Oly, Oly...
Trabalhando e estudando no exterior Autor: Orlando Lourenzo
Austrália e Nova Zelândia
Os 10 mandamentos do estudante no exterior 1- Não morar com brasileiros. 2- Não comparar 3- Não morar com brasileiros 4- Aceitar as coisas e pessoas como elas são 5- Não morar com brasileiros 6- Voce sempre sera brasileiro, não importa o quão esteja envolvido com outra nação 7- Não morar com brasileiros 8- Omitir sempre algo que deixariam preocupadas as pessoas que te amam. 9- Não morar com brasileiros 10- Se aplicar no estudo e no trabalho sem se esquecer que existe uma vida a ser vivida
Acesse ao www.youtube.com e digite: “ oly oly trabalhando no exterior” . Voce terá a oportunidade de ver e aprender de como executar alguns serviços no exterior
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ÍNDICE Apresentação__________________________________________________________ 04 Sobre as agências_______________________________________________________ 06 Perguntas e respostas____________________________________________________ 07 Relatos_______________________________________________________________ 08 Fatos e mitos__________________________________________________________ 10 Trabalho______________________________________________________________12 Procurando emprego...Relato_____________________________________________ 13 Cuidado com oportunistas________________________________________________14 Cuidados a serem tomados_______________________________________________ 16 Jeitinho brasileiro______________________________________________________ 16 Brasileiros que não prestam. _____________________________________________ 16 Onde morar? __________________________________________________________17 O que estudar? ________________________________________________________ 17 Garantindo um visto____________________________________________________ 18 Ainda sobre visto_______________________________________________________18 Cultura Australiana e Neozelandesa________________________________________19 Auto manutenção______________________________________________________ 19 Moda________________________________________________________________20 Experiência x Fluência__________________________________________________20 Dirigir_______________________________________________________________20 Achados e perdidos e inocentes ___________________________________________21 Como prevenir________________________________________________________ 22 Quando bate a indecisão do futuro_________________________________________23 “Salvar” dinheiro______________________________________________________ 23 Informações gerais sobre Austrália ________________________________________24 Informações gerais sobre Nova Zelândia____________________________________24 Pontos turísticos que você precisa conhecer:_________________________________25 De modo geral________________________________________________________ 26 Costumes e cultura_____________________________________________________27 Comparando__________________________________________________________27 Tipos de acomodações__________________________________________________27 O que não esquecer ao fazer as malas. _____________________________________ 28 Dicas gerais__________________________________________________________ 29 Como trazer dinheiro para Austrália? ______________________________________30 Inglês_______________________________________________________________ 31 Referencia___________________________________________________________ 37
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Apresentação Todos os meses desembarcam centenas de brasileiros na Austrália e Nova Zelândia. O número vem crescendo a cada ano e, mesmo em tempos de crise mundial, esse número não sofreu alteração. Em termos gerais, o primeiro passo de quem está interessado em passar um período fora do Brasil, é efetuar pesquisas via internet e analisar todas as possibilidades. Na grande rede mundial encontram-se diversos anúncios e propagandas tais como o sonho do enriquecimento rápido, as ondas do paraíso australiano, a diversidade da vida noturna, os lugares extraordinários, os esportes radicais, a educação escolar para atingir o sucesso profissional, etc. Quando se faz uma pesquisa para procurar informações sobre assuntos escolares, por exemplo, o famoso control C control V soluciona, mas numa pesquisa sobre uma futura viagem toma tempo e nos envolve de forma prazerosa atrás dos nossos monitores e conexão internet. Desde a criação do Google, ninguém mais vai a livraria pesquisar. Tudo é feito em casa, geralmente usando nossos trajes confortáveis enquanto clicamos. Entre uma busca e outra, rola um papo via MSN, a resposta de um e-mail, e assim gastamos horas teclando. Ao pesquisar sobre a Austrália nos sites de busca, como o google, aparecem vários sites especializados, não é surpresa nenhuma que apareçam milhares de paginas encontradas. Não contente e nem um pouco interessados em acessá-los, fazemos uma busca mais rigorosa, como por exemplo, “Curso de administração na Austrália”, outra vez aparecem milhares de sites. Resolvemos entrar em alguns deles. Que maravilha... Está ali o mundo perfeito, o paraíso, se prestarmos mais atenção naquelas maravilhosas fotos dos lugares exóticos, certamente veremos Adão e Eva e o fruto proibido, e vislumbrando um pouco mais, quase perdidos entre o real e o imaginário, é bem capaz enxergarmos a materialização humana da palavra realização entre aquelas cabecinhas perto do Opera House, ou então de pe numa prancha sobre uma daquelas incríveis ondas de Gold Coast. O desejo de sair do Brasil e a busca de uma experiência internacional deixam muitas pessoas inquietas por anos. As historias se repetem diariamente. Muitas delas começam num piscar de olhos. Seguem alguns típicos exemplos Caso número um: _Tai, é isso que eu quero. Quero ir para a Austrália, dar um tempo longe do Brasil, fazer aquela pessoa morrer de saudades de mim, afinal de contas estarei indo embora, direi para o meu chefe ir se ferrar, mas é claro que antes, vou tentar fazê-lo que me mande embora para que eu possa receber o meu fundo de garantia, porque uma grana a mais não faz mal pra ninguém. _ Gente, decidi. Vou para a Austrália. _ O que filha? _ Isso ai mãe, estou decidida, vou viajar para Austrália. _ Do que você está falando menina? _Mãe, estou cansada desse lugar, a vida por aqui é sempre a mesma coisa, eu já estou cansada dessa mesmice. De casa para o trabalho, do trabalho para a faculdade, da
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faculdade pra casa, beijinhos no fim de semana, não tem homem que preste por aqui, o meu trabalho já me encheu também, já estou trabalhando naquele escritório há mais de dois anos e nunca recebi um aumento. Injuriei mãe. _ Já disse isso para o seu pai? _ Depois eu conto para o pai... Caso número dois: _ Eu lamento informar-lhe Sr Marcelo, mas o seu nível de inglês não está compatível com o solicitado na vaga a qual você está concorrendo. _Mas sou nível intermediário, na verdade quase avançado... _ Eu li esta informação no seu currículo, mas de acordo com o teste que o senhor acabou de fazer, o seu nível foi considerado insatisfatório. Minutos depois... _Alo, Patrícia? _Sou eu mesma, é o Marcelo falando? _Sim meu bem _Como foi seu teste, amor? _Meu nível de inglês foi considerado insatisfatório _Poxa amor, você estudou inglês seis anos. _Eu também não sei o que aconteceu _ E agora? _ Ah Pati, essa foi a terceira entrevista que rodei pelo mesmo motivo, sinto que não tenho outra alternativa a não ser melhorar meu inglês. Acho que vou estudar fora, todo mundo diz que em um mês da para aprender tudo. _Um mês? _ Em um mês eu vou e aprendo depois e só voltar e arrumar emprego. _ Mas como e que você vai pagar essa viagem? _Eu faço um empréstimo, quando eu voltar, vou pagando devagarzinho. _Você acha que isso vai dar certo? _Tenho certeza... Caso número três: _Não agüento mais esse trampo. Tenho vários amigos que foram para o exterior e estão ganhando uma grana violenta. _O que você vai fazer? _Meu, vou arrumar a grana da passagem e vou na cara e na coragem. _Um amigo da minha irmã fez isso e hoje ele tem um monte de terreno lá na cidade dele. _ E isso ai... Vou para o exterior ganhar grana e depois eu volto só para administrar. Caso número quatro _ Gente, adivinhem só... Acho que vou para a Austrália _ Nossa, que legal. O que você vai fazer por lá? _Vou curtir, ir para as baladas, praias, ver gente bonita, beijar uns gringos. 5
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_Mas você não fala inglês, fala? _Falo nada, somente the books on the table. _Ah amiga, que inveja de você. Mas como e que você vai pra lá? _Vou vender o carro que o meu pai me deu e vou embora, daí qualquer coisa eu peco mais dinheiro pra ele. Caso número cinco _ Joana, todas as vagas de empregos dos classificados estão pedindo nível de inglês fluente e eu sequer consegui aprender a falar uma frase em inglês freqüentando esses cursinhos. Não terei outra saída, acho que vou passar alguns meses fora. _Que legal Thiago, mas você já sabe para onde vai? _Estive lendo sobre a Austrália. E para lá que eu vou. _Só não esquece de mandar umas fotos de cangurus e coalas. _ Pode deixar... eu mandarei sim... Caso número seis _Ai gente, hoje e a minha despedida, vamos beber ate cair. Porque a partir da semana que vem vou beber lá do outro lado do mundo _Será que eles gostam de brasileiros lá na Austrália? _E claro que sim rapaz. Tenho certeza que eles vão gostar de mim. Vou pegar várias australianas. _Só não vai engravidar nenhuma mina por lá _Que nada, só vou zoar. Certamente existem centenas de situações, mas uma caracteritica que todos que saem do Brasil e vão para o exterior tem um comum é : Atitude. Para você que está determinado (a) a ingressar nessa aventura, esse ebook tem por finalidade de esclarecer duvidas e dar dicas. Infelizmente não tive a oportunidade de ter lido algo parecido antes. Fico com o coração partido quando converso com recém chegados que ficam perdidos devido à falta de orientação de seus agentes. Então seguem informacoes e orientações ao longo desse ebook. Sobre as agências. Os casos são inúmeros. Obviamente muitos deles são semelhantes. Para aqueles que vão para a Austrália ou qualquer outro país estudar inglês, boa parte das agências prometem aprendizagem da língua em um mês. Outras agências vão além e prometem empregos e hospedagem. Tudo são mil maravilhas até o momento que o “aluno” ainda não concretizou a compra do curso. Essa posição das agências é o retrato perfeito daquilo que eu chamaria de capitalismo extrativista. Depois que retiram o que querem dos clientes, a face fria e de pouco caso vem à tona.
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O processo tem uma linha contraria de interesses, de um lado está o cliente, pondo em jogo seu futuro e sua vida e do outro, um vendedor que não conhece dois estados diferentes do país onde mora, mas que pinta um mundo colorido lá fora. Muitos agentes arrumam hospedagem em locais absurdos, totalmente fora de mão. Daí o aluno tem literalmente que pagar pela ignorância do agente. Então fica a dica: Quando quiser contratar esse serviço, exija uma casa próxima à escola ou então no centro da cidade. Os agentes sempre vêm com a conversa que a casa fica a 20 minutos do colégio. Em 90% dos casos é mentira. A não ser que ele esteja falando 20 minutos de helicóptero. Aqui na Austrália, o valor da passagem de ônibus varia de acordo com a distancia a ser percorrida. Quanto mais longe, mais caro. Peça endereços, faça pesquisa no www.google.com, selecione opção MAP. Você conseguira ter noção da distância entre sua acomodação e o seu colégio. Se quiser ir mais além, acesse www.131500.com.au(site oficial do transporte publico em Sydney) e pesquise o itinerário. Muitas agências, além de não se preocuparem para onde estão mandando o aluno, também prometem colocação profissional, mas quando o aluno chega ao destino e pede ajuda, eles pedem para você ler as entrelinhas do contrato onde está escrito: Nos o ajudamos, mas não garantimos. Isso significa que eles te ajudarão a escrever seu currículo, e te indicarão lugares para ir. Às vezes te mandarão fazer entrevistas, mas nesse caso você não estará la sozinho (a) porque vários outros serão mandados pelo mesmo agente. Quando muitos deles falam sobre colocação profissional, eles querem dizer que talvez serão hábeis de te arrumar alguns “Shifts” que nada mais são que algumas horas de trabalho. Às vezes, muito raramente, seus “shifts” duram alguns dias. Em alguns casos, quando você pergunta para certos agentes: Você tem algum trabalho? Eles respondem que a fase está ruim de serviço e as desculpas serão sempre a mesmas: é a crise mundial, é o feriado que está chegando, são as aulas que estão acabando. Somado a isso tudo, ainda existe os problemas de caráter pessoal. Embora você tenha pago o mesmo valor que os demais para ter esse tipo de suporte, na hora o que conta é a afinidade que o agente tem com você. Se ele (a) não for com a sua cara, prepare-se para ouvir desculpas por longo prazo, mas se o inverso acontecer, emprego não será mais problema. Como funciona a máfia: O agente promete emprego, você paga a taxa que ele exige daí ele te arruma alguns dias de serviço e depois te esquece, porque você já não representa lucros. Dica: Aproveite os recursos de Orkut, facebook, faça contatos com pessoas que estão fora do país e peça dicas de como chegar e solucionar as coisas o quanto antes. Perguntas e respostas Como comprar passagens aéreas? Seja chato (a). Saiba que as vezes, de um dia para o outro a passagem pode ficar mais cara. Recentemente fiz uma pesquisa de volta para o Brasil. Se eu fosse partir na quarta feira, a passagem ficaria 290 dólares mais cara que se eu partisse na quinta. E olha que nem era feriado ou dias especiais. Um grande obstáculo que você encontrará é a ma vontade dos agentes de viagem. 7
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Se eu quero chegar e começar a trabalhar, do que eu precisarei? O estudante na Austrália que tem intenção de trabalhar, precisara do Tax file number e conta em qualquer banco local. Como faço para arrumar esse tal Tax File Number? No seu primeiro dia na escola você será cadastrado como aluno presente e o sistema vai te reconhecer como estudante, e daí então você poderá solicitar via internet o seu Tax File Number. Como faço para abrir conta em banco? Isso é rápido, você precisara apresentar sua ficha de matricula na escola onde existira o seu numero de matricula, mais conhecido por COE, e seu passaporte. O que mais preciso saber? Você precisa aprender a andar com as próprias pernas o quanto antes. Existem sites de empregos que realmente funcionam, faça contatos e fale para todo mundo que você está procurando emprego. Compre o jornal local especializado em empregos. Em Sydney tem o jornal The Sydney Morning Herald todas as quartas e sábados. Bata na porta ou ligue para quem anunciou a vaga que você queira concorrer. Boa parte das agências fazem isso, eles ligam para os anúncios de sites e jornais e mandam o estudante para entrevista. Um pouco de relatos... Diariamente conheço pessoas de diversas partes do mundo. Isso soa um pouco exagerado, mas é verdade. Enquanto vivia no Brasil, a media de novas amizades era diretamente proporcional ao número de estudantes da minha sala de aula somado as pessoas que porventura viessem a trabalhar comigo. Quanto cheguei à Nova Zelândia, na primeira semana, eu tive por parte de desconhecidos, vários convites para viajar, dividir apartamento. Em seis meses na Nova Zelândia já tinha conhecido mais gente que em toda minha vida no Brasil. E sempre troquei experiências e ouvi muitas historias. Ainda no Brasil, eu trabalhava dando suporte de informática para uma terceirizada de uma grande empresa aeronáutica. Após três anos de trabalho, numa das renovações contratuais, a empresa teve que enxugar custos e demitiu 60% dos funcionários e eu fui demitido. No dia seguinte comecei a procurar outro emprego, e foi então que descobri que minha faculdade em informática somada com três anos de experiência, não me levaria a lugar nenhum se não soubesse falar inglês. Ate aquela data, eu nunca havia freqüentado nenhuma escola de inglês, a única vantagem que eu via em ir nessas escolas era a quantidade de menina bonita que tinham matriculadas. Aprender que seria bom, eu não conseguia. E foi então, que desiludido com a minha falta de conhecimento do inglês, decidi viajar. Cheguei à agência de viagem e disse: _Oi, eu gostaria de ir para o Canadá... Uma mulher baixinha com óculos enorme olhou pra mim e disse: _Esquece porque lá você não vai conseguir entrar, o seu visto será negado. 8
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_Por quê? _O seu perfil Fiquei impressionado com o rumo da conversa. Ela não sabia nada a meu respeito e já afirmava que eu não tinha o tal perfil. Sem questionar a respeito, perguntei pra ela o que poderia me sugerir e ela disse: _ Vai para Nova Zelândia _Onde? _Nova Zelândia. _Onde fica isso? _Fica aqui oh... Disse ela me mostrando no mapa. _E quanto fica pra ir pra lá? _Dai depende do que você quer. _Eu quero aprender inglês e trabalhar. . _Dai é melhor você comprar um curso de inglês por lá para que você não tenha problemas na imigração no momento em que você desembarcar. , nem que for um mês de curso. Resumindo a historia, foi isso que eu fiz. E exatamente um mês depois da minha demissão, eu estava embarcando para o exterior. Chegando à Nova Zelândia, quase tive um ataque cardíaco quando estava dentro do táxi e o motorista dirigia na rodovia na contramão. Só depois de ver os outros carros na contra mão também, que eu descobri que o sentido do transito na Nova Zelândia era inverso ao do Brasil. Eu tinha pago um mês de “homestay”, casa de família, e foi pra lá que fomos. Quando chegamos em frente da casa, por volta das seis da manha, uma mulher beirando os 40 anos veio abrir a porta. Ela começou a falar eu não entendia absolutamente nada, ao perceber que eu não a tinha entendido, ela agarrou minhas malas e levou-as para o aquele que seria meu quarto por quase um mês. Fui deitar com uma vontade enorme de fazer xixi. E eu não tinha a menor idéia de como perguntar onde era o banheiro. Felizmente consegui dormir 3 horas. Quando acordei eu já estava praticamente goteirando. Sai correndo pela casa com as pernas juntas, quando desci a escada me deparei com a mulher. Ate tentei falar, mas ela não me entendeu e foi nesse momento que dei inicio a minha carreira de mímico. Passei a mão na barriga, fiz cara de dor, fiz o som do xixi quando cai na água. Foi daí que ela sorrindo apontou o banheiro o qual ficava debaixo da escada. Saindo do banheiro, resolvi dar uma volta no bairro para tentar achar uma padaria. Quisera eu estar numa cidadezinha pequena de Minas gerais, mas não, eu estava em Auckland, muito, mas muito longe de casa. Andei o bairro inteiro e achei algo parecido com mercadinho. Nada tinha preço. Peguei um pacote de bolacha recheada e uma latinha de coca cola. Quando fui pagar a conta quase tive meu segundo ataque cardíaco. A conta tinha ficado em nove dólares. Paguei com um nó de desespero entalado na garganta. Olhei para o pacotinho de bolacha e sabia que aquilo não iria matar minha fome por muito tempo. Voltei pra casa porque estava preocupado de me perder, quando cheguei tive uma ótima surpresa. Na casa também tinha uma brasileira hospedada. E ela me deu todas as informações de onde gastar menos, de como economizar... Por mais que tentasse economizar, na primeira semana gastei mais de mil dólares de um jeito que eu não sei como. 9
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Fatos e mitos: Os estrangeiros gostam de brasileiros? Vivemos num mundo onde todos olham para o próprio umbigo. Não espere ser adorado. O que existe é aceitação. Felizmente o Brasil é um país pacifico, muitos gringos pensam que no Brasil apenas sambamos, jogamos futebol e passeamos entre florestas cheia de anacondas. Vou aprender inglês em um mês se eu for para a: Austrália, ou Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Nova Zelândia, Irlanda ou África do Sul? Mito, mentira absurda. Propaganda. Acho que essas entidades que fazem tais promessas deveriam devolver o dinheiro do aluno caso o mesmo não aprendesse. Isso deveria ser tratado pelo Procon e ser passivo de multa pesada. Nos meus três anos de andanças, já conheci muitas pessoas que venderam casas, apartamentos, carros para pagar um curso de inglês no exterior. Muitos outros tiveram a ajuda dos país que tiveram que se desdobrar para manter o filho fora por algum tempo. E vários outros casos em que a pessoa se sujeita a qualquer coisa para se manter. Emprego lá fora está sobrando e só chegar e trabalhar: Mito. Já foi assim. Se a pessoa não tiver uma qualificação que esteja em falta no país de destino, ela terá que sobreviver com subempregos. Não preciso saber falar inglês para arrumar trabalho. Essa fica entre fato e mito. Fato porque se a pessoa não falar nada em inglês é possível trabalhar com alguém que possa ser seu interprete Mito: Se a pessoa não consegue entender nada, como é que ela recebera instruções das tarefas que ela precisa executar? Onde quero chegar? Pessoas que estão em vias de se aventurar, preparem-se, aprendam o básico o quanto antes, que o tempo vai trazer o que faltar. No Brasil, o sonho dos meus pais era ver os filhos formados na faculdade. No nosso país, embora um recém-formado não receba mais que um caminhoneiro, a sociedade brasileira classifica aqueles que foram à faculdade como elitisados. Lembro de quando eu tinha 23 anos, desempregado e sem nenhum curso superior. Eu era simplesmente o pesadelo para a mãe das minhas namoradas. Sugiro a você que está para embarcar, que ao chegar tente entrar na sua área, isso pode levar algum tempo, então aproveite enquanto esta no Brasil para aprender profissões tais como pedicure, manicure, cabeleireira, costureira, pedreiro, carpinteiro, eletricista, açougueiro, mecânica de carro, funilaria, cozinheiro, pintor, etc. Esses cursos não são demorados no Brasil e no exterior, oferecem bastante oportunidades durante o período de adaptação. 10
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O ambiente escolar faz diferença? Na minha primeira, segunda e terceira escola diferente, quando cheguei tive a sensação de estar num recanto brasileiro. E é exatamente ai que mora um dos maiores perigos para os estudantes internacionais: a comunidade Você não encontrara alunos que falam inglês em escolas de inglês. Seus amigos de classe, em sua maioria, provavelmente serão brasileiros e asiáticos. Aprender inglês no exterior é fácil? Sim e não. Sim porque a pessoa que mora num país onde a língua é o inglês, a utilização do conteúdo que foi aprendido na sala de aula acontece muito rápido. O estudante fica inserido num contexto onde todas as informações lhe são passadas em inglês, como por exemplo uma simples ida ao supermercado, um passeio, cinema, museu..etc. A dificuldade em aprender surge quando passamos o dia nos comunicando na nossa língua nativa, nesse caso em português. No exterior existem milhares de brasileiros onde quer que você vá. Na cidade de Queenstown na Nova Zelândia, torno de 30% da população são brasileiros. Então tome muito cuidado quando você estiver fora e resolver xingar alguém em português, é bem possível que alguém saiba o que você está falando. Evitar conversar em português é muito difícil, primeiro porque se trata da nossa língua mãe e nos conseguimos nos expressar com toda fúria e amor e segundo porque os brasileiros são as pessoas mais sociáveis desse universo. Dificilmente você vera um gringo numa rodinha de chineses ou coreanos, mas isso não acontece conosco. O brasileiro interage em qualquer grupo de pessoas. E qualquer pessoa de qualquer nação desse mundo é sempre bem vinda ao grupo dos brasileiros. Essa é outra vantagem em ser brasileiro. Como o Brasil foi colonizado por pessoas de tudo quanto é parte desse mundo, a mistura de raças foi inevitável. E se eu resolver ficar na Austrália pra sempre? O governo Australiano tem programas de imigração voltados para profissionais. Caso você tenha uma das qualificações consideradas de necessidade nacional, você poderá aplicar visto para trabalhar. Eles pedem uma serie de documentos para comprovar sua experiência. Para mais informações, acesse ao site da imigração www.immi.gov.au. No caso daqueles que não tenha a qualificação necessária, uma alternativa é escolher na Austrália, cursos de profissões que estejam na lista de demanda. O custo de vida na Austrália é muito caro? Na Austrália, os alugueis costumam ser pagos semanalmente e vários empregadores também pagam seus funcionários semanalmente. A lenda dizia que o mínimo na Austrália eram 17 dólares, mas, pelo que tenho visto ultimamente, esse mínimo caiu para 15 dólares. Levando em consideração que o estudante pode trabalhar “legalmente” apenas 20 horas, o salário semanal seria de 300 dólares. A media do valor do aluguel de um quarto num apartamento para dividir com 11
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outra pessoa, gira em torno de 150 dólares por semana. É claro que existem os mais baratos, que não são tão mais baratos e os mais caros que podem ser muito mais caros. Trabalho Quando estava no Brasil, sempre segui a velha e tradicional linhagem de boa conduta profissional, o sonho dos meus pais era ver seus três filhos formados e atuando na área. Foi o que eu tentei fazer. Preste atenção ao “tentei” porque muitas coisas mudaram e muitas das coisas que faço hoje não são nada do que meu pai sonhou pra mim. Em 2005 terminei minha faculdade em Tecnologia em Redes de Computadores. Atuei na área por três anos, fiz vários cursos, consegui certificações tais como MCP (Microsoft Certified Professional). Num certo dia, numa dessas renovações de contratos de empresas prestadoras de serviço, tive meu futuro abreviado na área da informática. Nos meus primeiros dias de desempregado, tive o desprazer de sair entregando currículos pelo Vale do Paraíba. Cheguei a ficar com dó daquelas meninas que trabalham em recepção de agências de empregos. Após determinado tempo nesse serviço, elas tornam-se robotizadas. Embora você tenha escrito três anos de experiência com letras garrafais, ela pergunta o seu tempo de experiência. Embora você tenha colocado no seu curriculum o número do seu celular, do telefone residencial, e-mail, a pessoa ainda pergunta se você tem algum meio de contato. No final do questionamento, ela apenas diz: Boa sorte, e coloca o seu curriculum em cima daquela pilha de outros 200. Bom, daí resolvi sair do Brasil para aprender inglês, mas precisava sobreviver. Para isso trabalhei e continuo trabalhando. Vou fazer a lista das coisas que já trabalhei nesses quase três anos fora do Brasil - Ajudante de construção: mais conhecido no Brasil como servente - Colheita de Kiwi - Poda de pé de Kiwi - Lavador de pratos - Poda de pé de uva - Faxineiro - Limpeza de vidros de prédios estando pendurado por uma corda, conhecido como abseilling. - Abrir trincheiras - Remoção de casca de casco de barcos - Assistente em Pré-escola - Remoção de azulejo de piscina com britadeira - Carregador de moveis - Garçom - Jardineiro - Soldador - Manutenção em barcos da marinha australiana - Motorista de festa de despedida de solteira. Somente de gravata borboleta, sem camisa.
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Para ajuda-lo (a) estou fazendo videos com situações reais de como executar alguns servicos no exterior. Acesse ao www.youtube.com e digite: oly oly trabalhando no exterior. Voce terá a oportunidade de ver e aprender como funcionam as coisas no exterior. Procurando emprego...Relato Dias atrás tive uma experiência desagradável. Tinha acabado de chegar das férias no Brasil e comecei a procurar emprego. Liguei para alguns lugares, mandei meu curriculum via e-mail para outras centenas de empresas e coloquei anuncio em alguns sites especializados em empregos. Um dos meus anúncios era para trabalho de soldador. Duas horas depois de colocar esse anuncio num site, recebi uma ligação, veja abaixo a versão em português da conversa, como conversamos em inglês, eu perguntava dez vezes para ter certeza que eu estava entendendo bem. Segue o diálogo: _ Alo, é o Orlando que está falando? _ Sim, sou eu mesmo. _ Acabei de ver o seu anuncio, você está procurando emprego? _ Sim _ Você é soldador não é? _Sim _Você usa aquelas botas de segurança? _ Sim _ O seu pé cheira? _Como? _ O seu pé tem cheiro? _ Acho que sim _Qual o tamanho do seu pé? _ Quarenta e dois _ Grande né... Olha só, te pago quinhentos dólares para cheirar seu pé. _ Como é? _ Pago 500 para cheirar seu pé _ Preciso desligar. Bye Depois que foi cair minha ficha. Eu fui burro, deveria ter deixado o cara cheirar meu pé. Era só marcar o encontro numa praça publica onde ele não fosse tentar nada além de cheirar meu pé. O plano seria apenas chegar lá, tirar a bota, e deixá-lo cheirar minhas frieiras. Fiquei intrigado com a ligação e tentei descobrir como o meu anuncio foi atrair essa ligacão. Depois de pesquisar, descobri que havia cometido uma falha Eu tinha escrito: Tig and Stick Welding (Soldador Tig e Eletrodo Revestido) e esse termo é usado por alguns garotos de programas.
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Cuidado com os oportunistas Com o mesmo anuncio que atraiu o cheirador de pé, uma outra pessoa me ligou, mas dessa vez era para a vaga de soldador mesmo. Ele perguntou sobre minha experiência, me pediu para ir ate a empresa dele no dia seguinte para fazer um teste. Topei na hora, e no dia seguinte lá estava eu no endereço que ele havia me dado. Reparei que ele vendia refrigeradores e aquecedores. Assim que ele apareceu, me conduziu ate a oficina onde era fabricada toda aquela parafernália de cozinha que são feitas em aço inox. Ele me deu duas chapas e disse: Solda isso Peguei as duas chapas da mão dele e comecei a ter o pensamento processando em alta velocidade. Todo o passo a passo, o roteiro a ser seguido estava imaginado. Pedi para ele ligar a maquina porque nunca tinha visto uma maquina igual aquela, e pra falar a verdade, eu só tinha visto duas maquinas de solda na minha vida, uma era aquela que aprendi no SENAI durante meus três meses de férias no Brasil, e outra era a de uma serralheria de um amigo que me deixou fazer um estágio para praticar. Quando me vi na frente das chapas a serem soldadas e da maquina de solda, fiz uma confissão mental rápida, desse jeito: Deus, o senhor sabe que é sou um impostor, que faz duas semanas que acabei o curso do Senai, e que passei uns meses numa Serralheria. Mas em minha defesa, por favor, leva em consideração que é por uma boa causa. Na minha primeira tentativa de soldar, ao invés juntar as placas, eu consegui abrir vários buracos nela. Fiquei intrigado por dentro, mas por fora apresentava a minha expressão de duvida e indignação, olhei pra ele com cara de: “O que está acontecendo com a sua maquina?” daí ele me perguntou se estava tudo bem com o gás e a voltagem. Foi nesse momento que lembrei que tinha que ligar o gás antes de começar a soldar. Olhei pra ele, e pedi pra ele abaixar a voltagem da maquina, enquanto isso aproveitei para abrir o gás... Sentei, concentrei, comecei a soldar, e dali dois minutos eu havia terminado. Quando olhei pra minha solda, eu quase que me abracei... Ele aproximou-se e me perguntou o que eu tinha achado da minha própria solda, respondi sem hesitar que estava linda. Fiquei surpreso com o resultado, tive ate vontade de tirar uma foto. Ele sorriu e me pediu para voltar para começar a trabalhar no dia seguinte. Voltei no outro dia e conheci todos os outros, era um bando de gregos, todos acima dos 50 anos de idade e que passavam o dia falando grego... No dia seguinte meu chefe veio ate mim e disse: Quero que você aprenda tudo, estou investindo em você. Embora não soubesse do salário, fiquei super feliz com a proposta. Passados mais alguns dias, fui questionar a respeito de salário. Foi daí que o pesadelo começou. Ele veio com uma conversa de que como eu estava aprendendo, e por isso me pagaria apenas o mínimo. Pura malandragem. Porque embora eu estivesse aprendendo algumas coisas diferentes, eu também estava dando conta do serviço de solda. É a mesma coisa se você contratasse um mecânico e o colocasse para aprender a lavar carro e o pagasse como lavador, mesmo sabendo que ele estava consertando carros e agora estava também “aprendendo” a lavar carros. Com o salário que ele me ofereceu, mal daria para pagar o aluguel, comida e transporte, resolvi começar a procurar outra coisa. Num sábado à tarde vi um anuncio que estavam precisando de alguém para trabalhar com chapas de metal. Como tinha passado as duas semanas trabalhando com chapas de inox, resolvi concorrer à vaga. Enviei meu curriculum e o retorno foi rápido. A pessoa da agência me ligou e me pediu para ir ate ela 14
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no domingo às duas da tarde. Embora não estivesse muito interessado de inicio, peguei minha mochila e fui. Chegando lá perguntei sobre salário e carga horária. Quando o agente de emprego falou sobre os benefícios, quase cai pra trás, era simplesmente o dobro do que eu estava ganhando. Quando ele me perguntou o meu tempo de experiência com chapas de metal, o meu lado brasileiro funcionou que foi uma beleza. Respondi pra ele que minha experiência era de menos de um ano. Teoricamente eu não menti, porque eu havia trabalhado 10 dias com chapas de metal. Eu poderia ter falado menos de três anos que ainda assim estaria falando a verdade. Sai da agência com todos os aparatos para o novo emprego. Cheguei em casa acessei ao youtube, e passei o resto do domingo assistindo a vídeos de trabalhos com chapas de metais. Dica: O youtube é o melhor amigo do caçador de emprego que não tem muita experiência. Se você assistir a vários vídeos, pelo menos terá a menor noção do que estão falando e dependo do que for, da para aprender muita coisa, daí, na hora da verdade, naquele momento que você tem que fazer um teste, você diz que está um pouco desatualizado ou que onde você trabalha o sistema era diferente. Em 90% dos casos, quando existe a necessidade da mão de obra, eles vão te dar emprego e ainda vão te ensinar. Tenho um amigo que me disse uma vez: Orlandao, porque você não procura na sua área (suporte em informática)? Respondi pra ele que não estava confiante o suficiente para tentar. Daí ele olhou pra mim e disse: Você não tem a menor idéia de quantos caras ruins estão trabalhando na área de suporte. Fiquei pensando naquilo e daquele dia em diante, deixei de me preocupar em ser bom. Em muitos casos, o trabalho exige treinamento, mesmo aqueles que possuem anos de experiência, terão que aprender a nova filosofia. É claro que quem sabe mais, já sai na frente, mas quem não sabe, precisa correr atrás pra não ficar muito longe. No dia seguinte fui trabalhar e quando cheguei ao serviço, fiquei apavorado porque me deram uma apostila enorme de procedimentos com perguntas no final, terminado essa etapa, fui para outro lugar onde tive aula sobre outros procedimentos e esse foi com direito a prova no final. Nessa aula estavam presentes umas 15 pessoas, eu era o único que nem piscava e anotava todas informacoes. Quando terminei o teste, fui conhecer meu ambiente de trabalho. Eu imaginava que seria uma oficina, onde certamente teriam varias maquinas para cortar, dobrar, furar... Mas não foi nada disso que aconteceu. Pediram-me para acompanhar os outros funcionários e quão surpreso fiquei ao ver que estava caminhando para dentro dos navios da marinha. Basicamente o serviço era de manutenção em todos os compartimentos. Sempre acompanhado de alguém, ou seja, oportunidade para aprender. Como estava com esse novo emprego arrumado, voltei ao antigo para pedir a conta. Quando cheguei, fui cumprimentar os outros funcionários, peguei minhas coisas as quais havia deixado por lá na semana anterior e fui conversar com o chefe. Quando abri a porta do escritório dele, ele me perguntou como eu estava, respondi que estava bem, mas que estava lá para pedir a conta. Ele olhou pra mim com cara de zangado, e disse: Eu já sabia. Volte aqui na quinta para receber. Na quinta feira liguei pra lá e perguntei que horas eu poderia passar para receber. E um dos chefes disse: É melhor você não vir, porque estamos nervosos, porque o serviço que
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você não fez está com data de entrega vencendo hoje e como não foi feito, terei que pagar multas por atraso. Por isso, você não vai receber. O que? Perguntei não acreditando no que estava escutando _Eu quero receber o meu salário. Se você se atrasou na entrega, o problema não é meu. _ E se você não me pagar, vou te denunciar. Desliguei o telefone puto e fui ate lá para tirar satisfação com o safado Como sabia de toda trama dele, preparei meu mp3 para gravar nossa conversa, e foi isso que aconteceu. Cheguei lá, e antes de mesmo de um “Como vai você?” perguntei quando iria receber. Neste momento apareceu o chefe mais velho, o qual tem a cara do mestre dos magos do desenho da caverna do dragão. Se você não conhece, vai ate o google e pesquise no modo imagem. Quando o Mestre dos Magos surgiu, ele começou a me esculachar, dizendo que eu não tinha direitos de receber porque tinha abandonado o emprego. Por fim acabou que ele disse que não me pagaria e sai prometendo procurar meus direitos. Depois de conversar com algumas pessoas descobri que meu caso era perdido. Na ânsia de começar a trabalhar, não me preocupei em cobrar a regularização do meu vinculo empregatício. E como não tinha nada documentado, ele poderia alegar que eu estava trabalhando com o pagamento tipo cashhand (dinheiro na mão). Ele sabia que se eu procurasse meus direitos, eu poderia ser deportado, porque trabalhar sem pagar taxa é ilegal. O que sobrou pra mim foi uma gravação feita no meu MP3 player e a lição de não trabalhar sem estar tudo previamente documentado. Cuidados a serem tomados Em todo e qualquer país, tem gente de boa e de má índole. E aqui na Austrália não é diferente. Muitos empregadores sugam ao máximo que podem, alguns exigem esforço extra dos empregados. Em compensação, existem outros que te pagam para ficar de braços cruzados. Já tive muitos trabalhos que me fizeram acreditar que era pura lavagem de dinheiro. Certa vez me deixaram aspirando uma tubulação de ar condicionado por duas semanas. Esse serviço na teoria, não duraria mais que 5 horas, mas eles queriam que quando eu terminasse, recomeçasse outra vez. No fim das contas fui eu que pedi pra sair porque não agüentava mais voltar no mesmo lugar para fazer a mesma coisa. Em contrapartida já trabalhei em lugares onde além de receber o salário mínimo, fui sugado até a alma. Jeitinho brasileiro O brasileiro já tem por característica cultural, dar um jeitinho pra tudo. Mas uma vez que está fora do Brasil é bom reaver os conceitos. Existem leis e regras em qualquer parte do mundo. No momento que o passageiro embarca no aeroporto, lhe é dado um questionário a ser respondido. Nesse formulário é solicitada a declaração de determinados produtos. Seja honesto, não deixe de declarar o que está levando. Brasileiros que não prestam. O que eu já ouvi de historia de brasileiro querendo se dar bem nas costas de outros brasileiros, você caro leitor não acreditaria. Já vi brasileiros prometendo emprego no 16
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exterior e persuadindo aquele que ainda está no Brasil a pagar por colocacao de trabalho. Outros que cobram um alto valor de aluguel, porque sabe que o estudante ou o viajante acabou de chegar e não tem a menor noção de valores. Para se proteger, pesquise e fique atento até que ponto você pode estar sendo lesado. Onde morar? As opiniões se divergem quando se trata desse assunto. Já mencionei anteriormente quando estava falando sobre agentes. Sua moradia terá de ser de acordo com a sua necessidade. Se você gosta de mar e tem disponibilidade de tempo, o melhor é arrumar um local onde tenha praia para morar. Mas se você é do tipo que não tem tempo pra nada e está querendo ir para Austrália para estudar e trabalhar, sugiro que você more no centro. Defendo essa tese porque do centro você vai para qualquer lugar via trem ou ônibus a qualquer hora do dia e volta de vários lugares em qualquer hora da noite. Como as maiorias das escolas ficam no centro, tem-se a economia do transporte. No meu ponto de vista, morar no centro significa praticidade. Mas, uma das coisas curiosas sobre brasileiros em Sydney , é que, ou eles moram nos arredores do centro, ou então nos bairros beira praia. Fica a sugestão, se você não quer encontrar brasileiros, procure morar na Zona oeste da cidade. O que estudar? Alguns que vem para Austrália, passaram anos estudando inglês no Brasil, e muitos outros nem sequer freqüentaram cursinhos, que foi o meu caso. No primeiro contato que se tem com os Australianos, a sensação que se tem é de que aqui não se fala inglês. Conta a lenda, que na época da colonização inglesa para a Austrália, um dos maiores problemas na grande ilha chamada que era então chamada de South Wales, eram os mosquitos, e para evitar come-los ao abrir a boca para falar, aprenderam a falar com a boca fechada. Outra teoria é de que anos atrás, quando a Inglaterra mandou seus bandidos e marginalizados para a Austrália, para contar segredos uns para os outros, eles não abriam a boca para falar. Fato é que o Australiano não abre a boca para falar e ainda por cima fala rápido. Com o tempo acostuma-se, mas não é tão fácil. Muitos ficam confusos na hora de escolher algum curso, se você já tem um nível de inglês avançado, sugiro que escolha cursos vocacionais, tais como administração, turismo, informática. Mas se você acha que seu nível de inglês não está legal, é melhor começar com um curso de inglês. Um dos pontos que quero abordar é, caso você tenha a intenção de vir estudar e, de repente resolver ficar por longo tempo na Austrália, faça cursos que esteja em demanda. Hoje, dia 10 de janeiro de 2009, cursos como os de Cozinheiro e cabeleireiro, dão condições para aplicar visto de residência (permanência) ao término do curso. Mesmo assim os critérios tem sido alterados constantemente. Hoje em dia, além do diploma, ainda está sendo exigida uma determinada carga horária de experiência. Quando eu cheguei, também tive vontade de ficar. Acho ate que tinha passado por uma espécie de lavagem cerebral. Procurei todas as formas existentes e inexistentes na tentativa de permanecer no país. Como ja estava ha mais de dois anos e meio fora do Brasil, voltei para passar férias e matar saudade dos meus pais. E percebi que amo o 17
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Brasil, e embora esteja na Austrália, eu tenho pretensão de voltar definitivo em um ou dois anos. Quando voltei para o Brasil depois de dois anos e meio, tive a sensação de ter voltado no tempo, me senti um peixe fora do aquário. Dei de cara com com toda a roubalheira, impunidade, corrupção e opressão que todos nos brasileiros conhecemos muito bem. Garantindo um visto Na Austrália existem diversos tipos de visto, a escolha ou a opção que lhe é sugerida, varia de acordo com a sua necessidade. Se você tem a intenção de vir e ficar apenas poucos meses e não tem intenção de trabalhar, a melhor opção é o visto de turista, mas se você quer vir para estudar e trabalhar, a sugestão é o visto de estudante. Se você é profissional e a sua profissão consta na lista de mão de obra escassa na Austrália, para este caso existe a opção de aplicar para visto de trabalho. O valor da aplicação de visto varia de acordo com o tipo de visto escolhido. Se você chegar e começar a ter um relacionamento e vir a morar junto com uma pessoa australiana, você poderá aplicar visto como parceiro (a) Partner. Uma outra opção para casais, sejam eles do país que for, é que um pode tornar-se dependente do outro, neste caso a aplicação de visto fica mais barata. Muitos já saem de seus países de origem casados, outros se casam na Australia mesmo, o processo é rápido, igual a cartório no Brasil. Neste caso, o único beneficio (ou não) é que um deve estudar e o outro não precisa. Um dos grandes problemas em relação a visto para brasileiros, é que o Brasil não tem inimigos, mas também não tem nenhum grande amigo. Na Nova Zelândia passei raiva diversas vezes quando lia que os argentinos, chilenos, uruguaios e europeus podiam trabalhar legalmente e nós brasileiros tínhamos que driblar a situação, achar brechas no regulamento sobre vistos. A novidade veio esse ano de 2008 num acordo entre os governos brasileiros e neozeolandes, a partir do dia 8 de dezembro de 2008, 300 brasileiros serão contemplados pelo “ Working holiday visa” isso é uma permissão de permanência de um ano na Nova Zelândia, incluso o direito de trabalhar. A aplicação desse visto exige que a pessoa tenha entre 18 e 30. Como as solicitações para aplicação de visto sofrem alterações constantes, sugiro que você acesse ao site www.nzembassy.com, nessa pagina aparecerão os paises que tem acordos com a Nova Zelândia. A página está em inglês, mas caso queira alterar o idioma, na próxima página, existe a opção de seleção de outro idiomas . Ainda sobre visto A aplicação para visto de estudante para a Austrália costuma chegar poucos dias antes do embarque. Independente do país onde foi feita a aplicação. Alguns amigos que vieram do Brasil me falaram que pegaram o visto em cima da hora. Como eu estava na Nova Zelândia, o meu processo foi diferente, de lá para a Austrália não é obrigatório comprar passagem antes da hora, precisa-se apenas fazer reserva de voo. O meu visto saiu uma semana depois do inicio do meu curso. A demora depende do agente que está analisando o caso. Alguns são chatos no processo, outros mais tranqüilos. A demora, em muitas das aplicações, não é culpa da agência. Mas infelizmente algumas 18
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agências pisam na bola. Às vezes tenho a sensação que usam o dinheiro do cliente para solucionar problemas internos e só aplicam o visto em cima da hora. Os donos de agências precisam entender e aprender que seus clientes querem garantias de que os papeis foram encaminhados. Querem comprovantes, nota fiscal, nome de quem recebeu, número do protocolo de entrada, qualquer coisa oficial que de segurança de que pelo menos o processo já foi encaminhado. Cultura Australiana e Neozelandesa Os australianos adoram esportes, basta considerar o rendimento deles nas Olimpíadas. Geralmente ficam em quarto ou quinto, perdendo apenas para China, EUA e Rússia e/ou algum outro. Para um país que tem 1/10 da população do Brasil percebe-se que o aproveitamento deles é muito bom. Alguns dos esportes favoritos são: rúgbi, cricket e esportes aquáticos. O adorado futebol não aparece nem no top 5. Na Nova Zelândia, a adoração é pelo rúgbi, a seleção neozelandesa tem o nome de All blacks, e no inicio de cada partida, eles realizam um ritual chamado Haka. É um pouco difícil de explicar o Haka, mas conta a historia que nos tempos da descoberta da Nova Zelândia, quando o Capitão Cook deu as caras por lá, os nativos locais chamados maoris, praticavam esse ritual antes das batalhas contra os ingleses. Os gringos só conseguiram entrar no país após varias negociações com os maoris. Eles sempre foram respeitados por serem geneticamente muito fortes. E ate hoje a cultura maori é muito respeitada na Nova Zelândia. Se tiver um tempo disponível, faça um busca pela palavra Haka no youtube*. Outra curiosidade sobre a Austrália é que é bastante popular ir para os bares logo após o horário de serviço, o expediente é geralmente das 9 as 5. Quando estão em grupo, um deles busca bebida para todos os outros e a próxima rodada fica por conta do próximo e assim sucessivamente. Os australianos de modo geral, não gostam de questionar o que você faz pra viver, para eles não interessa se a pessoa é servente de pedreiro ou se é diretor de uma multinacional, a conversa gira em torno de coisas e não de pessoas. Uma das coisas que me deixa encantado é a liberdade de expressão que existe na Austrália e na Nova Zelândia. Não é difícil de encontrar alguma senhora do cabelo azul andando pelas ruas ou algum rapaz tatuado e com piercing trabalhando no caixa de um banco. Ou então aqueles senhores executivos com gel nos cabelos arrepiados e com brinco na orelha. Outra coisa que me deixa alucinado é o fato do australiano tratar como “mate” a todos. Mate, na tradução para o português seria parceiro, chegado, companheiro, amigo. Aqui não tem a hipocrisia do tratamento, o cara da padaria, o neném, o vidraceiro, o engenheiro, o carpinteiro, o motorista do ônibus, o presidente, todos são mates. Essa besteira de tratar as pessoas de forma diferente no Brasil me irrita profundamente. Só porque alguém é mais velho ou então porque é considerado como pessoa importante na sociedade, tem se que chamá-lo de “senhor”. Auto manutenção Sugiro a todos aqueles que estejam na ânsia de viajar, que antes faça os auto reparos. Vá ao oftalmologista, dentista, qualquer “ista” porque na Austrália e Nova Zelândia isso pode ficar bem caro. Lembro que na Nova Zelândia, para extrair um dente estava 400 19
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dólares, aqui na Austrália já ouvi dizer que não sai por menos de 200. Enquanto que no Brasil, se rodar bastante e tiver muita coragem, consegue arrancar um dente por 30 reais ou até menos. Uma coisa é fazer tratamento no Brasil, se explicando em português, salientando os mínimos detalhes. Outra coisa é fazer tratamento fora do país e ter que explicar tudo em inglês. Certa vez, em Auckland na Nova Zelândia, sofri um acidente no local de trabalho. No dia seguinte, depois de ter passado a noite em claro por causa da dor na costela, resolvi ir ao hospital. Enquanto o doutor estava nas perguntas preliminares eu fui bem, mas quando ele me perguntou como doía, eu fiquei sem palavras e apenas gesticulei. Por fim ele disse que aquela minha dor era derivada de excessivo esforço físico e tinha sofrido um tipo de lesão nas costelas. Aceitei o que ele disse, peguei o atestado e voltei pra casa um pouco frustrado com o atendimento. Quisera eu que eu pudesse ter me expressado em português, poderia ter contato toda a historia, as fisgadas noturnas, a insônia, as dores tipo torcicolo.Como dizer torcicolo em inglês? Deus do céu, me da ate calafrios... Moda Andando pelas ruas de Sydney, em poucos minutos você vera algumas pessoas que trabalham em escritórios, usando roupa social e calçando havaianas. Às vezes acho que o maior investimento pessoal que os australianos fazem é nos cabelos. Mas enfim... Tenho varias amigas que reclamam das calcinhas australianas. Outra me disse que já teve as calcinhas roubadas enquanto secavam no varal. Uma outra semestralmente pede para a mãe mandar calcinhas do Brasil via correio. Fica a sugestão para você mulher, que está vindo, de não se esquecer de trazer calcinha para dois anos. Essa regra, segundo as viajantes, aplica-se também a Europa. Outra sugestão fica por conta dos produtos de beleza. Tenho uma amiga que reclama de pele ressecada, ela é chilena, e me disse que o único produto que soluciona o caso dela é um creme de cenoura chileno. Sendo assim, ela faz parte daquela turma da encomenda. Experiência x Fluência O salário mínimo na Austrália gira em torno de quinze dólares australianos por hora. É claro que esse valor varia. Empregos para profissionais qualificados em termos gerais são bem remunerados. Quando vim para Austrália, sofri de desilusãode quando descobri que meus três anos de experiência na área de suporte em informática somado com um curso universitário, não tinham muito valor porque o assunto “suporte help desk”era matéria escolar. Isso significa que qualquer aluno do colegial está habilitado a fazer a mesma coisa que eu costumava fazer. Minha vantagem são os três anos de experiência, mas a vantagem deles é a fluência na comunicação. Dirigir. A CNH, carteira nacional de habilitação brasileira é valida por um ano tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia desde que esteja traduzida. Já vi casos do condutor apresentar CNH brasileira na Nova Zelândia e não ter problemas, mas em via das duvidas, melhor e 20
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se previnir. Na Austrália, a tradução é feita por aqui mesmo. Outra opção é vir com a Permissão internacional para dirigir. Mas antes de aventurar-se a dirigir pelas vias e rodovias, leia as regras de transito do país de destino. Fato: o sentido do transito na Austrália e Nova Zelândia é na esquerda, no carro, a direção fica a direita. Boa parte dos brasileiros quando começam a dirigir na Austrália ou NZ tem a tendência de dirigir usando o lado esquerdo como referencia espacial. Por exemplo, entre o canteiro central e a linha que divide a pista, no inicio temos a tendência de queimar a linha central. Essa não é uma regra, e muitos nem percebem que o faz. A faixa de pedestre é sempre respeitada e existem em todos os lugares. Não existe documento do carro, existe apenas um selo que fica colado no carro. Em caso de problemas, os dados do proprietário serão puxados via sistema. Achados, perdidos e inocentes. No Brasil, quando perdemos algum objeto, temos a certeza que jamais o veremos. Lembro de uma expressão que era: Perdido não é roubado, quem perdeu é relaxado. Mas aqui na Austrália e Nova Zelândia, a estória é diferente. Quando fui para Perth para estudar, fui a uma lanhouse e esqueci meu pendrive no computador. Dois dias depois, depois de procurar feito louco pelo pendrive, fiz aquela famosa reconstituição da cena da ultima vez que tinha visto o objeto. Voltei no dia seguinte na lanhouse e perguntei se eles não tinham encontrado um pendrive branco. A menina da recepção pediu para que esperasse um pouco e após alguns minutos voltou com uma caixa de sapato cheia de pendrives. Fiquei alucinado. Ela apenas perguntou qual era o meu. Enfiei a mão na caixa, mexi pra lá, mexi pra cá e não vi o meu. Fiquei um pouco desapontado, apenas agradeci e voltei pra casa. Embora não tivesse encontrado, a inocência da menina me contagiou. Naquele instante, na minha cabeça passou algo do tipo: Ei menina, o que você está fazendo? Guarda isso ai, voce sabia que eu poderia pegar qualquer um deles e dizer que era o meu? E qualquer idiota pode vir a fazer isso com você? Tome cuidado e não faça mais isso viu... Eh claro que eu não disse nada, apenas apreciei a inocência dela e disse adeus. Em outra ocasião, no ano passado tive a infelicidade de perder meu passaporte. Fui descobrir isso quando precisei dele por causa de um emprego. Procurei feito doido, fiz um flash back, mas minhas ultimas lembranças eram muito antigas. Desiludido, fui ao consulado brasileiro e expliquei minha situação. Explicaram-me que para tirar a segunda via, eu teria que fornecer os mesmos documentos que foram solicitados no Brasil quando havia feito pela primeira vez o passaporte. Liguei pra casa, pedi para minha mãe me mandar tudo via correio. Duas semanas depois, voltei ao consulado com todos os documentos e dinheiro da taxa a ser paga pela emissão da segunda via. Me deram o prazo de dez dias para ir buscar o novo passaporte. Passados oito dias, recebi um e-mail do consulado informando que haviam encontrado e enviado o meu passaporte para lá e que eu poderia ir ao consulado para resgatá-lo. De inicio fiquei surpreso, quem é que encontraria um passaporte e se daria ao trabalho de encaminhá-lo ao consulado? Depois tive oscilações de sentimento entre alegria por terem achado o velho e tristeza por já ter pago o novo.
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Cheguei ao consulado, mostrei o recibo do pagamento efetuado pelo novo passaporte e perguntei do velho. Enquanto acessava ao sistema, a recepcionista fez algumas perguntas, pediu licença e voltou com o meu velhinho nas mãos. Quando perguntei do novo, o qual supostamente estaria pronto em dois dias, ela me disse que a solicitação ainda não tinha sido feita. Perguntei a ela se tinha como cancelar e recuperar o dinheiro pago. Ela disse que teria, mas que daria para reaver o dinheiro somente na semana seguinte por motivos contábeis. Aceitei a situação na hora, perguntei pra ela quando podia voltar para reaver a taxa que eu havia pago, e ela me pediu dez dias corridos. Quando voltei, me devolveram o dinheiro. Essa foi a única vez na minha vida que agradeci por atrasos dos órgãos públicos brasileiros. Como prevenir – Importantes dicas Assim como o caso anterior, em muitas situações somos solicitados a apresentar diversos tipos de documentos e/ou cartas de empregadores. Aqui vem uma dica super importante. E acredite, seu pai, sua mãe, seu irmão ou irmã, irão me agradecer. Traga: Se não o original, pelo menos uma copia autenticada do: RG. CPF. Certidão de Nascimento. Certidão de Casamento. Reservista. Certificados e diplomas. Cartas de referencias de antigos empregadores. Se não tiver isso, vai atrás disso. Paginas da carteira de trabalho ou contrato que comprove sua experiência profissional. No caso da CNH é bom trazer a original e deixar a copia autenticada em casa. Por que falei que seus familiares irão me agradecer? Porque diariamente, alguns pais de brasileiros que estão fora do país, são solicitados a buscar e enviar documentos. Perceba como o processo é aborrecedor: _Alo, mãe? _ Oi filho, tudo bem por ai? _ Ta tudo bem, mas estou ligando para pedir um favor. Estou precisando urgente do meu diploma da universidade e da grade curricular também. _ Mas como é que vou conseguir pegar isso para você filho? _Bom mãe, a senhora da um pulo la na faculdade, conversa com a Dona Terezinha da diretoria, paga a taxa que eles pedirem, retira o meu diploma e grade curricular, passa no cartório, autentica tudo, logo após, vai ate o correio e me manda via expressa para chegar o mais rápido possível. _ Filho, não tenho tempo para fazer isso agora. _Po mãe. Isso ai é urgente. _Tá certo filho. É so isso? _Não, ainda vou pedir para a senhora passar na empresa e pedir para o Seu Tobias te dar uma carta de referência minha. Isso precisa estar impresso em papel especial da empresa. _Como vou achar esse tal de Tobias? 22
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_Sei lá mãe, pergunta na portaria da empresa que eles devem conhecê-lo. _Oh meu Deus. _ Tchau mãe _Tchau filho Muitas das vezes os documentos que chegam não são exatamente aquilo que você esperava. Por isso, antes de viajar, providencie tudo o que puder para não ter surpresas. Caso você venha precisar a apresentar algum dos documentos, basta mandar traduzi-los na cidade onde estiver no exterior.A tradução tem que ser feita por profissionais juramentados. Quando bate a indecisão do futuro. Um fator que atinge em cheio 90% dos estudantes é o não saber o que vai fazer. Dezenas, as vezes até centenas de planos povoam a mente do aluno no espaço de apenas um dia. Muitos chegam e querem ficar mas não sabem como, outros chegam sem querer ficar mas não sabem a hora de voltar pra casa. A decisão sobre o que é melhor a se fazer varia de acordo com o emocional da pessoa, estabilidade financeira e os objetivos traçados. No quisito emocional estão inclusos: saudade, liberdade de expressão, circulo de amizade, ganho ou perda de peso. Tive um professor que certa vez falou: Vocês estudantes de outros paises que aqui estão chegando, nunca deixem de prestar atenção na alimentação de vocês. Neste período de adaptação é natural que vocês comam apenas “junkie food” (besteiras). Mas vocês precisam ter em mente que precisão ter a cabeça tranqüila para assimilar informações e o corpo saudável para agüentar trabalhar. Por isso, cuidem da sua alimentação. Estabilidade financeira: está relacionado com o padrão de vida. Às vezes demora-se um pouco para achar emprego. Mas enquanto o emprego não vem a pessoa vai gastando os “reais” dela. E natural chegar o momento de ansiedade e desespero. Continue correndo atrás. Basta uma ligação de emprego e tudo se resolve. Objetivos: se o seu objetivo for aprender inglês, não perca tempo morando com brasileiros. Conheço muitos que falam a mesma coisa por meses e às vezes anos, dizem que não evoluiram no inglês porque moravam com brasileiros. Isso é fato. Se o seu objetivo é “fazer dinheiro”, escolha escolas noturnas, locais de fácil acesso para morar. Prepare almoço em casa e leve, porque comer fora é muito mais caro. Corra atrás de emprego todos os dias e aventure-se a fazer coisas que jamais fez . Se o objetivo for viajar, existem varias opções para se fazer uma turnê em torno da Austrália. E não perca a oportunidade de quando aqui estiver de ir para a Ásia, uma vez que fica bem perto e os preços não são tão altos. “Salvar” dinheiro O que no Brasil conhecemos por juntar, poupar, fazer pé de meia, tanto na Nova Zelândia ou Austrália, o termo conhecido é “salvar dinheiro”. Outro termo relacionado é “fazer dinheiro” que significa ganhar dinheiro trabalhando.
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Informações gerais sobre Austrália Atualidade: Em 2008, quatro grandes cidades da Austrália foram qualificadas pela revista “The economist” entre as dez melhores cidades do mundo para se viver: Melbourne aparece em segunda, Perth em quarta, Adelaide em sétima e Sydney em nona. Historia: Embora já estivesse sendo habitada por aborígines desde os primórdios, somente ha dois séculos que começaram as imigrações européias. De inicio, com o objetivo de despachar os bandidos para bem longe, a Inglaterra mandou-os para a Austrália e lhes deu um pedaço de terra nesse novo continente. Somente em 1942 que a Austrália declarou sua independência da Inglaterra. Política - A Austrália possui monarquia constitucional e sistema de governo baseado no Parlamentarismo. Capital – Camberra População: Em torno de 21 milhões de habitantes Cidade mais populosa: Sydney, mais ou menos 4,5 milhões. Economia: A moeda na Austrália é o dólar australiano. O país está classificado como a 17 maior economia no mundo. Clima: Oceânico, árido e tropical. Vale a pena ressaltar a diferença entre as principais cidades australianas. Algumas são mais quentes e úmidas que outras. Se você está adaptado ao clima quente, melhor ir para o norte do país, como Cairns, por exemplo. Se você prefere clima mais frio, melhor ir para o sul, Melbourne. Caso queira morar num local onde às vezes é possível ter as quatro estações num só dia, Sydney é uma boa opção. Observação: A temperatura da água do mar em Sydney varia entre gelada e fria durante o ano. Para quem está acostumado com a água fresca ou morna do litoral brasileiro a diferença de temperatura é enorme. Fuso horário: A diferença entre Brasil e Austrália (Sydney), é de treze horas. Quando no Brasil é uma hora da manha, aqui em Sydney são duas da tarde. Mas se no Brasil for 08h da noite de sábado, em Sydney serão 07h da manhã de domingo. Tempo de vôo do Brasil para Austrália via Chile: 22h30min Informações gerais sobre Nova Zelândia. Historia: Depois de passar pela Austrália, o capitão Cook navegou em direção a Nova Zelândia. Inicialmente a colonização foi feita por Ingleses que por infelicidade deles, encontraram uma nação forte chamada Maori, os nativos. A colonização só foi possível ser realizada apos vários acordos entre ingleses e maoris. Anos depois, com a descoberta do ouro no país, a Nova Zelândia fortaleceu-se e declarou sua independência. 24
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Política: A Nova Zelândia possui monarquia constitucional e sistema de governo baseado no Parlamentarismo. Capital – Wellington População: Em torno de 4,5 milhões de habitantes Cidade mais populosa: Auckland, mais ou menos 1,5 milhões. Economia: A moeda na Nova Zelândia é o dólar neozelandês Denominação: Os neozelandeses também são chamados de kiwis, nome que se refere à típica ave neozelandesa, não tem nada a ver com a fruta, embora a produção da fruta kiwi seja um dos pontos fortes da economia. Fuso horário: A diferença entre Brasil e Nova Zelândia (Auckland), são de oito horas. Quando no Brasil é uma hora da manha, em Auckland são nove da manha. Mas se no Brasil for 08h da noite de sábado, em Auckland será 04h da manha de domingo. Tempo de vôo do Brasil para Austrália via Chile: 18h30min. Curiosidade: Boa parte do filme Senhor dos Anéis foi filmado em território neozelandês. Inclusive os figurantes do filme em sua maioria eram locais. Pontos turísticos que você precisa conhecer: Austrália Sydney: Opera House, Harbour Bridge, Darling Harbour, museus, praias, e parques públicos, Blue Montains e claro, a vida noturna que tem muito a oferecer. Estou morando em Sydney faz dois anos e essa cidade me surpreende todos os dias. Às vezes acontecem shows e a mídia nem sequer divulga e o mais impressionante é que sempre lotam. Perth: Ótimas praias para surfistas, conta a lenda que a área é cheia de tubarões, Lago Swan, Flemantle, Zoológicos, Museus Marítimos. Cairns: Onde está localizada a maior barreira de corais do mundo, cidade localizada ao norte da Austrália, e devido a sua localização geográfica a temperatura varia durante o ano de quente para muito quente. Gold Coast: Conhecida como Paraíso do Surf Nova Zelândia Às vezes acho que Deus criou a Nova Zelândia para ter onde mandar os anjos tirarem férias. De norte a sul do país, não tem como cair na monotonia. As variações das paisagens ocorrem a cada esquina. 25
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Pelo fato do país ser pequeno, a viagem a carro é interessante. A ilha norte oferece praias, cidades com lagos térmicos, outras com lagos de cor azul Meu Deus e dezenas de vulcões. Entre a ilha norte e sul existe o estreito de Cook, 90 km de comprimento. Este vale a pena atravessar de ferry (Ferry é uma espécie de pequeno navio de passageiros que, neste caso, também transportam veículos). A ilha sul encanta por suas diversidades de fauna e flora. Para os que amam aventura, a ilha sul é o lugar ideal. Ao norte da ilha sul fica o parque da Tasmânia, para aqueles que gostam de “trecking” é um prato cheio. Logo abaixo Blenheim, cidade famosa onde você poderá degustar vinho de graça aos domingos. Descendo mais vêm kaikoura, considerado um dos melhores pontos do globo para se ver baleias. Pouco abaixo fica Christchurch, muito bonita, é a terceira maior cidade do país. Interessante é que a cidade é plana, montanhas somente muito longe e não tem prédios altos. Ao sul aparece Dunedin (lê-se Danidam), Ao centro, está localizado a famosa Queenstown, conhecidíssima por proporcionar a pratica de dezenas de esporte radicais, dentre eles bunggee jump, ski, snowboard. De modo geral Se você estiver disposto a fazer turismo pela Austrália e ou Nova Zelândia, vale a pena conferir sites especializados. Como mochileiro, estudante e desbravador, o que posso lhe dizer é que viajar pela Austrália ou Nova Zelândia é bem seguro. Tanto em termos de sinalização nas rodovias quanto à qualidade da malha viária. Na Austrália e Nova Zelândia, o serviço on-line funciona. Para reservar um quarto ou alugar um carro, o termo utilizado é “Book”, é claro que já virou verbo na boca dos brasileiros: “ Eu buco, tu bucas, ele buca... Eu buquei, tu bucaste ele bucou...” O procedimento é sempre o mesmo, você faz a busca por hotéis ou backpackers (backpacker é uma espécie de hotel para viajantes.Como se fosse um albergue. Nesses locais você tem opção de escolher um quarto só para você ou então escolher quartos com mais pessoas, se não for quarto para casal, provavelmente serão beliches, e é claro, varias outras pessoas dormindo no mesmo quarto, quanto mais pessoas, mais barato). Feita a busca, encontrada a melhor opção, você pode fazer reserva on-line. E funciona... Para alugar carro, o procedimento também é muito fácil. Basta o seu passaporte, carteira de motorista e as vezes nem pedem cartão de credito. Muitas agências cobram apenas a diária do veiculo independente da kilometragem. E não é tão caro como no Brasil. Mas existem também as locadoras que não aceitam carteira de habilitação de outro país. Nesse caso, ande um pouquinho mais ou pesquise on-line qual agência que aceita. Para os aventureiros de plantão, existem opções como achar parceiros de viagem. Neste caso, você procura a carona para o local solicitado e racha a gasolina com a pessoa. Quando entra nesse tópico, lembre que você estará num país onde essa pratica é normal. Muitos são os estrangeiros, principalmente europeus que fazem esses esquemas de viagens na Austrália e Nova Zelândia. Lembro na minha primeira semana na Nova Zelândia, eu estava na fila para tirar xérox, e percebi que a menina da minha frente era brasileira. Perguntei pra ela quanto tempo ela já estava no país, ela respondeu que fazia alguns meses e depois de dois minutos de conversa, ela me convidou para viajar. Confesso que fiquei surpreso, no momento me 26
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senti “ o bonitão”, mas como estava procurando emprego, recusei e agradeci pelo convite. Me achei o “gostosão” do pedaço. Dias depois que fui descobrir que viajar com desconhecidos e dividir despesas de viagem era pratica normal. Costumes e cultura Na minha primeira semana na Nova Zelândia, um dos costumes que mais me chamaram a atenção foi ver como eles lavam a louca. O processo é o seguinte: primeiro enche-se a pia com água quente, acrescenta detergente, mergulha os pratos e talheres naquela água e pronto, só colocar para secar. Nada de enxaguar. Antes de acompanhar o processo, eu não conseguia entender porque sempre havia bolinhas de sabão nos meus copos com água, cheguei a culpar a água. Ate que aprendi o esquema. Tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia, o almoço e janta são porções. Exatamente iguais aos pratos feitos. Sem aquelas famosas paneladas, farturas. Repetir está fora de questão. Na Austrália, é costume jogar o papel higiênico no vaso sanitário. No meu primeiro dia escolar na Austrália, o diretor apresentou o colégio para todos os novos estudantes. Daí ele parou em frente ao banheiro e disse: Gente, eu não sei quanto ao país de vocês, mas aqui na Austrália nos jogamos os papeis higiênicos usados dentro do vaso sanitário. Em relação à água, sintam-se a vontade para bebê-la em qualquer torneira na Austrália. Juro que fiquei impressionado, 30 por cento sobre o papel na privada e 70 por cento sobre beber água da torneira. É pratica comum ir a bares e pedir “tap water” água de torneira. Comparando Um processo que se torna impossível de evitar e a comparação. Viajar pela Nova Zelândia ou Austrália, nos faz questionar por que o Brasil não vai pra frente. Porque aqui é tão limpo e lá não é? Porque um país que é muito bonito como esse, consegue levantar mais dinheiro através da indústria do turismo que a maravilhosa diversidade e lindas paisagens do Brasil? Em relação ao turismo, o Brasil tem muito a aprender com a Nova Zelândia. Um país que faz uma pedra sem graça virar monumento, enquanto que no Brasil existem centenas ou milhares de belezas naturais que são tratadas como a tal pedra sem graça. Eu admiro o mercado turístico Australiano, mas o Neozelandês está anos luz a frente. Onde quer que você vá lá você encontrará um roteiro de viagem. A empresa turística na Nova Zelândia é integrada. Ao invés de implantar a concorrência, eles dão opções. É como se você fosse comprar sapato numa loja e lá dentro visse a propaganda de outra. Isso parece totalmente errado, mas funciona. Porque se A faz propaganda de B e B faz propaganda de A, isso quer dizer que se você não encontrou o que quis na loja A, provavelmente você vai para a loja B e o inverso também é verdadeiro. Se eu fosse da área de turismo, certamente escolheria a Nova Zelândia para passar uma temporada. Tipos de acomodações Para esse tópico, vale ressaltar a sua necessidade. Existem alguns tipos de acomodações que vale a pena enumerar: 27
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Homestay: Teoricamente é uma casa de família onde você terá contato com a cultura local. Em muitos casos, o valor pago pela semana já inclui uma ou duas refeições diárias mais o café da manhã. Já conheci muitas pessoas que tiveram sorte de morar com australianos ou neozelandeses bacanas. Mas em contrapartida, já conheci vários outros que não tiveram a mínima atenção da família. Como a maioria das homestays são credenciadas pelo colégio ou pelos agentes, vale a pena solicitar e-mail de contato de pessoas que foram para tais casas. Às vezes acontece de falarem que não tem acomodação disponível e te arrumarem uma em cima da hora. Acho isso golpe sujo porque eles sabem que você não terá tempo nenhum para argumentar ou escolher. Backpacker: Algo parecido com albergue onde varias pessoas de diversas partes do mundo passam alguns dias, em alguns casos ate meses enquanto estão no país. Essa opção tem seus pros e seus contras. Pros: Oportunidade de conhecer pessoas do mundo inteiro, não tem vinculo de locação, isso quer dizer que você pode mudar-se para qualquer outro lugar sem aviso prévio. Contras: Geralmente os quartos são compartilhados com varias outras pessoas. Quanto mais barato, mais pessoas nos quartos. A media máxima de camas são em torno de 10 ou 12, no caso beliches. Não tem privacidade. Banheiros e utensílios domésticos são para uso de todos. Hostel : Pra mim é mesma coisa que Backpacker. Não consigo ver diferença. Apenas citei porque existem vários. Share flat ou share house: São apartamentos ou casas onde mora um determinado número de pessoas. Geralmente pedem o pagamento de duas semanas em antecedência como forma de reserva (bond) mais o pagamento semanal. Por exemplo, valor da semana 150, mais 300 de bond. Esse “bond” você pega de volta quando estiver deixando o lugar. Caso você tenha a infelicidade de quebrar alguma coisa, o dinheiro que você deu de “bond” será utilizado para arrumar ou repor o que foi danificado. Por que existem outras opções, acho interessante não fechar contratos duradouros com homestays. Se por acaso você pagar um mês e depois decidir ficar mais, é só pagar novamente. Algumas escolas dão condições de reembolso caso o aluno não goste da homestay. Verifique no seu contrato se existe essa cláusula inclusa. O que não esquecer ao fazer as malas. Você pode trazer dois pacotes de maço de cigarros e 2,00 litros de bebidas alcoólicas. Caso necessite trazer remédios, traga a receita medica junto. (Verifique junto a sua empresa aérea sobre os casos acima. As regras são alteradas constantemente) Para quem usa óculos, é interessante trazer a receita. Escreva a lápis na ultima folha do seu passaporte informações como e-mail e telefone de contato, tipo sanguíneo. Nunca é demais Tragam roupas para possíveis trabalhos. Por exemplo, garcon (ete), soldador, ajudante de construção. Neste ultimo, muitos brasileiros escolhem trabalhar na obra porque o salário é bom e para isso precisam comprar botas com bico de aço, as quais custam em torno de 40 dólares por aqui.
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Se você tem pretensão de trabalhar em escritórios, escolha trazer roupas formais. O preto básico é sucesso em qualquer lugar. Para vocês mulheres, além do estoque de calcinhas, não esquecer que os seus produtos e instrumentos pessoais, como pinça, lixa de unha, alicatinho, tesourinha, ou qualquer outra coisa que seja possível ser usado como arma, deve vir dentro da mala que será embarcada. Celular. Caso traga o seu, traga-o desbloqueado. Na Austrália encontra-se chip em supermercados por 2 dólares. A corrente elétrica na Austrália é de 240/250 volts. O plugue é de três pinos e é diferente daquele usado no Brasil, ou seja, caso você traga algum aparato eletrônico, fatalmente terá que comprar um adaptador. Não esqueça as havaianas. Em relação a roupas, verifique o clima do local onde você vai morar. Dependendo do caso terá que trazer mais roupas quentes, em outros casos, roupas para frio. Dicas gerais - Sempre tenha uma reserva financeira, pelo menos para se manter por duas ou três semanas. Quando eu estava na Nova Zelândia, sofri um acidente de carro no caminho do serviço. Fiquei com o lado direito imobilizado. Como eu estava sem reserva financeira, tive que ir trabalhar dois dias depois do acidente. Foi daí que percebi que a minha mão esquerda era uma estranha pra mim. Considere também que você receberá o primeiro salario apenas uma semana depois que você começar a trabalhar. Mas como os pagamentos acontecem nas quintas feiras, se você começa na segunda feira dessa semana, você receberá apenas na quinta feira da semana que vem. - Mantenha copias autenticadas de todos os documentos que possui. Se vier para estudar, acompanhe sua presença escolar. Em caso de ausência acima de 20% das aulas, o colégio pode reportar o problema para a Imigração, e voce corre o risco de perder o visto. - Se vier para ficar meses ou anos, aprenda tudo o que puder. Tenho um amigo, que antes de sair do Brasil, pagou para outra pessoa pintar seu apartamento.Ele dizia estar arrependido de não ter pintado o próprio AP, de repente poderia arrumar um trabalho de pintor. Eu digo isso por que aqui tem muita gente que fez faculdade de administração, psicologia, informática, direito, engenharia e agora estão carregando entulhos ou então trabalhando de garçom ou garçonete. - Segundo um amigo que conheci em Auckland, o segredo do viajante é: não comparar, aceitar as coisas como elas são e estar sempre com a mente aberta. - Aprenda o máximo de inglês que conseguir enquanto estiver no Brasil. Certa vez disse isso para um amigo que estava indo para a Inglaterra, e ele apenas riu e disse que não teria problemas, pois conhecia algumas pessoas que não falavam inglês e estavam trabalhando. Quem não fala, com um pouco de empenho, consegue arrumar um emprego, quem fala arruma mais rápido e dependendo da situação ainda pode escolher. - Quando você viajar, vários amigos vão te perguntar um milhão de coisas, como você conseguiu, quais são os esquemas, e depois que você passar horas explicando para uns cinco amigos, vai perceber que eles não vão fazer o que você falou. Sugiro que você 29
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monte uma lista igual aquelas enquetes, perguntas e respostas. Assim, quando um amigo perguntar, você manda pra ele todas as duvidas. Isso parece um pouco rude, mas já perdi horas procurando informações para amigos e na hora H, nada... - Traga o que der pra trazer, mas não traga nada de comida. Se pegarem isso pode ser passível de multa. Uma coisa é levar chocolate, bolacha, outra é levar banana, peixe. Apenas produtos fabricados são autorizados a entrar no pais. Aqui na Austrália tem um programa de TV que se chama Borderline, é sobre problemas que acontecem nos aeroportos internacionais da Austrália. Eu não sei qual a propaganda que fazem da Austrália na Ásia, porque muitos asiáticos tentam entrar no país com kilos de peixe. Nesses casos acontece apreensão dos produtos e os passageiros são passivos de multa pesada. - Álcool: É proibido ingerir bebidas alcoólicas nas ruas ou em qualquer local publico (parques, praias, etc.). _ Cigarros: O preço do cigarro é super alto se for comparar com o Brasil, um maço do mais barato gira em torno de 10 dólares. Caso você seja fumante, vale a pena trazer os dois pacotes de cigarros que são autorizados pelo serviço alfandegário. - Visto: A aplicação para visto de estudante para a Austrália costuma chegar poucos dias antes do embarque. Independente do país onde for feita a aplicação. Alguns amigos que vieram do Brasil me falaram que pegaram em cima da hora. Como eu estava na Nova Zelândia, o processo foi diferente, de lá para a Austrália não é obrigatório comprar passagem antes da hora, precisa apenas fazer reserva. O meu visto saiu uma semana depois do inicio do meu curso. A demora depende do agente que está analisando o seu caso. Alguns são chatos no processo, outros mais tranqüilos. A demora, em muitos dos casos, não é culpa da agência. Mas infelizmente algumas agências pisam na bola. Às vezes tenho a sensação que usam o dinheiro do cliente para solucionar problemas internos e só aplicam o visto em cima da hora. O que donos de agência precisam entender e aprender, é que nos clientes queremos garantias de que nossos papeis foram encaminhados. Queremos comprovantes, nota fiscal, nome de quem recebeu, número do protocolo de entrada, qualquer coisa oficial que nos de segurança de que pelo menos o processo já está encaminhado. Como trazer dinheiro para Austrália? Existem varias opções. Na época que sai pela primeira vez, o melhor esquema era via traveller card. Com esse cartão podia-se sacar em qualquer caixa eletrônico onde tivesse a bandeira do visa ou mastercard, nesse caso depende do tipo do seu cartão. A taxa era baixa, e em caso de necessidade de novo envio de dinheiro, bastava que alguém depositasse o dinheiro no número da conta desse cartão no Brasil. Outra opção são os traveller cheques. Você traz as folhas, as quais geralmente possuem valores pré-determinados, por exemplo, você vai comprar 1000 dólares, eles podem te dar 10 cheques de 100. O valor das folhas é negociável. Assim que você chega, você pode ir trocando folha por folha ou então depositar tudo numa conta bancaria que você venha a abrir. E outra opção seria o famoso cartão de crédito. Dica: Sempre mantenha duas opções. Caso você traga cartão, tenha em mão também alguma quantia em dinheiro para se virar pelo menos 1 semana. Por quê? Tenho uma 30
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amiga que teve o cartão de credito rejeitado na Nova Zelândia. Neste caso, ela teve que usar a conta do traveller card de um amigo que ela tinha acabado de conhecer para que o pai dela pudesse mandar um dinheiro extra até que o novo cartão de credito chegasse. Mas depois que abrir conta em banco local, pode ficar tranqüilo, em caso de perda do cartão, basta apresentar qualquer documento com foto na boca do caixa e inserir a senha no aparelho para sacar o dinheiro. Inglês No inicio de 2008 resolvi que o melhor meio de aprender inglês era aprender como ensinar inglês. Por esse motivo fiz o TESOL ( Teaching English to Speaker of Other Language) e TECSOL( Teaching English to Child Speaker of Other Language). As técnicas de ensino são variadas. Somente então descobri porque eu nunca tive paciência para freqüentar cursinhos de inglês no Brasil. A culpa não era toda minha, boa parcela eram das escolas que não tinham preparo para estimular o desejo de aprender no aluno. A técnica de ler e ficar preenchendo livro ou escrevendo, é quase inexistente na Austrália. Um dos meus professores disse que se for para ler livros e responder questões dele, é melhor comprar o livro e estudar em casa por conta própria. Nos cursos de inglês na Austrália, os alunos são impulsionados a criar situações onde a linguagem aprendida seja estimulada. Muitos exercícios parecem idiotas, mas ajudam o aluno se sentir a vontade em determinados contextos. Dicas: Assista a filmes com e sem legenda. Volte uma cena, abaixe o volume da TV e tente reproduzir você mesmo as falas de um determinado trecho. Escute músicas desde lentas ate as mais rápidas. Tente entender as palavras, procure a letra e tradução das musicas na internet. Escute a música outra vez. Cante, tente sentir a mensagem. Antigamente eu gostava de muitas músicas internacionais, e hoje em dia, quando eu as escuto e consigo entendê-las fico perplexo com o significado delas. A música Last Kiss do Pearl Jam por exemplo. Antigamente eu dançava essa música nos bailes de formaturas feito doido, somente anos depois que fui entender que na estória da música, a namorada do cara morre num acidente de carro. A música é triste, mas eu me divertia as pampas. E como essa, tem muitas outras que me faziam pensar na namorada e que na verdade estavam falando de um carro verde que quebrou o motor. Ou então aquela: It s raining man, aleluia... Nessa música eu quase saia do corpo quando ouvia. Mas agora fico ate sem graça de lembrar dessas coisas. Inglês pratico – para ter uma idéia de como as(os) nativas (os) expressam seus sentimentos românticos, acesse ao www.rsvp.com.au, acesso gratuito, entre nos perfis, leia as descrições. Acho interessante os termos que eles usam, já passei horas lendo perfis, muitos auto definem-se como parceiros para crimes, baixa manutenção, interesse por viagens, mente aberta, pés no chão. Quando você estiver se relacionando com uma pessoa de outro país é interessante aprender como ela está acostumada a ser questionada, e é evidente que isso nos prepara eventuais perguntas. Existem palavras que sugerem significados opostos. Push e Eventually por exemplo. Depois de um tempo certas palavras tornam-se tão naturais que passam a funcionar erroneamente como verbos em português: googar, dropar, faxear etc
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Enfim, aprender não ocupa espaço, então segue pra você, algumas expressões australianas para começar a se familiarizar. aggro - aggressive amber fluid - beer ant's pants - height of fashion, or to think highly of yourself arvo - afternoon Aussie - Australian av-a-go-yer-mug - traditional rallying call, particularly at cricket ay - pardon me
matches
back o'Bourke - back of beyond, middle of nowhere barbie - barbecue barking up the wrong tree - labouring under a misappréension barrack - cheer on a team at sporting event, support your team battler - trier, struggler beanie - ski hat beat around the bush - not getting to the point beaut, beauty, bewdie - great, fantastic belt up - stop talking! bench - table top better half - husband or wife bikey - motor cyclist billabong - water hole in dried-up river bed billy - tin container used to boil tea in the bush biscuit - cookie black stump - where the 'back o'Bourke' begins block - do your block: get angry bloke – man, friend blower - telephone: on the blower blowies - blow flies bludge - do nothing bludger - lazy person, one who won't work blue - argument or fight: have a blue bluey - swag, nickname for a red-haired person bonzer - great, ripper boogie board - half sized surf board boomer - very big, large male kangaroo boomerang - curved flat wooden instrument used by Aborigines for hunting booze - alcohol booze bus - police van used for random breath-testing for alcohol bottle shop - liquor shop bottler - something that has gone the way you want: you little bottler brass - money brekkie - breakfast brown-eye - to show one's bottom, mooning 32
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Buckley's - no chance at all bundy - Bundaberg rum, also time-clock for employees bung on - put on burl - have a try: give it a burl bush - country, away from the city bushranger - Australia's equivalent of outlaw of American Wild West bush tucker - native foods, usually in the outback BYO - bring your own (booze) to a restaurant cask - wine box (an Australian invention) cheerio - good bye chock-a-block - full chin wag - to have a good chat chips - french fries choof off - to go chook - chicken coldie - a cold beer come good - turn out all right corroboree - Aboriginal festival dance cozzie - swimming costume crook - ill, badly made, substandard cuppa - cup of tea cut lunch - sandwiches dag, daggy - mildly abusive term for socially inept person, nerd, nerdy damper - bush loaf made from flour and water, cooked in camp oven deli - delicatessen didgeridoo - cylindrical wooden Aboriginal músical instrument digger - Australian soldier dill - idiot dinkum, fair dinkum - honest, genuine dinky-di - the real thing dob in - to tell on someone docket - receipt, bill dole - unemployment payment don't come the raw prawn - don't try and fool me dunny - toilet earbash - talk nonstop esky - insulated box for keeping beer etc cool fair go! - give us a chance fairy floss - cotton candy fanny - crude term for female genitalia flat chat, flat out - going very fast footy - football 33
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full as a boot - drunk funny farm - mental institution galah - noisy parrot, hence 'noisy idiot' game - brave gander - look: have a gander garbo - person who collects your garbage gas bag - talk a lot give it away - give up g'day - good day, traditional Australian greeting good oh - OK good on ya - well done grazier - large-scale sheep or cattle farmer grog - alcohol grizzle - complain hang on a tick - wait a minute hoon - idiot, hooligan, loud show-off hoo-roo - good bye how are ya - standard greeting how ya going - how are you doing howzat - asking how something is idiot box - television iffy - risky or suspect: something a bit iffy irrits - irritating: you give me the irrits jack of it - fed up with it, had enough (of a situation) jiffy - short time: see you in a jiffy job you - hit you or punch you: I'll job you journo - journalist jumper - sweater keen - very interested Kiwi - person from New Zealand knickers - underwear knock - criticise, deride knock off work - time to go home lamington - square of sponge cake covered in chocolate icing and icon) lift - elevator lollies - sweets, candy lurk - a scheme
coconut (an Aussie
manchester - houséold linen mate - friend, general term of familiarity, whether you know the person or not 34
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middy - 285 ml beer glass missus - your wife mobile phone - cellular phone mozzies - mosquitoes nappy - diaper Never-Never - mythical, remote, isolated place in the outback nick - steal nick off - go away! get lost! no hoper - hopeless case nose - on the nose: something stinks no worries - she'll be right, that's OK ocker - uncultivated, uncultured, boorish Australian off-sider - assistant or partner off the beaten track - on an unused road, in a remote area oldies - parents once over - looking something or someone over, checking it out outback - remote part of the bush, back o'Bourke Oz - Australia Ozzie - Australian paddock - field pavlova - meringue and cream dessert perve - to gaze with lust pinch - steal piss - beer pissed - drunk pissed off - annoyed piss in your pocket - brown-nose piss-weak - no good, gutless Pom, Pommie - English person pokies - poker machines postie - mail man prang - motor véicle accident pub - hotel pull your head in - mind your own business! push bike - bicycle put up or shut up - prove you can do it or keep quiet! rack off - get lost! Rafferty's rules - no rules, a mess randy - sexually excited, horny ratbag - friendly term of abuse rapt - delighted, enraptured reckon! - you bet! Absolutely! 35
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rego - registration: car registration rip off, ripped off - you have been cheated ripper - good, also: little ripper rip snorter - something that is great root - have sexual intercourse rooted - tired ropable - very angry or bad-tempered rubber - eraser rubbish - deride, tease: to rubbish sacked - fired from work Salvo - member of the Salvation Army sandshoes - sneakers, joggers sanger - sandwich scallops - fried potato cake in New South Wales, shellfish elsewhere schooner - large beer glass semi-trailer - articulated truck session - lengthy period of heavy drinking sheila - woman (can be somewhat derogatory) she'll be right - no worries, everything will be fine shonky - unreliable, suspect shoot through - leave in a hurry shout - buy round of drinks, or pay for someone shove off - go away! sickie - day off work ill (or malingering) sloppy joe - cotton fleecy-lined sweater smoko - tea break, go and have a cigarette snag - sausage Speedo's - male swimming costume spit the dummy - throw a tantrum stickybeak - nosey person stir - tease or joke with person strides - trousers Strine - conversation with a lot of Aussie slang stubby - small bottle of beer stuffed - very tired, had too much to eat sunbake - sunbathe (not recommended) surfies - surfing fanatics take-away food - fast food, to-go food tall poppies - achievers tea - evening meal, dinner tinny - can of beer too right! - absolutely! tracks - make tracks: leave to go home truckie - truck driver 36
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true blue - dinkum tucker - food two-pot screamer - person with low tolerance for alcohol two-up - traditional heads/tails gambling game uni - university up yourself - have a high opinion of yourself ute - utility, pick-up truck vegies - vegetables verbal diarrhoea - talking non-stop, usually nonsense wag - to skip school or work: to wag school walkabout - lengthy walk away from it all weatherboard - wooden house wharfie - dock worker whinge - complain, moan wobbly - disturbing, unpredictable béaviour, temper tantrum: throw a wobbly Wog - derogatory term for foreigner wowser - spoilsport, puritan, old-fashioned write-off - car involved in an crash that is not worth repairing yabbie - small freshwater crayfish yacking - talking non-stop yahoo - noisy and unruly person yakka - work yobbo - uncouth, aggressive person yonks - ages, a long time youse - the plural of you zonked - really tired zebra crossing - painted pedestrian crossing on street Referências: Acesse ao www.youtube.com e digite: oly oly trabalhando no exterior. Voce terá a oportunidade de ver como executar alguns serviços no exterior. Para ter idéia a respeito de cotação, acesse: www.cotacao.com.br Estatisticas de brasileiros nascidos na Austrália: http://www.immi.gov.au/media/publications/statistics/commsumm/textversion/brazil.htm Informações gerais a respeito de visto www.brazil.embassy.gov.au e www.australianconsulate.org.br/visas.htm Preços de visto: www.immi.gov.au/allforms/990i/visa-charges.htm Informações gerais a respeito de estudar na Austrália www.studyinaustralia.gov.au
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