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  • Pages: 3
Critica de Filme

Twilight (2008)

Summit Entertainment

Kristen Stewart e Robert Pattinson estrelam "Twilight."

21 de Novembro de 2008

O Amor Que Não Se Atreve a Mostrar Suas Presas por MANOHLA DARGIS publicado em: 21 de Novembro de 2008 É amor à primeira vista em vez de à primeira mordida em ““Twilight,” um muito sincero e completamente bobo romance vampiro para o cenário abstêmio quentemas-não-apressado. Baseado no primeiro livro da série de vários volumes campeã de vendas de Stephenie Meyer, “A Saga Twilight” (quatro pesos de porta¹ cada vez maiores), essa adaptação cuidadosamente fiel traça os suspiros e sussurros, os olhares tímidos e furiosos de dois adolescentes incomuns que caem nos braços muito pálidos um do outro, no meio de hormônios em polvorosa, instintos variando, dramas de ensino médio e sentimentos oh-tão-confusos, como OHMEUDEUS ele é TÃO LINDO!! Ele gosta DE MIM?? Ele vai me MATAR??? Eu não me IMPORTO!!! :) E, leitor, ela não se importa mesmo, ela sendo Bella (de Isabella) Swan, interpretada com intensidade trêmula e um leve rosnado por Kristen Stewart. Uma sílfide com olhar observador, às vezes ressabiado, que é frequentemente escalada em papel de filhas, Srta. Stewart transformou-se de uma atraente atriz em algo mais complexo com sua virada breve e memorável do filme de 2007, adaptado do livro de Jon Krakauer, “Na Natureza Selvagem.”. Como a jovem mulher cujo desejo pelo desgraçado andarilho Christopher McCandless é expressado grandemente por olhares penetrantes e dedilhar sensível, a Srta. Stewart deu forma e sentimento à

possibilidade que a procura por liberdade e experiências autênticas possa ser encontrada no abraço de outro ser humano. Esta é uma garota por quem vale a pena viver, se não for ela a alma perdida do filme. Já que viver de verdade não é uma opção para Edward Cullen (Robert Pattinson), o vampiro temperamental e sombriamente pensativo que rouba a atenção e o coração de Bella, ela se torna a garota por quem vale a pena lutar, uma batalha que, assim como no livro, envolve não só forças malignas, mas também um apetite feroz. Como todas as histórias de vampiros, “Twilight” é sobre desejo reprimido e fome indomada e a possibilidade de sangue, sangue que escorre de pescoços violentamente perfurados e que, do conto de John Polidori de 1812, “O Vampyro”, a nova série de Alan Ball na HBO, “True Blood”, representa violação de um gênero mais gráfico. Essa é a violação que, na sua pantomima de sedução e rendição, transforma inocência – como a da virgem sacrificial de Bram Stoker, Lucy, em “Dracula” – em “volúpia descontrolada”. A contribuição da Sra. Meyer às crônicas de vampiros, o truque que a transformou em uma marca campeã de vendas, foi estancar essa emissão de sangue, tornando a quente corrente humana em algo menos ameaçante e moralmente grudento. Edward, veja você, queima, mas não morde. Assim como no livro, ele leva uma vida respeitável, atordoantemente quieta, com a sua família em Forks, uma pequena cidade de Washington permanentemente embaixo de uma nuvem de chuva. Seu pai, Carlisle (Peter Facinelli), um médico de palidez fantasmagórica e andar sedoso, tende a existência, enquanto o resto da família, incluindo sua monocromática mãe e irmãos, faz poses bonitas, jogam baseball (sob raios e trovoadas) e ocasionalmente caçam animais. Nós nos consideramos vegetarianos, Edward brinca. Não é de se espantar que ele pareça faminto. Quando Edward, pela primeira vez, encontra Bella, que se mudou para Forks para viver com seu pai (Billy Burke), ele olha para ela ameaçadoramente, suas mãos se fechando em punhos. Bella fica confusa, e você também poderia ficar, se o roteiro de Melissa Rosenberg não aumentasse o volume à medida que os adolescentes ficam mais próximos e Edward comece a dar pistas sobre sua verdadeira natureza. “E se eu for o vilão?” ele pergunta. (Alusão às virgens guinchantes.). “Eu ainda não sei se posso me controlar”, ele mais tarde confessa, enquanto a guitarra de alguém gentilmente chora. Um auto-descrito monstro, ele tem todos os tipos de poderes legais, superhumanos (correr, pular, ler mentes), mas nada se compara à como ele domina seu universo: mantendo suas presas em sua boca. Isso talvez possa fazê-lo encantar qualquer um com DOJ (Distúrbio Obsessivo Jonas Brothers), mas também significa que ele é um chato, apesar dos esforços do capaz e exoticamente lindo Sr. Pattinson (O ator primeiro partiu corações como o martirizado Cedric Diggory no ciclo Harry Potter.). Embora sua filmagem possa ser trêmula, a diretora Catherine Hardwicke tem um olhar para coisas jovens e bonitas e um instinto para os mundos privados que as pessoas fazem para si mesmas. Mas ela está trabalhando algemada aqui. No seu melhor filme, “Os Reis de Dogtown,”, sobre o nascimento do movimento skatista moderno, um adolescente escapa de noite deslizando do telhado enquanto segura uma prancha de surf. É uma feliz declaração de liberdade, incluindo liberdade do grande não paterno. Embora Edward e Bella atinjam certas alturas em “Twilight”, notável em uma encantadora cena que os encontra pulando de copa de pinheiro em copa contra a espetacular natureza de tela de fundo, a corrente moral contrária da história continua os puxando para baixo. Se a Sra. Meyer fez a história de vampiros segura para seus leitores (e os pais deles) – a única ameaça real vem de um sub-enredo insuficiente envolvendo vampiros fanfarrões que gostam de seu bife mal-passado e humano – é só porque ela sugere que há na verdade algo pior que a morte, especialmente para adolescentes: sexo. Deparando-se com a parcialmente vestida Bella (que morderia se ela pudesse), Edward se afasta dela como um Vitoriano

consternado. Como a Sra. Hardwick, o pobre garoto teve suas presas retiradas e foi quase completamente drenado. Ele é tão sem-vida que poderia estar morto – oops, ele já está. “Twilight” é classificado como PG-13 (Supervisão paterna fortemente aconselhada). Alguma violência, poucas vísceras. TWILIGHT estréia no país na Sexta-feira. Dirigido por Catherine Hardwicke; escrito por Melissa Rosenberg, baseado no livro de Stephenie Meyer; diretor de fotografia, Elliot Davis; editado por Nancy Richardson; música por Carter Burwell; produzido por Greg Mooradian, Mark Morgan e Wyck Godfrey; lançado por Summit Entertainment. Tempo de filme: 2 horas e um minuto. COM: Kristen Stewart (Bella Swan), Robert Pattinson (Edward Cullen), Billy Burke (Charlie Swan), Ashley Greene (Alice Cullen), Nikki Reed (Rosalie Cullen), Jackson Rathbone (Jasper Cullen), Kellan Lutz (Emmett Cullen), Peter Facinelli (Dr. Carlisle Cullen), Cam Gigandet (James/Vampiro Nômade), Taylor Lautner (Jacob), Anna Kendrick (Jessica), Michael Welch (Mike Newton) e Justin Chon (Eric). ¹Em referência ao tamanho dos livros (os volumes, em inglês, são mais grossos do que em português; cerca de 600, 700 p., enquanto os brasileiros tem só umas 400, 500 p.).

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