território futuro não demasiado distante. Até a Nvidia tem admitido de má vontade que o seguimento de raios é o futuro – mas apenas parte desse futuro, segundo afirma. Pode ser que os processadores acabem por eliminar as placas 3D, pode ser que as GPU, em vez disso, se adaptem com vista a transformarem-se em processadores de raios especializados, ou pode ser que o seguimento de raios ocorra paralelamente à renderização 3D tradicional – com uma combinação do processador e da GPU para oferecer o melhor dos dois mundos. Entretanto, John Carmack fala abertamente do regresso do voxel como um possível futuro. Seja como for, avizinha-se uma enorme mudança para os jogos 3D. Após quase uma década de despiques e ciclos de actualizações na guerra entre a Radeon e a GeForce, é impossível não nos sentirmos entusiasmados com o que o futuro nos reserva. ■
> Criadores de tendências Aquilo de que uma placa 3D é capaz depende em igual medida da API (Application Programming Interface, ou interface de programação de aplicações). Conhece-a como DirectX (mais especificamente, o seu componente Direct3D). A API rival, OpenGL, ainda existe, mas é raramente utilizada nos jogos Windows. Em vez de uma equipa de desenvolvimento de jogos ter de compreender como funciona exactamente cada uma das diferentes placas e escrever código para a mesma, pode fazê-lo para um conjunto uniformizado de instruções Direct3D, que o DirectX se encarrega de traduzir em seu lugar para a “língua” da placa gráfica. Pense nela como se fosse uma máquina de café – em vez de ter de descobrir como fazer o mecanismo interno ferver água, moer os grãos e tirar o leite, apenas carregamos num botão. Neste caso, a Microsoft decide quais são os botões. De nada serve uma GeForce 11 ter a funcionalidade X se o Direct3D não conseguir aplicá-la. Por isso, nada mudará enquanto o DirectX permanecer a norma comum da API do Windows para placas 3D – o que provavelmente continuará a ser o caso durante muito tempo, pois são pouquíssimas as empresas que estão em posição de desenvolver e popularizar uma alternativa viável. A Microsoft trabalha em conjunto com os responsáveis técnicos da Nvidia e da ATI no sentido de averiguar aquilo em que estão a trabalhar e como integrá-lo numa nova versão do DirectX, mas demonstrou recentemente com o DirectX 10 o estrangulamento que impõe nos jogos 3D. Apesar de a Microsoft ter apresentado determinadas justificações técnicas para o facto de aquele, e a sua nova atracção, apenas ser possível no Vista, muitas pessoas interpretaram isso como uma táctica de braço-de-ferro para levar os jogadores a comprar o mais recente sistema operativo da multinacional.
Eis como a Microsoft exagera nas pretensas diferenças entre os DirectX 9 e 10
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Faça overclock à 9600GT
Velocidade de graça! O overclocking da última placa de média gama da Nvidia não é complicado, mas lembre-se de ajustar as ventoinhas para manter fresco o interior do PC PCGUIA
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geração 9000 de placas da Nvidia acabou de chegar com produtos de entrada, meio e topo de gamas. A vantagem de uma gama de placas gráficas madura é a estabilidade; significa mais hipóteses de pôr uma placa a 124
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funcionar ainda mais depressa, e de forma gratuita. O processo de fabrico das placas gráficas e dos chipsets potencia produtos mais baratos e sobretudo capazes de funcionarem de forma estável em overclocking. A placa gráfica que actualmente
estamos a experimentar – após várias tentativas decepcionantes noutras GPU – é a Nvidia 9600GT. Por cerca de 150 euros, oferece um desempenho que chega para nos satisfazer. E, como verificámos, com os ajustamentos certos, pode
ficar mais rápida. Quanto ao overclocking, o fantástico Riva Tuner v2 sempre nos deu bons resultados. A última versão pode parecer complexa, por isso, mostramos-lhe como utilizar o que tem de essencial e pôr a placa a funcionar em pleno. ■
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Mais desempenho 3
O overclocking pode invalidar a garantia. Leia os documentos do fabricante primeiro
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Para ficar a saber os limites do relógio da sua placa (1), instale o Riva Tuner (www.guru3d.com). Execute-o a partir do menu Iniciar. Para o overclocking, clique na seta ao lado de Customize, na secção Driver Settings. Escolha a opção System Settings – o ícone da placa gráfica. (2) Para mexer nos relógios, clique na opção Enable driver-level Hardware. Aparece um aviso. Já alguma vez executou software de overclocking? Sugerimos que escolha a opção Reboot para se certificar de que os relógios estão nos níveis predefinidos. De outro modo, clique em Detect Now. (3) É mais fácil começar pelo overclock da memória, já que é imediatamente avisado se levar as coisas longe demais. Faça um teste com o 3DMark2006 para verificar a estabilidade. A velocidade normal da nossa memória era de 900 MHz, e elevámo-la para 1100 MHz. (4) É o mesmo processo para a velocidade de relógio da GPU central, embora nem sempre seja assim tão óbvio quando as coisas correm mal. Mais uma vez, elevámos a velocidade normal de 650 MHz para 792 MHz. É possível fazer overclocking dos shaders individualmente. Depois de ter um overclocking estável, clique no ícone do disco para o guardar como Custom Overclocking Profile.
Análise Técnica
Os níveis adicionais de desempenho que obtém de um perfil Overclocked variam de placa para placa, mas são sempre mais frames que se tem para jogar com mais facilidade.
PERFORMANCE 3D
Veja o Coolbits em www.guru3d.com para ajustes dos drivers
FPS/GPU/Memória
650MHz/900MHz
3MARK06 GT1
32,915
34,321
3MARK06 GT2
33,557
34,717
3MARK06 HDR1
37,492
45,322
3MARK06 HDR2
43,308 25
Especificação de fábrica
30
795MHz/1100MHz
45,543 35
40
45
Ganhos obtidos com o overclocking
AGOSTO 2008
125
PCG
PCG PCG
HARDWARE GUIAS
Ventoinhas personalizadas
5
Mantenha o interior do seu PC fresco e silencioso controlando as ventoinhas. (5) Como no começo do guia passo a passo anterior, clique na seta ao lado de Customize... na secção Driver Settings e escolha a opção System Settings. Desta vez vamos concentrar-nos nos separadores Fans. Aqui, abra o menu de cima e escolha Direct control. (6) Agora tem controlo sobre a velocidade máxima do refrigerador da GPU quando a placa muda para o modo Performance 3D. É possível criar perfis de ventoinha personalizados que se podem depois seleccionar no ícone do Riva Tuner na área de notificação. Para tal, seleccione a velocidade a uma ventoinha, (digamos 90 por cento), clique em Apply, escreva “Ventoinha 90” e clique em OK. (7). Para que isto apareça como ícone da área de notificação, clique no separador Launcher e depois no pequeno ícone com o sinal mais. Isto abre uma caixa de diálogo. Na caixa de texto de cima escreva “Fan 90”, clique na caixa de selecção Associated Fan Profile e seleccione o perfil Fan 90. (8). Pode aplicar estes tipos de Launchers a qualquer perfil, mas para ficar acessível a partir do ícone do Riva Tuner na área de notificação, certifique-se de que clica no separador Settings e selecciona a opção Send to Tray on Close. Depois pode fechar e aceder à sua nova opção em segurança a partir da área de notificação.
Limpar o pó à caixa do PC antes de aumentar a velocidade à ventoinha é uma questão de bom senso
7
6 Crie perfis personalizados para as ventoinhas em alturas de elevadas necessidades de processamento
Organize-se: dê aos seus perfis de ventoinha nomes claros para se lembrar quais são
8
O Riva Tuner v2 sempre nos deu bons resultados
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AGOSTO 2008
Active os perfis de ventoinha apenas com um clique
GUIAS HARTWARE 9 Se vigiar o seu hardware, fica a par dos problemas antes que eles se tornem catástrofes
10 Escolha que processos vigiar em segundo plano
Vigilância necessária Para vigiar a temperatura das suas GPU e CPU (9), o Riva Tuner é mais do que um fabuloso utilitário de overclocking e de gestão: tem também um monitor de hardware que vigia detalhadamente a velocidade de relógio e a temperatura da sua GPU. Para abrir este utilitário na janela principal, clique na seta que aponta para baixo em Customize na secção Target Adapter. Seleccione o ícone da lupa no Hardware Monitor. (10) Se quiser vigiar a actividade em segundo plano, verifique se selecciona o ícone vermelho no canto inferior esquerdo. De outro modo, há uma série de opções que pode configurar. Clique no botão Setup e abra o diálogo Hardware Monitoring Setup. (11) Utilizando-o, pode adicionar e remover gráficos, assim como ajustar o modo como os gráficos aparecem. Pode então escolher se quiser que apareçam itens adicionais na área de notificação. Para remover um item, apague a marca de selecção ao lado deste. Para adicionar um item, ande para cima e para baixo nas Data Sources e seleccione o que desejar. Clique no botão Setup para ajustar ainda mais o número de gráficos e as definições da área de notificação. (12) É possível adicionar plug-ins de outros fabricantes ao Hardware monitor. Um desses está disponível em www.guru3d.com e permite vigiar a temperatura de Core 2 Duo, podendo assim ver a temperatura da GPU e da CPU lado a lado.
11
Escolha bem: a sua área de notificação não é infinita
12 Experimente alguns dos outros plug-ins à sua disposição, de modo a vigiar o seu overclocking
Refrigeração personalizada Embora o overclocking com a ventoinha fornecida seja fácil – e faz com que as ventoinhas comuns sejam mais eficientes –, a refrigeração por ar está sempre limitada pela temperatura ambiente. Para levar o arrefecimento do seu computador mais longe, precisa de utilizar outras técnicas de refrigeração: é aqui que entram os bons e velhos sistemas líquidos. É já uma tecnologia bem conhecida, e a maioria dos revendedores especializados tem kits dedicados de refrigeração a água, ou então as peças individuais desses conjuntos de refrigeração. Mas, para começar, pode gastar uns duzentos ou trezentos euros. Tem de ser algo em que queira mesmo investir. Por esse dinheiro, faz algum sentido comprar uma placa gráfica mais rápida.
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PCG
PCG PCG
HARDWARE GUIAS
A VERDADE
SOBRE O RAID
A maior parte das motherboards suporta RAID, o que é bom para a protecção dos dados. Mas, e quanto ao desempenho?
O
s aficionados dos jogos procuram obter o máximo desempenho possível das suas máquinas. Os processadores e as placas gráficas são componentes que podem ser actualizados, mas a substituição das unidades de disco rígido já coloca mais entraves. São uma das partes mais lentas do seu PC, pelo que terá de haver uma forma de as tornar mais rápidas. Mesmo que tenha um dos modelos mais recentes de unidades de disco rígido, bem recheado de cache, e uma interface SATA2 ultrarápida, terá de esperar frustrado pelo inevitável ecrã de carregamento do jogo. Desta forma, se é daqueles jogadores que não recorrem somente a um título, cada segundo que um jogo demora a carregar é puro desperdício de tempo. Se somarmos esses segundos, passado algum tempo teremos minutos, horas pura e simplesmente desperdiçados. Se quisermos prolongar o somatório no tempo, a contabilidade desses meros segundos dará meses a olhar para um ecrã estático. Perante este cenário, aquilo que queremos saber é se o recurso a um conjunto RAID acaba com esses tempos de carregamento 128
AGOSTO 2008
e permite executar os jogos de forma mais rápida. O RAID é uma dessas tecnologias misteriosas que as pessoas raramente utilizam. O RAID sempre foi visto como destinado a grandes empresas, ou como sendo demasiado complicado para merecer ser considerado pela maior parte de nós. Além disso, existe a questão relativamente àquilo que faz. Existirá alguma vantagem em utilizar um conjunto RAID? É isso que vamos procurar saber ao longo deste artigo. A sigla RAID significa Redundant Array of Inexpensive Disks, ou conjunto redundante de discos baratos. Isto mostra bem como um acrónimo pode tornar as coisas mais apelativas. Até há cerca de um ano, a parte “baratos” era controversa quando se consideravam os utilizadores domésticos. No entanto, para os ambientes empresariais, em que a integridade dos dados é um aspecto-chave, era mesmo uma forma barata de manter os servidores a funcionar. O aspecto central do RAID é a redundância. Ou seja, se uma unidade de disco falhar, uma outra ou mais assumirão o trabalho por ela, até que a unidade de disco com problemas
seja substituída. A ideia de termos múltiplas unidades de disco idênticas, que não acrescentam nada à capacidade total de armazenamento, era imediatamente rejeitada pela maior parte dos utilizadores domésticos. Contudo, agora que as unidades de disco são bastante mais baratas, o RAID tornou-se uma proposta realista. Existem três tipos de sistemas RAID que lhe poderão interessar. São eles o RAID 0, RAID 1, e o RAID 5. A maior parte das motherboards suportam o RAID 0 e o RAID 1, mas poderão não suportar o RAID 5. Consulte o manual da sua motherboard para obter mais detalhes relativamente a este tipo de suporte. O RAID 0 também é conhecido como “striping”, devido à forma como os dados são escritos em blocos alternados em ambas as unidades de disco. O resultado líquido deste método é o seguinte: se tiver duas unidades de disco de 500 GB, continuará a ter 1 TB de capacidade de armazenamento. De facto, o RAID 0, se quisermos ser exactos, nem pode ser chamado de RAID, uma vez que não existe qualquer redundância. Se uma das unidades de disco falhar, perdemos tudo, dado
que a outra unidade de disco sobrevivente tem apenas metade dos dados, e não seremos capazes de recuperar nada da unidade de disco com problemas. Mesmo assim, o RAID 0 sempre foi apresentado como a melhor solução para os utilizadores que procuram obter o máximo desempenho dos seus sistemas. A teoria subjacente a esta tecnologia é bastante simples. Através da divisão da carga de trabalho de leitura/escrita simultaneamente por duas unidades de disco, acabamos por obter uma capacidade de transferência (throughput) muito melhor. No entanto, apesar de esta ser uma afirmação corrente, convém questionarmos se é realmente verdade. Não obterá certamente o dobro da capacidade de transferência, mas a teoria diz que conseguirá aperceber-se de um crescimento significativo dessa capacidade. A quantidade do aumento da capacidade de transferência é algo que testámos e cujos resultados apresentamos neste artigo. O RAID 1 já é um verdadeiro RAID e também é conhecido como “mirroring”, ou espelhamento. Neste tipo de RAID, cada unidade de disco é uma cópia idêntica de outra.
PCG PCG
HARDWARE GUIAS
Consequentemente, se uma delas falhar, teremos uma imagem completa noutra unidade de disco, o que permitirá continuar a trabalhar sem problemas. Bastará então substituir a unidade que teve problemas para reconstruir todo o conjunto RAID, copiando os dados para a nova unidade de disco. O propósito do RAID 1 é pura e simplesmente a integridade dos dados. Contudo, uma vez que os dados são lidos simultaneamente a partir de duas unidades de disco, ainda existirá alguma hipótese de obter algum aumento de desempenho? Os resultados dos nossos testes dão-lhe a resposta. Evidentemente, se tiver quatro portas SATA e algum desafogo financeiro, poderá sempre optar por uma solução RAID 0+1 (por vezes também designada por RAID 10). Neste tipo de solução, o
Compre qualidade. Neste caso, menor capacidade significa maior rapidez e maior capacidade de resposta
RAID 0 também é espelhado. A solução em que estamos mais interessados é no RAID 5. Neste tipo de RAID, os dados são dispostos como no RAID 0 (striped), mas como é utilizada a paridade de bits (um sistema de verificação de erros), se uma das unidades falhar, os dados poderão ser reconstruídos a partir dos dados existentes. Um sistema RAID 5 terá assim a mesma capacidade de um par de unidades de disco como no RAID 0, apesar de os dados estarem espalhados por três unidades de disco. O RAID 5 foi concebido para utilizar quatro unidades de disco, mas poderá ser utilizado com apenas três, e é este último o tipo de RAID 5 que encontrará em muitas motherboards. Mais uma vez, apesar de se dizer muita coisa sobre os desempenhos deste tipo de RAID, os nossos testes podem ajudar a esclarecer as dúvidas. Numa solução RAID 5, os desempenhos serão menores. O sistema operativo tem de proceder a um grande número de operações de escrita, e o tamanho dos dados será
Na realidade, não estamos à espera. Estamos a ler dicas para o jogo...
menor do que numa alocação RAID 0. No entanto, como os jogos tendem a depender mais do desempenho de leitura (e não de escrita), este problema poderá não constituir uma grande preocupação. Precisará de criar conjuntos RAID for a do Windows. Isto é feito depois de o PC ter terminado a sequência POST, mas antes de o Windows começar a ser carregado. Se o seu BIOS tiver sido especificado para permitir arrancar o sistema a partir do RAID, verá uma mensagem entre as linhas a dizer qualquer
O RAID 0 (striped) foi o que apresentou melhor velocidade de leitura
coisa do tipo: Press CTRL+I to Enter Configuration Utility. Na realidade, a combinação de teclas e as palavras da mensagem poderão variar de acordo com o fabricante do chipset RAID. Por outro lado, apesar de o fabricante da sua placa poder dizer que a mesma tem um chipset RAID, poderá tratar-se apenas de um chip controlador de unidade de disco, carregado com um firmware especial, e não de um verdadeiro controlador RAID. Isto é conhecido como software RAID, mas a implementação é a mesma. O hardware RAID utiliza normalmente uma placa dedicada, com a sua própria memória e fornecerá melhor desempenho.
> O que dizer do Readyboost Quando a Microsoft lançou o Vista, teve que se esforçar para apresentar uma grande número de razões que convencessem o mercado a migrar do Windows XP para o Vista. Algo imediatamente óbvio é o seguinte: devido à enorme sobrecarga da interface Windows Aero, conjuntamente com a barra lateral Windows, com base no mesmo hardware, o Windows XP apresentará sempre melhor desempenho do que o Vista. Evidentemente, são más notícias, sobretudo para os amantes dos jogos, apesar de afectar todos os utilizadores. Uma das novas funcionalidades do
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AGOSTO 2008
Vista que deveriam melhorar o desempenho do Readyboost, que funciona com a ajuda de dispositivos de memória USB. A ideia é simples. Uma vez que os tempos de acesso das unidades de disco rígido são comparáveis (grosseiramente falando) à RAM, podemos utilizar um dispositivo USB rápido como forma de cache extra, que é utilizada como uma extensão para a memória virtual disponível (swap file). Em vez de ir buscar os ficheiros ao swap file no disco rígido, o Vista vais buscá-los ao dispositivo USB. Pelo que acabámos de referir, precisa de bom dispositivo USB e com grande capacidade, embora não possa ter uma capacidade superior a 4 GB, mesmo que tenha os tempos
de acesso mais rápidos que possa adquirir. Durante os nossos testes com um dispositivo USB ligado, ficámos surpreendidos por ser utilizado para alguns benchmarks e não para outros, como se podia verificar pela luz de actividade do dispositivo. Adicionalmente, também chegámos à conclusão de que, sempre que existia alguma alteração nos benchmarks, o desempenho piorava, em vez de melhorar. Para sermos honestos, as diferenças eram absolutamente marginais, mas se tiver uma unidade de disco moderna, com 16 MB de cache, esta será mais rápida do que um dispositivo USB. Num teste anterior, chegámos à conclusão de
que o Readyboost só era realmente eficaz com sistemas Vista que dispusessem de 1 GB ou menos de RAM, algo que não tem nenhum verdadeiro adepto dos jogos. Com base nesta informação, o nosso conselho é que não se preocupe com esta questão.
> ANÁLISE TÉCNICA Tanto a fragmentação dos ficheiros, como a quantidade de espaço em disco rígido que é utilizada são dois aspectos que afectam o desempenho das unidades de disco. Para tornarmos este teste justo, criámos um ficheiro de imagem com todos os nossos benchmarks instalados, sendo depois utilizado para cada solução apresentada neste artigo. Os nossos testes concentraram-se em ferramentas de benchmark de unidades de disco, em benchmarks de jogos standard e na medição do tempo que demorou a carregar um jogo guardado ou benchmark específico, na medida em que o desempenho das unidades de disco rígido só afecta realmente o tempo de carregamento dos jogos.
Benchmark de rapidez de leitura com HD dedicado HD Tune Pro
Capacidade de transferência: quanto maior, melhor
Uma unidade de disco
O jogo «Company of Heroes: Opposing Fronts» é óptimo, mas também exige muito do disco. Será que vale a pena implementar uma solução RAID para acelerar o jogo?
Se não encontrar a mensagem de configuração (igual ou idêntica à anterior), então é porque o RAID foi desactivado no BIOS. Evidentemente, isto só é verdade nos casos em que a motherboard suporta RAID. Se não suportar, não aparece nenhuma mensagem, nem foi desactivado. Uma vez que cada BIOS é ligeiramente diferente, terá de consultar o manual da sua motherboard, mas poderá encontrar normalmente as especificações no menu Drive Configuration. A maior parte das pessoas já tem o Windows instalado quando quer adicionar um novo conjunto RAID. Consequentemente, a questão relevante é saber como é que se consegue colocar o Windows a funcionar com o conjunto RAID. Existem basicamente duas formas: uma nova instalação, ou a clonagem da unidade de disco rígido existente. Uma nova instalação permite começar do zero, mas terá de reinstalar todos os seus service packs, patches e, evidentemente, jogos e aplicações. Além disso, se estiver a utilizar o Windows XP, poderão ser-lhe pedidos drivers RAID durante o processo de instalação, os quais terão de ser fornecidos numa disquete. Mas quantos de nós têm actualmente unidade de disquete nos seus
computadores? A alternativa a esta instalação a partir do zero consiste em clonar a unidade de disco existente. Este é o método que temos utilizado nas várias instalações RAID que efectuámos. Para o efeito, usámos o Acronis True Image, uma vez que é muito simples. No entanto, existem outros programas que podem realizar o mesmo trabalho. Tudo o que precisa de fazer é criar o seu conjunto RAID e deixar que o BIOS arranque para o disco rígido original. Utilize o Acronis para clonar a sua instalação Windows no conjunto RAID e depois especifique o BIOS para arrancar a partir do RAID. Mas como é que implementa o seu conjunto RAID? Dependendo do tipo de RAID que escolher, precisará de duas ou três unidades de disco idênticas. Nós estamos a utilizar unidades de disco Western Digital Green, que utilizam menos energia e, consequentemente, poupam a PSU e reduzem o consumo global de electricidade. Provavelmente, quererá colocar as unidades de disco numa caixa. Se for este o caso, assegure-se de que existe um espaço para circulação de ar entre cada unidade de disco, e que, preferivelmente, existe uma ventoinha a fazer circular o ar pela superfície das unidades
70.1 MB/s
RAID 0
123.03 MB/s
RAID 1
65.77 MB/s
RAID 5
58.1 MB/s
Readyboost
66.27MB/s 10
40
70
100
130
Tempo de carregamento médio CoH
Tempo para carregar o jogo: quanto mais rápido, melhor
Uma unidade de disco
23 s
RAID 0
22 s
RAID 1
20.33 s
RAID 5
22.67 ss
Readyboost
21 secs 0
10
20
30
40
Tempo de carregamento médio WiC
Tempo para carregar o jogo: quanto mais rápido, melhor
Uma unidade de disco
15 s
RAID 0
15 s
RAID 1
15 s
RAID 5
15 s
Readyboost
15 s 0
10
20
30
40
Tempo de carregamento médio Crysis
Tempo para carregar o jogo: quanto mais rápido, melhor
Uma unidade de disco
37 ss
RAID 0
38 s
RAID 1
37 ss
RAID 5
37.33 s
Readyboost
37.33 s 0
10
20
30
40
Tempo de carregamento médio STALKER
Tempo para carregar o jogo: quanto mais rápido, melhor
Uma unidade de disco
17.33 s
RAID 0
15 s
RAID 1
14.33 s
RAID 5
15.67 s
Readyboost
18.67 s 0
10
20
30
40
AGOSTO 2008
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PCG PCG
HARDWARE GUIAS
O «Crysis» é um jogo maravilhoso. Pelo menos quando não está a ser carregado o nível seguinte
de disco, a fim de remover o excesso de calor. Ligue o seu PC e entre no menu de configuração RAID. Deverá encontrar uma opção para criar um novo volume RAID. Escolha essa opção. No ecrã seguinte, ser-lhe-á pedido para dar um nome ao conjunto RAID e introduzir o tipo de RAID – “mirrored” ou “striped”. A atribuição de um nome só é importante se estiver a utilizar mais do que um conjunto RAID. Dependendo da quantidade
Esperávamos obter uma grande redução nos tempos de carregamento de unidades de disco que tiver instalada, poderá ser-lhe pedido para seleccionar as unidades de disco a incluir no conjunto RAID. Como tal, para evitar eventuais problemas, desligue as unidades de disco que não quer ver incluídas no conjunto RAID antes de configurar este último. Caso contrário, poderá ter de apagar
dados. No caso do modo “striped”, poderá escolher a dimensão do stripe. No entanto, recomendamos que deixe com a dimensão sugerida por omissão. Depois escolha a opção para criar o conjunto RAID. Não se esqueça de fazer com que seja possível arrancar o sistema a partir do conjunto
RAID, no caso de copiar o Windows para lá. Se decidir alterar o tipo de conjunto RAID, ou devolver as unidades de disco ao estado não RAID, precisará de regressar ao utilitário de criação do conjunto RAID e apagar o conjunto RAID existente. Se não efectuar este processo, terá problemas para criar um novo conjunto RAID ou novas partições no futuro. Depois de tudo o que referimos atrás, é altura para perguntar qual a diferença que um RAID faz quando se correm jogos. Já ouvimos muitas opiniões sobre este assunto, mas não vimos muitos factos concretos até agora. Tal como esperávamos, nenhuma das soluções teve um efeito real no rácio de frames dos jogos, uma vez que isso é determinado principalmente pelo CPU e placa gráfica do sistema. Esperávamos constatar uma
> PLACA RAID PCI As placas RAID prometem melhor desempenho do que os simples controladores RAID. No entanto, dado o seu preço elevado, não é algo que se adquira de ânimo leve. As placas RAID são periféricos específicos, que interessam apenas a empresas, daí o seu preço. Se procurar no mercado online favorito da maior parte das pessoas – o eBay – encontrará muitas propostas de placas RAID por preços mais acessíveis. Se a sua motherboard não tiver RAID e quiser adoptar uma solução deste tipo, as placas RAID poderão valer a pena. No entanto, de acordo com a nossa experiência, estas placas raramente valem o dinheiro que se gasta em despesas de envio.
Um controlador dedicado pode apresentar melhores desempenhos, mas também terá de pagar um bom preço por ele
132
AGOSTO 2008
O jogo «World in Conflict» apresenta algumas imagens interessantes quando é carregado o próximo nível, apesar de o processo não demorar muito tempo
Será que também ele está à espera que o jogo carregue?
grande redução nos tempos de carregamento dos jogos entre os diferentes níveis, mas ficámos desapontados com os resultados obtidos nesta vertente. Os chipsets RAID da motherboard não eram verdadeiros chipsets RAID. A gestão do RAID era feita por software, algo que pode ser constatado pelo aumento dos requisitos colocados ao CPU para as instalações RAID 0 e RAID 5. Por outro lado, uma vez que a maior parte dos tempos de carregamento está abaixo de um minuto, não é tempo suficiente para que a unidade de disco rígido se torne um ponto de estrangulamento, sobretudo quando se tem uma unidade SATA 2 rápida. No caso de copiar gigabytes de ficheiros, as coisas já poderão ser diferentes. Apesar de o benchmark HD (utilizado para medir a velocidade de leitura pura) apresentar diferenças claras, o impacte real é negligenciável. Tal como esperado, o RAID 0 (striped) foi o que apresentou melhor velocidade de leitura,
tal como verificará na secção Technical Analysis. No entanto, em todos os nossos testes do mundo real, a diferença entre o desempenho com uma única unidade de disco e a solução RAID 0 foi praticamente nula. Na realidade, a unidade de disco única foi sempre apenas ligeiramente mais rápida do que as outras soluções, incluindo o sistema RAID 5, que esperávamos que constituísse a combinação perfeita entre desempenho e redundância de dados. Mas o que é que isto significa quando quiser criar a sua solução para conseguir o melhor desempenho pelo melhor preço? Na nossa opinião, não existe qualquer vantagem em avançar para uma solução RAID, a não ser que pretenda utilizá-la para a sua função original – como um sistema para garantir a segurança dos seus preciosos dados. Se estiver simplesmente à procura do melhor desempenho, ficará bem servido com uma única unidade de disco rápida. ■
A maior parte das motherboards actuais disponibiliza RAID de raiz
AGOSTO 2008
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PCG
ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIALISTA
Pergunte ao
JOÃO TRIGO
Especialista De volta à Redacção depois de uns dias de molho e uma tristeza muito grande na Suíça... Vamos a mais umas perguntas dos melhores leitores do mundo.
P
Caro amigo, estou a pensar em instalar o Service Pack 3 no meu Windows XP, mas não sei se vale realmente a pena. O que me dizes? Afonso Lopes, ao telefone
R
Afonso, não se esqueça de dar uma olhadela no tema de capa da PCGuia Pro deste mês. Vai achar o artigo certamente interessante. O SP3 tem mais de uma centena de actualizações de segurança e quase um milhar de correcções ao sistema operativo, pelo que vale a pena instalar. Existem alguns problemas conhecidos que são corrigidos com o SP3; gaste alguns minutos a instalar o pacote de actualizações. Eu já o fiz e a estabilidade do sistema melhorou.
P
: Boas, adquiri recentemente um PC Acer com o sistema operativo Vista. Mas odeio este sistema operativo, porque a compatibilidade é horrível com diversos programas. Assim, queria instalar o XP ou substituir o Vista, mas parece-me que devo ter imensos cuidados com a instalação, uma vez que alguns dos componentes de hardware podem deixar de funcionar, certo? Mário Henriques por e-mail
R
Olá Mário. Deve cumprir sempre alguns passos para garantir que tudo corre bem. Certifique-se de que
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AGOSTO 2008
retira da Internet os drivers dos componentes do seu computador (para o XP) – veja no site dos vários fabricantes, geralmente na área de downloads ou de suporte. Depois, formate o disco rígido e instale o XP, seguindo os passos que a PCGuia já tantas vezes explicou. Depois de ter o sistema operativo instalado, comece a instalar os controladores de XP para o seu hardware.
P
O meu PC bloqueia sem razão aparente quando jogo ou vejo filmes. Este problema começou a aparecer desde que o meu computador foi incapaz de fazer umas actualizações, já que não passou no teste de validação do Windows...
Olá, Sandro. Este tipo de problemas tem que ver quase sempre com definições do antivírus ou de aplicações de segurança no geral (quando, como neste caso, o Windows é legal). Experimenta desactivar o antivírus e fazer a actualização. Se não funcionar, desinstala-o e tenta novamente (volta a instalá-lo logo de seguida). Se, mesmo assim, nada feito, então contacta a Microsoft. Será necessário apagar determinadas chaves de registo para possibilitar a actualização do sistema, mas a empresa dirlhe-á quais são essas chaves.
produtos com 802.11 (desde pontos de acesso a adaptadores wireless, telefones Wi-fi, entre outros). Geralmente, o WPS é configurado através da introdução de um PIN ou simplesmente com o toque de um botão no dispositivo. Depois da explicação, o conselho. Se tem uma rede sem fios em casa e não quer ligar a impressora a um dos computadores através de um cabo USB (ou se quer usar a impressora noutra divisão que não naquela onde estão os computadores), é uma boa opção. Se não tem uma rede sem fios ou não faz questão de partilhar a sua impressora entre vários computadores, é perfeitamente dispensável. Tudo depende da forma como quer utilizar o aparelho.
P
P
Será esta informação suficiente para perceber o que se passa? Sandro Arruda, por e-mail
R
Nelson Santos, por e-mail
R
Se não passou no teste de validação do Windows, é porque o sistema operativo não deve ser legal... Desta forma, não vai conseguir fazer actualizações, Nelson. O meu conselho é só um (já adivinhou, certo?): compre uma licença do Windows.
P
Olá João. Desculpa estar a incomodar-te, mas será que me consegues ajudar com este problemazinho? O meu Vista, que é legal, não se consegue actualizar. Ao fim de muitos minutos a tentar procurar actualizações, diz que não o consegue fazer e dá este código de erro: “1 resultado para WindowsUpdate_80080005”.
Estou a pensar comprar uma impressora e disseram-me que devia optar por uma que tivesse WPS. O que é WPS e o que achas desta opinião?
Não tens vergonha de receber tantas mensagens dos teus leitores quando o Sporting perde?
Ana Fonseca,
por e-mail
ao telefone
R
WPS significa Wi-Fi Protected Setup e é um standard para ligar um dispositivo a uma rede sem fios. Ao contrário do que acontece com as ligações wireless normais de portáteis, por exemplo, em que é preciso atribuir um SSID e definir uma palavra-chave para segurança, os aparelhos com WPS têm a capacidade de se registarem na rede fazendo eles mesmos as alterações necessárias. O WPS foi pensado para suportar vários
João Santos,
R
Não. Tenho pena de não poder responder com mais títulos. A ver vamos como é este ano.
CONTACTO
Envie as suas perguntas para:
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PCG
ASSISTÊNCIA TÉCNICA FORMAÇÃO
TintaDigital abre centro de formação Este ano marca o início de uma estratégia que visa oferecer formação quando, como e onde o cliente quiser TEXTO JOÃO TRIGO FOTOS ARQUIVO PCGUIA
A
PCGuia falou com José Carlos Correia, directorgeral da TintaDigital, uma empresa que tem em 2008 o arranque formal do Centro de Formação. O principal objectivo neste ano é «reestruturar e segmentar a oferta de formação que a TintaDigital já dispunha no seu portfolio de serviços, nomeadamente, associado a implementação de projectos em clientes». A criação do centro de formação baseou-se numa estratégia de oferta de formação em áreas menos exploradas, como as de opensource. José Carlos Correia refere que entre as principais mais-valias do centro de formação encontram-se «os cursos em áreas novas, formação on-job, deslocalização de salas de formação, investimento em formação técnica de áreas tecnológicas emergentes, cursos personalizados, a garantia de realização de cursos mesmo que só com um formando», bem como «garantia, satisfação, reembolso e adequação de conteúdos a necessidades específicas». Para além dos cursos calendarizados, com conteúdos e formatos previamente definidos, o centro de formação tem ainda disponível «um serviço de formação à medida e um novo e inovador conceito de formação: como, quando e onde quiser». Este conceito possibilita a escolha da formação pretendida, dentro da oferta de cursos ou criação de conteúdos específicos e a escolha do local e a adaptação do horário e data à disponibilidade do formando. A empresa pretende dar resposta a solicitações de formação em qualquer área, técnica, comportamental, de gestão ou outras e conta com parcerias estratégicas nas diferentes áreas em que opera. Este ano, reforçou também a sua oferta para formação complementar 136
AGOSTO 2008
José Carlos Correia, director-geral da TintaDigital
nas áreas de gestão, comportamental e motivacional. Fê-lo para «permitir uma oferta de formação mais abrangente, especialmente quando, cada vez mais, os próprios técnicos necessitam de formação complementar nestas áreas para dar resposta aos objectivos mais ligados à gestão de projectos e às pessoas.» As parcerias estabelecem-se pontualmente com outras entidades de formação, de forma «a corresponder às exigências e critérios de qualidade que a TintaDigital impõe na sua formação».
Estratégia passa pela internacionalização O perfil do formando está bem definido pela empresa. Tendo em conta que a maior parte da formação que a TintaDigital lecciona é formação técnica, especialmente dirigida a técnicos e profissionais, a maioria dos formandos «é constituída por técnicos de empresas, normalmente de maior dimensão, que pretendem aprofundar conhecimentos técnicos recorrendo a especialistas nas respectivas áreas». José Carlos Correia garante que os clientes se dirigem à empresa para satisfazerem as necessidades de formação especializada a um
técnico responsável (ou futuramente responsável) pela aplicação ou solução sobre a qual está a ser formado. Além disso, existem empresas que querem garantir formação a equipas completas «responsáveis pela implementação e gestão de ambientes de desenvolvimento, testes e produção nas organizações». Os objectivos para 2008 passam pelo reforço da área de formação. Para já, o primeiro passo foi o da criação do centro de formação, mas a empresa está a pôr em prática a estratégia de especialização e estruturação nesta área. Além disso, foi criado o site www.tintadigital. com/formacao, que permite a consulta online de cursos, datas, horários, preços e respectivos conteúdos programáticos e ainda a realização de pedidos de informação e inscrições directamente no website. José Carlos Correia assume que a empresa irá criar novos cursos, nomeadamente nas áreas de opensource, Linux como ambiente de trabalho, Web 2.0 e gestão comportamental/motivacional, de forma a «alargar a oferta tanto em termos de formação
técnica para técnicos e também para os utilizadores da tecnologia, como ferramenta de trabalho, complementar, em áreas de gestão». O mesmo responsável explica que a empresa quer alargar a formação a outros países de língua oficial portuguesa, nomeadamente Guiné-Bissau, Angola e Brasil. E tem já alguns projectos realizados nesta área, nomeadamente, formação dedicada em Solaris 10 realizada para uma empresa de telecomunicações na Guiné-Bissau. Está previsto para brevemente uma formação em Angola para outra empresa que opera na mesma área. «A divulgação das tecnologias opensource nas grandes empresas de telecomunicações e na Administração Pública servirá de alavanca a esta área da oferta de formação da TintaDigital», conclui. Este responsável refere ainda que a empresa irá desenvolver soluções de b-learning, que contemplarão uma solução dedicada de e-learning. De acordo com dados facultados pela empresa, os cursos mais procurados têm sido os de Open Source, nomeadamente MySQL, Linux, Nagios e PostgreSQL. A TintaDigital iniciou a sua actividade em 2004 e é constituída por uma equipa que, de acordo com José Carlos Correia «segmenta as suas soluções e serviços tendo em conta uma orientação para as especificidades e requisitos próprios de cada organização, dividida em PME ou grandes contas». No portfolio de soluções e serviços de tecnologias de informação facultado pela Tinta Digital estão incluídas as áreas de infra-estrutura de TI, outsourcing, suporte e assistência técnica, soluções Web/colaborativas, optimização de recursos de TI, soluções opensource, auditoria e consultoria tecnológica. ■
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ENTRETENIMENTO JOGOS As corridas têm ângulos de câmara incríveis, muito ao estilo de Hollywood
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OURO PRODUTORA Atari PREÇO €49,99 SITE www.http:\\community.grid-game. com REQUISITOS 3 GHz CPU, 1 GB RAM, placa gráfica de 256 MB
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RACE DRIVER GRID Cenários e velocidade sem paralelo tornam difícil uma condução certinha PCGUIA
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s jogos de corrida são sempre uma aquisição imprescindível para todos os fãs de jogos de computador. A possibilidade de conduzir virtualmente um veículo topo de gama a grandes velocidades é uma experiência fantástica, sobretudo se as horas de acção forem a seguir a um entediante regresso a casa após várias horas em filas de trânsito. O mais viciante, neste tipo de jogos, é o facto de qualquer jogador poder fazer tudo aquilo que sempre quis fazer ao volante, sem qualquer tipo de punição. «Race Driver Grid» revelou-se uma aposta bem conseguida no género de título onde se insere, não só pelo facto de incluir ângulos de câmara inovadores, como também por proporcionar momentos de velocidade sem limites e acidentes espectaculares. É sem dúvida alguma um dos jogos graficamente mais apelativos dos últimos tempos. É uma raridade encontrar um jogo de corridas (e para PC) que disponha de um orçamento elevado, pelo menos fora do
universo das consolas. É que no campo destas plataformas é a Microsoft e a Sony que ditam as regras e criam jogos incríveis, apoiados em budgets milionários. No entanto, a realidade do mundo dos PC é bastante diferente, em parte porque não é alvo de tanta dedicação financeira e estratégica. Aparentemente, este jogo fugiu a esta regra. O objectivo aqui é simples: o jogador tem de criar uma sólida reputação como condutor e posteriormente liderar uma equipa. Os desafios ocorrem
em três continentes, mas tudo se passa numa realidade distinta do universo do desporto de alta velocidade, bastante menos convencional, diga-se, o que faz com que este título se destaque dos demais. As novidades são especialmente notórias nos eventos japoneses, como o drifting e o touge, algo que aproxima este título dos jogos da série «Need For Speed», em detrimento de «Race 07». Felizmente para os fãs do clássico «TOCA» a carreira europeia é baseada em corridas GT.
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ENTRETENIMENTO JOGOS ALCATRÃO NAS VEIAS
1 Mesmo aqueles circuitos que acontecem em locais isolados têm uma atmosfera inebriante. A presença do público acrescenta maior realismo a cada corrida. 2 Contratar outro elemento para a equipa permite elevar os ganhos em cada corrida e angariar novos patrocínios. 3 Ao criar a própria equipa, o jogador tem hipótese de escolher as características da sua viatura. Depois poderá expor online as suas máquinas.
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O sistema de danos é fabuloso e apresenta um realismo quase palpável
Escolhas pessoais do jogador Os problemas inerentes a este tipo de jogos são quase sempre os mesmos: ou o grau de dificuldade das provas é demasiado grande, ou a inovação não é significativa, ou o controlo das viaturas é demasiado complicado. Estas questões são contornadas neste jogo de forma muito inteligente. Por exemplo, o jogador pode escolher, em cada continente, as corridas que prefere de forma a tornar o seu desafio mais apelativo e personalizado. Esta escolha pessoal permite criar combinações diferentes de corridas, que alteram a própria progressão dos objectivos. Com o desenvolvimento do jogo, a personagem principal torna-se fundadora da sua própria 140
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equipa, contrata um sócio com vista a angariar mais patrocínios e aumentar o valor dos prémios monetários em cada corrida. Estes elementos de gestão financeira são interessantes e aumentam a originalidade deste título. A experiência de condução é inacreditável, muito realista, e a IA do jogo é exemplar. O jogador é confrontado com adversários extremamente competitivos, que tentam dificultar ao máximo a sua progressão durante uma corrida. As ultrapassagens são sempre o ponto alto, não só devido à velocidade envolvida, mas também por cauda das derrapagens. Aliás, a velocidade é alucinante, mas não digna de ficção científica. Com isto queremos dizer que, se se descuidar na condução, facilmente atira o seu carro contra os rails de protecção da pista. São exactamente a velocidade e a IA que tornam este jogo numa das experiências mais intensas dentro do género. O jogo «DIRT» tem o seu ponto alto na pista Pike´s Peak Hillclimb.
No caso de «Race Driver Grid», a cereja no topo do bolo vem com o Le Mans 24 Hours. Esta corrida simboliza o final de cada sessão no modo de carreira, o que torna esta pista num desafio único, com um nível de dificuldade acrescido devido à sua duração (24 minutos). A concentração é um trunfo. A corrida possui duas partes distintas: uma ocorre de dia, a outra de noite. Na fase nocturna a dificuldade é maior.
Acidentes ao rubro Apesar de tudo se passar numa “realidade paralela”, o jogador não pode brincar em serviço. Se a velocidade a que conduz a sua viatura assumir proporções excessivas, terá de lidar com situações de risco que implicam acidentes e bastantes amolgadelas no carro. O sistema sofisticado deste jogo permite-lhe recuar no tempo (muito ao estilo do «Prince of Pérsia»), e evitar um acidente aparatoso ou um embate numa viatura adversária suficientemente grave para estragar uma corrida. É claro que
esta funcionalidade do sistema não faz milagres. Se tivermos em conta o volume de acidentes que ocorrem de forma continuada, nem mesmo esta capacidade de parar o tempo pode salvar a viatura de alguns danos, e livrar o jogador da obrigação de recomeçar a corrida várias vezes. O nível de dificuldade é elevado para as pessoas que não estão adaptadas a este género de jogo, o que, admitimos, pode ser um factor dissuasor. No entanto, o nível de aprendizagem é bastante rápido e permite reduzir drasticamente os acidentes, tornando a experiência tão apelativa quanto viciante. Embora a dificuldade seja exagerada em algumas pistas, a experiência e a adrenalina que o jogo proporciona são inacreditáveis. Este título possui todos os ingredientes para se tornar num dos favoritos do ano devido ao seu grafismo, jogabilidade, ângulos de câmara e modo de carreira. Um jogo obrigatório para os fãs do género. ■
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ENTRETENIMENTO JOGOS Um atacante prepara-se para rematar à baliza, mas onde é que está a bola?
UEFA: EURO 2008 Novidades escassas numa sequela previsível
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campeonato europeu de futebol é sempre um acontecimento desportivo de enorme relevo para milhares de fãs que seguem atentamente a sua selecção nacional. A produtora EA lançou no mercado outra sequela de um título que tem perdido algum impacto no mercado devido ao facto de ser previsível e portadora de pouca inovação. Como resultado, os jogadores que são realmente fãs acabam por optar pelo já mítico «Pro Evolution Soccer 2008». Depois, temos de ser sinceros e sublinhar que este «UEFA Euro 2008» nem sequer exigiu um grande esforço por parte da produtora, se tivermos em conta que o «FIFA 08» abriu o PRODUTORA EA PREÇO €39,99 CONTACTO 707 200 712 SITE www.easports.com REQUISITOS 2.4 GHz, 1GB RAM, placa gráfica de 512 MB
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caminho antes. As diferenças são realmente mínimas. Apenas os estádios foram alterados ao estilo suíço. De resto o jogo é praticamente idêntico. Hoje em dia, é cada vez mais comum assistirmos ao lançamento de jogos que trazem como mais-valia apenas alguns detalhes e ajustes. Tudo indica que as produtoras acabarão por seguir o caminho mais fácil das sequelas e deixarão a criação e o lançamento de títulos originais para segundo plano… Será que mais um jogo de futebol assente numa única competição, com um número reduzido de equipas e sem qualquer tipo de inovação vale o preço que custa? A estratégia da EA para a plataforma PC tem sido alvo de críticas pela alegada apatia com que trabalha este segmento. Aparentemente, a produtora parece mais focada no universo das consolas, facto que tem alimentado alguns boatos que indicam que esta pode ser a última sequela do jogo para o PC. O jogo «UEFA Euro 2008» não
é mais do que a conversão para computador do jogo para a consola Playstation 2. Um dos aspectos negativos é o grafismo pouco apelativo quando comparado com os jogos existentes actualmente no mercado, além de ser um título bastante inferior ao «FIFA 2008». A resolução não permite ao jogador sair dos 1680x1050, e exige uma placa gráfica 9800GTX, algo inconcebível num jogo com um estilo marcadamente de arcade. A única novidade relevante neste título é o sistema Be a Pro, que permite que qualquer pessoa se mantenha no modo de jogador durante todo o torneio, por exemplo, a ocupar a posição de capitão numa equipa à escolha. Mas fica dependente do IA do jogo, sendo que isso não é necessariamente bom. Há frequentes passes descabidos para zonas do campo onde não existem jogadores, remates completamente dignos de qualquer jogo de solteiros e casados, entre outros pormenores. No «FIFA 08» a emoção dos
desafios era contagiante e o jogo empolgante. Neste «UEFA EURO 2008» nem sequer se joga futebol. Os problemas existentes são tantos que todo o ambiente emotivo típico do desporto-rei é relegado para segundo plano. A bola salta pelo campo sem qualquer lógica, não há esquema de continuidade de jogo, os adversários conseguem facilmente marcar golos fora da área ou entre defesas que não cumprem as marcações aos jogadores rivais, e tudo isto acontece enquanto o leitor mal consegue seleccionar o jogador correcto durante uma progressão no campo. Resultado? Rapidamente os jogos se tornam aborrecidos e assumem um grau de dificuldade sem nexo. Este título não consegue igualar «FIFA 2008», nem sequer chega ao patamar de «PES 2008» exactamente devido aos graves problemas de mecânica e IA. Apesar de este tipo de jogos fazerem furor, temos de dizer aos leitores que podem “saltar” esta versão e optar por outros títulos do género à venda no mercado. ■
CAPITÃO DE EQUIPA 1 Quando a equipa adversária tem a posse da bola a câmara executa um zoom dinâmico de modo a manter o jogador que está a ser controlado no perímetro do ecrã. A esperança reside numa recuperação de bola por parte de um colega de equipa, embora raramente isso aconteça. 2 Manter uma posição no campo é vital quando optar por jogar como elemento singular. Porém, a tentação de correr atrás da bola é enorme, o que pode tornar as jogadas um pouco individualistas. 3 Caso escolha ser defesa, terá alguma dificuldade em distinguir a sua posição no campo, uma vez que os pontos e os triângulos se sobrepõem.
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ENTRETENIMENTO JOGOS
Mass Effect Investigue planetas e formas de vida alienígenas e descubra novas civilizações PCGUIA
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PRODUTORA EA PREÇO €49,99 CONTACTO 707 200 712 SITE www.masseffect.bioware.com REQUISITOS 2 GHz, 1 GB RAM, placa gráfica de 256 MB
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ingredientes essenciais para um sucesso de vendas: diálogos empolgantes, desenvolvimento das personagens, decisões de vida ou morte, estações alienígenas (com um detalhe primoroso), extraterrestres temíveis e ambientes apocalípticos que mantêm o jogador em constante ansiedade. Não podemos negar que existem semelhanças com «Star Wars: Knights of the Old Republic», porém, «Mass Effect» é superior em vários aspectos quando comparado com outros jogos do mesmo género. Por exemplo, as personagens em «Mass Effect» possuem atributos bastante diferentes das existentes em «KOTOR». Outro aspecto notório é que as decisões do jogador necessitam de ser realmente ponderadas. O jogo consegue uma união quase perfeita entre dois géneros – RPG e FPS. Mas este encontro ocorre apenas em certas situações (com
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ilmes como a Guerra das Estrelas e a Guerra dos Mundos tornaram o universo da ficção científica um género com milhares de adeptos e uma fonte inesgotável de inspiração para a 7ª Arte, literatura e banda desenhada. Do mesmo modo, a série televisiva Ficheiros Secretos revelou que existia uma procura enorme e um mercado com potencial dentro deste género. O universo dos jogos de computador foi uma forma óbvia de captar um vasto número de fãs dos filmes e das
especial ênfase em territórios os alienígenas tentam eliminar o jogador), e de forma algo bizarra. Tendo em consideração que este título se adequa ao género de RPG, esta fusão perde num universo PC em relação às consolas (Xbox 360). Nestas, esta mesma fusão é equilibrada, especialmente se tivermos em conta que os cenários de “tiroteio” foram concebidos para gamepads e não para teclado e rato. Como tal, a visualização na terceira pessoa não consegue convencer os fãs e pode ser considerada como um dos poucos aspectos negativos do jogo. Os combates demoram algum tempo, pelo menos até conseguir dominar por completo a sua arte, ou seja, é necessário ter em consideração o potencial da personagem e dos diferentes elementos da equipa. O jogador pode eliminar os adversários utilizando poderes especiais e
séries e desenvolver novas ideias e realidades dentro da ficção científica. Uma das produtoras que melhor respondeu a esse desafio foi a Bioware, que lançou no mercado clássicos como: «Star Wars: Knights of the Old Republic», «Neverwinter Nights», entre outros. «Mass Effect», também desta produtora, veio preencher uma lacuna no mercado actual dos jogos de computador e demonstrar que o universo da ficção científica ainda tem um longo caminho para ser explorado. O título em análise é um RPG científico que reúne todos os FEVEREIRO 2008
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ENTRETENIMENTO JOGOS NO CALOR DA BATALHA 1 O novo menu permite coordenar melhor a equipa em batalha. O jogador pode trocar de armas conforme os inimigos que defronta. A introdução deste menu é uma melhoria significativa relativamente à versão das consolas. É fundamental utilizar esta opção para vencer combates onde os inimigos se sobrepõem à equipa liderada pela personagem principal, embora a IA da equipa possa tornar infrutíferos quaisquer esforços. 2 Os controlos não são muito intuitivos, mas é sempre um prazer eliminar inimigos ao volante do veículo espacial. 3 Os minijogos criados essencialmente para PC não são uma das melhores apostas deste título.
2 Conduzir em planetas desconhecidos tem sempre os seus pontos altos
3 Os minijogos são bastante irritantes e aborrecidos
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intrínsecos a cada personagem ou através de tiros de precisão vindos de armas de longo alcance e trabalho de equipa, algo que já depende essencialmente da IA do jogo. Todos estes aspectos devem ser tidos em consideração e podem ser algo difíceis de dominar numa fase inicial, mas, após algum treino, a mecânica do jogo começa a ser
interiorizada. Os combates aliados a um argumento excepcional tornam este jogo numa experiência muito gratificante, embora a dificuldade acrescida em dominar os combates acabe por criar uma atmosfera artificial.
Drama extraterrestre A duração do jogo é de cerca de
30 horas (ainda que possa ter uma maior ou menor duração, consoante se opte ou não por missões paralelas). Apesar de todo o ambiente e missões espectaculares, é possível que a maior parte das pessoas fique com aquela sensação de que falta algo. O que se passa é que este jogo aparece com o objectivo de ser mais do
Desempenho Definções do jogo
DETALHE MÁXIMO: As personagens têm um estilo muito semelhante às do filme Thunderbirds. O grafismo é primoroso. No entanto, verificam-se alguns abrandamentos durante as situações de combate mais violentas.
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DETALHE MÍNIMO: Tendo em consideração que o jogo é originalmente concebido para a consola Xbox 360, existe um limite para reduzir a qualidade dos gráficos. Reduzir as texturas e partículas impõe um enorme efeito negativo no desempenho do jogo.
que um comum RPG; o problema é que não consegue concretizar essa missão de forma coerente. O jogador veste a pele de um herói que tem nas suas mãos o destino de uma série de civilizações. No entanto, é confrontado constantemente com algumas situações de menor relevo. Ou seja, é um herói intergaláctico responsável por uma equipa que salva planetas, mas tem que comprar armas a um mercador de ocasião e interagir com alguns NPC sem importância. Esta situação é apenas um dos exemplos da disparidade de situações que mantêm o jogo num certo impasse, principalmente, na construção da personagem. É estranho imaginar um herói na fila do supermercado a comprar produtos a partir de uma lista de compras, quando nas horas vagas salva planetas. São estas pequenas situações caricatas que tornam o argumento coxo. Contudo, reconhece-se que o jogo tem também narrativas sólidas, que permitem a criação de um universo fantástico. Embora existam alguns aspectos negativos, «Mass Effect» consegue manter o jogador na expectativa, com as inúmeras batalhas, traições de companheiros e muitos extraterrestres que apenas o querem eliminar rapidamente do planeta. É sem dúvida alguma uma aquisição obrigatória para todos os fãs do género. ■
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SHOPPING ENGENHOCAS Samsung F480 TouchWiz Começando pelo fim, podemos já dizer que este novo modelo da Samsung agradou bastante, não só quanto às funcionalidades e desempenho, mas também em relação à estética. É literalmente um telefone FABRICANTE Samsung PREÇO €459,90 CONTACTO 800 220 118 SITE www.samsung.com/pt FICHA TÉCNICA Interface Touchwiz, 240 MB de memória interna, cartão de memória com capacidade de 8 GB, rádio FM integrado, câmara de 5 MP com autofoco, lente de vídeo CMOS, ecrã táctil, ligação HSDPA e 2.0 USB Qualidade/Preço Características Desempenho
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elegante que não deixa ficar mal os mais exigentes. A interface Touchwiz funciona bastante bem. É simples, funcional e intuitiva. Sempre que o utilizador toca no ecrã recebe um feedback vibratório, o que ajuda à comodidade de manuseamento deste aparelho. Um ponto igualmente positivo é o facto de o esquema de opções não obrigar o utilizador a andar à procura das funcionalidades. Consoante a aplicação que estiver a trabalhar, terá sempre à mão o acesso a soluções a ela relacionadas. Por exemplo, se estiver a fotografar tem logo a oportunidade de apagar a foto, enviá-la por e-mail ou MMS, ajustar todas as definições associadas, com a simplicidade e eficiência que existe numa câmara
fotográfica normal. A qualidade das fotos é bastante boa, à semelhança do vídeo e do áudio. Os Widgets foram bem conseguidos. Funcionam como uma espécie de atalhos que o utilizador pode simplesmente arrastar para o ecrã, criando um terminal personalizado. Para chamar a aplicação, basta arrastá-la para o centro do ecrã. O sistema pode responder de forma lenta, por vezes, o que torna a escrita mais difícil, especialmente se for um daqueles utilizadores que bate recordes no tempo de escrita de um SMS. Existe um pormenor mais difícil de controlar: o slider lateral. Este é, no geral, um telefone bem equipado, mas não profissional. Por isso não espere Wi-fi nem aplicações de produtividade. S.E.
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Lacor Boston 15”
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PRATA
O que diferencia esta moldura das restantes é a dimensão. As 15" que o ecrã possui fazem a diferença, sem comprometer a qualidade. Nos testes que fizemos usámos ficheiros de imagem de alta resolução, o que ajudou, mas, no geral, este equipamento mostrou estar à altura. A qualidade de imagem é boa e a dimensão do ecrã ajuda ao impacte visual. O menu é extremamente básico e simples de operar. O utilizador pode seleccionar que tipo de efeito pretende criar no slideshow e o tempo de exibição das mesmas. Existem três níveis: rápido, médio e longo, o que torna a noção de tempo mais difícil de aferir. Os resultados em termos de vídeo também agradaram. Só é pena que não existam controlos para além do Stop e do Play. Um pormenor que temos de sublinhar é que devido ao facto de o local onde insere a Pen Drive USB estar encostado à moldura, não conseguirá introduzir nenhum dispositivo de armazenamento mais grosso. Assim que a moldura detecta o disco, dá início automático ao slideshow das fotos e coloca como música de fundo o primeiro ficheiros áudio que aparecer listado. Uma boa opção a um bom preço. S.E.
FABRICANTE Lacor PREÇO €169 CONTACTO 214 540 280 SITE www.lacor.com FICHA TÉCNICA TFT 15” com 1024x768 pixels, 128 MB de memória interna, modo automático de slideshow com música de fundo, detecção automática das imagens no cartão de memória, leitor de cartões: SD/MMC/ + MS/MS Pro/ MS Duo + CF -I + XD/ USB. Suporta imagens ate 16 MB, fotos em PEG, Motion JPEG, vídeos em AVI, MP3,MPEG1,2,4 (DivX). Contraste: 300:01:00 Qualidade/Preço Características Desempenho
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LG KU990 Viewty Este modelo veio oficialmente substituir o Prada. O Viewty é inteiramente táctil, pelo que inclui um teclado virtual, que funciona muito bem. O telefone não é pequeno, mas isso deve-se às dimensões do ecrã. O sistema suporta reconhecimento de escrita, o que significa que pode manuscrever os seus SMS e esperar que o telefone traduza automaticamente a sua caligrafia. Esta é uma opção que funciona mais ou menos. Quanto às várias funções, cumpre-as de forma quase exemplar. Mesmo quando é usado como máquina fotográfica ou como leitor multimédia, consegue desempenhar melhor essa função do que alguns equipamentos desenhados para funcionarem apenas como tal.
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Uma menção especial à qualidade da imagem e do vídeo e às opções de edição incluídas. Por exemplo, o utilizador pode fazer o upload dos vídeos directamente para o YouTube. A interface é diferente daquelas a que a maior parte das pessoas pode estar habituada, sem que isto seja negativo. Apenas implicar algum tempo de habituação. Funciona muito bem no que respeita ao manuseamento táctil e possui um design sóbrio. Um dos pontos menos positivos é o controlo dos sliders laterais que permitem navegar pelo menu. No entanto, existe uma alternativa interessante: a moldura redonda que contorna a câmara funciona como weel, ou seja, como controlo de navegação pelos menus.
É estranho, mas ao mesmo tempo prático. A entrada para ligação ao PC proprietária não é bem-vinda, e falta-lhe a conexão wireless. S.E. FABRICANTE LG PREÇO €469,90 CONTACTO 808 785 454 SITE http://pt.lge.com FICHA TÉCNICA Ecrã full touch de 3” e mobile XD, muvee com upload directo para YouTube.com, reconhecimento e edição de escrita manual, reproduz vídeo em DivX (DivX Video Playback), câmara 5.0 MP, gravação de vídeo de alta velocidade a 120 fps, triband, HSPDA, 100MB de memória interna
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Qualidade/Preço Características Desempenho
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Nokia 6220 Classic O novo Nokia 6220 Classic é exactamente isso... clássico (mas não em tudo). É o clássico telefone formal, profissional, que dispensa os fantásticos players multimédia, e os inovadores ecrãs tácteis em prol de funcionalidades e aplicações como o QuickOffice, que permite ler documentos, o leitor de PDF, suporte GPS, entre outras opções. Isto não significa que este modelo descure todas as características que referimos em primeiro lugar, pelo contrário, a câmara de 5 megapixels, com lentes Carl Zeiss e focagem automática com flash Xénon, assegura uma boa qualidade de imagem, e o leitor de áudio e rádio FM garante
FABRICANTE Nokia PREÇO €325 CONTACTO 214 465 600 SITE www.nokia.pt FICHA TÉCNICA Ecrã QVGA TFT de 2.2” com resolução de 320 x 240 pixels e até 16 milhões de cores, câmara de 5 megapixels, com flash de Xénon e câmara de filmar VGA integrada, navegação por A-GPS, com a aplicação Nokia Maps, tecnologia 3.5G, gravação e reprodução de vídeo até qualidade VGA, a 30 fps (frames por segundo), leitor de música compatível com MP3/AAC/ACC+/eAAC+/WMA, rádio FM com RDS. Memória Flash de 256 MB ou até 120 MB de memória disponível para o utilizador, expansível até 8 GB através de cartão Micro SD (hot swap)
bons momentos de música. A questão é que tudo isto é entregue ao consumidor num estilo mais comedido: clássico no aspecto, moderno nas funcionalidades. Por exemplo, o utilizador pode tirar uma fotografia e fazer o upload directo da mesma para o serviço de imagens online Flickr. Este é um telefone HSDPS, ou seja, oferece a última geração de acesso à Net através das redes móveis, no entanto, não conseguimos perdoar que este tipo de terminal, tal como se apresenta ao mercado, não tenha capacidade Wi-fi. Em relação à autonomia da bateria também já vimos melhor... S.E.
Qualidade/Preço
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Kesignton ComboSaver Combination Notebool Lock Ultra DISTRIBUIDOR Minitel PREÇO €39,90 CONTACTO 213 810 900 SITE www.kesignton.com FICHA TÉCNICA Cabo de aço temperado revestido a carbono com 1,8 metros e espessura de 5,5 mm. Cadeado com uma combinação de 4 dígitos Qualidade/Preço Características Desempenho
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Não é o gadget mais bonito que já testámos, mas pode revelarse facilmente o melhor amigo do homem, especialmente se esse homem for detentor de um computador portátil que não foi roubado porque estava protegido com este equipamento da Kesignton. Este cabo de aço temperado revestido a carbono tem cerca de 1,8 metros e uma espessura difícil de contornar (5,5 mm). O utilizador apenas tem de prender
o equipamento portátil e definir uma combinação personalizada de 4 dígitos (suporta até 10 mil combinações diferentes). Este cadeado é compatível com todos os equipamentos que possuam uma fechadura K-Slot, comum em portáteis, projectores, discos rígidos externos, LCD TV e impressoras. O produto e respectiva combinação podem ser registados online no site
Características Desempenho
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www.kesignton.com, como forma de contornar um eventual esquecimento da chave numérica que abre o cadeado. S.E.
Joby Gorillapod Não é um tripé qualquer. Aliás, pode verificar isso mesmo pela fotografia publicada. O Gorillapod apresenta pés totalmente ajustáveis com anéis de borracha que garantem que estes podem ser presos com segurança em qualquer superfície e em qualquer posição. Imagine prender o tripé num candeeiro de rua para tirar aquela foto de longa exposição com a luz do fim de dia... Com o Gorillapod, tem à sua disposição um auxiliar que torna essa opção possível. Além disso, é leve e prático de transportar (consegue dobrá-lo) e apresenta um preço bastante competitivo. Um acessório muito útil para quem gosta de fotografia. J.T.
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DISTRIBUIDOR ComercialFoto PREÇO €43,56 (versão para reflex); €54,45 (versão zoom) CONTACTO 217 121 000 SITE www.joby.com Qualidade/Preço Características Desempenho
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SHOPPING SUGESTÕES
> Para o homem que gosta de si Receber o calor e as agressões do dia-a--dia bem protegido é o desafio da gama Nivea For Men: formada pelo Nivea For Men Extreme Comfort (gel de barbear/after shave bálsamo), que assegura a suavidade, pelo Nivea For Men DNAge Hidratante Anti-Age, que garante a elasticidade e o rejuvenescimento das células, e pelo Nivea Hair Recharge, composto por um champô e por um tónico contra a queda do cabelo. Já não há desculpas para não encarar o Verão com um sorriso num rosto bem cuidado.
No sítio certo à hora certa Desportivo, elegante, sofisticado. A colecção Lorus Sports para homem promete responder ao grau de exigência de quem valoriza a qualidade e o design. Com uma correia em pele pespontada a vermelho, tampa de rosca e bisel ionizado, este cronógrafo valoriza os tons sóbrios contrastando-os com os elementos metálicos e resiste à água até 100 metros.
> Noites de Verão Citadino, fresco, divertido e estimulante, a nova edição limitada de ck IN2U POP responde aos chamamentos das noites quentes de Verão, aliás, os frascos assim o provam, ao vestirem-se de azul e amarelo eléctricos. Para ele, a menta junta-se ao limão, às especiarias e à madeira; para ela, a papaia mistura-se com citrinos e baunilha. O resultado é um aroma a energia. 150
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Gucci by Gucci O novo perfume nasce para o homem sensual, ambicioso, bem sucedido, autoconfiante e líder. Em suma, nasce para o que a marca designou como o homem Gucci. O frasco prata e cinzento esconde uma fragrância com toque a bergamota, cipestre, pimenta preta, folhas de violeta, jasmim, tabaco e âmbar, que combinam com o incenso de couro e com a madeira de cedro. Suave, sedutor, distinto.
> Desporto em palmo e meio O Nexgym deu a conhecer em Portugal o conceito de fitness para crianças, que associa o gosto pelos jogos e o exercício físico. Os mais jovens deixaram de fazer exercício de forma natural, algo que esta cadeia de ginásios se propõe mudar. Dispõe para isso do mais recente e avançado equipamento tecnológico em jogos de vídeo e exercícios virtuais, equipamento que combina a realidade virtual com o exercício saudável.
25 anos de precisão estética A Swatch celebra o seu 25º aniversário com a nova colecção desportiva Chrono Plastic. São seis modelos novos que combinam materiais duradouros e adaptados à prática do desporto, com movimentos precisos e designs actuais. Um elegante bisel rotativo, botões e coroa de grandes dimensões e braceletes desportivas com relevos são alguns dos pontos fortes destes relógios desenhados para quem gosta de acção, com muito estilo.
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PCGUIAPRO NOTÍCIAS
APC promove eficiência energética Novas ferramentas que permitem às empresas optimizar os seus centros de dados foi uma das propostas apresentadas SUSANA ESTEVES, EM RHODE ISLAND
Eficiência energética e desempenho foram as palavraschave que ecoaram nos diferentes discursos ouvidos no APC Editors Event deste ano, que se realizou na sede da APC, em Rhode Island, nos Estados Unidos. A discussão centrou-se na gestão do arrefecimento versus a eficiência energética dos centros de dados. Esta temática é considerada crucial para a APC, que se propôs ajudar as empresas a optimizar a estrutura dos seus centros de dados, em termos de eficiência, através de Trade Off Tools, ferramentas gratuitas. Estas ferramentas funcionam como uma suite que inclui várias calculadoras desenhadas para avaliarem as diferentes variantes que, neste caso, devem ser consideradas. Existem à disposição sete ferramentas diferentes: Data Center Energy Efficiency Calculator, Data Center Capital Cost Calculator, Power Sizing Calculator, Carbon Calculator, Virtualization Energy Cost Calculator, InRow Containment Selector, AC vs. DC Calculator. A partir dos resultados aqui encontrados, as equipas responsáveis pelo desenho ou optimização dos centros de dados podem esquematizar a estratégia que melhor cobre as necessidades da companhia. No global, deverão conseguir calcular a Data Center Infrastructure Efficiency (DCIE). O objectivo da APC é dar aos clientes ferramentas que permitam traçar eles próprios uma série de linhas de orientação sobre como optimizar o seu datacenter, sem terem de recorrer a serviços de outsourcing. A empresa norte-americana compromete-se a especificar a eficiência de todos os seus produtos. O nível de eficiência será medido por uma empresa
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da indústria, segundo indicação de Neil Rasmussen, senior vice president, Innovation, que fez questão de reforçar que, no futuro, todos os centros de dados vão ter obrigatoriamente de medir o nível de eficiência, até porque a gestão da energia vai ser fundamental no sector empresarial. Entre a lista de novos produtos, o destaque foi para as unidades de arrefecimento InRow RD, equipamentos que se introduzem directamente nos servidores e que funcionam como sistemas de arrefecimento dedicados. O facto de estes dispositivos serem estreitos, dá à APC uma nova vantagem competitiva, que se traduz na oferta de soluções para pequenos centros de dados que enfrentam problemas de sobreaquecimento. Segundo dados da companhia, o mercado para o InRow está avaliado em cerca de 400 milhões de dólares (cerca de 255 milhões de euros). A APC apresentou ainda um update à família de produtos que permite monitorizar estes servidores sem que seja necessária uma vigilância quase “presencial”, a Remote Console Manager (RCM). Segundo a APC, esta consola visa ajudar as empresas a reduzir os custos em tecnologia,
através da automatização de tarefas, monitorização e reporting proactivo, gestão remota, entre outras funcionalidades. No que ao primeiro ponto diz respeito, a APC salientou a possibilidade de o administrador automatizar tarefas simples, como a manutenção de sistemas operativos, upgrades, alterações de palavras-passe, entre outros exemplos. A companhia aproveitou também para apresentar novos switches KVM. Existem agora modelos com 16 e 32 portas – cada um deles suporta um máximo de 8 utilizadores remotos em IP. A título de curiosidade, Aaron Davis, senior president, CMO e presidente da unidade norteamericana da APC, referiu que a questão do arrefecimento assume cada vez mais um papel importante, não só pela dualidade eficiência/custo, mas também pela temática do aquecimento global. O desafio está em controlar a situação actual e em preparar o futuro. A era multimédia fez erguer um novo nível de exigência para os centros de dados; com o aumento da exigência a questão do sobreaquecimento volta a estar no centro da lista de preocupações. Para sublinhar este tópico,
Aaron Davis lembrou que numa só pesquisa efectuada por um utilizador no Google são activados cerca de 7 mil servidores. A grande meta da APC, estipulada no evento, passa por garantir «uma solução simples, prática e fácil de gerir, que forneça um retorno do investimento positivo ao permitir uma maior eficiência em termos energéticos». Este responsável lembrou que mais do que poupar nos equipamentos e na qualidade ao cliente, há que procurar garantir a eficiência noutros campos, como é o caso do energético, onde se continua a gastar muito mais do que o necessário. A empresa garantiu já ter soluções capazes de endereçar até 75% do consumo de energia. Aaron referiu que o facto de os datacenters não terem actualmente uma estrutura capaz de endereçar o problema do consumo energético, e do consecutivo arrefecimento, está a travar a venda de servidores, nomeadamente dos modelos mais recentes. «Hoje em dia existem fabricantes a vender servidores demasiado potentes para a estrutura de centros de dados que existe». Para este último, é tudo uma questão de gestão, porque apenas uma pequena fracção da energia usada é transformada ou aplicada na informática; o resto é perdido. A má gestão faz com que os custos de energia se transformem cada vez mais nos grandes consumidores de orçamento para as empresas que operam neste tipo de negócio. Reforçando esta ideia, Neil Rasmussen garantiu que a APC «consegue melhorar 35% do consumo energético, apenas optimizando a infra-estrutura». Este responsável lembrou que a optimização não passa apenas pela forma como um datacenter é constituído hoje em dia, mas também pela forma como é gerido.
HP renova oferta para profissionais Destaque para a gama EliteBook e para o smartphone HP iPaq 914 Series Business Manager JOÃO PEDRO FARIA, EM BERLIM
A HP levou cerca de seiscentos convidados a Berlim para dar a conhecer as novas apostas para os mercados de consumo e empresarial, naquele que é o evento do género mais importante do ano para a multinacional norteamericana. Ao todo, foram anunciados onze novos modelos de computadores portáteis, um novo ecrã com tecnologia LED com capacidade para exibir mais de mil milhões de cores e ainda uma nova versão do desktop HP TouchSmart. No campo dos laptops, a grande estrela passa a ser a família HP EliteBook, que se vem juntar no campo dos portáteis profissionais à família HP Compaq e que
permite aumentar a oferta em termos de versatilidade de soluções. Com um design inspirado na indústria aeronáutica, a nova gama EliteBook representa um dos sete novos portáteis desenhados a partir do zero na região EMEA e apresenta alguns pormenores em termos de requinte e de robustez. É o caso do kit HP Duracase, composto por uma série de características que aumentam a qualidade geral dos modelos, como sejam o chassis em liga de magnésio e o exterior em alumínio anodizado escovado, que garantem uma maior rigidez estrutural e uma
maior protecção face a riscos. Tratando-se de uma gama de modelos profissionais, a combinação de hardware e de software é outro aspecto a ter em conta, e nesta matéria os novos portáteis contam com uma linha de processadores AMD e Intel que contempla, respectivamente, as gamas AMD Turion 64 X2 Ultra e os novos Centrino 2 e Centrino 2 com vPro. E numa altura em que se fala tanto em “green IT”, os novos HP não poderiam evitar a questão ambientalista, apresentando materiais com maiores índices de reciclagem. Por outro lado, são já diversos os modelos de portáteis HP que podem ser adquiridos opcionalmente com um ecrã de tecnologia LED mais amiga
do ambiente. Aliás, o fabricante espera conseguir remover totalmente o mercúrio na sua oferta de tecnologia de ecrã em 2010. Outro anúncio na área da computação móvel é o novo HP iPaq 914 Series Business Manager, um smartphone 3G que apresenta um look agradável, baseado numa mistura de preto piano glossy com cromados. Conta com um teclado QWERTY, com as já habituais soft keys para substituir o ecrã tácil (também presente), no que toca a lidar com as funções do sistema operativo Windows Mobile 6.1 Professional. O novo smartphone apresenta diversas soluções em termos de ligações sem fios, com destaque para o Wi-Fi e o GPS.
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IBM traça estratégia de Green IT A empresa apresentou o programa Software for a Greener World JOÃO TRIGO, EM ORLANDO
Depois de em Maio de 2007 ter lançado o projecto Big Green, uma iniciativa de promoção de eficiência energética nos data centers em que a IBM aplicou mais de mil milhões de dólares, a multinacional americana revelou no encontro Pulse 2008, que se realizou em Orlando, nos Estados Unidos da América, uma expansão para o programa. Denominado Software for a Greener World, baseia-se no princípio da optimização da infra-estrutura, da gestão do workflow e da promoção da monitorização do consumo de energia nas empresas. Para tal, a Big Blue introduziu novos produtos Tivoli que permitem a gestão do consumo de energia nos data centers e que facultam aos gestores do parque de TI uma forma simplificada de gestão da energia e de controlo e redução das emissões de carbono. O principal destaque vai para o Tivoli Monitoring e para as melhorias introduzidas no IBM Maximo Asset Management, no Maximi Spatial e no Active Energy Manager. As capacidades de monitorização estendem-se a produtos como o WebSphere Portal 6.1, ao Lotus Notes e Domino 8.5 e ao Lotus ActiveInsight 6.1, que garante módulos de integração com soluções de Business Intelligence (BI) para a criação de dashboards em tempo real. A estratégia de promoção de Green IT passa ainda pela introdução de novas opções de gestão de informação disponíveis através do IBM Compliance Wharehouse for Legal Control, que permite que os clientes da empresa cumpram os requisitos impostos pela regulamentação ambiental «reduzindo os custos, a complexidade e o risco». A esta solução soma-se o Tivoli Usage and Accounting Manager, com o qual os clientes podem verificar em tempo real os custos de
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energia atribuídos a cada serviço oferecido. A estratégia da IBM passa pela utilização de ferramentas de trabalho colaborativo online que têm como principal objectivo reduzir as necessidades de viajar, bem como soluções de automação que promovem uma maior eficiência energética e maior facilidade na gestão da infra-estrutura, que passa pela virtualização de TI. Os conceitos são postos em prática em serviços de instant messaging e ferramentas de Web Conferencing, bem como na reorganização de processos através de produtos como SOA WebSphere, FileNet e Tivoli. No encontro de Orlando, Steve Mills garantiu mesmo que a questão energética «é um dos principais desafios que as empresas têm pela frente nos dias que correm». O senior vice president do IBM Software Group sublinhou o facto de o consumo de energia nos data centers duplicar a cada cinco anos e garantiu que «o custo da energia dentro do orçamento de TI poderá crescer de 10 por cento para 50 nos próximos anos». A este facto não será estranho o crescente preço energético e o aumento significativo do valor do barril de petróleo, bem como as regulamentações governamentais, que forçam as empresas a reduzirem as
Arquivo S.I.
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emissões de carbono. O mesmo responsável alertou para o perigo de as companhias virem a gastar num prazo de cinco anos tanto dinheiro em consumo energético e soluções de refrigeração quanto despendem na infra-estrutura de hardware e concluiu reforçando a ideia de que a gestão eficiente da energia deve ser encarada como uma prioridade, já que «entre 30% a 60% da energia consumida nos data centers é desperdiçada». O vice-presidente do Sofwtare Group da IBM advoga que é preciso ver claramente a infra--estrutura da empresa como o primeiro passo para melhorar a eficiência energética e consequentemente reduzir os custos. A melhor forma de o conseguir é «através da automação de processos e de assets de IT, de uma contínua
monitorização e da optimização da forma como a informação é arquivada e gerida dentro da organização». De resto, também o general manager de software Tivoli fez questão de salientar a necessidade de encarar o desafio da gestão energética e da eficiência do consumo como uma questão premente. Al Zollar referiu que «o crescimento acentuado do número de computadores e de redes está a ter um custo elevado no que concerne ao ambiente e aos custos nas empresas» e sublinhou a necessidade de encarar este cenário não apenas como um problema de hardware, uma vez que «é cada vez mais o software que garante melhores opções de Green IT dentro de uma organização».
Novo software de gestão de energia Na conferência IBM Pulse, a empresa aproveitou para lançar um novo software pensado especialmente para empresas que procurem soluções de maximização de gestão de energia e de redução dos custos associados à refrigeração. A mais recente versão do Tivoli Monitoring centraliza a visualização da informação relacionada com a gestão de energia da infra-estrutura e permite que os gestores
de TI consigam em tempo real saber que equipamentos estão a consumir mais energia e alertarem os gestores dos data centers para potenciais questões relacionadas com deficiências de alimentação ou de refrigeração antes de estes acontecerem. A IBM garantiu que a solução funciona com aplicações de parceiros de forma a «facultar aos clientes uma visão detalhada do consumo de energia dentro da
infra-estrutura da empresa», não só referente a equipamento de TI, mas também de activos gerais como dispositivos de ar condicionado, equipamento de iluminação e de sistemas de segurança. Entre os parceiros da IBM nesta área encontram-se nomes como a APC e TAC (Schneider Electric), a Eaton, a Matrikon, a Siemens e a VMware.
CA termina ano com subida de 8% A actividade em Portugal vale 20% do mercado ibérico e as perspectivas de crescimento são de dois dígitos JOÃO PEDRO FARIA
A CA apresentou os resultados relativos ao quarto trimestre e ao ano fiscal no seu todo, que findou a 31 de Março de 2008. Nos últimos três meses de actividade, atingiu 1,085 mil milhões de dólares (cerca de 694 milhões de euros), o que se traduz num aumento de 8 por cento face ao período homólogo do ano anterior (ou de 2 por cento a câmbio fixo), tendo terminado o ano com receitas na ordem dos 4,277 mil milhões de dólares (cerca de 2,736 mil milhões de euros), um aumento novamente de 8% face ao ano anterior (ou de 5 por cento a câmbio fixo). As receitas totais da América do Norte aumentaram 2% no quarto trimestre, enquanto que os provenientes das operações do resto do mundo aumentaram 16% (ou 3% a câmbio fixo), quando comparados com os resultados do ano anterior. As contratações de produtos e serviços no quarto trimestre fixaram-se nos 1,468 mil milhões de dólares (939 milhões de euros), ou seja, aumentaram em 30% em comparação com os 1,133 mil milhões de dólares (725 milhões de euros) registados no ano anterior. O total de contratações de produtos e serviços do ano fiscal ascendem a 4,537 mil milhões de dólares (2,903 milhões de euros), um aumento de 15% face aos 3,938 mil milhões registados no ano fiscal de 2007. Ao longo do ano que agora findou, a CA estabeleceu 61 contratos de licenças superiores a 10 milhões de dólares (6,4 milhões de euros), atingindo um total de 1,400 mil milhões de dólares (896 milhões de euros). No ano passado, os 42 contratos somavam 1,100 mil
milhões de dólares (703 milhões de euros). Para o ano fiscal de 2009, a CA espera conseguir obter um aumento de um dígito sobre as contratações totais de produtos e dos serviços no segmento médio-alto, aumentar as receitas totais entre 2 e 4% a câmbio fixo, o que equivale dizer entre 4,500 e 4,600 mil milhões de dólares, correspondente a um aumento efectivo entre os 5 e os 7%. O senior vice president para a região South and Eastern EMEA, José Pedro Carvalho, enfatizou não só a importância de a CA ter «um fortíssimo cash flow que é aplicado em investimentos», como ainda o facto de a CA reinvestir «14% da receita em Investigação e Desenvolvimento, um valor que ronda os 500 milhões de dólares e que é muito significativo». DE acordo com os dados que conseguimos apurar, o mercado nacional vale 20% da facturação na região Ibéria. Segundo Pedro Ligero, Iberia Country manager, «a CA facturou 40 milhões de euros, sendo que Portugal contribuiu com oito milhões de euros». Quanto a previsões, Pedro Ligero crê que será possível «crescer na ordem dos dois dígitos, isto num mercado que está a crescer 8%». A CA marca presença em Portugal desde 1991 e conta hoje com cerca de 20 colaboradores, estando inserida na CA Ibéria após uma reestruturação que aconteceu há cerca de um ano. No total da região, tem 95 empregados. Em território nacional conta com 120 clientes nas áreas financeira (a mais forte, que inclui banca e seguros), das telecomunicações e dos transportes.
PCGUIAPRO ENTREVISTA Arquivo PCGuia
PCG
Al Zollar, general manager de software Tivoli
IBM reforça estratégia de Tivoli
A Big Blue aposta forte no software como meio para dinamizar o green IT e garante que as aplicações Tivoli não são só para empresas de grandes dimensões TEXTO JOÃO TRIGO, EM ORLANDO
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IBM juntou em Orlando, nos Estados Unidos da América, clientes e parceiros num evento totalmente dedicado ao software Tivoli. Em conversa com a PCGuia, Al Zollar, general manager de software Tivoli, explicou que a eficiente gestão energética passa também pelo software e que os mercados com empresas de pequenas dimensões não são esquecidos pela Big Blue. PCGuia – Como é a vossa estratégia de Green IT adaptável a mercados com empresas de pequenas dimensões, como o português, onde as questões ambientais nem sempre estão no topo 156
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das prioridades de investimento? Al Zollar – Compreendo perfeitamente esse ponto de vista, mas elas devem encarar o Green IT como uma área essencial nos dias que correm. O aumento do preço da energia está a obrigar as empresas a repensarem os seus processos. Além disso, é preciso relembrar que é cada vez mais o software que garante melhores opções de Green IT dentro de uma organização. No caso da IBM, o Tivoli Monitoring Software é utilizado por empresas de grandes dimensões, mas também por organizações mais pequenas. PCG – Mas quando a IBM desenvolve
novos módulos ou produtos Tivoli pensa nas necessidades de empresas de mercados como o português? A.Z. – A nossa principal abordagem tem sempre que ver com o mid market e com grandes empresas, pelo que desenvolvemos imensas soluções para grandes organizações – essa abordagem faz parte da própria história da nossa empresa – e posso garantir que continuamos a desenvolver produtos para o mid market, que é, de resto, um das áreas de maior crescimento na IBM. Não esquecemos, portanto, as necessidades das empresas que operam neste segmento e estamos
particularmente dedicados aos mercados emergentes. PCG – O vosso software não se restringe à monitorização de equipamento de TI… A.Z. – Precisamente, com algumas alterações, os responsáveis das empresas podem fazer a monitorização de mais do que simplesmente o equipamento de TI. Pode fazer o controlo de todos os equipamentos que fazem parte do data center, entre os quais se incluem, por exemplo, aparelhos de ar condicionado. Penso que este é um argumento de peso. PCG – Como pensa a IBM abordar
o problema do armazenamento? O volume de dados guardados aumenta consideravelmente todos os anos... A.Z. – Temos uma série de soluções para storage. A principal solução é a Backup and Recovery, mas não é seguramente a única. Um dos problemas dos backups é que demoram muito tempo a ser realizados, assim como o restauro da informação: também é muito moroso. Assim, introduzimos novas tecnologias (a que temos acesso através da empresa Files X) que reduzem radicalmente o tempo de criação do backup e que diminuem também a quantidade de dados perdidos. PCG – Qual é a razão para existirem sistemas de monitorização neste ambiente? A.Z. – Estamos também a focar-nos na disponibilidade e na performance dos sistemas de armazenamento. As nossas soluções descobrem o sistema de storage e monitorizam-no de forma a garantir que a disponibilidade e o desempenho da infra-estrutura de storage são os necessários. Trata-se de gerir eficazmente a informação em todo o seu ciclo de vida. PCG – Qual é a área de gestão de segurança que considera mais importante? A.Z. – Se falarmos com um cliente que foi alvo de um ataque de denial of service (DoS) baseado em identidades que não estavam registadas nas suas directorias, então a área mais importante será certamente a de Identity and Access Management, pelo que deverá querer focar-se mais em intrusion prevention, por causa da experiência recente. Todas as áreas da segurança são importantes. Depende da situação do cliente e dos riscos que eles identificam no seu ambiente. Se tiverem uma infra-estrutura capaz de lidar com o malware, então essa área não será uma prioridade. Se tiver portas muito fracas em casa, não é tão importante dar chaves aos seus familiares. O que é realmente importante é instalar portas melhores. Se as portas
forem de boa qualidade, então é essencial que as pessoas certas tenham as chaves necessárias para as abrir. PCG – A IBM tem muitas soluções de segurança, e por vezes existe a ideia de demasiada dispersão, não só nesta área, mas noutras. Por que razão não existe uma solução holística, que possa ser utilizada num sistema completo de segurança ou de outra natureza? A.Z. – Essa questão é-me colocada com alguma frequência. Os pacotes de produtos que nós oferecemos têm mais que ver com a natureza dos clientes e com os papéis que cada pessoa tem na organização do que com outra coisa qualquer. Se falarmos de
Além disso, a IBM tem Security Framework, que é o set holístico de capacidades da IBM que nos permite mostrar aos nossos clientes que percebemos as suas necessidades, mas que garante ainda que são eles que nos dizem por onde querem começar a resolver os problemas específicos que identificaram. Podemos fazê-lo depois recorrendo a papéis individuais e trabalhando separadamente com indivíduos dentro da organização. PCG – Pensa que o mercado de segurança se pode vir a transformar num mercado de serviços por si só? A.Z. – Eu comparo a gestão dos serviços de segurança ao
É cada vez mais o software que garante melhores opções de Green IT dentro de uma organização data lost prevention e de network intrusion prevention, estamos muitas vezes a falar com os indivíduos responsáveis pela infra-estrutura de rede das companhias. Se falarmos de identity and access managent é provável que seja com pessoas responsáveis pela administração da infraestrutura ou com indivíduos ligados às aplicações, que em vez de embutirem segurança nas aplicações utilizam interfaces que permitem que a aplicação esteja segura. Como vê, temos que garantir ofertas distintas para papéis muito diferentes. No entanto, garantimos depois uma integração de todas as soluções de forma rápida e simples.
tipo de serviços a que temos acesso quando contratamos alguém ou alguma empresa para garantir a segurança de nossa casa. Sentimo-nos confortáveis ao contratarmos pessoas para guardarem as portas, mas não estamos à vontade para termos indivíduos a decidirem a quem se dá as chaves de entrada em casa, certo? Preferimos ser nós a controlar esse aspecto. Talvez cheguemos a um ponto em que o standard associado a serviços como o trust proofing ou identity proofing se tornem em serviços que as empresas possam contratar em regime de outsorcing. Por ora, não vejo que exista esse interesse nem essa necessidade.
PCG – Mas poderemos vir a encontrar esse cenário… A.Z. – Sim, mas não num futuro próximo. Poderá existir uma altura em que os responsáveis das empresas digam: «Não quero comprar mais servidores.» E desse modo permitirem que empresas como a IBM giram os seus sistemas de segurança e outros serviços. PCG – Quais são os principais desafios para o software de gestão nos próximos anos? A.Z. – Penso que temos acima de tudo de nos focar nos problemas dos nossos clientes, e não nas capacidades de quem vende tecnologia. Os clientes estão a utilizar TI e infra-estruturas baseadas em tecnologia a um ritmo muito acelerado. Vemos isso com o aumento da quantidade de dados ou com o crescimento das falhas de segurança. Sabemos que o SOA e a Web 2.0 estão a desenvolver-se muito rapidamente… Temos de nos centrar em soluções de software completas e nos problemas dos clientes, acima de tudo. PCG – E não é o que se tem feito até agora? A.Z. – Algumas empresas concorrentes tentam convencer os clientes que um aspecto da sua infra-estrutura é na verdade menos importante do que outros. Mas fazem-no porque não têm uma boa oferta (ou, por vezes, qualquer oferta) em determinadas áreas. Assim, essas empresas tentam que o cliente veja o problema do seu ponto de vista, e não de acordo com as necessidades reais da sua empresa. Nós não fazemos isso. Facultamos soluções de software com valor real, mesmo sabendo que os clientes não conseguem ver imediatamente o valor acrescentado que este faculta. Quero com isto dizer que muitas empresas tentam moldar os problemas dos seus clientes às ofertas que conseguem oferecer e não respondem realmente às questões dos clientes. ■ AGOSTO 2008
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Byblos destaca-se pela inovação tecnológica A livraria portuguesa é conhecida mundialmente por ser a maior referência mundial de RFID readers do mundo TEXTO CARLOS MARÇALO FOTO VITOR GORDO
A
livraria Byblos abriu portas no passado dia 13 de Dezembro de 2007, com um espaço pensado ao pormenor, tendo como objectivo ser um local confortável para o cliente e onde este possa encontrar qualquer livro disponível em Portugal. O conceito da maior livraria do País obedece a uma lógica de negócio que pode aparentar ser fácil de conceber e replicar num projecto desta dimensão, mas na realidade é extremamente complexo. O
AO DETALHE >Solução Gestão e logística baseada em RFID >Empresa cliente Byblos >Tempo de implementação 105 dias >Número de empresas no projecto 12
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desejo de alcançar um espaço de excelência com factores de diferenciação obrigou a realizar uma planificação rigorosa. Isto só foi possível graças à integração de um conjunto de tecnologias de informação que permitiu materializar e executar as ideias e a visão calculadas de forma detalhada pelos responsáveis da Byblos. Quem entra na livraria certamente não repara que nos 4000 metros quadrados que constituem o espaço total desta livraria se encontra uma rede estruturada de mais de 200 quilómetros através da qual é gerado todo o processo de negócio. Não é por acaso que é conhecida mundialmente, não só pela sua actividade mas também por ser a maior instalação e a maior concentração de readers do mundo.
A Byblos é também a primeira livraria que integra RFID em todas as suas vertentes operacionais.
RFID presente em todos os processos De facto, a tecnologia RFID é um factor comum a todas as operações da livraria. A partir do momento em que um livro chega à Byblos, sai da caixa, é-lhe colocado um reader – uma espécie de identificação electrónica – e desde esse momento é controlado a partir do ID. Este facto permite à livraria controlar todas as unidades de produto existentes na loja. A tecnologia está toda integrada. Quando o cliente se dirige à caixa para pagar, a leitura do livro é feita automaticamente pelo ID, que dá essa informação ao software do PoS (Point of Sale) e este regista a venda. Todo o
processo é feito sem intervenção humana, bastando deixar os livros em cima da bancada da caixa de pagamento. A PCGuia falou com Rui Gaspar, Chief Operations Officer (COO) da Byblos Livrarias, e um dos responsáveis pela idealização deste projecto, explicando que nos últimos três anos e meio participou neste grande desafio de projectar e conceber uma livraria com base no conceito do conforto. O nosso interlocutor salienta que estudou as soluções e a forma de fazer negócio das melhores livrarias do mundo, tendo-se deslocado aos Estados Unidos, Brasil, Japão, Alemanha, Inglaterra e França para visitar algumas das livrarias de referência mundial. Com o tempo, os responsáveis pelo projecto foram compreendendo que «as
livrarias que tinham maior sucesso tinham como denominador comum o conforto». Este conceito não estava relacionado apenas com o conforto do cliente, que é fundamental, mas também com a facilidade de movimentação de um grande número de títulos, com a qualidade do mobiliário, os cuidados com a sinalética e a acessibilidade. «Só estas livrarias conseguem progredir, porque o negócio do livro tem uma particularidade: gera stocks absolutamente brutais», diz o COO da Byblos.
O paraíso em forma de livraria Quem se desloca até ao número 17 da rua Carlos Alberto da Mota Pinto, e entra na Byblos, rapidamente identifica numa das paredes principais da livraria uma frase do escritor e poeta argentino Jorge Luís Borges. «Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.» Para replicar este conceito de paraíso, onde a comodidade e a facilidade de utilização do espaço são requisitos obrigatórios, os responsáveis da Byblos tiveram de identificar e ultrapassar uma série de problemas. O primeiro teve que ver com o mobiliário. Para o nosso interlocutor, o mobiliário tinha de ser exclusivo, ter um design único, ser capaz de fazer enquadramentos e de suportar RFID. Seguiu-se a questão da luminosidade, uma questão entendida como vital por Rui Gaspar, uma vez que «as capas dos livros não são iguais em todos os sítios; na literatura a maioria das capas são baças, mas, por exemplo, na banda desenhada ou nos livros infantis a maioria das capas é muito brilhante, logo, o espaço tinha que ter uma combinação entre a altura do tecto, a tipologia do livro e a do produto que estava a ser exposto para garantir uma iluminação uniforme». Ultrapassadas estas duas situações, colocou-se a questão de como comunicar de uma forma simples toda a oferta que a livraria disponibiliza. Seguiu-se outra interrogação. De que forma se guia
uma pessoa dentro de um espaço de 4000 metros quadrados para encontrar o que procura? De seguida identificaram-se outros problemas relacionados com a logística, isto é, com a gestão de stocks e com as entradas e saídas de livros. Segundo Rui Gaspar, para evitar o caos, havia duas possibilidades: ou se contratava um batalhão de pessoas para repor os livros e localizá-los nas áreas respectivas, ou tinha de se arranjar uma fórmula para resolver esta situação, que está relacionada com aspectos de logística e com a satisfação do cliente. Mais uma vez, a solução residia na tecnologia.
Dificuldades inerentes à inovação O processo de integração tecnológica na Byblos não foi fácil. Rui Gaspar reconhece que a primeira conceptualização, que resultou de pesquisas e do envolvimento de algumas empresas, «não foi muito pacífica». De acordo com este responsável, a intenção inicial era ir mais longe do que realmente acabou por se implementar, mas em Janeiro de 2007 ainda não existia no mercado tecnologia que possibilitasse implementar de forma integrada este projecto. Ao todo participaram 12 empresas neste projecto, que teve sempre no seu horizonte a unificação de diferentes tecnologias de forma a poder ter uma livraria totalmente informatizada, tendo como ponto de partida o RFID. Conforme explica Rui Gaspar, em Maio do ano passado, juntaram-se cinco empresas vindas de vários sítios (Estados Unidos, Holanda e Portugal), fornecedores de software e hardware e empresas de desenvolvimento de software, para tentar definir um projecto que viabilizasse a integração do RFID tal como os responsáveis da Byblos o tinham idealizado. «A reunião começou às 10 da manhã e às 6 horas da tarde deram-me a fantástica notícia que não era possível realizar esse projecto», diz Rui Gaspar reconhecendo que tiveram que «fazer algumas concessões» e que se chegou «a um
entendimento com estas empresas para desenvolver software e hardware para suportar o projecto». Um dos problemas associados a este projecto tecnológico era o seu pioneirismo, o que obrigou a idealizar todos os processos e produtos de raiz. Não se tratava só de uma questão de programação; estava associado a todo o conjunto de processos existentes numa livraria normal, desde a contabilidade à logística, e a forma como toda essa tecnologia se integrava para prestar um serviço único ao cliente ao mesmo tempo que minimizasse os custos da livraria garantindo ganhos de eficiência e acelerando processos de negócio. O resultado final deste projecto foi o desenvolvimento de vários produtos novos. Rui Gaspar explica que a PHC conseguiu um software quase de raiz de gestão e logística integrado com RFID, o BPN desenvolveu um sistema integrado de pagamento com a NetPay,
que não existia em Portugal, e a Creative System desenvolveu um software de RFID que não existe em lado nenhum.
Referência mundial A Byblos transformou-se numa referência mundial para o sector livreiro, e se no momento de conceber o projecto os responsáveis da Byblos correram meio mundo para estudar e analisar diferentes livrarias, o processo inverteu-se, sendo agora a livraria portuguesa que recebe as visitas dos diversos especialistas de todo o mundo, que viajam até Lisboa para testemunhar os resultados e benefícios do inovador projecto. Só para dar alguns exemplos recentes, Rui Gaspar recebeu uma delegação de 60 americanos de diferentes livrarias, recebeu um dono de uma cadeia de livrarias da Checoslováquia e já mostrou o projecto a diversas pessoas do Brasil. ■
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PCGUIAPRO OPINIÃO
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Protecção da Propriedade Intelectual JAVIER PINANA, DIRECTOR DA ALADDIN EUROPE
OPINIÃO
ganha relevância segundo o momento. Nos primórdios da informática, a segurança consistia em ter uma instalação eléctrica em condições e ter a preocupação fazer cópias de segurança dos dados e aplicações. O passo seguinte consistiu em colocar essas cópias num lugar salvaguardado, ou seja, falar de segurança era falar de armários resistentes ao fogo, mas à medida que fomos avançando e a informática se expandiu, os riscos cresceram e multiplicaram-se. Cedo surgiu a pirataria informática com as cópias ilegais
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A forma como a segurança é interpretada varia consoante a empresa em questão
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ão deixa de ser interessante observar como os conceitos vão ampliando as suas definições. Isto é especialmente verdade na área da informática que é, provavelmente, onde os avanços são maiores e mais rápidos, logo, é exigida uma actualização da definição dos conceitos com maior frequência. Tomemos como exemplo a expressão “um disco duro de grande capacidade”. O que é que isto hoje em dia significa? O que é que significava apenas há alguns anos? A questão da terminologia associada à informática torna-se ainda mais complexa se analisarmos a multiplicidade de sectores que existem. A segurança, por exemplo, é um conceito que inclui cada vez mais significados, e cada um deles 160
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das aplicações, apareceram os vírus, que mais tarde encontraram na Internet o meio ideal para se propagarem sem qualquer controlo, e as comunicações passaram a permitir a infiltração nos sistemas corporativos das empresas, o que colocou em risco todos os dados confidenciais e informação delicada. As empresas têm já consciência das precauções que têm de tomar, e por isso dispõem de avançados sistemas de backup automatizados, sistemas de antivírus constantemente actualizados e firewalls que ajudam a controlar o acesso de intrusos aos ambientes de rede corporativos. Mais recentemente já nos preocupa a encriptação de dados e dos nossos sistemas de armazenamento, devido à
propagação dos dispositivos móveis ou portáteis. Sabemos que devemos proteger os nossos dados, porque eles já não estão só dentro da empresa e “a salvo”. Se perdermos um computador portátil, o pior não é o facto de perdermos a informação, já que podemos ter cópias de segurança, mas sim não sabermos a que mãos pode ir parar essa informação, e qual o dano que poderá provocar se cair nas mãos erradas. A forma como a segurança é interpretada varia consoante a empresa em questão. Os fabricantes de software, além de disporem de sistemas de segurança como qualquer outra empresa, têm de preocuparse com a protecção das suas aplicações e dos seus activos digitais. Segundo o último relatório publicado no passado mês de Maio pela BSA (Business Software Alliance), juntamente com a consultora IDC, relativo a dados de 2007, a piratearia em Portugal atingiu os 43%, ou seja, quase que podemos dizer que em cada duas aplicações de software que se instalaram durante esse ano, uma carecia de licença, era ilegal. Isto deveria ser motivo suficiente para que, de uma ou outra forma, todas as aplicações comercializadas tivessem uma protecção capaz de garantir minimamente a integridade da licença. Mas do ponto de vista da Propriedade Intelectual, em numerosas ocasiões já não se trata só da protecção para evitar as cópias ilegais, mas da protecção da informação inerente à aplicação. Por trás de cada programa de software
há uma infinidade de horas de trabalho de uma equipa de desenvolvimento, há um projecto, há uma ideia inovadora, há bases de dados que requereram um grande investimento de tempo e dinheiro para ser compiladas, novas fórmulas que agilizam a execução do programa e a interface com que se apresenta, e tudo isto configura o que em termos de desenvolvimento de software se entende por Propriedade Intelectual, o que diferencia as soluções de todos os concorrentes. Existem programas de software para praticamente qualquer coisa que nos lembremos. Pensemos nos jogos, cujo êxito depende da sua inovação gráfica, ou nas aplicações que optimizam o funcionamento de máquinas industriais. Neste caso o software sem a máquina não serve para nada, aparentemente não é necessária uma protecção, no entanto, esta mesma máquina pode funcionar com outro software da concorrência, desleal. Para proteger essa Propriedade Intelectual deve codificar-se a aplicação. Esta só deve ser descodificada durante a execução para garantir a sua integridade e afastá-la dos perigos da espionagem industrial. Existem ocasiões em que esta informação tão valiosa corre mais riscos, como é o caso das fases prévias aos lançamentos das aplicações, quando estão no período de testes definitivos antes da sua publicação comercial, em versão beta. Em resumo, a Propriedade Intelectual é o principal activo que o fabricante de software deve proteger trata-se de um novo conceito de segurança. ■
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PCGUIAPRO ÍNDICE
Hotspot Xp SP3 vs. Vista SP1: vale a pena a mudança?
Índice 152 156 158 160 162 164
Notícias Entrevista Case Study Opinião Software de Gestão Hotspot
Entrevista
A IBM aposta forte no software como meio para dinamizar o green IT. Al Zollar explica à PCGuia a estratégia da Big Blue
Caso em Estudo
Byblos destaca-se pela inovação tecnológica OUTUBRO 2006
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PCGUIAPRO SOFTWARE DE GESTÃO
Wintouch aposta em software especializado A empresa prefere desenvolver soluções à medida de cada mercado em detrimento de uma abordagem «one size fits all» JOÃO PEDRO FARIA
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Wintouch, empresa bracarense de capitais nacionais, tem como missão o desenvolvimento de software que permita ir ao encontro das necessidades específicas dos segmentos de mercado onde se posiciona. De acordo com Carlos Veiga, chief executive officer da empresa, «a Wintouch só tenta entrar num determinado mercado após saber que tem a solução preparada para responder a esse mesmo mercado», isto porque «tem consciência que ganhar um cliente hoje com uma solução que não está preparada para responder às necessidades específicas do seu negócio significa que não está a ganhar, mas sim a perder amanhã esse cliente e provavelmente outros, pois a imagem que este transmitirá ao mercado não será a mais favorável». Precisamente por esse motivo, «acontece com alguma frequência retirarmo-nos dos negócios que aparecem por sabermos que até os poderíamos ganhar, mas o cliente mais tarde iria aperceber-se de que não tinha
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efectuado o melhor investimento». Esta filosofia fez com que a Wintouch optasse por desenvolver de raiz várias soluções para ir ao encontro de cada um dos mercados a que se destina. «Não tentamos com uma solução abarcar diversos ramos de negócio», salientou Carlos Veiga. No entanto, e como é natural dentro do mesmo segmento de mercado, existem realidades diferentes. «Cada cliente é um
caso, pelo que todas as soluções da Wintouch são parametrizáveis para permitir que o software se adapte ao modo de trabalhar da organização», explica o CEO. Por outro lado, o produto é vendido por módulos, pelo que poderá ser adquirido de forma faseada. «Se o cliente pretender um novo módulo amanhã, basta adquiri-lo». Seguindo uma abordagem baseada numa rede de parceiros, responsáveis pela comercialização das soluções junto do cliente final bem como pela respectiva formação e apoio pós-venda, a Wintouch possui actualmente soluções para quatro segmentos de mercado. No segmento empresarial, propõe uma solução Enterprise Resource Planning (ERP) constituída pelos módulos (totalmente integrados) Contabilidade, Pessoal, Imobilizado, Gestão Comercial e Tesouraria. No segmento da hotelaria e restauração, e para além da informatização de unidades de restauração, tais como restaurantes, pastelarias, bares e discotecas, a software house nacional tem soluções
para informatizar unidades hoteleiras que vão desde o check-in do cliente até à componente administrativa. Para o sector das clínicas, a solução disponibilizada pela Wintouch abarca desde o segmento de mercado do consultório médico até às clínicas hospitalares (com internamento) de média dimensão. Finalmente, e no que concerne ao retalho, a Wintouch apresenta uma solução capaz de informatizar qualquer tipo de estabelecimento, uma vez que «este produto possui as especificidades necessárias para ir ao encontro da realidade das lojas de pronto-a-vestir, sapatarias, decoração, perfumarias, fotografias, lavandarias, cabeleireiros, ourivesarias, livrarias, papelarias, quiosques, vidrarias, supermercados, farmácias, talhos, gasolineiras, entre outras». A Wintouch trabalha continuamente em duas versões: aquela que se encontra em comercialização e na que será disponibilizada futuramente de modo a actualizála. Relativamente à versão actual, o trabalho feito consiste essencialmente na correcção de anomalias que sejam detectadas. Quanto à versão futura, são implementadas as sugestões recebidas e consideradas pertinentes. Tal como o nome sugere, a Wintouch possui soluções baseadas na tecnologia mais recente disponibilizada pela Microsoft, sendo desenvolvidas na linguagem VB .NET, em três camadas, e suportadas pela base de dados SQL Server. Apesar de ser «extremamente difícil dizer um valor, pois depende do tipo de aplicação, do número de postos e dos módulos desejados», segundo Carlos Veiga, em termos gerais, «uma solução Wintouch poderá custar 1500 euros» ■
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XP SP3 vs. Vista SP1
A PCGuia confrontou os últimos service packs para XP e Vista num festival de benchmarks PCGUIA
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evou vinte e três anos a fazer e está agora à beira do colapso. É a opinião de excêntricos e de peritos respeitáveis acerca da família Windows de sistemas operativos da Microsoft. Mas será que todos estes produtos são assim tão maus? Será que nem o lançamento de um par de novos service packs que prometem resolver todos os dramas dos dois sistemas estrela da Microsoft melhorará tudo isto? Se seguir as novidades e notícias que vão aparecendo no sector tecnológico, é quase certo que está familiarizado com os argumentos utilizados para
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JA UGLOH SOT O 2 020080 8
criticar as várias versões do Windows. É um sistema operativo pesado, que não consegue acompanhar em termos de desempenho o vasto leque de funcionalidades que oferece, que está cheio de buracos de segurança, entre outras alegações. Os muitos blogues de escárnio e maldizer não se acanham em sublinhar as práticas monopolistas opressivas perpetradas pelo duo Gates e Ballmer, teorias que mereceram o apoio das autoridades da União Europeia que, em 2003, ordenou a retirada do Windows Media Player do pacote Windows XP e aplicou desde então
uma série de multas por práticas anticoncorrenciais no valor de cerca de 2 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros). De facto, desde o lançamento da
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malfadada versão Vista do Windows, no ano passado, que dar pontapés à Microsoft se tem tornado um passatempo cada vez mais popular. O Vista foi tão mal recebido que há
Como testámos Todos os testes foram feitos com instalações do sistema operativo acabado de sair da caixa, incluindo todos os drivers do chipset da motherboard. Mas o desempenho de qualquer sistema operativo degrada-se com o correr do tempo. Assim, os nossos resultados podem não reflectir uma instalação madura que já sofreu com as naturais agressões do dia-a-dia. Em termos de hardware, as operações de processamento foram feitas por um Intel Core 2 Extreme X6850 na última motherboard Asus Striker II Extreme nForce 790i. Os gráficos vêm com os cumprimentos da popular GeForce 8800 GT da Nvidia e 2 GB de memória DDR3 rápida.
já analistas que indicam que o sector empresarial não o vai utilizar, de todo, e passará automaticamente para a próxima versão do sistema operativo da Microsoft, actualmente chamado Windows 7. Tendo em conta este cenário, o gigante de software bem pode rezar por um sucesso avassalador dos Windows XP SP3 e Vista SP1 agora lançados. Actualmente, uma das grandes questões que pairam nas reuniões das equipas de administração de sistemas das empresas é: será que vale a pena actualizarmos o parque para o Windows Vista? Quais são as grandes vantagens que este sistema traz e o que é que na prática as companhias vão ganhar com ele? Tirando uma interface com melhor aspecto, aparentemente só se beneficia de um leque de problemas e desvantagens, que incluem um desempenho mais lento, exigências penosas a nível de hardware, um suporte desigual ao software e medidas de segurança complicadas, como é o caso da funcionalidade de controlo de contas dos utilizadores. O Windows XP, mais simples e acessível, continua a ser o melhor sistema operativo para os utilizadores domésticos, neste contexto. Resumindo, nem tudo são rosas para a grande Microsoft, que já teve uma vida bastante mais fácil e com menos preocupações do que a que tem agora. Os ataques continuam a vir de várias frentes, como sempre vieram; a questão é que estão cada vez a fazer mais mossa. O nível de competitividade subiu alguns degraus e parece merecer mais atenção por parte das equipas da multinacional. Apesar de sabermos que a Microsoft será sempre alvo preferencial de ataques de toda a ordem, pelo impacto social, profissional e mediático que tem como empresa detentora líder do sector, tem de provar que certos comentários – «Após seis anos de desenvolvimento, exércitos de codificadores e uma montanha de dinheiro, o Vista foi o melhor que a Microsoft conseguiu?» – não têm qualquer justificação, nem sustentação. Um dos concorrentes que tem conseguido subir na consideração do mercado e aumentar a sua pequena lista de fãs tecnologicamente evoluídos para um leque de seguidores que já engloba curiosos e amadores é
a Apple. A aposta nos telemóveis e nos leitores multimédia mostrou-se acertada, e a entrada dos processadores da Intel compatíveis com o PC veio comprovar que o Mac está de volta. Isto, para não falarmos dos enormes progressos feitos no mundo do Linux, especialmente pelo Ubuntu.
Nuvens de tempestade Do mesmo modo, o próprio conceito de um sistema operativo cliente para todo o serviço está a ser posto em dúvida. O conceito de cloud computing, que tem por base um esquema totalmente suportado por servidores, é a tecnologia do momento. A Microsoft tem de sofrer necessariamente algumas alterações se na verdade se impuser um futuro em que virtualmente todas as aplicações e serviços funcionam em servidores remotos, precisando apenas o utilizador de uma ligação à Internet e de um web browser relativamente decente. Será que este novo modelo
O SP3 não se aplica à versão x64 do Windows XP
computadores já antigos, existe a forte possibilidade de perceber rapidamente que as máquinas se arrastam com o novo sistema operativo. Depois, há a questão da habituação à nova interface. À partida as alterações até nem são muitas, e com algum tempo um consumidor que conheça minimamente o trabalho com um PC consegue adaptar-se a algumas das alterações. Mas estamos a partir do princípio que se trata de
Com o SP3, o XP continua a poder funcionar bem em sistemas modestos pode pôr em causa o negócio da gigante de Redmond? A Microsoft tem dado provas de que consegue acompanhar as tendências e a natural evolução do mercado, logo, dificilmente esta companhia se deixa encostar à sombra da bananeira e deixa que terceiros passem a barreira de segurança que delimita o seu domínio do mercado. Actualmente, a questão mais crítica relativamente aos seus produtos prende-se com o sucesso do Windows Vista. As críticas ao sistema não têm ajudado à sua adopção, mas se no caso dos consumidores finais a migração pode ser originada por um sentimento de curiosidade e desejo de experimentação, quando nos referimos à realidade das empresas nacionais a questão é outra. A migração do parque informático de uma empresa para o sistema Vista pode implicar vários problemas, dependendo, claro está, da empresa em questão. O sistema é por si mais exigente em termos de máquinas. Logo, se se tratar de uma empresa com
uma pessoa que não tem grandes barreiras em termos informáticos. O que acontecerá num instituto público? Será que os funcionários de um organismo do Estado, que por regra não são propriamente experientes em informática, conseguirão adaptar-se facilmente? Ou a mudança para o Vista é sinónimo de fortes dores de cabeça para o departamento informático desse organismo? A verdadeira questão passa por saber se a mudança vale ou não a pena e se merece ou não o investimento acrescido
que implica, independentemente do nível de experiência e conhecimento. Um dos principais problemas associados ao Vista, no início, diziam respeito à falta de compatibilidade (drivers) que existiam com hardware e software de terceiros. Segundo alguns rumores, numa altura em que os melhores profissionais da Microsoft deveriam estar claramente concentrados em finalizar o novo SO Vista, preocupações relativas com a segurança do Windows XP distraíram as atenções. Como resultado, muitos profissionais da companhia foram retirados do projecto Vista para ajudar a tapar as fugas de segurança do XP e trabalhar no XP Service Pack 2. Actualmente, há indicadores de que a Microsoft está a adoptar uma estratégia diferente para responder à realidade do mercado. A disponibilidade da Windows XP Starter Edition foi adiada para Junho de 2010, por exemplo, e o Windows for Legacy PCs continua baseado no kernel do Windows XP, mais pequeno e menos exigente. Estes são apenas dois exemplos, mas a medida mais relevante é o lançamento de novos service packs para o Windows XP e o Windows Vista. A disponibilização do primeiro é um indicador de que a
Como o Vista, o XP SP3 pode ignorar os routers de rede que trabalham certos pacotes
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A extracção de ficheiros já não demora o que pereciam ser anos...
Vista actualizado e pronto a funcionar.
Microsoft se apercebeu que o Vista falhou o alvo da aceitação global, e que a aposta no XP deve, para já, continuar. O segundo lançamento é o reconhecimento de que algo correu muito mal e era necessário proceder a alguns ajustes.
Desempenho do XP SP3 Surge no mercado como o último grande service pack para o XP: o SP3 actualiza totalmente a instalação deste sistema com todos os upgrades históricos, embora precise, como ponto de partida, da instalação do SP1. O SP3 também inclui uma série de upgrades e patches pós-SP2, como o último protocolo de segurança para redes sem fios, WPA2, e algumas funcionalidades únicas. Cosmeticamente falando é idêntico ao SP2. A instalação leva cerca de 20 minutos, dependendo da configuração de hardware. As adições principais do Windows XP SP3 dizem respeito a um problema já antigo do Windows: a segurança. Primeiro, há a Protecção de Acesso a Rede (NAP), uma funcionalidade já presente no Vista e no Windows
Server 2008. Na prática trata-se de uma solução que dá aos administradores uma maneira directa e simples de validar qualquer equipamento, em termos de segurança e mediante parâmetros anteriormente estabelecidos, a uma dada rede. Esta nova funcionalidade permite também fazer actualizações críticas automáticas aos sistemas ligados, para impedir que estes fiquem contaminados. Depois há um módulo criptográfico melhorado que inclui um gerador de números aleatórios. Isto responde a uma vulnerabilidade específica que teoricamente fazia com que a chaves de encriptação geradas pelo XP fossem vulneráveis à exploração. Há um texto descritivo mais pormenorizado nas caixas de diálogo das opções. Finalmente, com o SP3, a Microsoft alinhou o XP com o Vista em termos da activação do produto e de gestão da chave de licenciamento. Tal como no Vista, um disco de instalação do XP com o SP3 incluído permite aos utilizadores executar o sistema operativo por 30 dias sem introdução de uma chave de licença. Globalmente, não tem uma lista
Mesmo com o SP1, a codificação de vídeo H.264 do Vista ainda fica atrás da do XP
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muito grande de melhorias, mas o XP é um sistema operativo maduro e bem desenvolvido. O que não pode esperar é que o SP3 substitua o Windows Vista. Não há actualizações na interface do utilizador antiga, nem são acrescentadas funcionalidades exclusivas do Vista, como o DirectX 10 API. A Microsoft pode estar a aprender com o lançamento conturbado do Vista, mas claramente ainda não abandonou o seu último SO. Em termos de desempenho, o Windows XP com o SP2 já está bastante leve e rápido para os padrões da Microsoft. Assim, os utilizadores não deverão estar à espera de melhorias significativas neste último service pack. Por regra, a Microsoft não fala de desempenho, mas o que podemos concluir pelos nossos testes é que na maioria das tarefas (transferências de ficheiros de e para vários dispositivos, codificação, rendering e jogos) o comportamento é bastante idêntico ao do SP2. Do mesmo modo, tal como as versões anteriores do Windows XP, o SP3 não levanta dificuldades de maior quanto ao suporte a hardware: funciona de maneira decente mesmo em sistemas extremamente modestos. Assim, em última análise, as funcionalidades novas do SP3 não chegam para nos convencer da necessidade do upgrade. Mas o que proporciona é um mecanismo simples para aplicar todos os pequenos hotfixes e patches que se acumulam com o tempo, especialmente para os utilizadores que preferem ter as actualizações automáticas do Windows desactivadas. Finalmente, não vimos nenhuns problemas de compatibilidade de software nem de hardware no SP3. Mas com a escala colossal do ecossistema relacionado com o PC, hoje em dia, não nos espanta que possa vir
a aparecer um ou outro problemazito.
VISTA SP1 Se o SP3 é um discreto upgrade final para o Windows XP, o mesmo não podemos dizer do primeiro grande service pack para o Vista. Além de ter todas as atenções centradas no seu sucesso, pode contribuir bastante para a imagem que os utilizadores têm do Vista. Para perceber porquê, observe o contexto em que aparece o Vista SP1. Após vários atrasos humilhantes em 2005 e 2006, a Microsoft não podia perder mais tempo a publicar o Vista. Marcou como limite último o fim de 2006. Foi um prazo final auto-imposto que teria de se cumprir para que a Microsoft não comunicasse novo atraso. No fim, até esse prazo foi um pouco manipulado, restringindo as primeiras cópias aos clientes empresariais. Mas dê lá por onde der, a verdade é que, apesar de um tempo de desenvolvimento bastante comprido, o Vista acabou por surgir um pouco antes do que devia, segundo os especialistas. Porquê? Porque quem o adoptou teve inúmeros problemas para que este funcionasse com hardware e software de outros fabricantes. É por isto que o mercado recebe o SP1 como o Vista, que devia ter sido lançado inicialmente. Para além de todos os service packs, o SP1 inclui todos os hotfixes e patches até à data. Os exemplos óbvios dos patches que já foram disponibilizados através do Windows Update incluem o ajustamento na gestão do espaço virtual, que reduz a quantidade de memória utilizada pelos jogos no Vista. Devido a um pequeno defeito no Windows Vista Display Driver Model (WDDM) original, alguns jogos estavam a empurrar a versão de 32 bits do Vista para perto do limite do endereço virtual de 2 GB. Quando
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Análise técnica Eficiência do sistema Gestor de tarefas do Windows
MEMÓRIA EM REPOUSO: QUANTO MENOR O VALOR, MELHOR
WINDOWS XP SP2
159MB
WINDOWS XP SP3
162MB
WINDOWS VISTA RTM
782MB
WINDOWS VISTA SP1
787MB 100MB
200MB
300MB
400MB
500MB
600MB
700MB
800MB
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Largura de banda da memória SiSoft Sandra 2008
TRÁFEGO DA MEMÓRIA: QUANTO MAIOR O VALOR, MELHOR
WINDOWS XP SP2
6.99GB/s
WINDOWS XP SP3
7.02GB/s
WINDOWS VISTA RTM
6.55GB/s
WINDOWS VISTA SP1
7.01GB/s
6GB/s
6.2GB/s
6.4GB/s
6.6GB/s
6.8GB/s
7GB/s
7.2 GB/s
7.4GB/s
7.6GB/s
Extracção de ficheiros zip Teste de extracção WinZip
TEMPO PARA TERMINAR: QUANTO MENOR O VALOR, MELHOR
WINDOWS XP SP2
14s
WINDOWS XP SP3
15s
WINDOWS VISTA RTM
32s
WINDOWS VISTA SP1
15s
5s
10s
15s
20s
25s
30s
35s
40s
Rendering 3D CineBench R10
TEMPO PARA TERMINAR: QUANTO MENOR O VALOR, MELHOR
WINDOWS XP SP2
81s
WINDOWS XP SP3
81s
WINDOWS VISTA RTM
84s
WINDOWS VISTA SP1
82s
78s
79sec
80s
81s
82s
83s
84s
85s
86s
Tempo de carga de um jogo Tempo de carga de um nível de COD4
TEMPO PARA TERMINAR: QUANTO MENOR O VALOR, MELHOR
WINDOWS XP SP2
19s
WINDOWS XP SP3
19s
WINDOWS VISTA RTM
19s
WINDOWS VISTA SP1
13s 12s
13s
14s
15s
16s
17s
18s
19s
20s
Tempo de arranque do Windows Sistema operativo
TEMPO PARA TERMINAR: QUANTO MENOR O VALOR, MELHOR
WINDOWS XP SP2
35s
WINDOWS XP SP3
37s
WINDOWS VISTA RTM
65s
WINDOWS VISTA SP1
76s 35s
40s
45s
50s
55s
60s
65s
70s
75s
Codificação de vídeo Codificação de vídeo X.264
FRAMERATE: QUANTO MAIOR O VALOR, MELHOR
WINDOWS XP SP2
160fps
WINDOWS XP SP3
159fps
WINDOWS VISTA RTM
155fps
WINDOWS VISTA SP1
157fps 152fps
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AGOSTO 2008
153fps
154fps
155fps
156fps
157fps
158fps
160fps
162fps
este limite é ultrapassado, preparese para ver o ecrã azul. Para além das novas funcionalidades mais publicitadas, há uma lista enciclopédica de melhorias. Um bom exemplo é uma resolução parcial do conflito entre o MultiMedia Class Scheduler Service e a network stack. No Vista, o primeiro tem supremacia sobre o segundo em termos de acesso aos recursos de sistema, para garantir que os streams de áudio não se quebram. A desvantagem é um engarrafamento do tráfego de rede. No fundo, é só um problema nas redes ultra-rápidas de gigabits, mas a Microsoft declara que a balança volta a pender mais para o lado da rede, sem comprometer a estabilidade dos streams de áudio. Assim, as melhorias que o SP1 traz são tão amplas como profundas. Mas este “curativo” chegará para impedir que o Vista seja definitivamente acolhido em massa pelo mercado empresarial? Em termos de desempenho, admitimos que ficámos surpreendidos com a proximidade do Vista, seja a versão RTM original ou a SP1, ao XP, segundo os resultados dos benchmarks. Quanto aos jogos, sem dúvida que o tempo curou algumas feridas. Os fabricantes de chips gráficos já tiveram bastante tempo para dominar o novo modelo de drivers e o fosso no desempenho está lentamente a fechar-se. Agora pouco existe.
O que oferece o Vista É difícil apanhar nos benchmarks o tipo de pequeno defeito e atraso que qualquer pessoa que tenha utilizado o Vista por algum tempo como sistema operativo principal tenha registado.
Uma coisa que registámos é que a sua instalação é mais lenta, mas isso é normal. O Vista está cheio de sub-rotinas e processos ocultos – como a indexação de ficheiros e o caching de aplicações – feitos para melhorar o desempenho. Mas essas mesmas medidas podem também a momentos de constante actividade no disco. É muito comum vermos uma máquina com o Vista parada, com o disco a trabalhar. Relativamente aos resultados registados pelos nossos benchmarks objectivos, vale a pena destacarmos mais alguns pontos: o SP1 resolveu o tratamento de ficheiros zip do Vista, que antes era fraco. Nesse aspecto, está agora à altura do XP. O SP1 também remedeia uma pequena, mas preocupante baixa largura de banda da memória, quando comparado com o XP. No entanto, um problema muito popular que o SP1 não resolve, e que tem sido alvo de queixa, é o facto de o Vista consumir imensos recursos. Se há um valor que ultrapasse a escala é o do consumo de memória quando em repouso. Os 787 MB são um valor absolutamente ridículo para um sistema engolir no arranque de uma instalação nova. O Windows XP fica dentro de apenas um quinto desse espaço. Finalmente, o SP1 é indubitavelmente melhor do que a versão RTM original do Vista. Estamos satisfeitos que a Microsoft ao menos tente responder às críticas que se fazem ao seu último sistema operativo. Mas provavelmente isso não chega para impedir que o Vista fique na história como marcando o princípio do fim do projecto Windows. ■
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Sete é o número mágico Como afirmaram analistas da consultora Gartner, a ideia de que um produto consegue servir todas as necessidades, o modelo adoptado para os sistemas operativos Microsoft Windows até agora, está falida. O problema é que o PC tem vindo a evoluir de uma máquina de produtividade relativamente simples para algo mais complexo, que envolve variantes como ambiente e prioridade. O utilizador doméstico típico pode prezar um desempenho eficiente e escalabilidade. Nos negócios, a fiabilidade e disponibilidade são frequentemente as preocupações principais, enquanto que o suporte eficiente à virtualização e a segurança são mais importantes nas máquinas de servidor. No entanto, no final do ano passado, os técnicos da Microsoft confirmaram que uma versão extremamente reduzida do kernel do Windows – chamado MinWin – estava em desenvolvimento. Ao contrário dos gigantescos 4 GB necessários para alojar o Vista, este pode ser enfiado em apenas 25 MB. É exactamente este MinWin que, aparentemente, estará na base do novo sistema operativo para PC da Microsoft, actualmente chamado Windows 7. Dizemos “aparentemente” porque as versões alfa existentes do Windows 7 parecem ser pouco mais do que revisões do Vista com ligeiros ajustamentos. As versões utilizáveis do Windows 7 serão muito, muito maiores. A versão básica de 25 MB do MinWin não tem suporte a gráficos, por exemplo. Mas a inovação principal que se espera que o Windows 7 traga é uma nova abordagem modular. Em vez de um pequeno número de grandes versões essencialmente semelhantes – como o Windows Vista –, a especulação actual sugere que o Windows 7 terá muitas mais variantes modulares, cada uma restrita a componentes relevantes a modelos de utilização específicos. É um conceito bastante plausível. No entanto, o problema crucial por resolver é a retrocompatibilidade. Muita da “tralha” que faz parte da experiência do Windows é necessária para garantir que boa parte de uma década de software funcione bem nas máquinas actuais. Se acabar com a retrocompatibilidade, termina a razão por que tanta gente aguentou as falhas do Windows. É este o dilema essencial das equipas de desenvolvimento da Microsoft.
O teste de CPU mostra poucas vantagens no Vista SP1
AGOSTO 2008
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AGOSTO 2008
> A Apple finalmente lançou o iPhone em Portugal. Há um ano escrevi que vender um iPhone na Europa era o mesmo que vender um frigorífico a um esquimó; isso já não é de todo verdade. Com um ano de atraso, a Apple lançou a nova versão do telefone fetiche de muitos, revista e aumentada, e pode dizer-se que está quase lá! Só tinha de permitir a substituição da bateria pelo utilizador... Outra coisa que já tem o prazo de validade completamente passado é o iTunes. Usar um iPhone com o Itunes é como usar um Porsche com umas rodas de um modelo T da Ford. O problema é que é mesmo preciso usá-lo para que se possa tirar partido de todas as funcionalidades do telefone! O Windows Media Player evoluiu, o software do Zune está a anos luz e qualquer leitor da Creative Labs é sincronizado de uma forma mais simples do que os iPods. Os senhores da Apple que são tão bons a fazer software não conseguem melhorar o iTunes?! Não acredito! Claro que o frenesim mediático já começou, até com as revistas cor-de-rosa a falar da revolução do iPhone 2.0., como já o tinham feito da primeira vez, mesmo sem lhe pôr as mãos em cima. A assembleia nacional do Butão,
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um país encravado entre a Índia, a sul, e a China, a norte, decidiu banir os portáteis porque os deputados perdiam mais tempo a jogar e a ver imagens do que a legislar... Antes de tomarem esta decisão, deviam cá ter vindo para constatarem que não são necessários laptops para passar dias sem fazer nada...