E-zine oficial do cantor e compositor Sérgio Britto - Nº8 - Ano 0 - Abril de 2007 - Distribuição Gratuita
Leia nesta edição Entrevista Exclusiva com Sérgio Britto
página 3 Mais novidades no Planeta Titânico
página 4 Agenda lotada para o mês de abril
página 4
Mesmo sendo um marco “Cabeça” não vira capa da Bizz A edição de número 212 da Revista BIZZ que circula neste mês de abril tem uma matéria que conta sobre o impulso que o álbum “Cabeça Dinossauro” deu na carreira titânica. Em seu blog, Britto afirma a uma fã desapontamento do álbum não ter sido capa da tal revista. “Saiu então? Veja como são as coisas: um disco importante como esse não merece mais nem a capa de uma revista como a BIZZ ( especializada em música!). Nada contra o Miranda é claro! “. Ao ser questionado da “bronca” com a publicação, o músico é conciso: “Acho a revista fraca, sempre achei. Em todo caso, melhor com eles que sem eles”. Para colecionadores, a revista já está nas bancas . Confiram um trechinho da reportagem de Ricardo Schott: A turnê do disco Cabeça Dinossauro, o terceiro dos Titãs, já varria o Brasil desde o lançamento do álbum, em agosto de 1986. Entretanto, foi só quatro meses depois - e justamente no Rio de Janeiro, cidade que até então praticamente ignorava o grupo - que
Arnaldo Antunes (voz), Sérgio Britto (voz e teclados), Branco Mello (voz), Paulo Miklos (voz), Nando Reis (voz e baixo), Tony Bellotto (guitarra), Marcelo Fromer (guitarra) e Charles Gavin (bateria) puderam renascer como a banda de rock radical, barulhenta e agressiva que os colocou na história. Se os dois primeiros discos do octeto (Titãs, de 1984, e Televisão, do ano seguinte) soavam "travados", a energia quase punk de Cabeça Dinossauro levava o público da banda a atitudes sempre insuspeitas. (...)
Próxima edição 02 de maio
Palavras - Notícias de Sérgio Britto
02
Capitalismo selvagem O que vende mais, um revival de um cd que foi marco na história titânica ou um reality show (by Sílvio Santos) que traz a tona o cotidiano para a tv? Quem escolheu a segunda opção, está enxergando sob o olhar do capitalismo selvagem. Nem a Bizz, uma revista “especializada” em música deixou de ir pelo lado monetário. Tudo bem, o tal programa Ídolos também é musical. Ops! Tem certeza? Infelizmente é assim, as pessoas gostam do momentâneo, de estar complacentes com a realidade virtual desses reality shows, é assim que caminha a humanidade... Ontem Fama, hoje, Ídolos e amanhã? Quais serão os músicos lançados pelo estopim? Já dizia a música: “ Desde os primórdios / Até hoje em dia / O homem ainda faz / O quê o macaco fazia Eu não trabalhava, eu não sabia / Que o homem criava e também destruía ). É isso aí! Homem Primata, capitalismo selvagem...
Palavras - Notícias de Sérgio Britto
“ Continuar com ‘A melhor banda’ parecia a única opção possível ou a que mais nos aproximaria do Fromer” Nada a mais, nada a menos. O Zine Palavras deste mês fez uma entrevista superexclusiva com Sérgio Britto. Confiram.
ZP: O que os titãs estão "aprontando" para até o fim de 2007? SB:Um filme ( documentário), uma edição comemorativa ( com demo incluída) do Cabeça Dinossauro, uma coletânea da série “perfil” da Som Livre, O catálogo remasterizado com bonus tracks , uma turnê com repertório novo. Ufa! Não tenho certeza se tudo isso realmente vai rolar, mas como disse: estamos trabalhando pra isso.
ZP: Ano passado, o álbum Cabeça Dinossauro completou 20 anos, os fãs ficaram sabendo de uma remasterização. Isso vai rolar? SB: Problemas burocráticos envolvendo a nossa antiga gravadora WEA. Nesse mundo das grandes corporações é tudo muito, muito lento. Estamos trabalhando para que antes do fim do ano esse projeto finalmente aconteça.
ZP: O filme "A vida até parece uma festa" estréia esse ano? Ele é baseado nas filmagens que Branco fez ao longo dessa caminhada? O que ele terá de diferencial?
motivos. Nenhum deles vem ao caso agora….. ZP: Os projetos solos "apimentam" a relação na banda? Não se corre o risco do prazer solo ser maior (como aconteceu com o Nando e Arnaldo) e acabar saindo de vez? SB: É melhor correr esse risco do que implodir a banda. Ninguém funciona bem preso, acorrentado.
SB: São , na maior parte do tempo
ZP: O nome "Titãs" é um propulsor para o segmento solo? Você acha que teria mais dificuldades se fosse apenas o Sérgio Britto e não do "também tecladista dos Titãs"?
SB: Claro que sim! Temos quatro
imagens inéditas, de bastidores. O
SB: Se eu não fosse dos Titãs teria
discos realmente importantes:
próprio formato do filme vai ser
uma série de desvantagens, é claro,
Cabeça Dinossauro, Jesus não tem
diferente . Como o Branco costuma
em contrapartida, talvez algumas
dentes no país dos banguelas, Õ blésq
dizer: É mais uma viagem – “As
vantagens também….. Por exemplo:
blom e o Acústico.
aventuras dos Titãs”.
teria muito mais tempo para traba-
ZP: Saiu na revista Bizz uma matéria sobre o Cabeça, você também o considera um marco na história titânica?
ZP: Se formos levar pelo lado cronológico, esse ano seria o ano de homenagens ao "Jesus". O que ele tem de diferente dos demais? Quais são suas músicas preferidas? Por quê? SB: Ele leva adiante a mistura de música eletrônica com rock ( sam-
plers, programações , etc) iniciada com “O que”. Gosto de “Comida” ( precisa dizer por que? É um clássico!) “Mentiras” e “Diversão”. ”Mentiras”, pra mim, mistura, na dose exata, rock pesado e melodia. Cantei no MTV ao vivo, já era um desejo antigo. “Diversão” - era a canção dos Titãs que o Renato Russo mais gostava. Ainda gosto
Acesse: www.sergiobritto.com.br Jornalista Responsável: Fabiana Yoko Mtb: 46277/SP Design Gráfico: Jota Abreu Colaboração: Adry Gavin, Juliana Viana
muito da letra, do som , tem tudo a ver comigo…. Apesar de ser uma das canções mais importantes do nosso repertório algumas pessoas sequer sabem que fui eu que a compus. Sempre tive vontade (a exemplo do que acontecia com “Mentiras”) de poder dar a minha interpretação à canção e aproveitar para deixar claro quem é o autor. ZP: Qual é o seu disco predileto? Quais são as qualidades para que ele esteja no topo do seu ranking?
lhar, poderia usar todas as minhas ZP: Os titãs passaram por crises: Saída de Arnaldo, morte de Marcelo, como superar e continuar nos palcos? SB: O importante é manter a sensação de que ainda há algo a fazer, de que a química da banda ainda está viva. ZP: Como foi a decisão de levar o "A melhor Banda" em frente após a morte do Fromer? SB:Parecia a única opção possível ou a que mais nos aproximaria dele.
SB: Õ Blesq Blom: é o mais criativo, o sonoridade própria, além de ser muito
ZP: Você já teve vontade de sair? Se sim, quando e por quê?
bem produzido.
SB: Sim, várias vezes e por milhões de
mais original,Tem boas canções e uma
composições no trabalho solo, etc. ZP: Quais são os prazeres de fazer um solo? SB:Poder traçar um caminho estético do jeito quer se imaginou sem ter que “negociar” com outras pessoas. ZP: Quais são as dificuldades de se fazer música no Brasil? SB: Muitas: só de pensar em falar disso me dá um cansaço….
Palavras - Notícias de Sérgio Britto
04
Um retrospecto da relação passional entre a revista e a banda que criou Cabeça Dinossauro mente a partir de novembro de 1991, quando André Forastieri assinou uma crítica nada elogiosa sobre o disco Tudo ao Mesmo Tempo Agora, numa edição que ainda trazia o grupo numa matéria chamada na capa pela frase "A crítica é estúpida!" "Em 1986 a revista tinha uma geração mais próxima da gente: Sonia Maia, Scot (José Augusto Lemos), Celso Pucci. Mas a geração que veio depois escancarou. O que o Caetano e o Gil foram para a Folha de São Paulo numa época, nós fomos para a BIZZ nesse período", diz Charles Gavin, citando em especial Camilo Rocha, autor da famosa resenha, publicada em fevereiro de 1992, que dizia que a banda subira ao palco do festival Hollywood Rock "murcha como um palhaço desdentado". "Ele foi extretamente agressivo com a gente no período em que trabalhou lá." A relação tensa chegou a seu ponto crítico no mês seguinte, num show em Sorocaba (SP) patrocinado pela BIZZ, no qual cada espectador recebeu um exemplar da
Revista Bizz Na entrevista de lançamento do Cabeça Dinossauro, em agosto de 1986, a relação dos Titãs com a BIZZ começou a ficar esquisita. No papo, Arnaldo aproveitou para reclamar da desatenção da imprensa - que, à época, não apostava nem um pouco no grupo - em especial da própria revista, que, apesar de já haver dado espaço à banda em seu primeiro número (na matéria "Titãs na TV", que mostrava os bastidores de apresentações televisivas do octeto), colocava-os em destaque pela primeira vez no lançamento de seu terceiro disco. "A gente tinha uma relação passional com a BIZZ", diz Toni Belloto. "Como era a única revista de rock, a gente tinha uma grande expectativa com ela." Apesar de terem sido considerados os melhores do ano de 1987 e de terem recebido várias críticas elogiosas, os Titãs passaram por momentos delicados com a revista - especial-
27
03Jacareí - SP
Frederico Westphalen - RS [Parque de exposições - 22h]
[Praça Pública - 21h]
20Caraguatatuba - SP
13Manaus - AM
Concórdia - SC [Parque Municipal de Exposições - 21h]
[Studio 5 - 23h30min]
[Praça de eventos - 22h]
21
revista - e, graças a um comando de Branco Mello, os exemplares foram todos rasgados. O conserto na relação BIZZTitãs só seu deu quando Carlos Eduardo Miranda foi entrevistá-los durante a gravação de Titanomaquia - o grupo e Miranda se deram tão bem que montaram o selo Banguela, responsável pelo lançamento de Raimundos, Maskavo Roots, Little Quail etc. "A gente bateu muito de frente com pessoas da BIZZ que tocavam na noite como a gente, mas não conseguiram viver de música", diz Charles. "Havia uma vontade dessa imprensa de endeusar a coisa inglesa, de Smiths, New Order, Joy Division... e viam o rock brasileiro como se a gente não fosse bom o suficiente. Só que o rock nacional é diferente, do jeito que pode e deve ser. Esse tipo de pensamento deu as cartas na imprensa paulista durante um tempo. Aquela coisa do cara que é paulista mas queria estar morando em Londres." ZZ
30
Guaíra - PR Araxá - MG [Centro Nautico de Guaira - 23h] [Parque de exposições 23h30mim]