Paisagem De Passagem

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  • Words: 2,928
  • Pages: 46
Dedico estas linhas aos meus amigos distantes; Gláucia, Ederson e Leonardo (Brasil), Leila (Hamburgo) e Vanilza (Suíça) que sempre estiveram em palavras presentes ao longo desse percurso que me trouxe até este ponto em que hoje me encontro.

Paisagens de passagem Há pouca poesia além dos olhos do poeta!

Esta é uma coletânea de textos, que surgiram em diversos períodos e fases de criação e inspiração. Aqui se encontram escritos de um adolescente hesitante vivenciando os seus 15 anos de vida no início dos anos 90 ao lado de outros tantos de um rapaz em meados dos vinte anos acompanhando intensamente o desabrochar do século XXI e as (in)certezas contemporâneas de um homem adulto de mais de 30 anos. Não há a menor pretensão de se criar uma unidade cronológica ou contextual.. A intensão é uma obra descontínua, desconexa, repleta de inconstâncias, qual o diário de viagem de quem ainda estar por viajar e ignora por completo o dia de seu retorno. O eu-poético é o de um observador assíduo que não ousa intervir, apenas descrever e recitar suas experiências e percepções mais peculiares, particulares e intensas. A leitura destes versos pode ser considerada um convite exclusivo e bem particular para se compartilhar das vivências líricas dos inúmeros poetas-personagens criados pelo autor. Ao autor cabe apenas a função de se dirigir ao leitor neste texto introdutório, que você leitor agora ler, e agradecer pelo interesse e desejar-lhe uma ótima viagem ou quiçá apenas um breve passeio pelas diversas paisagens de passagem que ambularão pelas páginas conseguintes. O de Andrade

Bielefeld, Alemanha, junho de 2008

em tudo ao meu redor vejo o suor alheio trabalho exaustivamente empregado em função da sutil necessidade (extrema?)do existir coisas ao meu redor. 1993[

O: ]

a luz repentinamente violenta a escuridão em que estou imerso e tudo ao meu redor adquire cores e dimensões, materializando-se em objetos inertes que agridem meus olhos e os fazem clamar: “TENEBRÆ!” 1994[

O: ]

aeroporto: luzes seguindo em linha reta até se encontrarem num vasto espaço em escuridão aguardando...

a lagoa: escuridão denunciada pelo reflexo da avenida em sua vastidão de águas trêmulas aguardando em vão... ...atravesso noctívago pela avenida afora

a praça Central pára para ver a banda passando por um instante tudo a acompanha; os ônibus esvaziados reclamando, o cinza, ofuscado pela explosão de cores, estranha e eu ali, parado na flor do momento, nada ainda entendo.

Industrial entre a pedreira e as serras no extremo súbito espaço extende-se, só bares e lares; bairro.

em Palmares de liberdade vigiada; cachorro lambe a boca de bêbado na calçada, os orixás recebem oferendas na encruzilhada, lata d’água ainda sobre a cabeça sobe a escada, há disritmia de cores na fachada e teus olhos negando-me a tua estrada.

1995[

O: ]

Cabinda Lembranças numa saudade sem fotografias sem uma presença apenas o olhar vagando pelo horizonte de atlântica essência no elo azul céu-mar de uma etérea corrente quase esquecida nas vagas de uma memória sem a linearidade e a verdade históricas , plena em si mesma... olhos que miram Angola além do vasto oceano em busca de algo que no velejar do vento ‘inda seja seu. terça-feira, 12 de dezembro de 2000[

O: ]

céu único oásis simples espaço azul lúgubre reivindica luz usinas ásperas rastros hostis sinônimos ostensivos da humana ação interrompem-lhe o silêncio as turbinas sincrônicas de um avião 1998[

O: ]

da penumbra me vem a janela emoldurando o horizonte recortando-o em telas que se complementam onde a paisagem arde transfigurando-se intensa em cada fração de átimo perante meu inquieto olhar extenso e só sobre esses morros pálidos pipocando sempre em luzes sob um céu quase dourado mesclado de negras nuvens... 1999[

O: ]

eis gotas de silêncio ferindo meu árido solo num sim multiplicando-se em marcas profundas constituindo-se nos rastros de mim... 1998[

O: ]

--------------------------------------------------------------entre edifícios

há uma árvore parada na calçada, que está em frente a fachada de um shopping e sobre a árvore parada na calçada, que está em frente a fachada de um shopping há Orião, brilhante -entre edifíciosnuma inesquecível noite de verão sonolenta e sem fogos de artifícios.

1994[

O: ]

1996[

O: ]

me sinto caminhando para além desta América brasileira, aquém, do terreiro da urbe ladeira Beagá; silenciada pela prosa arcaica proferida pelos transeuntes desnorteados, em frenético perambular, pelo mundo em caos via satélite, por minutos tão inertes e plenos do agora pelo desdobrar da vida diante de si. 1998[

O: ]

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------

transformando em fatos verbais o silêncio que estes olhos tortos e tão contidos vêem arder em luz de trópicos miscigenados. as possibilidades em si, vazias, clamando serem densamente preenchidas pelas palavras proferidas,seja lá como e onde for,pelos dizeres de todos os poetas mortos a cada verso lançado a luz em detrimento de milhões lançados a escuridão serena, em instantes de lágrimas explodidas, ao tocarem o chão qual semente estéril aguardando a morte sob o sol árido tendo, assim, banalizados seus motivos e fins. 1997[

O: ]

1999[

O: ]

nada escrevo na noite, escuto o correr das nuvens as estrelas ocultando. quase percebo a noite, escuro ser transcorrendo sobre meus pensamentos outoniços de outubro!

1999[

O: ]

1998[

O: ]

rroon nd daa--m mee’’ssttrreellaass ssiillêên ncciiooss sseerreen niid daad dee m meerrggu ullh hoo n naa n nooiitteessccu urriid dããoo iim meen nssu urráávveell aaooss oollh hooss

Noite pela estrada

noite pela estrada curta grave em estrelada curva

cuja lua ainda turva

o meu tempo segue, furta,

turva, curva e encurta.

1999[

O: ]

Noitestrelas

-árvoresombras quase velas vencidas pelo vento telhadosilêncios, janelas que se apagam noitestrelas surgem única e muitas escuridão pontilhada de luzes distantes e diversas não me há palavras para vê-las em versos resta-me o desejo de dizê-las e as digo a mim mesmo para esquecê-las mergulhando-as n´algum recanto já adormecido de meuniverso

1996[

O: ]

pelo norte horizonte, calda da ursa inversa, meu norte anuncia ao tempo.

Árvores, passa o vento. Clarão contra a turva treva, dentre nuvens, o dia rompe.

1997[

O: ]

1997[

O: ]

leira aberta pelo tempo em mim aguarda a semente plena em luz entreaberta para o céu, azul sem fim, donde a chuva cai e a tudo seduz e doira com suas gotículas, em vão!

Reflexo

fura água suja pura lu a nu a n a ru a dura crua nu a

1996[

O: ]

Silêncios... ...extensos -subseqüentesininterruptos e solitários, silêncios imersos em inúmeras letras de fontes e cores bastante diversas onde fonemas mudos nada dizem por estarem distantes de mim. silêncios que os olhos tentam romper recorrendo aos pensamentos, ora tão límpidos quase audíveis, ora tão turvos quase fumaça ao vento. silêncios sempre imersos em sobriedade!

1996[

O: ]

1993[

O: ]

sob o céu cheio de estrelas nada (mais)me faz tão bem quanto vê-las brilharem cintilando ao léu, ora alvas, ora amarelas, ora pérolas, ora flores belas, às vezes cortando o céu puras luzes efêmeras, suas cruzes etcéteras, nuas fogueiras eternas a enfrentar a plena escuridão, duras torneiras externas a derramar luz na amplidão, cegando-me por tanto querer vê-las, afogando-me na imensidão láctea de estrelas, negando-me por tanto querer vê-las, apagando-me na imensidão áurea de estrelas.

1996[

O: ]

Primeiro, vi teus tons dispersos sobre a água já turva, onde as linhas dos edifícios, em trêmulas curvas, estavam. Agora a luz do sol atravessa depressa a camada de folhas espessa da centenária árvore, só para lhe tocar, em círculos esparsos, os cabelos e a bege pele, ou seria esta a cor de tua calça? e o azul de tua camisa; cor de seus olhos? ou seriam por trás dos discretos óculos, mel? Teus pés a alguns centímetros do chão, envoltos em negro. Tua face serena a me perguntar; _quantas horas? e eu cego - sem cada ponteiro entender – inclino meu pulso para no relógio ter-te.Estás lá, firme e eternamente.Nada te digo, para viver este instante por inteiro. Percorre meus olhos, cada ponto de ti. És luz, luz rasgando o verde ao teu redor, dando-lhe sabor. Pinto-te já ao longe, em carbono sobre papel, por retas e curvas letras, diminuído-te para suportar-me.

1997[

O: ]

um sol imenso submergindo atrás da rocha nua da pedreira iluminada pela ausência de palavras capazes de lhe permitir a existência impretérita aos olhos, a matéria e a memória... ...persegue meu olhar.

1997[

O: ]

1999[

O: ]

1994[

O: ]

gotas pingam todas no nada da calçada vazia poça pa ra da ao sol seca e finda para o olhar.

Chovia. Gotas explodiam sobre o asfalto cinza pálido quente em silêncio manchando-lhe a superfície vazia percorrendo-lhe aglomeradas, frias em enxurrada quase correnteza... Tocam a terra sedenta nos canteiros onde árvores restam imensas, imóveis crescendo em vida e verde... Varrem os morros suados em euforia levando-lhes a cor desfeita em incerteza lavando-lhes a pele mulata ardente coberta pelas favelas presas no alto... Sob o sol de inverno tropical em meus olhos já sedentos impregnados por diluvianos pensamentos... Chovia.

1997[

O: ]

Crime sangue pulsa forte rubro tiro furo... ...sangue corre rumo ao chão negro duro seco... ...fuga morte.

1995[

O: ]

Os mares de Minas -1 “...mar é o que a gente sente saudade?...” Guimarães Rosa

quão vastos são os mares de Minas! suas águas brotam da memória ou do desejo de ter o jamais visto. suas ondas vão e vêm, vêm e vão tornando-se quase presenças seu marulhar... ...sua brisa atlântica... ...seu eterno azul a verdejar qual as serras gerais.

1995[

O: ]

1999[

O: ]

1994[

O: ]

O sempre presente entendo em dor, em cor, em flor rompendo o horizonte extenso, sóbrio, onipresente, mas não o tenho, posto que nunca o vejo.

em tempo tempo tempo tempo tempo tempo tempo tempo tempo tempo tempo tempo

1996[

O: ]

Um canto tosco complexo e exótico almejaria um poeta calado pelo silêncio extenso do tempo escorrendo sobre seus pensamentos, que resta além de sua voz no teu canto?

2000[

O: ]

o tempo um fluir constante do presente instante a fluir

1998[

O: ]

1997[

O: ]

A espera infinda, o relógio perpétuo, a verdade imprecisa, o instante necessário...

Geraes

das Minas se fez Geraes. Do sangue escravo inocente com seu próprio suor e semente lavado foi esta híbrida flor Geraes erguida inconseqüentemente dentre as remotas serras de outrora. Há nestas Geraes ladeiras, pó por todo lado, esperança, rios e lavadeiras, fome, alegria, gado... ...lembranças. Há cachoeiras,bares, seca,“uai!”,“dia!” desconfiança, desejos, feiras, luares, festas tradições, folia... ...crianças. E há de haver muito mais também por estas infinitas Geraes; coisas, trilhos, trem.

1997[

O: ]

sono sereno ser terra túmulo tempo serra súbito sempre trono terreno Ter vento volátil véu morte múltipla meta sorte súplica seta centro cidade céu prata pérola plena monte máximo metro ponte pálido ponto mata mórbido manto você vereda vera fogo ferida flama ato ágora ama erro extrema era noite notável nata risco relato rio calor certeiro cio daqui destino data

1999[

O: ]

versejando por avenidas vazias entre silêncios e uma euforia sem razão de não ser o prisma em que se decompõe toda unidade da verdade alvejada pelas palavras atiradas quais projéteis contra o concreto insensível que reveste os ouvidos e edifícios e cala no vento a voz que já não fala apenas se falta

2000[

O: ]

REGISTROS

...rompe o plano horizonte o pleno monte moreno luz lúcida iluminando a crua lua da rua sobre o morro, ser sereno... ...olhos ainda meninos furtam as curvas da mulata estacionada. Sorrisos na escuridão silenciam os ônibus. Meus pés sobre o asfalto alternam-se rumo ao sempre adiante lugar nenhum... ...sol escorre pelas nuvens negras - que se diluem repentinamente para a imóvel serra - que arde sorrateiramente acariciar; antes de seguir seu ciclo de mera estrela... ...de repente, imerso em preto barro; o Escorpião está, dentre árvores - outrora imóveis manchas verde-escuras sob a luz solar noturna de uma lua - arco esférico sorridente - assombrando-me...

1999[

O: ]

A

ruina

Há uma ruina sobre a qual paira o meu nome, que não é só meu e não pode ser só a minha ruina. Um elo a se desfazer sob o vasto céu da desventurada Galícia. 2008[

O: ]

2008[

O: ]

1998[

O: ]

cerca câmera merca amarra a luz azulada. arranhando o ar arame etéreo reobtém temores. resta esta tamanha manha manhã sem amanhã!

rever o verso ver-te em versos livres das gaiolas; nas janelas em silêncio a balançar em vão... ...revejo-te.

2008[

O: ]

Die Burg In ihrem Schatten an einem selten sonnigen Tag erblicke ich die alte Welt vor mir. Die kalte unruhige Luft weht ins Gesicht, die steife Zeit auf dem verschlafenen Berg bringt mühselig mit sich den klaren Abend, den Mond, die Sterne, die Lichter der Stadt, und es fällt langsam überall Schatten. 2008[

tradução:

A fortaleza Sob suas sombras em um raro dia de sol, miro o velho mundo diante de mim. O inquieto ar frio sopra sobre a face, o rijo tempo sobre o monte adormercido traz a duras penas consigo a noite clara, a lua, as estrelas, as luzes da cidade e sombras aos poucos são espalhadas sobre tudo.

O: ]

MAR É ESSE SOM SÓ A ONDULAR A AREIA RETOCANDO-A A BEIRA DE MAR. É.

2008[

O: ]

2008[

O: ]

Mar ia a ir e ria ao rio e ao ar ro-en-do a ilha vazia vasilha onírica do mar e ritmo

pôr-do-sol

pôr-do -sol mediterrâneo e m o l-d -r u a-do por muros testemunhos de séculos ao red_r

2008[

O: ]

2002[

O: ]

Die Sanduhr läuft ständig Richtung Ewigkeit, jedes Sandkorn ein Stück der jetzigen Zeit, die vor uns schnell vergeht, um ihre unwiderstehliche Macht uns konstant zu zeigen.

2008[

tradução:

A ampulheta corre constante em direção a enternidade, cada grão de areia uma parte do atual tempo, que perante nós rapidamente se esvai para constantemente o seu impretérito poder nos mostrar .

O: ]

Das Tor zum Anderswo Dies ist die Straße, die die Freiheit kennt die Tag und Nacht vorübergeht und zum Ziel führt, die man ganz treffend, gefällig und einfach benennt, die die Träume vieler besonders berührt. Die Straße zum Bahnhof, der Weg durch´s Tor nach anderswo.

2008[

tradução: O portão para outro lugar Esta é a rua, que a liberdade conhece. Que dia e noite de passagem leva até o destino, que bem precisa e simplesmente se alcunha, que os sonhos de muitos em especial toca. A rua que vai para a estação, o caminho ao portão para outro lugar.

O: ]

Poema desconcretizado

g o t a s p i n g a m t o d a s no nada da calçada vazia p o ç a sob o sol secam e findam para o olhar

2003[

O: ]

Um poema anônimo Rompendo-lhe o silêncio Sem algum porquê

Um pseudo poeta atônito Vivendo cada dia pela aurora Expandindo o vazio universo em si

1999[

O: ]

Akronyme* Ein Meer im Licht Noerdliches Licht des ewigen Himmels. Eine Mühle im Licht Noerdliches Land der einsamen Weite. Ein Mensch im Licht Noerdliches Leben der eingeschlafenen Provinz. Ein Maler im Licht Noerdliches Licht des eisigen Meeres.

*Hommage a Emil Nolde (*7. 08. 1867 - +13. 04. 1956), einer der führenden Maler des Expressionismus.

2008[

O: ]

Tradução*²

Acrônimos* Esse mar imerso em luz Nórdica luz do eterno céu. Esse moinho imerso em luz Nórdico lar da extática imensidão. Esse mensageiro imerso em luz Nórdica labuta da emudecida província. Esse mestre imerso em luz Nórdica luz do elidido mar.

*Em homenagem a Emil Nolde (*7. 08. 1867 - +13. 04. 1956), um dos principais pintores do Expressionismo alemão.

*² suscetível a transposições e livre interpretação do conteúdo formal em prol da manutenção da estrutural gráfica.

Roda a dor O Palíndromo, etéreo cilindro anacíclico da matéria palavra onde tudo se converge, gira, mexe, respira, se reverte!

A Dora, a dor, a roda A roda, a Dora, a dor Dora roda a dor A dor Dora roda Roda a dor Dora Dora a dor roda A dor roda Dora Roda Dora a dor Com Dora a dor roda Roda a dor com Dora Dora roda a dor A dor Dora roda Roda a dor Dora A Dora, a dor, a roda A roda, a Dora, a dor

2008[

O: ]

2003[

O: ]

Direitos Autorais

©O de Andrade* 2008

Todos os textos em língua portuguesa e alemã. Layout e concepção gráfica. *O de Andrade é um pseudônimo artístico de Aloisio O. de Andrade-Schampel

Fotos : 1.„identifique-se“ - „ilha“ - .„vela aberta“ - „os mares de Minas“ - „ondas“ fotocolagens criadas a partir de imagens retiradas de anúncios publicitários publicados na revista Veja n° 1359 de 28 de setembro de 1994 digitalizadas e alteradas graficamente pelo autor. 2. Marca d´água mapa geológico da cidade de Belo Horizonte divulgado na internet pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 3. „serra-mar“ imagem criada a partir da digitalização de uma página escrita e impressa pelo autor. 4. „gotas“ foto retirada do portal de fotos Webshots: http://www.webshots.com/ 5. „cachoeira“ foto digital da cachoeira Düden próxima a cidade de Antalya na riviera turca alterada graficamente. Arquivo privado do autor. 6.„estranho estrangeiro“ fotocolagem feita através de fotos em papel digitalizadas tendo como motivo detalhes de edifícios situados na cidade de Bielefeld na Alemanha. Todas estas fotos pertecem ao arquivo privado do autor. 7. „pergunta a Fernando Pessoa” foto da estátua de bronze do Poeta Fernando Pessoa em frente o café “A Brasileira” no Largo do Chiado em Lisboa digitalizada e alterada graficamente. Arquivo privado do autor.

[ O: ] ©O de Andrade Bielefeld, Alemanha junho de 2008

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