EDITORIAL
DOPING DIGITAL Director Pedro Tróia
Foi recentemente confirmado pelo director do World Cyber Games, o maior campeonato mundial de videojogos, que alguns participantes tomam substâncias dopantes para terem alguma vantagem na Pedro Tróia director competição.
[email protected] Infelizmente, o fenómeno do doping já chegou também a este desporto, o que é uma pena, porque a definição mais curta para jogo de vídeo é: divertimento. E de certeza que estas pessoas já não sabem o que é divertimento. O que se passa é que medem o sucesso pessoal, não por chegarem mais longe ou por serem melhores do que os adversários, mas por quanto dinheiro conseguem ganhar. É lamentável. Este mês, lançamos um novo desafio aos nossos leitores: a partir de temas que considerem importantes ou interessantes, desenhem uma capa para a revista, com os DESAFIO: TIVO IA respectivos títulos e ilustração. Os vencedores R C O E T LIBER ganham prémios e têm a hipótese de ver os Á EaMparaSa caI pa da PCPCGuGuiaia seus trabalhos publicados, por isso, toca a QUEiluH a capa da stração | tem Crie uma stração › tema para puxar pela imaginação. Crie uma ilu
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Redacção João Trigo (Editor) Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso, Lurdes Marujo [Secretária de Redacção)
[email protected], Teresa Resende (Revisão) Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e João Carlos Pinto Coelho Colaboradores – Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda e Ana Gonçalves Imagem Helder Oliveira/ Agência Who (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente)
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DESAFIO: CRIATIVO LIBERTE OM SI QUE HÁ E
Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim Publicidade Virgínia Melo virginiamelo@revistas. cofina.pt (Directora Comercial de Divisão) Ana Castro
[email protected] (Directora de Publicidade); Bruno Guedes
[email protected] (Gestor de Conta); Daniela Correia
[email protected]. pt (Gestor de Conta); Fátima Malaca fmalaca@revistas. cofina.pt (Coordenadora de publicidade), Rute Dias
[email protected] e Susana Fernandes
[email protected] (Assistentes de Publicidade) Marketing Sónia Santos, Miguel Barreto, Susana Ventura (Assistente) Assinaturas Margarida Matos email
[email protected] Linha de Apoio a Assinaturas Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou revistasanteriores@revistas. cofina.pt Distribuição de Assinaturas JMToscano, Tel: 214 142 909/34 Pré-impressão H2M - Artes Gráficas, SA Av. Almirante Gago Coutinho, 44-A - 1700-031 Lisboa Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz
Directora Editorial Divisão Tecnologias Cristina Magalhães
João Trigo editor
[email protected]
Passei muitas horas à frente de ecrãs de portáteis, como pode ver pelo tema de capa desta edição. Uma vez que os membros da nossa Redacção viajam muito, este teste é útil até para nós, já que se focou no segmento de máquinas para o vulgarmente chamado “utilizador móvel”. Comecei a usar o Chrome, o novo browser da Google. Vamos falar dele em breve, mantenha-se atento.
Susana Esteves jornalista
[email protected]
Explorei a fundo o Google Docs e posso dizer que, se antes achava que era uma boa opção, agora considero-a fantástica. Por regra, trago sempre comigo uma pendrive com algumas aplicações, algo muito útil nas viagens, mas a verdade é que se tiver garantido um acesso à Internet, este conjunto de aplicações do Google resolvem na perfeição os seus problemas.
Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo Cofina Media – SGPS, SA Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99
João Faria jornalista
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Ao regressar de férias não me consegui lembrar da password para entrar no PC de trabalho. É o resultado de a ter tido que mudar duas vezes em pouco mais de um mês. Pensei: a segurança pode afinal ser um obstáculo à produtividade. Enganei-me; acabei por me relembrar dela dois minutos depois já estava novamente a trabalhar. Comprei um fantástico LCD de 22”. Agora já posso jogar (PES!!!) decentemente.
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Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: €5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares
ÍNDICE
COMPANHEIROS DE VIAGEM Procura um laptop para levar consigo? Nós temos a resposta
Teste em grupo 52 Placas Gráficas Asus EN8800GS Xpertvision 8500 GT Super+ 1 GB Powercolor Radeon HD3850 Sapphire Radeon HD 3650 Sapphire Radeon HD 3450 Xpertvision 9600 GT Sonic Sapphire Radeon HD 3870 Nvidia GeForce 8800 GT
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Tema de capa 65 65 66 66 68 68 70 70 72 72 73
Clasus Colour Mobile Blue Insys 8724T 735 Lifebook S6420 Vaio VGN-Z11WN/B Tsunami Traveller T135 LG P300 Asus U2E-1P051E Satellite U400-12E Compaq 2510p Apollo Magnesium Apollo Magnesium
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Regulares 8 Notícias 18 Lançamentos 20 Entrevista ASSISTÊNCIA TÉCNICA 149 Pergunte ao especialista 180 Formação SHOPPING 24 Engenhocas
Banco de Testes HARDWARE Gaming Chair S722W LiteOn DH-4B1S Computador Atom Digicomp Radeon 4870 X2 Transcend aXeRam 2GB DDR3 Vaio VGN FwIIM Qnap NVR-1012 Asus EN9800 GX2 quad-SLI Gigabyte GTX 280/ Zotac GTX 260 43 LG 5510 - X.CP20P 44 Asus EAH4870X2 TOP/ Asus EN280GTX TOP 23 28 28 30 32 32 34 36 40
SOFTWARE 46 Undelete 2009 Professional Edition
47 Ability Office Home 48 QuarkXpress 8 50 BitDefender Total Security 2009
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PROCESSADORES Intel Pentium Dual-Core E2180 AMD Athlon X2 4400+ AMD Phenom 9550 2.2GHz Intel Core2 Duo E6850 Intel Core 2 Quad QX9650 AMD Phenom X4 9850 Black Edition
Guias 77 80 82 88 90 92
SOFTWARE Poupe dinheiro com o Skype Optimize a máquina de jogos Converta ficheiros de vídeo Ajuste o nível de som do MP3 Encripte ficheiros com imagens Experimente o Vista gratuitamente de forma virtual
REDES 94 Trabalhe com o Google Docs 114 Configure e proteja a sua rede Wi-Fi HARDWARE 120 Limpe o computador 124 Aumente a velocidade do seu disco rígido 128 Memória RAM à Vista
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138 Impressora 3D 146 Crie os seus óculos de espião
Entretenimento 155 Spore 160 Alone In The Dark 164 Devil May Cry 4
PCGuiaPro 173 NOTÍCIAS 182 CASE STUDY Zoo de Lisboa evolui para 10GbE 184 OPINIÃO Segurança em Empresas Abertas 186 SOFTWARE DE GESTÃO OpenSales quer alargar horizontes 188 HOTSPOT Taiwan, tecnologia e muitos, muitos táxis
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CIÊNCIA & TECNOLOGIA | LANÇAMENTOS | ENTEVISTA
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GOOGLE LANÇA CHROME O browser da multinacional americana já está disponível
Ainda é a versão beta, mas já está a funcionar. O Chrome é o novo browser de código aberto da Google e pode ser descarregado em www.google.com/chrome. Disponível em 43 idiomas, o browser foi pensado para permitir aos utilizadores «interagirem com os seus sites da Internet e as suas aplicações», de acordo com Sundar Pichai, vice-presidente da Google. O mesmo responsável salienta como principais vantagens a interface simples e «as funções sofisticadas adaptadas à Internet moderna». Entre as principais novidades inclui-se uma barra de endereços que serve ainda como barra de pesquisa dos termos inseridos. Além disso, sempre que o cibernauta abre um novo separador, este faculta automaticamente informações sobre os sites mais visitados, as pesquisas mais recentes e os bookmarks. Cada separador funciona de forma autónoma, pelo que se um dos separadores encontrar algum problema ou deixar de responder, os outros continuam activos. Desta forma, não é necessário reiniciar o browser. De salientar ainda a inclusão de um novo motor Javascript (V8) que, de acordo com o comunicado de imprensa da marca, «torna as aplicações na Internet mais rápidas». Para já, o Chrome está disponível para utilizadores do Windows, mas a Google garante que as versões para Mac e Linux estarão online nos próximos meses. J.T.
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ACESSOS À INTERNET MÓVEL EM MODELO PRÉ-PAGO Maior liberdade e controlo de custos são as vantagens apresentadas para este tipo de oferta três operadoras têm acesso à Internet de banda larga móvel durante 10 dias com um plafond de tráfego de 300 megabytes e velocidade de navegação de 512 kbps. Findo esse período, na TMN o cliente deverá voltar a carregar um mínimo de 10 euros para continuar a usufruir do acesso à banda larga móvel. Para aderir ao pacote de banda larga pré-paga TMN, basta adquirir uma placa de Internet já com 10 euros de saldo e 10 dias de navegação incluídos, por 54,90 euros. Para quem já possui uma placa da TMN, está disponível um cartão pré-pago, que inclui um saldo de 10 euros e 10 dias de navegação, por 14,90 euros. A TMN disponibiliza em simultâneo uma modalidade de carregamento de 30 euros por um período de 30 dias, com um plafond de tráfego de 900 megabytes, para quem desejar uma utilização por um período de tempo mais longo. Com este lançamento, a TMN compromete-se a duplicar o tráfego incluído em cada um destes tarifários (300 megabytes para 10 dias e 900 megabytes para 30 dias) dando acesso a todos os seus clientes aos mais de 1500 hotspots Wi-fi que detém em todo o País. Assim, os clientes da operadora que efectuarem carregamentos
de 10 euros «passarão a ter tráfego de 600 megabytes e os clientes que efectuarem carregamentos de 30 euros passarão a ter tráfego de 1800 megabytes (1.8 GB)», avança o comunicado da empresa. Por sua vez, o prépago da Vodafone «requer um carregamento de 10 euros de quatro em quatro meses». O Vita Net está disponível em dois pacotes com o ponto de acesso Vodafone Connect Pen e 10 dias de acesso à Internet incluídos, por 54,90 euros. Quem necessitar apenas de adquirir o cartão Vita Net terá igualmente, 10 dias de acesso incluídos, por 14,90 euros. Também nesta corrida dos acessos à Internet pré-pagos está o Kanguru da Optimus. Com carregamentos flexíveis, o Kanguru pré-pago pode ser adquirido um pacote com Pen USB ou sob a forma de cartão recarregável. O pacote com Pen e cartão recarregável está disponível por 54,90 euros e inclui 10 euros de saldo, que permitem uma navegação por 10 dias ou até ao limite de 300 megabytes de tráfego. O cartão custa 14,90 euros, disponibilizando os mesmos 10 dias de navegação, ou até ser atingido o plafond de tráfego. Estes serviços pré-pagos não estão disponíveis em roaming. L.D. GETTYIMAGES
A TMN, a Vodafone e a Optimus replicaram o modelo pré-pago para os acessos móveis à Internet. O conceito é o utilizado nos serviços de voz e tem como objectivo criar uma nova alternativa de tarifário para os clientes de Internet de banda larga móvel nacionais, neste caso, os utilizadores ocasionais. Sem mensalidades e sem carregamentos obrigatórios, o cliente só paga o que utiliza. Para manter o serviço activo, os clientes devem apenas efectuar um carregamento a cada 120 dias. Com este lançamento, a TMN diz que «pretende contribuir decisivamente para aumentar a penetração da Internet de banda larga em Portugal e, em particular, o sucesso da banda larga móvel». A Vodafone também destaca as vantagens deste novo modelo de comercialização. A operadora considera que este tipo de tarifário «dá ao utilizador uma maior liberdade de controlo de custos e é indicado para uma utilização esporádica da Net, já que a ausência de um contrato de permanência acresce, naturalmente, a taxação». A base dos serviços disponibilizados pelas três operadoras é igual e os preços também. A destacar apenas ligeiras diferenças entre eles. Assim, através de um carregamento mínimo de 10 euros, os clientes das
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NOTÍCIAS
NA BERRA CHROME O novo browser da Google já está disponível. Funciona com separadores e promete muito. A ver vamos. Para já, apenas podemos usar a versão beta. Veja mais em www.google.com/chrome.
SONY RECOLHE 440 MIL PORTÁTEIS O problema afecta os modelos da série TZ lançados entre Maio de 2007 e Julho deste ano
GNU Em 27 de Setembro de 1983, Richard M. Stallman anunciou a intenção de criar um sistema Unix completamente aberto. O projecto GNU faz em Setembro 25 anos. Um quarto de século de sucesso.
PC PORTUGUESES De acordo com o Jornal de Notícias, o Governo da Venezuela prepara-se para comprar computadores feitos em Portugal. O acordo foi estabelecido aquando da última visita de Hugo Chavez ao nosso país e prevê a aquisição de cerca de 100 mil “classmates” portugueses.
A Sony prepara-se para recolher cerca de 440 mil computadores portáteis da série TZ da Vaio, devido a problemas de sobreaquecimento que podem originar curto-circuitos e, em último caso, incêndios. No site de suporte à marca Vaio, a Sony Portugal informa que o problema envolve um pequeno número de unidades, as quais poderão aquecer em excesso e causar uma deformação do invólucro da entrada da bateria e áreas LCD. A Sony garante aos clientes com portáteis VAIO abrangidos pelo programa voluntário de inspecção e reformulação proceder à recolha dos respectivos computadores, à sua inspecção e, se for o caso, à sua reformulação, sem quaisquer encargos. Em declarações à PCGuia, Manuel Sá, responsável pela unidade de notebooks em Portugal, estima que a inspecção e reformulação (se necessária) sejam realizadas num espaço de tempo que poderá ir até aos três dias. «Este período inclui o levantamento e devolução na morada que o cliente indique», destacou Manuel Sá. Segundo a Sony, estes modelos foram comercializados em 48 países; só no Japão foram vendidas 67 mil unidades. O problema afecta os modelos das séries VGN-TZ100, VGN-TZ200, VGNTZ300 e VGN-TZ2000. S.E.
PT COMUNICAÇÕES A PT Comunicações foi multada em 60 mil euros pela Anacom, devido ao incumprimento de procedimentos estipulados no regulamento de selecção e pré-selecção. Segundo o documento da Autoridade Nacional de Comunicações, a empresa terá sido alertada para não aceitar dos assinantes dos prestadores pré-seleccionados pedidos de alteração ou denúncia de contratos de pré-selecção, ou a sua desactivação. Algo que não foi cumprido.
FILMES NA NET Mas não são quaisquer filmes. A Polícia Judiciária está a investigar a possibilidade de filmes contendo abusos sexuais a menores estarem a ser produzidos em Portugal.
IPHONE Foi proibido um anúncio relativo ao iPhone em Inglaterra. No spot publicitário, um narrador afirma que “todas as partes da Internet estão no iPhone”, mas o regulador britânico da publicidade considerou a afirmação falsa. De acordo com o jornal diário The Guardian, foi considerado que as reais capacidades de navegação do aparelho são inferiores às anunciadas, já que o telemóvel da Apple não permite ver conteúdos Flash ou Java.
A BERRAR
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SNAPFISH COM NOVAS OFERTAS Além de álbuns fotográficos, é agora possível encomendar postais, porta-chaves, posters e telas O Snapfish, o serviço de fotografia online da HP, apresentou novas propostas aos seus utilizadores. Agora, para além de criarem os seus álbuns de fotografias e mandar imprimi-los, os cibernautas podem personalizar postais, canecas collage ou com fotografias panorâmicas, porta-chaves de peluche, posters ou telas, entre outros. Os postais são criados no computador pessoal de cada utilizador. Depois, a Snapfish envia-os para o criador do projecto ou para terceiros, caso se trate de uma oferta, com um preço a partir de 0,99 euros. Basta escolher a foto e o fundo e inseri-los num dos quatro formatos disponíveis. O poster collage permite colar até 30 fotografias no mesmo espaço, seja em formato de paisagem ou retrato. O custo mínimo desta opção é 3,99 euros. As telas
estão disponíveis em cinco tamanhos diferentes e o produto final é entregue envolto numa moldura de madeira pronta a pendurar. Segundo Cláudia Domingos, responsável pela Snapfish para Portugal e Espanha, o alargamento da gama de produtos permite uma maior aproximação às necessidades dos clientes. «Na Snapfish não nos focamos apenas no lançamento de novos produtos, mas também na melhoria contínua do nosso site no que respeita à facilidade de utilização e à interface com o cliente», concluiu. Pode consultar os detalhes do serviço e descarregar o cliente necessário para construir os seus projectos em www.snapfish.com. O serviço está presente em 21 países e conta com mais de 50 milhões de clientes registados. J.T.
Opinião
CONTEÚDOS EDUCATIVOS: O PARENTE POBRE DO PLANO TECNOLÓGICO A Educação em Portugal está a mudar, e se é verdade que nem todas as alterações poderão merecer a concordância dos diversos parceiros, existe pelo menos uma área onde o esforço de modernização empreendido parece ser razoavelmente consensual: a integração das tecnologias da informação nos processos de ensino e aprendizagem. Ninguém negará que, sendo uma das missões da Educação preparar as crianças e os jovens para o contexto sociolaboral em que estarão futuramente integrados, é essencial que a Escola não passe ao lado dos fenómenos tecnológicos que inundaram o nosso quotidiano nos últimos 10 anos e, em especial, da omnipresença da Internet. Porém, utilizar meios tecnologicamente mais avançados não será, em si mesmo, um processo que sirva a finalidade educativa se não for acautelado um conjunto de condições essenciais: em primeiro lugar, a tecnologia tem de estar disponível para todos, sendo vista como um meio e não um fim; em segundo, é necessário assegurar que os professores se sintam confortáveis com o contributo destes novos instrumentos, através da respectiva formação mas, sobretudo, do apoio contínuo de profissionais especializados; por último, é preciso acautelar que a tecnologia sirva a finalidade educativa para que foi adquirida e, para isso, a importância dos conteúdos educativos, reconhecida nos discursos, tem que se reflectir nos planos de investimento. Temos infra-estruturas, redes de banda larga, computadores em quantidade mais do que suficiente, servidores, projectores, quadros interactivos e muitos mais equipamentos que irão ser instalados nas nossas escolas ao longo dos próximos meses. Todavia, há ainda muito a fazer para que, quer no contexto da sala de aula, quer no espaço de estudo possam ser disponibilizados conteúdos com finalidades educativas em conformidade com as orientações curriculares vigentes. Os alunos e professores portugueses dispõem de manuais escolares impressos e, por via do que é produzido pelos editores como complementos digitais desses projectos, alguns recursos como ebooks, CD de áudio, DVD de vídeo e websites especificamente concebidos para o efeito. Mas isto é claramente insuficiente para que se consiga tirar verdadeiro partido da tecnologia agora existente. Há até meritórios esforços de criação de comunidades educativas em torno de plataformas como o Moodle e outras. Não obstante, os conteúdos disponibilizados são recorrentemente elementares, pouco atractivos, raramente
interactivos, muito pouco multimédia e, com lamentável assiduidade, resultam, consciente ou inconscientemente, do desrespeito da propriedade intelectual alheia, isto é, da cópia ilegal de textos e
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imagens. A Internet “colaborativa” permitiu a criação da Wikipédia e de muitos outros projectos similares, mas desenvolver recursos multimédia para a educação de uma forma sustentada e pedagogicamente adequada e dando uma resposta exaustiva às especificidades dos currículos nacionais é algo de muito mais complexo – exige uma grande quantidade de recursos humanos e técnicos, tempo e esforço continuado de equipas multidisciplinares e, como todos sabemos, isso representa o investimento de muito dinheiro. Esperar que esses conteúdos surjam de “geração espontânea” é, mais do que ingenuidade, um acto de desonestidade intelectual e uma obsessão ideológica – a coexistência de “user generated content“ com os recursos produzidos pela indústria dos conteúdos (isto é, os predominantemente pagos) é o único caminho possível para que os alunos e os professores portugueses consigam desenvolver melhor o seu trabalho e atingir o sucesso.
Rui Pacheco, director do Centro Multimédia da Porto Editora, entidade responsável pelo projecto Escola Virtual
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NOTÍCIAS
BREVES SYICKERSPT.COM DISPONÍVEL O serviço de personalização de computadores portáteis Stickerspt já está disponível. O projecto é de dois jovens formados em Engenharia Informática que trabalham, em parceria com designers, na criação de sistemas de personalização e de protecção de portáteis contra riscos. Veja mais detalhes em www. stickerspt.com.
EPSON RENOVA LINHA DE HOME CINEMA Destaque para a estrela EH-TW5000 e para os EH-TW420 e EH-DM2 Claudia Sargento, em Hong-Kong A estrela da nova família de projectores para Home Cinema chama-se EH – TW5000, um equipamento com resolução total HD a 1080p e que incorpora já a tecnologia DeepBlack da Epson apresentando «o rácio de contraste mais alto do mercado com um valor que atinge os 75 000:1», segundo anunciou Philip Oldham, senior comercial manager da Epson Europe. O projector incorpora igualmente tecnologia 3LCD, o que viabiliza imagens mais nítidas, uma maior qualidade de cor «e uma elevada precisão no que respeita ao contraste dos cinzentos», assegura a Epson. Graças ao processador HQV, o EH-TW5000 disponibiliza processamento de vídeo de 12 bit e garante ainda interpolação de frames «para uma melhor reprodução de vídeo». O projector só está disponível para venda a partir do próximo mês de Novembro e deverá custar cerca de 3000 euros. Da sua gama de seis novos projectores, a Epson destacou ainda outros dois: o EH-TW420 e o EH-DM2. No caso do modelo EH-TW420, trata-se do primeiro projector da marca «especificamente direccionado para jogos», afirmou Philip Oldham. Com «imagens vivas e definidas», conectividade
HDMI, uma slot para SD Card e totalmente HD ready, este projector deverá ser comercializado por um valor a rondar os 749 euros. O projector apresenta 2000 lúmens. Com uma resolução de 720p, este equipamento permite ligações HDMI, USB, SD e tem igualmente compatibilidade S-vídeo. Incorpora ainda tecnologia 3LCD «para uma melhor qualidade de cor e um elevado contraste». Ao nível da entrada de gama, a Epson lançou o EHDM2 que incorpora duas colunas estéreo de 8 watts «para uma melhor experiência no visionamento de filmes», 1200 lúmens de brilho e a nova tecnologia 3LCD. O projector pode ser ligado a computadores, câmaras digitais, consolas de jogos e pens USB. O projector deverá ter um preço de venda ao público a rondar os 649 euros. A nova linha de produtos home cinema será totalmente produzida na fábrica da Epson em Schenzen, na China. Em 2007, foram produzidos neste espaço fabril qualquer coisa como 1,1 milhões de unidades, valor que deve chegar aos 1,4 milhões até ao final de 2008.
EPSON NO MERCADO PORTUGUÊS A nova família de projectores home cinema da Epson deverá permite à empresa «consolidar a liderança neste segmento de mercado e proporcionar aos entusiastas de cinema em casa a melhor experiência possível a um custo acessível», segundo disse à PCGuia Ana Martins, account manager da empresa em Portugal. Em Portugal, no que diz respeito a projectores, a Epson tem uma quota de mercado de 26,98 por cento para a área Business e de 34,15% para a de Home Cinema. Os últimos dados disponíveis da DTC conferem à Epson «um share acumulado, de Janeiro a Junho de 2008, de 27,5%», sublinha a mesma responsável.
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VOBIS COM NOVA IMAGEM Se visitar a Vobis vai encontrar um espaço diferente. O processo de rebranding levado a cabo pela empresa inclui uma alteração da imagem de toda a rede da cadeia de lojas. O novo slogan é: “Liga-te ao mundo”.
PUBLICADO OBITUÁRIO DE STEVE JOBS A agência de informação Bloomberg enviou por acidente a alguns órgãos de comunicação social um obituário de Steve Jobs. O documento de 17 páginas continha um registo biográfico do presidente da Apple e detalhes sobre as pessoas a contactar para comentar a morte de Jobs. A agência apressou-se a esclarecer o erro pouco depois da publicação.
DOCUMENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO NA NET Os manuscritos encontrados em 1947 estarão disponíveis para consulta na maior das redes dentro de dois anos. É este o prazo para terminar o processo de fotografia digital dos 900 rolos encontrados em ânforas por um pastor beduíno nas margens do Mar Morto.
SISTEMA DE SEGURANÇA ADIADO O governo dos Estados Unidos adiou a implementação da iniciativa Secure Border, um sistema de segurança virtual cujo objectivo é proteger a fronteira com o México. O sistema inclui tecnologias de comunicação, módulos de vigilância, radares, sensores e câmaras.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Beckham Institute)
PELE DE ROBÔ Num futuro não muito longínquo os robôs vão ter pele, sensibilidade ao toque e assemelhar-se cada vez mais a um ser humano. A promessa é feita por um grupo de cientistas japoneses que está a trabalhar numa pele para robôs, a qual permitirá sentir qualquer tipo de toque, de pressão e de calor. Trata-se de um tecido (designado por e-skin) composto por nanotubos de carbono, cujo objectivo é ultrapassar as limitações naturais de matérias como o metal e a borracha.
Invenção do mês
MAIS PERTO DA RETINA ARTIFICIAL Cientistas norte-americanos deram a conhecer um protótipo de uma máquina fotográfica que dispõe de um campo de visão muito semelhante ao do olho humano, algo que constitui mais um passo para a criação futura da retina artificial. O equipamento tem, inclusive, o tamanho aproximado e a forma de um olho, e dispõe de uma “retina” curva sensível à luz. A grande diferença entre máquina e olho humano é que a primeira, devido à distorção da imagem provocada pela focagem, necessita de mais lentes para reduzir este
efeito. A visão humana usa uma única lente e não faz distorção, porque foca as imagens numa superfície curva na parte de trás do olho. A inovação assentou na colocação de fotodetectores de silicone (pixels) em superfícies curvas, em vez de planas, o que permitiu obter melhor nitidez de imagem e maior campo visual. Segundo os cientistas envolvidos no projecto, esta nova tecnologia ajudará a simplificar e a aperfeiçoar o desenho de minicâmaras fotográficas e poderá ser também usado em imagiologia biológica. S.E.
UNIVERSIDADE DE AVEIRO CAMPEÃ DE FUTEBOL ROBÓTICO A equipa de futebol robótico da Universidade de Aveiro, Cambada (Cooperative Autonomous Mobile roBots with Advanced Distributed Architecture), sagrou-se, pela primeira vez, campeã do mundo na classe Middle Size League (MSL) do Robocup 2008, uma das mais importantes e prestigiadas competições de robótica móvel a nível mundial. O concurso, que decorreu em Suzhou, na China, contou com a presença, na liga MSL, de 13 equipas provenientes dos cinco continentes. Na liga MSL confrontam-se equipas formadas por seis robôs, completamente autónomos, que jogam entre si num campo de futebol de 18 x 12m. Os robôs medem até 80 cm de altura e podem pesar até 40 kg. Em termos tecnológicos, implica trabalhos de investigação nas áreas de visão artificial, fusão sensorial, controlo dinâmico, cooperação robótica ou inteligência artificial, entre outras. A equipa nacional venceu 11 dos 13 jogos realizados, e venceu a final, contra a Holanda, por 7-1. A Cambada surgiu em 2003, por iniciativa de um grupo de docentes e investigadores do Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro. Este ano, a equipa campeã do mundo alcançou também o segundo título de campeã nacional, no Festival Nacional de Robótica, realizado em Aveiro, em Abril. S.E
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CIBORGUES COM NEURÓNIOS Cientistas ingleses da Universidade de Reading conseguiram criar uma colónia de células nervosas, cultivada numa placa de vidro, que transmitem instruções via sistema bluetooth para um robô. A colónia neuronal está colocada sobre um conjunto de multieléctrodos (MEA, na sigla inglesa), que capta os sinais eléctricos que chegam das células, estabelecendo desta forma a comunicação com o robô. Os mesmos cientistas pretendem alcançar um nível de aprendizagem, que permita que o ciborgue consiga desviar-se dos objectos e memorizar caminhos.
GOOGLE INVESTE EM ENERGIA GEOTÉRMICA Investir em tecnologia para produção de energia geotérmica foi o objectivo dado a conhecer pela Google.org, projecto que se insere no seu plano para reduzir os custos com electricidade, optando pelas fontes renováveis. Ao todo vão ser aplicados mais de 7 milhões de euros no desenvolvimento de instrumentos precisos para localizar os recursos geotérmicos e em ferramentas para obter mais informação sobre os mesmos. Um estudo recente do MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) revelou que somente 2% do calor existente sob os Estados Unidos a uma profundidade entre 3 e 10 quilómetros cobriria em mais de 2500 vezes a necessidade de consumo energético anual do país.
LANÇAMENTOS
PHOTOSHOP ELEMENTS 7 E PREMIERE ELEMENTS 7 A versão 7 do software de vídeo e fotografia da Adobe já está no mercado. O Adobe Photoshop Elements 7 e o Adobe Premiere Elements 7 para Windows estão à venda como produtos individuais, mas existe um pacote de retalho que integra estas duas soluções, dando acesso simultâneo a ferramentas que permitem, entre outras coisas, criar apresentações de slides cinematográficas, efeitos de paragem de imagem teatrais e criações temáticas únicas. O Photoshop Elements inclui um novo Smart Brush que ajuda os utilizadores a aplicar efeitos com uma precisão muito maior, em apenas uma passagem. O Scene Cleaner, que tem por base a tecnologia Photomerge da Adobe, foi desenhado para ajudar os utilizadores a eliminarem os elementos indesejados
que ficam acidentalmente nas fotografias, como turistas ou carros. O Premiere Elements suporta agora o formato AVCHD, analisa automaticamente videoclipes conforme a sua importação e aplica Smart Tags que identificam a qualidade do vídeo, o número de faces, sons e outros elementos para pesquisas mais rápidas. O novo InstantMovie indica se os videoclipes podem ser arrastados para temas com características semelhantes, como aniversários, casamentos e desportos radicais. Para efeitos especiais similares à tecnologia green screen, a nova opção Videomerge consegue colocar automaticamente uma pessoa em qualquer cena para impressionar as audiências.
PREÇO Adobe Photoshop Elements 7 – 99,6 euros ■ Adobe Premiere Elements 7 – 99,6 euros ■ SITE www.adobe.com
PHOTOSYNTH DA MICROSOFT Após alguns tropeções iniciais, o Photosynth da Microsoft já está disponível. A aplicação converte fotografias digitais em imagens 3D, permitindo aos utilizadores observarem as imagens a 360 graus. Como? Agrupando várias imagens de um mesmo local ou objecto numa estrutura 3D. Essa imagem é publicada no site Photosynth.net. Para controlar a visualização geométrica da imagem, o utilizador apenas tem de clicar sobre ela com o rato e rodar, podendo ainda recorrer a outros recursos, como o zoom. O Photosynth permite olhar para cima ou para baixo, virar para a esquerda ou direita, aproximar a imagem e observar pequenos detalhes, ou recuar e ver a foto do mesmo ponto onde foi tirada. Para já, o serviço é gratuito e cada utilizador pode armazenar 20 GB. Funciona com Internet Explorer e Firefox, em Windows Vista e XP, mas está a ser desenvolvida uma versão para Macintosh. O download do Photosynth pode ser feito a partir do site. Gratuito ■ SITE www.photosynth.net.
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ARQUITECTO 3D 7.0 Esta nova solução da Data Becker pretende afirmar-se como a aplicação perfeita para utilizadores principiantes que procuram coordenar todos os pormenores do projecto da sua nova casa. Está totalmente em Português e fornece um tutorial, 13 vídeos demonstrativos, 50 projectos modelo e assistentes de projecto e de digitalização directa de planos. O Arquitecto 3D 7.0 conta também com 4500 objectos e móveis 3D, 4500 texturas de realismo fotográfico (inclui objectos autênticos de fabricantes de prestígio internacional) e permite integrar os próprios móveis 3D do utilizador (aplicação directa de texturas a objectos 3D). Esta versão já traz consigo um editor do terreno exterior melhorado, que, por exemplo, permite a representação realista da água. O utilizador poderá desenhar um projecto de construção até nove pisos, calcular custos de construção, especificar planos de instalações eléctricas e sanitárias, editar telhados, elementos de estuque, paredes transparentes, entre outros pontos. Graças ao seu novo motor gráfico de rendering, permite a criação de efeitos ópticos, sombras, vista diurna/nocturna, fontes de luz, ambientes (névoa) e maior nível de detalhe. Esta versão suporta a importação de projectos realizados com recurso a outros programas, como o AutoCAD2000, o ArCon ou o 3DStudio, contando ainda com a capacidade de exportar o projecto para um ficheiro HTML e fazer o seu upload para uma página Web, tornando-o acessível de forma interactiva, isto porque os visitantes dessa página podem percorrer livremente todos os componentes do projecto, sejam estes a casa, uma divisão específica ou até o jardim. PREÇO 89,99 euros ■ SITE www.databecker.pt
UBUNTU CORRIGE FALHA NO KERNEL Esta actualização pretende resolver a falha que existe no sistema operativo Ubuntu, que permite o acesso de terceiros aos dados pessoais dos utilizadores. A falha, associada ao NULL-pointer do código do kernel, permite que um invasor possa executar códigos remotamente. Recordamos que o Ubuntu anunciou, no passado mês de Junho, um sistema operativo Linux para ultraportáteis. A versão 8.04 já vem com este erro corrigido. Gratuito ■ SITE www.ubunto.pt
NVIDIA LANÇA APLICAÇÕES NÃO GRÁFICAS PARA GPU O GeForce Power Pack, lançado recentemente pela Nvidia, consiste num conjunto de aplicações gratuitas que procuram adaptar o processador gráfico a tarefas não gráficas. O objectivo deste pacote de actualizações é retirar alguma da carga do CPU e passá-la para o GPU. O pacote inclui o Folding@Home e uma versão de demonstração do Elemental Technologies Badaboom, um conversor de vídeo que a Nvidia alega ser 18 vezes mais rápido do que a tradicional conversão através do CPU. Gratuito ■ SITE www.nvidia.com/content/forcewithin/us/ index.html
ENTREVISTA
Veronica Lu, sales manager da Gigabyte
PORTÁTEIS GIGABYTE AINDA ESTE ANO EM PORTUGAL A multinacional prepara-se para lançar notebooks no nosso país e não descarta a possibilidade de abrir escritórios em terras lusas TEXTO JOÃO TRIGO* FOTOS ARQ. PCGUIA
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Gigabyte prepara-se para comercializar computadores portáteis no nosso país ainda em 2008. A estratégia passa por disponibilizar uma gama cada vez mais alargada de produtos, e a abertura de escritórios em
Portugal está a ser fortemente equacionada. A PCGuia falou com Veronica Lu, sales manager da empresa, que revelou os principais desafios e apostas da multinacional de Taiwan. PCGuia – Quais são os grandes objectivos da Gigabyte até ao final de 2008? Veronica Lu – O nosso objectivo para toda a região
EMEA (que envolve a Europa, o Médio Oriente e a África) passa por crescer 30 por cento em termos de facturação face a 2007, tanto no que se refere ao mercado de motherboards, como de placas gráficas. Estamos confiantes e pensamos que este objectivo vai ser atingido. No que se aplica aos restantes mercados mundiais, notamos um maior crescimento em mercados
emergentes, sendo dois bons exemplos a China e o Brasil. PCG – Qual é o peso do mercado português na actividade da Gigabyte na Europa? V. L. – O mercado português vale aproximadamente três por centro do mercado da Gigabyte na região EMEA. PCG – De que forma é que a empresa divide as linhas de produtos em termos de importância? As motherboards e as placas gráficas têm alguma preponderância? V. L. – No ano passado, a nossa unidade de negócio separou-se da casa mãe, a Gigabyte Technology Co, Ltd. Nesse sentido, a unidade passou a ser designada como Gigabyte United Co, mas continuando a pertencer na totalidade à Gigabyte Technology Co, Ltd. Esta nova empresa dedica-se exclusivamente ao desenvolvimento de motherboards e de placas gráficas. E ambos os produtos são igualmente importantes para a Gibyte United. PCG – Por que razão é que a Gigabyte United se dedica mais à produção de modelos baseados em arquitecturas Nvidia? V.L. – Tanto a AMD (ATI) como a Nvidia são igualmente importantes para nós. Estamos muito focados no mercado de canal DIY (Do It Yourself, ou faça você mesmo), pelo que produzimos todos os modelos que a AMD e a Nvidia têm. PCG – Por que plataforma passa o futuro do desempenho gráfico: CrossFire ou SLI? V.L. – Ambas as plataformas são bastante apelativas sob o ponto de vista da construção de um sistema gráfico poderoso, sendo especialmente recomendadas para o mercado de jogos. PCG – Quando poderemos ver computadores portáteis da Gigabyte nas lojas portuguesas? V.L. – Estamos a falar de um produto que pertence a uma outra unidade de negócio do grupo Gigabyte. Mas, de acordo com o distribuidor em Portugal, os modelos M912, com a mais recente plataforma Intel Montevina e com um ecrã de 15,4 polegadas, e W476W, de 14,1 polegadas, serão lançados no mercado português durante Setembro ou Outubro. PCG – Por que razão é que ainda não foi possível ver laptops Gigabyte em Portugal até agora? V.L. – Com os modelos que mencionei, a Gigabyte prepara-se para lançar no mercado luso computadores portáteis excelentes já em 2008. PCG – Vai estar disponível em Portugal a gama completa de produtos da Gigabyte? V.L. – Neste momento, a Gigabyte tem uma gama de produtos completa e uma boa reputação e imagem no mercado português, quer se trate de motherboards, de placas gráficas, de notebooks, de multimédia, de material de networking, de soluções de refrigeração ou de
chassis, sem mencionar outros exemplos. PCG – Quais são os maiores desafios que o mercado português constitui para a marca? V.L. – Os desafios neste mercado são os mesmos que se podem encontrar noutros mercados mundiais. No que concerne à estratégia da Gigabyte para as áreas de motherboards e placas gráficas, iremos continuar a centrar os esforços no mercado DIY. E com o passar do tempo iremos introduzir funcionalidades cada vez mais avançadas na nossa gama de produtos. Isto significa que estamos à procura das melhores formas de fazer marketing para os utilizadores finais e de ajudar os nossos parceiros locais a crescerem e a ganharem maturidade no canal e no mercado. PCG – Essa estratégia passa pela abertura de um escritório em Portugal? V.L. – Nesta altura estamos a trabalhar muito de perto com os nossos distribuidores locais. A abertura de um escritório da Gigabyte em Portugal é uma possibilidade forte no futuro. Caso se concretize, queremos ter pelo menos dois colaboradores a tempo inteiro que possam auxiliar a empresa a crescer. Um deles terá como responsabilidade fazer com que as vendas no canal subam. O outro terá como responsabilidade a tarefa de lidar com a área técnica e/ou desempenhar tarefas relacionadas com marketing. PCG – Qual será o maior enfoque tecnológico da Gigabyte durante o próximo ano? V.L. – Durante os últimos anos, a Gigabyte focou-se muito na estabilidade dos produtos e nas capacidades de overclocking para o mercado dos entusiastas do desempenho. Neste momento em concreto, vamos continuar a fazêlo, mas numa perspectiva cada vez mais ambientalista, no sentido de termos produtos capazes de poupar energia. Características como a anterior DES – Dynamic Energy Saver – foram fortemente promovidas no mercado mundial desde o ano passado. Agora, a Gigabyte propõe a DES Advance Version, o que mostra a extraordinária capacidade que a empresa tem neste campo e a vantagem que demonstra face à concorrência. PCG – Quais vão ser os produtos mais importantes em 2009? V.L. – Em matéria de motherboards e placas gráficas, é realmente difícil conseguir dizer neste momento quais vão ser as grandes apostas. No entanto, uma coisa é certa: a transição de produtos por parte dos principais fabricantes de chipsets, como a Intel, a AMD e a Nvidia, é feita de uma forma cada vez mais rápida. No entanto, a Gigabyte United, enquanto empresa de primeira linha destes produtores de chipsets, irá sempre ter todas as gamas de produto que eles apresentarem, e fará todos os esforços para colocar o mais rapidamente possível os produtos finais no mercado de consumo. * COM JOÃO PEDRO FARIA
PCGUIA
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PCG G
ST | H A R D WA R E | S O FTWA R E | T E ST E E M G R U P O
BANCO DE TESTE
INTRONIX VR2 Preparado para a guerra
ROBUSTO
✔
ECRÃ
✔
CARO
✖
VEREDICTO 8
Escolhemos para esta página de destaque deste mês o Intronix VR2, um notebook especialmente concebido para ambientes extremos. Quer isto dizer que o fabricante – a General Dynamics – deu particular atenção à robustez e capacidade de resistência do portátil. Isso é visível na construção, em ligas de magnésio, e no peso (3,2 kg). Também o preço reflecte a tecnologia utilizada na assemblagem e os materiais resistentes que foram empregues no processo. Foi pensado para uso móvel em veículos, o que significa que pode ser utilizado em meios militares ou, por exemplo, em ambientes de obras ou em equipas móveis de manutenção de equipamentos. O design é semelhante ao do irmão mais velho (o VR1), mas o ecrã é agora de 13.3” (1024 x 768) e com uma elevada resistência ao reflexo de luz solar, o que reforça a sua utilidade em exteriores. Todas as entradas e saídas para periféricos estão devidamente protegidas. A abertura é muito simples e rápida, já que o utilizador tem somente de puxar o LCD para cima (ele desprende os dois grampos que estão colocados no topo do ecrã). O computador foi concebido para resistir a quedas e muito embora não seja resistente à água, consegue lidar sem problemas com situações específicas de derrame de líquidos. O fabricante garante que, por exemplo, a máquina continua a trabalhar se o utilizador verter uma lata de bebida em cima do teclado. Nesse caso, o líquido não passa para o sistema, já que é ecoado através de canais especiais que o retiram da máquina. A configuração não é das mais actuais (Intel Core 2 Duo 2.2 GHz com 512 MB de memória RAM, disco de 80 GB e drive de gravação de DVD) e ecrã de 13.3”, mas o mais importante é mesmo a resistência e a robustez. J.T. Distribuidor Pingpost ■ Preço 3144 euros ■ Contacto 214 103 325 ■ site www.gd-itronix.com
PCGUIA
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TECNOMUST
TOSHIBA G810 Não tem a elegância e o “porte” de alguns dos modelos recentemente lançados, mas está muito bem equipado em termos tecnológicos e tem uma interface bastante simples e funcional. Na verdade, é no hardware que o modelo Portégé peca mais O terminal é leve e possui um ecrã com uma boa dimensão, mas os materiais conferem ao equipamento uma estrutura frágil. O facto de os poucos comandos que existem estarem “embutidos” na parte inferior deste Toshiba contribui para não estragar a pretendida componente estética, mas dificultam um pouco o manuseamento. O ecrã táctil também se mostra menos sensível ao toque, em alguns casos. A câmara é bastante boa, embora o ecrã devesse ser bem melhor. Só 65 mil cores? Boas opções de conectividade: HSDPA, Wi-Fi e Bluetooth. S.E. SUPORTE MINISD
Distribuidor: BrightPoint ■ Preço 469 euros ■ Contacto 219 154 340 ■ www.toshibaeurope.com/mobile/
✔
CÂMARA COM 5 MP
✔
INTERFACE
✖
VEREDICTO 8
NB PLUS UNIVERSAL NOTEBOOK ADAPTER Cumpre o objectivo dos demais adaptadores, mas de uma forma mais completa, mais não seja pelo facto de incluir um LCD que mostra a voltagem e a temperatura. O funcionamento é simples, embora exija alguns ajustes. Terá de verificar a voltagem do portátil, ligar o cabos e ajustar os valores através dos botões disponíveis junto do LCD. Estes são pouco funcionais; precisará obrigatoriamente de usar o bico de uma caneta ou a ponta de um clipe para conseguir fazer os ajustes necessários. O dispositivo memoriza a última voltagem introduzida, pelo que não necessitará de configurar tudo outra vez, a menos que trabalhe com mais do que um equipamento. Existe uma entrada USB na lateral que permite carregar outros equipamentos. Tratando-se de um produto por regra usado em viagens, poderia trazer adaptadores de corrente para os diferentes países, o que não acontece. S.E. ENTRADA USB
✔
LCD
✔
COMANDO DE DIFÍCIL ACESSO
✖
Distribuidor JP Sá Couto ■ Preço 43,90 euros ■ Contacto 229 993 999 ■ Site www.fortron-source.de
VEREDICTO 7
AUTOCOOLER SPEED DATA É fabricada em Portugal, é leve e resistente, e funciona como uma base para qualquer tipo de portátil. A base possui uma série de buracos que ajudam a dissipar o calor e uma régua ao fundo que funciona como travão e impede que o portátil deslize para a frente. Não permite ajustes, pelo que tanto funciona como um portátil de 13” como com um de 17”. Não tem ventoinhas, o que significa que também não produz o ruído típico de alguns modelos existentes no mercado, nem entradas USB extra. O preço é um pouco elevado. S.E.
Distribuidor Projecto Visual ■ Preço 27,97 euros ■ 219 128 060 ■ www.projectovisual.pt
LEVE
✔
UNIVERSAL
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 6
24 | PCGUIA
NDRIVE G400 O modelo G400 é um aparelho de entrada de gama, que custa para os clientes da Via Verde pouco mais de 100 euros. Esta entrada serve para justificar alguns pontos menos bons que existem neste modelo, face a outros da NDrive. Em primeiro lugar, é mais lento, o ecrã não responde tão bem, o som é mais fraco e os vídeos têm uma qualidade mediana. Também notámos que precisa de mais tempo para localizar o satélite. Em termos de funcionamento em estrada, a resposta foi positiva, mesmo quando lhe trocámos as voltas e o obrigámos sucessivamente a recalcular rotas. Tem uma dimensão de ecrã agradável e mantém aquele aspecto seguro e robusto a que este fabricante já nos habituou. A passagem de ficheiros para o aparelho é do mais simples que existe; basta ligar o USB. O alcoolímetro funciona como um bom indicativo para o condutor. S.E. Fabricante: Ndrive ■ Preço: 119 euros (novos aderentes Via Verde), 109 euros (clientes Via Verde) ■ Contacto: 228 320 440 ■ Site: www.ndrive.pt
ZEN X-FI
NAVEGAÇÃO SEM PROBLEMAS
✔
MAIS LENTO
✖
ECRÃ TÁCTIL
✖
VEREDICTO 6
X-FI
✔
AUSCULTADORES
✔
SISTEMA DE ESCRITA
✖
VEREDICTO 8
Há muito tempo que a Creative prometeu um Zen com tecnologia de melhoramento de som X-Fi. Finalmente chegou! Este novo leitor permite ouvir MP3, WMA, WAV e AAC, ver vídeo em WMV, MPEG4-SP, Divx 4/5, Xvid e ouvir rádio. A grande novidade é a inclusão da possibilidade de ligação Wi-fi, que permite usar a Zen X-Fi como cliente de rede para streaming de conteúdos, como, por exemplo, a sua biblioteca de música do Media Player, ou pode ainda usar a função de mensagens instantâneas para falar com os seus amigos. P.T.
Fabricante Creative ■ Preço 139,99 euros (8GB) ■ Site pt.europe.creative.com
MGE PROTECTION BOX POWERLINE O Protection Box PowerLine é uma solução três-em-um bem pensada e, mais importante, bem conseguida. Inclui um bloco de tomadas, um módulo de corrente portadora em linha (CPL) de 200 Mbits e um dispositivo de protecção contra sobretensões optimizado para a circulação de dados de alto débito através da rede eléctrica. Em termos de benefícios para o utilizador, o equipamento permite a circulação de dados de alto débito através da rede eléctrica, ou seja, consegue partilhar o acesso à Internet e TV ADSL ou HD com qualquer divisão de casa sem adicionar cabos, utilizando as tomadas eléctricas. Também optimiza a propagação do sinal CPL, de modo que o utilizador beneficia sempre do débito máximo possível, mesmo em caso de perturbações do sinal. O modelo de 200 Mbits que testámos possui um botão de encriptação para activar a segurança da transmissão. O preço até pode ser considerado alto, mas os benefícios valem o dinheiro que custa. S.E. Fabricante. MGE ■ 145 euros (PVP recomendado) ■ Contacto 96 892 66 32 ■ Site: www.mgeops.com
PCGUIA
OURO NÍVEIS DE PROTECÇÃO
✔
INTEGRAÇÃO DE CPL ✔
MODULARIDADE
✔
VEREDICTO 9
PCGUIA
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TECNOMUST
MOTOROLA ROKR E8 Foi premiado no CES, em Las Vegas, como o Melhor Produto do evento e ainda arrecadou o galardão de Best in show, na categoria de telefones e smartphones. O ROKR E8 é um dos mais recentes terminais da Motorola a dar entrada no nosso mercado e a destacar-se dos demais devido a algumas funcionalidades tecnológicas. Por exemplo, com apenas um toque, o ROKR E8 passa de telefone, para leitor de MP3 ou câmara digital. Quando desligado ou em stand-by, a superfície não mostra qualquer tecla visível. A câmara de 2 megapixels com zoom digital 8x e função multishot permite gravar vídeos e tirar fotografias com alta definição. O ecrã em formato widescreen dá uma visão panorâmica dos conteúdos gráficos. S.E.
SAMSUNG INNOV8 O novo smartphone da Samsung é sinónimo de equipamento multimédia. Senão vejamos: tem uma câmara de 8 megapixels, uma capacidade para 16 GB de memória, permite a gravação de vídeo, um sistema de som surround, um esquema de navegação na Internet melhorado e jogos 3D integrados (traz o Asphalt e o FIFA 08). É compatível com um leque alargado de formatos de vídeo, incluindo DivX, WMV, Real Player e MPEG4. Vem também equipado com tecnologia A GPS. S.E.
CAM1 DA TMN
HI5 NOS TELEMÓVEIS
Cam1 é o segundo telefone para crianças lançado pela TMN. O terminal combina as funcionalidades de câmara digital, telemóvel e leitor de MP3, com audiobook. Enquanto telefone, este aparelho da Imaginarium possui limitação de chamadas aos números predefinidos pelos pais, o que permite garantir a segurança da criança. Até ao final de Junho de 2009, todos os clientes que adquiram um Imaginarium Mo1 ou Cam1 por 109,90 euros podem usufruir da oferta de uma mesada de 2,5 euros, ao longo de 6 meses.
A TMN e a Vodafone anunciaram a disponibilização do m.hi5.com, o site móvel do Hi5. Os utilizadores podem, desta forma, receber notificações de algumas das acções e gerir a sua conta como se estivessem à frente de um PC, ou seja, visualizar perfis, adicionar e ver o estado de amigos, enviar e receber mensagens ou convidar amigos para a sua rede, entre outras medidas.
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NOKIA 8800 CARBON ARTE Sofisticação técnica, elegância, desempenho e design são apenas alguns dos atributos associados pela Nokia ao seu mais recente terminal Premium, o 8800. Concebido a partir de fibras de carbono, titânio, vidro polido e aço inoxidável, o Carbon Arte foi criado sob a máxima da exclusividade. Para além dos tons únicos, das texturas e das formas esculpidas que as fibras de carbono e o titânio proporcionam, este modelo possui faixas sonoras e wallpapers criados exclusivamente para esta gama. Em termos funcionais, quando os utilizadores tocam duas vezes na superfície de aço que se encontra abaixo do visor, aparece um relógio no ecrã. Os utilizadores podem silenciar as chamadas recebidas de uma forma discreta, rodando o dispositivo e colocando-o com o visor para baixo.S.E.
ANDROID QUASE A CHEGAR O primeiro telemóvel baseado na plataforma móvel do Google, a Android deverá chegar ao mercado nos próximos meses, pelo menos assim indicam as previsões da TMobile. O modelo da HTC que irá dar o pontapé de saída do Google no mercado móvel foi baptizado com o nome Dream.
HARDWARE
LITEON DH-4B1S Chegou a segunda geração de gravadores Blu-ray da Lite-On QUALIDADE DE GRAVAÇÃO
✔
COMPATIBILIDADE
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 8
Com o DH-4B1S, a Lite-On entra na segunda geração de gravadores Blu-ray. O fabricante chama-lhe Triple Writer, o que na prática significa que este dispositivo é capaz de gravar em qualquer tipo de suporte óptico disponível no mercado, com a excepção do formato DVD-RAM. Mas o que interessa mesmo nesta drive é a capacidade de poder gravar discos Blu-ray, sendo a velocidade máxima de 4x – um valor que, não sendo o mais rápido na actualidade, não deixa de ser bom. Por outro lado, o facto de as velocidades não serem muito rápidas faz com que as gravações ganhem em qualidade. Quanto aos restantes formatos, a drive grava BD-RE a 2x, DVD +/–R a 12x, DVD+/–R DL e DVD+RW a 8X, DVD– -RW a 6X, CD–R a 40x e CD–RW a 24x. As velocidades de leitura também agradam, fixando-se em 4x para discos BD– -ROM, 12x para DVD–ROM e 40x para CD–R/RW. Em qualquer um destes três tipos de média (Blu-Ray disk, DVD ou CD), o tempo de acesso é de 160 ms. A unidade de formato interno é muito leve (não chega a pesar 1 kg) e pode ser ligada ao PC através de uma interface Serial-ATA, o que garante uma boa transferência de dados e evita o congestionamento de dados durante os processos de leitura ou gravação de um disco Blu-ray. De acordo com os testes que realizámos, a drive lida bem com todos os formatos de media especificados, não tendo apresentado praticamente qualquer relatório de erro. Houve apenas uma excepção, que se prendeu com um disco DVD-R DL, mas trata-se de um problema de leitura que terá já sido detectado e poderá ser facilmente resolvido com a disponibilização de um novo firmware. Os mecanismos de correcção de erros funcionaram bem. A capacidade de overburn também foi testada de forma positiva, sendo a DH-4B1S capaz de gravar mais 124 MB num DVD. Em suma, trata-se de um bom equipamento para gravar em Blu-ray. Só é pena que estes equipamentos para a gama de consumo em geral ainda tenha um custo elevado. J.P.F.
Distribuidor Vobis ■ Preço 249 euros ■ Contacto 800 102 222 ■ Site www.liteonit.eu
COMPUTADOR ATOM DIGICOMP Testámos um computador de secretária baseado na nova plataforma móvel da Intel. Confuso? Dê uma vista de olhos PREÇO
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CONSUMO ENERGIA
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VELOCIDADE
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VEREDICTO 7
A guerra dos processadores de baixos custo e consumo está mais acesa do que nunca. A primeira empresa a lançar um processador deste tipo foi a AMD, com o Geode incluído no computador de low cost OLPC, do MIT; seguiu-se a Intel, com os primeiros Atom single core, e, mais tarde, a Nvidia, com o Tegra. Um reduzido consumo de energia já não é sinónimo de baixas performances. O Atom é um processador dual core a funcionar a 1,60 GHz, o que permite performances aceitáveis. Apesar de o Atom ser um processador dedicado a plataformas móveis, o computador enviado pela Digicomp é uma máquina desktop. O processador está montado numa board mini ATX, com 1 GB de RAM, partilhada com a placa gráfica e um disco de 80 GB, onde está instalada uma versão de Linux e o Windows XP. A versão testada não inclui drive óptica. Para avaliar a performance, usámos o programa PCMark, que faz um teste geral a todos os subsistemas da máquina, incluindo gráficos, RAM e CPU, simulando vários tipos de utilização diferentes. Assim, o PCMark indicou um valor de 1500 marks. Para dar um termo de comparação, um portátil baseado num Intel Centrino Ultra Low Voltage a 1,33 GHz obtém no mesmo teste 2722 marks. Como se pode ver, a velocidade não tem só que ver com os GHz que os fabricantes põem nos processadores. Isto pode ser explicado com alguma falta de velocidade da RAM, que faz com que todo o sistema não seja tão rápido. No geral, esta é uma máquina de trabalho que consegue dar conta da maioria das tarefas que se fazem num escritório, mas sem grandes luxos. P.T.
Fabricante Digicomp ■ Preço 288 euros ■ Contacto 218 488 418 ■ Site www.digicomp.pt
28 | PCGUIA
HARDWARE
RADEON 4870 X2 A segunda tentativa da AMD/ATI para construir uma placa gráfica com dois processadores traduz-se finalmente em duas vezes a velocidade? A PCGuia foi averiguar RÁPIDA
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SORVE ELECTRICIDADE
✖
RUÍDO ✖
VEREDICTO 8
Na ânsia de criar sistemas gráficos cada vez mais rápidos, os fabricantes de hardware chegaram rapidamente à conclusão de que dois é melhor do que um. E assim apareceu primeiro o SLI da Nvidia e depois o Crossfire da ATI, que permitem ligar duas placas gráficas no mesmo computador, de modo a aumentar a velocidade de processamento gráfico, repartindo a carga entre as duas placas. O problema é que muitos utilizadores não querem ter duas placas dentro das suas máquinas pelas mais variadas razões, como o custo, o ruído ou a falta de espaço. Os fabricantes deram então o passo mais lógico: colocaram dois chips numa única placa. A AMD apresenta agora a segunda geração de placas de duplo GPU, a 4870 X2. É uma placa que inclui dois GPU 4870 e 2 GB de memória RAM GDDR5. Cada processador funciona a 750 MHz e a memória funciona a 900 MHz. Esta configuração permite uma velocidade máxima de transferência da
dados de e para a memória de 115,2 GB por segundo. A interface é PCI Express 2.0 16X. A placa em si é um monstro que ocupa dois slots, um para a placa e outro para o cooler, que, como é hábito nas placas que oferecem altos desempenhos, cobre o circuito impresso na totalidade do lado dos chips. Como era de esperar, esta placa é muito “gulosa” no que respeita à energia, por isso, se está considerar comprá-la, tem de se certificar que a fonte de alimentação aguenta o peso extra. É necessário ligar dois cabos de energia, um de seis pinos e outro de oito. Se não tiver uma fonte de alimentação, como um cabo de alimentação PCI Express de oito pinos, terá de usar o adaptador fornecido. Mas o que interessa é saber se realmente esta placa vale o investimento e torna os jogos mesmo mais rápidos. Para testar a placa, usámos uma máquina baseada num processador Intel Quad Core Q6600, com 2 GB de RAM DDR 2 Corsair Dominator a
A PLACA OCUPA DOIS SLOTS, UM PARA A PLACA E OUTRO PARA O COOLER, HABITUAL NO HARDWARE DE ALTOS DESEMPENHOS
1066 MHz, instalados numa motherboard Asus P5Q. A armazenagem está a cargo de um par de discos de 750 GB da Seagate e o sistema operativo é o Windows Vista Ultimate com o Service Pack 1. Para fazer o contraponto, usámos outra placa gráfica, uma Nvidia 9800 GTX da XFX com os últimos drivers. Os testes foram feitos usando o Crysis, o World in Conflict e o 3D Mark 06, a uma resolução de 1680X1050 sem a utilização de qualquer tipo de overclock. Os resultados foram os seguintes:
Fabricante AMD ■ Preço 474 euros ■ Site www. amd.com
30 | PCGUIA
Crysis (DX10)
World in Conflict
3D Mark 06
4870 X2
44 FPS
33 FPS
16500 PCM
9800 GTX
25 FPS
29 FPS
14000 PCM
Como se pode ver, esta placa da AMD é realmente muitíssimo rápida, e, à medida que os drivers vão sendo aperfeiçoados, a velocidade tem tendência a melhorar ainda mais. Uma nota final vai para o ruído. Apesar de ser uma placa atípica no universo da AMD neste campo – por ser bastante silenciosa –, acaba ainda assim por ser muito barulhenta quando está em carga; quando a trabalhar em 2D, nem se dá por ela. P.T.
HARDWARE
TRANSCEND AXERAM 2GB DDR3 1800+ Se está à procura de memória de alto desempenho, é agora ou nunca CARACTERÍSTICAS
✔
DESEMPENHO EXTRA...
✔
...EM BOARDS XMP
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VEREDICTO 9
Pouco tempo após ter introduzido no mercado a família aXeRam, a Transcend evoluiu a gama com este kit de 2 GB de especificações que colocam a marca no mesmo patamar onde se encontram nomes como a OCZ, a Corsair ou a Muskin, referências incontornáveis nesta área específica das memórias de elevado desempenho para os adeptos dos jogos e do overclocking. Pode não ser o conjunto de memória mais rápido disponível no mercado, mas sem dúvida alguma que os 1800 MHz a que este bloco de 2 GB opera não deixam de ser impressionantes, sobretudo se tivermos em conta o facto de a Transcend ter sido capaz de manter muito baixos quer os timings (8-8-8-24), quer a voltagem (1,8 V). Como começámos por referir, se está à procura de memória de alto desempenho, é agora ou nunca. No entanto, nem tudo são rosas. Isto porque, apesar de a memória de elevado desempenho se encontrar hoje disponível por um custo bem mais acessível do que quando a especificação DDR3 chegou ao mercado (pensando melhor, nem é preciso recuar assim tanto no tempo), trata-se de um tipo de RAM muito particular que requer uma motherboard capaz de suportar frequências altíssimas. Para isso, é preciso ir buscar um modelo baseado nos mais recentes chipsets, como os Intel X38 ou (preferencialmente) X48. E isso tem um custo acrescido. Aliás, outra coisa não se pode recomendar. É que este kit conta com a tecnologia XMP (Intel Extreme Memory Profiles), que permite que os módulos negociem com o controlador de memória os melhor timings e o relógio mais rápido em cada momento, o que permite obter um desempenho extra. No entanto, apenas as boards XMP (como as X38 e X48) suportam esta funcionalidade... J.P.F.
Distribuidor DX4 ■ Preço 188,90 euros ■ Contacto 239 980 400 ■ Site www.transcendusa.com
VAIO VGN FW11M Uma máquina preparada para entretenimento com uma drive Blu-ray ECRÃ
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DRIVE BLU-RAY
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CONSTRUÇÃO
✖
VEREDICTO 7
O Fw11M é uma máquina pensada para quem gosta do design Vaio mas não tem orçamento para os computadores da Sony. O notebook é bonito e conta com um teclado muito atraente, ao estilo do antigo ZX Spectrum. Infelizmente, a Sony parece ter feito algumas concessões no que concerne à qualidade de construção desta pesada máquina de 3 kg. A utilização de plásticos em quase todo o chassis faz com que a robustez não seja a que é reconhecida noutros modelos Vaio. A área de apoio dos pulsos, por exemplo, revela-se particularmente frágil. Entre os principais pontos fortes do laptop encontra-se a inclusão de uma drive Blu-ray (de leitura apenas) e um ecrã X-black de 16,4” (1600 x 900). Estes dois elementos dão a entender a verdadeira natureza do PC – é um computador para entretenimento, e deve ser avaliado apenas e só neste contexto. Oferece um Intel Core 2 Duo 2,2GHz e 4 GB de memória RAM. A placa gráfica é uma AMD Mobility Radeon 3470 e dispõe de um disco rígido de 250 GB. Repare ainda que dispõe de saída HDMI (é full HD 1080) e de leitor de cartões de memória, muito embora, neste último aspecto, suporte apenas e só o formato da Sony, Memory Stick – uma clara desvantagem face a outras máquinas deste segmento que oferecem leitores de cartões para outros formatos vulgarmente utilizados, como SD ou xD. O desempenho é razoável, mas tudo indica pareça indicar que o utilizador terá de fazer algumas concessões gráficas para conseguir obter gráficos fluidos (5282 PCMark 2005; 2595 3dmark 2006). Está equipado com o Windows Vista Home Edition e oferece, entre outras aplicações, o Adobe Premier Elements 4. A autonomia é de cerca de três horas. J.T.
PCGUIA
OURO
32 | PCGUIA
Fabricante Sony ■ Preço 1098,53 euros ■ Contacto 808 200 185 ■ Site www.sony.pt
HARDWARE
QNAP NVR-1012 Um sistema de videovigilância em rede recomendado para os dias que correm VERSATILIDADE
✔
PREÇO/ FUNCIONALIDADES
✔
CÂMARAS SEM POE
✖
VEREDICTO 9
Com a onda de assaltos que o País tem conhecido nos últimos tempos, nunca como hoje o tema da segurança conheceu tamanho destaque. Ora é precisamente sobre este assunto que se relaciona o produto enviado pela Mactek. O Qnap NVR-1012 é um sistema de videovigilância baseado em Linux que inclui tudo o que é preciso para montar um kit desta natureza para a casa ou para o escritório. Dentro da caixa é possível encontrar o dispositivo principal NVR-101, duas câmaras IP ICS-1013, os respectivos transformadores de corrente, suportes e antenas para as câmaras, caso se opte pela via de transmissão sem fios, e ainda todas as aplicações, manuais e uma panóplia de cabos de rede, caso se prefira uma instalação em rede tradicional. Não
faltam também os pequenos parafusos para montar o disco rígido no NVR-101 (com interface SATA e capacidade até 1 TB, não sendo no entanto fornecido), que servirá para gravar as imagens captadas pelas câmaras. Apesar da quantidade de material fornecido, a instalação e a configuração são muito simples. Os modos de operação são completos, sendo possível definir gravações contínuas, programadas ou manuais sempre com indicação da hora (o formato de gravação é AVI), ou estabelecer a criação de alarmes no ecrã ou por e-mail para o administrador através, por exemplo, da detecção de movimento. E porque se trata de um equipamento de segurança, dispõe naturalmente de uma ranhura para colocar Kensington lock. A lista de funcionalidades é muito extensa e interessante, mas infelizmente o espaço é curto para explorarmos tudo o que este sistema tem e pode fazer. Por isso, falemos do desempenho. Nos nossos testes, optámos pela via wireless com encriptação WPA2 para evitar olhares alheios (para isso é preciso ter já um router sem fios). A Redacção não é muito grande mas, mesmo assim, a transmissão de vídeo e de áudio nunca ficou comprometida, apesar de a qualidade da imagem poder ser melhor (por exemplo, os verdes passam facilmente para uma tonalidade rosa quando a luz natural é escassa). Para quem prefira optar pela instalação com fios, é uma pena que a tecnologia Power Over Ethernet (PoE) não seja suportada, pois
O SOFTWARE DE GESTÃO DO NVR-101 É MUITO COMPLETO E FÁCIL DE OPERAR
PCGUIA
OURO
Distribuidor Mactek ■ Preço 835 euros ■ Contacto 220 300 300 ■ Site www.qnap. com/pt
34 | PCGUIA
isso evitaria ter que se usar um adaptador de corrente por cada câmara. O software de gestão do NVR-101 é muito completo e fácil de operar, mas notámos um problema que tem a ver com o facto de dividir os clips de vídeo em blocos de 15 minutos, apesar de na gravação nunca ter quebras. Talvez isto seja mesmo um mal necessário, mas o fabricante poderia porventura prolongar o período de quebra para 30 minutos ou até mesmo uma hora. Independentemente de tudo isto, o Qnap NVR1012 é um excelente sistema de videovigilância que tem ainda mais uma grande vantagem – a capacidade de expansão. No painel traseiro, encontram-se duas fichas USB, uma eSATA (para expansão até 2 TB) e ainda a ligação de rede Gigabit, sendo igualmente útil o MAC address, caso se pretenda configurar o dispositivo com vários componentes em rede. E é claro que se poderão ligar mais câmaras ao NVR-101, o que aumenta ainda mais o seu valor. De referir ainda que o servidor tem o aspecto de uma caixa de disco rígido externo, aliás com um design bem mais interessante face a algumas propostas concretas nesta área disponíveis no mercado. O modo de operação é silencioso. Tudo junto, custa 835 euros sem o disco rígido, o que poderá parecer caro. Mas já alguma vez reparou no preço de soluções do mesmo género? E alguma vez pensou até que ponto a segurança tem preço? J.P.F.
HARDWARE
ASUS EN9800 GX2 QUAD-SLI A Nvidia tem uma nova proposta: duas placas, quatro GPU QUALIDADE DE CONSTRIUÇÃO
✔
ESTABILIDADE FRACA
✔
PREÇO/DESEMPENHO
✖
VEREDICTO 7
De acordo com os estudos de mercado levados a cabo por entidades independentes, como é o caso do estudo realizado pela Valve and YouGamers, a proporção de PC a correr um par ou mais de GPU Nvidia em modo SLI multiplaca é quase zero. Em todas as previsões, esses sistemas não representam mais do que alguns pontos percentuais da base instalada de computadores pessoais configurados preferencialmente para correrem jogos. Por outras palavras, representam uma pequena fracção de um nicho de mercado
através de um bus PCI Express. Tal como sempre aconteceu com a tecnologia SLI, a GeForce GX2 não consegue suportar monitores duplos e rendering 3D ao mesmo tempo em SLI. Quem utilizar dois ecrãs tem que estar constantemente a recorrer a uma forma de gerir essas situações. Apesar disto, a 9800 GX2 disponibiliza a promessa de ser capaz de correr jogos em quad-SLI de forma totalmente funcional. Teoricamente, a velha 7950 tinha capacidade quad, mas a API DirectX 9 não a permitia
CADA GPU REQUER A SUA PRÓPRIA CÓPIA COMPLETA DOS DADOS DO JOGO
Fabricante Asus ■ Preço 780 euros (390x2) ■ Contacto 808 789 888 ■ Site http:// pt.asus.com
36 | PCGUIA
bastante modesto. Tal como acontece com a tecnologia concorrente CrossFire da ATI, quase se pode dizer que praticamente não existe. Este contexto deixa-nos dúvidas quanto ao sucesso da nova proposta multichip da Nvidia, representada pela Asus EN9800 GX2. Em termos técnicos, é muito similar à sua antecessora GeForce 7950 GX2. É verdade que se trata de uma solução mais organizada do que a anterior, com todos os elementos fechados numa caixa de metal brilhante. Mais uma vez, existe um par de placas de circuitos “ensanduichadas” e os dois GPU a comunicarem
concretizar. Não o vamos entediar com os detalhes, mas tinha basicamente que ver com a forma como o DX 9 suporta o rendering de frames alternadas – que é o método de eleição para o SLI.
PROBLEMAS DE ESTABILIDADE Actualmente, a GX2 tem o novo DirectX 10 e o Vista como aliados. Consequentemente, tivemos esperança em usufruir realmente das promessas do quad-SLI. Mas não passou disso mesmo – esperanças – uma vez que os resultados não foram
grande coisa. A verdade cruel é que o quad-SLI traz à memória o velho e mau SLI dos primeiros tempos. Por outras palavras, crashes, ruído na imagem e um desempenho aquém do esperado em termos de capacidade de escalamento. Por exemplo, é impossível obter resultados significativos quando se corre Crysis com quadSLI. Simplesmente não se mantém estável durante um período de tempo suficiente para se obter um resultado de benchmark. É uma pena, uma vez que, quando o corre de forma adequada, disponibiliza um vislumbre tentador de Crysis a 1920 x 1200 em modo de detalhe muito elevado. É uma experiência sublime. Na maior parte do tempo, contudo, tem que se suportar uma intermitência azulada que faz esquecer qualquer prazer de jogo que possa ser disponibilizado por instantes pela GX2 em modo quad-SLI. Isto é particularmente inaceitável porque uma única GX2 proporciona bom desempenho com uma consistência quase impecável. Mais concretamente, conseguimos obter um enorme rácio de frames em jogos como Call of Duty 4, Assassin’s Creed e outros velhos favoritos, como Half-Life 2, com uma fiabilidade reconfortante. Para darmos uma ideia mais concreta, é mais de duas vezes mais rápida do que uma 8800 GT. Talvez isso já fosse de esperar. Feitas as contas, tem um par de GPU a correr a 600 MHz e todas as 128 unidades shader activas e a correr a 1,5 GHz. Existe ainda 1 GB de memória GDDR3 a 2 GHz, embora esteja dividida pelos dois chips 3D. Na realidade, é muito provável que esta divisão da memória seja responsável pela enorme quebra de desempenho com o Crysis e pela impossibilidade de teste a 2560 x 1200. Cada
GPU requer a sua própria cópia completa dos dados do jogo e não existe simplesmente espaço suficiente em 512 MB. O resultado é um crónico pobre desempenho do disco. No entanto, isto é estranho, dado que as melhores placas anteriores da Nvidia – as 8800GTX e Ultra – vinham com bastante mais memória gráfica (768 MB). Já vimos muitas revisões de 1 GB a muitas outras placas disponibilizadas por diferentes fabricantes. A memória, por si só, não é realmente uma questão inteligente em termos de preço. É o bus de memória que acaba por tornar estas placas vencedoras ou não. Nos dias que correm, em que a concorrência é limitada, talvez a Nvidia não sinta a necessidade de fazer um grande esforço com estas 9800.
substituída pela esplêndida GeForce 8800 GTX. Em segundo lugar, a 9800 GX2 ficará praticamente obsoleta pouco tempo depois de qualquer decisão de compra. Na altura em que está a ler este artigo, a Nvidia já colocou no mercado o novo GPU topo de gamWWa GT 200, que irá certamente disponibilizar melhores desempenhos do que uma 9800 GX2, e ao mesmo tempo deverá colocar de lado as preocupações relativamente à fiabilidade do SLI. Nesse caso, teria que justificar a si mesmo o facto de ter gasto cerca de 780 euros por um par de GX2.
ANÁLISE TÉCNICA Quando o quad-SLI funciona, é capaz de fazer maravilhas. Testado com 4X Antialiasing e 8X Anisotropic Filtering.
VALERÁ A PENA? Feitas as contas, existem dois aspectos a sublinhar relativamente à GX2, independentemente de ser um exemplar ou dois a correr em modo quad. O primeiro tem que ver com a fiabilidade do escalamento do SLI, que é questionável. Não podemos fugir do facto de que a tecnologia multiGPU requer perfis específicos para cada jogo, o que representa muito trabalho. Não é, portanto, surpreendente que a equipa da Nvidia coloque o enfoque nas placas mais recentes, relegando para segundo plano o hardware mais antigo. Foi precisamente isso que aconteceu quando a GeForce 7950 GX2 (que teve uma vida curta) foi
Desempenho com jogos de gama média Call of Duty 4
Frames por segundo: quanto maior, melhor
1920 X 1200
128 fps.
2560 X 1600
79 fps. 60
80
100
120
140
Desempenho com jogos standard Half-Life 2
Frames por segundo: quanto maior, melhor
1920 X 1200
99 fps.
2560 X 1600
91 fps. 92
94
96
98
100
Desempenho com jogos de topo de gama Assassin’s Creed
Frames por segundo: quanto maior, melhor
1920 X 1200
52 fps.
2560 X 1600
52 fps. 49
50
51
52
53
PCGUIA
| 37
HARDWARE
PCGUIA
OURO DESEMPENHO
✔
PREÇO
✔
A 9800GX2 FAZ-LHE SOMBRA
✖
DESEMPENHO
✔
ESPECIFICAÇÕES
VEREDICTO 9
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 8
GIGABYTE GTX 280 / ZOTAC GTX 260 Os mais recentes chips topo de gama da Nvidia esgrimam os seus argumentos
Distribuidor Niposom ■ Preço 412 euros ■ Contacto 218 440 200 ■ Site www.gigabyte.pt
40 | PCGUIA
Mais um mês, mais uma nova placa gráfica da Nvidia. E mais uma nova convenção de nomes para confundir ainda mais os utilizadores. Desta vez é diferente. Ou melhor, diferente de tudo aquilo que aconteceu no cerca de ano e meio decorrido desde o lançamento da poderosa 8800GTX. Essa foi a última vez que a Nvidia apresentou um GPU topo de gama a sério. Entretanto, assistimos à disponibilização de alguns aumentos da velocidade de relógio, da Ultra e de toda uma profusão de revisões – algumas valeram a pena, outras foram irrelevantes, mas contribuíram todas para confundir e inundar o mercado. Será que podemos perdoar tudo isto após o lançamento das placas de topo de gama equipadas com o GT200? Claro que sim. Tivemos o GPU gémeo 9800GX2, uma placa que foi apresentada como sendo a mais rápida do mercado, mas que rapidamente foi colocada de lado por lançamentos mais recentes. O que dizer então da 9800GTX? Mais uma vez, uma placa que fornecia pouco mais do que a 8800GTX, lançada mais de um ano antes, tornando-a assim umas das “irrelevâncias” de que falámos. Na realidade, se exceptuarmos a excelente 8800GT, quase podíamos ter continuado a viver sem qualquer lançamento na gama GeForce depois da Ultra. Mas agora o melhor é esquecer isso, dado que temos o GT200, um chip monolítico a sério com 1,4 mil milhões de transístores gravados numa escala de 65 nm. E também é enorme. É claramente o maior GPU que a Nvidia (ou qualquer outro fabricante) já disponibilizou, uma vez que tem uns enormes 576 milímetros quadrados. Numa altura em que os CPU estão a ser apresentados em tamanhos cada vez menores, os GPU estão a ficar maiores. Mas há uma boa razão para isso, dado que todos os números registaram um crescimento. É a primeira vez que a Nvidia disponibiliza 512 MB, que se
tornaram standard no último ano. Por sua vez, disponibilizando um bus de 512/448 bits, respectivamente, poderá notar-se uma grande diferença nas resoluções mais elevadas.
A DIFERENÇA ESTÁ NO BUS A velocidade superior do bus também deverá utilizar completamente os ROP extra disponibilizados pelas placas baseadas no GT200, que passaram de 24 e 16 nas G80 e G92 para 28 e 32 nas GTX260 e 280. É verdade que, relativamente à 9800GX2, se afirmava que disponibilizava 32 ROP, mas estavam divididos por dois chips. Algo que não aumentou foram as frequências. As velocidades de relógio e de shader foram especificadas de uma forma bastante conservadora – em ambos os casos, são inferiores às da Ultra, baseada no G80. Com todos estes números impressionantes, deveríamos experimentar uma glória gráfica nunca antes vista, certo? Provavelmente já adivinhou onde queremos chegar com esta insinuação. Com resoluções standard de desktop – 1680 x 1050 e 1920 x 1200 – não se nota realmente uma diferença perceptível entre as novas placas e a 9800GX2. Na realidade, com jogo sem anti-aliasing no nosso teste Crysis, a GX2 conseguiu uma ligeira vantagem relativamente às novas placas. Estamos a falar de placas com um único GPU a apresentarem desempenhos tão bons como uma placa multiGPU, mas ainda não é a revolução que nos prometeram. Com o lançamento da 9800GX2, a Nvidia abriu as portas à sua trovoada de marketing. Os cerca de 130 euros extra que custa a GTX 280 não se traduzem nos ganhos de desempenho que esperaríamos desta extravagância, tanto em termos gráficos, como em termos financeiros. Por outro lado, a GTX 260 está disponível actualmente por cerca de 60 euros menos
HARDWARE
ANÁLISE TÉCNICA Evitámos efectuar testes Vantage para as novas placas, por causa do ligeiro enviusamento dos resultados, devido à mudança dos testes físicos para o GPU após a adição do PhysX às placas Nvidia. Com 4xAA no World in Conflict, as duas placas apresentaram enormes melhorias relativamente à GX2. No entanto, os resultados em Crysis mostram algumas variações entre as placas a resoluções médias e altas.
World in Conflict 2560x1600 Benchmarking com jogos
Frames por segundo: quanto maior, melhor
9800GX2 GTX 280 GTX 260 14
18
22
26
30
Crysis 1920x1200 Benchmarking com jogos
Frames por segundo: quanto maior, melhor
relativamente à placa de duplo GPU e disponibiliza desempenhos quase idênticos. As novas placas destacam-se realmente com as resoluções de topo dos monitores de 30 polegadas. Temos de admitir que ficámos decepcionados com o desempenho da GX2 a uma resolução de 2560 x 1600. Na realidade, esperávamos que toda aquela largura de banda e números do GPU fizessem uma grande diferença nos pixels de um ecrã de 30 polegadas. No entanto, a memória extra e a interface de memória melhorada permitiram que a GTX280, em particular, brilhasse com resoluções de grande ecrã. Nos testes World in Conflict e Crysis, conseguiu duplicar o desempenho da GX2. A GTX260 também provou ser eficaz com elevadas resoluções, duplicando mais uma vez o desempenho da GX2 com o Crysis, embora tenha ficado aquém da sua “irmã” com o World in Conflict. Suspeitamos que isto se deve ao facto de a 260 não apresentar grandes desempenhos na vertente antialiasing, apesar de ter superado a GX2 por uma margem considerável.
9800GX2
14
GTX 280
29
FRAQUEZA VERDE
GTX 260
23
Não podemos evitar em pensar menos bem destas
14
18
22
26
placas GeForce. Talvez isso se deva à sua “fraqueza verde”, devido ao grande volume de placas que a Nvidia lançou nos últimos meses. Também é provável que se deva à falta de aumento de desempenho relativamente à 9800GX2, tendo em conta o preço das novas placas. A 4850 é comercializada por menos de metade do preço da GTX 260 e não fica assim tão atrás em termos de benchmarks com jogos. A 4870 tem uma velocidade de relógio superior e uma memória GDDR5 mais recente, pelo que pode superar a 260 em termos de relação preço/desempenho. Quanto à GTX280, cumpre finalmente a promessa dos jogos DX10, apesar de se recusar a suportar DX10.1. É uma placa excelente, mas o limitado aumento de desempenho relativamente à 9800GX2, e o facto de a GTX260 disponibilizar um desempenho próximo por quase metade do preço, faz dela a verdadeira vencedora das duas.
30
Crysis 2560x1600 Benchmarking com jogos
AS NOVAS PLACAS DESTACAM-SE REALMENTE COM AS RESOLUÇÕES DE TOPO DOS MONITORES DE 30 POLEGADAS
Frames por segundo: quanto maior, melhor
9800GX2
14
GTX 280
29
GTX 260
23 14
18
22
26
30
FRENTE-A-FRENTE: ESPECIFICAÇÕES HARDWARE Como é que as novas placas topo de gama se comportam face à plataforma anterior? Placas gráficas Chip
GeForce 9800 GX2
GeForce 8800 Ultra
G200
G92
G80
65 nm
65 nm
65 nm
80 nm
Transístores
1400 M
1400 M
1010 M
754 M
240
192
2x128
128
80
64
2x64
32
Unidades de textura ROP Memória Interface de memória
42 | PCGUIA
GeForce GTX 260
G200
Processo
Processadores de stream
Distribuidor MR Informática ■ Preço 154,90 euros ■ Contacto 229 419 657 ■ Site www. zotac.com
GeForce GTX 280
32
28
2x16
24
1024 MB
896 MB
2x512 MB
768 MB
512 bits
448 bits
2x256 bits
384 bits
Relógio core
602 MHz
576 MHz
600 MHz
612 MHz
Relógio shader
1296 MHz
1242 MHz
1500 MHz
1512 MHz
Relógio de memória
1,1107 MHz
999 MHz
1000 MHz
1080 MHz
LG S510 – X.CP20P Especificações interessantes, ecrã LED de 15,4” e custo acessível fazem deste LG um cocktail agradável CARACTERÍSTICAS
✔
ECRÃ LED
✔
SEM BLU-RAY
✖
VEREDICTO 7
O LG S510 inclui uma configuração interessante: processador Intel Core 2 Duo T9400 a 2,53 GHz, ecrã LCD LED Fire Bright com 15,4” de dimensão e resolução WXGA+ 1440 x 900 (300 cd/m2 de brilho), placa gráfica Nvidia GeForce 9600M GT (com 512MB de VRAM DDR3), dois blocos de RAM com 2048 MB DDR3 1066 x2 (no entanto, só são reconhecidos 3056 MB por causa do SO, o Windows Vista Home Premium), disco SATA com 320 GB de capacidade, drive de gravação DVD Super Multi Dual Layer, Gigabit Ethernet, WiFi, Intel Turbo Memory (2 GB) e Bluetooth. No chassis é ainda possível encontrar uma porta HDMI, uma eSATA, duas USB 2.0, uma saída VGA, um leitor de cartões seis-em-um, uma webcam com 2 Mp, uma porta de expansão e um leitor biométrico. O software inclui ainda as aplicações LG SmartCam, SCM (System Control Manager), CyberLink Power2Go, Recovery Center e LG Intelligent Update. O peso de 2,629 kg inclui a bateria de seis células, capaz de dar ao LG S510 – X.CP20P uma interessante autonomia de 2h56, segundo os nossos testes com o Battery Mark 4.0.1. Ainda no que concerne aos testes, o LG obteve 5907 marks no PCMark 06, um valor interessante para a sua classe. Da componente gráfica não temos nada a dizer. A placa gráfica escolhida é capaz de lidar não só com filmes como também com alguns jogos, desde que não seja nada de transcendente face às limitações inerentes de um computador portátil. Pelo facto de se tratar de um chassis baseado num ecrã panorâmico de 15,4”, a LG encontrou espaço para colocar um útil teclado numérico. Tudo isto faz do S510 um modelo interessante para entretenimento. E se aplaudimos a inclusão de uma porta HDMI, lamentamos a ausência de uma drive óptica de alta definição, o que se pode justificar pelo preço praticado neste LG. J.P.F.
Fabricante LG Electronics ■ Preço 1299,90 euros ■ Contacto 808 785 454 ■ Site http://pt.lge.com
HARDWARE
ASUS EAH4870X2 TOP/ASUS EN280GTX TOP Serão estas duas peças de artilharia pesada capazes de pulverizar os pixels de um ecrã de grande formato? ESPECIFICAÇÕES
✔
DESEMPENHO
✔
OVERCLOCKING
✖
VEREDICTO 8
Fabricante Asus ■ Preço EAH4870X2 TOP: 530 euros; EN280GTX TOP: 488 euros ■ Contacto 808 789 888 ■ Site http://pt.asus.com
44 | PCGUIA
A julgar pelas análises de hardware que a PCGuia publica este mês, esta é a edição perfeita para quem procura uma nova placa gráfica capaz principalmente de “mastigar” com um grande à vontade os exigentes jogos DX10 da actualidade. E também talvez seja a altura perfeita, tendo em conta que os preços têm vindo a baixar à medida que os novos lançamentos chegam às lojas. Primeiro, a Nvidia disponibilizou a nova gama de processadores gráficos GT200. Depois, a AMD lançou no mercado o RV700. A Asus pegou nas duas arquitecturas e desenvolveu estas duas placas gráficas topo de gama que passamos a apresentar, com o pormenor de virem aceleradas de fábrica – daí a denominação TOP. Claro que isto tem uma desvantagem, pois uma vez utilizado o overclocking pelo fabricante, a margem para o aplicar por parte do utilizador fica muito reduzida. Não vale a pena perdermos muito tempo com os detalhes; digamos que estes dois monstros fazem e suportam tudo o que se espera de uma gráfica para esta gama, em que os preços rondam os 500 euros. E quando dizemos monstros estamos a ser o mais honestos possível – não espere conseguir colocá-la numa caixa normal, pois facilmente irá inviabilizar uma baía (ou até mesmo duas) de discos. Cada uma das placas vai ocupar duas slots, vai provocar algum ruído e calor extra e vai consequentemente fazer com que a conta da electricidade dispare no final do mês, sendo a X2 pior nestes três capítulos, o que é natural
dado ter dois GPU numa só placa. Também por isso vai ser mesmo preciso ligar os dois conectores de seis e de oito pinos, sendo que ambas incluem os cabos de conversão caso a fonte de alimentação não esteja preparada. De qualquer forma, terá de ter pelo menos duas ligações de energia de seis pinos e uma potência nunca inferior 620 watts. Uma vez que se tratam de chips recentes, as equipas técnicas da Nvidia e a AMD (ATI) estão a dar o máximo para conseguirem optimizar os controladores gráficos de modo a que as placas baseadas nestas arquitecturas possam tirar o máximo partido dos respectivos GPU. Mesmo assim, a qualidade de imagem mostrou-se já excelente, mesmo num ecrã de 22”. Neste capítulo, de salientar que os testes foram realizados num sistema com base numa Gigabyte X48 com um Intel Core 2 Quad Q6600 a 3 GHz, 2 GB de RAM DDR 2 a 1066 MHz da Corsair e um disco Western Digital Raptor com o Windows Vista Ultimate instalado. Submetidas ao PCMark 06 mostraram estar à altura na maior parte das situações, tendo a placa com chip ATI atingido 14283 marks e 14905 marks a 1920 x 1200 e 1280 x 1024, respectivamente, e a placa com chip GeForce conseguido 13302 marks e 14069 marks, nas respectivas resoluções. Em suma, cada uma destas placas vai fazer as maravilhas de quem procura uma solução para jogos. No entanto, e apesar de poderem alimentar sem problemas um ecrã de 22” ou 24” (ou ainda maior), dificilmente serão capazes de dar a melhor resposta na exigente resolução de 2560 x 1600 ou até de 1920 x 1200 e com filtros como o AA ou o AF ligados, pelo menos, no que concerne a títulos do calibre de Crysis ou Assassin’s Creed. É certo que os drivers ainda estão em desenvolvimento, mas os resultados atingidos nos benchmarks não deixam grande margem para dúvidas neste capítulo. E para se conseguirem atingir os melhores desempenhos será também preciso ter um bom CPU já com overclocking. Em forma de conclusão, a X2 consegue taxas de FPS absolutas maiores em vários planos. No entanto, a 280GTX TOP apresenta uma relação preço/desempenho mais apetecível. Em termos de prós e contras, têm os mesmos argumentos principais e sofrem dos mesmos problemas mais evidentes. A apresentação é excelente em ambos os casos e o pacote de software é muito interessante. No cômputo geral ficam então empatadas, o que equivale a dizer que são duas boas opções para quem dispõe de um orçamento elevado. J.P.F.
SOFTWARE
UNDELETE 2009 PROFESSIONAL EDITION Ficou sem o ficheiro com a tese de doutoramento? Não perca a cabeça, instale este programa INSTALAÇÃO
✔
EFICAZ
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 9
PCGUIA
OURO
46 | PCGUIA
A Diskeeper lançou recentemente a versão 2009 da sua aplicação de recuperação de ficheiros. A PCGuia analisou a versão profissional e colocou-a à prova na máquina de testes. A instalação é rápida e muito simples, e não implica reiniciar o sistema. O Undelete 2009 substitui o Recycle Bin (Reciclagem) por um Recovery Bin, um caixote de lixo que consegue “apanhar” todos os ficheiros apagados do sistema. Este Recovery Bin é um elemento essencial para apagar e para recuperar ficheiros. As novidades face à versão anterior são algumas, mas o destaque vai para a inclusão da tecnologia InvisiTasking, que permite que o programa utilize somente recursos de sistema que não estão a ser usados. Entre as tarefas realizadas pelo programa de forma invisível encontram-se a limpeza do cesto de recuperação de ficheiros (de acordo com as definições previamente estabelecidas), a gestão do espaço livre do disco através da opção de limpeza automática e o ajuste automático do tamanho do Recovery Bin. De resto, existe agora a opção de configuração de um Recovery Bin dinâmico, que ajusta automaticamente o próprio tamanho quando o espaço livre em disco se torna muito reduzido. Quando tal acontece, o Recovery Bin detecta o problema e reduz o seu tamanho, eliminando os ficheiros mais antigos que aí estão armazenados. Quando for libertado mais espaço, o Recovery Bin ajusta-se novamente às novas características. Além disso, existe agora a hipótese de eliminar ficheiros imediatamente, não sendo necessário passá-los para o Recovery Bin. Uma última palavra para o Emergency Undelete, uma opção que permite recuperar ficheiros apagados antes da instalação do Undelete 2009. Um dos detalhes que revela a atenção que a software house dedicou à nova versão é o facto de
o programa guardar cópias de segurança (no Recovery Bin) de documentos do Word, Excel e PowerPoint. Se houver um problema com o ficheiro original, o utilizador pode simplesmente clicar em cima da versão guardada e restaurar o ficheiro. A aplicação mostra mesmo uma pré-visualização do ficheiro a restaurar, facilitando assim a identificação das versões do ficheiro e tornando mais simples a escolha da versão que deve ser restaurada. A versão profissional pode recuperar ficheiros da máquina onde o programa se encontra instalado, bem como de computadores onde esteja configurada a versão Server Edition. Muito embora sistemas operativos como o Windows Vista tenham sido alvo de algum cuidado no que concerne a ferramentas de protecção de dados, ainda existem falhas. Repare que mesmo através do Restauro de Sistema, só consegue recuperar ficheiros existentes à data da criação do ponto de restauro. Além disso, o processo de recuperação de ficheiros acidentalmente apagados pode ser moroso e cansativo. Com este programa, esse problema desaparece. Utilizado a par de um programa de criação de cópias de segurança, é um companheiro importante. J.T.
Distribuidor Blue Eagle ■ Preço 54,22 euros ■ Contacto 214 002 337 ■ Site www. diskeepereurope.com
ABILITY OFFICE HOME Uma alternativa mais barata que ainda traz algumas aplicações extra para tratamento de imagem PREÇO
✔
APLICAÇÕES
✔
PROBLEMAS DE COMPATIBILIDADE
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VEREDICTO 7
A nova versão do Ability Office continua a assumir-se como uma alternativa ao Microsoft Office, embora a versão Office Home não apresente alterações de fundo. A diferença mais notória incide sobre a interface que nos remete para a mais recente Office da Microsoft (a cor é igual). Com o Ability Office Home o consumidor compra mais por menos. Apesar de este ser um teste de produto isolado, é impossível não estabelecer comparações com a suite de aplicações da Microsoft. Para começar, o preço; o Ability integra seis aplicações e custa 44,99 euros, um valor substancialmente mais baixo do que os cerca de 100 euros cobrados pela versão Office Casa e Estudantes 2007, que integra o Excel, o Word, o PowerPoint e o OneNote. Começando por aqui, podemos afirmar que a solução da Ability ganha pontos por disponibilizar soluções para gestão de fotos e para tratamento de imagens, por exemplo. O pacote inclui também duas licenças para utilização pessoal e comercial. O Office Casa e Estudantes 2007 está licenciado apenas para utilização doméstica não comercial. Outra grande diferença coloca-se na quantidade de recursos que as diferentes ofertas consomem: um exige 1,5 GB de espaço livre em disco (o MS Office), o outro 100 MB (o Ability Office Home). Mandámos o Ability Office abrir um documento gravado em .docx, sem sucesso, diga-se. Com um ficheiro gravado em .doc não registámos este tipo de problema, no entanto, houve alguns senãos. Deparámo-nos com um problema com a leitura de hiperligações. O Write não só apresenta logo uma janela que mostra o aviso “Erro de Sintaxe”, como apresenta qualquer endereço desformatado. Não houve, porém, qualquer problema de leitura de gráficos, imagens e de tabelas importadas do Excel. O Spreadsheet portou-se melhor, existem novas opções a nível gráfico e não registámos problemas gerais de compatibilidade. Ao Presentation faltam-lhe opções, modelos e algumas funcionalidades importantes. Pelo contrário, a apresentação das opções de trabalho em separadores foi uma boa escolha. Quanto às funcionalidades base não há grandes alterações face ao alegado rival. Existem opções em falta, mas para um uso diário que não exija regras de formatação muito concretas, a solução cumpre o seu papel na perfeição. Um ponto que não faz qualquer sentido diz respeito ao facto de os atalhos para as funções, que funcionam com as mesmas combinações de teclas usadas nas aplicações da Microsoft. Apesar de a aplicação estar em Português, os atalhos funcionam como se esta estivesse em Inglês. Ou seja, o atalho para o Guardar como é Ctrl+S (de Save), para a opção Localizar é Ctrl+F (de Find), entre outros exemplos. Não percebemos a ideia... A conversão para PDF continua a ser bem-vinda. S.E. Fabricante Ability Software Portugal ■ Preço 44,99 euros ■ Contacto 219 426 820 ■ Site www.abilitysoftware.pt
SOFTWARE
QUARKXPRESS 8 INTERFACE
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DOCUMENTOS FLASH
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PREÇO
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VEREDICTO 7
O QuarkXpress promete revolucionar outra vez a paginação. Será tarde demais?
Há vinte anos, o QuarkXpress revolucionou a forma como se fazem publicações. Pegou no conceito de edição digital introduzido pelo Pagemaker e melhorou-o ao ponto de grande parte das funcionalidades ainda hoje usadas ter sido definida naquela altura. Durante anos, o QuarkXpress foi o rei da paginação electrónica, mas com a chegada do Adobe Indesign o panorama mudou bastante e o Quark perdeu o primeiro lugar. Agora, uma nova versão promete voltar a revolucionar a forma como se fazem publicações. A grande mudança dá-se na interface de utilização, que foi completamente alterada. Mas, tal como em todas as revoluções de software, o problema está em mudar sem alienar os utilizadores de há muito tempo. O Quark manteve a barra de edição inferior
e simplificou a barra de ferramentas que costuma estar à esquerda no ecrã – que agora tem apenas oito botões para aceder a outras tantas ferramentas básicas. Do lado direito mantêm-se as janelas que dão acesso às outras funcionalidades que não cabem em nenhuma barra, como, por exemplo, as cores. Estas janelas estão agrupadas numa grande área ao alto, mas podem ser retiradas de forma a tornar a configuração mais agradável para trabalhar. Uma das novas funcionalidades é a possibilidade de arrastar objectos directamente do desktop para a publicação e da publicação para o desktop para que possam ser editados. Por exemplo, é possível arrastar uma imagem do desktop para a folha e da folha para o Photoshop directamente. Outra funcionalidade digna de nota é a capacidade que o programa tem agora de escolher a melhor
48 | PCGUIA
ferramenta para trabalhar o objecto seleccionado, bastando para tal fazer duplo clique. Uma das ferramentas que melhor se adaptam a esta nova funcionalidade é a Picture Content Tool, que permite, por exemplo, rodar e reenquadrar imagens de uma forma muito mais fácil. Foi também dada outra funcionalidade à ferramenta Caneta (Pen Tool). Nesta versão permite desenhar com muita facilidade, à semelhança da ferramenta similar do Adobe Illustrator. Mas claro que o QuarkXpress não é um programa de ilustração, por isso, esta funcionalidade não tem o poder da do Illustrator; também não será essa a ideia… O que define se um programa de paginação electrónica é ou não capaz é a forma como se consegue trabalhar texto. E, neste caso, o QuarkXpress levou as coisas um pouco mais além do que é oferecido pela concorrência. Introduziu uma série de novas funcionalidades, como a capacidade de alinhar a pontuação à margem e a definição e aplicação de configurações de texto não apenas ao todo mas selectivamente. Contudo, a nova funcionalidade que realmente distingue o QuarkXpress 8 da concorrência é o novo modo de funcionamento interactivo, o qual permite a criação de aplicações em Flash. Isto não é novo. Com efeito, o Quark 7 já permite isto através da extensão gratuita Interactive Designer Xtension; necessita somente de mais uma instalação. De uma forma geral foi isto que fez com que a Quark perdesse quota de mercado: a necessidade de se instalar extensões para tudo e mais alguma coisa, sendo estas extensões, por vezes, quase tão caras como o programa. No caso do Quark 8 já está tudo incluído no programa principal. A criação de publicações em Flash é muito simples, tudo é feito através da Interactive Palette. O mais importante é que todo o processo é muitíssimo fácil e consegue afirmar-se como uma alternativa ao Flash da Adobe para a criação de aplicações, principalmente para quem não percebe nada de Flash. Tudo isto tem um preço. Este é provavelmente um dos Quark mais pesados de sempre, faltando-lhe um bocado a velocidade a que as versões anteriores nos habituaram. No entanto, este novo Quark é uma grande evolução em relação às versões mais antigas e prova que a empresa está consciente da concorrência. Vamos ver se consegue originar uma nova revolução... P.T.
Distribuidor Minitel ■ Preço 1635 euros ■ Contacto 213 810 900 ■ Site www.quark.com
SOFTWARE
BITDEFENDER TOTAL SECURITY 2009 O pacote de segurança topo de gama da software house romena está diferente. Veja porquê SUITE COMPLETA
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FUNCIONALIDADES
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FALSOS POSITIVOS
✖
VEREDICTO 9
PCGUIA
OURO
Desde o seu lançamento em Portugal que a PCGuia tem vindo a acompanhar o progresso da marca BitDefender, uma divisão da empresa romena SoftWin que se dedica ao desenvolvimento de software de segurança. Este ano, tivemos a oportunidade de receber em mãos a versão 2009 em Português da suite topo de gama Total Security, a qual damos a conhecer em primeira mão e em exclusivo nacional. Para além do módulo de Registo, esta nova versão conta com 12 módulos de segurança sendo que cinco são novos (Vulnerabilidades, Encriptação, Jogo/ Portátil, Tune Up e Rede Pessoal) e oito foram melhorados (Antivírus, Antispam, Controlo Parental, Controlo de Privacidade, Firewall, Backup e Actualização). Todos estes elementos fazem com que o software esteja sempre pronto não só para garantir a segurança do sistema e a privacidade do utilizador,
como também salvaguardar os dados do computador (por intermédio da realização de cópias de segurança) ou melhorar o desempenho do sistema através de ferramentas que permitem fazer a desfragmentação do disco, localizar duplicados ou limpar o Registo. As funcionalidades são avançadas sem serem intrusivas. Por exemplo, é possível estar numa conversação no Yahoo Messenger ou no Windows Live Messenger sem se ter a noção de que as comunicações estão de facto a ser encriptadas pelo BitDefender. Face às versões anteriores, salta à vista a nova consola de administração. A GUI está diferente, dando ao utilizador a possibilidade de optar entre uma interface gráfica básica ou avançada (com menos ou mais opções de pormenor, portanto), sendo que o programa também se revelou menos intrusivo face àquilo a que nos vinha acostumando, embora este nunca tenha sido para nós um problema – o mesmo talvez não dissessem os utilizadores menos conhecedores de tecnologia. De qualquer modo, esta versão pareceu-nos equilibrada para os principiantes e interessante para os mais avançados, dispondo de várias opões e níveis de parametrização. O motor também nos pareceu estar mais leve no sistema. Mesmo assim, o modo Jogos/Portátil permite libertar recursos de modo a maximizar o desempenho para outras tarefas (que não têm necessariamente que ver com jogos). Apesar de se tratar de uma versão preview em Português, o software mostrou-se sempre disponível e funcional. Houve apenas uma complicação após a instalação – aparentemente, a firewall bloqueou a tentativa de registo do próprio programa. No entanto, esse problema foi ultrapassado reiniciando novamente a máquina após o reset habitual que é necessário na instalação deste tipo de aplicações. Os testes decorreram sem complicações, sendo de referir apenas que algum correio electrónico legítimo foi considerado lixo electrónico. Este problema pode ter a ver com o facto de termos testado a aplicação apenas durante alguns dias, não tendo o programa tido tempo suficiente para aprender e minimizar a sempre complicada questão dos falsos positivos. O preço de venda recomendado de 85 euros dá direito a uma licença que pode ser instalada num máximo de três PC e garante dois anos de actualizações. A UpTrend Software vai ainda comercializar em simultâneo uma caixa Total Security para as microempresas e pequenos escritórios, caixa esta que inclui uma licença até seis PC e também com dois anos de actualizações, sendo o PVP neste caso de 150 euros. Tendo em conta as funcionalidades que oferece e a tecnologia que disponibiliza, trata-se de uma excelente proposta. J.P.F.
Distribuidor UpTrend Software ■ Preço 85 euros ■ Contacto 218 105 100 ■ Site www.bitdefender.com
50 | PCGUIA
TESTE EM GRUPO
PLACAS GRÁFICAS POR MENOS DE 150 EUROS Não é preciso gastar uma fortuna para comprar uma boa placa 3D
ASUS EN8800GS BARATA
✔
SILENCIOSA
✔
DESEMPENHO
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VEREDICTO 7
XPERTVISION 8500 GT SUPER+ 1 GB BARATA
✔
MEMÓRIA
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GPU MODESTO ✖
VEREDICTO 5
POWERCOLOR RADEON HD3850 ESPECIFICAÇÕES
COOLER ...MESMO ASSIM ✔ ESPECÍFICO... ✔ AQUECE ✖
VEREDICTO 7
SAPPHIRE RADEON HD 3650 BARATA
✔
SILENCIOSA
✔
DESEMPENHO
✖
VEREDICTO 7
O chipset GeForce 8800GS ganhou importância nos tempos passados enquanto GPU de preço acessível. No entanto, está hoje entre a espada e a parede devido à entrada em cena dos chipsets GeForce 8800GT e 9600 GT (mais recente), tratando-se em ambos os casos de arquitecturas oriundas também da Nvidia. Com isto, o 8800GS foi atirado para um nicho muito pequeno. Neste contexto, o buffer mais reduzido de 384 MB torna-se num obstáculo, fazendo com que o desempenho em Crysis não seja o melhor.
A Xpert Vision colocou 1 GB de memória DDR2 a 400 MHz no modesto chipset 8500 GT da Nvidia. Ao fazê-lo, mostrou claramente que não está atenta às necessidades do mercado. Não é preciso ser-se um génio para ver que esta combinação está destinada a ser um fracasso. E os nossos testes só o vieram comprovar: os benefícios de ter tamanha quantidade de memória num chip deste calibre são nenhuns. Só vão servir para fazer com que compradores menos informados acabem por ser atraídos pela marca visual de 1 GB.
Basta ir ao site desta placa gráfica para ver que se trata de um bom produto em termos de especificações. O relógio foi acelerado dos 670 MHz para os 720 MHz, a frequência da memória passou de 1,66 GHz para 1,80 GHz. Um enorme cooler foi colocado no topo do GPU para dissipar a energia extra produzida com este overclocking. No entanto, mesmo assim tudo isto não chega para ultrapassar as placas gráficas vencedoras deste teste em grupo – curiosamente, ambas com arquitectura Nvidia.
Com o aparecimento do chipset GeForce 9600 GT poderia pensar-se que o AMD Radeon HD 3650 seria deixado para trás. Mas, graças à baixa de preços, este GPU manteve-se firme. De qualquer modo, só um custo baixo poderia disfarçar algumas incapacidades em termos de desempenho. No entanto, esta placa constitui uma boa opção para quem, não dispondo de dinheiro para mais, precisa de um modelo capaz de disponibilizar DX 10.1, sem esquecer a impressionante tecnologia UVD 2D da AMD, que visa a descodificação de jogos.
DISTRIBUIDOR FASTSHOP ■ PREÇO 107,50 EUROS ■ CONTACTO 226 095 618 ■ SITE PT.ASUS.COM
DISTRIBUIDOR ORANGE MINT ■ PREÇO 64 EUROS ■ CONTACTO 214 538 757 ■ SITE WWW.XPERTVISION. COM
DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 98 EUROS ■ CONTACTO 218 440 200 ■ SITE WWW.POWERCOLOR. COM/PT
DISTRIBUIDOR INTRODUXI ■ PREÇO 59,90 EUROS ■ CONTACTO 224 157 510 ■ SITE WWW.SAPPHIRETECH. COM/PT
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Nem toda a gente tem orçamento suficiente para gastar numa “bomba” 3D. Por muito que se queira, são hoje inúmeras as razões que nos levam a nós, consumidores de tecnologia informática, a ponderar a compra de hardware mais acessível, em que a relação preço/qualidade/ desempenho faça esquecer o quão bom seria ter uma solução de topo a enviar vários milhões de pixels por segundo para o seu monitor. Numa altura em que as finanças apertam, não é a capacidade tecnológica que vai ditar uma escolha entre os novos
SAPPHIRE RADEON HD 3450 CARACTERÍSTICAS
✔
ARREFECIMENTO PASSIVO ✔
DESEMPENHO NOS JOGOS ✖
VEREDICTO 7
possantes GPU da Nvidia e da ATI. Neste caso, é a capacidade da carteira que dita as regras. E, a nosso ver, 125 euros é um valor muito razoável não só para quem se interessa pelo seu PC e está sempre à procura de formas para melhorar o seu desempenho, como também do ponto de vista da oferta no mercado e daquilo que de melhor é possível encontrar tendo em conta o tal trinómio que já referimos – preço/qualidade/desempenho. Repare que estamos a falar de uma gama de modelos que, ainda há três anos, custava comparativamente não menos de 200 euros.
COMO TESTÁMOS ■ Aplicámos uma vasta lista de benchmarks: Crysis para lidar com as tarefas mais pesadas; Call of Duty 4 para simular o comportamento com os títulos mais jogados hoje em dia; e HalfLife 2 para determinar o desempenho com jogos “mais antigos”.
ESCOLHA
PCGUIA
PCGUIA
PCGUIA
OURO
OURO
XPERTVISION 9600 GT SONIC DESEMPENHO
✔
LIGAÇÕES
✔
OCUPA DUAS SLOTS ✖
VEREDICTO 9
SAPPHIRE RADEON HD 3870 DESEMPENHO
✔
PREÇO/ QUALIDADE
✔
OCUPA DUAS SLOTS ✖
VEREDICTO 8
NVIDIA GEFORCE 8800 GT DESEMPENHO
✔
PREÇO/ QUALIDADE
✔
OCUPA DUAS SLOTS ✖
VEREDICTO 9
Esta é uma placa gráfica claramente inadequada para jogos. No entanto, o facto de ser uma placa barata não quer necessariamente dizer que se trata de um modelo desaconselhável. Pelo contrário, ela dá ao seu comprador muito pelo pouco dinheiro que custa. Destaque para o suporte para encriptação HDCP e para Blu-ray, e ainda para as duas ligações DVI. Ademais, esta placa não tem quaisquer problemas em correr o Vista num ecrã de 30” a uma resolução de 2560 x 1600. Parece um saco de boxe; aguenta tudo. Só não a ponha a correr jogos...
Há algo de estranho no que diz respeito ao chipset 9600 GT de gama média da Nvidia. Com apenas 94 unidades de shader, parece ter metade da capacidade das 128 unidades de shader que constituem o núcleo do GPU G92, que equipa as placas Nvidia da gama GeForce 8800. No entanto, consegue dar ao utilizador a mesma experiência nos jogos que o G92, o que não deixa de ser fantástico. Melhor ainda, o facto de ter overclocking aplicado de fábrica faz com que esta Xpertvision mereça o prémio máximo tendo em conta a relação preço/ qualidade/desempenho.
A nova família de processadores gráficos HD Radeon 4800 pode estar a reunir para si os destaques das primeiras páginas, mas sem dúvida que é a este GPU que a AMD deve agradecer a sua volta ao mundo dos vivos das placas gráficas. Ainda assim, não é perfeita; contra si jogam os algoritmos de anti-aliasing baseados em shaders. Contudo, é muito mais eficaz e prática. O único grande problema devese ao facto de a Nvidia ter lançado o fantástico GPU 9600 GT que, pode ser (pouco) mais caro, mas é também (bem) mais rápido.
As placas genéricas 8800 GT podem encontrar-se hoje nas lojas por menos de 150 euros, o que torna a relação preço/qualidade/ desempenho do GPU G92 numa autêntica pechincha. Isto porque o G92 dá ao utilizador a mesma experiência que o poderoso G80 usado nos modelos 8800 GTX, que, relembrese, custavam há dois anos bem mais do triplo. É sem dúvida a melhor escolha nesta gama de preços em termos de desempenho e uma excelente aposta para ecrãs panorâmicos com 20 ou 22 polegadas.
DISTRIBUIDOR INTRODUXI ■ PREÇO 49,90 EUROS ■ CONTACTO 224 157 510 ■ SITE WWW.SAPPHIRETECH. COM/PT
DISTRIBUIDOR ORANGE MINT ■ PREÇO 122 EUROS ■ CONTACTO 214 538 757 ■ SITE WWW.XPERTVISION. COM
DISTRIBUIDOR INTRODUXI ■ PREÇO 129 EUROS ■ CONTACTO 224 157 510 ■ SITE WWW.SAPPHIRETECH. COM/PT
FABRICANTE NVIDIA ■ PREÇO 100 EUROS ■ SITE WWW.NVIDIA.COM
PCGUIA
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TESTE EM GRUPO
DUAL-CORE OU QUAD-CORE? Será que os processadores quad-core representam uma revolução nos jogos? A PCGuia pôs-se em campo para saber se os seus equivalentes dual-core apresentam uma relação preço/qualidade superior
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Todos nós gostamos dos desfavorecidos, e disso não há melhor exemplo do que a AMD nos últimos anos. A empresa tem vivido tempos complicados que quase nos fizeram esquecer os seus anos de glória, durante os quais foi a primeira a cortar a meta em tantas áreas: a AMD bateu a Intel na famosa marca do 1 GHz, além de ter produzido os primeiros processadores dualcore e de 64 bits. No entanto, os feitos da AMD acabam praticamente aí, tendo sido fortemente cilindrada nos últimos 18 meses pelo assalto da Intel ao mercado. Apesar de os processadores dual-core deterem a maior fatia de mercado dos CPU de múltiplos núcleos, é o processamento quad-core que está a deixar toda a gente eufórica. A corrida aos megahertz foi há muito esquecida. Agora, trata-se de saber quem consegue meter mais núcleos num único die. Enquanto a AMD decidiu seguir o caminho dos quatro núcleos num único die, a Intel optou por pôr dois dies dual-core num só chip. Além de isto ser tecnicamente muito mais fácil de conseguir, permitiu também que a Intel fosse a primeira a comercializar um processador quad-core, muito antes da sua rival. Embora os puristas defendam que esta é uma solução tecnicamente inferior, o marketing fala mais alto do que as especificações, e a Intel deu um verdadeiro golpe em termos de relações públicas com a sua série Core 2 Quad.
alegando práticas comerciais desleais. Não é de todo invulgar ouvir os vendedores nas lojas de informática afirmarem que os processadores Intel são simplesmente melhores, mesmo que na verdade não consigam definir o que significa de facto “melhores”. Há também o caso do patrocínio. Basta ver o número de jogos que apresentam um ecrã inicial
Dois núcleos são melhores do que um, mas presentemente quatronão oferecem muito mais
MAIS VALE TARDE... A AMD não chegou apenas tarde à festa, também não trouxe comes e bebes, e acabou por ficar sozinha na cozinha. Além de os primeiros Phenom quad-core demorarem imenso a aparecer, os tão anunciados chips de alta velocidade não se viam em parte alguma. Como se isso não bastasse, uma embaraçosa falha do hardware dificilmente contribuía para inspirar confiança. Seria este o sinal de um antigo campeão à beira do fim? Conseguiria a AMD aguentar mais um assalto, ou teria a empresa os dias contados? Bom, nos últimos meses presenciámos o lançamento de uma nova fornada de chips, uns fruto de receitas reformuladas de processadores existentes, outros totalmente novos. Depois do sucesso do Athlon 64, impõe-se perguntar o que correu mal à AMD? Ora bem, dizer que a Intel é uma empresa maior é o mesmo que afirmar que o Sol fica muito quente quando nos aproximamos dele. A Intel é um gigante ao lado da AMD, não apenas em tamanho, mas também em marketing e, muito importante, na quantidade de pressão que consegue exercer junto dos OEM. Não é coincidência o facto de a AMD estar embrulhada numa acção legal contra a Intel,
A INTEL É UM GIGANTE AO LADO DA AMD, NÃO APENAS EM TAMANHO, MAS TAMBÉM EM MARKETING
com o logótipo do Intel Core 2 Duo enquanto carregam. Tente lembrar-se agora da última vez que viu um da AMD. É marketing como este que reforça junto dos jogadores o conceito de que os processadores Intel são melhores para jogos, enquanto os chips AMD provavelmente não são, mesmo que não haja qualquer fundamento nesta questão. Uma área na qual a AMD tem ficado tradicionalmente para trás, contudo, é a da
PCGUIA
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TESTE EM GRUPO
VIAGEM AO CORREDOR DA MEMÓRIA
SOCKET No passado, tanto a Intel como a AMD irritaram muitos clientes por mudarem os sockets ao fim de curtos espaços de tempo. Se vai gastar uma pipa de massa num chip, quer ter a certeza de que este tem alguma capacidade de resistir aos avanços que o futuro traz. Felizmente, o AM2+ da AMD é compatível com o AM2, sendo também provável que o Socket 775 da Intel se mantenha entre nós durante mais algum tempo.
A QUESTÃO DO NÚCLEO Enquanto a Intel adoptou uma abordagem do tipo “fita-cola” ao quad-core com a junção de dois dies dual-core, a AMD optou por uma solução nativa de quatro núcleos num único die. À partida, esta oferece um melhor desempenho global, se bem que de momento um par de dual-core da Intel apresenta um desempenho superior por megahertz, conforme demonstra o nosso teste.
COMO TESTÁMOS ■ Os chips foram testados mediante a
execução das tarefas mais exigentes com que um processador tem de lidar – jogos, codificação de vídeo de alta definição e renderização 3D. Os benchmarks foram realizados com a mesma placa gráfica, uma 9600GT com 2 GB de RAM, e com o Vista de 32 bits. Diferenças entre chipsets Intel e AMD à parte, tudo o resto foi igual. Os chips quad-core superam os dual-core, se bem que a diferença não é assim tão grande, pelo menos no que se refere aos jogos. Isto porque Crysis e afins podem suportar o multi-threading, mas utilizam somente dois núcleos. Os resultados da codificação de vídeo e da renderização, contudo, mostram que os chips quad-core têm potencial de sobra.
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A Intel escolheu a via da DDR3, ao passo que a AMD se manteve fiel à opção DDR2. Embora isto possa parecer mais uma vantagem para a Intel, as coisas não são assim tão simples. Com um bus mais rápido e um controlador de memória integrado, os processadores da AMD não têm falta de largura de banda, além de que a DDR3 ainda é demasiado cara para uma utilização mais generalizada.
FUNCIONAMENTO FRESCO Os chips Intel com processo de fabrico de 45 nm são mais eficientes em termos de consumo de energia e temperatura. Se juntar a isto o potencial para overclocking, significa que pode aumentar a velocidade sem ter de andar às voltas com a refrigeração líquida. O Phenom 9850 da AMD, por outro lado, consome uns incríveis 125 watts e pode ficar estupidamente quente.
codificação de vídeo. Os processadores AMD empregam os conjuntos de instruções SSE1 e 2, bem como a maior parte do SSE3 (certas instruções SSE3 são exclusivas da Intel). Evidentemente, a AMD possui o seu próprio conjunto de instruções, como o 3D-Now, mas muitas aplicações são escritas por forma a tirarem partido do conjunto SSE3 completo. A Intel introduziu o SSE4 com a sua gama de processadores Penryn (um Core 2 Duo que utiliza o processo de 45 nm), tendo a AMD adicionado duas instruções extra com o Phenom para criar o SSE4a. Porém, a Intel utiliza agora o SSE4.2, que inclui as 47 instruções presentes no SSE4.1 mais sete adicionais. A AMD não utiliza o SSE4.2 e a Intel não se serve do SSE4a, logo, consoante a aplicação em execução, ambos os conjuntos de processadores continuam a comportar-se de maneira diferente.
MUITO TEMPO, POUCAS NOVIDADES Multimédia à parte, talvez um dos maiores problemas alguma vez enfrentados pela AMD seja o da percepção. O Athlon 64 X2 foi o primeiro processador dual-core de 64 bits a ser lançado, mas isso remonta a Agosto de 2005. Os chips, por seu lado, sofreram várias revisões, das quais a mais significativa é a mudança para o processo de produção de 65 nm a partir do processo original de 90 nm, o que se traduz numa redução dos requisitos de energia do processador de 89 W para 45 W. Todavia, no que diz respeito aos consumidores, estas alterações são quase imperceptíveis: o nome continua a ser o mesmo, tirando o abandono da referência 64, uma vez que todos os chips são agora de 64 bits. Três anos é muito tempo em termos de tecnologia, o que leva muitas pessoas a pensar que os chips AMD não evoluíram, e até certo ponto
TESTE EM GRUPO PCGUIA
OURO
PROCESSADORES ECONÓMICOS
INTEL PENTIUM DUAL-CORE E2180 PREÇO/DESEMPENHO ✔
OVERCLOCKING... ✔
...MAS REQUER UM COOLER MELHOR✖
VEREDICTO 9
Os processadores Intel estão à frente dos da AMD em jogos como Lost Planet, mas por uma diferença curta
estão certas. Embora inicialmente a Intel não conseguisse acompanhar o ritmo na corrida dos dual-core, preferindo a sua falsa solução dual-core HyperThreading, assim que começou a atirar chips porta fora, o caso mudou rapidamente de figura. Não demorou muito para que o Core Duo desse lugar ao Core 2 Duo e, claro está, ao Core 2 Quad. O facto de a AMD não ter avançado com uma resposta ao Core 2 Quad durante tanto tempo serviu apenas para reforçar a ideia de que a empresa se limita a brincar à apanhada. Na altura em que a Intel estreou os seus processadores HyperThreading, passou muitas horas a tentar convencer-nos das razões que faziam do multithreading uma ideia tão boa. As demos consistiam habitualmente numa verificação antivírus efectuada em simultâneo com a compactação de uma caixa de correio do Outlook. Tudo bem, ambas as actividades eram muito exigentes para o processador, mas o que é que isso interessava? No que dizia respeito aos jogadores, isto não servia para nada. Mesmo que tivesse um chip dual-core verdadeiro da AMD, o leitor, enquanto jogador, não beneficiava de nenhuma vantagem real. A realidade é que o software nunca acompanha o hardware, e as aplicações multi-threading – já para não falar dos jogos – demoraram uma eternidade a aparecer. No entanto, o futuro das
Com uma velocidade do relógio de apenas 2 GHz e um modesto megabyte de cache L2, processador mais económico do que este não há, e ainda para mais com um desempenho aceitável. Trata-se de um chip de 65 nm, logo, não caminha para novo, mas é barato e – mesmo antes de experimentar o seu overclocking – apresenta um desempenho muito bom. Obteve pontuações respeitáveis em Lost Planet e Crysis, apesar de ter conseguido a pontuação mais baixa na codificação de vídeo de alta definição. No entanto, a codificação de vídeo normal foi consideravelmente mais rápida do que com o Athlon 4400+. Se lhe apetecer espremê-lo para sacar uns pontos extra no desempenho, com umas quantas experiências e uma ventoinha decente deverá conseguir fazê-lo chegar aproximadamente à marca dos 3 GHz, o que é simplesmente brilhante tendo em conta o que custa. DISTRIBUIDOR Microcaos II ■ PREÇO 66,24 euros ■ CONTACTO 213 110 320 ■ SITE www.intel.com
AMD ATHLON X2 4400+ PREÇO/QUALIDADE
✔
OVERCLOCKING
✖
ANTIQUADO
✖
VEREDICTO 8
Codificação de vídeo
X264 H
FRAMES POR SEGUNDO – MAIS É MELHOR
AMD ATHLON 64 X2 4400+
22
INTEL PENTIUM D E2180
21,08
AMD PHENOM 9550
46,97
INTEL CORE 2 DUO E6850
30,83
AMD PHENOM 9850
53,18
INTEL CORE 2 QUAD QX9650
45,31 20
25
30
35
40
45
50
55
60
Renderização 3D
Cinebench R10
ÍNDICE DE RENDERIZAÇÃO – MAIS É MELHOR
AMD ATHLON 64 X2 4400+
3.572
INTEL PENTIUM D E2180
3.530
AMD PHENOM 9550
6.984
INTEL CORE 2 DUO E6850
5.732
AMD PHENOM 9850
7.196
INTEL CORE 2 QUAD QX9650
11.328 4000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000 11.000 12.000
58 | PCGUIA
Embora a velocidade do relógio e do front side bus deste chip seja mais rápida em comparação com a proposta da Intel de preço semelhante, fica para trás nos testes com jogos. Tal como esperado, este velhinho Athlon X2 não impressiona demasiado no que toca à codificação de vídeo, mas apesar disso consegue bater o E2180. A pontuação da renderização 3D também foi ligeiramente superior, embora não tenha muito para dar. Infelizmente, e pese embora o facto de este chip suportar o overclocking, está longe de ser tão compatível quanto o E2180, pelo que terá sorte se conseguir fazê-lo ir além dos 2,7 GHz apenas com a refrigeração a ar. Fora isso, apresenta uma boa relação preço/qualidade, e quando associado à placa gráfica certa fornece taxas de frames surpreendentemente jogáveis. O X2 possui uma história longa e gloriosa, mas começa a perder a vantagem para a gama de chips dual-core da Intel. DISTRIBUIDOR AquaPC ■ PREÇO 43,90 euros ■ CONTACTO 210 831 690 ■ SITE www.amd.com
TESTE EM GRUPO
GAMA MÉDIA
AMD PHENOM 9550 2.2GHZ PREÇO/QUALIDADE
✔
ESPECIFICAÇÕES ✔
DESEMPENHO EM JOGOS
✖
VEREDICTO 8
Os processos de produção melhorados definem o grau de eficiência de um processador e, por conseguinte, até que ponto suporta o overclocking
consolas de múltiplos núcleos obrigou os programadores de jogos a adaptarem-se, por isso hoje em dia os jogos são escritos especificamente para tirarem partido de múltiplos threads. Basta que veja a diferença em certos jogos para apreciar o que quatro núcleos conseguem fazer melhor do que dois, e Supreme Commander devora ciclos do processador ao pequeno-almoço, almoço e jantar.
Há um ditado popular que diz que duas cabeças pensam melhor do que uma, mas será que se pode dizer que quatro núcleos são realmente melhores do que dois? O Phenom apresenta um relógio a 2,2 GHz e tem apenas 512 KB de cache L2 por núcleo. Porém, ao utilizar um bus rápido como um relâmpago de 3.600 MHz, e com o controlador de memória no suporte, o Phenom tem um trunfo (ou dois) na manga. No teste da codificação de vídeo de alta definição, o 9550 obteve na verdade uma taxa de frames mais alta do que o quad-core de topo de gama da Intel, o QX9650, e deixa o E2180 especado. A renderização 3D é também muito superior à do mais rápido E2180, se bem que, estranhamente, as pontuações nos jogos são mais baixas, um problema comum a este processador e ao 9850. Ainda por cima, é mais barata que o E6850 pelo que é dinheiro bem gasto. DISTRIBUIDOR AquaPC ■ PREÇO 132,90 euros ■ CONTACTO 210 831 690 ■ SITE www.amd.com
OS MEGAHERTZ NÃO SÃO UM MITO Isso não significa que quatro núcleos oferecem uma melhor relação preço/qualidade. De momento, são poucos os jogos que suportam efectivamente o multi-threading, e desses só alguns conseguem tirar verdadeiramente partido dos quatro núcleos. Não precisa de ir mais longe; dê uma vista de olhos aos benchmarks relativos ao Crysis e constata de imediato que um chip quad-core apresenta um desempenho idêntico a um chip dual-core quando funciona na mesma frequência. Neste caso, os megahertz são de facto mais importantes do que o número de núcleos. Contudo, só porque hoje os jogos não utilizam todos os núcleos de um chip quad-core, isso não quer fizer que não o farão amanhã. Se pretende dotar-se de equipamento à prova do futuro e não se
INTEL CORE2 DUO E6850 PODEROSO
✔
ESPECIFICAÇÕES ✔
EM FINAL DE VIDA ✖
VEREDICTO 7 Desempenho nos jogos
Lost Planet
FRAMES POR SEGUNDO – MAIS É MELHOR
AMD ATHLON 64 X2 4400+
36
INTEL PENTIUM D E2180
41,8
AMD PHENOM 9550
35,3
INTEL CORE 2 DUO E6850
41,7
AMD PHENOM 9850
36,3
INTEL CORE 2 QUAD QX9650
43,1 34
Crysis
36
38
40
42
44
46
48
50
FRAMES POR SEGUNDO – MAIS É MELHOR
AMD ATHLON 64 X2 4400+
23,5
INTEL PENTIUM D E2180
23,68
AMD PHENOM 9550
22,325
INTEL CORE 2 DUO E6850
23,11
AMD PHENOM 9850
24,2
INTEL CORE 2 QUAD QX9650
24,79 21
60 | PCGUIA
21,5
22 22,5 23 23,5 24 24,5 25
A AMD pode ter sido a primeira a comercializar chips dual-core, mas muito silício correu debaixo da ponte desde esses dias gloriosos. Em tempos mais recentes, o Core 2 Duo da Intel tem mostrado a toda a gente como deve ser realmente feito um processador dual-core. O E6850 é, na verdade, um chip mais antigo de 65 nm, mas continua a ser uma boa opção. Tendo em conta que o chip dispõe apenas de dois núcleos para trabalhar, aguentase muito bem face ao Phenom 9550, sendo um melhoramento considerável em relação ao E2180. Comparado com o Phenom, o bus de 1.333 MHz parece glacial, mas possui uma cache L2 de 4 MB, o que certamente ajuda. A codificação de vídeo, ainda que superior à do E2180, é mediana, e fica decididamente atrás da do AMD. No entanto, as pontuações nos jogos são sólidas e não terá grandes problemas para a correr na maioria dos títulos. DISTRIBUIDOR MR Informática ■ PREÇO 154,90 euros ■ CONTACTO 229 419 657 ■ SITE www.intel.com
TESTE EM GRUPO
importa de gastar mais alguns euros, o quad-core é a escolha certa. Por outro lado, se tem um orçamento apertado e tenciona actualizar novamente o seu computador quando o preço dos chips quad-core descer, o dual-core constitui presentemente a melhor opção. Um aspecto que vale a pena ter em conta é o consumo de energia de cada chip. Durante os testes que realizámos, tivemos de actualizar o dissipador de calor para o Phenom 9850, pois a alegre e barata ventoinha que usáramos com o 9550 simplesmente não estava à altura da tarefa em mãos. O 9850 consome uns maciços 125 watts, e quando é sujeito a um esforço – como a codificação de vídeo de alta definição –, a temperatura dispara rapidamente. O Phenom 9550 fica-se por uns não menos significativos 95 watts, enquanto o consumo do Intel QX650 ronda os 100 W. Os chips Intel, porém, são mais eficientes termicamente, razão pela qual é fácil proceder ao seu overclocking, mesmo utilizando apenas uma ventoinha. Na verdade, se considerarmos os esforços empenhados da AMD e Intel no passado para impedir os amantes do overclocking de se divertirem, parece algo irónico que ambas as empresas tenham agora chips que possibilitem tão facilmente o acesso ao overclocking. Se está decidido a fazê-lo, invista numa ventoinha decente, e no caso de a sua motherboard o permitir, pode acelerar os processadores de 45 nm da Intel para velocidades absolutamente fantásticas, tudo isso sem a complicação desnecessária da refrigeração líquida. Arranje um Core 2 Duo razoável e aumente a velocidade ao mesmo tempo que poupa uns quantos euros. Por outro lado, se decidir que o quad-core é o caminho a seguir, o topo de gama Phenom 9850 da AMD oferece uma excelente relação preço/ qualidade. Obviamente, o prémio final vai forçosamente para a gama de chips quad-core Core 2 Extreme da Intel, mas teria de vender a sua avó e demais família como escravos para poder comprar um.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Preço
Site
Configuração
Velocidade do núcleo
43,90
www.amd.com
Dual-core
2,3 GHz
66,24
www.intel.com
Dual-core
2 GHz
AMD PHENOM 9550
132,90
www.amd.com
Quad-core
2,2 GHz
INTEL CORE 2 DUO E6850
154,90
www.intel.com
Dual-core
3 GHz
AMD PHENOM 9850
164,90
www.amd.com
Quad-core
2,5 GHz
INTEL CORE 2 QUAD QX9650
924
www.intel.com
Quad-core
3 GHz
Processador AMD ATHLON 64 X2 4400+ INTEL PENTIUM D E2180
Processador AMD ATHLON 64 X2 4400+ INTEL PENTIUM D E2180
do Memória cache Velocidade bus
Socket
Processo
2.000 MHz
AM2
SOI de 65 nm
L2 de 1 MB
800 MHz
775
65 nm
L2 de 2 MB & L3 de 2 MB
3.600 MHz
AM2+
L2 de 4 MB
1.333 MHz
775
AMD PHENOM 9850
L2 de 2 MB & L3 de 2 MB
4.000 MHz
AM2+
INTEL CORE 2 QUAD QX9650
L2 de 12 MB
1.333 MHz
775
INTEL CORE 2 DUO E6850
62 | PCGUIA
INTEL CORE 2 QUAD QX9650 ESPECIFICAÇÕES ✔
SOI de 65 nm 65 nm
PREÇO/DESEMPENHO
✖
OVERCLOCKING
✖
VEREDICTO 6
Na posição de CPU mais caro deste teste, seria de esperar que apresentasse o melhor desempenho, e embora isto seja verdade, será que vale a pena o valor pedido? Sim, suporta overclocking, mas não conseguirá ficar perto da velocidade que se obtém com os chips da gama Core 2 Duo – surpreendente, uma vez que se trata de um componente de 45 nm. Com uma (absurda) cache L2 de 12 MB, domina todos os aspectos deste teste, mas não por uma margem por aí além. Nos jogos de hoje em dia, o processador deixou de ser uma fonte de congestionamento; desde que se tenha uma boa placa gráfica, é possível jogar a maioria dos jogos com um chip dual-core muito mais barato, até que chegue a próxima geração de jogos capazes de utilizar de facto quatro núcleos. As pontuações na codificação de vídeo e renderização 3D são impressionantes, mas preferiríamos esperar o tempo que falta até lá e pagar um quarto do preço por um CPU hoje. DISTRIBUIDOR MicroCaos II ■ PREÇO 924 euros ■ CONTACTO 213 110 320 ■ SITE www.intel.com
AMD PHENOM X4 9850 BLACK EDITION PREÇO/QUALIDADE
L2 de 1 MB
AMD PHENOM 9550
PESOS PESADOS
✔
OVERCLOCKING
✔
ESCOLHA
PCGUIA
CONSUMO E AQUECIMENTO
✖
VEREDICTO 8
Embora a velocidade do relógio e as especificações gerais do Phenom possam desiludir, há uma coisa que simplesmente não se discute – o preço. Ao contrário dos dois dies dual--core da Intel unidos um ao outro, o Phenom da AMD apresenta uma configuração nativa de quatro núcleos no die. Esta apresenta várias vantagens e, se lhe juntarmos um bus de 4.000 MHz, verificamos que o desempenho por euro é na verdade muito bom. Na realidade, o Phenom 9850 obteve a pontuação mais elevada na codificação de vídeo de alta definição, apesar de ter ficado cerca de 30 segundos atrás do Intel QX9650 no teste de codificação Windows Media. À semelhança do que sucede com o 9550, as pontuações nos jogos não são tão altas como nos processadores Intel, mas o que são umas quantas frames entre amigos, não é verdade? Mesmo que não esteja à altura do Quad Core Extreme da Intel, na verdade não precisa de estar. Com um preço abaixo de 200 euros, a escolha é de caras.
SOI de 65 nm 45 nm
DISTRIBUIDOR aquaPC ■ PREÇO 164,90 euros ■ CONTACTO 210 831 690 ■ SITE www.amd.com
TEMA DE CAPA
COMPANHEIROS DE VIAGEM Procura um laptop para levar consigo? Nós temos a resposta TEXTO JOÃO PEDRO FARIA E JOÃO TRIGO FOTOS VÍTOR GORDO
Os portáteis estão cada vez mais leves e mais poderosos. Não é de espantar que tenham já ultrapassado os computadores de secretária no que respeita a unidades vendidas. Para tal, muito
contribuiu a segmentação nos laptops, que proporcionou ofertas específicas para diferentes necessidades. Neste comparativo, vamos focar-nos num dos mais importantes segmentos de hoje em
dia – o da mobilidade. O nosso objectivo é simples: dar a conhecer as melhores propostas. Nas páginas seguintes está o seu próximo notebook.
Se tem pressa O MAIS BARATO
APOLLO MAGNESIUM, CLASUS COLOUR MOBILE BLUE
O MAIS RÁPIDO
LG P300
O MAIS LEVE
ASUS U2E
A MAIOR AUTONOMIA
HP COMPAQ 2510P
■ As máquinas foram avaliadas sob diversos prismas.
Para além dos elementos mensuráveis, a saber peso (30%), autonomia (25%), desempenho de sistema (15%), preço (15%), ofertas (10%) e desempenho gráfico (5%), analisámos o design de cada proposta e a presença de elementos tão importantes como as
opções de conectividade e as funcionalidades. Nas máquinas com sistemas operativos alternativos ao Windows, instalámos o Vista Ultimate numa partição dedicada e executámos os benchmarks (PCMark 2005 e BatteryMark 4.0.1) em condições de igualdade face aos restantes nove notebooks.
GettyImages
COMO TESTÁMOS
CLASUS COLOUR MOBILE BLUE PREÇO
✔
OFERTAS
✔
INSYS 8724T 735
QUALIDADE DE CONSTRUÇÃO
✖
VEREDICTO 7
PREÇO
✔
HSDPA 3,5 G
✔
AUTONOMIA
✖
VEREDICTO 7
Presença habitual nos comparativos do género realizados nos últimos anos pela PCGuia, a marca nortenha fez-nos chegar um modelo da linha Colour Mobile. Trata-se de uma proposta que tem no preço baixo o seu principal motivo de interesse, disponibilizando ainda um conjunto muito agradável de ofertas de software e de hardware. Quanto à configuração, o leitor biométrico será de grande interesse para quem se preocupa com a segurança (assim como a ranhura para Kensington lock), o disco rígido tem espaço de sobra e a combinação de CPU e memória RAM permite que o Clasus lide satisfatoriamente com as aplicações exigidas para uma máquina em que a portabilidade dá o mote – aliás, a nota não poderia ser outra, pois, os resultados dos testes mostram uma máquina mediana em matéria de desempenho. Em termos de ligações, não existe margem para grandes euforias: três portas USB 2.0, uma FireWire e uma ficha VGA para saída de vídeo. A ligação de rede suporta Gigabit Ethernet e o wireless está presente como é habitual através da plataforma Centrino. Não tem UMTS, que tanto jeito dá em viagem, mas o seu preço não chega para ter tudo. Para terminar, a qualidade de construção pode (e deve) ser melhorada.
A máquina da Inforlândia chama a atenção por várias razões, umas boas, outras nem por isso. Abordemos primeiro as suas maiores vantagens. O preço é apetecível (o segundo valor mais baixo deste comparativo) e na configuração o leitor pode encontrar um módulo 3,5 G (UMTS). Com ele, pode ligar-se à maior das redes em qualquer lado. É uma opção muito útil para quando estiver em viagem e não tiver por perto pontos de acesso wireless. Os 4 GB de memória RAM são também um argumento a favor da máquina aveirense, bem como a porta de rede Gigabit Ethernet e o leitor de cartões de memória embutido. Num registo menos positivo, a escassa autonomia e o peso exagerado são elementos que impossibilitam uma classificação superior. Há espaço para melhorias na qualidade de construção. O design é atraente, mas o plástico preto no interior parece ser muito frágil e é propenso a dedadas. As teclas estão muito juntas, por isso, é difícil acertar nas letras sem olhar para o teclado.
FABRICANTE InClass ■ PREÇO 799 euros ■ CONTACTO 220 103 000 ■ SITE www.clasus.pt ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo 2,10 GHz; 2 GB de RAM; disco SATA 2 320 GB; gravador DVD; ecrã 12,1” WXGA (1280 x 800); gráfica onboard; leitor de cartões 7-em-1; leitor biométrico; Kensington lock; webcam; Windows Vista Home Premium Pt; Microsoft Office 2007 Pro Pt trial 60 dias; Nero 7 OEM; mala de transporte e rato wireless DC-84
FABRICANTE Infortândia ■ PREÇO 989 euros ■ CONTACTO 808 201 640 ■ SITE www.inforlandia.pt ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo 2 GHz; 4 GB de RAM; disco SATA 320 GB; DVD multi; ecrã 12,1” WXGA (1280 x 800); gráfica onboard; leitor de cartões 5-em-1; Kensington lock; UMTS HSDPA 3,5G; webcam; Windows Vista Home Premium Pt
PCGUIA
| 65
TEMA DE CAPA
PCGUIA
OURO
LIFEBOOK S6420 DESEMPENHO
✔
UMTS
✔
VAIO VGN-Z11WN/B PREÇO
✖
VEREDICTO 5
QUALIDADE GERAL
✔
AUTONOMIA
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 9
Em termos de desempenho de sistema, o Lifebook S6420 é o único que se aproxima do LG P300, vencedor desta categoria em particular. E mesmo com uma placa gráfica onboard, o valor conseguido é satisfatório, tendo atingido a terceira posição na análise de vídeo. Isto poderá fazer pensar que este é um portátil recomendado para tarefas ligadas ao entretenimento. No entanto, a sua filosofia é bem mais profissional. Três bons sinais disso mesmo são a presença de um módulo UMTS, de um leitor de impressões digitais e da utilização do sistema operativo Windows Vista Business em Português. Outro dado que indicia este cuidado por parte da Fujitsu-Siemens Computers é a oferta de uma garantia de três anos Collect & Return, um elemento que permite dar sempre mais algum conforto ao utilizador. É claro que tudo isto tem um preço, aliás, demasiado elevado, no nosso ponto de vista. Não só é o modelo mais caro do teste, como ultrapassa em mais de 300 euros a proposta da Sony, a segunda mais dispendiosa. No entanto, a relação entre preço e qualidade é menos compreensível no caso deste FSC. Outro ponto que penaliza a classificação do Lifebook é a ausência de ofertas quer de software, quer de hardware.
Continua a não ser das propostas mais baratas presente nos supertestes a portáteis publicados pela PCGuia, mas sem dúvida alguma que se mantém como uma das ofertas com maior qualidade de construção. Seja qual for o modelo da gama Vaio, é sempre um candidato à vitória final. Neste caso, em particular, o pretendente da gama Z garante uma mistura de mobilidade e desempenho que fica perto da perfeição – não só foi o terceiro mais rápido nos testes como registou a segunda maior autonomia (em modo Stamina). Para isso, ajudou a escolha dos componentes, principalmente dos 4 GB de RAM a 1066 MHz, que muita ajuda dão ao CPU, e do ecrã X-Black, que não perde qualidade apesar de se fazer suportar em tecnologia LED. A presença de uma placa gráfica também muito contribui para o segundo melhor resultado do teste neste capítulo. As ligações contam com a presença de uma porta HDMI em detrimento de uma porta USB (existem apenas duas). Tudo isto sem comprometer o peso. Qualidade é coisa que não falta a este Sony, desde a altura em que se põem as mãos na tampa até ao momento em que se desliga e fecha. Ficámos maravilhados com o teclado, que não só apresenta um toque agradável, como tem um espaçamento muito bem-vindo (nostalgia à parte, faz até lembrar o ZX Spectrum). Por tudo isto, merece o ouro.
FABRICANTE Fujitsu-Siemens Computers ■ PREÇO 2239 euros ■ CONTACTO 210 118 300 ■ SITE pt.fujitsu.com ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo 2,80 GHz; 2 GB de RAM; disco SATA 320 GB; gravador DVD super multi; ecrã 13,3” WXGA; placa gráfica onboard; leitor de impressões digitais; Kensington lock; módulo UMTS; webcam; Windows Vista Business Pt
FABRICANTE Sony ■ PREÇO 1916 euros ■ CONTACTO 808 200 185 ■ SITE www.sony.pt ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo 2,40 GHz; 4 GB de RAM; disco SATA 2 250 GB; DVD Dual Layer; ecrã 13,1” X-Black WXGA (1600 x 900); gráfica GeForce 9300M; leitor de cartões 5-em-1; leitor biométrico; 3G; webcam; Windows Vista Business Pt; Microsoft Office 2007 Pt trial; McAfee Internet Security Suite trial; Photoshop Elements 6; Easy Media Creator 9
66 | PCGUIA
TEMA DE CAPA
TSUNAMI TRAVELLER T135 DESEMPENHO
✔
DESIGN
✔
AUTONOMIA
✖
VEREDICTO 6
LG P300 DESEMPENHO
✔
RETRO ILUMINAÇÃO
✔
DRIVE USB EXTERNA
✖
VEREDICTO 8
Participante assíduo dos testes comparativos da nossa Redacção, a JP Sá Couto faz valer a sua história de fabricante de computadores com esta proposta da linha Traveller – uma série concebida, como o próprio nome indica, para quem necessita de um companheiro de viagem. Como principais argumentos, o Tsunami apresenta um disco rígido de 320 GB, uma webcam e um leitor de cartões de memória, assim como um leitor de impressões digitais, que pode ser utilizado para salvaguardar as suas informações pessoais. O desempenho do sistema e dos gráficos colocam-no no pódio, no que concerne a performance. Além disso, inclui uma porta HDMI e um look quase formal que, para sermos honestos, muito nos agradou. Não existem quaisquer grampos de fecho do portátil, pelo que para utilizá-lo basta levantar a tampa e começar a teclar. A autonomia de menos de duas horas e o peso mais elevado das 11 máquinas em análise são características que não abonam em seu favor. Como são dois dos critérios mais valiosos no nosso teste em grupo, a nota não pode ser superior. Também sentimos falta de ofertas de software.
Há uns anos, ainda se podia dizer que a LG Electronics era o fabricante mais inexperiente neste campo face aos nomes dos principais players internacionais. No entanto, nunca precisámos de o referir, pois, a marca coreana sempre foi uma agradável surpresa nos testes em grupo a portáteis que temos vindo a realizar. Nesse sentido, pode-se dizer que a LG já tem uma reputação a defender. Desta vez, coube ao P300 esse papel. Com um design agradável que mistura elementos de vários tons (infelizmente, a qualidade de construção está num patamar inferior), o P300 apresentou o desempenho geral mais elevado do teste e fê-lo com alguma margem de segurança. Por outro lado, agrada por incluir um ecrã baseado em tecnologia LED, que não só permite optimizar a autonomia da bateria (que apresenta um razoável tempo de 2h55), como também apresenta uma legibilidade mais agradável face às soluções LCD tradicionais. Por outro lado, e tal como o Sony, permite-lhe ter uma espessura de ecrã mínima, o que também se reflecte no peso total. No entanto, refira-se que os 1,61 kg não incluem a drive DVD fornecida, que é neste P300 externa com ligação USB. Nesse caso, terá de adicionar-lhe 336 gramas. De salientar ainda dois aspectos: a presença de uma porta HDMI e a ausência de um leitor de impressões digitais.
FABRICANTE JP Sá Couto ■ PREÇO 1099 euros ■ CONTACTO 229 993 900 ■ SITE www.tsunami.pt ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo 2,53 GHz; 3 GB de RAM; disco SATA 320 GB; gravador DVD; ecrã 13,3” WXGA (1280 x 800); gráfica onboard; leitor de cartões 7 em 1; leitor biométrico; webcam; Windows Vista Home Premium Pt; Microsoft Office 2007 trial
FABRICANTE LG Electronics ■ PREÇO 1499,99 euros ■ CONTACTO 808 785 454 ■ SITE pt.lge.com ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo 2,40 GHz; 3 GB de RAM; disco SATA 250 GB; gravador DVD USB; ecrã 13,3” WXGA (1280 x 800); GeForce 8600M; leitor de cartões 5 em 1; Kensington lock; webcam; Windows Vista Business Pt; Norton Antivirus trial; pacote de software LG
68 | PCGUIA
TEMA DE CAPA
ESCOLHA
PCGUIA
ASUS U2E-1P051E DUAS BATERIAS
✔
PESO
✔
SATELLITE U400-12E DESEMPENHO
✖
VEREDICTO 8
HDMI
✔
SOFTWARE
✔
AUTONOMIA
✖
VEREDICTO 7
A Asus já nos habituou a máquinas de qualidade, e neste comparativo o fabricante oriental alinha pelos mesmos standards que revelou até agora. O U2E foi especialmente concebido para quem precisa de uma máquina para viajar. O look é uma das suas mais-valias. O acabamento em pele (cabedal) confere-lhe personalidade e as dimensões (nomeadamente o ecrã de 11.1”) fazem dele (a par do Appolo) o notebook mais leve do teste, com apenas 1,32 kg. Para tal, terá de usar a bateria de três células, já que, com a de seis (considerada nos testes de autonomia), o peso sobe para 1,46 kg. E repare na espessura do ecrã LED (ou na falta dela), para sermos mais directos, um factor que vale a pena salientar, assim como a autonomia de quase cinco horas. Além disso, a Asus oferece uma bolsa (sleeve) de transporte e um rato, além de um enriquecedor pacote de aplicações proprietárias da Asus. As dimensões reduzidas não colocam em causa extras importantes para quem leva a máquina em viagem, como sejam a webcam ou o leitor biométrico. O processador ultra low voltage é o principal culpado dos baixos valores revelados no PCMark 2005. O preço pode ser um elemento dissuasor.
A Toshiba é um dos nomes fortes na área da computação portátil. Apesar do design dos seus modelos levantar algumas divergências, na opinião dos consumidores, uma coisa é certa: um Toshiba é um portátil robusto, bem construído e bem recheado em termos de software. Fezlimente, as duas últimas premissas mantêm-se neste U400. Menos feliz é o facto de a primeira continuar também a verificar-se. Já lá vai o tempo em que os Satellite eram máquinas cinzentas, entenda-se, sem graça. No caso deste modelo, nota-se um esforço para agradar a um maior número de utilizadores, nomeadamente, através da introdução de elementos contrastantes, como botões cromados e um teclado em preto brilhante. Talvez brilhante demais para o nosso gosto. O desempenho mediano não lhe permitiu chegar mais longe neste comparativo, pois como já dissemos a qualidade de construção está bem patente. A autonomia de 2h18 é porventura curta para uma utilização totalmente portátil. Mas quiçá não seja essa a sua principal vocação – de notar a presença de uma ficha HDMI e de comandos multimédia no topo do teclado, ideais para lidar com tarefas ligadas ao entretenimento. Além disso, é uma das duas máquinas que passaram a fasquia dos 2 kg de peso, ainda que por 9 gramas.
FABRICANTE Asus ■ PREÇO 1699 euros ■ CONTACTO 808 789 888 ■ SITE pt.asus.com ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo ULV 1,10 GHz; 2 GB de RAM; disco PATA 120 GB; DVD Dual Layer; ecrã 11,1” WXGA; gráfica onboard; leitor de cartões 8 em 1; leitor biométrico; Kensington lock; webcam; Windows Vista Business Pt; pacote de software Asus; bolsa de transporte e rato
FABRICANTE Toshiba ■ PREÇO 1387,44 euros ■ CONTACTO 707 265 265 ■ SITE www.toshiba.pt ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo 2,40 GHz; 4 GB de RAM; disco SATA 320 GB; DVD Dual Layer; ecrã 13,3” WXGA (1280 x 800); gráfica onboard; leitor de cartões 5-em-1; Kensington lock; webcam; Windows Vista Home Premium Pt; McAfee Internet Security 2008 trial; Ulead DVD MovieFactory; pacote de software Toshiba
70 | PCGUIA
TEMA DE CAPA
COMPAQ 2510P AUTONOMIA
✔
SOFTWARE
✔
APOLLO MAGNESIUM DESEMPENHO
✖
VEREDICTO 8
PREÇO
✔
PESO
✔
LINUX
✖
VEREDICTO 7
Em seis horas e dez minutos – a autonomia revelada pelo Compaq 2510p nos testes com o BatteryMark –, a nossa equipa conseguiu testar mais de dois concorrentes desta proposta da HP, o que é algo que não pode deixar de ser referido. O notebook americano apresenta uma autonomia de meter inveja aos outros computadores portáteis neste comparativo, e essa é uma das suas maisvalias, assim como o é o preço razoável. Das 11 máquinas que fizeram escala na nossa Redacção, esta é, na verdade, aquela que mais faz lembrar os portáteis empresariais. Além do look formal, note-se a inclusão de um sistema de pointing stick que complementa o touchpad como modo de controlo. Infelizmente, é uma das duas ofertas sem webcam. O desempenho é mediano, um facto que é indissociável do processador ultra low voltage que equipa este laptop. No geral, é uma boa proposta para quem procura um companheiro de viagem capaz de desempenhar as normais tarefas de produtividade. De salientar ainda os três anos de garantia com serviço de recolha e devolução que a empresa multinacional confere a este Compaq.
Tem o preço mais baixo deste comparativo a par da proposta da Inclass, mas, infelizmente, somos obrigados a dizer que apresenta também a configuração menos capaz de entre as 11 propostas analisadas neste artigo. Não só porque se trata de um processador de baixa voltagem – nem sequer é esse o seu maior pecado, pois, trata-se de uma arquitectura utilizada em muitas propostas ultraportáteis – mas, principalmente, por não incluir um sistema operativo Microsoft. Não que o Ubuntu seja uma má alternativa, no entanto, a sua utilização implica conhecimento prévio de Linux, algo que nem todos os utilizadores têm. Para além disso, é dos poucos que não tem uma webcam e é o único que apresenta um ecrã não panorâmico. É claro que nem tudo são aspectos negativos. Aliás, não se pode dizer que seja uma proposta má, caso contrário, não teria atingido uma nota tão razoável. Saliente-se que se trata do portátil mais leve do comparativo (a par do Asus, desde que em utilização com a bateria de três células). Tem uma autonomia que se aproxima das 2h30, um valor aquém do esperado para uma máquina com um processador ultra low voltage.
FABRICANTE HP ■ PREÇO 1449 euros ■ CONTACTO 808 201 808 ■ SITE www.hp.pt ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo ULV 1,33 GHz; 2 GB de RAM; disco PATA 100 GB; DVD RW; ecrã 12,1” WXGA (1280 x 800); gráfica onboard; leitor de cartões SD; Kensington lock; leitor biométrico; Windows Vista Business Pt; software Roxio; pacote de software HP
FABRICANTE Command.com ■ PREÇO 799 euros ■ CONTACTO 256 370 000 ■ SITE www.commandcom.pt ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo ULV 1,20 GHz; 1,5 GB de RAM; disco PATA 160 GB; DVD RW; ecrã 12” XGA; gráfica onboard; leitor de cartões SD; Kensington lock; leitor biométrico; Linux (Ubuntu Pt); bolsa de transporte e rato Trust
72 | PCGUIA
CONCLUSÕES A proposta da Sony revelou ser a mais equilibrada das 11 máquinas em análise. O Asus U2E-1P051E também convenceu a nossa Redacção e mereceu o prémio Escolha PCGuia
MACBOOK AIR DESIGN
✔
TECLADO
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 7
Para analisarmos o que Steve Jobs diz ser o portátil mais fino do mundo, fomos obrigados a instalar o Windows Vista Ultimate com o Boot Camp – algo que o leitor também pode fazer, se não quiser utilizar um sistema operativo Macintosh. Assim, não pode deixar de ser referido que os testes foram realizados num sistema operativo não nativo (o Macbook Air é vendido com o OS X Leopard). De qualquer forma, isso parece não ter prejudicado a nova coqueluche da Apple. Os valores apresentados são razoáveis para uma máquina com um processador ultra low voltage. Como companheiro de viagem, é uma boa proposta – é leve (1,39 kg sem a superdrive; 1,7 kg com a drive óptica, mais 89 euros) e muito fino, além de extremamente atraente no que concerne ao design. Mas as concessões são muitas. O preço é elevado, não tem leitor de cartões de memória, nem leitor biométrico ou Kensington lock, além de contar com apenas uma porta USB, que fica ocupada assim que o utilizador liga o gravador de DVD externo. Uma referência especial para o teclado retroiluminado da Apple. Se quiser, pode usar o Macbook Air à vontade em ambientes de parca luminosidade, já que as teclas têm por detrás uma luz branca que ajuda a identificá-las. É uma boa aposta, mas lembre-se das concessões que mencionámos (e daquelas que referimos na PCGuia de Março de 2008, aquando do lançamento desta máquina). DISTRIBUIDOR TB Store ■ PREÇO 1699 euros ■ CONTACTO 210 129 631 ■ SITE www.apple.com/pt ■ FICHA TÉCNICA CPU Core 2 Duo 1,60 GHz; 2 GB de RAM; disco PATA 80 GB; gravador DVD USB; ecrã 13,3” WXGA (1280 x 800); gráfica onboard; webcam; Mac OS X Leopard; iLive 08
Ao contrário do que costuma acontecer nos supertestes da PCGuia, há neste comparativo um vencedor destacado, o único com direito a nota 9 e, consequentemente, à justa medalha de ouro. O Vaio VGNZ11WN/B da Sony foi a máquina mais equilibrada e aquela que conquistou o valor absoluto mais elevado. Se o preço pode ser um obstáculo, a verdade é que argumentos como o ecrã LED de matriz X-Black, a autonomia, o peso, a ligação HDMI, o módulo 3G e até a forma como o teclado foi pensado são elementos decisivos na sua avaliação muito positiva. A máquina da empresa nipónica é uma vencedora justa e deve ser encarada como a melhor proposta deste comparativo. A escolha da Redacção recai sobre o laptop da Asus, o U2E-1P051E. Peca pelo desempenho, mas está equipado com um processador ultra low voltage, o que justifica as suas limitações neste aspecto. Mas tem outras mais-valias que nos agradam. Repare na oferta de uma segunda bateria, bem como da bolsa de transporte e de um rato. Mesmo que transporte as duas baterias (o que lhe confere um acréscimo significativo na autonomia), o peso não ultrapassa os 2 kg. Além disso, está equipado com o Windows Vista Business, um facto que revela a sua natureza profissional. Esta é pois uma boa escolha para quem quer aliar estilo a boas opções de mobilidade. Uma referência final para outras duas propostas que não devem ser ignoradas: a máquina da HP (Compaq 2510p), pela longa autonomia e a natureza claramente profissional, e o LG P300, que foi a máquina com o melhor desempenho de sistema e gráfico – com alguma margem, de resto.
AO DETALHE SISTEMA (PCMARK 2005)
GRÁFICOS (PCMARK 2005)
PREÇO (EUROS)
PESO (KG)
AUTONOMIA
TSUNAMI TRAVELLER T135
5166
2456
1099
2,16
1H54
SONY VAIO VGN-Z11WN
5020
3220
1916
1,49
5H
LG P300
5727
4257
1499,9
1,61 (1)
2H55
ASUS U2E
1899
946
1699
1,46 (2)
4H52 (3)
INSYSTEMS 8724T
3850
1849
989
1,97
2H11
TOSHIBA SATELLITE U400-12E
4750
1213
1387,4
2,09
2H18
CLASUS COLOUR MOBILE BLUE
3010
1423
799
1,93
1H57
HP COMPAQ 2510P
2688
1199
1449
1,59
6H10
APOLLO MAGNESIUM
1417
451
799
1,32
2H27
FUJITSU LIFEBOOK S6420
5318
2502
2239
1,80
2H27
MACBOOK AIR
2050
1017
1699
1,39 (1)
3H03
(1) PESADO SEM DRIVE ÓPTICA (EXTERNA) (2) PESADO COM A BATERIA DE SEIS CÉLULAS (3) TESTADO COM BATERIA DE SEIS CÉLULAS
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PASSATEMPO PCGUIA
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REQUISITOS: A PROPOSTA É CONSTITUÍDA POR DOIS ELEMENTOS: UM GRÁFICO E UM CONCEPTUAL.
COMO CONCORRER: Envie a imagem / tema até dia 27 de Novembro 2008, indique os seus dados pessoais: Nome completo; idade; nº de telefone/telemóvel; morada e e-mail.
●
Pode enviar as propostas por e-mail:
[email protected]; ou por correio gravadas em DVD/CD: Av. João Crisóstomo, 72 Galeria | 1060-043 Lisboa ●
●
Obrigatória a apresentação do cupão. Não se aceitam fotocópias
COMPONENTE GRÁFICA: ● A Imagem deverá ser enviada em alta resolução, mínimo 300 dpis em formato JPEG ou Tiff e comprimida em ficheiro Zip ou Rar. ● A ilustração terá de reflectir o tema escolhido. A qualidade da ilustração e a originalidade serão os principais critérios de análise da ilustração e respectiva publicação. ● A ilustração poderá incluir outros elementos gráficos que não desenhos, como imagens, desde que estas não estejam protegidas por direitos de autor. COMPONENTE CONCEPTUAL: O tema tem necessariamente que estar ligado a tecnologias de informação e comunicação. Será proposto pelo leitor e posteriormente desenvolvido pela redacção da revista ● A ideia para o tema deverá ser acompanhada de um texto explicativo de cerca de 800 caracteres, para que a nossa redacção perceba exactamente qual a abordagem que o leitor propõe. ●
Passatempo também disponível em: www.pcguia.xl.pt/passatempos/pcguia
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Os resultados serão publicados na Edição de Janeiro da PCGuia de 2009 com data de saída prevista a 18 de Dezembro de 2008
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Normas: A PCGuia escolherá o tema consoante o seu interesse editorial aliado à qualidade e originalidade da ilustração. ● A PCGuia reserva o direito de publicar os temas e ilustrações em datas escolhidas pela revista, mas previamente referidas a cada leitor ● Os autores dos trabalhos abdicam dos direitos de autor das ilustrações e conferem à PCGuia os direitos de publicação e reprodução dos mesmos.
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2ºPRÉMIO Moover T10 - PVP 430,00 COM O APOIO DE:
3º PRÉMIO MONITOR TV LG M228WD - PVP 329,90
4º PRÉMIO SMCNAS02 - PVP 299,00 COM O APOIO DE:
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5º PRÉMIO
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PASSATEMPO PCGUIA Nome______________________________________________________________________________________________ Idade _____________ Morada ______________________________________________________________________________________________________________ Telefone/Telemóvel_______________________________________________ Email _________________________________________________ Tema ________________________________________________________________________________________________________________ Nota: Os dados recolhidos destinam-se a ser tratados e processados automaticamente pela PCGuia para futuros contactos. É garantida ao cliente, total confidencialidade e o direito de acesso aos seus dados para respectiva actualização ou eliminação. Caso não pretenda receber correspondência, assinale aqui
* iPOD NÃO INCLUIDO
PCG G
E | H A R D WA R E | R E D E S
GUIAS
MANUTENÇÃO DO HISTÓRICO O separador History mantém um registo das chamadas que efectuou, das chamadas perdidas, das mensagens SMS, das mensagens de voz, e das conversas. Como é pesquisável, poderá ajudá-lo a seguir o rasto daquilo que tem feito.
PERSONALIZAÇÃO DO SKYPE Vá a Tools, Options para configurar a forma como pretende que o Skype funcione. Pode controlar os sons que são emitidos (se quiser algum), quais os eventos que estão na origem de alertas, e a forma como você aparece para os outros utilizadores.
LISTA DE CONTACTO Para adicionar alguém ao seu separador Contacts, clique em Add. Pode adicionar outro utilizador Skype inserindo o seu nome Skype ou o endereço de correio electrónico. Também pode adicionar números de telefone.
POUPE DINHEIRO COM O SKYPE Uns auscultadores com microfone e um PC é quanto basta para reduzir a sua conta de telefone
As subscrições do Skype são muito baratas se considerarmos aquilo que obtemos com o preço que pagamos. Por apenas cerca de três euros por mês, pode fazer chamadas telefónicas ilimitadas dentro do país em qualquer altura. Se aumentar ligeiramente a mensalidade a pagar, poderá fazer chamadas ilimitadas para uma série de países europeus. Aumentando ainda mais uns euros – cerca de 10 euros – por mês, poderá fazer chamadas telefónicas ilimitadas para vários países de outros continentes. Todas estas opções de serviço incluem um número de telefone que as pessoas poderão utilizar para lhe telefonarem para o seu PC. Se não quiser comprometer-se com uma subscrição a longo prazo, poderá comprar crédito para efectuar chamadas a preços baixos. E não se esqueça de que não precisa de pagar nada para telefonar a outro utilizador Skype – basta instalar o programa e começar a falar. Se tiver uma pessoa amiga ou um familiar noutro país, a melhor forma de manter o contacto é dizer-lhe para instalar o Skype no PC, de modo a poderem falar gratuitamente. É muito fácil!
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SOFTWARE
AUSCULTADORES COM MICROFONE OU TELEFONE USB? Para utilizar o Skype precisa de um microfone e convém que tenha auscultadores para ouvir a voz da pessoa com quem estiver a falar. Desta forma, a melhor solução é utilizar uns auscultadores com microfone incluído. Pode adquirir um equipamento simples deste tipo na Amazon por meia dúzia de euros. Se pretender uma forma ainda mais barata de utilizar o Skype, a Dabs.com está a comercializar o Dynamode DH-005 PC Headset por cerca de quatro euros. Na Skype Store também poderá encontrar um produto alternativo. Trata-se de um telefone USB que se liga ao PC, embora alguns
possam ser relativamente caros. Nós preferimos uns auscultadores com microfone, dado que ficamos com as mãos livres. Além disso, são mais baratos. Para instalar o Skype vá a www.skype.com e siga as instruções. O programa de instalação tenta instalar a Google Toolbar no seu browser Web, algo que poderá não querer. Mantenha-se atento às caixas de diálogo que irão aparecer. Numa delas poderá retirar a selecção do respectivo quadradinho para o caso de não querer instalar a Google Toolbar. O programa guia os utilizadores no processo de criação de uma conta Skype gratuita. Basta inserir um nome de utilizador, palavrapasse e um endereço de correio electrónico válido.
verificar se está tudo a funcionar correctamente. Se quiser fazer chamadas telefónicas nacionais, poderá efectuar a subscrição no próprio site, ou então comprar algum crédito Skype e pagar ao minuto. Para comprar crédito para chamadas telefónicas, clique em Account, Buy Skype Credit. Existe uma ligação para os custos de chamada no separador Call Phones. Inclusivamente, poderá enviar mensagens de texto para telefones móveis utilizando o Skype. Para isso, vá a Tools, Send SMS Message, ou então clique num contacto e percorra o menu desdobrável. Estas mensagens apresentam normalmente vantagens de custo relativamente às normais enviadas de telefone
PARA UTILIZAR O SKYPE PRECISA DE UM MICROFONE E CONVÉM QUE TENHA AUSCULTADORES PARA OUVIR A OUTRA PESSOA
DICA Quanto tempo demora? Seis minutos O que é necessário? Skype,auscultadorescommicrofoneou telefone USB O que irei aprender? A instalar o Skype no PC Aefectuarchamadastelefónicaseenviar mensagensdetextoparatelefonesmóveis
ESTÁ TUDO A FUNCIONAR? Depois de ter instalado o Skype com sucesso, utilize o serviço Test Call para verificar se está tudo configurado de forma correcta. Ligue os seus auscultadores ou microfone. O conector cor-de-rosa liga-se à porta cor-de-rosa na parte de trás do seu PC. Clique no botão de chamada verde próximo da frase chamada Skype Test. Este serviço é gratuito e convida-o a gravar uma mensagem. Essa mensagem é depois reencaminhada para si a fim de poder
móvel para telefone móvel. Convém ter em conta que, se efectuar uma subscrição Skype, vem com correio de voz, o qual pode ser configurado a partir da secção Calls da caixa Tools, Options. Também é possível dizer ao Skype para reencaminhar as suas chamadas para um telefone sempre que não estiver online. Precisa de crédito Skype para isto. A configuração deste tipo de reencaminhamento de chamadas também é efectuada na secção Calls.
COSTUMIZAÇÃO DO SKYPE AO SEU GOSTO
01
AJUSTE O SOM ÀS SUAS PREFERÊNCIAS No Windows XP, vá ao Painel de Controlo, Sons e dispositivosdeáudio.NoseparadorÁudio,cliquenobotão VolumepróximodeGravaçãodeáudio.Aumenteovolume,se necessário.
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02
SONS ESPECÍFICOS DO SKYPE NoSkype,váaTools,Options,General,AudioSettings. Verifiqueoestadodoseumicrofone.Faleparaomicrofonee o medidor de som deverá oscilar.
03
AJUSTAR O ARRANQUE DO SKYPE ParaqueoSkypenãosejainiciadoautomaticamente com o Windows, clique em Iniciar, Executar e escreva “msconfig”.NoseparadorIniciar(Startup)retireaselecção relativa ao Skype.
SOFTWARE
OPTIMIZE A MÁQUINA DE JOGOS Acelere o seu computador fazendo uma limpeza geral com o System Mechanic 8
desfragmentar a memória e o registo. Consegue também oferecer uma solução para monitorização de discos rígidos em tempo real, para discos rígidos SMART. Ou seja, além de ser o utilitário mais versátil e completo deste género, tem a mais-valia de pesar muito pouco no sistema. Mesmo que esteja a pensar utilizá-lo apenas uma vez, o esforço vale a pena. Claro que existem programas de freeware que conseguem resultados semelhantes, mas o System Mechanic reúne tudo na mesma embalagem, tornando-se uma oferta bastante mais completa. Decidimos experimentá-lo nas máquinas da redacção e o resultado agradou.
COMO LIMPAR O PC
Tendo em conta a quantidade de jogos, filmes e música que temos nos nossos PC, é inevitável que os tubos de deslocação de dados acabem por ficar entupidos com detritos binários. O System Mechanic 8 propõe resolver esse problema, ao passar a pente fino a maquinaria interna do seu computador, pondo-a a funcionar como nos primeiros meses de vida. Esta solução é uma espécie de desentupidor de canos, mas na versão software para PC. O System Mechanic 8 tem aparentemente 40 ferramentas diferentes para procurar erros,
Descarregue o System Mechanic 8 a partir do site www.iolo.com. Quando estiver instalado, execute um Deep System Scan. Este processo deve demorar cerca de dez minutos, mas analisa todos os níveis do seu PC, procurando tralha, erros, spyware e problemas no disco rígido. Se verificar que o seu PC está num mau estado de saúde, o System Mechanic possui um magnífico botão de seu nome repair all (reparar tudo). Leva algum tempo, mas, quando estiver terminado, terá muito menos tralha no computador e este funciona melhor (1). Se executar frequentemente jogos “topo de gama”, a probabilidade de a RAM da sua máquina estar cheia de resíduos de dados é grande. Ao desfragmentar a RAM poderá aumentar o seu
desempenho significativamente. Por isso, antes de uma sessão de jogo, vá a Individual Tools, Increase Performance, Defragment Memory. Espere apenas uns segundos: o gráfico circular permite-lhe ter uma ideia de quanta RAM foi libertada (2). O System Mechanic 8 pode executar todas as suas funções em segundo plano. Vá a Automated Tasks e active todas as funcionalidades que acha que precisa para manter o seu computador a funcionar bem e depressa (quer dizer, todas elas). Pode alterar os critérios indo a Options e depois a ActiveCare; siga depois até Edit Advanced Options. As predefinições são inteligentes: não executar a menos que esteja afastado da sua máquina mais de 20 minutos ou se estiver a executar um programa em modo de ecrã completo (3).
1
2
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SOFTWARE
CONVERTA FICHEIROS DE VÍDEO A PCGuia põe termo às confusões em torno dos formatos de vídeo e mostra-lhe como se obtém um determinado tipo de ficheiro
A disponibilidade generalizada da banda larga super-rápida proporcionou um crescimento explosivo do vídeo na Internet. O facto de as velocidades de download e de transferência de ficheiros já não representarem um problema, significa que há uma grande abundância de clipes e filmes em oferta. Mas com esta realidade surgiu um novo problema: a compatibilidade entre os diversos formatos de ficheiros de vídeo que existem. Na verdade, quem coloca este tipo de entraves são apenas alguns dos formatos que exigem ser reproduzidos por determinados leitores de multimédia, algo desconcertante para um utilizador cuja única coisa que quer é conseguir visualizar um pequeno filme de minutos, ou mesmo de segundos.
Para aumentar a confusão, pode precisar também de um codec especial. Trata-se de um ficheiro ou conjunto de ficheiros de software utilizados para descodificar o sinal de vídeo, de forma a ser reproduzido no computador. Evidentemente, não necessita de transferir um vídeo inteiro sempre que pretende ver algo. Existe o streaming que permite que sites como o YouTube e o Google Vídeo possam dar a conhecer os seus conteúdos de forma rápida e prática.
STREAMING DE MULTIMÉDIA O clipe ou programa é reproduzido no imediato, directamente a partir da fonte. Consoante o que estiver a ver, pode precisar de um leitor específico instalado no computador.
NO CASO DE O SEU DISPOSITIVO NÃO SER DE UMA MARCA CONHECIDA, PODERÁ TER DIFICULDADES NA REPRODUÇÃO DE FICHEIROS
CONVERTER FICHEIROS DE VÍDEO ONLINE
01
ACEDA À INTERNET Vá até www.mediaconverter.org. Aqui pode escolher streams de vídeo ou ficheiros do seu disco rígido para conversão. Também é possível converter ficheiros de áudio e documentos com a mesma facilidade.
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02
SELECCIONE O SEU FICHEIRO Escolha o ficheiro que pretende converter. Se for uma localização no YouTube, por exemplo, insira o endereço URL. Em alternativa, carregue o ficheiro a partir do disco rígido.
03
ESCOLHA AS DEFINIÇÕES Seleccione o tipo de ficheiro para o qual quer converter. Não altere as definições de saída, a menos que realmente precise de fazê-lo. Quando tiver terminado, é convidado a transferir o ficheiro recém-convertido.
SOFTWARE
É aqui que os problemas de compatibilidade surgem e provocam algumas dores de cabeça. Por exemplo, se quiser ver trailers de filmes em www.apple.com, precisa do software QuickTime. Isto acontece porque os ficheiros de vídeo da Apple estão codificados no formato MOV. Da mesma forma, para ver vídeos no YouTube é necessário ter o Adobe Flash Player instalado, pois a maioria dos vídeos estão no formato FLV ou Flash Video. Porém, tudo leva a crer que acabaremos por mudar para o novo formato H.264 a todos os níveis. Os ficheiros de vídeo tendem a ser muito grandes. Esta é uma das razões para haver um tão grande número de diferentes formatos à disposição. Estes tipos de ficheiros empregam os seus próprios métodos de compressão para não deixarem avolumar o tamanho dos ficheiros. A Microsoft tem o seu próprio formato de vídeo, chamado Windows Media Video (WMV). É utilizado frequentemente no streaming de vídeo via Internet, sendo também o tipo de ficheiro de saída usado pelo Windows Movie Maker. Os tamanhos dos ficheiros tendem a ser maiores, mas a qualidade é também superior. No entanto, este WMV acaba por ser um formato conflituoso. Por exemplo, não pode reproduzir um ficheiro WMV com o leitor QuickTime da Apple, embora seja possível reproduzir determinadas versões de
WINDOWS MEDIA ENCODER Este programa grátis de codificação multimédia da Microsoft, disponível em www.microsoft.com/downloads, permite converter e captar conteúdo de áudio e vídeo. Outra funcionalidade útil é a que permite captar vídeo em
reprodução noutra janela – ideal se quiser captar streams de vídeo. Basta seleccionar a área pretendida e o processo começa. O ficheiro convertido é então guardado no disco rígido. O Windows Media Encoder destina-se a
trabalhar com o Windows XP, sendo compatível, até certo ponto, com o Windows Vista. Vá até http://support. microsoft.com/kb/929182 para se inteirar dos problemas de compatibilidade.
UTILIZAR OS CONVERSORES DE VÍDEO DO RED KAWA
01
TRANSFIRA O SOFTWARE Em www.redkawa.com encontra uma série de conversores de vídeo. Se possui um iPod de vídeo, pode transferir um utilitário de conversão para o seu dispositivo específico.
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02
CONVERTA PARA CONSOLA Se quiser reproduzir ficheiros de vídeo do computador na Wii, PS3 ou Xbox 360, dispõe também aqui das ferramentas de conversão necessárias. Os ficheiros de vídeo AVI, MPEG e afins são convertidos nas calmas.
03
TRANSFIRA O CENTRO MULTIMÉDIA Encontra um conjunto de programas Media Center, que pode usar para fazer o streaming de ficheiros multimédia directamente do PC para a Wii ou PS3. Além disso, existe uma aplicação de servidor de ficheiros para transferir os mesmos.
SOFTWARE
É importante ter o formato de ficheiro certo para reprodução em dispositivos como o iPod
um ficheiro QuickTime (MOV) no Windows Media Player.
MAIS FORMATOS Outros formatos que provavelmente encontrará incluem o FLV, ou Flash Video. Os clipes retirados de sites como o YouTube acabam com frequência neste formato. O problema é que não pode reproduzir estes ficheiros se utilizar o Windows Media Player ou o QuickTime. Moral da história: ficará melhor servido se usar um leitor sem ambições tão egocêntricas, ou seja, que não use um formato exclusivo. O VideoLAN (www. videolan.org) não tem qualquer dificuldade com nenhum dos formatos indicados. O tipo correcto de ficheiro de vídeo é vital para se poder ver clipes ou filmes num dispositivo portátil. Se fisgou uma pechincha na compra de um leitor de MP4, poderá ter problemas com a reprodução. Se o seu dispositivo não for de uma marca bem conhecida, não fique demasiado surpreendido se não conseguir reproduzir os ficheiros. Apesar do nome, esses dispositivos não reproduzem ficheiros no formato MP4. A tendência é para usarem o seu próprio formato, chamado AMV. Quando copiar pela primeira vez os
COMBINAR FICHEIROS
Pode ser difícil gerir múltiplos ficheiros de vídeo em diferentes formatos. Às tantas, vê-se a braços com uma situação em que tem de convertê-los para poder utilizá-los com uma determinada aplicação. As coisas podem complicar-se ainda mais se quiser juntar dois ficheiros. O MediaJoin (www.audiovideosoft.com) torna esta tarefa mais leve, mesmo que esteja a trabalhar com diferentes tipos de ficheiros. Por exemplo, permite combinar um ficheiro WMV com um ficheiro AVI para criar um único ficheiro WMV, se bem que as opções de saída são mínimas. Convém brincar um pouco com os formatos de saída para não ficar com um ficheiro enorme.
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seus clipes MPEG e AVI para o dispositivo, acabará por descobrir que estes não são reconhecidos pelo leitor. Para pô-los a funcionar, precisa de convertê-los para o formato AMV. Encontra uma selecção de ferramentas de conversão para AMV em www.mympxplayer. org.
PROBLEMAS COM VÍDEO NO IPOD Pode deparar-se com problemas semelhantes quando tenta transferir vídeo para um leitor iPod. A questão não passa apenas por garantir que o ficheiro está no formato certo, mas também por se certificar de que a resolução do vídeo tem qualidade. O seu disco rígido até pode estar a abarrotar de ficheiros FLV, AVI e MPEG; o problema é que nenhum deles será reconhecido pelo iPod. Este apenas reproduz ficheiros com as extensões .m4v, .mp4 e .mov.Felizmente, o iTunes consegue converter alguns ficheiros automaticamente para o formato correcto. Em relação à maioria dos ficheiros, contudo, precisará de convertê-los manualmente com a ajuda de software especializado. Há várias aplicações deste tipo disponíveis online gratuitamente. A título de exemplo de certas ferramentas de conversão, sugerimos que dê um salto a www. videora.com/en-us/Converter/iPod.
GRAVAR UM DVD COM O DVD FLICK
01
Torne as coisas mais fáceis O DVD Flick simplifica o processo de autoria de DVD, pois os ficheiros de vídeo que utiliza não têm de ser num formato específico, além de que suporta mais de 45 formatos de vídeo diferentes. Clique em Project settings para dar início ao processo.
Escolha as definições do projecto Clique em General e assinale o que está seleccionado em Target size. Este deve corresponder ao suporte multimédia que se encontra na unidade de DVD. A definição Encoder priority determina a quantidade de recursos do sistema que são utilizados durante o processo.
03
Defina as opções de vídeo e áudio Em seguida, mude para Video e confirme se a opção em Target format é PAL. Deixe as outras definições inalteradas. Desça até Audio, deixe a modificação do volume nos 100% e assinale a caixa 5.1, se pretender som envolvente
04
Grave o projecto no disco O DVD Flick cria automaticamente as pastas audio_ts e video_ts necessárias para gravar um DVD de vídeo. Assinale a opção Burn project to disc. Dê um nome ao disco no campo Disc label e clique em Accept.
05
06
Escolha os ficheiros multimédia Pode agora adicionar os seus ficheiros. Clique em Add title e seleccione os ficheiros que pretende incluir. Clique em Edit title para alterar as suas propriedades. Por exemplo, em Target aspect ratio pode mudar de aspecto normal para panorâmico (Widescreen).
02
Crie os capítulos Em vez de ter vídeo contínuo, pode usar as definições no separador General para adicionar capítulos. Insira-os depois de adicionar cada vídeo de origem ou após períodos de tempo definidos. Aceite as alterações e clique em Create DVD.
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AJUSTE O NÍVEL DE SOM DO MP3 Não precisa de mexer no botão do volume sempre que o seu iPod muda de faixa. Neste artigo resolvemos esse problema num ápice
Sempre que se tem uma mistura de ficheiros MP3 oriundos de diferentes fontes – por exemplo, alguns que gravou directamente, outros que comprou em lojas de música, ou ainda músicas demo que importou – rapidamente se depara com um problema ao tentar criar uma colecção com base nesses ficheiros. Ajusta-se o volume do leitor para um nível de som agradável quando se começa a ouvir a primeira faixa, mas quando muda para a faixa seguinte o volume fica demasiado baixo ou alto. Como tal, é necessário voltar a ajustar o volume. E este gesto repete-se sempre que o leitor muda de faixa. O problema reside no facto de nunca ninguém ter definido um nível de volume standard para os ficheiros MP3, pelo que são normalmente
O MP3GAIN É UMA FERRAMENTA SIMPLES QUE AJUSTA OS NÍVEIS DE VOLUME DOS SEUS MP3 SEM NECESSIDADE DE OS RECODIFICAR
codificados com níveis de volume diferentes, deixando ao ouvinte a tarefa chata de estar constantemente a ajustar os controlos de volume sempre que muda de faixa. Existem vários utilitários que prometem normalizar esta questão, contudo, deverá ter em conta que nem todos são o que parecem à primeira vista. Alguns desses utilitários funcionam com base na descodificação do áudio, efectuando uma amostragem dos níveis de volume, e recodificando-o novamente depois. Esta forma de funcionamento tem um efeito claramente negativo na qualidade do áudio final resultante da normalização. Felizmente, este não é o único método para se obter a estandardização dos níveis de som. O MP3gain (http://mp3gain.sourceforge.net) é uma ferramenta simples que ajusta os níveis de volume dos seus MP3 sem necessidade de os recodificar. O primeiro passo desta ferramenta consiste em analisar os ficheiros sem os descodificar. Seguidamente, “toma nota” do volume global da faixa (e não apenas dos valores mais elevados). Com base nestes dados recolhidos, é então capaz de ajustar valores específicos no próprio MP3, de modo a alterar o volume global de leitura de toda a faixa sem ter de a recodificar. O único problema desta ferramenta é os ajustes de volume só poderem ser efectuados em passos de 1,5 dB. No entanto, a maior parte das pessoas nem se aperceberá desta limitação.
UTILIZE O MP3GAIN PARA NORMALIZAR O VOLUME DAS FAIXAS
01
Localize os seus ficheiros MP3. Pode carregar ficheiros individuais ou álbuns inteiros. Se converteu todos os ficheiros ao mesmo tempo, é provável que já tenham especificações de volume similares. Mas o melhor será confirmar se isso é verdade.
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02
Clique no botão Track Analysis. Espere que o software analise os ficheiros de música (algo que demorará algum tempo) para identificar os níveis de volume. O tempo que demora esta tarefa dependerá da rapidez do processador do seu PC, mas é normalmente inferior a um minuto por faixa.
03
Quando a tarefa anterior terminar, clique no botão Track Gain para aceitar automaticamente os valores por omissão. Os ficheiros serão então processados rapidamente. Se quiser ajustar alguns dos valores, dê uma vista de olhos ao menu ajuda (help), uma vez que explica algumas das opções disponíveis.
SOFTWARE
ENCRIPTE FICHEIROS COM IMAGENS Diga adeus às palavras-chave. Em vez disso, utilize as suas fotografias como chaves de acesso
Todas as semanas ouvimos notícias de mais um disco desaparecido com informação crítica e preocupamo-nos com a possibilidade e as implicações de os seus conteúdos desencriptados caírem nas mãos erradas. Acrescente-se o facto de que a informação anda cada vez mais em deambulação pela rede global e aberta (a Internet, é claro!), o que faz com que a encriptação de dados sensíveis assuma uma importância crescente. Há, no entanto, inúmeras formas de encriptar dados e guardá-los, muitas das quais são gratuitas. Cada uma delas depende de um algoritmo de encriptação que age como ficheiro de segurança/palavra-chave que permite o acesso aos dados protegidos, sempre que necessário. O problema com as palavras-chave é que demasiadas coisas nas nossas vidas são governadas por elas. As que são fáceis de recordar são também fáceis de adivinhar ou quebrar. Provavelmente, se
QUANDO PRECISAR DE ACEDER AOS DADOS, TUDO O QUE NECESSITA DE FAZER É MANDAR O PIXELCRYPTOR DESENCRIPTÁ-LO
investir em palavras-chave fortes, precisará de escrevêlas ou armazená-las num gestor de palavras-chave. Ambas as formas criam uma área de fraqueza no seu sistema de segurança. Os ficheiros-chave são uma forma de contornar este problema. Recorrendo a uma fotografia misturada entre centenas de outras, pode tornar a sua chave difícil de encontrar para terceiros, mas bastante fácil de memorizar para si, já que uma imagem vale mil palavras. Contudo, a localização da chave é sempre o factor crucial.
CONSIGA UMA VISTA MELHOR O PixelCryptor proporciona um sistema gratuito e simples de encriptar dados, utilizando imagens. Se já alguma vez experimentou um programa de gestão de imagens, tal como o Winzip ou o 7zip, não terá quaisquer dificuldades em funcionar com o programa. Crie um ficheiro-arquivo, tal como faz com programas que já conhece, e depois bloqueie os ficheiros e pastas que quer codificar dentro dele. De seguida, é apenas uma questão de associar o ficheiro codificado a uma foto no seu sistema. Pode depois guardar esse ficheiro sempre que quiser, talvez colocando-o numa drive móvel para o poder transportar. Quando precisar de aceder novamente aos dados, tudo o que necessita de fazer é mandar o PixelCryptor desencriptá-lo. Abra simplesmente o programa e pesquise o ficheiro que quer desencriptar. Estará preparado para pesquisar o ficheiro imagem-chave para desbloquear a encriptação e, assim que o fizer, estará livre para aceder aos dados encriptados. Estar seguro nunca foi tão fácil.
CRIE UM FICHEIRO CODIFICADO
01
Instale e abra o PixelCryptor. O ecrã inicial fornece-lhe várias opções. Escolha Encode files, que é a segunda opção à esquerda. Clique sobre ela e utilize os botões assinalados Add file ou Add folder para adicionar conteúdos extra a partir do seu PC.
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De seguida, seleccione e clique na caixa que se encontra no centro da janela para escolher um ficheiro de imagens. Pesquise através das imagens no seu computador até encontrar uma de que conseguirá lembrar-se facilmente. Abra-a depois e clique em Next.
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Precisa agora de atribuir um nome e uma localização ao ficheiro encriptado. Clique sobre o ícone da pasta e escolha o local onde o quer gravar. Introduza um nome para o ficheiro e clique em Next. Ser-lhe-á mostrado um resumo do ficheiro codificado e a sua imagem-chave. Clique em Finished.
SOFTWARE
EXPERIMENTE O VISTA GRATUITAMENTE DE FORMA VIRTUAL A virtualização é uma ferramenta indispensável. Permite testar novos sistemas operativos e outro tipo de software de forma segura Apesar de o conceito de ambiente tridimensional suscitar sempre um grande interesse e atenção, a noção de virtualização adquiriu uma conotação e aplicação completamente diferentes. Actualmente, trata-se da possibilidade de executar um sistema operativo numa janela dedicada, em cima do sistema operativo instalado no PC. Este processo tem sido especialmente seguido nos ambientes empresariais, no entanto, conforme se foi tornando cada vez mais usual, começou a fazer parte das rotinas do consumidor comum, que entretanto já percebeu os
grandes benefícios do uso de um SO virtual. Apesar de ser comum uma empresa usar a virtualização para correr dez cópias do Windows sobre um servidor e beneficiar, desta forma, de dez vezes mais produtividade sem ter de pagar dez vezes mais electricidade, as necessidades dos utilizadores domésticos são completamente diferentes. Para nós, comuns consumidores, o que interessa é que podemos testar novos sistemas operativos, como o Linux, sem termos de criar partições no nosso disco rígido, ou arriscar problemas de maior, como a
formatação do disco onde o Windows está instalado. Exactamente pelo facto de o sistema operativo virtual estar fisicamente separado do sistema operativo real, não existem riscos significativos inerentes. É como estarmos a trabalhar em rede. Quaisquer eventuais problemas que possam aparecer, como vírus ou outro tipo de questões relacionadas com a segurança, ficarão restritos no sistema operativo virtual.
A QUESTÃO DO LICENCIAMENTO Apesar de estar a instalar o sistema operativo num
COMO INSTALAR O SISTEMA OPERATIVO USANDO O VIRTUAL PC
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Assim que tiver efectuado o download do Virtual PC, execute o programa e siga o assistente New Virtual Machine. Pode optar por criar uma nova máquina a partir do zero, utilizar as definições que vêm predefinidas ou importar uma configuração já existente.
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Atribua um nome facilmente reconhecível à sua máquina virtual, por exemplo, Vista Virtual Machine, e seleccione o local onde o ficheiro detentor de toda a configuração ficará alojado. De seguida, seleccione a versão do Windows que pretende instalar, ou escolha Other.
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Uma vez que está a criar uma nova instalação, necessita de criar também um disco rígido virtual. Escolha o disco ou a partição que tenha mais espaço disponível. Indique quanto espaço pretende alocar, e atribua um nome ao ficheiro.
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Para instalar o seu sistema operativo, insira o disco de instalação do Windows, siga até à consola da máquina virtual, clique na Virtual Machine e pressione Start. Siga as instruções do Windows que vão sendo apresentadas, como se de uma instalação normal se tratasse.
Escolha quanta RAM pretende alocar à máquina virtual. Pode optar pelo que vem já definido, ou consoante precisar de mais ou menos desempenho, ajustar os valores para mais ou menos RAM alocada. Use o slider para estabelecer este valor.
Assim que o Windows tiver sido instalado e tiver executado todos os updates necessários, está tudo pronto para começar a usar a sua máquina virtual. Para partilhar ficheiros, necessitará de instalar o Virtual Machine Additions, que se encontra no menu Action.
ambiente virtual, precisa à mesma de uma licença para o fazer. Isto quer dizer, por outras palavras, que não pode pegar na sua cópia do Windows para instalar uma nova cópia virtual; necessita de comprar uma nova licença. Obviamente, isto é algo que não se aplica ao Linux. Quando o Vista foi lançado, a Microsoft fez saber que as versões Home não podiam ser usadas em ambientes virtuais. No entanto, a empresa acabou por alterar os termos de licenciamento, ou seja, o uso deste tipo de versão já é possível. Porque a virtualização cria configurações de hardware também elas virtuais, algumas das funcionalidades podem não trabalhar da melhor forma. Por exemplo, o emulador das placas gráficas é bastante básico, ou seja, não esteja à espera de conseguir grandes efeitos 3D ou jogar títulos mais exigentes. Existe ainda outro ponto que necessita de ter sempre presente: os requisitos de hardware necessários para correr um sistema operativo virtual. Por estar efectivamente a executar mais do que um sistema operativo em simultâneo, necessitará de bastante RAM e de alguma potência ao nível do CPU. Conte ainda com um espaço livre decente em disco, porque necessitará de criar um sistema de armazenamento para ficheiros que depois terá de expandir para acumular o sistema operativo virtual. A última coisa que precisa de saber é que tipo de software pode usar. Leia a caixa em baixo para saber quais são as suas opções.
QUE SOFTWARE POSSO USAR? Se o seu projecto estiver a ser trabalhado como um hobby, e não estiver relacionado com necessidades empresariais, então deverá recorrer à opção mais barata. O software de virtualização gratuito da Microsoft chama-se Virtual PC (http://tinyurl. com/2jr7a7). Apesar de esta solução lhe permitir o acesso a uma pasta partilhada, se instalar o Virtual PC Additions não conseguirá aceder a nenhuma das portas USB do PC definido como host (hospedeiro). Existe uma segunda ferramenta de virtualização gratuita, de nome Virtual Box (www.virtualbox.com), que permite a partilha de portas USB. As portas não podem ser usadas em simultâneo pelo PC hospedeiro e por um PC virtual, mas pelo menos conseguirá usar alguns dos seus dispositivos USB no SO virtual. O VMware é outra opção que se encontra disponível (www.vmware. com). Poderá inclusive usar o leitor gratuito capaz de reproduzir ambientes virtuais criados por outro software VMware, mas, não poderá
criar de raiz uma máquina virtual. O que pode fazer é descarregar da Internet soluções virtuais que podem ser usadas com o leitor. Se for detentor de um Mac, tem disponível uma série de opções. Parallels é uma delas (www. parallels.com).
A outra é também da VMware e chama-se VMware Fusion. Num PC Windows achámos que a opção VirtualBox era a mais completa, exactamente por permitir o acesso às portas USB, mas o leitor poderá achar a opção Virtual PC muito mais simples de usar, nesta fase inicial.
REDES
TRABALHE COM O GOOGLE DOCS É na página principal que poderá começar a organizar todo o seu trabalho e procurar os ficheiros necessários para os seus projectos A página do Google Docs parecer-lhe-á muito vazia a primeira vez que a abrir, algo perfeitamente natural, uma vez que ainda não criou quaisquer documentos. No entanto, assim que o fizer este cenário muda rapidamente. A imagem que mostramos ao lado exibe a estrutura geral da página principal do Google Docs. Como já deve ter percebido, o esquema de visualização oferecido é bastante familiar, sobretudo pelas semelhanças que apresenta relativamente a um explorador de ficheiros ou às pastas do Windows. O lado esquerdo do painel permite ao utilizador organizar os seus documentos. Basta clicar numa categoria para poder aceder aos diferentes ficheiros, por data, por tipo, ou com base na pessoa que o criou (falaremos melhor desta última opção mais à frente). À direita, o painel mostra os documentos propriamente ditos. Só tem de clicar no nome daquele a que pretende aceder para que uma janela ou separador do seu Web browser seja aberto. Poderá gerir estes ficheiros, quer de forma individual, quer em grupo. Seleccione as caixas de marcação que se encontram ao lado de cada ficheiro e escolha a acção que pretende desencadear a partir da barra de ferramentas, ou dos menus.
HIPERLIGAÇÕES Este é o espaço onde poderá encontrar links para outros sites e aplicações do Google. Pode perfeitamente clicar sobre eles sem medo de perder os seus documentos.
PESQUISE OS SEUS FICHEIROS Encontre o que pretende dentro dos seus ficheiros da forma mais fácil usando o Google.
CRIE FICHEIROS Use este menu para criar novos ficheiros ou para fazer o upload de documentos já existentes (são suportados os formatos Word, HTML, RTF e 00o), a partir do seu computador local.
OPÇÕES DE VISUALIZAÇÃO Este painel lateral controla o modo de visualização principal. Se quiser alterar o modo como os documentos e ficheiros lhe são apresentados, escolha filtrar os itens por tipo ou por pasta. Tome as rédeas de toda a organização. Crie pastas (botão direito sobre o ícone de pasta) e copie os seus documentos da forma que lhe for mais conveniente.
ORGANIZE-SE Antes mesmo de começar a criar documentos, existe algo que deverá fazer (aconselhamos nós): definir pastas. Estas não só lhe permitem alojar e organizar melhor os seus ficheiros, como também funcionam como excelentes tags, permitindo uma procura muito mais facilitada dos mesmos. Por exemplo, pode criar três pastas gerais – trabalho, família e pessoal. Em alternativa, pode optar por criar pastas para projectos específicos. Independentemente da designação que atribuir a cada uma delas, será muito mais fácil encontrar os ficheiros que procura no futuro.
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COLEGAS DE TRABALHO Se os seus documentos estiverem a ser partilhados com terceiros, pode entrar facilmente em contacto com eles clicando no nome da pessoa com a qual está a partilhar o ficheiro. Os nomes aparecerão sempre neste espaço.
SELECCIONE O SEU BROWSER O Google Docs trabalha num Web browser normal. No entanto, algumas das funcionalidades mais avançadas exigem que o navegador esteja informado acerca dos standards envolvidos na edição Web. Recomendamos o Firefox ou o Internet Explorer 7.
DEFINIÇÕES DE CONTA Pode alterar as definições da conta pessoal do Google aqui. Consulte de vez em quando a hiperligação New Features, uma vez que esta contém informação acerca de novas funcionalidades e actualizações.
BARRA MENU A barra azul funciona como o menu do Google para todas as operações. É sempre aqui que terá de se dirigir quando precisar guardar ou exportar documentos, inserir objectos, efectuar uma contagem de caracteres ou outras acções relativas aos ficheiros.
NÍVEL DE IMPORTÂNCIA Se clicar na estrela, o seu ficheiro será destacado (starred). Funciona como um mecanismo de filtragem que permite aos utilizadores encontrarem mais facilmente os trabalhos definidos como importantes.
SELECÇÃO DE PROCESSOS Se clicar na palavra All, poderá seleccionar de uma só vez todos os ficheiros exibidos.
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HARDWARE REDES
CONTEÚDO COM LINKS Uma lista de favoritos para tornar a consulta e navegação em grandes documentos mais fácil.
ADICIONE TAGS Aplique tags HTML usando o menu Format.
DESTACAR TEXTO Sublinhar parcelas de texto é uma tarefa simples de fazer e que pode revelar-se bastante útil.
INSERIR IMAGENS Adicione imagens aos seus documentos através do menu Insert; funcionam como se fossem texto.
ALTERAÇÃO DE LETRA Altere a letra usada dentro de alguns limites. Só são suportadas as fontes Web mais comuns.
USE HIPERLIGAÇÕES Introduza links nos seus documentos para formatos de exportação HTML, PDF, entre outros.
FORMATAÇÃO WEB As réguas horizontais e a formatação serão preservadas quando publicar a sua página Web.
GOOGLE DOCS
PROCESSAMENTO DE TEXTO FÁCIL Escreva online. Os seus documentos estão sempre seguros e pode lê-los em qualquer lado
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À primeira vista poderá pensar que o processador de texto do Google Docs é a aplicação mais simples, não se deixe enganar. Tem muito mais do que aparenta. Se quiser dar início a uma tarefa mais simples, só tem de escrever e no final carregar em Save, para guardar o documento. Não exige mais do que isto. Na verdade, a maioria das vezes que usamos um processador de texto é para criar documentos simples. No entanto, se necessitar de trabalhar um texto bastante mais complexo, o Google Docs coloca à sua disposição
uma série de ferramentas que o ajudam a cumprir essa tarefa. Imagine que depois de uns minutos a escrever texto sente necessidade de dar um estilo diferente ao seu conteúdo. Se escolher estilos mais simples, pode recorrer àqueles que lhe são oferecidos pela barra de ferramentas que se encontra em cima. À escolha tem diferentes tipos, estilos e tamanhos de letra, os mesmos que estão também disponíveis no Word da Microsoft. Pode também destacar texto e escolher uma cor de fundo.
EXPORTE O SEU TRABALHO Se adicionar estilos diferentes ao seu texto, não o poderá depois exportar como texto simples (plain text), uma vez que todas as alterações irão perder-se. É claro que nada disto constitui uma barreira, uma vez que pode perfeitamente exportar o seu documento no formato RTF (Rich Text Format), como documento Word (DOC), como HTML para uma página Web ou mesmo PDF. Se planear colocar o seu texto numa página Web deverá primeiro dirigir-se ao menu Format. Entre as várias opções disponíveis, existe uma que lhe permite atribuir tags. Estas serão aplicadas ao texto seleccionado e exportadas com as respectivas tags HTML para exibição num Web browser.
A MAIORIA DAS VEZES QUE USAMOS UM PROCESSADOR DE TEXTO É PARA CRIAR DOCUMENTOS SIMPLES
CRIAR UMA PÁGINA WEB
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ESCREVA À VONTADE Introduza o texto que desejar na sua página. Pode também copiar texto a partir de outro documento se quiser. Não se preocupe com a formatação nesta fase do campeonato. Deixe apenas o cabeçalho/título numa linha independente.
ALTERE O ESTILO Assim que tiver todo o seu texto introduzido, pode começar a formatá-lo. Primeiro, escolha o que irá ter tags associadas e use o menu Format para lhes atribuir o estilo que pretender. Depois, seleccione um bloco de texto se pretender adicionar cor, ou apenas algum tipo de sublinhado/destaque.
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INSIRA AS IMAGENS As hiperligações e as imagens podem ser agora adicionadas usando o menu Insert. As imagens são mais imprevisíveis, por isso não se pode esquecer que, assim que elas estiverem introduzidas, irão comportar-se como se fossem texto, ou seja, pode cortá-las colá-las e inseri-las normalmente no documento.
PUBLIQUE O SEU TRABALHO Assim que tiver concluído o seu trabalho, poderá publicar a sua página. Tem a opção de efectuar o download HTML, mas pode também escolher a opção Share, Publish as Web page, para que possa criar uma página de alojamento do Google.
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REDES
SAVE & CLOSE MENU FILE
FERRAMENTA INSERT
MENU CHART/GADGET
Contém as opções de manuseamento de ficheiros que habitualmente constam deste menu.
Esta ferramenta é especialmente útil se quiser inserir objectos, como imagens e comentários.
Aqui poderá encontrar um conjunto de gráficos e tabelas, bem como gadgets.
Não precisa de ir salvando o documento. O Google fá-lo automaticamente por si. No entanto, quando quiser guardar o documento e sair da folha de cálculo, é aqui que tem de carregar.
SEPARADORES Os separadores controlam a forma como vê a folha de cálculo. O modo de visualização de forma é útil quando recorre a cálculos.
SEPARADORES INTERACTIVOS
SEPARADOR DE PÁGINAS
Estes separadores controlam as opções interactivas para partilha e publicação do seu trabalho, quando este estiver concluído.
Tal como acontece no OpenOffice.org, no Calc e no Excel, também aqui poderá ter múltiplas folhas e estabelecer uma referenciação entre elas.
GOOGLE GADGETS São habitualmente exibidos em janelas flutuantes, que podem ser editadas separadamente.
GRÁFICOS Este foi o gráfico criado a partir dos dados que introduzimos nas células.
GOOGLE DOCS
FOLHAS DE CÁLCULO MAIS SIMPLES Gira as suas finanças e mantenha os dados e números sob controlo recorrendo a esta aplicação do Google Docs 98 | PCGUIA
As folhas de cálculo foram das primeiras aplicações a povoarem os computadores. A sua utilidade é inquestionável, razão pela qual permanecem essenciais actualmente. Por regra, existe um sentimento de complexidade associado a este tipo de solução, mas nem todas têm de ser uma dor de cabeça. Se costuma trabalhar com folhas de cálculo, então esta parte do Google Docs vai
parecer-lhe muito familiar. A área principal do ecrã está dividida por uma grelha. Cada segmento é conhecido como célula e esta poderá alojar três diferentes tipos de conteúdo: texto, um algarismo estático ou um cálculo. Os dois primeiros são bastante óbvios, mas o terceiro, que nos remete para o cálculo de um valor, tende a criar mais dúvidas.
REDES
A aplicação usa funções internas para processar dados numéricos e apresentar na célula seleccionada o resultado de uma determinada operação matemática. Não conseguirá ter acesso a todo o esquema de cálculo, apenas ao resultado final.Sempre que pretender introduzir números ou palavras, só tem de clicar na célula respectiva. Para introduzir fórmulas esquematize o que pretende calcular no campo a seguir ao sinal . Isto indicará ao Google
Docs o que avaliar. Combinações de letras e números são indicadoras de endereços de células. Por exemplo, se pretender somar as duas primeiras células deverá escrever “A1+A2”.
O QUE POSSO FAZER COM AS FOLHAS DE CÁLCULO DO GOOGLE DOCS? Existe uma série de fórmulas disponíveis – financeiras, cálculos matemáticos, estatísticos, lógicos, e mesmo fórmulas especiais que
permite ao Google trabalhar informação que tenha por base a Internet. Nem precisa de se lembrar como as fórmulas funcionam. Basta clicar no separador das fórmulas para poder ter acesso àquelas que são mas vulgarmente utilizadas. Irão aparecer na barra azul que se encontra por cima da folha de cálculo. Clique no link More para ter acesso a mais opções. Estas irão aparecer numa janela à parte.
CRIAR UM GRÁFICO BÁSICO
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INTRODUZA OS DADOS Antes de começar a pensar no tipo de gráfico que quer, terá de introduzir os dados para a construção do mesmo. Imaginámos um gráfico de vendas, por isso, introduzimos os meses do ano, o número de vendas, as despesas e os lucros por unidade. Introduza os números nas células.
ADICIONE A FÓRMULA Para que possa calcular os lucros mensais terá de multiplicar os lucros por unidade pelo volume de vendas e diminuir as despesas. Escreva a fórmula (C6*D6)-E6 na célula F6. De seguida, use a combinação Ctrl+C para a copiar. Seleccione todas as células que se encontram no resto da coluna e faça Crtl+V para colar a fórmula.
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DESENHE O GRÁFICO Para desenhar o gráfico relativo às vendas mensais, seleccione (clique e arraste o rato) as primeiras duas colunas de dados. De seguida, escolha Chart, Choose a chart type. Se tiver seleccionado as colunas como indicámos, deverá conseguir pré-visualizar o seu gráfico.
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ACEITE O GRÁFICO INDICADO. Este deverá aparecer numa janela independente e é perfeitamente dinâmico. Ou seja, não só pode reposicioná-lo, como este se altera automaticamente sempre que redefinir os dados previamente introduzidos nas células. Se quiser partilhar estes dados com outras pessoas, basta carregar no botão Share e enviá-los por e-mail para um colega, por exemplo.
REDES
GOOGLE DOCS
CRIE APRESENTAÇÕES COM ESTILO O Google dá-lhe as armas para criar uma apresentação capaz de prender a atenção dos mais desatentos
O SEPARADOR EDIT Permite-lhe criar novos diapositivos ou copiar outros já existentes.
Uma imagem até pode valer mil palavras, mas será que se juntar estas duas variantes não fica a ganhar ainda mais? Aplicações como o PowerPoint da Microsoft transformaram a forma como se constroem as apresentações, que são cada vez mais obras de arte e armas estratégicas das empresas. Já não há desculpas para aquelas apresentações simples e sem piada. A solução para criação de apresentações é a mais recente contratação do Google Docs, mas isto não significa que fique atrás das outras.
De uma forma simples e rápida consegue criar uma simples apresentação, corrê-la no seu browser, fazer o download da mesma para uma vasta série de formatos e ainda partilhá-la com terceiros online. Se estiver a criar uma apresentação de um trabalho que vai exibir perante uma audiência, então pode clicar sobre o botão que se encontra no canto inferior direito, que exibe uma cabeça com um balão de diálogo. Esta opção vai abrir um novo painel a partir do qual pode escrever
ADICIONE VÍDEO
ESCOLHA UM TEMA
Pode adicionar ficheiros de vídeo à sua apresentação, desde que estejam alojados no YouTube.
Há uma vasta selecção de temas disponível para dar um toque de cor à sua apresentação.
DESCANSE Pode visualizar a sua apresentação em qualquer altura. Basta carregar neste botão.
CONTROLE O SEU TEXTO Os controlos para texto estão disponíveis nesta barra de ferramentas e funcionam de forma semelhante aos de um processador de texto.
ACRESCENTE OBJECTOS VISUAIS Existe uma série de objectos que pode usar, como setas
AS SUAS NOTAS As notas do editor não aparecerão nos diapositivos que constam da apresentação. Servem apenas como guia.
ADICIONE ALGUM ESTILO Existem alguns estilos disponíveis, mas poderá facilmente construir os seus.
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REDES
notas. Estas não apareceram nos diapositivos que constam da apresentação. Serão apenas visualizadas pelo orador, ou pela pessoa que exibe a apresentação, e funcionam como guia. Podem, porém, ser impressas com a apresentação.
ADICIONAR ELEMENTOS GRÁFICOS Existe uma série de formas disponíveis nesta solução que permite criar um documento com mais estilo. Se não gostar de nenhuma das opções disponíveis, pode fazer o upload de novas imagens ou utilizar imagens online que depois ficam acessíveis através de links. Esta é sempre uma ideia inteligente, mais não seja porque pode associar os mais diferentes tipos de gráficos, desde estáticos, a dinâmicos. Mas tenha
APLICAÇÕES COMO O POWERPOINT TRANSFORMARAM A FORMA COMO SE CONSTROEM AS APRESENTAÇÕES atenção a esta opção. Certifique-se de que as imagens permanecem na Internet durante algum tempo, para depois não
apanhar links vazios durante a exposição pública do seu trabalho. Para as suas imagens existe um limite: 2 MB. Por isso, não se entusiasme.
CRIE UMA APRESENTAÇÃO
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PONHA MÃOS-À-OBRA Crie uma nova apresentação. Assim que o fizer, terá prontamente à sua frente um diapositivo vazio que pode editar com texto ou imagem. Basta clicar nos respectivos campos e escrever o que desejar. Pode adicionar elementos extra através das barras de ferramentas disponíveis. Aqui estão incluídas formas e imagens.
ADICIONE MAIS DIAPOSITIVOS Assim que tiver criado o primeiro diapositivo, pode simplesmente duplicá-lo para que este sirva de base aos restantes. Desta forma, poupará tempo e trabalho e ganhará consistência. Se necessitar de adicionar um novo diapositivo ao conjunto, só terá de clicar em Add New. Aparecerá uma janela com alguns modelos. Escolha o que melhor se encaixar nos seus objectivos.
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APLIQUE UM TEMA Em vez de apresentar publicamente um conjunto de diapositivos brancos com algum texto e uma ou duas imagens, opte por aplicar um tema à sua apresentação. Basta carregar em Change theme. Existe um conjunto alargado de opções, mas pode criar o seu.
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PARTILHE A SUA CRIAÇÃO Assim que tiver terminado a sua apresentação, pode visualizá-la directamente a partir do browser clicando em Start presentation. Pode ainda editá-la na Internet ou enviá-la por email. Todas estas opções estão disponíveis no separador Share, que se encontra à direita.
GOOGLE DOCS
TRANSFIRA FICHEIROS DO E PARA O GOOGLE DOCS Eis como pode transportar documentos para outras aplicações e conseguir uma obra-prima fina
O Google Docs não funciona isolado do mundo. Pelo contrário, uma das grandes vantagens desta solução online é a facilidade de importar e exportar documentos de outras aplicações. Assim que fizer o upload de um documento para o Google Docs, pode alterá-lo e editá-lo da forma que quiser. A partir daqui tudo o que pode fazer com ele está directamente relacionado com o seu objectivo final. Na maioria das vezes nem sequer terá de se preocupar com formatos uma segunda vez. Isto porque poderá
opções que existem e indicar quais os prós e contras de cada um dos formatos de ficheiros.
UPLOADING DE FICHEIROS Se tiver já um conjunto de documentos que pretende usar no Google Docs, a única coisa que terá de fazer é o respectivo upload de todos eles. Na página principal do Google Docs clique no botão Upload. No ecrã que irá aparecer no seu browser poderá escolher o ficheiro que pretende trabalhar. Tenha atenção porque existe um
TENHA ATENÇÃO PORQUE EXISTE UM TAMANHO MÁXIMO DE FICHEIRO PERMITIDO DICA DOWNLOAD DOS SEUS DOCUMENTOS Se, por alguma razão, pretender trabalhar com algum documento offline, poderá fazer o download do mesmo para edição posterior indo a File, Download Files, Word. Não se preocupe porque pode voltar a fazer o upload do documento mais tarde quando este estiver finalizado.
partilhar os seus documentos online com qualquer pessoa. É claro que existem casos em que pode querer imprimir o documento ou criar um ficheiro que possa ser exportado e enviado para o local desejado. Nas próximas páginas vamos explicar-lhe quais são as
tamanho máximo de ficheiro permitido. Consulte a página Web para ter a noção de quais os limites existentes. Assim que tiver carregado em Upload, o Google Docs irá importar o ficheiro para a aplicação correspondente.
IMPRIMA FICHEIROS NO GOOGLE DOCS
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IMPRIMA O SEU TRABALHO Os ficheiros do Google Docs podem ser impressos através de qualquer impressora. A única coisa difícil de fazer é conseguir obter uma pré-visualização do documento. No processador de texto seleccione Fixed-width page view, a partir do menu View, para conseguir ter uma ideia do resultado final.
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AJUSTE A CONFIGURAÇÃO DA IMPRESSORA Quando clicar em Print irá aparecer no ecrã a janela habitual de impressão. Aí poderá ajustar as configurações que pretender. Se esta não conseguir reproduzir o documento final como pretende, exporte os documentos como PDF ou como qualquer outro formato e imprima o documento a partir de uma aplicação de desktop.
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REDES
TIPO DE FICHEIROS DOCUMENTOS DE PROCESSAMENTO DE TEXTO TEXT (.TXT) É um formato de texto simples que é suportado por qualquer processador. A vantagem é que possui uma dimensão reduzida, logo, é fácil enviá-lo por e-mail, e é universalmente suportado. A desvantagem é que não preserva qualquer tipo de formatação que tenha usado, como cores, tipos de letra, itálicos, entre outras. RTF (.RTF) O denominado Rich Text Format pode funcionar na perfeição como padrão se tiver dificuldade em carregar documentos em outros formatos. Apenas receberá texto,
mas ele virá com a formatação que lhe foi atribuída aquando da sua criação. A maioria das aplicações não possui qualquer problema de leitura deste formato. HTML (.HTM) Se pretender criar uma página Web, este é o formato que deve escolher. PDF (.PDF) O Portable Document Format funciona basicamente em qualquer dispositivo e consegue preservar os estilos atribuídos, as imagens e mesmo as hiperligações associadas.
Necessita que o utilizador tenha instalado o Adobe Reader, mas este é gratuito, pelo que não existe um grave entrave à sua utilização. A parte negativa é que é complicado de editar, por isso, use-o apenas quando o documento estiver no seu formato final para distribuição. OPENOFFICE.ORG (ODT) O OpenOffice.org preserva todos os elementos do seu documento e pode ser reimportado. É um standard ISO reconhecido, mas necessita do software OpenOffice.org para ser executado.
WORD (.DOC) ( DOC) Este é o formato padrão do Word e é muito usado a nível mundial. Pode igualmente ser reimportado
sem que haja perdas de formatação do documento. É uma boa escolha para texto que tenha de ser novamente editado.
DOCUMENTOS DE APRESENTAÇÕES POWERPOINT (.PPT)
e os valores de cada uma das folhas de cálculo. É especialmente útil se o documento estiver já na sua versão final e pretender transportá--lo para outros pontos.
Ao guardar um ficheiro neste formato está a garantir que ele pode ser editado no Office da Microsoft. Esta é a melhor forma para exportar um documento deste género. Ainda não existe suporte para os formatos do OpenOffice.org.
HTML (.HTM)
PDF (.PDF)
Se guardar uma folha de cálculo como HTM consegue preservar o estilo e os links que lhes foram atribuídos. Mas não conseguirá guardar os cálculos. Mais uma vez é uma boa opção para um documento que já esteja totalmente concluído.
Este formato irá criar múltiplas páginas com a apresentação, um diapositivo por página, para sermos mais específicos. Apesar de garantir que quase toda a gente vai conseguir aceder ao seu documento, este não poderá voltar a ser facilmente importado para futura edição.
DOCUMENTOS COM FOLHAS DE CÁLCULO TEXT (.TXT) Esta é a opção menos útil, por um lado, mas a mais versátil, por outro. Uma folha pode ser gravada como text e preservar inclusive os valores calculados. No entanto, esta nunca poderá ser novamente importada como folha de cálculo. Ainda assim, o utilizador poderá pegar nos dados nela contida para finalizar outro qualquer documento.
CSV (.CSV) O formato CSV significa Comma Separated Values. O ficheiro gravado neste formato é exclusivamente de texto e apresentase com vírgulas entre os valores que estavam nas células. Pode aparentar ser complicado, mas é um formato amplamente reconhecido pela grande parte das aplicações deste género. O seu uso é indicado para conseguir preservar a estrutura de dados implementada. Não existem cálculos, apenas os valores são importados.
PDF (.PDF) Este formato consegue oferecer em múltiplas páginas o texto
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EXCEL (.XLS) Este é o formato usado pelo Office da Microsoft e conseguirá preservar todos os atributos, incluindo os cálculos. É uma óptima opção quer para transporte, quer para futuras edições.
OPENOFFICE.ORG (.ODS) Este é o formato padrão do OpenOffice.org. Possui as mesmas capacidades do formato xls, mas os utilizadores precisam de ter o Open Office para o conseguirem abrir.
TEXT (.TXT) A única vantagem que pode tirar deste formato é exportar determinados detalhes da apresentação para os editar offline, ou para partilhá-los com terceiros. De resto, não vale a pena seleccioná-lo, uma vez que todo estilo da apresentação será perdido.
REDES
GOOGLE DOCS
PARTILHE DOCUMENTOS Fique a conhecer novas formas de trabalhar e partilhar o seu trabalho com terceiros
É muito rara a pessoa que cria documentos exclusivamente para seu belo prazer. Por regra, todos os documentos acabam por ser partilhados, ou simplesmente dados a conhecer a outras pessoas para troca de informação, por exemplo. Nas páginas anteriores mostrámos-lhe como podia criar, importar e exportar ficheiros, mas o Google Docs dá-lhe ainda mais opções, como a possibilidade de ir partilhando os dados com terceiros, mesmo antes de o ficheiro estar finalizado.
Apesar de, na maioria dos casos, o utilizador optar por partilhar os seus documentos apenas após estes estarem finalizados, existem excepções à regra. Imagine, por exemplo, que o documento inclui dados acerca de um projecto e que os diferentes indivíduos envolvidos no mesmo o vão actualizando? Todos os documentos que tenham por base trabalhos de colaboração necessitam de ser partilhados. Se trabalha frequentemente desta forma, então o verdadeiro ping-pong de e-mails
TRABALHE EM GRUPO COM O GOOGLE DOCS
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COMO CRIAR UM DOCUMENTO O primeiro passo é óbvio: criar um documento. Clique depois no menu Share, e escolha Share with others. Introduza, de seguida, o endereço de e-mail das pessoas com as quais quer partilhar o documento. Estes necessitam de ter uma conta do Google para garantirem este acesso.
TRABALHE COM OUTROS Se existirem outras pessoas a colaborarem activamente na criação deste documento, a sua identificação do Google aparecerá no canto inferior direito do ecrã. Sempre que o documento for actualizado conseguirá visualizar todas as alterações.
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TORNE A PARTILHA MAIS FÁCIL Pode ser perigoso duas pessoas editarem o documento ao mesmo tempo. No entanto, existem muitas ferramentas que podem tornar esta tarefa mais fácil. A primeira delas designa-se por Notes e aparece disponível no menu Insert. Com ela pode marcar pedaços de texto.
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SIGA AS ALTERAÇÕES Pode a qualquer altura aceder ao histórico das revisões feitas a um documento (a localização depende da ferramenta que estiver a usar). Desta forma, poderá controlar eventuais erros e repor antigas versões de um ficheiro. Este histórico indica as alterações feitas e o utilizador que as fez. Pode enviar e-mails aos editores através do menu Share.
com ficheiros anexos é-lhe algo bastante familiar. O problema deste tipo de partilha é que começa sempre por correr bem, mas após cinco ou seis e-mails com o documento, as versões que cada utilizador recebe podem já não coincidir. Ou seja, perde-se o fio à meada e ganham-se grandes dores de cabeça a tentar perceber qual é a versão final do documento. Com o Google Docs nada disto acontece, simplesmente porque existe apenas um documento que está acessível a todos os indivíduos. Na prática, todos os intervenientes estão a trabalhar no mesmo documento e a aceder aos dados simultaneamente, razão pela qual os grandes problemas mencionados anteriormente desaparecem. Existe apenas um ficheiro ao qual todos podem aceder, logo, não há problemas por alguém poder confundir o ficheiro ou não possuir a versão mais recente do mesmo. Existe a possibilidade mais remota de acontecer uma tragédia ao documento ou de alguém efectuar uma alteração grave ao ficheiro. No entanto, fique desde já a saber que o Google Docs regista todas as revisões feitas ao ficheiro, pelo
que poderá saber sempre quem altera o documento, quando e quem foi o último a guardá-lo. Se existir um problema, pode facilmente revertê-lo para uma versão anterior.
OPÇÕES DE TRABALHO COLABORATIVO Existem outras formas de partilhar o seu trabalho, mas a mais funcional é aquela que permite que várias pessoas trabalhem um único documento. Para que estas possam aceder ao documento e efectuar qualquer tipo de alteração têm de ter uma conta no Google. Até podem endereçar o convite para partilha do documento para uma conta de outro serviço, no entanto, o utilizador que o receber vai ter de subscrever uma conta no Google. O administrador do documento pode definir diferentes permissões para distintos utilizadores, ou seja, podem existir pessoas com capacidade para alterar o documento e outras apenas que o podem consultar. Esta opção é especialmente útil para projectos faseados que têm de ser partilhados com terceiros, sem que estes interfiram.
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GOOGLE DOCS
DICAS PARA O GOOGLE DOCS Nestas duas páginas propomo-nos a ensinar alguns truques e dicas que podem optimizar a utilização das várias aplicações AUMENTE A PRODUTIVIDADE
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ORGANIZE O SEU TRABALHO
Usa mais do que uma pasta para os seus documentos? Porquê? As pastas que estão na directoria Meus Documentos funcionam muito como tags, aliás, o mesmo ficheiro pode estar em mais do que uma. Use-as para conseguir encontrar os seus documentos mais depressa.
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VERIFIQUE OS UPDATES
Lembre-se de verificar ocasionalmente se existem novas actualizações disponíveis. O Google Docs está em evolução constante e há inúmeros
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extras adicionados frequentemente. Sempre que existirem novidades, aparecerá um texto a vermelho no canto superior esquerdo da página. Clique sobre ele para ser direccionado para a página de actualizações.
que aparece listado no ecrã principal e escolha a opção Change Owner. Deverá aparecer como a última opção do menu. A partir daí pode escolher um novo dono do documento.
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PEÇA AJUDA
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ALTERE O AUTOR DO FICHEIRO
Se estiver a alojar um documento partilhado, mas já finalizou a sua parte, pode simplesmente passar a tutela do mesmo para outra pessoa, que esteja ainda envolvida no projecto. Clique com o botão direito sobre o documento
Se não souber o que fazer numa qualquer fase, clique no botão help. Para além de alguma documentação, terá acesso a um link que o levará até ao grupo do Google Docs, onde vários utilizadores partilham experiências e ajudam a resolver os problemas uns dos outros.
REDES
FOLHAS DE CÁLCULO INTELIGENTES
01
FOLHAS DE CÁLCULO MAIS ANALÍTICAS
entre outros). Esta opção tornará o seu documento mais consistente.
Se a qualquer altura criou um gráfico ou um widget, fique a saber que poderá incluí-lo na sua página de abertura do iGoogle (pode também publicá-lo na Internet e ligá-lo a outra página Web). Estes widgets dinâmicos conseguem reflectir o conteúdo das folhas de cálculo.
02
ESTRUTURA CONGELADA
UMA PALAVRA DE AJUDA
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MUDE O IDIOMA
Escolha a opção Language for Spealing a partir do menu Tools antes de iniciar seja o que for. Por regra, as aplicações listam como idioma principal o Inglês dos Estados Unidos da América, algo que é particularmente irritante quando está a escrever um texto em Português, já que as palavras vão aparecer todas sublinhadas como estando mal escritas.
02
PRÉ-VISUALIZE O DOCUMENTO
Tente não dar ordem de impressão a um documento antes de poder ter uma noção de como vai ficar. Escolha View, Fixed pagewidth. É também assim que as páginas em PDF irão ficar.
Se estiver a trabalhar com grandes folhas de cálculo e optar pela velha máxima “mais vale prevenir do que remediar”, pode revelar-se uma boa opção fazer uso das funcionalidades freeze columns e freeze rows. Estas duas opções congelam-lhe as colunas e as linhas que compõem a sua folha de cálculo para que a estrutura por si criada não sofra acidentes de percurso.
03
ESCOLHA O FORMATO
Assim que tiver introduzido alguns números, seleccione-os a todos e use os controlos de formatação para conseguir o estilo que pretende para o seu documento (financeiro, conversão,
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NÚMEROS SUBLINHADOS
Seleccione uma coluna de valores, clique com o botão direito do rato sobre eles e escolha Change format with rules. Aparecerá uma janela que lhe permitirá criar um filtro para alterar formatos. Pode alterar também os valores.
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O PODER DAS FOLHAS
Não tenha medo de usar a opção Sheets. Existe um separador na zona por baixo da janela que lhe permite criar múltiplas folhas de cálculo. Pode, desta forma, referenciar dados em folhas distintas.
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CRIE GRÁFICOS
Se usar gráficos, estruture os seus dados cuidadosamente, ou copie tudo para uma outra folha. Os dados que forem usados para construir gráficos têm de estar agrupados num só bloco, por isso se a sua folha de cálculo tiver muitas colunas para trabalhar, organize-as.
03
ESCOLHA O TAMANHO DE LETRA
Mesmo após ter começado a trabalhar num documento, pode alterar a letra sempre que quiser. Pode também alterar a cor das letras.
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EDITE HTML
Use o processador de texto para criar páginas Web. Pode editar tudo o que quiser a partir de Edit, Edit HTML. Aqui irá adquirir o código de programação base da página. Pode inclusive editar o ficheiro CSS usado para exibir a página a partir do menu Edit. Aqui conseguirá ajustar o tipo de letra e os diferentes estilos utilizados.
APERFEIÇOE AS SUAS APRESENTAÇÕES
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NÃO SE ENTUSIASME
Use os temas que estão disponíveis de forma criteriosa. A grande parte dos estudos demonstra que, se uma apresentação não for equilibrada, acaba por chamar a a tenção da plateia para pontos que, por vezes, não são os mais indicados.
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ENSAIE
Assim que tiver concluído a apresentação, leia-a várias vezes e simule o discurso previsto para o dia em que irá exibi-la ao público. Cronometre tudo e coloque várias notas de orador ao longo do documento para poder guiar-se.
03
SEJA CONCISO
Opte por deixar os detalhes para o seu discurso oral, não encha os diapositivos com informação escrita sob pena de a audiência não prestar qualquer atenção ao que está a apresentar dois minutos após ter começado.
04
SELECCIONE BEM O TIPO DE LETRA
Opte por criar uma apresentação uniforme; não escolha diferentes tipos de letra em cada diapositivo.
GESTÃO DE FICHEIROS
01
PARTILHE VIA E-MAIL
Quer partilhar um documento através do e-mail? Certifique-se primeiro de que o destinatário da sua mensagem consegue abrir aquele formato de ficheiro. Se possível, informe-se acerca do tipo de aplicações que ele vai usar. Se não conseguir, opte pelos formatos mais genéricos, como é o caso do PDF, por exemplo.
02
TESTE TODOS OS ELEMENTOS
Por vezes, nem todos os elementos introduzidos num documento conseguem ser importados correctamente. Isto acontece porque o Google Docs não consegue suportar todas as funcionalidades presentes nos diferentes programas que existem por aí. Opte por se certificar primeiro se as escolhas que fez para um determinado documento são suportadas aquando da importação do mesmo, para garantir a qualidade de visualização.
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TRABALHE OS TIPOS DE LETRA
O Google Docs está limitado aos comuns tipos de letra Web. Se necessitar de usar um tipo e letra diferente, terá de exportar o documento antes de este estar finalizado, e proceder às últimas alterações desejadas num outro programa. No caso dos cabeçalhos, por exemplo, que têm habitualmente poucas palavras e fontes diferentes, opte por criar todo o grafismo antes e aplicá-lo depois ao documento. Desta forma, não só não irá aumentar a dimensão do documento, como pode editar o texto mais facilmente.
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REDES
CONFIGURE E PROTEJA A SUA REDE WI-FI Não consegue ligação com o seu novo router? Neste artigo mostramos-lhe como garantir o bom funcionamento de uma rede sem fios
Se mudou de ISP e recebeu um router, ou se foi você mesmo comprar um, é muito provável que o equipamento disponha de capacidades sem fio. Os fabricantes costumam disponibilizar uma folha de papel com informação impressa sobre a forma como criar uma rede Wi-Fi. No entanto, essa informação pode ser vaga e cheia de diagramas sem grande utilidade para o comum dos utilizadores. Felizmente, exceptuando alguns equipamentos sem fios mais específicos, todos os routers funcionam de
EFECTUAR A LIGAÇÃO Algo que os fabricantes se esquecem de dizer é que um router funciona de uma forma muito mais eficiente em casa se estiver ligado a uma tomada de telefone mestra – aquela que representada a entrada da linha telefónica em sua casa e que está ligada directamente aos fios provenientes do exterior. Os routers funcionam melhor a partir desta tomada porque não têm de utilizar metros de cabo
AS QUEBRAS DE LIGAÇÃO SÃO PROVOCADAS FREQUENTEMENTE POR UM BAIXO SNR (SIGNAL-TONOISE RATIO)
DICA Quanto tempo demora? Onze minutos O que é necessário? Um router sem fios O que irei aprender? A utilizar o painel de administração A garantir a segurança dos acessos Wi-Fi A optimizar o desempenho
forma similar, pelo que existem algumas formas simples de garantir que o seu router e PC começam a falar um com o outro de forma correcta. Neste tutorial vamos mostrar-lhe como criar e garantir a segurança de uma rede Wi--Fi em cerca de 10 minutos, bem como obter o melhor sinal possível. Também compilámos alguns truques sobre redes para lhe proporcionar melhores downloads. Para começar, deixamos-lhe alguma informação breve sobre cablagem.
COMPREENDER OS ENDEREÇOS IP Estático ou dinâmico: qual é o melhor para si? Um endereço IP estático é um número atribuído a um computador que age como seu endereço Internet permanente. Normalmente tem que pedir este tipo de endereços ao seu ISP. Seria mais simples se todos os computadores da Web tivessem o seu próprio número IP estático, mas não existem números suficientes. Consequentemente, é necessária uma atribuição temporária – conhecida por IP dinâmico – que é da responsabilidade do DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol). Esta é a especificação por omissão da maior parte dos routers, a não ser que tenha pedido um endereço IP estático. Para a navegação na Internet, funciona perfeitamente, mas se quiser utilizar software de partilha de ficheiros P2P, ou jogar jogos de computador online, um IP estático fornecerá melhores desempenhos.
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telefónico interno de capacidade inferior para se ligarem ao PC, conseguindo assim melhores velocidades e conexões mais estáveis. As quebras de ligação são provocadas frequentemente por um baixo SNR (Signal-toNoise Ratio), o que significa que a linha passou a ter uma capacidade de carga atenuada devido às muitas interferências. Com esta informação em mente, siga o nosso guia de criação de uma rede sem fios Wi-Fi.
REDES
CONFIGURE A SUA REDE WI-FI
OPTIMIZE O DESEMPENHO DO ROUTER
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ADIÇÃO DE REGRAS DE FIREWALL De modo a permitir o tráfego correcto para uma tarefa específica, como jogar jogos de computador online, precisa de dizer ao seu router para não o bloquear ou para não o restringir parcialmente. Por omissão, as portas do router necessárias, para que essas actividades funcionem de forma adequada, estão bloqueadas. Consequentemente, terá de efectuar o encaminhamento. Para ter acesso aos detalhes necessários para que as regras de firewall funcionem, precisa primeiro de identificar as portas utilizadas pelo programa ou jogo em questão. Pesquise na Internet o programa para o qual está a tentar efectuar o encaminhamento de portas e escreva essa informação num papel. Deverá ser fornecida uma lista com uma série de portas, conjuntamente com o tipo de protocolo dessas portas. Normalmente, o protocolo é o TCP ou o UDP.
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QUALIDADE DE SERVIÇO Com tantas aplicações normalmente instaladas num PC moderno a concorrerem entre si por largura de banda ao mesmo tempo, a sua conexão Internet pode ficar congestionada. Felizmente, os fracos tempos de resposta e as baixas velocidades podem ser combatidos com regras de qualidade de serviço (QoS), que certos routers podem utilizar para dar prioridade a determinados tipos de tráfego. Procure uma área QoS no painel de administração do seu router para especificar as prioridades de largura de banda, algo que é feito normalmente pela atribuição de baixo, médio e alto. Se o seu router não tiver QoS, pode utilizar um software alternativo – por exemplo, o NetLimiter Monitor, disponível em www.netlimiter.com. Com base neste software poderá especificar regras de largura de banda similares.
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ACTUALIZAÇÃO DO FIRMWARE Este é um aspecto frequentemente esquecido (talvez por ser uma tarefa francamente chata). No entanto, a actualização do firmware do seu router poderá não só melhorar o seu desempenho, como também adicionar funcionalidades extra. Para este tipo de actualização, precisa normalmente de importar um ficheiro e depois aceder ao painel de administração do seu router e procurar uma opção de Upgrade. Seguidamente, escolhe o ficheiro que importou. Na maior parte dos casos, o router carrega o ficheiro e reinicia-se por si mesmo – talvez várias vezes. É importante que não haja qualquer interferência neste processo, dado que o router pode deixar de funcionar.
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REDES
CONFIGURE A SUA REDE WI-FI
INSTALE UM NOVO ROUTER
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LIGAÇÃO A primeira coisa a fazer é assegurar-se de que tem um microfiltro instalado correctamente em todas as tomadas que têm um telefone ligado. Seguidamente, ligue os cabos telefónicos e a Ethernet ao router e ligue a corrente eléctrica.
POSICIONAMENTO DO ROUTER Vai ter que deambular um pouco com o router pela divisão da casa onde o pretende colocar a fim de encontrar a melhor posição em termos de força de sinal. No entanto, inicialmente, a melhor coisa a fazer é colocá-lo num local que lhe pareça bom, tendo em conta que uma posição aérea horizontal emite um bom sinal na vertical, e vice-versa.
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ACESSO À REDE Quando estiverem acesas as luzes correctas do seu router, abra o seu browser Internet e aceda ao painel de administração do router escrevendo o IP (normalmente é 192.168.0.1) na barra de endereços. Convém ter em conta que alguns routers também requerem a instalação de software.
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FILTRAGEM MAC Cada equipamento com capacidade para se ligar à sua rede Wi-Fi doméstica tem o seu próprio endereço de máquina, conhecido pela designação código MAC. Este endereço pode ser adicionado a uma lista de acesso, de modo a que só os equipamentos constantes dessa lista possam conectar-se à sua rede.
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ALTERAÇÃO DE DETALHES Depois de ter acesso ao painel de administração, é altura de alterar alguns detalhes, incluindo o SSID, ou nome de radiodifusão, e a palavra-passe para aceder à rede. Efectue estas alterações escolhendo Wireless Settings.
PALAVRA-PASSE DO ROUTER Não se esqueça de que atrás só alterou a palavra-passe para a sua rede, e não a do painel de administração para o router. Para alterar esta última, vá a Set Password, que normalmente se encontra no separador Maintenance.
HARDWARE
LIMPE O COMPUTADOR Excesso de sujidade pode prejudicar o funcionamento da sua máquina. Antes que tal aconteça, dedique-se às limpezas
Apenas após alguns meses de utilização, os componentes do seu computador podem ficar cheios de pó e outras sujidades, o que faz com que o desempenho fique, mais cedo ou mais tarde, aquém do que seria desejável. Agora, imagine a quantidade de lixo que um computador com mais de um ano consegue acumular. Existem alguns sinais que ajudam a identificar uma situação em que o computador esteja cheio de sujidade: barulho nas ventoinhas, aumento do fluxo de ar quente e mais vibração, causada pela acumulação de sujidade nas ventoinhas. O pó entra no sistema através do fluxo de ar puxado pelas ventoinhas e de componentes específicos, como a fonte de alimentação ou o CPU. À medida que o tempo passa, a sujidade acumula-se nas ventoinhas, diminuindo a sua velocidade e impedindo que o ar flua livremente. Todas estas condicionantes conduzem a uma subida da temperatura no interior
da máquina e à instabilidade geral no sistema. Pode mesmo dar-se o caso em que, por segurança, o computador se desligue automaticamente.
ELIMINE A SUJIDADE Pode limpar a maioria dos componentes removendo a tampa lateral da caixa (certifique-se de que desliga o sistema primeiro) e utilizando um pincel suave. No entanto, para algumas áreas de difícil acesso, como a motherboard, poderá ser necessário usar uma lata de ar comprimido, para conseguir expulsar a sujidade. Eventualmente terá de remover os módulos de RAM, as placas e os cabos para tornar o processo mais simples. Um sistema de limpezas periódicas significa menos barulho e um computador mais saudável. Não se esqueça ainda de limpar os seus periféricos; à medida que o tempo passa, ganham sujidade e bactérias.
PARA ALGUMAS ÁREAS DE DIFÍCIL ACESSO, PODERÁ SER NECESSÁRIO USAR UMA LATA DE AR COMPRIMIDO
ACABE COM O PÓ E A PORCARIA NO PC
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DESLIGUE O EQUIPAMENTO Desligue o computador e remova os periféricos antes da limpeza. Certifique-se de que tem espaço suficiente para abrir a torre e mantenha a chave de fendas sempre à mão. Adquira uma lata de ar comprimido e um pincel.
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REMOVA AS VENTOINHAS As ventoinhas do sistema têm por função expelir o ar quente, e a ventoinha da parte de trás do sistema é a que acumula mais sujidade. Geralmente, é presa à caixa por quatro parafusos e está ligada à motherboard ou a uma ficha da fonte de alimentação.
HARDWARE
LIMPE O COMPUTADOR
ACABE COM O PÓ E A PORCARIA NO PC
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LOCAIS DE DIFÍCIL ACESSO Depois de retirar algumas das ventoinhas, deverá ter mais espaço dentro da caixa, mas a sua motherboard ainda tem muitas áreas de difícil acesso. Para esses casos, recorra a uma lata de ar comprimido.
FONTE DE ALIMENTAÇÃO A sua fonte de alimentação é quase sempre barulhenta, devido ao esforço. Mas se o nível de ruído for exagerado, é provavelmente porque está cheia de pó. Abra-a desapertando os parafusos e limpe-a cuidadosamente.
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TECLADO Os teclados servem de casa a milhões de bactérias, pelo que uma limpeza regular é imperativa. Por vezes, algumas teclas deixam de funcionar ou ficam presas devido a sujidade. Levante-as recorrendo a um clip.
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LIMPE O RATO Os ratos ópticos são imunes à sujidade, mas os dispositivos mais antigos, que utilizam uma bola, podem sofrer imenso com ela. Remova a bola e limpe as rodas deslizantes que servem de motor ao rato.
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LIMPEZA DIÁRIA Quando voltar a montar o seu teclado, deverá sentir uma melhoria imediata, mas ninguém quer desmontar o teclado semanalmente. Utilize uma esponja devidamente cortada para eliminar a sujidade entre as teclas.
SEM DEDADAS Os monitores atraem muito pó através de electricidade estática. Procure produtos de limpeza não alcoólicos para manter os ecrãs limpos e sem dedadas.
HARDWARE
AUMENTE A VELOCIDADE DO SEU DISCO RÍGIDO Melhore o desempenho da drive com as nossas dicas
Quando pensa em adquirir um novo computador, é normal que gaste bastante tempo a analisar as características técnicas, nomeadamente opções como a velocidade do processador ou a qualidade da placa gráfica. Mas a verdade é que a velocidade da drive é um dos elementos essenciais no desempenho geral do sistema. Uma vez que o seu disco rígido irá ser utilizado para armazenar milhões de pacotes de informação e para gerir a memória virtual (onde o sistema operativo guarda dados dos programas que estão a ser executados), a velocidade a que o computador consegue aceder à informação é crucial e determinante na performance geral do sistema. Programas como jogos e software gráfico testam realmente o seu sistema no que concerne a este aspecto. Assim, certificar-se de que tem um disco rígido rápido instalado na sua máquina deverá ser uma das prioridades. Quando estiver a analisar as especificações de um computador, verifique as velocidades de acesso e de transferência de dados do disco rígido.
DRIVES EXISTENTES Claro que pode sempre optimizar a utilização da drive que já tem instalada na sua máquina. Existem aplicações específicas que podem ser utilizadas para melhorar o desempenho dos discos, mas que colocam por vezes em risco a integridade dos dados. Siga o nosso conselho: bastam algumas alterações no Windows para que o utilizador sinta a diferença na performance do disco rígido. Certifique-se de que esvazia a Reciclagem regularmente – quanto mais espaço livre tiver, mais eficientemente serão os ficheiros guardados. E não se esqueça de usar a ferramenta de Limpeza de disco para se livrar de ficheiros que já não são necessários. Regra geral, se a drive tiver mais de 80% da sua capacidade preenchida, começa a ficar mais lenta. Além disso, uma desfragmentação regular é essencial para manter o disco rígido em boa forma. Veja a caixa para mais detalhes.
REGRA GERAL, SE A DRIVE TIVER MAIS DE 80% DA SUA CAPACIDADE PREENCHIDA, COMEÇA A FICAR MAIS LENTA
TESTE A SUA DRIVE Como saber se as alterações tiveram realmente efeito no desempenho geral da máquina? A melhor forma é valer-se de aplicações especializadas que testam o sistema recorrendo a operações específicas e medindo o tempo que a drive demora a realizá-las. Existem muitos benchmarks disponíveis, mas nós recomendamos o HD Tach, uma vez que é muito fácil de usar e que os testes que leva a cabo são realmente completos. Leia mais sobre o programa (e descarregue-o) em www. simpisoftware.com. Experimente executar o benchmark primeiro, depois limpe o sistema e corra novamente o programa para ver se o procedimento conseguiu optimizar o disco rígido.
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HARDWARE
DISCO RÍGIDO
MANUTENÇÃO DO HARDWARE
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ACEDA ÀS PROPRIEDADES DA DRIVE Clique em o Meu Computador. Na área referente aos discos rígidos, descubra a drive em questão. Provavelmente, só terá essa drive instalada no sistema. Clique com o botão direito do rato em cima dela e depois vá a Propriedades. Esta opção mostrar-lhe-á um gráfico que lhe permite avaliar o espaço que está a ser usado.
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APAGUE DADOS DESNECESSÁRIOS Clique no botão Limpeza de Disco para executar o assistente. Ele irá automaticamente procurar ficheiros que já não são precisos. São geralmente dados que não foram totalmente apagados, ficheiros temporários da Internet ou dados “esquecidos” no sistema. O processo de procura poderá demorar alguns minutos. Uma vez concluído, dará ao utilizador a oportunidade de escolher os ficheiros que quer apagar e mostrar--lhe-á o espaço livre que ganhou com a tarefa.
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DESFRAGMENTE Clique no separador Ferramentas na janela Propriedades para ver mais algumas opções. Procure a Desfragmentação. Quando o seu disco rígido é utilizado com frequência, os dados nem sempre são guardados no mesmo local. Depois de algum tempo, o espaço livre em disco começa a sofrer, à medida que os ficheiros são criados e apagados e a forma de aceder aos mesmos torna-se mais complexa e mais lenta. A Desfragmentação optimiza o armazenamento dos ficheiros voltando a arrumá-los convenientemente. Esta operação pode demorar muito (horas, por vezes), mas faz muita diferença no comportamento do disco rígido e no seu desempenho. Clique no botão Analisar para ver um relatório acerca do status de desfragmentação da sua drive.
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HARDWARE
MEMÓRIA RAM À VISTA
Siga o conselho da PCGuia: 2 GB de memória não são suficientes para um desempenho equilibrado do Windows Vista O Vista é um consumista crónico, que devora de forma insaciável e assustadora os recursos do sistema, como nunca antes um sistema operativo o fez. Até aqui nada de novo, aliás, qualquer utilizador que já tenha experimentado este sistema percebeu que tudo ficou mais lento. A maior parte dos clientes compradores de computadores fica facilmente seduzida pelas “bestas” computacionais, artilhadas com processadores e placas gráficas incríveis, no entanto, a verdade é que estas prestam pouquíssima atenção a um recurso crítico para o desempenho: a memória do sistema. Todos os anos, a Nvidia, a Intel e a AMD gastam centenas de milhões de euros no desenvolvimento de chips maiores, melhores e mais rápidos. Existe um igual investimento no marketing, na promoção e no incitamento em geral dos consumidores. Se
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analisássemos o comportamento dos consumidores, seria fácil concluir que o que interessa e realmente necessitamos é de potência, muitas vezes, designada por força bruta. Mas, na verdade, se importarmos todo o cenário anterior para o trabalho diário com o Windows Vista, nem mesmo o melhor exemplar carregado de transístores consegue destacar-se dos demais. Por outras palavras, pode atirar quantos núcleos de processamento quiser ao problema do desempenho vagaroso do Vista, e até instalar o número de placas 3D que bem entender em modo de renderização multi-GPU. Se a sua máquina não tiver memória de sistema suficiente, é tudo em vão. Diz a sabedoria convencional que 2 GB de memória é o ponto de equilíbrio ideal na relação preço/ qualidade para o Windows Vista. No entanto, neste caso, vamos ter de pôr de lado a sabedoria
convencional que se encontra sempre num pedestal que poucos questionam. Para começar, por regra, nada tem de científico. Tratam-se meramente de observações construídas a partir de médias e análises, muitas delas já fora da validade. Depois, qualquer pessoa que tenha uma experiência significativa a correr o Vista com 4 GB de RAM pode dizer-lhe isso. A pista ideal para o Vista correr de forma mais suave “mede” 4 GB. A que se deve então a falta de interesse na memória do sistema, mesmo depois da chegada do sistema operativo da Microsoft mais ávido de recursos até à data? Parte da explicação provavelmente deriva do facto de não ser fácil demonstrar as vantagens da instalação de mais RAM no computador. Correr uma única aplicação de benchmark e deixar as coisas seguirem o seu curso natural não serve de nada.
Precisamos de uma abordagem ligeiramente mais sofisticada para provar o nosso ponto. Se ter montes de RAM à mão é, de uma maneira geral, uma boa ideia, exactamente de quanto é que precisamos? A sabedoria convencional actual sugere que 1 GB é o mínimo estritamente necessário para o Vista, enquanto que os 2 GB são o equilíbrio ideal em termos de relação preço/ qualidade. Se estiver actualmente a trabalhar com uma máquina relativamente recente, ou recém-actualizada, há fortes probabilidades de que esta tenha os tais 2 GB. Isso é mais do que suficiente para sistemas operativos com exigências de memória relativamente modestas, como o Windows XP e o Linux. Porém, estamos aqui para lhe dizer que isso não chega para desfrutar de uma experiência verdadeiramente fluida no Vista. Mais ainda, os preços da memória atingiram agora níveis ridiculamente baixos – em particular os DIMM DDR2 da velha escolha, a até mesmo o mais recente conjunto DDR3. Com isto queremos dizer que já nem a questão do preço serve como desculpa. Em comparação com uma placa de vídeo ou processador potente, equipar o computador com 4 GB não lhe custa “o couro e o cabelo”. Antes de analisarmos em detalhe as vantagens, impõe-se que abordemos uma questão complicada, que tem que ver com as limitações do endereçamento de memória da versão de 32 bits do Vista. Em termos simples, todos os sistemas operativos de 32 bits estão limitados a 4 GB no que se refere ao espaço de endereçamento de memória. Trata-se de uma função da matemática da computação de 32 bits (para os leitores interessados, 32 bits binários podem ser representados no sistema decimal como 232 ou 4.294.967.296). Infelizmente, as coisas tornam-se muito mais complicadas quando se tem de facto 4 GB instalados num computador que corre um sistema operativo de 32 bits. Graças a uma funcionalidade conhecida como reservas de E/S mapeadas na memória, os 4 GB não estão disponíveis na totalidade para as aplicações e o sistema operativo. Em vez disso, parte encontra-se reservada para determinados dispositivos de hardware, a fim de garantir a compatibilidade dos controladores, entre outros. A quantidade precisa reservada depende dos dispositivos instalados. Citando a Microsoft, «por exemplo, se possui uma placa de vídeo com 256 MB de memória integrada, essa memória tem de ser mapeada nos primeiros 4 GB do espaço de endereçamento. No caso de já estarem instalados os 4 GB de memória do sistema, parte desse espaço de endereçamento tem de ser reservado pelo mapeamento da memória gráfica». Com 4 GB instalados e a correr o Vista de 32 bits, o Windows indica tipicamente entre 3 GB e 3,5 GB de RAM disponível. No entanto, com o lançamento do SP1 do Vista, a Microsoft corrigiu o modo como o Vista indica a memória disponível. Em Painel de controlo, Sistema e Manutenção, Sistema são indicados os 4 GB. Execute o Gestor de tarefas e seleccione o separador Desempenho para ficar a saber a verdade acerca da quantidade de memória que está de facto disponível para o sistema operativo e as aplicações. Quanto às versões de 64 bits do Vista, têm as suas próprias limitações de endereçamento da memória. Todavia, estas não se devem de facto a qualquer uma das restrições matemáticas da computação de 64 bits, sendo na verdade uma função da política de diferenciação de produtos da Microsoft. Concepção defeituosa? O BadVista.org acha que sim... A versão Basic de 64 bits do Vista vai até aos 8 GB, o Home Premium suporta 16 GB e os Business, Enterprise e Ultimate aguentam uns estonteantes 128 GB. Todos partem do princípio de que o sistema suporta um processador compatível com 64 bits, o qual inclui todos os processadores Intel para computadores de secretária desde a revisão Prescott do Pentium e os processadores AMD a partir do Athlon 64 original de 2003 e posteriores. O suporte da motherboard constitui também um problema acima dos 8 GB. Supomos que já tem um par de módulos de 1 GB na sua máquina, mas para podermos demonstrar o tipo de aumento que é possível conseguir, vamos ter de usar conjuntos completos nos benchmarks. Entrem, pois, os nossos candidatos para a demonstração das vantagens de mais
HARDWARE
TODOS OS SO DE 32 BITS ESTÃO LIMITADOS A 4 GB NO QUE SE REFERE AO ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA
Os jogos com mundos abertos, como Oblivion, colocam em tempo real na memória os dados da área seguinte a fim de assegurarem uma experiência fluida
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memória, nomeadamente dois conjuntos de 4 GB fornecidos pelo especialista em memórias Corsair. O 6400C4DHX é um conjunto DDR2 composto por um par idêntico de DIMM de 2 GB a 800 MHz. Em representação da mais recente tecnologia DDR3 está o conjunto de pronúncia igualmente difícil 1600C9DHXNV da Corsair. Trata-se uma vez mais de um par de DIMM de 2 GB, mas desta feita correndo a 1.600 MHz – um valor que o coloca no cimo da escala de apostas no que ao desempenho se refere. Ainda que a típica questão do elevado preço enfraqueça o argumento da acessibilidade dos 4 GB, este conjunto será perfeito para acrescentar contexto em termos de velocidade do relógio. Em primeiro lugar, adicionar memória de sistema extra não é uma bala mágica que mata todos os problemas relacionados com o desempenho. Muitas das medições do desempenho do PC – incluindo os tempos de arranque do Windows e os benchmarks da maioria das aplicações individuais – tiram pouco ou nenhum partido de memória extra para lá dos 2 GB. Se a aplicação encaixar na memória de sistema
disponível, acrescentar mais não terá qualquer impacto. No entanto, junte à mistura um toque de malabarismo com as aplicações e o delta do desempenho resultante pode ser enorme. Imagine, pois, o seguinte cenário com múltiplas tarefas. O leitor está alegremente a desbravar caminho através de uma enorme biblioteca de fotos de alta resolução das suas últimas férias. Talvez tenha o Photoshop aberto para compensar as suas medíocres capacidades como fotógrafo. É possível que seja igualmente um viciado na Net, e, como habitualmente, tem também uma série de páginas Web abertas. Ou seja, está oficialmente no território das múltiplas tarefas. Como leitor da PCGuia, provavelmente é também um fanático dos jogos, e mais cedo ou mais tarde vai querer mergulhar no seu FPS favorito em busca de algum consolo. Pode então optar por encerrar todas as aplicações abertas ou deixá-las a correr em segundo plano. Obviamente, se não afectasse o desempenho, a segunda opção seria sem dúvida preferível. Dá muito menos chatices. O problema é que se tentar fazê-lo com apenas 2 GB de RAM no Vista, as consequências serão graves. Graves em que medida? Para começar, esse jogo demorará mais tempo a carregar. O tempo de carregamento de um nível típico de Call of Duty 4 salta de menos de 10 segundos num computador adequadamente especificado para mais de um minuto e meio em condições de multitarefas intensivas. Se isto já parece mau que chegue, fica pior quando decide premir Alt-Tab para sair do jogo e regressar provisoriamente ao ambiente de trabalho, talvez para responder a alguém no Messenger ou usar rapidamente o correio electrónico para enviar uma mensagem. Nos testes que realizámos usando um potente computador quad-core com 2 GB, as janelas das aplicações no ambiente de trabalho levaram bem mais de quatro minutos para recuperar na totalidade a sua capacidade de resposta depois de tal manobra. Isso é dolorosamente longo. Com efeito, além de o processo ser excessivamente moroso, a disponibilidade limitada de memória também pode conduzir à instabilidade do sistema e até causar avarias. Em suma, os 2 GB de memória não são uma opção realista. O que acontece então quando acrescenta RAM? Com 4 GB instalados, quer no Vista de 32 bits, quer de 64 bits, os tempos de carregamento dos níveis desse jogo não são minimamente afectados. Para sermos mais específicos, o nosso teste envolveu aproximadamente 20 ficheiros de imagem com vários megabytes cada, abertos no Photoshop, diversos documentos PDF abertos e tantas páginas Web com animações Flash e ricas em conteúdo multimédia quantas as que conseguir abrir com um DIMM DDR2. Mas apesar da ligeira perda de espaço de endereçamento devido ao mapeamento na memória, há que chegue para controlar a maior parte, se não mesmo tudo, bem como Call of Duty 4 na íntegra. Quanto ao salto de volta para o ambiente de trabalho, passa a ser de igual modo uma experiência muito,
HARDWARE
Os níveis do Crysis serão carregados mais rapidamente com 2GB de RAM
MEMÓRIAS DO XP O sistema operativo da Microsoft que está agora de saída chegou ao fim da vida na maioria dos computadores de secretária. Nos sectores comerciais e no mercado de portáteis de mini/baixa potência ainda será possível encontrar até cerca de 2010 o sistema operativo da empresa que detém o tempo de serviço mais longo. Para os restantes utilizadores, vai ser complicado deitar a mão a uma cópia ou uma nova máquina que venha com ele pré-instalado. O que é uma pena, pois está muito longe de ser um monstro devorador de memória igual ao seu irmão mais novo e mais inchado, o Vista. Os fabricantes de memórias, que agora tentam desesperadamente vender conjuntos de 4 GB, tiveram sorte no facto de o Vista ser tão exigente. Inactivo, o XP utiliza quase nada em comparação com os colossais 700 MB que o Vista ocupa quando está simplesmente parado a girar os seus polegares virtuais. Teria sido uma dura tarefa de marketing convencer os consumidores a entupirem-se com conjuntos de 4 GB quando as vantagens da RAM extra não se comparam ao aumento de desempenho que um computador carregado com o Vista obtém. Espetar com um par extra de gigabytes numa máquina XP consegue um certo aumento do desempenho, mas, a menos que se dedique a fundo à execução de múltiplas tarefas no seu computador e a carregar em Alt-Tab como um louco, não vai notar um aumento por aí além.
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mas muito menos dolorosa. Pode contar com um acesso com boa resposta ao ambiente de trabalho e às aplicações em menos de 30 segundos. As coisas são ainda melhores com o acesso integral à totalidade dos 4 GB que o Vista de 64 bits permite. Tal como aconteceu no Vista de 32 bits, os tempos de carregamento dos níveis do jogo não foram afectados. Esta é, contudo, a parte realmente impressionante: quando prime Alt-Tab para regressar ao ambiente de trabalho desde Call of Duty 4, isso processa-se
essencialmente de forma imediata – bastam apenas os poucos segundos de que o Vista necessita para reactivar a interface 3D Aero. A explicação para esta diferença monumental no desempenho multitarefa é na verdade muito simples. Com 2 GB instalados, não há RAM suficiente para guardar todos os dados das aplicações. Logo, um sistema operativo Windows tem de capturar um instantâneo do estado de cada aplicação e guardá-lo no disco rígido antes de avançar para o carregamento dos dados do jogo na RAM. Prima Alt-Tab para sair do jogo e obtém o processo inverso. O estado do jogo é guardado no disco antes de serem recuperados os dados das aplicações originais no ambiente de trabalho. Trata-se de um processo conhecido habitualmente como swap em disco, que deixa qualquer computador de rastos, independentemente da sua potência. Mas por que razão é tão preponderante no Vista? Em grande parte porque o Vista suga muito mais memória só para se manter inactivo. Se inspeccionar o Gestor de tarefas depois do arranque limpo de uma cópia recém-instalada do Vista, descobrirá algo deveras chocante: pelo menos 700 MB foram abarbatados unicamente para manter o pesado colosso da Microsoft vivo e sem fazer nada digno de nota. Numa máquina de 2 GB, isso deixa-lhe pouco mais de 1 GB de memória livre. Nesta nova e brava era do vídeo integrado, fotografia amadora de múltiplos megapixels e omnipresentes ecrãs de alta definição, de facto, estes GB não chegam. Em termos de multitarefas dispor de uma grande quantidade de RAM muda fundamentalmente a forma como utiliza o seu computador, sem incorrer numa diminuição do desempenho. Já não precisa de se
HARDWARE
Supreme Commander beneficiará com a compra de um par de módulos de 512 MB, tal como o Windows de uma maneira geral
preocupar com as paralisações, ou com os minutos de espera que terá de enfrentar se abrir várias páginas Web, documentos ou imagens. Um pouco mais complicada de capturar com benchmarks é a vantagem ao nível do desempenho que a memória adicional traz efectivamente para os tais jogos ávidos de recursos. Os desenvolvedores tendem a
arquitectar os seus jogos de modo a que estes sejam compatíveis com os computadores reais, utilizados actualmente por esse mundo fora. Presentemente, os sistemas de 4 GB permanecem relativamente escassos. Mas apesar de os resultados dos benchmarks
tenderem a não reflectir qualquer vantagem clara da disponibilidade acrescida de memória, a experiência subjectiva é um assunto ligeiramente diferente. Oblivion é disso um bom exemplo. Este título carrega constantemente dados em segundo plano à medida que o utilizador explora o universo do jogo, ao invés de interromper periodicamente a acção e carregar a secção seguinte do nível, como fazem Half-Life 2 e afins. Mais memória reduz o swap em disco e, de uma maneira geral, proporciona uma experiência mais fluida. O desempenho também tende a ser um pouco mais suave imediatamente após o carregamento de um nível num título com uma utilização realmente intensiva dos dados como é Crysis. A cache dos dados, que ocorre quando se carrega pela primeira vez um determinado nível, deixa de ser um problema no caso de haver mais memória disponível, conforme demonstram os resultados dos nossos benchmarks. Com efeito, a GasPowered, que desenvolveu Supreme Commander, foi ao ponto de recomendar o uso de um patch avançado da Microsoft, o qual remove a barreira de endereçamento de 2 GB, que se aplica habitualmente a uma qualquer aplicação individual, independentemente da quantidade de memória de sistema disponível. Sem o patch, há utilizadores que julgam ser impossível completar alguns dos mapas maiores e mais avançados. Suspeitamos, pois, que no fim ver-se-á forçado a admitir entre dentes que as vantagens de ter mais do que 2 GB de RAM são provavelmente maiores do que imaginava. E com a memória tão ridiculamente barata neste momento, trata-se de uma actualização que realmente não pode dar-se ao luxo de ignorar. Vá lá, faça um favor a si próprio.
ACTIVADOR DOS 4 GB Será possível afinar a versão de 32 bits do Vista para activar um espaço de endereçamento de 4 GB funcional? Apetece-lhe aumentar o espaço de endereçamento do seu PC Vista de 32 bits para 68 GB no mínimo sem as chatices de mudar para a versão de 64 bits? A análise minuciosa da sabedoria que circula na Net acerca das limitações do endereçamento de memória do Vista certamente sugere que tal magia negra é possível. Provavelmente acabará por tropeçar numa modificação de aspecto intrigante que parece influenciar a extensão do endereço físico (Physical Address Extension, ou PAE) suportada pela maioria dos processadores modernos. Em termos simples, envolve a activação de um sinalizador no processo de arranque que diz ao Vista de 32 bits para usar os 4 bits adicionais de espaço de endereçamento. Mas será que funciona? Existem vários guias na Internet que descrevem um processo de modificação do ficheiro config,
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que supostamente estende o espaço de endereçamento do Vista de 32 bits e revela os 4 GB integrais. Infelizmente, são todos falsos. Com efeito, a Microsoft publicou uma lista detalhada dos requisitos para activar o espaço de endereçamento de memória alargado. Para começar, precisa de uma motherboard com um que suporte pelo menos 8 GB de espaço de endereçamento, bem como um processador compatível com 64 bits. Isso inclui a maior parte dos processadores e chipsets modernos, entre os quais se contam qualquer chipset Intel para computadores de secretária a partir do 965 e qualquer placa AMD que suporte o processador Athlon 64 CPU e posterior do mesmo fabricante. Um outro requisito para a motherboard consiste no suporte da funcionalidade de remapeamento da memória. Esta permite que a parte da memória de sistema normalmente reservada ao mapeamento de dispositivos seja remapeada acima da linha de
endereçamento de 4 GB. No entanto, o requisito final é o mais importante. Para citar o documento n.º 929605 da Microsoft Knowledge Base, «é
preciso utilizar uma versão x64 (64 bits) do Windows Vista.» Ora aí tem. Se quiser tirar o máximo partido de 4 GB de RAM, vai ter de engolir o sapo dos 64 bits.
Crysis carregará os níveis mais depressa se tiver mais do que 2 GB de RAM
HARDWARE
RAM: QUANTIFICAR A DIFERENÇA Uma máquina com 4 GB de RAM oferece uma experiência muito mais fluida do que outra com apenas 2 GB, mas isso é algo difícil de quantificar – em especial porque os benchmarks tendem a iniciar a reprodução somente depois de tudo estar carregado
na memória. Os testes mais expressivos que realizámos são os multitarefas Carregamento do jogo e Combinação de teclas Alt-Tab, os quais mostram exactamente a rapidez com que o computador reage a grandes mudanças na carga da memória.
Legenda Vista de 32 bits
Tempo de arranque Windows Vista DDR 2 DE 4 GB: CORSAIR DDR2 TWIN2X4096-6400C4DHX 2X 2GB @ 800 MHZ
51 seg.
DDR3 DE 4 GB: CORSAIR DDR3 TW3X2G1600C9DHXNV 2X 2GB @ 1.333 MHZ
50 seg.
52 seg.
52 seg. 50 seg.
DDR3 DE 2 GB: 2X 1GB CONTROL DDR3 @ 1.333 MHZ 52 seg.
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Combinação de teclas Alt-Tab para sair do jogo com múltiplas tarefas Call of Duty 4
TEMPO DE RESPOSTA: MAIS RÁPIDO É MELHOR 29 seg.
DDR 2 DE 4 GB: CORSAIR DDR2 TWIN2X4096-6400C4DHX 2X 2GB @ 800
3 seg.
DDR3 DE 4 GB: CORSAIR DDR3
28 seg.
TW3X2G1600C9DHXNV 2X 2GB @ 1.333
3 seg.
DDR3 DE 2 GB: 2X 1GB CONTROL DDR3 @
4min 25 seg.
1.333 MHZ
4min 23 seg.
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Carregamento de nível do jogo com múltiplas tarefas Call of Duty 4
TEMPO PARA CARREGAR: MAIS RÁPIDO É MELHOR
DDR 2 DE 4 GB: CORSAIR DDR2
6.5 seg.
TWIN2X4096-6400C4DHX 2X 2GB @ 800
6.5 seg.
DDR3 DE 4 GB: CORSAIR DDR3
6.5 seg.
TW3X2G1600C9DHXNV 2X 2GB @ 1.333
6.5 seg.
DDR3 DE 2 GB: 2X 1GB CONTROL DDR3 @
1 min 33 seg.
1.333 MHZ
1 min 34 secs 10
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Desempenho intensivo do mundo real num jogo Crysis
FRAMES POR SEGUNDO: MAIS É MELHOR
DDR 2 DE 4 GB: CORSAIR DDR2
37fps
TWIN2X4096-6400C4DHX 2X 2GB @ 800
44fps
DDR3 DE 4 GB: CORSAIR DDR3
37fps
TW3X2G1600C9DHXNV 2X 2GB @ 1.333
44fps
DDR3 DE 2 GB: 2X 1GB CONTROL DDR3 @
34fps
1.333 MHZ
44fps
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Desempenho intensivo do mundo real num jogo Supreme Commander
PONTUAÇÃO SUPCOMMARK: MAIS RÁPIDO É MELHOR
DDR 2 DE 4 GB: CORSAIR DDR2
16,467pts
TWIN2X4096-6400C4DHX 2X 2GB @ 800
16,490pts
DDR3 DE 4 GB: CORSAIR DDR3
16,501pts
TW3X2G1600C9DHXNV 2X 2GB @ 1.333
16,558pts
DDR3 DE 2 GB: 2X 1GB CONTROL DDR3 @
16,297pts
1.333 MHZ
16,387pts
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PLATAFORMA DE MADEIRA PROJECTOR
A plataforma de madeira é uma solução lowtech inteligente para arranjar algo onde criar o objecto. Desce à medida que as camadas são expelidas, e não desloca a cabeça projectora.
Um filamento de plástico é aquecido ao ponto de ebulição e projectado por aqui com um rigor impressionante.
OBJECTO A SER FABRICADO
SOFTWARE DE CÓDIGO ABERTO
Aplica-se gradualmente camada sobre camada para criar objectos complexos. À medida que esta tecnologia for aperfeiçoada, ver-se-ão resultados melhores e mais sofisticados.
Dado o objectivo de estar acessível a toda a gente, não nos surpreende que a máquina trabalhe com software de código aberto.
IMPRESSORA 3D A PCGuia falou com Adrian Bowyer a propósito do projecto RepRap Adrian Bowyer é o crânio por trás do RepRap: uma impressora 3D que transforma um PC numa fábrica doméstica. O marco conseguido por este executivo vale a pena ser sublinhado: à parte da estrutura exterior, o RepRap consegue criar todas as peças que o compõem, ou seja, na prática pode sozinho construir outro igual a si. RepRap é o diminutivo de Rapid Replicator (replicador rápido). Utiliza um bico – ou projector – como cabeça de escrita, que se desloca por uma superfície de madeira da mesma maneira que uma impressora plotter antiga. Dentro da cabeça de impressão, um filamento de plástico é aquecido até ao ponto de ebulição e espremido através do projector estreito. A cabeça de impressão desloca-se numa superfície bidimensional, arrastada por uma série de
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roldanas motorizadas comandadas por software (escrito em Java). No seu rasto fica uma camada de plástico derretido com uma espessura de cerca de um terço de um milímetro, que forma um molde de um objecto tridimensional. Assim que a base fica concluída e preenchida, a estrutura debase de madeira desce um “degrau” e a camada seguinte é colocada por cima
TECNOLOGIA ANTIGA As impressoras tridimensionais não são uma nova invenção. Os protótipos rápidos, como são conhecidos, já existem há 25 anos e são comuns na indústria de design industrial. São utilizados geralmente para construir amostras de peças, antes de estas entrarem no plano de fabrico. Há uns anos fizemos uma visita guiada pelos
laboratórios de hardware da Microsoft. Aí havia ergonomistas que passavam projectos de ratos para um operador de CAD, que os transformava em modelos 3D, através de software. Após alguns ajustes, essa maqueta tridimensional era enviada para uma máquina gigantesca, que parecia uma fornalha. Atrás de uma pesada janela de plexiglas, uma série de braços robóticos entravam em acção e começavam lentamente a montar um modelo em resina maleável do objecto que estava no ecrã. Uma fina camada do objecto era esticada, pingada ou simplesmente colocada em cima de outra até o objecto final estar conseguido. Tratava-se de um processo lento. Geralmente, os designers deixavam a máquina a trabalhar de um dia para o outro e recolhiam os seus protótipos na
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manhã seguinte. Todo o caminho até à reparação de falhas no design, antes de a concepção final do objecto ser enviada para que fosse feito o molde de injecção e a peça produzida em massa, era um processo complexo.
AS FOLHAS DO REPRAP
Um projecto de construção doméstica para fazer ao fim-de-semana? Talvez…
Todas as peças de plástico podem ser construídas pelo próprio RepRap
Existem, claro está, versões mais pequenas disponíveis. Uma delas está na oficina de Bowyer. Deve medir pouco mais de 1,50 metros, e parecese com um grande frigorífico ou com uma roda de oleiro feitos em casa. Há uma janela de vidro opaco na espessa moldura da porta e um painel de controlo aparentemente simples (a simplicidade é mesmo só aparente). Relativamente ao seu funcionamento, basta introduzir o código certo e, ao estilo de O Caminho das Estrelas, o replicador produz tudo o que quiser. Com esta já são duas as impressoras tridimensionais industriais que vimos de perto. E a única razão para falarmos nelas é que, em comparação com a industrial, o RepRap de fabrico doméstico é um pouco ridículo. Sendo uma estrutura cúbica feita de varas metálicas e grandes juntas de plástico, quando comparado com o “frigorífico de impressão”, que tem aquele ar profissional, o RepRap podia ser perfeitamente um projecto Meccano meio construído. Com isto queremos dizer que este equipamento tem um ar muito amador.
PROJECTO COMUNITÁRIO O facto de Bowyer encorajar a equipa e outros a mexer e modificar o RepRap torna esta máquina um projecto doméstico divertido, semelhante àqueles que as escolas e os amadores constroem. O projecto tem por base software livre. A aplicação é Java e o código fonte pode ser descarregado gratuitamente por qualquer pessoa, razão pela qual existe aquela facilidade em sugerir aperfeiçoamentos e adicionar Plug-ins. Há cerca
PROCESSO DE APERFEIÇOAMENTO À medida que o RepRap se arrasta na construção de um cabide para a PCGuia, Bowyer declara que a máquina que tem em casa já funciona ao dobro da velocidade do modelo da universidade. Um dos colaboradores do RepRap, Chris Palmer, trabalha para melhorar a qualidade das peças feitas. Adicionando um sistema de registo de hardware e ajustando o software, pode medir a
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quantidade de plástico que é utilizado e criar curvas e superfícies suaves com grande sucesso. A cabeça do projector é, só por si, uma coisa extraordinária. Dentro da caixa de plástico, construída pelo RepRap, está um tubo normal de latão com um furo de meio milímetro de diâmetro. Uma pequena bobina de arame é utilizada para aquecer o filamento de
plástico à medida que é empurrado por um motor eléctrico, através da cabeça de impressão. A certa altura, acredita Bowyer, mais uma cabeça de impressão será acrescentada, com uma abertura maior para o trabalho de preenchimento. Uma cabeça de impressão mais fina pode melhorar a qualidade, mas a velocidade da máquina será naturalmente, mais reduzida
de 100 máquinas RepRap actualmente em funcionamento, e qualquer pessoa pode dar ideias para as aperfeiçoar. Se tiver um RepRap, pode utilizá-lo à vontade para construir outro. Nada disto é demasiado complexo ou futurista. O RepRap é algo que as crianças podem construir como trabalho escolar no âmbito da cadeira de ciências, ou simplesmente trabalhá-lo como um projecto de construção de hardware bastante compensador. Os planos estão disponíveis para download. As placas de circuitos e as outras peças não vão muito além dos 500 euros por máquina, mas este é um valor que pode ser reduzido se se construir a parte electrónica. No final, não espere conseguir uma máquina com um aspecto inteligente e cheia de estilo. Mais do que um projecto, o seu autor vê este tipo de equipamento como fruto de uma tendência que dita o começo da nova era de uma economia de indústria doméstica, baseada na manufactura caseira sustentável e reciclável. Ambicioso? Claro! Ridículo? Nem por sombras.
A ASCENSÃO DOS ROBÔS Para justificar este seu posicionamento, que muitos podem considerar completamente sem sentido, Bowyer compara-o com o começo da era do computador pessoal. «Se olharmos para o início da indústria informática, esta era quase só constituída por pessoas em garagens a soldar kits. Eu montei um computador NASCOM1 em 1978, quando este apareceu», começou por explicar. «A informática passou dos utilizadores domésticos para a educação, e desta para a indústria em geral. Se os entusiastas em casa com os seus maçaricos não tivessem feito o que fizeram, não teríamos em cada secretária um ou dois PC, hoje em dia», rematou. Para excluir a ideia de optimismo irrealista, este mesmo responsável lembrou também que, há uns anos, sugerir que os PC substituiriam os laboratórios fotográficos, as lojas de revelação e as
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Uma bobine de arame fino aquece o filamento de plástico à medida que este é empurrado através da cabeça
bibliotecas municipais, também era considerado impossível.
UMA NOVA ECONOMIA Hoje em dia, o RepRap já tem um potencial comercial. É um pouco mais lento do que os construtores de protótipos industriais, mas consegue criar itens com uma qualidade semelhante. É uma ferramenta ideal para o cenário de colaboração global que existe hoje. Por exemplo, com um protótipo rápido e barato como o RepRap, uma equipa de manufactura na China poderia produzir modelos para um designer em Portugal. Mas Bowyer argumenta que se pode ir ainda mais longe. As casas com uma máquina semelhante ao RepRap não estão limitadas à produção de itens de plástico para uso próprio: podem produzir e partilhar ou utilizar peças de baixo preço para a construção de algo
MATERIAIS LEVES
Até agora, o RepRap foi testado para funcionar com quatro tipos de plástico. Um polycaprolactone leve, com um ponto de ebulição baixo. O Acrylonitrile butadiene styrene (ABS) é um material com qualidade mais alta, com um acabamento mais vistoso. No entanto, o material mais interessante faz-se com ácido poliláctico, um plástico feito a partir de amido vegetal e polietileno de alta densidade (HDPE), o material com que se fazem as garrafas de leite hoje em dia. Embora estes materiais possam ser derretidos e reutilizados, o plástico de amido
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vegetal pode, teoricamente, ser produzido em casa com uma facilidade relativa. No entanto, o HDPE é também um plástico muito abundante, que pode ser reciclado quase indefinidamente. «Uma das coisas que queremos criar é um shredder que a máquina RepRap possa fazer», explicou Bowyer. «Depois queremos alterar o sistema de alimentação para poder utilizar tiras em vez do filamento contínuo que utiliza neste momento. Desta forma, se quiser, por exemplo, um par de sandálias, é só pôr umas poucas de garrafas de leite na máquina», exemplificou.
maior através de um processo de colaboração local. Parece uma utopia? Há um site, Ponoko.com, que permite ao cliente carregar ou encomendar desenhos de tudo, desde colares a cadeiras que podem ser esculpidas no plástico com laser. O truque é que em vez de ser produzido na oficina e enviado pelo correio, há uma rede global de afiliados – comerciantes com máquinas de corte por laser – que processam as encomendas para recolha ou envio local.
WIKINOMIA Há até um nome para este tipo de criação colaborativa – Wikinomia. O termo foi mencionado pela primeira vez o ano passado num livro de Dan Tapscott e Anthony D Williams, no qual louvavam a eficiência das pequenas indústrias domésticas em relação às
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grandes empresas centralizadas. As escolas com máquinas RepRap podem utilizá-las de um dia para o outro para gerar rendimentos e Bowyer antevê um sistema semelhante ao eBay, onde os operadores de RepRap vendem peças e são classificados segundo a qualidade dos seus produtos. No entanto, isso ainda está no plano do futuro. E embora nomes sonantes, como James Dyson, se tenham apercebido do potencial do RepRap, o que
BANANA ELÉCTRICA O passo seguinte para o RepRap é a criação da sua própria electrónica. Fazer um chip de silício pode estar para além das suas capacidades, mas não uma placa de circuitos rudimentar. Utilizando um princípio desenvolvido por John Sargrove para incorporar componentes nos rádios Bakelite do pós-guerra, o RepRap, ao depositar as camadas do corpo de plástico,
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deixa sulcos onde se podem colocar os circuitos. Os moldes Bakelite de Sargrove foram cheios com zinco derretido, mas isso derreteria o encaixe de um produto do RepRap. Em vez disso, uma segunda cabeça de impressão com um metal com um ponto de ebulição baixo enche os sulcos camada a camada, criando componentes e ligando-os onde for preciso, no corpo.
Embora os sulcos sejam bastante largos, Bowyer indica que o que se perde em miniaturização em relação às PCB tradicionais compensa em flexibilidade geométrica. «Um iPod só é rectangular porque é a forma da placa de circuitos que tem dentro», explicou, «não tem a forma da sua cintura, nem do seu bolso, como devia».
existe neste momento é ainda uma cabeça de impressão de plástico atravessada por um tubo de latão que por sua vez atravessa um pedaço de madeira, muito lentamente, e faz muito barulho. Talvez um dia este esquema de funcionamento mais rudimentar e este barulho ensurdecedor venham a ter o mesmo valor nostálgico de um leitor de cassetes “artilhado” ou do som que se ouvia quando carregávamos um jogo no ZX81.
GUIA COMPLETO
CRIE OS SEUS ÓCULOS DE ESPIÃO Transforme uns vulgares óculos de sol num sistema de vigilância eficaz Há por aí um número considerável de empresas que disponibilizam equipamentos de vigilância por algumas centenas de euros. No entanto, não precisa de gastar tanto dinheiro. As boas notícias vêm da China, onde são produzidos equipamentos com ou sem fios praticamente a custo zero. Ou seja, poderá ir a uma loja comprar uns óculos com câmara oculta por algumas centenas de euros. Ou, em alternativa, pagar pouco mais de 30 euros. Para começar, precisa de procurar uma boa câmara a
partir do eBay. Procure por “micro-wired camera” e escolha uma que tenha um adaptador de energia de 9 V. Estas câmaras oferecem vídeo por componentes e saída de áudio, bem como a possibilidade de serem alimentadas a partir de uma pilha de 9 V ou de um adaptador apropriado. A ideia é fixar esta câmara no interior de um par de óculos escuros, colocar os fios ao longo da armação e da haste de modo a chegarem de forma sorrateira ao pescoço, seguindo por detrás da orelha e daí para uma câmara de gravação.
Para lá chegarmos, escolhemos uns óculos que têm uma protecção extra em volta das lentes, o que nos permite colocar e esconder melhor a câmara. Para a fixar, basta colá-la no melhor local possível, esconder o fio de ligação na protecção solar extra e soldar as ligações nas duas extremidades do fio. Se tiver uma câmara de vídeo com entradas para vídeo por componentes, tanto melhor. Caso contrário, basta ir ao eBay procurar dispositivos de gravação com entrada para TV por cerca de 40 euros.
COMO FAZER EM DEZ PASSOS
VAI PRECISAR DE… Óculos de sol; câmara de segurança oculta com fio; pilha de 9 V; Adaptador de pilha; repartidores; cola; 1 metro de cabo isolado com quatro fios; kit de soldadura; Alicate e tesoura; câmara de vídeo compatível; secador de cabelo
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Vai haver lugar para algumas soldaduras, pelo que deverá arranjar espaço na mesa de trabalho e limpar bem as superfícies onde irá aplicar a solda.
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O primeiro passo a fazer é descarnar os fios que se vão ligar à câmara. O melhor é fazê-lo o mais perto possível dos terminais de ligação, no ponto em que o fio está selado.
COMO FAZER EM DEZ PASSOS
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Depois de juntar os fios correctamente, solde cada uma das quatro ligações desde o fio da câmara até ao cabo de extensão. Isole as ligações e use um repartidor para que tudo fique perfeito.
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Nesta altura, deverá fazer passar o repartidor pelo cabo de extensão de modo a que cada fio fique na posição correcta.
Solde as ligações ao final do cabo de extensão. O fio preto da câmara funcionará como terra, pelo que todos os fios provenientes das ligações deverão ser-lhe soldados. Isole o cabo e use um repartidor para melhorar o aspecto.
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Aplique cola quente e fixe a câmara na parte interior dos óculos. Tenha atenção, pois não vai querer aplicar cola ou resina nas lentes.
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Para dar energia à câmara, ligue-a a uma pilha de 9 V.
Aproveite os repartidores para fixar o cabo à haste. Use um secador de cabelo para o fazer mirrar o mais possível e ficar perfeitamente escondido.
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Esconda o microfone atrás da lente dos óculos.
Os óculos terão um aspecto final semelhante a estes. Agora, basta ligá-los a uma câmara de vídeo para começar a espiar.
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ASSISTÊNCIA TÉCNICA
João Trigo, editor
Pergunte ao Especialista Mais um mês de muitas perguntas desafiantes. Desde quesões sobre RAM a sistemas operativos, temos de tudo um pouco
P R
: Porque é que o meu disco rígido de 200 GB apenas mostra 127 GB depois de instalar o Windows XP? : Os discos de instalação do Windows XP que não têm Service Packs integrados apenas conseguem reconhecer os primeiros
127 GB de qualquer disco rígido. Parece que o leitor instalou o Windows a partir de um CD com estas características. Para referência futura, recomendamos criar um disco de instalação com o Service Pack 2 ou 3. A PCGuia já publicou artigos sobre a forma de o fazer. Depois de actualizar o Windows, pode ver a capacidade total da drive na consola de gestão de discos (clique com o botão direito do rato em O Meu Computador e seleccionando Gerir). Em vez de criar uma nova partição no espaço que agora aparece, pode aumentar a partição já existente. No Windows XP apenas se pode fazer com a ajuda de software de outro fabricante. Um exemplo? O Paragon Partition Manager 8.0 pode ajudá-lo. Outra alternativa é recorrer a uma ferramenta gratuita, como o GPartEd LiveCD. Arranque o sistema a partir do disco, seleccione o disco rígido e clique em Resize/Move. Use o resto do espaço livre e indexe-o à drive do Windows. Clique novamente em Resize/Move. Volte e verificar se as alterações estão bem feitas e escolha Apply para as efectuar. A partição do seu disco deve agora estar do tamanho que escolheu.
Desempenho
P
: Tenho um PC recém-comprado da Packard Bell e quero torná-lo mais rápido. Mal consigo executar o Age of Conan, e quero que seja mais rápido. Coloquei as definições de vídeo ao mínimo. Agora tenho um Intel Core 2 Duo 1.8, 2 GB 533 MHz de RAM e uma Nvidia 8500GT. Acho que o que está a criar problemas é a motherboard (penso que é uma MSI MS-7301). Dizem-me no website da Packard Bell que não posso arranjar RAM mais rápida, mas sugerem que posso aumentar o total da
RAM para 3 GB. Isto poderá aumentar a velocidade a curto prazo, ou tenho de arranjar uma motherboard nova?
R
: Não acho que o seu problema esteja na RAM. A Funcom indica 1 GB de RAM como mínimo e 2 GB como a especificação óptima. Trocar os seus 2 GB por uns 2 GB (ou mesmo 3 GB) mais rápidos apenas ajuda se o CPU ou a placa gráfica estiverem à espera que a RAM faça o seu
serviço. E não é isso que acontece. De facto, o mais perto de acontecer é o contrário. O CPU é um pouco lento. Teoricamente, poderá trocá-la por um 2,8 GHz para a mesma motherboard. Mas o que encrava tudo é a placa gráfica. A especificação recomendada para o AoC é uma GeForce 7950GX2 ou melhor. A sua 8500GT não tem nem metade da potência desta placa. Comprar uma nova placa OEM será um upgrade mais simples do que trocar toda a sua motherboard.
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ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Fontes de alimentação
Problemas do Windows
P
: Parece que não consigo pôr nada a funcionar nas duas portas USB da frente da minha caixa. Normalmente, ligo nestas portas o telemóvel e uma pen drive USB e ambos funcionavam bem. Mas, de repente, deixaram de trabalhar. No entanto, as portas de trás, onde tenho ligados a impressora, o rato e o teclado, estão a funcionar bem. O PC dá a indicação que estão ligados, mas não aparecem no computador como se fossem drives, como dantes. Depois obtenho uma mensagem de erro que indica: este dispositivo pode não funcionar correctamente. É uma maçada, pois já não posso transferir ficheiros nem fotografias. Já fui ao Gestor de dispositivos, mas, como nem sei o que procurar, deixei-o em paz. Até cheguei a pensar em reinstalar o Windows, mas se calhar não é boa ideia. Estou a utilizar um sistema com o Windows XP Service Pack 2 numa motherboard Asus A8N SLI.
P
: Tenho um Dual Core AMD (2 GHz), com uma X1550 Radeon e 1 GB de RAM (667 MHz). Comprei há pouco tempo um chassis Coolermaster Mystique, mas desde que o comprei, o meu PC tem-me dado problemas. Inicialmente só não se queria ligar. Mas, após ter desmontado tudo e voltar a assemblá-lo fora da caixa, funcionou na perfeição. Infelizmente, tive de colocar o hardware novamente dentro da caixa Mystique e a minha fonte de alimentação rebentou. De acordo com os vossos conselhos, a minha máquina devia ter um máximo de 460 W (tendo em conta todas as ventoinhas e LED) e estava a alimentá-la com uma fonte de 300 W. Foi a falta de watts que causou esta hecatombe ou há outra coisa de errado?
corram mal. De facto, suspeitamos que a sua fonte de alimentação esteja na origem dos seus problemas, pois aparentemente tem uma potência de dois terços da que necessita. Faça um upgrade ou remova mais componentes e volte a tentar.
R
: Se nós damos uma maneira simples de calcular os watts de uma fonte de alimentação, não se deve ignorar esse conselho. Assim, para as coisas funcionarem, os nossos conselhos devem ser seguidos. Se não o fizer, arrisca-se a que as coisas
NAVEGUE NA NET SOB ANONIMATO
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: Então, agora nenhuma das suas portas USB funciona excepto as que têm ligados o rato, o teclado e a impressora? Que se passa se ligar o teclado a uma das fichas da frente? Ou a sua pen drive USB à porta que antes tinha o teclado? Se o teclado parar de funcionar e a pen drive for reconhecida, o problema está nas portas. No entanto, isso é muito improvável. Se algumas funcionam e outras não, isso sugere um problema de cabo. Mas, neste tipo de caixa, as portas traseiras estão normalmente soldadas num bloco único. Tenho quase a certeza que o teclado funcionará em qualquer das portas onde o ligar e a pen USB não vai funcionar em nenhuma. De facto, é interessante verificar que os dispositivos que não funcionam são os que têm armazenamento interno. Pode ser um problema de atribuição de letra de drive. Experimente abrir o Painel de controlo, Ferramentas Administrativas, Gestão de Computadores, Gestão de Discos e altere a letra de drive atribuída à pen drive. Pode estar em conflito com outro dispositivo...
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SITES NOS ESTADOS UNIDOS Já foi a algum site restrito a visitantes dos EUA? Não seria útil fingir que estava a navegar nesse país? O Hotspot Shield permite-lhe fazer exactamente isso. Obtenha-o em http://anchorfree.com.
DOWNLOAD GRATUITO Utilize uma Rede privada virtual (VPN) para fazer passar a sua ligação à Web por um túnel para os servidores Anchorfree. Quando o ícone do escudo na barra de ferramentas do seu browser ficar verde, está estabelecida a ligação em VPN e pode começar a navegar.
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NAVEGADOR SECRETO Desde que tenha o Hotspot Shield em execução, todos os seus pacotes de Web parecerão ter origem do servidor Anchorfree. Fica assim impossível seguir o rasto até ao seu PC. O que também significa que os mais paranóicos estão protegidos dos marketroids que recolhem informações sobre os hábitos de navegação.
RESTRIÇÕES O Hotspot Shield permite-lhe utilizar 5 GB de largura de banda durante 30 dias, de graça. Isto provavelmente não chega para o deixar ligado a toda a hora do dia e da noite, por isso, utilize-o apenas quando fizer falta. Também interfere com as medidas anti-spam de alguns ISP. Precisa de o desactivar para enviar correio electrónico.
Crysis
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: Comprei o Crysis há pouco tempo e tenho jogado bastante. Neste momento, é um dos meus jogos preferidos. Estou muito interessado em ver tudo o que o motor de jogo proporciona. Faço muitas experiências com o editor que o título fornece. Utilizo uma máquina de DX9, mas tenho conseguido activar algumas das funcionalidades desactivadas, pondo a minha placa gráfica de DX9 com definições altas, incluindo Battle Dust, FFT Based Ocean, Parallax Occlusion Mapping e Sun Shafts. Uma das funcionalidades com que tenho problemas são as ondas de mar tridimensionais. Quando activo essa opção, apenas aparecem barras pretas pelo mar adentro. Activo todas essas opções na consola do próprio jogo. Podem, por favor, dizer-me como as activar? Ou esta funcionalidade requer um hardware de DX10?
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: A funcionalidade de que fala deveria fazer parte da tecnologia CryENGINE 2, mas a certa altura do desenvolvimento foi removida do Crysis. Tanto quanto sabemos, fazem-se os cálculos da física do movimento
A água do Crysis é espectacular, mas quando se desenvolveu o motor CryENGINE 2 havia planos mais ambiciosos. Ainda se encontram vestígios disso quando se mexe nas definições…
da água, mas não há shader para desenhar a água nas ondas. É por isso que se vêem as barras pretas. Não tem nada que ver com o DirectX. Foi só um efeito bonito que foi retirado do jogo para se cumprirem os prazos de desenvolvimento.
Contacto Envie as suas perguntas para:
[email protected]
ASSISTÊNCIA TÉCNICA NOTÍCIAS
Faça cópias de segurança do conteúdo do seu PC
Mais vale prevenir do que remediar . Veja as nossas dicas
P
: Perdi há pouco tempo ficheiros preciosos e fotografias familiares após uma avaria do disco rígido. Como posso garantir que isto não volta a acontecer?
dos ficheiros originais. Os serviços de backu p online, como Carbonite (www.carbonite.com), tornam isto fácil e actualizam automaticamente os seus ficheiros à medid a que são alterados.
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: A perda de dados é potencialmente devastadora, pois os ficheiros que perde são muitas vezes insubstituíveis. Afinal de contas, não pode reinstalar os documentos do trabalho nem recriar as fotografias de família, mas pode proteger estes dados.
ARRANJE A FERRAMENTA CORRECTA Os programas como o Genie Backup Manager (www.genie-soft.com) tornam simples arquivar mais do que só os seus ficheiros. Podem também fazer cópias de segurança ao correio electrónico, às defini ções da Iwnternet, às preferências do Windows e até a alguns programas.
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INVISTA NUM DISCO RÍGIDO EXTERNO Os seus ficheiros de segurança deverão estar armazenados numa drive diferente da dos originais. Fazer outra partição não chega, e mesmo um segundo disco rígido poderá ser vulnerável se o seu PC for roubado ou pegar fogo.
VERIFIQUE AS SUAS CÓPIAS DE SEGURANÇA Um ficheiro de segurança corrupto não serve de nada. Certifique-se de que o seu utilitário de cópias de segurança verifica se os seus ficheiros estão OK após cada cópia.
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FAÇA DUAS CÓPIAS DE SEGURANÇA É boa ideia fazer cópias de segurança aos seus ficheiros e definições para duas (ou mais) localizações distintas, como um disco rígido externo ou um DVD, não vá uma das soluções de backup falhar ao mesmo tempo que os ficheiros originais.
FAÇA VÁRIOS TIPOS DE BACKUP Tente não copiar tudo de uma vez. Em vez disso, crie diferentes trabalhos de backu p para vários tipos de ficheiros e definições. Assim não será assoberbado pelo processo de arquivo. Para além disso, o leitor também pode vacilar quando actualizar a cópia de segurança.
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ARQUIVE PARA DVD Os ficheiros que não vão ser alterados, como as fotografias, podem também ser arquivados para DVD. Faça duas cópias. Se apagar a original, um só DVD não é uma cópia de segurançam, se for a única existente.
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INVISTA NO BACKUP ONLINE Pense em armazenar pelo menos uma cópia de segurança num local físico distinto do
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CRIE O HORÁRIO CORRECTO Embora possa ser crucial fazer cópias de segurança a um conjunto de ficheiros ou definições diariamente, outros dados podem não ser alterados com tal frequência. Não actualize as suas cópias de segurança mais do que o necessário.
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TIRE UMA IMAGEM DA DRIVE Se acabou de voltar a instalar o
Windows e tem tudo a funcionar exactamen te como deseja, faça uma imagem de drive da sua configuração com uma ferramenta como o Paragon Drive Backup (www.paragonsoftware.com).
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SEPARE OS DADOS DO WINDOWS Guarde os seus dados numa partição ou drive diferente da do Windows. Se o Windo ws avariar, os seus dados não se perdem juntamente com ele.
Placa gráfica
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: A minha motherboard P5N-E SLI tem duas entradas PCI Express Xl6. Estou actualmente a funcionar com uma BFG 8800GTX (768MB) com dois monitores de 22’’ configurados para 3360 x 1050. Folheando o guia do utilizador, descobriu que, para funcionar em modo SLI, as entradas PCI Xl6 são agora duas entradas X8. Geralmente, jogo Oblivion, Far Cry, NeverWinter Nights, Fl, utilizo Studio Max e muito processamento de vídeo e de áudio. Se adicionar mais uma BFG 8800GTX terei um aumento significativo de FPS?
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: Não se preocupe com a questão de X16/X8. A sua placa nem sequer chega ao máximo da largura de banda de X8... O SLI confere um aumento de 30 a 60 por cento ao desempenho do sistema. Algumas pessoas indicaram problemas de estabilidade com os drivers nos jogos que utilizam o motor Source com duas placas 8800GTX. Mas há sempre alguém que se queixa de problemas de gráficos com praticamente todas as combinações de hardware/ software do mundo. Por isso, não se preocupe.
Memória RAM
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: Tenho uma motherboard Digitalife P35AP-S equipada com 3 GB de memória Patriot 1333. Por que razão o BIOS a indica como de 1066?
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: Porque precisa de fazer overclocking ao bus da memória para chegar aos 1333 MHz na sua motherboard. Tem um guia ilustrado em www. foxconnchannel.com.
P SPORE Sempre quisemos ter o destino do mundo nas mãos. Com o Spore é mesmo isso que acontece VICIANTE
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ONLINE????
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SISTEMA DE PROTECÇÃO
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VEREDICTO 8
Há muito tempo que existem jogos em que o jogador pode vestir a pele de Deus. Tudo começou com Populous, em 1991. Neste jogo, o leitor tinha de criar um povo, e a medida do seu sucesso era o número de seguidores que reunia. Mais tarde, apareceu o Black and White, que funcionava mais ou menos da mesma forma, mas com uns gráficos muito mais evoluídos. Em Black and White, o jogador podia escolher o alinhamento mau ou bom do seu Deus. Pelo meio ainda foram lançados mais uns quantos títulos em que o objectivo era controlar o destino dos seres criados pelo jogador, como acontece, por exemplo, nos jogos SimCity e Sims. Agora chegou o jogo Spore, que leva este género um passo mais além do que foi feito até hoje, uma vez que cobre toda a evolução de uma espécie criada pelo jogador.
BACTÉRIAS Tudo começa com uma bactéria que cai do espaço dentro de um asteróide. Neste estágio, o jogo passa-se num meio líquido e faz lembrar um jogo de PS3 chamado Flow. Nesta altura, o objectivo do jogador é manter a sua bactéria viva e fazê-la evoluir para uma forma de vida mais complexa. Inicialmente, escolhe se a bactéria vai ser carnívora ou herbívora e, à medida que se vão comendo pedaços de carne ou vegetais, ganham-se pontos de ADN, que depois podem ser empregues para comprar novas peças, de modo a aumentar a complexidade do organismo criado.
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Os primeiros momentos levam-no numa aventura “bacteriana” com outras criaturas
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MARÇO
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Estas peças também acrescentam novas funcionalidades à bactéria ou melhoram as que já tem. Por exemplo, é possível escolher uns picos para protegê-la de possíveis predadores ou um jacto para a fazer andar mais depressa. Quando se atingem os pontos de ADN necessários para se poder comprar peças, tem que se chamar outra bactéria da mesma espécie para acasalar. Feito isto, aparece o ecrã do criador de criaturas. Aqui consegue personalizar completamente a sua criação comprando e vendendo peças. A interface de criação é muito simples e dá completa liberdade ao jogador para incluir as peças que quiser
onde quiser. Claro que, se incluir olhos nas costas, a nossa bactéria não vai gostar muito, mas tudo é possível. Também pode redimensionar as peças.
CRIATURAS Depois da fase bacteriana passa-se para a fase criatura, que se desenrola em Terra. Nesta etapa, para ganhar pontos de ADN, além de comer também tem que completar missões que podem ser diplomáticas, obtendo aliados, ou combativas, que se caracterizam pela extinção de outras espécies que habitam o mesmo continente. Mas a mecânica é a mesma; após reunir alguns pontos de ADN dá mais
um passo na direcção da consciência e pode comprar e vender peças para melhorar as suas capacidades. Aqui pode criar um ser mais virado para o combate ou para a diplomacia.
TRIBOS A fase seguinte é a tribal. Nesta altura deixa de poder apostar na evolução da sua criação; o jogador assume o controlo sobre uma única criatura. É-lhe dada uma cabana, um grupo de criaturas completamente desenvolvidas e a possibilidade de explorar completamente um planeta. Também ficam à disposição do jogador dois de seis
superpoderes possíveis que dependem do que o jogador fez nas fases anteriores. Nesta etapa, os pontos de ADN são substituídos por comida, que pode ser gasta a construir novos edifícios e a produzir objectos que depois podem ser usados para vender a outras tribos. Uma das evoluções subjacentes neste nível é a especialização de alguns elementos da sua tribo na realização de tarefas. Até pode arranjar uniformes para conseguir distinguir quem faz o quê. Também aparecem algumas ferramentas, como, por exemplo, instrumentos musicais, armas ou materiais de pesca. É neste ponto que as suas criações aprendem a falar
As alianças com outras tribos são uma das estratégias possíveis para completar os níveis
ENTRETENIMENTO
VERSÕES
O penúltimo estágio de evolução: a vida em comunidade, dentro de uma cidade
Existem duas versões de Spore para computadores pessoais: a normal, que inclui o jogo e o manual em Português de Portugal, e a Galáctica Edition, que também inclui um manual a cores, em Inglês, um poster e um DVD do making of. O jogo é compatível com Mac e PC. A EA disponibiliza uma versão para Nintendo DS que não é compatível com a versão de computador e também uma versão para telefones móveis.
PROTEGIDO? É necessário fazer uma referência ao sistema de protecção do jogo, que obriga, pelo menos, a uma ligação à Internet para o activar. O utilizador pode fazê-lo apenas três vezes, embora exista a hipótese de contactar a EA de forma a permitir mais activações. Por que razão isto acontece? Principalmente, porque o jogo já estava na Internet quase uma semana antes do lançamento oficial. Mais uma prova de que gastar dinheiro em sistemas de autenticação e protecção para os jogos é a mesma coisa que deitar dinheiro pela janela. Ainda bem que não é o meu!
e os sons que fazem dependem das suas bocas. O sistema de informação do estado de espírito de cada criatura é igual ao utilizado pelos Sims, ou não fosse este jogo também da autoria de Will Wright, o criador de Sims. Cada vez que se alia ou destrói outra tribo é construído um segmento de um totem que faz aumentar o limite populacional dessa tribo.
CIVILIZAÇÃO EDITORA Electronic Arts ■ PREÇO 59,95 ■ CONTACTO 707200712 ■ SITE eu.spore.com ■ REQUISITOS DE SISTEMA CPU 2GHz; 512 MB RAM; Placa de Vídeo com 128 MB RAM e suporte Pixel Shader 2.0; 6 GB de espaço em disco
Na fase espacial pode conquistar outros planetas e criar um império
O objectivo da fase civilização é controlar todo o planeta. O controlo pode ser obtido de duas formas: pela conquista ou pela unificação. A aldeia da fase tribal é substituída por uma cidade. O módulo de criação de criaturas é substituído por dois editores de objectos: um para edifícios e outro para veículos que podem ser marítimos, terrestres ou aéreos. O jogo vai tentar detectar o estilo de construção de cada jogador e faz automaticamente o download de objectos parecidos. No início desta fase, o jogador escolhe o tipo de civilização que quer: militarista, economicista ou religiosa. Isto vai influenciar o tipo de conquista que vai poder fazer no desenrolar desta fase. As civilizações economicistas e religiosas não usam o poder militar para conquistar as outras civilizações do planeta. Neste estádio do jogo a moeda corrente é a “especiaria” que nasce da terra. Alguém andou a jogar ao Dune... A certa altura o jogador tem acesso a armas de destruição maciça que, como o nome indica, têm a capacidade de destruir outras civilizações.
A FRONTEIRA FINAL: O ESPAÇO Aqui o jogador pode colonizar outros planetas. Se o planeta for inabitável, são disponibilizadas
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ferramentas que permitem torná-lo habitável, como, por exemplo, bombas de dióxido de carbono para criar efeito de estufa e assim aquecer o planeta. O jogador pode também fazer despenhar cometas para ter água ou criar erupções vulcânicas para aumentar a atmosfera. Para testar a habitabilidade dos planetas, pode raptar criaturas de outros planetas. Mais à frente é possível viajar para outras estrelas. Existem 500000 estrelas na galáxia de jogo, que se comporta exactamente como uma galáxia a sério, com supernovas, nébulas e buracos negros. A civilização do jogador pode contactar outras civilizações e conquistar toda a galáxia.
ALEGAÇÕES FINAIS O jogo Spore é, em todos os aspectos, revolucionário. Além de divertir, ajuda a perceber como é que se formam e se destroem as civilizações e também como é que uma pequena decisão tem um grande impacte no futuro. As capacidades de personalização são muito fáceis de usar e dão toda a liberdade ao jogador para criar o que quiser. A música está a cargo de Brian Eno e adapta-se na perfeição ao tema. As funcionalidades online resumem-se à troca de criaturas mais ou menos aleatória entre os jogadores; podia ser melhor. Uma coisa de que gostei bastante é o facto de o jogo estar todo em Português e não estar traduzido à pressa, pelo menos, nas partes que vi. Isto faz com que o público-alvo se dilate muito. Por fim, existe um grande potencial para criar novas formas de jogo. Só espero que não seja como no Sims, que tem 50 expansões, todas elas a pagar. P.T.
ENTRETENIMENTO
ALONE IN THE DARK
Terror ao rubro numa sequela assustadora CENÁRIOS
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DIFICULDADE
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OBRIGATÓRIO GAMEPAD
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VEREDICTO 6
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2008
E
m pouco tempo, Alone in the Dark tornou-se um clássico. Há um número notável de fãs que o consideram uma referência dentro do género de jogos de terror, sobretudo pelo esquema de jogo que o caracteriza. E por que é que este título têm mantido uma popularidade mais elevada relativamente às sequelas? Porque estas têm apresentado problemas graves em termos de concepção de jogo, problemas
esses que minaram a jogabilidade, desagradando os fãs. Essa perspectiva poderá, no entanto, mudar um pouco, uma vez que a nova sequela oferece algumas novidades relevantes. Porém, ainda não será desta que a revolução terá lugar; infelizmente, há falhas que teimam em subsistir. O projecto avançado pela produtora Atari prometia ser inovador e extremamente ambicioso, mas acabou por desiludir um pouco. A tentativa de impor uma abordagem cinematográfica ao título descambou devido aos
ENTRETENIMENTO
problemas no que respeita ao modelo escolhido – uma estrutura de jogo desequilibrada, que conduz a erros que dificultam as tarefas. Por exemplo, ultrapassar determinados níveis é uma empreitada titânica; conduzir uma viatura ou utilizar uma corda para escapar de um local são experiências desgastantes até para a paciência de um santo. Na verdade, a progressão é feita através de experiências suicidas, fruto de uma mecânica de jogo pouco sólida.
DETALHES TECNOLÓGICOS O leitor descobre rapidamente que necessita de adquirir um gamepad da Xbox 360 para usufruir por completo de Alone in the Dark. É praticamente impossível jogar este título utilizando o rato e o teclado.
Os cenários são impressionantes. Neste caso, é aconselhável não ser propenso a vertigens
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CONDUÇÃO ATRIBULADA A condução de um táxi é uma das experiências mais conturbadas deste jogo. Após uma fuga de um apartamento em chamas, onde o jogo tem início, o jogador tem de percorrer as ruas de Nova Iorque até ao conturbado Central Park. A dimensão dos cenários é impressionante, as ruas estão completamente destruídas, existem blocos de prédios espalhados pela cidade e condutas de gás que explodem ininterruptamente. Este é um cenário que impressiona da primeira vez que se percorre este percurso, mas, após algumas tentativas, começa a tornar-se fastidioso. Depois desta fuga atribulada, o jogador terá de utilizar um táxi para escapar daquele inferno. É neste momento que os problemas começam a surgir. Tendo em consideração que esta produtora foi responsável pelo jogo Test Drive Unlimited,
estávamos à espera que a condução das viaturas fosse uma experiência agradável e sólida, mas não é isso que acontece. Rapidamente o jogador se dá conta que a condução é dificultada ao extremo, não só devido a uma resposta insuficiente dos controlos do jogo, mas também pelo percurso que é necessário seguir até ao final do nível. As explosões, os outros condutores que surgem do nada sem aviso prévio e a inexistência de checkpoints tornam este percurso um verdadeiro desafio à paciência. Felizmente foi introduzida a possibilidade de avançar no jogo sem ser preciso terminar um nível demasiado difícil. Esta funcionalidade, semelhante àquela presente nos DVD (onde se pode escolher determinadas cenas), possibilita ao jogador avançar até ao final sem grandes problemas. Esta opção foi criada para aqueles que estão presos num nível que não conseguem ultrapassar (e são alguns). Trata-se também de um modo simples de evitar determinados cenários e progredir calmamente através do jogo. É claro que nada é de graça; também aqui existe uma contrapartida: estes “saltos” fazem com que o jogador perca todos os objectos que angariou durante o cenário anterior. Isto quer dizer que, apesar de poder avançar um nível sem ter completado o anterior, poderá não conseguir progredir devido à inexistência de um objecto
LUTA ENTRE O BEM E O MAL
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1 É preferível jogar Alone in the Dark com um gamepad, já que desta forma pode usar qualquer tipo de objecto como arma. 2 Este guarda foi decepado. O jogador pode agora utilizar partes do seu corpo como arma de combate. O braço é sempre uma opção viável… 3 A Sarah é uma personagem que ajuda o jogador nas fases iniciais do jogo. Neste universo de terror toda a ajuda é bem-vinda.
1
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cuja função é essencial para terminar uma missão. Os aspectos positivos circunscrevem-se à atmosfera de terror, praticamente presente durante todo o jogo. Embora o argumento não seja muito apelativo, existem alguns quebra-cabeças muito sólidos. Para além disto, a acção em determinado níveis é cativante.
mecânica de jogo mal concebida. Esta sequela implementa algumas novidades relevantes, porém, os aspectos negativos acabam por estragar o arranjo.
Editora: Atari ■ Preço: 49,90 euros ■ Site www. centraldark.com ■ Requisitos de sistema: 2.6 GHz, 1 GB de RAM, 256 MB de placa gráfica
Existem inimigos de grandes proporções e bastante assustadores. É preferível utilizar extrema cautela com estas criaturas
JOGABILIDADE DE CONSOLA Os jogadores têm a oportunidade de eliminar os mortos-vivos com uma espada, uma arma de picos ou um martelo, o que torna a acção bastante divertida. Também poderão deixar os inimigos temporariamente incapacitados e aproveitar esse momento para arrastar o corpo para uma fogueira e ficar a admirar o cadáver enquanto este explode de forma sobrenatural. Estas acções tornam-se impraticáveis quando se usa o rato e o teclado do PC. Tendo em consideração que estamos na presença de uma conversão das consolas, é praticamente obrigatório utilizar um gamepad paracontrolar a visualização na terceira pessoa e os movimentos da personagem na perfeição. Caso contrário, torna-se uma experiência deveras desagradável, podendo levar qualquer um ao completo desespero. No global, é um jogo dramático e visualmente impressionante (em alguns cenários), mas bastante frustrante devido ao nível de dificuldade e à
PCGUIA
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ENTRETENIMENTO
DEVIL MAY CRY 4 Um jogo marcado por muita acção em cenários repetitivos ACÇÃO
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JOGABILIDADE
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CENÁRIOS REPETITIVOS
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VEREDICTO 8
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2008
O
mercado dos jogos de computador sofreu uma alteração acentuada no modo como as produtoras expõem os seus títulos ao consumidor final. Existe hoje em dia uma maior preocupação com o argumento, com o modelo de jogo e com as sequelas, porque é exactamente este conjunto que determina o sucesso ou o insucesso de um título no mercado. No que ao Devil May Cry 4 diz respeito, a aposta centrou-se na simplicidade argumentativa e no tempo de acção. O jogador ou está a combater inimigos ou a
visualizar animações de combate. Não existe um argumento base, aliás, o objectivo é do mais simples que existe: eliminar inimigos de formas completamente inovadoras. Este título obriga à utilização de um gamepad (preferencialmente da Xbox 360), para controlar eficazmente as combinações de movimentos essenciais com vista a eliminar os adversários de forma rápida e violenta. A inexistência óbvia de argumento é, porém, compensada com a direcção de arte. A eficiência do motor gráfico tornam este jogo superior a muitas conversões de consolas existentes actualmente no mercado. O seu desempenho no PC é praticamente
Nero sofre melhorias após os combates contra os desafios finais
A personagem personifica a luta do bem contra o mal
perfeito; os combates são fluidos e rápidos. Relativamente a estes pontos, podemos considerar esta versão como uma aposta vencedora, já que estes dois aspectos são a marca de referência das sequelas anteriores. O leitor assume o papel de Nero, um guerreiro louro e espadachim fenomenal que utiliza a sua espada demoníaca com uma habilidade mortal e deveras espectacular. A sua missão é encontrar Dante, o herói das sequelas anteriores de Devil May Cry. Às tantas, este duelo parece ser travado entre irmãos devido às semelhanças físicas entre as personagens. Numa das fases do jogo, o próprio jogador veste a pele de Dante, algo que se converte num desafio, já que as personagens, apesar de parecidas, possuem estilos de luta distintos.
ENTRETENIMENTO
O jogo tem 20 missões, sendo que sete delas são dedicadas a Dante e as restantes a Nero. Ambas as personagens possuem estilos de combate espectaculares, os quais contribuem para a dinâmica da acção, apesar de existir um número reduzido de armas disponíveis durante as missões.
REPETIÇÃO DE COMBATES
Os cenários nem sempre primam pela originalidade
Os combates, embora espectaculares, tornam-se repetitivos à medida que o jogador progride nas missões. As batalhas com demónios e monstros de proporções titânicas são espectaculares, tendo em consideração a velocidade dos golpes e os efeitos visuais. No entanto, o facto de se estar sempre a eliminar os mesmos adversários em todas as missões torna-se cansativo. Falta talvez uma maior variedade de inimigos.
CENÁRIOS SEM BRIO
Nero pretende salvar a sua amada Kyrie, mas Dante é uma máquina de morte que vive para a batalha
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O orçamento reduzido que este jogo tinha não consegue também justificar a falta de imaginação em determinados cenários. Existe uma grande repetição de ambientes, o que acaba por dar aquela sensação de que a personagem está sempre no mesmo sítio. Pode tornar-se aborrecido visionar durante 12 horas (tempo médio de duração do jogo) os mesmos cenários de fundo com os mesmos detalhes e texturas. Embora os combates sejam
espectaculares, não conseguem colmatar este erro crasso da produtora em apresentar cenários de fraca qualidade. Em relação às personagens, Dante e Nero possuem estilos de combate divergentes e armas de eleição distintas. Existe um sistema de evolução da personagem que permite melhorar certas habilidades e tornar os combates mais emocionantes. Também foi introduzida a possibilidade de jogar com personagens femininas que detestam usar roupas interiores. Este aspecto torna os combates mais sensuais e as animações mais apelativas para os jogadores masculinos. Embora não possam efectuar combinações de golpes idênticas às das personagens masculinas, podem jogar com outros atributos físicos mais apelativos. O jogo caracteriza-se por muita acção do início até ao fim. Mesmo esquecendo os cenários pouco apelativos e a inexistência de um argumento sólido, este jogo torna-se uma aquisição obrigatória para os fãs de acção e batalhas intermináveis.
Distribuidor Ecofilmes ■ Preço 39,99 euros ■ Contacto 256 836 200 ■ Site www.devilmaycry. com ■ Requisitos de sistema 3 GHz, 512 MB RAM, 256 MB de placa gráfica
LANÇAMENTOS
PROJECT WITCHES
QUANTUM OF SOLACE
Este é o típico jogo em que se confrontam o bem e o mal. Um híbrido de acção na terceira pessoa, onde a personagem principal, Gwen, trava batalhas épicas contra uma criatura maléfica chamada Beast, responsável pelo clima de escravidão do reino medieval onde ambos vivem. Os ambientes são totalmente interactivos e todos os itens podem ser utilizados, o que quer dizer que pode aproveitar qualquer objecto cortante que esteja à mão para amputar um braço ou uma perna ao inimigo.
Quantum of Solace é o título da 22ª aventura do agente James Bond. Aqui, o agente 007 descobre que a organização criminosa internacional Quantum conseguiu infiltrar vários agentes duplos em órgãos vitais do governo britânico, para conseguirem informações capazes de ajudar a preparar um golpe de Estado na Bolívia. Os programadores utilizaram o motor gráfico de Call of Duty 4 para dar vida a esta nova aventura. A acção reveza-se entre momentos na primeira e na terceira pessoa, adequando-se aos cenários de tiroteios e de combates corpo a corpo.
EDITORA Revistronic PLATAFORMAS PC, Xbox 360 e PS3
EDITORA Activision PLATAFORMA PC, PS3, Xbox 360, Wii
TOMB RAIDER UNDERWORLD Este é o primeiro jogo Tomb Raider construído especificamente para as consolas da próxima geração, o que quer dizer que Lara Croft vai chegar com detalhes quase reais. Tomb Raider: Underworld apresenta avanços significativos no modelo de jogo e na componente gráfica. A heroína também foi objecto de melhorias, tanto na aparência, como em relação às capacidades e habilidades. Croft é agora mais forte, mais ágil e capaz de novos movimentos, tudo devido ao facto de a Crystal Dynamics ter contratado uma ginasta olímpica para desenhar novos movimentos acrobáticos para Lara.
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O jogo tem como cenário principal as ruínas do sul do México, onde Lara Croft descobre uma série de portais através dos quais passa de umas dimensões para as outras e que a levam para o underworld. Esses portais permanecem abertos por apenas cinco dias, registados no calendário Maia como Wayeb. Mas os locais por onde esta conhecida personagem passa não se restringem à América Latina. Em Underworld, Lara deixa a sua marca na Austrália, na misteriosa Ilha de Páscoa, no Vaticano, na Tailândia, entre outros destinos. EDITORA LucasArts ■ PLATAFORMA PS3
Opinião
PAGAR PARA JOGAR Muito se fala acerca do modelo de negócio dos MMORPG. Sem dúvida, os mais usuais são aqueles em que pagamos para jogar (pay to play) e os grátis (free to play). Como não podia deixar de ser, há defensores dos dois modelos. De um lado temos os pay to play, normalmente associados aos jogos desenvolvidos no Ocidente (Europa e Estados Unidos). Os free to play são normalmente desenvolvidos no Oriente (Coreia, China, Japão). As diferenças são muitas, mas o que interessa salientar é a forma como a produtora do jogo ganha dinheiro e o desenvolvimento da nossa personagem. Os pay to play apostam no pagamento de uma mensalidade ou em cartões pré-pagos que conferem tempo de jogo. Estes geralmente implementam uma “loja de itens” (item mall ou cash shop), onde podemos gastar dinheiro “real” em troca de itens que nos ajudam no jogo, como objectos que aumentam o número de pontos de experiência que ganhamos ao matar NPC. Até aqui, tudo bem, pois só gastamos se quisermos. Até que chegamos ao outro ponto, provavelmente o mais importante – o desenvolvimento da personagem. Nos MMORPG ditos ocidentais (como World of Warcraft ou Lord of the Rings Online), normalmente, é através de quests (tarefas dadas ao jogador por NPC) que a personagem ganha pontos de experiência (que lhe permitem subir de nível). No entanto, nos free to play as quests são poucas e díspares. Após umas quests que nos introduzem no jogo, estas começam a escassear, deixando ao jogador uma única hipótese: matar os mesmos NPC vezes sem conta e mudar de área assim que aquela em que se está deixa de se adequar ao nível. A isto chama-se grind (repetir a mesma tarefa vezes sem conta, de forma a avançar no jogo). Para dar a volta a esta questão, existem as lojas de itens, que, ao oferecerem objectos que nos ajudam na progressão, removem um pouco (muito pouco) o tédio, acelerando o processo de avanço. Há quem defenda que o futuro são os free to play, com cash shops, ou publicidade ingame. Imaginam-se a cavalgar pelos montes verdejantes de Azeroth e, de repente, depararem-se com um outdoor de publicidade a anunciar o último grito em refrigerantes? Não, obrigado. No fim de contas, o que interessa ao jogador num MMO é o conteúdo. E este paga-se. AMOROK, SKULLCRUSHER
Jogos Online
ROCK BAND 2 Rock Band 2 promete superar as expectativas, não só porque traz um conjunto de novidades apelativas, mas também por funcionar como um óptimo simulador de bandas. O grande ponto positivo é o novo World Tour online, mais personalizável e que permite mudar de instrumento sempre que se desejar. Existe também o modo Batle of Bands, que possibilita a um jogador entrar online para tocar como uma banda, respondendo aos desafios constantes que a Harmonix (responsável pelo jogo) vai lançando a todos os que quiserem levar o seu talento para o universo da Internet. Assim que tiver formado a sua banda, poderá competir contra outras bandas rivais, de todo o mundo. O modo offline também sofreu algumas melhorias. O jogador pode, por exemplo, construir as suas listas de músicas preferidas, que poderão ser enriquecidas com novas faixas adquiridas online. Todos os instrumentos são sem fios, no entanto, são compatíveis com os anteriores. Da mesma forma, os equipamentos originais podem ser usados nesta segunda versão do jogo. A nova guitarra tem uma strum bar mais firme e botões mais silenciosos. A nova bateria tem um pedal reforçado com estrutura de metal, peds mais silenciosos e sensores de velocidade. O jogo traz ainda novas opções de roupas, acessórios, tatuagens, penteados e instrumentos para cada jogador personalizar o seu avatar. EDITORA Harmonix Music ■ SITE www.rockband.com
THE LORD OF THE RINGS ONLINE: MINES OF MORIA
DRAGON BALL ONLINE
A saída da expansão Mines of Moria está prevista para o final deste ano. Além de novos conteúdos, foram introduzidas novas classes e aumentados o nível máximo e a habilidade para forjar armas personalizáveis, as quais proporcionam poder à medida que a experiência evolui. A acção é levada para Moria, antiga capital dos Anões, onde o jogador poderá explorar cavernas subterrâneas, túneis, minas e tesouros. Para além do novo enredo, estarão disponíveis em Mines of Moria seis outros livros, com eventos inéditos e algumas novas personagens, como, por exemplo, Galadriel.
O MMORPG Dragon Ball Online deve ter como palco a Terra, mas esta possui uma geografia bastante diferente. Tudo se passa no ano 1000, ou seja, 216 anos depois do 28th Tenkaichi Budokai (28º Torneio de Artes Marciais), onde Son Goku começou a treinar Oob, no final de Dragon Ball Z. Existem agora novas raças e a Terra foi dividida por uma organização criminosa, a Dark Eye. Ainda assim, poderá aproveitar as Time Machine Quest´s, onde Trunks irá guiá-lo em missões do passado. Poderá escolher a raça e a classe da sua personagem. Há tradições que não se perdem, e portanto poderá contar com técnicas de combate bastante conhecidas, como o famoso Kamehame-Ha.
EDITORA Turbine SITE www.unlocktheminesofmoria.com
EDITORA Bandai SITE www.ntl-kk.com/dbo.html
STAR TREK ONLINE Os fãs estão há muito em contagem decrescente, mas, se o jogo responder às expectativas, o sucesso não vai deixar margem para dúvidas. Star Trek Online vai permitir ao jogador criar a sua própria raça alienígena ou utilizar uma das várias que já se deram a conhecer nas aventuras da Enterprise. Vai ainda poder comandar as naves da Federação Klingon ou da frota terrestre. O jogo decorre no ano de 2409, cerca de 30 anos depois de Nemesis. EDITORA Cryptic Studios SITE www.startrekonline.com
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REJUVENESCIMENTO NATURAL A linha antienvelhecimento DermoDensifyer da Eucerin assume-se como a alternativa dermofarmacêutica ao peeling químico. O programa criado pela marca pretende dar resposta às exigentes necessidades da pele, a partir dos 50 anos, e promete um reforço da densidade cutânea e uma reactivação do processo de remodelação dos tecidos e das rugas mais profundas em apenas quatro semanas. Os ingredientes mágicos são duas plantas naturais que contribuem para a aceleração do processo de renovação e para densificar a pele.
O RELÓGIO DO CORAÇÃO Águia? Dragão ou Leão? A Pulsar lançou, numa edição limitada de 1 500 unidades, três relógios que pretendem representar a paixão pelo futebol. Esta linha masculina apresenta-se com uma caixa e bisel em aço inoxidável ionizado e com uma bracelete em poliuretano preta. Desportivos e dinâmicos, estes modelos são resistentes à água até 100 metros, têm alarme e data. Cada modelo apresenta o símbolo e a cor do respectivo clube.
CONTRA AS FORÇAS DA NATUREZA
MÃO AMIGA E INFORMATIVA O BIPP – Banco de Informação de Pais para Pais inaugura, em Outubro, o seu primeiro centro, que permitirá que as famílias sejam orientadas, pessoalmente, por técnicos especializados que procurarão encontrar as soluções mais eficientes e adequadas a cada caso. O BIPP oferecerá aos utentes, através do seu Portal e dos Centros de Atendimento, informação permanentemente actualizada sobre os recursos e as respostas existentes, tanto ao nível da Administração Pública, como da iniciativa privada. Será disponibilizada informação útil e adequada às necessidades de cada caso específico, nomeadamente onde encontrar os técnicos de saúde, médicos e terapeutas especializados para cada problemática; quais as escolas preparadas para receber estas crianças; que apoios educativos e subsídios são disponibilizados pelo Estado; qual a legislação disponível; como e onde integrar pessoas diferentes na vida activa.
Sabia que mais de 50% dos homens sofrem de queda de cabelo, e que a grande maioria entra nesta etapa antes dos 35 anos? O stress, o tabaco, a poluição, as dietas e o estilo de vida são verdadeiros atentados contra a saúde do cabelo, mas a Vichy surge agora com uma solução que favorece o crescimento natural, reforça a fixação da raiz no couro cabeludo, estimula e tonifica o couro cabeludo, sem efeitos secundários. O Dercos Aminexil Energy é uma fórmula em spray que cria um efeito densificador imediato, não oleoso e não colante. Aplica-se em três etapas associadas a massagens para favorecer a penetração dos princípios activos e estimular a microcirculação do couro cabeludo. Já que não pode lutar contra os agendes agressores, por que não lutar contra os efeitos?
NOVO ESTILO EM SEGUNDOS Mude de um visual clássico para um mais desportivo em segundos. Esta é a proposta da nova linha de malas para computadores portáteis da marca Targus. Os três modelos disponíveis, Mode Messenger Bege, Mode Messenger Carvão e Mode Messenger Chocolate, destinam-se a transportar notebooks até 15,4 polegadas e vêm equipadas com três alças de cores diferentes, para se poder conciliar a cor da alça com o estilo pretendido. As Mode têm uma base em borracha para proteger a mala e abas (interiores, laterais e adicionais) para proporcionar ao portátil uma maior protecção contra os choques.
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ROAMING NA UE AINDA MAIS BARATO Telefonar para qualquer país comunitário torna-se mais barato, mas o valor relativo ao envio das mensagens de texto ainda se mantém inalterado
Desde o último dia de Agosto que passou a ser mais barato fazer ou receber chamadas em viagem pela União Europeia. A denominada Eurotarifa, preço máximo por minuto das chamadas itinerantes (ou chamadas em roaming) entre Estados-membros, adoptada pela UE em 2007, desceu de 0,49 para 0,46 euros no caso das chamadas efectuadas e de 0,24 para 0,22 euros no caso das chamadas recebidas. Estas reduções resultam do regulamento comunitário relativo ao roaming, proposto pela Comissão Europeia em 2006, e que tem como objectivo garantir uma diminuição dos encargos excessivos que os consumidores tinham de pagar pelas chamadas itinerantes (em média, 1,15 euros por minuto). O regulamento comunitário relativo ao roaming, cuja vigência terminará em 2010, está actualmente em revisão. De acordo com o pedido específico do Parlamento Europeu, a Comissão tem de propor, até ao final de 2008, se o prazo e o âmbito de aplicação do regulamento devem ser dilatados. As estatísticas publicadas este Verão pelas autoridades nacionais reguladoras das telecomunicações indicam que os preços das mensagens de texto e dos serviços de dados em roaming «se mantêm injustificadamente elevados». Conforme explicou a Comissária Europeia das Telecomunicações, Viviane Reding, «o regulamento comunitário relativo ao roaming foi adoptado para que os europeus pudessem ter liberdade de expressão por intermédio dos seus telemóveis, sem receio de facturas excessivas, quando viajassem pelo mercado único». Em resultado disto, mais de 400 milhões de consumidores de toda a Europa têm beneficiado de poupanças significativas «à volta de 60%» nas chamadas feitas e recebidas durante as suas viagens, de férias ou por motivos profissionais. A nova redução da Eurotarifa «vai ajudar a reforçar a tendência para a descida dos preços do roaming», diz a Comissária, sendo que «o próximo desafio é criar um mercado único das mensagens de texto e dos serviços de dados em roaming». As reduções nos preços das chamadas itinerantes a partir de 30 de Agosto aplicar-se-ão à totalidade dos 27 Estados-membros. C.S.
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GUIMARÃES RECEBE CENTRO DE COMPETÊNCIAS
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A EMC juntou-se à Dell, à Cisco, ao Grupo CRH e à Universidade do Minho para avançar com o desenvolvimento de soluções integradas para a Administração Pública
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O novo parque tecnológico Ave Park, localizado no concelho de Guimarães, vai receber o primeiro centro de competências multidisciplinar para a Administração Pública que junta num só espaço a EMC ao Grupo CRH, à Cisco, à Dell e também à Universidade do Minho. O objectivo é garantir o desenvolvimento de soluções integradas que permitam a modernização da Administração Pública central e local ao mesmo tempo que se trabalha na criação e disseminação de boas práticas e standards, disponibilizando um conjunto de acções de formação que estejam directamente relacionadas com as áreas tecnológicas de intervenção. Numa fase inicial, o centro de competências deverá contar com 60 engenheiros informáticos e especialistas em sistemas de informação, sendo que o projecto parte da oferta base das empresas parceiras para o desenvolvimento de soluções integradas que deverão cobrir as necessidades das instituições públicas. Jorge Reto, director-geral da EMC Portugal, explicou que esta oportunidade surgiu pelas mãos da CRH, «que tem parceria com as três entidades e que acabou por lançar o desafio para este protocolo». Por seu turno, o director-geral da Dell Portugal,
Luís Ló, referiu que algumas companhias tinham já disponibilizado parte «da infra-estrutura base que sustenta tecnologicamente o parque» mas, posteriormente, «acabou por se verificar uma congregação de esforços, conseguindo-se entender que hoje em dia este tipo de projecto não assenta meramente na resposta a um caderno de encargos». Trata-se antes de garantir o «alinhamento de um conjunto de fabricantes e de fornecedores com entidades que têm uma visão abrangente e que podem enquadrar o projecto no seu todo», disse ainda o mesmo responsável. Tendo em conta que se trata de disponibilizar serviços associados a tecnologias de informação e comunicação, Carlos Brazão, director-geral da Cisco Portugal, acredita que este «é o primeiro passo de um caminho maior a percorrer». Na realidade, «cada vez mais os aumentos de largura de banda e de capacidades computacionais e de rápido acesso à informação são determinantes». Uma das principais vantagens deste tipo de avanços tecnológicos é precisamente poder criar um centro de serviços no Ave Park, «mas que também poderia estar situado em Sillicon Valley, em Nova Iorque ou mesmo na Índia». Este espaço, que deverá avaliar as necessidades da Administração Pública para, a partir daí, lançar soluções é, no entender de Luís Ló, o primeiro passo para quebrar um paradigma «que se enraizou na sociedade portuguesa de há muitos anos a esta parte e que é dizer que grandes empresas internacionais só aparecem quando existe um projecto concreto de vendas». Na realidade, trata-se de contribuir com o know-how especializado de cada um dos parceiros no sentido de se criar a melhor solução e perceber «qual a viabilidade que a mesma tem, qual é a sua sustentabilidade e verificar custos». Face a esta realidade, o responsável máximo da Dell portuguesa sublinha que, para já, o investimento «é ilimitado e infinito, dependendo da capacidade criativa e da vontade que há de congregação de todos os interesses». Cada parceiro deverá disponibilizar recursos próprios sendo que, por exemplo, a EMC pretende trabalhar em estreita ligação com a Universidade do Minho. Conforme referiu Jorge Reto, a sua companhia tem vindo a adquirir várias empresas de software, «o que exige alguns desenvolvimentos específicos, nomeadamente para a área de Administração Pública». Neste caso, a ideia será garantir o suporte a nível local ou mesmo global, recorrendo a competências «necessárias dentro das organizações mas que podem perfeitamente estar deslocalizadas». C.S.
INVESTIMENTO PÚBLICO EM TECNOLOGIA DEVE CRESCER Na última década, Portugal registou melhorias significativas na investigação e desenvolvimento, mas ainda está muito longe do que seria expectável segundo o Compromisso com a Ciência Portugal não tem outro caminho para se manter no clube dos países ricos senão acompanhá-los na capacidade de desenvolvimento tecnológico. Esta meta exige um aumento sustentado do investimento público em ciência. Esta é a principal conclusão de um estudo elaborado por Cristina Delerue Matos, investigadora e docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), em conjunto com Ferreira Gomes, professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FEUP). Os responsáveis pelo estudo reconhecem que Portugal cresceu cientificamente na última década, mas alertam para o facto de esse crescimento ainda não ser suficiente, atendendo ao facto de o País continuar longe dos parceiros europeus e à meta preconizada pelo Compromisso com a Ciência. Cristina Delerue Matos
e Ferreira Gomes defendem por essa razão que o reforço do investimento público em ciência «é a única via para o desenvolvimento do País». O objectivo do estudo era avaliar se Portugal está a cumprir o Compromisso com a Ciência, preconizado no início da legislatura pelo actual ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. Os dois docentes elaboraram uma nota técnica onde é feito o ponto da situação da investigação científica em Portugal. Em comparação com os parceiros europeus, Portugal teve um crescimento notável no último decénio, mas está ainda muito longe do que seria esperado. Segundo os resultados do estudo, é aparente a dificuldade em cumprir os objectivos da Estratégia de Lisboa, de chegar a 1 por cento de investimento
público e 2% de investimento privado em 2010. Isto porque, no caso português, o investimento privado é menor do que o público e tudo indica que assim se manterá por bastante tempo. Apesar de a produção científica em Portugal ter crescido mais do que sete vezes nos últimos 10 anos, ainda se encontra muito longe da média europeia, sendo que o seu crescimento depende directamente do investimento público em investigação e desenvolvimento. A nota técnica conclui que a despesa pública em bolsas e projectos duplicou nos sete anos de 2000 a 2006, mas é fundamental para o crescimento da investigação e produção científica manter o esforço crescente, reforçando o investimento público na ciência. C.S.
NOTÍCIAS
HP PROCURVE SUPORTA REDE DO MYGAMES ON O evento trouxe a Portugal uma eliminatória do World Cyber Games e reuniu cerca de 700 participantes
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O Centro de Congressos do Estoril recebeu no primeiro fim-de-semana de Setembro o MyGames On, um evento de videojogos e entretenimento digital que juntou cerca de 30 000 visitantes e 700 participantes. O ponto alto do programa coincidiu com a fase final da maior competição mais conhecida nesta matéria, o campeonato World Cyber Games Portugal, que serviu para apurar os elementos da selecção que irão representar o País na final de Colónia, entre os próximos dias 5 e 9 de Novembro. Do ponto de vista da rede, este evento foi uma combinação de dois acontecimentos. Segundo Frederico Martins, responsável pela divisão HP Procurve Networking em Portugal, «de um lado tivemos uma LAN party tradicional, e do outro lado tivemos uma eliminatória do World Cyber Games». A Procurve é o patrocinador oficial da infra-estrutura da rede dos World Cyber Games e a filial portuguesa manteve essa tradição na passagem do evento por terras lusas. «Tem sido uma aposta da HP, de desenvolver e apoiar estas iniciativas em termos de LAN parties, quer sejam de maior ou menor dimensão», salientou o responsável em conversa com a PCGuia. E se no início Frederico Martins contava com os dedos de uma mão os eventos patrocinados num ano, hoje são muitos mais: «Há cerca de três anos havia um ou dois por ano, agora temos, no mínimo, um por mês – aliás, neste fim-de-semana realiza-se este evento e outro em Abrantes. É um acontecimento social que tende
a crescer e creio que a componente tecnológica promovida pelo Governo também faz com que os alunos tenham acesso à informática, o que acaba por facilitar o acesso a este tipo de eventos.» A rede de suporte utilizada tem sido preferencialmente de tecnologia gigabit, de modo a que «as pessoas possam sentir a diferença de desempenho que existe para uma rede 10/100», e sempre que é solicitado existe uma componente wireless. Para além desta rede local, foi ainda montada uma secção isolada (também ela gigabit) para servir os jogos e os campeonatos, isto para que os jogadores não sentissem interferências ou delays. A HP Procurve contou ainda com a contribuição de um fornecedor de comunicações, a ZON, que se encarregou de providenciar um acesso à Internet em alto débito. O responsável de negócio da HP Procurve em Portugal acrescentou que «no evento foi atribuída conectividade até 300 utilizadores em simultâneo, um limite que foi definido pela organização», uma vez que a estrutura daria para mais. «Por exemplo, na outra LAN party de Abrantes tivemos capacidade para 400 utilizadores, e, se quiséssemos, poderíamos conjugá-los todos no mesmo espaço e teríamos mesmo assim capacidade de resposta», assegurou Frederico Martins. Este valor ficaria mesmo assim aquém dos 800 utilizadores que a filial portuguesa já serviu numa LAN party feita dentro de portas, o primeiro evento do World Cyber Games em Portugal que se realizou, há cerca de dois anos, no Estádio do Dragão, no Porto. «Em Valência fizemos uma LAN party ainda mais impressionante, com perto de 3000 utilizadores», relembrou o mesmo responsável. Tendo em conta que o utilizador típico deste tipo de eventos implica uma utilização intensiva do link, o desempenho é um aspecto crítico. Daí que seja habitual dizer-se que «a qualidade dos equipamentos testa-se ou em laboratório, onde é possível aplicar as cargas máximas, ou então em eventos desta natureza, onde todas as portas estão abertas e a serem utilizadas na capacidade máxima por aplicações como jogos online e downloads em simultâneo». Outro aspecto importante tem que ver com a monitorização. Como refere Frederico Martins, «há muitos utilizadores que fazem disparates na rede, pelo que se aplicam ferramentas de software como o Procurve Manager, que permite ter alarmística e fazer análise da rede». Quanto aos disparates, «há asneiras que se fazem mais por desconhecimento, mas também há sempre este ou aquele hacker que tenta furar a rede para ter um acesso mais rápido». J.P.F.
PORTUGUESES MUDAM DE OPERADOR MÓVEL O preço é a principal razão da troca, mas o facto de familiares e amigos usarem determinado operador também pesa Cerca de 1,6 milhões de portugueses diz já ter mudado de operador móvel, embora a grande maioria se mantenha fiel ao seu operador. O valor corresponde a 19,4 por cento dos possuidores de telemóvel na faixa etária de 10 e mais anos. É na população entre os 25 e os 34 anos que se observa uma menor fidelidade ao operador, já que neste grupo 26,9% afirma já ter mudado de operador. Entre as regiões, é na Grande Lisboa que se verifica a maior taxa de residentes que dizem já ter mudado de operador (21,5%) e, entre os géneros, são os homens os que se mostram menos fiéis, pois 22,3% diz já ter mudado de operador móvel. Embora a grande maioria dos portugueses, 73,4%, diga nunca ter mudado de operador, os que o fazem são motivados pelo preço, razão apontada por 32,6% deles. A comunidade de contactos (o facto de familiares ou amigos estarem ligados à nova rede) motiva 25,6% dos que mudam de operador. Estas duas razões representam 58,2% do total apontado por quem diz já ter mudado de operador. Outras razões, como a má assistência ou o serviço deficiente e maior área de cobertura, recebem menores referências (7,9%). C.S.
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DELL APRESENTA QUARTA GERAÇÃO DA GAMA LATITUDE O fabricante desenvolveu sete novos modelos para todo o tipo de necessidades João Pedro Faria, em Londres
A Dell convidou a imprensa especializada para ver in loco na capital britânica as novidades guardadas para a recta final de 2008. A PCGuia foi o único órgão de comunicação social português a marcar presença, pelo que pôde tomar conhecimento em primeira mão da estratégia que o fabricante norte-americano desenvolveu para reforçar a sua posição no mercado de laptops. A grande aposta vai ser a nova gama Latitude E-Series. Ao todo são sete novos modelos, que vão dar resposta a vários tipos de necessidades. Na prática, o segmento ultraportátil recebe os novos Dell Latitude E4200 e E4300, com ecrãs de 12,1” e 13,3” e pesos mínimos anunciados de 1 kg e 1,54 kg, respectivamente – a Dell defende que o
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E4200 passa a ser o notebook empresarial mais leve da sua história. Para o segmento mainstream, o fabricante propõe os modelos E6400 e 6500, com ecrãs de 14,1” e 15,4”. Estes sistemas visam o mercado do desktop replacement, sendo portanto recomendados para quem procura um portátil capaz de substituir o PC nas tarefas normais do quotidiano. Num segmento semelhante mas com características menos apuradas, surge o E5400, uma máquina com ecrã de 14,1” destinada a quem procura um laptop com uma boa relação preço/ características. A Dell desenvolveu ainda um modelo Latitude “todo-o-terreno”, capaz de ir ao encontro da Especificação Militar 810F, que regula aspectos como a resistência à poeira, à vibração e à humidade. Trata-se do E6400 ATG (All Terrain Grade Quality), que conta com um ecrã de 14,1”. Uma vez que a Dell fabrica todos os seus modelos na altura das encomendas, cada modelo pode ter preços muito diferenciados, em função das características que possui. No entanto, a PCGuia conseguiu apurar junto da Dell Portugal que o custo dos modelos em causa vai variar aproximadamente entre os 500 e os 3500 euros (preços sem IVA). A Dell afirma que esta nova gama de portáteis é capaz de atingir autonomias que podem ir até às 19 horas de energia, não tendo contudo esclarecido por completo em que condições exactas de teste conseguiu obter esse valor; apenas referiu que foi utilizado um E6400 com uma bateria de nove células, gráficos onboard e disco SSD, tendo sido usada ainda uma Battery Slice, que permite
até nove horas extra de utilização. De qualquer modo, espera-se que principalmente os modelos de ecrã com menor formato atinjam valores respeitáveis nesta matéria. A personalização é outro aspecto em que a Dell vai apostar, disponibilizando, pela primeira vez na sua história, várias cores para esta nova gama que não o tradicional mica escovado metalizado. As excepções são os modelos E5400 e E5500, que vão estar disponíveis em preto mate. Outra novidade é o posicionamento invertido da motherboard, que não só permite um melhor acesso inferior aos diversos componentes, como também possibilitou o desenvolvimento de um sistema de arrefecimento do CPU mais eficaz. No contacto directo que tivemos com os novos modelos ficámos muito agradados com a qualidade geral dos equipamentos, mesmo daqueles que se vão destinar a um segmento inferior. Uma tecnologia que nos despertou a atenção e que muito jeito vai dar para quem trabalha sob condições de luz deficientes é a retroiluminação do teclado com sensor de luz, apesar de não ser utilizada em todos os modelos. Algo que a Dell vai disponibilizar em toda a gama é o software de gestão que visa aumentar a autonomia da bateria, permitindo desligar a energia de elementos como as portas USB e Firewire, a drive óptica ou o chipset wireless. A garantia aplicada será a habitualmente oferecida pela Dell na sua gama profissional – três anos de garantia/assistência com reposição de hardware avariado on site no dia útil seguinte, após o registo da incidência.
IPORTALMAIS APRESENTA IPBRICK 5.0 A solução funciona agora com mais sistemas Linux O Linux World, que decorreu em São Francisco, nos Estados Unidos da América, foi o palco escolhido pela iPortalMais para apresentar ao mercado mundial o IPBrick 5.0. Entre as novidades da nova versão do sistema operativo para servidores de intranet e comunicações destaca-se o facto de esta passar a estar disponível para os vários sistemas Linux – Debian, Ubuntu e Oracle Linux – permitindo, por exemplo, migrar instalações 5.0 de Debian para Ubuntu e de Ubuntu para Oracle Linux. A IPBrick será «funcionalmente 100% igual a todas as distribuições sobre as quais assentar», avança o director-geral da iPortalMais, Raúl Oliveira. De acordo com este responsável, o IPBrick 5.0 será «a primeira distribuição Linux de valor acrescentado a estar disponível sobre mais do que uma base Linux», sendo por isso uma «inovação lusa, que virá a revolucionar a forma como o Linux é visto, e terminará com o eterno debate de qual é o melhor
Linux de todos». A versão 5.0 traz outras novidades em relação à versão anterior 4.3. Entre as principais melhorias está a integração do conceito UCoIP (Unified Communications over IP), ou seja, a nova versão é a primeira que o traz de base, sem necessidade de instalação de pacotes de software adicionais. No IPBrick.I (servidor de Intranet), a grande novidade reside no facto de o sistema de Groupware – contactos, agenda/calendário e tarefas – ser agora compatível com o Mozilla Thunderbird, oferecendo aos utilizadores o conforto que tanto apreciam no Outlook Exchange. Quanto ao IPbrick.C (servidor de comunicações), as novidades são muitas, mas a iPortalMais destaca o controlo de acessos e a monitorização dos acessos à empresa. A versão 5.0 vem ainda munida de um novo subproduto, o IPBrick.BC (Border Controller), que transforma praticamente o IPBrick num softswitch de VoIP. L.D.
Raúl Oliveira, CEO da IportalMais
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FORMAÇÃO
ESCE PROMOVE MESTRADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ORGANIZACIONAIS A Escola Superior de Ciências Empresariais oferece, este ano, a segunda edição do mestrado e aposta na relação estreita com a comunidade TEXTO JOÃO TRIGO FOTOS VÍTOR GORDO
A Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) é uma das Escolas do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS). Foi criada em Dezembro de 1994, com a função principal de intervir nas áreas das Ciências Empresariais. Iniciou a sua actividade com os cursos em Contabilidade e Finanças e Gestão dos Recursos Humanos e, no ano seguinte, com o curso em Marketing, mas tem vindo «a alargar a sua oferta em áreas inovadoras ou pouco exploradas no Ensino Superior, como é o caso do curso em Gestão da Distribuição e da Logística, iniciado em 1997, e o curso de Gestão de Sistemas de Informação, iniciado em 1999». Quem o diz é Leonilde Reis, coordenadora científica do mestrado em Sistemas de Informação Organizacionais (MSIO), que assegura que «todos os cursos que são ministrados na ESCE contêm unidades curriculares comuns» que permitem «uma ampla formação em gestão, abrangendo áreas como gestão geral, economia, finanças, contabilidade, recursos humanos, direito, métodos quantitativos, sistemas de informação, informática e marketing». A mesma responsável garante, porém, que a ESCE pretende posicionar-se «não como mais que uma escola do Ensino Superior», mas como uma entidade que, para além das suas funções educativas e sociais, «seja reconhecida também como um parceiro válido na actividade económica, participando e
SABIA QUE… ● A ESCE dispõe de novas instalações, com uma área
de 11 616 m2, dimensionadas para 2000 estudantes, no campus do IPS, em Setúbal. ● Podem candidatar-se aos mestrados: titulares do grau de licenciado ou equivalente legal; titulares de um grau académico superior estrangeiro conferido na sequência de um 1.º ciclo de estudos organizado de acordo com os princípios do Processo de Bolonha por um Estado aderente a este processo; titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como satisfazendo os objectivos do grau de licenciado pelo conselho científico da ESCE; detentores de um currículo escolar, científico ou profissional, com capacidade para a realização deste ciclo de estudos, após avaliação do Conselho Científico da ESCE.
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influenciando de forma positiva na sua modernização». Como principais objectivos, a escola visa «formar quadros superiores com um elevado nível de preparação científica, técnica, profissional, cultural e humana, na área das Ciências Empresariais, correspondente aos graus conferidos, favorecer um ensino integral, científico, pragmático e humano, estabelecer uma relação estreita com a comunidade envolvente, nomeadamente através da prestação de serviços, participar em projectos de cooperação nacional e internacional e relacionar-se com instituições congéneres, promovendo o intercâmbio científico, pedagógico, técnico e cultural».
LICENCIATURA E MESTRADO A licenciatura em Gestão de Sistemas de Informação (SI) está inserida no formato do tratado de Bolonha e possui «conteúdos programáticos relevantes no actual contexto da Sociedade da Informação». Leonilde Reis garante que são evidenciadas no curso unidades curriculares em diferentes domínios fundamentais de gestão, bem como «unidades curriculares essenciais nas áreas científicas de Sistemas de Informação e de Tecnologias de Informação e de Comunicação». Essa estratégia visa proporcionar aos estudantes uma mais fácil entrada no mercado de trabalho. A coordenadora científica do MSIO sublinha que quem cursa esta licenciatura acaba por se tornar num gestor ou técnico de SI, num consultor em organizações de SI, num gestor de produto em SI, ou num consultor de desenvolvimento de SI. A ESCE oferece ainda mestrados na área de SI. Entre outros, lecciona o mestrado em Sistemas de Informação Organizacionais (MSIO), cuja primeira
edição teve início no ano lectivo 2007/2008 e a segunda edição (2008/2009) se encontra em fase de candidaturas. O objectivo é «possibilitar ao aluno uma actualização e complemento dos conhecimentos adquiridos no curso de graduação permitindo que o aluno adquira uma especialização profissional na área dos Sistemas de Informação Organizacionais», conclui. O mestrado está dividido em quatro semestres, sendo os dois primeiros semestres (correspondentes ao 1.º ano) organizados em cinco unidades curriculares. O 2.º ano é dedicado à elaboração da dissertação de mestrado ou um trabalho de projecto, estando incluída no início do 3.º semestre uma unidade curricular de seminário, com a qual se pretende dotar os alunos de capacidade de investigação autónoma. À conclusão e aprovação no 1º ano curricular, com atribuição de 60 créditos, corresponderá uma pósgraduação (não conferente a grau). Sendo que, para a obtenção do grau de mestre o aluno deverá realizar um total de 120 créditos com uma duração de quatro semestres lectivos. Leonilde Reis afirma ainda que «a estrutura curricular do MSIO procura a consolidação das relações institucionais entre a escola e as organizações do meio envolvente». De acordo com a coordenadora, «estas organizações têm participado de forma activa, quer como membros do Conselho Consultivo da escola, quer como organizações de acolhimento de estagiários, quer ainda como participantes em eventos (seminários, aulas abertas, visitas de estudos, entre outras)». A participação activa das organizações (através de uma estreita colaboração na leccionação de unidades curriculares) é uma mais-valia que Leonilde Reis destaca com particular ênfase. Leonilde Reis, coordenadora científica do MSIO
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CASE STUDY NOTÍCIAS
Ricardo Oliveira, da SMC e António José Ferreira, director técnico da Fios
ZOO DE LISBOA EVOLUI PARA 10GBE O projecto foi dado à SMC e visou actualizar, uniformizar e centralizar toda a estrutura e gestão informática TEXTO SUSANA ESTEVES
Os megabytes já não chegavam para suportar a dimensão do Jardim Zoológico de Lisboa, razão pela qual os responsáveis pelo parque informático daquela instituição decidiram implementar uma rede 10Gigabit Ethernet (10GbE). Optimizar e actualizar toda a gestão da rede e dos sistemas que suportam o funcionamento dos diferentes serviços foram os principais objectivos do projecto, o qual envolveu equipamento da SMC e o trabalho de campo da empresa Fios.
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A suportar todo o sistema e equipamento informático do Zoo de Lisboa estava uma estrutura com mais de 10 anos, na altura o topo de gama, mas que agora, como confirmaram os responsáveis da SMC e do parceiro responsável pela integração, já não conseguia responder às necessidades do jardim, nomeadamente em relação à velocidade. Um dos exemplos citados foi a existência de problemas de processamento registados por parte das aplicações client/server. Os 100 MB que faziam circular todo o sistema de informação não conseguiam dar resposta às exigências actuais, um cenário que acabava por originar falhas e paragens frequentes na maior parte dos serviços paralelos, principalmente, quando os programas de contabilidade estavam a trabalhar com listagens. As transacções eram lentas e nunca poderia ser criada uma estrutura de bilheteiras online, como aquela que se prevê agora. A escolha da SMC não surgiu sem uma consulta prévia a outras marcas, garantiu António José Ferreira, director técnico da Fios. No entanto, a oferta deste fabricante conseguiu alegadamente superar as demais em vários pontos. «As larguras de banda e a facilidade de gestão de todo o equipamento passivo era melhor na SMC. Queríamos equipamentos que permitissem que
técnicos menos experientes pudessem gerir cargas e balanceamento de cargas, listagens e grandes fluxos de trabalho, ou seja, conseguissem monitorizar o tráfego que passava e efectuar as devidas parametrizações. Os outros produtos não davam estas funcionalidades», explicou. Este mesmo responsável admitiu ainda que a parceria que a Fios mantém com a SMC e o suporte que esta lhe garante foram variáveis que pesaram na escolha, além «do preço, muito interessante, que foi proposto». Em traços gerais, confirmou o responsável pelo serviço de informática do Zoo de Lisboa, Luís Beaumont, o mais necessário era uma maior largura de banda, equipamentos que permitissem a divisão de domínios e uma estrutura que possibilitasse a gestão centralizada de tudo. «Foi tudo cumprido à regra e o suporte da SMC acompanhou todo o projecto, algo que também não encontrámos noutras opções», acrescentou António Ferreira. Na base de toda a rede está um switch de layer 3 (SMC8612 XL3), com 12 interfaces de fibra, que tem como slave o SMC8724M, um equipamento de layer 2 com uma porta a 10 GB, responsável pela ligação directa single mode ao departamento mais
exigente e que mais “pressão” fez para que ocorresse esta mudança: o financeiro. Para aumentar a ligação e o desempenho entre a máquina de layer 3 e os diferentes serviços do zoo com maior carga de trabalho, como as bilheteiras, o Animax, ou o hospital veterinário, foi criado um LACP (Link Aggregation Control Protocol). António Ferreira fez saber que o período de implementação de cinco meses decorreu sem problemas de maior, e os que existiram foram prontamente solucionados pela SMC. «Os problemas na área tecnológica existem sempre», admite aquele responsável, «o que é preciso saber é se as empresas têm capacidade para os resolver prontamente e responder sem que o cliente se sinta afectado com esse trabalho». Este foi um trabalho que implicou migrações nocturnas e a existência de duas redes em simultâneo, com vista a garantir uma migração sem paragens nem penalizações e impactos para os utilizadores. Actualmente, os responsáveis da unidade de sistema de informação do Zoo de Lisboa conseguem visualizar a rede, fazer a manutenção, ver logs, controlar portas, analisar tráfego, balancear a rede, tudo tarefas que antes não eram possíveis. O facto de existir agora uma rede Gigabit significa que os serviços conseguem funcionar plenamente, uma vez que foram eliminados os problemas inerentes à falta de velocidade que existia. A optimização de toda a estrutura conduz, por sua vez, a ganhos de produtividade a nível de resolução de problemas, detecção de erros e garantia de desempenho. Luís Beaumont fez saber à PCGuia que a virtualização é uma das grandes apostas desta instituição, razão pela qual existe já um projecto para aquisição de uma série de servidores e de terminais que irão, a prazo, substituir os PCs desktop. Isto significa que, à parte da questão da produtividade, existe também uma redução de custos associada à implementação de terminais e abolição dos desktops, aos consumos de energia, gastos de licenciamento de software e gestão de recursos humanos. «Numa perspectiva mais prática, a unidade de sistemas de informação não tem de disponibilizar técnicos para resolver problemas de actualização de software, de memórias, entre outros pontos», exemplificou. Neste ambiente IP até os sistemas de vigilância dos animais dispensam agora a troca de tapes e permitem uma gestão mais fácil para os técnicos. A data de validade desta estrutura cobre o crescimento previsto do Zoo a médio prazo, mas Ricardo Oliveira, enterprise channel manager, da SMC, fez questão de sublinhar que esta implementação procurou garantir que o jardim tivesse uma infra-estrutura que permitisse, consoante o crescimento esperado, dimensionar a solução através de um upgrade à própria rede feito fora do core e da parte de interligação que é mais crítica. «Esta solução permite que se agreguem portas ou conjuntos de serviços sem que tenha de se mexer no que é mais nuclear», explicou este executivo. Em cima desta solução mais moderna e com capacidade de suporte, o Jardim Zoológico prepara-se agora para dar início à fase dois, que irá começar, por exemplo, por uma migração de toda a estrutura Multibanco. Existiam ainda terminais ligados à linha telefónica, o que não só implicava o pagamento de impulsos, mas também um serviço muito mais lento para o cliente final. Os POS sobre IP vão ser espalhados pelos diferentes serviços do jardim e vão poder ser geridos, à semelhança dos restantes serviços, centralmente, o que possibilita um controlo exacto de tráfego gerado e por inerência, do desempenho da rede. Com a actual solução implementada, o Zoo poderá criar uma rede virtual. Se, após a implementação dos terminais necessários em cada um dos pontos de serviços, existir uma sobrecarga dentro da própria rede, existe a capacidade de configurar redes virtuais, colocar lá os terminais e conectá-los directamente aos gateways. Para além da bilheteira virtual, ainda não existem projectos definidos direccionados para os visitantes do Jardim Zoológico, no entanto, agora que a estrutura já existe, estes deverão começar a ser equacionados. O investimento global não foi especificado por nenhuma das empresas envolvidas no projecto, mas Ricardo Oliveira, da SMC, indicou que o valor se «situa bastante abaixo dos 50 mil euros».
OPINIÃO NOTÍCIAS
Rita Costa, marketing manager, Siemens Enterprise Communications Portugal
SEGURANÇA EM EMPRESAS ABERTAS
A
adesão das empresas a sistemas de comunicações abertas é hoje uma realidade. Por um lado, permitem a redução de custos operacionais, pois baseiam-se em arquitecturas orientadas para serviços e eliminam a dependência de um único fabricante. Por outro, permitem a optimização da produtividade ao beneficiarem os colaboradores com ambientes de comunicação integrados e interactivos que têm uma elevada facilidade de uso. Conforme sentem necessidade de um contacto mais próximo com os seus clientes e fornecedores, as organizações usam, cada vez mais, ferramentas móveis e virtuais no tratamento da informação. O que fazer para que uma empresa tenha uma estrutura aberta e, no entanto, possua comunicações e aplicações core de negócio seguras? Na última década, a mobilidade tornou-se parte da vida pessoal e de trabalho. Os negócios realizam-se cada vez mais pela rede digital e as empresas fazem uso de várias aplicações e sistemas virtuais. Para garantirem qualidade, necessitam de trabalhar com formas de identidade com acesso autentificados e seguros. Por outro lado, têm aumentado os ataques e uso abusivo dos recursos. O roubo de identidades cresce 44 por cento ao ano, provocando custos
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financeiros adicionais às empresas. Para além de despesas são, sobretudo, uma nota negativa na sua reputação, exigindo-lhes soluções end to end que estejam de acordo com os requisitos de segurança e compliance. Estas novas formas de estruturar as organizações proporcionam assim grandes desafios. Para que seja possível a fiabilidade de ambientes de trabalho abertos, as empresas confiam na tecnologia e gestão de compliance. As organizações abertas têm efectivamente sistemas versáteis de partilha de aplicações e informação. Por norma, as suas soluções integradas e sistemas de colaboração asseguram mais-valias a parceiros, fornecedores e clientes, e as suas operações fazem uso de tecnologias recentes, como a virtualização e service orientated applications (SOA). Para que uma empresa migre para um novo modelo é necessário que implemente estratégias e auditorias de compliance, e que tenha um bom sistema de gestão de risco no acesso à informação. A abertura implica a introdução de novos métodos, regras e procedimentos. Neste processo, é fundamental identificar os riscos possíveis a que uma organização está sujeita, bem como propor estratégias para os gerir de forma a proporcionar uma continuidade na qualidade do serviço e produto oferecido. Nesse sentido, existe a “disciplina” de Business Continuity, onde métodos específicos são activados para gerir o risco e assegurar à organização a continuidade de negócio com um nível desejado de segurança. Todos os processos de negócio, e não apenas os sistemas de TI, devem adoptar normas de Business Continuity, pois a
segurança da empresa é alvo constante de ameaças, como ataques de vírus e worms em sistemas de comunicação IP; falhas de energia; fugas de informação; ataques aos sistemas de Voice over IP (VoIP). Uma gestão adequada de Business Continuity requer que se determine o impacto das falhas no processo e que se defina, planeie e teste a implementação de planos de segurança específicos. Exige também que se organizem os modos críticos de negócio, de forma a restabelecer-se a normalidade no mais curto prazo de tempo após ocorrer um problema. De um modo geral, as empresas abertas que se preocupam com o seu nível de segurança necessitam criar sistemas assentes em seis princípios: protecção, detecção, reacção, recuperação, restabelecimento e retoma. Este tipo de empresas tem sistemas de arquitectura flexível, mas não descuram a segurança. Focam os seus processos de negócio melhorando a cooperação entre colaboradores e empresas, e entre sistemas tecnológicos de fornecedores, consumidores e parceiros. Uma infra-estrutura segura investe numa boa rede de gestão de identidade e acesso que tenha sistemas firewall de monitorização de tráfego entre redes públicas e privadas, detecção de intrusos e sistemas de prevenção de acessos externos à rede por parte de hackers, soluções proxy para gerir, via Internet, o acesso ao risco e abusos, antivírus, virtual private networks (VPN), etc. Se uma empresa pretende desfrutar da máxima rentabilidade e eficácia de um sistema aberto de trabalho e de negócio, deve assim fazer o uso integrado de todos estes componentes.
O ROUBO DE IDENTIDADES CRESCE 44 POR CENTO AO ANO, PROVOCANDO CUSTOS FINANCEIROS ADICIONAIS ÀS EMPRESAS
SOFTWARE DE GESTÃO NOTÍCIAS
OPENSALES QUER ALARGAR HORIZONTES A empresa está a traduzir o seu software mais conhecido para Castelhano, de modo a entrar no mercado espanhol já em 2009 TEXTO JOÃO PEDRO FARIA
E
mpresa dedicada à comercialização de produtos na área da informática, a OpenSales está a preparar-se para passar a fronteira. Numa altura em que tem a sua estratégia de vendas consolidada no mercado nacional, que marca presença em todas as grandes superfícies, que conta com uma parceria internacional e exclusiva para Portugal com a GData (fabricante de software antivírus e de segurança na Internet) e que tem negócios estabelecidos com a KeyVision (empresa que actua na área da consultoria informática), a OpenSales está prestes a entrar no mercado espanhol. De acordo com Miguel Gaspar, director-geral da empresa, «a OpenSales está a traduzir para espanhol os programas mais vendidos, o Netfacturação e o Netcontactos, para dar início à sua comercialização em Janeiro de 2009 em todas as grandes superfícies de Espanha». Também estão algumas acções a decorrer dentro de portas. Por exemplo, foi criado o conceito de revendedor “delux”, «de forma a dar apoio técnico e comercial a todo o território nacional».
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Até ao final do ano, a estratégia da empresa passa não só por continuar a apostar no desenvolvimento de software de gestão (Facturação e CRM) e no desenvolvimento à medida do cliente, como também reforçar áreas como a de consultoria de informática (com software e ferramentas de segurança), a de webdesign e webmarketing e manter a distribuição exclusiva das soluções de segurança na Internet da GData. Para Miguel Gaspar, a OpenSales dispõe de vantagens competitivas únicas no mercado: «Temos, por exemplo, soluções de gestão que funcionam online, instaladas numa pen drive, num disco externo ou numa unidade de armazenamento local.» O objectivo em termos de volume de facturação para este ano está fixado nos 950 mil euros, sendo a consolidação da quota de mercado a outra meta principal da OpenSales até ao fecho de 2008. Para já, o ano está a correr bem. Segundo Miguel Gaspar, «só com o produto Facturação, a OpenSales conseguiu angariar 800 clientes desde Janeiro passado». Em termos de distribuição da facturação, o desenvolvimento à medida representa 60% do bolo total, as aplicações base, que estão à venda em todas as grandes superfícies e no canal de revenda, pesam aproximadamente 30% e as
soluções de webdesign e de webmarketing contribuem com os 10% restantes. Quanto a mercados-alvo, a OpenSales trabalha não só o mercado PME, interessado pelas aplicações básicas, como também faz negócio com as grandes empresas. «Uma vez que as grandes softwares houses em Portugal não desenvolvem aplicações à medida, as empresas de maior porte procuram-nos com bastante frequência para desenvolvermos essas aplicações», explica Miguel Gaspar. Para este ano, a empresa está a apostar ainda no desenvolvimento de novas aplicações para as áreas de arquitectura e jurídica. Outro aspecto que a empresa não descura é a sua política de renovação de produto, que Miguel Gaspar considera «muito interessante», isto porque, como o software é feito à medida, «sempre que sejam feitos desenvolvimentos, são feitas actualizações para todos os clientes sem qualquer custo». A periodicidade pode ser «mensal, semestral ou sempre que um desenvolvimento o justifique». Actualmente. a OpenSales é composta por 12 funcionários e conta com cerca de 1800 clientes e 250 parceiros (lojas de informática e grandes superfícies).
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TAIWAN, TECNOLOGIA E MUITOS, MUITOS TÁXIS A PCGuia esteve na Computex e conta-lhe as novidades que por lá encontrou
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A Computex, que se realiza em Taiwan, na China, é uma feira tão diferente da CeBIT alemã (grande e industrial), que desafia qualquer tipo de comparação. Para começar, queríamos evitar o problema do cansaço da viagem e os transtornos característicos da diferença de fusos horários. Quando se viaja para Taipé, a metrópole grande e poeirenta situada no Norte da ilha Taiwan, para visitar uma das maiores exposições das maravilhas tecnológicas desta era moderna, é preciso empreender um grande esforço físico. Por essa razão, as preparações para a viagem incluíram
comprimidos para dormirmos algumas horas durante a viagem. Assim que chegámos a Taipé, iniciámos várias tentativas para encontrar um motorista de táxi que soubesse aonde era o hotel onde deveríamos ficar instalados. A mudança de nome do hotel provou ser um mistério para a maior parte dos motoristas de táxis, mesmo depois de lhes termos fornecido um mapa. Felizmente, sabíamos a palavra mágica “Rebar”, que era o nome original do hotel. Surgiu então uma luz de compreensão nos olhos anteriormente confusos do motorista de táxi e este
As meninas de jogos da Patriot
acabou por seguir caminho pelo agitado tráfego da zona do aeroporto, abanando a cabeça vigorosamente e repetindo “Rebar, Rebar” como se fosse uma espécie de Speedy Gonzalez de Taiwan. Chegados ao hotel, quase à meia-noite, a preocupação era mesmo dormir, algo que foi impossível de fazermos porque, de repente, tudo começou a abanar devido a um tremor de terra. Felizmente, não foi nada parecido com o terrível sismo que tinha abalado a China há pouco tempo. Limitámo-nos a abrir as cortinas da janela para ter a certeza de que o prédio do hotel, na baixa de Taipé, ainda estava inteiro e na posição vertical. Seguiram-se mais uns comprimidos para dormir…Depois de uma boa noite de sono, estávamos prontos para iniciar a visita à exposição.
LOCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO Este ano verificou-se uma mudança na localização de grande parte da feira. Originalmente, a Computex centrava-se toda nos espaços de exposição do Taipei World Trade Centre. No entanto, em 2008, uma parte da feira mudou-se para o NanGang Exhibition Hall, um espaço multinível capaz de albergar metade da exposição. Foi por aí que começámos a visita. O primeiro encontro na feira foi com as memórias Patriot. Esta empresa começou realmente a fazer ondas num mercado mais do que preenchido, como o das memórias. A série de memórias DDR3 ‘Extreme Performance’ Viper estava assim um pouco por toda a Computex, instalada em várias novas placas da Intel. Já tínhamos O Ra X10 da empresa startup Ikonik tem refrigeração a água integrada
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analisado anteriormente módulos DDR3 da Patriot a 1866 MHz, concorrendo lado a lado com a série Dominator da Corsair. Agora a Patriot estava entusiasmada com a apresentação das suas novas memórias Viper a 2000 MHz. O NanGang Centre pareceu-me bastante mais espaçoso do que o espaço principal de exposição do TWTC. A acústica do edifício parecia absorver os sons, em vez de reflectir simplesmente a cacofonia dos ruídos emitidos pelos vários expositores e visitantes.
SENSAÇÕES POR MEIO DO TOQUE A Gigabyte com a pequena maravilha da AMD, chamada HD 4850
Antes da chegada da multidão, a visita até foi relativamente relaxante
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Como foi a tecnologia que nos levou à Computex, falemos então de tecnologia. Tínhamos ouvido dizer que a Albatron estava a reentrar no mercado gráfico PCI. Atenção que é PCI e não PCI-e. Normalmente, isto provocaria mais do que uma ligeira incredulidade da nossa parte, algo que costuma acontecer quando é anunciada uma nova placa AGP. Depois de termos ficado a saber que os fabricantes da placa Atom ficaram limitados relativamente à adição de portas gráficas – devido ao medo da Intel em ver enfraquecer o seu mercado de chips Core 2 – esta notícia pareceunos interessante. A Albatron não está com os olhos postos nas placas de topo de gama, mas antes naquelas que se destinam ao mercado que valoriza muito o preço.
Propõe assim três placas: a 8400, a 8500 e a 8600. Na nossa opinião, não é o desempenho 3D que faz com que valha a pena adquirir estas placas PCI. Com uma placa Atom de cerca de 60 euros e um GPU PCI de cerca de 30 euros com tecnologia HD PureVideo da Nvidia fica-se desde logo com as bases para um pequeno centro multimédia de alta definição. Na vertente dos monitores, a Albatron também apresentou um monitor de 22 polegadas com tecnologia de ecrã táctil multitoque. Graças a um par de sensores ópticos colocados nos cantos superiores direito e esquerdo do ecrã, o monitor é capaz de detectar a posição e o movimento dos dedos, à medida que estes bloqueiam sinais IR provenientes de barras de luz localizadas na parte inferior e nos lados do ecrã. Esta tecnologia é mais barata do que a tecnologia de ecrã táctil padrão e não impõe restrições quanto à dimensão do ecrã. Utilizando o Google Earth, fomos capazes de rodar o mundo, percorrê-lo e utilizar o toque dos cinco dedos da mão para rodar a visualização. Impressionante! No vasto conjunto de PSU e placas gráficas, normalmente bastante semelhantes, tentámos encontrar ainda outros raios de sol na monção tecnológica de Taipé. Por exemplo, a XClio tinha um conjunto brilhante de chassis de jogos com vários LED, ambos com controlo independente de
ventoinhas. O Blackhawk disponibiliza uma ventoinha lateral de 250 mm e conta com duas ventoinhas gémeas no topo e na parte frontal. No entanto, a caixa 2000 Extreme Cooling é um pouco estranha, com ventoinhas a cobrir toda a parte frontal, a qual pode ser movida de forma independente para permitir o acesso às baías de unidades. Também nos chamou a atenção a caixa Mini-ITX da JSP-Tech, que inclui um ecrã táctil de sete polegadas. Trata-se da caixa jukebox multimédia perfeita. Este chassis está concebido para poder ser montado na parede ou para permanecer solto e é disponibilizado em vários estilos e cores para se adaptar aos gostos de uma grande variedade de utilizadores. Infelizmente, como viria a descobrir no dia seguinte no stand da Compro, o PC media centre está ameaçado de extinção.
NÃO É NECESSÁRIO UM PC? Além de apresentar mais sintonizadores de TV USB e PCI-e impressionantes, a Compro também tinha em exposição o seu novo Network Media Centre. Ligando-se directamente ao televisor e à rede, esta caixa não precisa de qualquer PC. Graças à interface SATA existente, podemos ter acesso a qualquer conteúdo HD, a partir apenas da caixa. A leitura de conteúdos H.264 é apresentada com uma resolução completa de 1920x1200 sem problemas. O Network Media Centre da Compro também pode ser utilizado como máquina BitTorrent isolada. É igualmente importante o facto de conseguir desempenhar ambas as funções a 0 dB e de ser pequeno. Quanto à Ikonik, uma nova empresa, esta conseguiu criar um impressionante PSU e chassis. Este facto é ainda mais notável se considerarmos que a empresa só tinha uma existência de três meses. A caixa Ra X10 tem algo da Cylon. Além de disponibilizar um indicador de arrefecimento líquido, pés ajustáveis, ou um painel lateral transparente, também conta com um sistema de gestão inteligente. O software permite controlar completamente e monitorizar a temperatura, a velocidade das ventoinhas e o fluxo líquido do PC. Por sua vez, com o recurso a conectores extra podem ligar-se outros dispositivos ao sistema, nomeadamente o GPU. Esta tecnologia está a ser utilizada na PSU Vulcan da Ikonik. Ainda com a designação Mad Tweaker, permite monitorizar e ajustar a maior parte dos aspectos da PSU, constituindo assim uma opção interessante para os “loucos dos ajustes”. Apesar da grande quantidade de placas e dispositivos Atom existentes na feira, a ECS conseguiu propor algo diferente. Foi o único fabricante a disponibilizar mais funcionalidades nos seus PCBs. Se quisermos tirar partido dos GPU PCI da Albatron, esta é a placa a utilizar. Com uma slot mini PCI-e e para RAM extra, a opção da ECS fornece a mais completa funcionalidade. Este fornecedor também está a
tentar disponibilizar uma opção SLI arrefecida a água dentro da sua gama GPU. A ECS pretende comercializar um conjunto de placas ligadas ao mesmo espaço de baía Thermaltake de 5.25 polegadas que é utilizado pela ASUS Trinity. Podese discordar do facto de isto alguma vez vir a ser eficaz em termos de custos para chegar a ver a luz do dia. No entanto, não deixa de ser uma possibilidade interessante.
DIVIDIR A ATOM A Atom também estava presente no stand da MSI, nas suas formas para laptop e para desktop. Era claramente o produto que a MSI mais estava a tentar promover. No entanto, depois de uma rápida experimentação com o novo Eee-beater, foi o sistema de arrefecimento do GPU que prendeu a minha atenção. Neste mercado atulhado de produtos, que está a crescer cada vez mais, ao ponto de a Nvidia insistir em colocar mais e mais revisões nas prateleiras dos pontos de venda, a diferenciação é um aspecto vital. Desta forma, com um sensor de temperatura incluído, o sistema de arrefecimento Hybrid Freezer pode ajustar de forma dinâmica a velocidade da ventoinha, tornando a placa passiva em situações de baixa carga de trabalho.
A ECS foi a única empresa presente na feira a expor uma variação relativamente ao desenho de referência da placa Atom
PRO CASE STUDY HOTSPOT NOTÍCIAS
O impressionante ecrã táctil multitoque da Albatron. A arquitectura escalável deverá permitir ecrãs enormes com esta tecnologia táctil
A Shuttle também é uma empresa a precisar de diferenciação num mercado em crescimento, e provou o compromisso com essa necessidade no final do nosso dia de feira. Com tantos fabricantes a adoptarem o mesmo tipo de mercado da Shuttle, esta tem sido forçada a alterar o seu caminho. Anteriormente, tornou-se conhecida pelos seus mini-PC excelentes, embora com preços algo elevados. Actualmente, está a avançar pela primeira vez para o segmento do baixo custo. O K48 básico de 45 nm pode agora ser adquirido por cerca de 125 euros. Se lhe adicionarmos o E7200 e uma placa gráfica decente, obtém-se um segundo PC muito bom. O K58 inclui a Atom a 1,6 GHz, mas não conta com nenhuma das opções de expansão do K48.
DO CONTROLO DE ACESSOS À MULTIDÃO
A nova GTX 280 em toda a sua glória, tanto em termos de pixels, como de roupagem Gigabyte
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No último dia começámos a visita pelo stand da Gigabyte. Depois da excelente placa Atom, existia pouco mais para ver, além da impressionante nova G45, na área das motherboards. Contudo, estavam a ser apresentadas mais propostas em termos gráficos. Assistimos a uma demonstração, à porta fechada, da nova placa GTX280 da gigante Nvidia, que foi a primeira a desvendar a amostra da Gigabyte. Colocámos ainda as mãos na pequena HD4850 da AMD, mas não houve oportunidade para a testarmos. Seguiu-se o stand da Asus. Se o espaço em que estava a Gigabyte era um santuário, o espaço da Asus era mais um local de teste. Sem os entraves da verificação do cartão de visitante/imprensa, era um espaço aberto a qualquer pessoa, o que fez com que albergasse uma verdadeira multidão. No entanto, uma vista de olhos pelo stand permitiu localizar algumas surpresas interessantes, apesar daquela
gente toda colocar no limite a minha resistência a muitas pessoas juntas. Continuando a tendência de se manter taco a taco com a concorrência, a Asus apresentou a sua nova série Matrix de placas gráficas, disponibilizando a detecção e ajustamento dinâmicos da voltagem, da velocidade de relógio e da velocidade da ventoinha. O resultado final é uma placa inteligente que pode alternar entre os modos de desempenho elevado e de poupança de energia num piscar de olhos. Também estavam em exposição os frutos do trabalho de desenvolvimento da Trinity. A Splendid é assim uma placa PCI-e com um chip 3850 móvel incluído e com uma slot MXM separada na parte de trás para permitir actualizações futuras com uma placa móvel compatível com CrossFire. Podemos dizer assim que nasceram as GPU modulares. A nova 1000H também estava em exposição. O novo lote de máquinas baseadas na Atom – as 901, 1000 e 1000H – apresentam todas a mesma tecnologia das placas Matrix, designada por Super Hybrid Engine. É interessante verificar que a 1000H é a primeira Eee com uma unidade de disco rígido standard, sendo comercializada com 80 GB ou 160 GB, dependendo do sistema operativo escolhido. A Asus apresentou igualmente os seus primeiros laptops XpressGate, máquinas que arrancam com um sistema operativo funcional baseado em Linux em apenas cinco segundos. Para a maior parte das utilizações do dia-a-dia, utiliza provavelmente o sistema operativo da Microsoft. No entanto, para uma rápida consulta das mensagens de correio electrónico ou de um site Web, trata-se de uma vantagem interessante. Restava-nos ainda uma visita final ao espaço de exposição da OCZ. Foi uma boa oportunidade para vermos os novos laptops DIY que esta empresa estava a lançar. Anteriormente, estávamos um pouco cépticos quanto aos benefícios desta iniciativa, devido ao facto de só ser possível mudar o disco rígido, o CPU e a RAM. No entanto, a OCZ está actualmente a deslocar-se para o mercado MXM, disponibilizando actualmente uma forma séria de actualização dos seus notebooks.
As novas placas Matrix da Asus. Têm tudo a ver com consumo de energia
INTEL EM ALTA Localizada num espaço do hotel Grand Hyatt, a Intel fez a sua exposição quase à porta fechada, onde revelou os seus últimos brinquedos tecnológicos. O seu novo chipset G45 foi um dos produtos apresentados. Está concebido para retirar carga de trabalho ao CPU quando se correm conteúdos HD, nomeadamente um disco Blu-Ray, que foi utilizado na demonstração. O CPU foi então capaz de adicionar efeitos pósprocessamento por cima da reprodução Blu-Ray. A codificação de vídeo também ocupava um grande destaque no menu proposto pela Intel, com os seus representantes a rebaterem as afirmações da Nvidia de que conseguia grandes aumentos de desempenho através da utilização dos seus GPU com capacidade CUDA. A voz mais notada neste aspecto era a de Francois Piednoel, analista de desempenho sénior na Intel, que se mantinha obstinado quanto ao facto de a codificação de vídeo continuar a ser da responsabilidade do CPU. Afirmou existir uma maior qualidade de vídeo quando codificado pelo CPU. Utilizando o DivX como exemplo, explicou que utiliza o processador para ajustar dinamicamente detalhes ao longo dos cenários, de modo a garantir que áreas importantes são
apresentadas com todos os detalhes. Ainda segundo Francois Piednoel, a abordagem CUDA é um método de “força bruta”, que divide o cenário tratando todos os pixels da mesma forma. Uma vez que não retém o detalhe de forma dinâmica em áreas-chave, Piednoel especulou que o codificador de vídeo CUDA irá disponibilizar provavelmente vídeo de baixa qualidade, mesmo que o faça mais rapidamente do que um CPU. Os representantes da Intel procuraram combater igualmente algumas críticas que têm sido feitas aos seus processadores Nehalem. Nesse sentido, foi apresentado um quad-core em overclocking, numa versão eight-threaded. Podiam ter dito a frequência, mas alegaram que só fariam isso com a condição de depois nos atirarem por uma das janelas da torre do hotel. O suficiente para dizerem que os cores eram estáveis e que corriam com uma percentagem de overclocking de dois dígitos. A par do computador Nehalem estava um conjunto dos novos discos da Intel a funcionar em RAID, contribuindo para a capacidade de resposta global disponibilizada pelo sistema. Mais uma demonstração no laptop de Piednoel,
A Intel fez demonstrações com os novos discos no hotel Grand Hyatt, parecendo cumprir a promessa de um arranque rápido das aplicações e de uma capacidade de resposta muito maior
baseado num Penryn a 2,6 GHz, provou a verdade da sua afirmação, de que disponibiliza completamente a promessa dos SSD. Outro representante da Intel apressou-se a afirmar que aplicações como o Word e o Excel arrancam no espaço de um segundo após o primeiro clique. No entanto, a apresentação mais impressionante foi o verificador de vírus (ou vírus scan). Normalmente, o HD é o ponto de estrangulamento numa verificação completa do sistema, dado que o CPU tem de esperar que a informação seja verificada em toda a unidade de disco. Com estes SSD, o processo de verificação é acelerado significativamente. Foi uma demonstração impressionante, apresentando velocidades que nunca tínhamos visto antes em unidades de disco rígido do mesmo género.
NOTÍCIAS BLOG DO GATO
BATERIAS QUE EXPLODEM, 2.º ACTO A Sony viu-se obrigada a mandar recolher notebooks com baterias defeituosas... outra vez
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Já que falamos de portáteis neste número, achei por bem dar-lhe a notícia de que a Sony está a recolher 438 000 computadores das séries VGN-TZ100, VGN TZ200, VGN-TZ300 e VGN-TZ2000. O problema que originou a recolha prendese com uma ligação eléctrica defeituosa, que pode causar um sobreaquecimento extremo e levar mesmo ao derretimento da caixa. Este problema não é inédito. Há alguns anos, a Sony teve um problema com baterias que explodiam e também foi forçada a recolher milhares de computadores. Não se percebe como é que coisas destas acontecem, principalmente com produtos de uma marca com os pergaminhos da Sony. Eu tive uma TV dessa marca durante mais de 15 anos sem um único problema... Mas os aparelhos electrónicos explosivos não são exclusivos da Sony. A Nokia também já teve um problema com baterias que
explodiam. O espaço cada vez mais curto entre lançamentos faz com que o tempo para os testes seja também mais pequeno. De qualquer modo, estes produtos não apresentam soluções de engenharia assim tão radicais que os tornem novos ao ponto de criarem problemas completamente inesperados. Por outro lado, estes computadores não custam propriamente cinco euros, além de que o preço que se paga a mais devia proteger o consumidor de coisas deste género... Nos últimos tempos temos usado na PCGuia o novo browser do Google, o Chrome, que é leve, rápido e deliciosamente minimalista. Gostando-se ou odiando-se é uma lufada de ar fresco no panorama dos browsers, dominado por dois produtos, o IE e o Firefox. Que saudades da guerra dos browsers...