O PESQUISADOR DE DIAMANTES O SEU SONHO ERA UM DIAMANTE Numa aldeia sul-africana havia, muitos anos atrás, um homem que tinha uma única aspiração na vida: encontrar o diamante mais belo do mundo! Com essa finalidade passava dias e noites a remexer na areia como um animal raivoso. As pessoas que o viam diziam-lhe: «Para que andas a arruinar a tua vida, ficando como pobre no meio da poeira? Casa-te, como fazem todos os outros! Terás uma mulher que te preparará a comida e muitos filhos carinhosos!» Mas o pesquisador de diamantes nem se virava para responder. Frequentemente, os seus dedos sangravam, as unhas partiam-se como folhas secas, mas ele continuava a mexer na terra à procura do precioso diamante. Passaram-se anos. O pesquisador tornara-se velho, com o cabelo todo branco e com uma grande corcunda nas costas. A gente, agora, comentava: «Olhem para aquele pobre velho! Em vez de estar sentado à sombra de uma palmeira com os seus netinhos, perde os seus últimos anos a remexer na terra!» E havia até quem lhe atirasse umas pedradas ou palavras para o insultar; outros sorriam de compaixão. O velho, porém, insensível às pedras e às zombarias, continuava imperturbável no seu trabalho. Passou-se muito tempo ainda. As mãos do velho tornaram-se duras e ásperas como pedras. Os seus olhos estavam encovados e a pele das costas parecia casca de árvore. A gente dizia: «Pobrezinho!» Se os seus lentos movimentos não indicassem que ainda está vivo, o velhinho pareceria um esqueleto ressequido pelo sol. O velho já nem ouvia os comentários pois estava muito debilitado e cheio de dores. Todavia, continuava remexendo a terra, na esperança de encontrar o diamante. Um dia, em que se sentia mais cansado que de costume, levantou a cabeça da areia e olhou em direcção ao sol. Só então se apercebeu de que uma criança, de pé na sua frente, o observava em silêncio. O pesquisador teve um estremecimento: os olhos grandes e inocentes de uma criança eram mil e uma vezes mais lindos do que o diamante que há tantos anos procurava. E, nesse instante, ele percebeu que havia gasto a sua vida a correr atrás de uma falsa ilusão. E começou a chorar. Então a criança pegou docemente na mão do velhinho e, juntos, caminharam em direcção ao sol, que despontava por trás das colinas. Nesse dia a gente da aldeia começou a dizer: «Os olhos limpos e vivos de uma criança valem mais do que um diamante!» Outros disseram: «O tesouro mais precioso é ter amigos!» É verdade! Já pensaste que tantas vezes andamos a buscar a nossa pérola onde ela não está. Olha à tua volta, as pessoas, os animais, as plantas e toda a natureza, tudo nos fala do nosso grande amigo Jesus. Ele é o único e verdadeiro diamante da nossa vida. Para encontrares Jesus, a tua pérola, não precisas de passar muito tempo a procura-Lo. Ele está sempre contigo.