Fainor – Faculdade Independente do Nordeste Pós graduação – Auditoria Profesor – Luciano M. C. Dória Matéria – Auditoria Operacional Aluno – Vinícius Lima Martins
O CASO ENRON – Um breve enfoque baseado n o filme The Smartest Guys in the Room (os caras mais espertos da sala).
O caso Enron, por envolver a conivência de bancos, diretores, funcionários, acionistas, e até mesmo de uma conceituada empresa de auditoria, tornou-se um dos casos de fraude mais importantes da atualidade. O grande impacto econômico do prejuízo acarretou em um grande número de desempregados, suicídios, prisões e pessoas que viram suas economias de toda uma vida desaparecerem nos fundos de pensões geridos pêra Enron. Estabelecida em Houston, Texas com aproximadamente 21.000 funcionários a Enron Corporation chegou a ser a sétima maior companhia dos EUA e uma das miores do mundo em distribuição de energia, gás natural e comunicações, seu faturamento chegou a atingir $101 bilhões de dólares em 2000 pouco antes do escândalo financeiro que culminou com sua falência. Não se sabe ao certo qual o faturamento real, ja que a alta administração se valia de um estratagema contábil para manipular os números das demonstrações contábeis, mas sabese que a empresa operava com enormes prejuizos a algum tempo. O caso Enron foi a pior crise de confiança enfrentada pelos EUA desde a quebra da bolsa em 1929. Após perceber que poderiam contabilizar os ganhos futuros como receita corrente a administração da Enron manipulava suas demonstrações inserindo nos balanços receitas inesxistentes almentando a lucratividade e com isso
faziam com que o preço das ações disparassem no mercado financeiro. A politica de bonificar e remunerar os funcionários com as próprias ações da empresa fazia com que essa situação fosse lucrativa para os que possuiam ações da empresa sobretudo os altos dirigentes, investidores e bancos além de lucrar compactuavam e sutentavam a fraude. Para consolidadar ainda mais essa situação a Enron necessitava de pareceres favoráveis das suas demonstrações contábeis para isso contou com o aval e conivência da conceituada Arthur Andersen, empresa que auditava suas demonstrações a quase 10 anos
e lhe prestava consultoria,
Podemos
dizer que
a
incompatibilidade das duas atividades exercidas pela ARTHUR ANDERSEN na Enron era conflitante porque, se, por um lado, a auditoria tinha como função verificar as demonstrações financeiras da corporação de forma isenta e transparente, por outro, a atividade de consultoria está diretamente relacionada à otimização de lucros e processos internos que muitas vezes se distanciam do dever de transparência da auditoria, esse interesse conflitante.
Aliada a um política de administração inescrupulosa a Arthur Andersen conseguiu ludibriar os investidores, clientes e especuladores que investiam em papeis da empresa na busca de melhores investimentos.
O caso Enron foi decisivo para a mudanças radicais contra fraudes financeiras nos EUA, com o intuito de recuperar a confiança dos investidores e evitar novas fraudes e prejuízos na economia foi criada a Lei Sarbanes-Oxley, criando mecanismos de auditoria e normatizano o sistema financeiro com a criação de comitês e comissões encarregadas de supervisionar as atividades e operações de modo a diminuir significativamente os riscos aos negócios. Atualmente grandes empresas brasileiras com atuação no exterior seguem a Lei Sarbanes-Oxley, tais como Brasil Telepar, TAM Linhas Aéreas, Sabest, Telemig celular dentre outras. O caso Enron veio mostrar a fragilidade do sistema financeiro face a administrações inescrupulosas e conivência com empresas de auditoria,
servindo como precursor para novas medidas de segurança adotadas não so nos EUA como em grande parte do mundo capitalista. O filme, “The Smartest Guys in the Room” demonstrou a forma maliciosa e desonesta como era gerida a empresa e como demonstrações falsas, amparadas por uma empresa de auditoria respeitável conseguiu enganar os maiores especialistas do mercado financeiro.