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2ª Edição Eletrônica Poesia
CÉLIA LAMOUNIER Autora Capa e Edição Eletrônica: L P Baçan
Outubro de 2009 Londrina - PR Direitos exclusivos para língua portuguesa: Copyright © 2009 da Autora e Convidados Distribuição exclusiva através da Biblioteca Virtual "Célia Lamounier” e PDFCOKE. Autorizadas a reprodução e distribuição gratuita desde que sejam preservadas as características originais da obra. Visite o site e conheça o trabalho de Célia Lamounier.
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ÍNDICE A Editora
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Número 10
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Número 11
11
Número 12
23
Número 13
27
Número 14
43
Número 15
48
Número 16
51
Número 17
56
Número 18
64
Número 19
67
Número 20
70
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CÉLIA LAMOUNIER
Nasceu em 19.07.43, em Itapecerica, MG, onde reside atualmente, filha de Raymundo Nonato de Araújo e Isaura Lamounier de Araújo. Advogada, divorciada, aposentada TCE/MG, escritora e jornalista. Presidente Academia Itapecericana de Letras e Cultura. Sócia da Academia Municipalista de Letras de MG. Instituto Histórico e Geográfico de MG – IHGMG ( e + outras). Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB. REBRA – ACLCL – AVBL Academia Virtual Brasileira de Letras. Vice presidente Clube da Serena Idade de Itapecerica, MG. Obra Literária: Livros publicados: Entardecer de Lágrimas - 1978 Cidades e Trovadores - 1982 Sirgas e Organsins – 1986 Itapecerica antologia l – 1993 Passo a Passo – 1998 Dicionário dos Padres de Itapecerica/2001 No site Avbl o livro virtual - Passo a Passo - 2002 Verbete – Dicionário de Mulheres de Hilda Hubner – RS Dicionário de Poetas Contemporâneos RJ/91(e + outros) Participação em 50 antologias nacionais com premiações Sites com trabalhos da autora: www.celialamounier.net www.celialamounier.hpg.com.br www.notivaga.com www.avbl.com.br - ensaios www.celialamounier.hpg.com.br www.itapecericamg.cjb.net www.blocosonline.com.br/literatura www.vaniadiniz.pro.br www.jamulher.hpg.ig.com.br www.usinadeletras.com.br http://planeta.terra.com.br/arte/ateneu www.geocities.com/~rebra/autores/622port.html
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Nº 10 - abril/2004 Nossa antologia @teneu Poesi@
1 - Convite Nossa antologia do grupo Ateneu , denominada @teneu.poesi@ lançada na BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO no Stand da Editora Scortecci no dia 23.04.04 horário das 11:30 às 15:30. É um livro que surgiu do idealismo de poetas virtuais provando que o sonho, quando nasce em mentes férteis pode desabrochar para a realidade e deixar de ser sonho para se tornar uma realidade... A coletânea, com 220 páginas, é composta por sonetos, rondéis, pantuns, literatura infantil, poetrix, haicais e versos livres. O prefácio foi escrito pelo fundador do Ateneu, Valdez Cavalcanti. A introdução pelo poeta Anselmo Cordeiro (Net 7 Mares). A contra-capa por Angela Bretas. A arte da capa por Angélica T Almstadter. A revisão por Lizete Abrahaão. Tesouraria e distribuição aos cuidados de Célia Lamounier. Coordenação final por Angela Bretas. Estes são 20 poetas que fazem parte desta coletânea: Ângela Bretas - Angélica Teresa Almstadter - Anselmo Cordeiro (Net 7 Mares) - Arlete Andrade - Belvedere Bruno - Célia Lamounier de Araujo -
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Cristina Pires - Elane Tomich - Fátima Cunha - José F. Marques de Souza (Zéferro) - Lílian Maial - Lizete Abrahão - José-Augusto de Carvalho Lucelena Maia - Nathan de Castro - Olga Matos - Simone Barbariz - Valdez de Oliveira Cavalcanti - Vanderley Caixe - Vanderli Medeiros.
2 - Apreciação por Sônia van Dijck: Internautas em letra de forma Ainda que persistam aqueles que não simpatizam com a rede mundial de comunicação, a internet está aí para ficar e se aperfeiçoar: para o bem e para o mal. Contatos, encontros, debates, intercâmbios, cumplicidades, causas nobres e interesses vis e até paixões..., na realidade virtual. Nas veredas da web, o homem continua homem humano, como já disse Riobaldo. Pois, foi, justamente nesse jogo de trocar e-mails, repassar textos, criar amizades e vencer distâncias, que se formou um grupo de amigos eletrônicos, amantes da poesia. Ainda que tenham textos em sites pessoais e/ou de literatura, eles desejaram ser cúmplices na "letra de forma", que dizem ser "fonte", e passaram para a materialidade do papel. O título da antologia não deixa dúvida de que os autores pertencem à nação dos internautas: @teneu-poesi@ (São Paulo: Scortecci, 2003). As colunas gregas e o note book da capa informam, que estamos ainda numa primeira geração dessa nova nacionalidade: fixação no passado e orientação para o presente. A permanência do passado está revelada em algumas formas de composição escolhidas: o soneto, por exemplo. E aí está um gênero difícil por excelência, pois deve obedecer a regras de metrificação e de acentuação consagradas pela Poética. Confesso que, salvo Vanderley Caixe, desconhecia os integrantes da antologia. Naturalmente, por falta de atualização de minhas leituras ou por não ser tão constante internauta. Por felicidade, a antologia começa com um texto em tom de cantiga: "Lá vai a menina...". A autora fala da gravidez precoce, em linguagem simples, com a leveza da canção e um certo acento lúdico; esses recursos afastam o texto do manifesto ou do panfleto. O surpreendente é que a autora, logo em seguida, retoma a retórica romântica, abandona a leveza. Algumas autoras assinam textos com temática explicitamente erótica. Escrevem sem reservas, quebrando tabus ideológicos, rompendo com a hipocrisia. Vozes femininas que se afastam da assexualidade angelical. Florbela Espanca e Louise Labé gostariam de ler "A cereja", pág. 150, discurso que celebra o prazer: beleza pura (e gostosa...). Mas, a antologia também pode agradar ao leitor mais convencional. As mulheres ainda não se livraram completamente do peso da tradição que lhes 6
foi imposta, e alguns textos preferem temáticas abstratas e vistas como elevadas ou edificantes. O leitor saberá encontrar esses textos. Embora os varões não predominem nesse livro, são uma boa mostra do imaginário masculino. Alguns dizem mesmo que desejam, que devoram, que possuem a amada. Permanência do canibalismo amoroso ou afastamento do "bom mocismo"? Mas, nem sempre, conseguem livrar-se do estereótipo da "mulher casta" ou "inacessível", como se desejo, prazer e transgressão fossem atributos exclusivos do masculino. Não posso pedir que os homens escrevam como José F. Marques de Souza, pág. 107, que fala de fazer amor, tentando entender ou interpretar o que acontece com a parceira. Fingimento? – o imaginário feminino não é contra o fingimento, José. E por falar nisso, além de ser excelente aproveitamento da cultura popular, é muito lindo o "Canto de uma donzela apaixonada no dia do casamento", pág. 188: tentativa de tradução da paixão, da entrega e da rebeldia femininas. Forjamento da dicção feminina: "flor de macambira" autêntica. Esse é para ser relido e repassado na internet. Como persigo o máximo de economia verbal (ponto de vista personalíssimo), considerando o tempo multimidiático em que vivemos e nosso instrumento de trabalho, destaco como preferência: "Recolhimentos" e "Sós", pág. 57, o "Hai-Cai" da pág. 63 e, especialmente, o "Hai Cai" da pág. 161: síntese; poema que fala de poesia (metalinguagem); retomada de uma forma tradicional da cultura oriental; mas se o texto é bem feito e feito no cuidado da palavra exata, deixa de ter idade ou passaporte, e vira poesia - esse hai kai eu gostaria de ter escrito; é uma felicidade que alguém tenha pensado nele antes de mim. Como tenho o privilégio de conhecer a travessia poética de Vanderley Caixe, não posso deixar de retomar algumas de minhas opiniões sobre seus textos. Eis um poeta bissexto: por resistir à confissão lírica, raramente escreve ou mostra o que escreve. E Vanderley não só é lírico quando interioriza as angústias de "Dionila camponesa", como dá força de libelo a seu discurso em defesa dos direitos humanos. Sua poesia se faz de versos brancos e livres, quase sempre fugindo das palavras "preciosas". Às vezes explode na confissão da solidão, como em "Não importa!" (cujo original integra meus arquivos) ou em "Se você soubesse...", ainda que, nesse último, cometa o arbítrio de julgar que os dias da amada são todos iguais ("são marias"), por não saber ou não querer saber que a saudade dela se renova a cada amanhecer. O discurso amoroso de Vanderley sempre traduz a ausência da amada, por circunstâncias ou por decisão do Eu. A solidão tematizada em seus textos resulta, por um lado, de um Eu lírico que resiste à cumplicidade amorosa e, por outro lado, de um Eu lírico que prefere exaltar a militância, ainda que nessa experiência 7
continue só, na angústia de experimentar como seus os padecimentos do Outro. Para confirmar o que digo veja-se "Lá embaixo, a escória", ou releia-se o elegíaco "Dionila camponesa".Como toda antologia que reúne material livremente escolhido pelos autores, essa também não se caracteriza pela unidade (seja temática, seja formal). Cabe ao leitor encontrar suas preferências entre os 20 autores reunidos.
3 - MINHA HOMENAGEM EMOCIONADA AO ATENEU Elane Tomich Ontem, véspera de mim amanheceu. Vi crescer em meu jardim, a flor da minha poesia tímida , entre vinte despertares de vinte sábios sabiás.Que alegria foi receber a caixa grande do correio, carregada de sonhos tão mais belos quanto mais divididos. Senti-me irmã de todos vocês , pois nunca tive a arca cheia, mas mas sempre o suficiente pra dividi-la ao meio e aumentar os dividendos. Senti-me alegre no abraço de um todo chamado amizade. O canto do Ateneu inebria tanto que o besouro besta, tromba nas paredes, pensa que é poeta. Meu jardim é cor, é o poema que carrega fragrância nos versos que só a poesia transforma em essência,no centro do Ateneu, como o sol, faz sua morada em corações ribeirinhos.Transparentes, os ribeirinhos falam no ouvido das pedras, poesia espelho de face nua onde se refletem mil imagens.Imagens de sons , de alegria e lamento que em seu ouvido cruel foi lançado ao esquecimento. O Ateneu tem vinte estações: a do trem de passageiros, a primavera, a do amor primeiro, a da próxima parada onde alguns dirão adeus, o verão, a das chuvas, a do embarque ao amor eterno, a do lenços brancos, o outono, a do vôo dos pássaros de arribação, a que demora chegar, aquela onde está sentada a saudade, a dos velhos tempos, a dos raios onde existe um raio só de luz no sol dos nossos caminhos, a que está no fim do túnel onde sempre é futuro, pura fantasia, a estação primeira da mangueira, um corpo balanceado,chiqueirado de desejos, o inverno, a chegada, a seca,a do último desembarque. Vinte vidas , vinte ecos, vinte vozes que, viajando juntos, ainda muito se encontrarão em outras paragens de outras viagens. Tão lógico, e ao mesmo tempo tão desconexo que escorre em muitas lavras porque veio de outras vidas. Estrada amada, literal estrada ... onde viajo meus sonhos, mudanças.Quem sabe não seria a minha chance seguir com esse rastro permanente? Curvas generosamente sensuais, beleza tão pálida quanto a lua. Linha reta, linha torta, nesta vida leve traço, vou deixando meu abraço. Noite de ilusão de viagens, de gemidos inefáveis de dores solitárias, de caminhos sem 8
volta. Farei projetos novos de novos projetos .Penso agora em escalar altos montes e me refugiar entre os monges. Darei minhas descarnada mãos aos cânticos, que me guiarão ao cimo das colinas Enfim, poetas do Ateneu, numa torre, poetando ao som de um sino e cá embaixo uma escada, levando ninguém a nada... Coisa de gente sem tino,simbiose de amor desesperado, onde o que cada um que cada um dá também recebe! Poemas de marfim esculpidos no vento, ao feitiço de incenso.Na cor do poema em mim, quando o esculpiste ao vento por magia ardeu incenso. Sopram neste Ateneu, ventus sanctus! Ergue-te boreas! e oblata ao mundo todos estes nossos cantos. PS** usei de forma aleatória, um pouquinho do dizer de cada um. Obrigada, meus amores.
4 - Lucelena Maia na BIENAL, sobre o Encontro: De longe, do outro lado da rodovia, os olhos fecharam raio de visão ao alto, no livro, símbolo da 18a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Faltava muito pouco... quase nada... nada mais. A porta do táxi, agora, aberta, deixava à mostra um enorme pavilhão, todo ele dominado por estandes, prateleiras, livros e muitas pessoas. Tudo, estava só começando. Um grande encontro aconteceria entre público e autor, entre autor e seu próprio livro, entre autor e outros autores, entre amigos da literatura, amigos do virtual, amigos em tempo real, em espaço real, no mesmo espaço de tempo, no mesmo espaço físico. Sobrava expectativa, faltavam palavras para dizer o que os olhos registravam. Não faltava mais nada, nem palavras, tudo era energia, alegria, sorriso e felicidade. Um brinde com vinho branco selou o encontro, que foi, também, celebrado com boa pinga e tanajuras. Abraços não faltaram. Piadas, também não, nem elogios. Sequer parecíamos poetas, estávamos mais para crianças que acabaram de ganhar um presente. Talvez, o melhor presente do ano. Quem lá estava lembrou dos ausentes, fazendo um grande elo de pensamento, o único pensamento possível naquele momento.... "Do trabalho ousado resultou @teneu.poesi@, e, ainda que um vento forte sopre os poetas para cantos diferentes haverá esta antologia recolhendoos, um a um: Angela, Angélica, Anselmo, Arlete, Bel, Célia, Cris, Elane,
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Fátima, ZéFerro, Lílian, Lizete, José-Augusto, Lucelena, Nathan, Olga, Simone, Valdez, Vanderley e Vanderli - imortalizando-os." Haverá, sempre, em lembrança à 18a Bienal - o Herculano poeta e seu largo sorriso amigo, vivo, dentro de cada um de nós. Haverá o ar discreto de Valdez, a simpatia da Angela, sapequice do ZéFerro, a sobriedade do Nathan, espontaneidade da Fatinha, Lílian contagiando com seu olhos azuis, Kika eufórica, chegando atrasada, Arlete que não aproveitou quase nada, Anselmo, um ser tranqüilo e eu... Que, saboreei cada olhar amigo guardando-os no meu livro @teneu.poesi@ por todos autografado. lucelena maia 25/04/2004 - PARABÉNS ao grupo ATENEU... Com abraços da Célia Lamounier!
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Nº 11 - julho de 2004 ZEFERRO para amigos Ateneu
José F.Marques de Souza engenheiro e poeta de Quixeramobim CE QUEM SOU EU? - Zéferro, 16/03/2003. Eu sou filho da caatinga Da casa de pau a pique Corpo fechado a mandinga Brabo como xiquexique Nascido só pra sofrer Curtido pela estiagem Só não sei esmorecer Não me assusto com bobagem Sou caboclo do sertão Pego touro pelas pontas Roço milho e feijão De secas perdi as contas Se quiser saber quem sou Sou cabra que não se vence Lhe digo, pois perguntou! Sou um macho cearense!
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1 - Canção para amiga que parte - 25.12.02 JF Marques para Angélica Minha amiga por que tu vais partir Deixando este vazio dolorido E a dor que minha alma vai ferir D’ausência do teu vulto tão querido? Amiga, cabedal tão precioso Que nem mesmo o amor substitui Saudade, sentimento doloroso Quando vem, de repente nada flui Tu sabes que estarei à tua espera Guardando para ti o teu lugar Somente tu completas a quimera De ter o ombro amigo pra chorar A vida não será mais como era Mas eu não deixarei de te lembrar.
TEUS OLHOS - Zéferro. 17/05/2003 Se faltasse pra mim a luz do sol Se a lua não mais brilhasse linda Inda assim eu teria o arrebol Nesse olhar que só tem beleza infinda! Se nesta vida ao homem falta a luz Se no escuro só pode tatear É um olhar como este que o conduz Pras belezas da vida admirar Tu bem sabes o encanto que nos prende Com esse olhar que perfura o coração E o meu pobre peito a ti se rende Inflamado da mais louca paixão Por que usas, oh deusa esse feitiço Pra deixar-me escravo inteiriço?
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2 - Recebendo no Ateneu a Vanderli: Zéferro 29/11/2002 Entre as coisas deste mundo Coisas belas que eu vi Está esse olhar profundo Dos olhos de juriti Que me tocam o coração Com a benção da ternura Levam-me à Promissão Da felicidade pura Encravados nesse rosto De mulher pura de raça Insinuando o gosto Feminilidade e graça Quais lagos azuis de abismo Com mistérios de sereia Com eles sempre eu cismo E canto feliz na areia! E seus versos me conduzem Sem resquício de acaso Aos prazeres que produzem Inspirações do Parnaso Dos deuses a escolhida Para os céus encantar Dos homens é a querida Ao desejarem sonhar!
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3 - Recebendo no Ateneu a Célia - Zéferro 30/11/2002 Venham todos os deuses do Parnaso Entoar a canção mais bela e pura, Pois não foi a magia do acaso, Que nos fez desfrutar tanta ventura! E a nós bardos, a nós resta a doçura, Encantada da musa que deu azo Aos meus versos falando de candura Desta deusa, mulher feita de encanto! Que transforma em hino o meu pranto! Bafejando a graça da poesia Com seus versos de amor ou de tristeza Seja o canto heróico ou elegia Ela traz para nós tanta beleza Que nos faz embalar em nostalgia E sorver a paixão com inteireza Ela é bela qual deusa ou mulher É o prêmio maior que o bardo quer! O Ateneu seja aqui sua morada! Lhe faremos um trono de esplendor Será por todos nós a exaltada Com versos de paixão e puro amor Não pode a poetisa inspirada Negar a seus fiéis seu esplendor De vate, de mulher, de bem amada! De Zeus, e deste bardo, seu cantor! ...... E agora já conheço um bem que o Carnaval Nos faz, oh como é triste, uma só vez por ano! É revelar tesouros pro gáudio do mortal Que passa toda vida sofrendo desengano Portanto vou sonhar um sonho animal Mas vou inda imprecar, pois tinha muito pano!
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4 - Para a querida PRENDA Zéferro 22/11/2002 Pelas coxilhas vai a Prenda bela Fogosa, altaneira, revoltosa! Não aceita porteira nem cancela Ciente do seu estro, tão formosa! Herdeira do fragor de mil batalhas Dotada com o fulgor da Poesia Bordando camisolas ou mortalhas A todas emprestando sua magia Não há quem não a queira pra sua musa Inspiração heróica e viril! Só de uma qualidade ela abusa É o seu grande amor pelo Brasil Quero render-lhe o preito mais profuso E o ósculo na face, mais gentil!
CORDEL - Zeferro para Prenda Si tu num kanta kordel Mexi kum sangui da jenti Eita xina da mulesta Tu é xina kantadera Eu só sô um zémininu Pur ki é ki tu martrata
Teu ribuliso é dimais I akaba nossa paiz Ela num diz, ela faiz ........... Di puizia i repenti Inkabuladu, inusenti I num tem pena da jenti?
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5 - Zéferro. 19.set 2003 - PARA A DIABA "Aut insanit homo, aut versus facit" Se não encontro fogueira Eu até que sou bem quieto Para rir da brincadeira Gosto de jogar confetes Mas respeito a bandeira Reconheço o valor Se ela está arriada Eu gemo então de saudade Mas controlo o meu fogo
É o luto que m’espera Lembrando tudo que era Buscando outra cratera
O umbigo é formoso Tocar nele é perigoso Tem um jeitinho manhoso
É o centro da paixão Faz despertar o vulcão Por favor não cobre, não!
As pernas que são cruzadas Escondem tanto tesouro Enlouquecem cavilosas
São sinal de malvadeza Tanta obra de beleza Causando bruta tristeza
O homem foi condenado A mulher foi premiada Depois que o homem se foi
Ao arrego prematuro Pode sentar-se no muro Pode jogar no monturo
Assim carece que os dois Do paraíso esperado Assim ninguém fica só
Concordem no combinado Pois só dois abrem as portas E ninguém se vai frustrado
Quem começa não importa Brincadeira proibida O Zéferro se ferrou
Importa como termina É bom mesmo s’incrimina A Diaba é assassina
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6 -Zéferro, 10 .05.04 - LOAS para CRISTINA "AUT INSANIT HOMO, AUT VERSUS FACIT" Beijar essa face linda É um prazer que me encanta Traz-me a ventura infinda Da delícia que é tanta Exaltar a poetisa Cantar loas à mulher Ao poeta realiza É só isto que ele quer Eu não sei o que mais amo Se sua mente ou beleza Eu só sei que sempre a chamo Pr'alegrar minha tristeza Ela é bela como um fado E me deixa encantado! SEMPRE TEU! - Zéferro, 04/07/2003 Em resposta a Cristina Pires: "Adormecer no frescor da madrugada" Ao morreres deixarás desesperada Esta minmh'alma tão triste, soluçando, E no fresco acordar da madrugada Eu irei te acompanhar, sempre te amando! Não desejarei ouvir mais qualquer nota, Meu canto será somente um lamento! Minha vida seguirá na tua rota, Só contigo hei de ter renascimento! E o frio toque do orvalho na aurora Virá junto com o gelo do meu peito, Que no desespero só lamenta e chora... Dormiremos juntos, oh musa querida, No enlevo deste amor mais que perfeito E ainda serei teu na outra vida!
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7 - Para Elane - Zéferro, 04.12.03 Tu é a minh'a fulô Kum xero di manaká Eu ti mandu meus zamô Ki eu tô loko pra ti dá Eu tô tronxo di sodadi Ti kerenu juntu a mim Purkê tu é a bondadi A beleza du jardim Tu é gazela di rasa Muierãum pra mais di mil Ondi tu passa tu arrasa Mais bunita num si viu Mi dexa todu in braza Mi trepanu nas paredi Inrolo us dedu dus pé Fiku torradu di sedi Improranu kafuné Kerenu ti furungá Nu kangoti tão xerozo I depois ti akoxá Kuma gibóia nu boti! Zédoidaum
8 - Para WATFA - ZeFerro 01.06.04 Watfa, rosa brejeira Vens alegrar nossa vida Com a alma de mineira E de nós muito querida Quero dar-lhe as boas vindas E dizer-lhe que me alegra Ao saber que gente linda Nosso grupo agora integra Se por acaso me deve Não precisa me pagar Me dá só momento breve Para lhe admirar Desculpo até seu irmão 18
Amado por todos nós Mas um grande trapalhão Mais cretino dos avós Será mais uma das musas Que enfeitam o Ateneu Não aceito se recusa Aceitar-me em himeneu Sou humilde cearense Respeitador e modesto Desprovido de pertences Bom caráter manifesto Não tenho grande estudo E sou pobre como Jó E não sou um cabeludo Meu cabelo foi pro pó Já disse o que queria Eis minha candidatura Uma coisa pediria Não conte à "cavalgadura" 9 - Para o Poeta José Augusto de Carvalho Responde, Senhor! - Zéferro "Aut insanit homo, aut versus facit" - SP 27.01.04 O Homem foi feito à imagem do Senhor Para exercer o seu santo Mandamento E na Terra criar o reino do Amor Que é de todos o mais belo sentimento À Mulher, foi-lhe dada Graça e Beleza... E a missão de cobrir a Vida com Ternura Eis as origens da Humana Realeza Que honraria o Criador e a Criatura! Mas logo o Homem se tornou a Besta Fera Que imola o seu irmão sem ter piedade A Mulher tornou-se fêmea e desespera Pondo a Carne ao sabor da Vaidade Aonde vai a Humanidade, oh meu Deus? Será que ainda Tu nos chamas Filhos teus?
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10 - Zéferro, 24/04/2003 - AMIGOS "A gente não faz amigos, reconhece-os" Vinicius de Moraes Da vida, na estrada, atormentado, Vai o homem cumprindo a sua sina Mas precisa estar acompanhado Pois ela pode ser bela ou ferina Carece de um amor que o inspire E traga belo sonho ao seu viver E lhe faz falta o amigo que retire Com ele as agruras do sofrer São ambos cabedais de sua ventura Pra ambos o seu peito estremece Se o amor é fruto de procura O amigo, não se faz, se reconhece! E se aquele causa um vendaval É este quem amaina o seu mal
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11 - RÉU CONFESSO - Zéferro, 12-out-03 Dedicado à insigne Poetisa e Delegada Dra.Stella Benedictis Rendo a vós o louvor que tenho mais E por vires do solo abençoado Vos dedico o martelo agalopado
Pois tornais esta vida diferente Pelos deuses, os santos e orixás Com ternura, o meu canto é veraz!
Quando Deus fez a Bahia Esses benditos fulanos Que cultivam a poesia Amiga, civilizada Toda envolta em magia
Povoou-a de baianos Mensageiros d’alegria Descontraída, inspirada, Agora Ele envia Essa bela delegada
Vai ser lindo de ouvir Vai tocar o coração Eu não vou querer fugir Com ela é só ventura Com sua voz vou sonhar
A sua voz de prisão A fúria dela sentir A vida cá fora é dura Seus versos a escutar É felicidade pura!
Vou ficar bem comportado Com ela perto, serena! Justiça deixa de lado Não quero saber de eitos Pertinho da delegada
Pra ser longa minha pena Não quero ser libertado Eu tenho os meus direitos Vou viver vida encantada Eis meus sonhos mais perfeitos!
E por falar em poesia E o mais que me atrevo Com a minha algaravia Minha verve é discreta Me abençoe o toutiço
Vou ouvi-la com enlevo É louva-la noite e dia Pois que sou pobre poeta Vou pedir ao Padim Ciço Pra bem cantar a dileta!
Vou cantar sua beleza A sua douta clemência Combatendo a malvadeza Combatendo a dura trauma Com toda civilidade
E a sua inteligência E a sua inteireza Fazendo versos com alma Desta dura Humanidade A ela eu dou a palma
Mulher, mãe e amazona Com os seus versos, seus filhos Pois do estro é a dona Para quem quiser ouvir Em baianês primoroso
Veio nos dar os seus brilhos Como quem beleza clona! Disposta a espargir O seu cantar mavioso Emoldurando o sentir!
Sê bem-vida, oh Estela Nossos peitos, teus abrigos! Que encanta só de vê-la Contentes como petizes Ansioso pra escutar
Aqui terás só amigos Brilharás como a estrela Nós estamos bem felizes Agora vou me calar As belezas que tu dizes!
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12 - A prece da minha devoção terrena MULHER Zéferro, 09/07/2003 Eu queria ter palavras portentosas no meu estro Pra cantar com estardalhaço o que penso da mulher Mas a mim pobre poeta só ficou verso canhestro Pra falar deste amor com que minh'alma sempre a quer Deus, na criação do mundo, esmerou-se na beleza E criou a perfeição como só ele é capaz Mas deixou bem reservado o lugar da realeza Para a dona dos meus sonhos de quem não esqueço jamais! Colocou em um só corpo o bendito dom materno E do seio que amamenta também fez a tentação Reuniu o paraíso e as chamas do inferno E num corpo de demônio fez florir um coração Que é fonte de carinho e manancial de ventura Ora fera pelo filho ora amante apaixonada Eu te quero oh mulher pois que tu és ou santa pura Ou a ninfa que me doa a fantasia mais ousada Por mais bela que te vistas sempre nua eu te vejo E os olhos de minh'alma te admiram a bondade Ou o corpo ensandecido enlouquece por teu beijo Mas somente a ti eu vejo como és na realidade Gloriosa criação, tu justificas o viver E o homem tu transformas em gigante ou anão Eu te amo sobre tudo e te amarei até morrer Venturoso com teu sim ou desgraçado por teu não! ZEFERRO, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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Nº 12 - setembro de 2004 Nosso OURO nas Olimpíadas 1 - Nathan de Castro - poeta residente em Divinópolis MG Para Daiane dos Santos – BRASILEIRINHA A menina com nome de princesa é amiga das canções da gravidade e de todos os Santos da leveza que residem no Olimpo. A claridade dos teus saltos dourados de beleza já cravaram no chão da eternidade, as medalhas dos sonhos e a pureza do sorriso de Estrela. A liberdade tem o doce sabor dos teus carpados que enfeitam com orgulho o nosso povo carente de momentos de alegria. Brasileirinha, o bronze, a prata e o ouro são apenas metais... Nossos tesouros são a esperança, a fé e a poesia. Tesouros que cravaste em nosso peito. 2 - ATENAS, 2004 (recebi esta mensagem enviada pela MEG). Maratona: A última e mais importante prova do atletismo nas Olimpíadas. Vanderlei Cordeiro de Lima, um brasileiro de origem humilde destaca-se e assume a liderança absoluta da prova. (É o retrato que representa tantos brasileiros lutadores e esforçados, cuja Olimpíada diária é a da luta pela sobrevivência.) 23
Ele havia se preparado com afinco. Muito treino, muito sacrifício, uma estratégia inteligente, e parecia surpreender o mundo esportivo, correndo em direção a uma histórica medalha de ouro... MAS... Um louco consegue burlar a segurança Movido por interesses escusos, agarra-o e derruba-o. Quase consegue afastá-lo da competição. Vanderlei é ajudado por espectadores, já que praticamente não havia segurança. Redobra seus esforços, superando o incrível obstáculo. Adentra o Estádio do Coliseum em terceiro lugar, para receber a medalha de bronze. Valeu!!! Vanderlei...
3 - ALEGRIA! MUITA ALEGRIA PELO SOLO DO BRASIL! OURO NO VOLLEY MASCULINO (Mercedes) Quero enviar o meu abraço a nossos GOLDEN BOYS, todos vitoriosos... Pela brilhante conquista Todos nós sabíamos que eles seriam vencedores, mas, como o negócio é perigoso, não poderíamos contar com o ouro antes do apito final. Eles mereceram e cada dia mais acredito que DEUS É MESMO BRASILEIRO Abraço a todos, campeões de todas as modalidades. Sinto imensamente o que aconteceu com a meninas do Voley Ninguém sabe explicar. Bacios a todos e um abraço aos meus amigos italianos pelo segundo lugar. Jandyra Adami-Belo Horizonte - 29.08.2004
4 - Maria Pia escreveu para Vanderley: O ENGRAÇADO É QUE, SE O VANDERLEI TIVESSE GANHADO "EM CONDIÇÕES NORMAIS" A MEDALHA DE OURO, NÃO TERÍAMOS A CHANCE DE VER ALGO MAIS INÉDITO: A ATITUDE DE VANDERLEI... ESTA SIM VALE OURO!!! E UM OURO INCORRUPTÍVEL; QUE, NEM O TEMPO NEM A FERRUGEM CORROMPEM... ALGO REALMENTE VALIOSO E RARO!!!VANDERLEI, SE VOCÊ É UM "MARATONISTA DE OURO", MUITO, MUITO MAIS VOCÊ É "SER HUMANO DE OURO" TAMBÉM ACHO QUE VOCÊ "TEM O DIREITO À MEDALHA DOURADA", MAS, CONTINUE SORRINDO (SIM, NÃO SÓ POR SIMPLICIDADE, COMO MUITOS DE NÓS VAMOS DIZER - E OUTROS, PENSAR...), POIS A "VERDADEIRA MEDALHA" VOCÊ JÁ A CARREGA... ELA É O SEU CORAÇÃO. "FORÇA, AGILIDADE,
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DESTREZA, SUPERAÇÃO FÍSICA TÊM O SEU VALOR... MAS, "A BONDADE", ESTA PERMANECE PARA SEMPRE!" Maria Pia
5 - Recordando Gabriella: OLÍMPIADAS Célia Lamounier A medalha é uma vida Que se joga de cabeça Alma e corpo E sangue e ar. Vem gingando O corpo torto Pés cruzados Cabeça já retardada Pelo esforço Imensa garra Tamanha luta Alma a puxar. E em toda a terra Milhões de seres Emocionados Frente à TV Torcem, retorcem As mãos levantam Para amparar... E Deus sorri: Na terra de Los Angeles Gabriella desmaiada Cruza a reta final.
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PÁTRIA AMADA Nilson Matos Pereira Quisera sim que houvesse uma só língua Pois é bobagem a Torre de Babel Assim, sem precisar de tradutores Todos leriam nesse meu papel Quisera sim que os povos desse mundo Não fossem separados por países Nem por estados e nem por cidades... Seriam certamente mais felizes Quisera sim que toda a humanidade Usufruísse igual padrão de vida Tivesse o mesmo Deus, a mesma crença E nem por raça fosse dividida Quisera sim que fossem solidários Os habitantes todos dessa terra Ninguém faria mal para ninguém Não haveria crimes e nem guerra Quisera sim que nossa independência Não precisasse ser comemorada Quisera sim ser cidadão do mundo Para que a terra fosse a pátria amada Araranguá, 070904 Leitor, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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Nº 13 - outubro de 2004 Conheçam um Resumo ATENEU Ateneu Resumo Semanal das Actividades do Grupo Ateneu 27/09 - 03/10/2004 1- Apocalipse Cumprido Adelmario Sampaio O ator em si amarrado Na falsa bolha branca Manejador da palavra Esconde dor mais franca Sangue descendo ao rio Manchas talhadas de frio Que contrafé estanca Fome gritada ao ouvido A boca assassina impele Coração manso não viu Ódio curtido que fede Rádios de toda cidade Discurso sem caridade A nova lei não impede Homens que dizem crer Amante noutra chacina Em liberdade ilusória Oferta noutra propina A pregação já nodosa Da solução enganosa O pecador recrimina Profetas que ouvirão O mesmo anal da mentira De boca em boca serão Deuses que deuses fira Todos de olhos vermelhos A guerras dos evangelhos O ódio espalhando gira E mais um olho em brasa Línguas por si repartidas Sem coesão a palavra Jesus rasgado em tiras Não há pobre que não siga Não há ímpio que se diga Do partido das mentiras Pragas de trevas no céu Inferno de novo milagre Anunciado outro deus Ainda novo em idade Outra opressão ao fiel Mais anjos de Beliel Mascarados de verdade
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2- Inocência - Angélica T. Almstadter Façam silêncio um instante; Morreu a inocência, Cultivada desde menina. Num suspiro de carência; Se foi da minha retina. Silêncio! Nessa noite ansiosa, Morreu a ingenuidade, Suspirando amorosa. O que eu faço agora? Nessa ilha de desejos, Imersa na maturidade, Desse corpo de saudade. Façam silêncio por um instante; Para que eu vele minha inocência, Com sussurros de amante, Visitada pela coerência. Silêncio! Para que eu guarde com cuidado; O beijo comportado, Os sonhos não vividos, E essa porção de recados, Amarelados e esquecidos. Façam silêncio por um instante; Para eu chorar pela inocência, Que morreu nesse leito; No abraço doce e insinuante, Imposto pela vivência, Que agora lateja no peito.
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3- Lamento - Arlete de Andrade Atravessa-me o peito Esta espada profundamente n’alma! Grande é o meu sofrimento! Esvai-se profusamente minhas forças. Se me atormenta o arrependimento, também não Posso tornar a ver o passado, não tivesse ele, Quando presente, passado tão sorrateiramente. Era moço e tão belo; Tão faceiro e encantador! Dói essa ferida que não fecha, Incerto é o meu lamento... É caminhar embaixo de um sol escaldante E mirar o oásis...delírio! Pega-me pelas mãos o destino, e me conduz. Deixo-me levar como um menino Pelas mãos da mãe. Ah! Se eu pudesse encontrar O vento que soprava, A mesma estrela que brilhava, Quando eu, ainda livre, podia Caminhar a seu lado. Qualquer agonia de espera é melhor Do que o que não pode ser... Estou em terra estranha, Num lugar onde não falam minha Língua, não usam meus costumes, Não vivem o que acredito. Sou culpada pelo que sinto, Condenada pelo que quero. Nem mesmo posso arrancar de mim Essa lâmina. Posta. Ainda que esmoreça se Arranca-la morrerei.
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4- Te Necessito - Célia Lamounier Encantada pela MÚSICA deixei meus passos a te procurar... E na loucura da poesia nasceram estrelas. Minhas mil noites se fizeram dia. Te necessito trouxe a primavera do fogo a acender desejos esquecidos, de semente nascendo para ser flor no encontro da vida. Te necessito acordou marés e ondas criou mar revolto e pintou cores de renascimento. A magia do som faz carícias no corpo esquecido de amores e o espírito livre suavemente viaja de volta no espaço a sonhar entregas e beijos. Te necessito é linda oração de cantar !
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5- Versos Agônicos... - Cristina Pires Tenho as mãos calejadas pelas águas, E a voz enregelada pelos fados Moribundos de Outonos arroxados, Que fenecem nas vísceras das fráguas! Tenho guardadas chuvas fesceninas, E mares rebelados, indigentes... Na minha alma, os rastos das serpentes, E no seio murcho, os uivos das retinas. Tenho o corpo cruciado de mofinos Olhares, e no ventre morto um fio De sangue de um famélico anidiano! Tenho a agonia dos versos maninos Nos braços, e no meu leito sombrio, Um grito escaveirado, inumano!...
6 - Somos Responsáveis - Faiçal Tannús Penso muito nas minhas obrigações Entendo que sou sim, compromisso Ninguém é só "fruto de embriões" A fé me diz ,sou mais que isso! Sabedoria na palavras proferidas, Ouvidos atentos às vozes da razão A mim não pertence só minha vida Outras dependem da minha formação Um exemplo vale mais que sermão Na indecisão, somos sempre falhos, Poderemos ouvir, maquinas em ação: Alguém executando o nosso trabalho! " Eu gostaria"- jamais fez coisa alguma "eu tentarei"- já fez mais que uma " Eu quero"- faz milagres, em suma!
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7- Aragem - Gerson F. Filho Desatei os laços Cobri os espaços O frio e o vazio Não fazem morada No meu coração. Rompi os sortilégios Quando minha alma Fugiu dos teus encantos Tanto quanto foram A queda, a saída o pranto. Lança-me quanto espanto Vendo no final a solidão Desvanecer e se tanto Abrir espaço um regaço Liberdade! Enfim sem ilusão.
8 - Solidão Poética - Herculano Alencar Estou só! E, de tão sozinho, ouço os ecos dos meus pensamentos, flutuando os mares, navegando os ventos, desmanchando os sonhos em redemoinhos. Estou só, bem no meio do caminho, entre o cais do desencontro e a saudade, entre o porto do adeus e a eternidade, um lugar tranqüilo pra fazer um ninho e aninhar os filhos desta solidão: A lassidão, o ócio, a paz displicente, povoando a mente feito inspiração; maturando os versos, vão, suavemente, verter os amores do meu coração. Me deixando só... Só eu... finalmente! 32
9 - Ainda Te Espero - Lizete Abrahão Meu amor, vem de uma vez me amar! Eis, aqui, o teu templo sagrado, Onde esta mulher, ara ao luar, Quieta, espera o corpo do amado As mãos sobre os seios de cetim Fremem pelo querer, em apelo; (Longe choram os sons dum flautim, Em mim vibram; são meu pesadelo!) As horas andam, incertas, lentas, Tento não lembrar de ti...Loucura! Teus braços em mim é o que quero! Pede, meu corpo, tuas mãos sedentas Tu és o fogo da minha cura A caminho!...Vem!...Ainda te espero!
10-Como Se Fosse Uma Onda... - Maria Thereza Neves Quero escancarar todas as minhas portas arrancar todas vidraças, todas as capas da razão! Quero desnudar todas as intenções descobrindo ao acaso a poesia que se faz em versos todas as minhas emoções ... E no desapego despojado das nuas mãos escorregar sobre todas as praias no clamor,fulgor das ondas como se uma onda fosse alcançar a imensidão tocando a sensualidade das peles com a alma, a sensibilidade dos corações. 33
11-Vivência Irretocável - Mônica F. Camargo Envolto em bem estar coração amanhece e graciosamente pássaros canto entoam Com suavidade raiar do sol então aquece e precioso sentir em pensamentos voam Chegam em toques sons do teu carinho no repente da manhã paixão que sonhei E no orvalho de amor vens de mansinho deslizando a emoção que em ti alcancei Felicidade domina passos...estou amando em lampejos...desejos fluem em profusão E ansiedade vai tua imagem aproximando acelerando em segundos pulsar do coração Braços do tempo para mim te embalam no alaranjado entardecer que te espero Vilslumbrar teu beijo sensações exalam teus mistérios desvendar... como quero Entrelaçados entre afagos simultaneos com enlevo absorvidos amados se isolam no ar revelações em gestos espontâneos Bocas na força que atraem corpos colam em delicioso descompasso...dois corações e sintonia desloca prazer em dimensões na mais sedutora e sensual... das visões
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Vem abrigo no manto do anoitecer cálido abraço por êxtase ostentado No deleite de carícias à entorpecer é o paraíso... estamos lado a lado E com tantos encantos por viver na linguagem do amor sem limite maleável cumplicidade por amar e aroma gostoso de paixão no ar deixam a sensibilidade envolver e nos lábios... te amo...prender Doce trama pelo destino tecida rotas de felicidade desconhecida Permitem sensualidade invadir com emoção de amar à consumir e ternura perfumada no ar fluir Páginas de romance douradas beleza d'alma em letras gravradas Linda ventura no coração marcada por vivência irretocável com tua presença sorrindo por conquista... adorável na tua ausência resistindo E... com desenvoltura amante amor em patamar extasiante Nós... um encontro marcante juntos um ritmo emocionante
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12- Fragilidade - Morgana Meirelles Que faço eu aqui sentada Nesta espera insensata A medir horas e datas Na teimosia obstinada Com a certeza do nada Que faço eu desta dúvida que vaza Da minha alma agoniada No tormento de quem já foi amada O momento é faca afiada Que faço eu desta angústia danada Quando a esperança não é solidária Com esta ternura solitária Que há muito se fez cilada Que faço eu desta saudade Que liberta minha vontade De reviver com intensidade O tempo que o amor se fez felicidade Na minha pele em tempestade
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13- Preciso Te Falar - Nathan de Castro Preciso te falar da flor-de-lis nos olhos da canção do amor maior, dos sonhos e explosões primaveris quando a saudade acende o meu cantor. Preciso te falar do quanto a quis na relva de um poema ao pôr do sol e adormecer beijando a cicatriz., para salvar meu verso de arrebol. Preciso te falar do amor, Luana, do amor da terra quando bebe a chuva e o da brisa que canta na folhagem da araucária feliz junto à choupana. Saudades, festivais, beijos de uva... Escuta o verso e vem nessa viagem!
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14-Festa das Flores - Nilson Matos Pereira Primavera vem chegando Colorida. Que beleza! Com flores desabrochando Canta a bela natureza Alegre a flora renasce Nesse milagre divino Só não muda a triste face Do mendigo peregrino Tampouco a do governante Do poderoso e do rico Sofre o povo ignorante Com ele me identifico Sem terra, casa e comida Família se desespera Só tem desgosto na vida Nada muda a primavera Brilha o sol no céu de anil Revigorando a floresta Enquanto geme o Brasil Os floristas fazem festa
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15- Poço Raso - Olga Matos Tem dia que odeio o mundo! Morbidamente leio-me em curva! Enrosco –me e a morte vem com tudo! Finjo fortaleza e ela muda o rumo. Faz revoadas , baixos volteios... Espreita-me. Enfrento-a, cara a cara ou finjo que não vejo? Na dúvida vivo meio a meio! Rouba-me o verso ou o deixa torto. espremo o verbo e extraio uma gota meio tonta e a verve enceta outro! Então , esqueço fado moribundo, penso viver e amar todo mundo! Abraço-me! Alço-me do fundo
16- Colibri - Valdez O. Cavalcanti Olho contrito, com olhar sereno, As linhas bem traçadas do teu rosto; E quanto mais te olho... me apequeno, Mais sinto um amargo de desgosto... E foste... colibri, foste tão cedo, Furtiva, amaciando os passos, Curtir no além a dor do teu segredo, Deixando-me tão só... com meus fracassos. Nas horas das manhãs de rutilâncias, Calculo, com frêmito, as distâncias Que te separam deste vil asceta... Pensando me juntar ao colibri... Pois não há que viver, viver sem ti, Nem há razão de ser... do ser poeta!
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17- Saindo de Cena - Vanderli Medeiros Cansei dessa cena desse folhetim barato com jeito de botequim Cansei da repetição do ato estou saindo dessa comédia de fato Não quero mais viver essa farsa nem fazer parte de toda essa trapaça Chega de comédia com cara de tragédia grega quero mais é distância dessa hipocrisia envolta em fantasia Deixo de vez o palco limpo o camarim e volto p'ra vida retomo os meus valores Estou de partida não quero mais nada nem amores nem valores nem sonhos recauchutados Quem fica que feche as cortinas p'ra mim é o fim The end!
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18-O Papel - Watfa Ramos À frente, a folha em branco, num convite à reflexão, sussurra bem baixinho: "Desnuda tua’alma, deixa que flua sobre mim o quê te fere assim." Minhas trêmulas mãos, em consentida obediência, vão traçando os rabiscos, que em seus arabescos, bordam meu imo assim. Em anuência ao papel, vou derramando meu fel. Retiro de mim a essência, sem vestígio de inocência, e deixo ali no registo a prova de que existo, inda que em amargura. Sem traços de ternura. E ali está a folha. Ela e eu, eu e ela, na composição que, inda assim, se faz bela.
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19 - V I D A - Zéferro A vida é um caminho tortuoso do qual só se conhece uma ponte eu marcho para ela, curioso, buscando, ao chegar, novo horizonte. Não sei se ao cruzá-la nós deixamos a carga acumulada no caminho e temos o alívio onde chegamos, ou se ainda resta algum espinho! Só sei que a esperança nos sustenta de algo melhorar dentro de nós, por isso cada um de nós enfrenta a vida, pois o sonho vem após. Eu quero tudo novo começar pois destas dores não quero lembrar! Resumo ATENEU elaborado & formatado por: Cristina Pires Leitor, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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Nº 14 - NOVEMBRO DE 2004 1- A PAZ NA INTERNET - Célia Lamounier Numa época de violência exagerada, cujo motivo certamente a maioria das pessoas entende ser advinda da globalização (onde filmes, videogames e noticiários estão criando as novas gerações; onde a educação, o culto a ética, moral, elegância e cavalheirismo são palavras do passado; onde família, carinho e cuidados com as crianças, os idosos, as grávidas são leis que ficam no papel) é que um mundo novo se abre para internautas (viajantes do espaço) - o mundo virtual da Internet. Habitado por seres privilegiados, de algum poder aquisitivo e conhecimentos gerais, sonhadores e idealistas em sua maioria. Uma grande meta, uma enorme responsabilidade, um dever essencial: CRIAR UM MUNDO NOVO. Que mundo deve ser este? Onde o pensamento viaja em segundos, onde a PAZ e todas as qualidades humanas sejam o alicerce desse mundo. Onde o auxílio, a ajuda mútua, o respeito e o aperfeiçoamento sejam os caminhos. Onde os poetas saibam cantar a beleza da vida. Onde o amor universal envolva a todos e os internautas possam dar-se as mãos e abraçar o infinito do amor universal. Este há de ser o mundo novo! E assim será quando todos se conscientizarem da grandeza de participar, da beleza e da perfeição que está em nossas mãos criar - um mundo sem distâncias, sem muros, vivenciando a obra do onipotente Deus Criador do mundo e dos seres. Que Deus ajude sempre aos seus filhos! Que este mundo novo esteja sempre envolto na PAZ e na solidariedade universal.
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2- A PAZ NA INTERNET - ZéFerro Ao Homem coube a inteligência Para tornar-se o rei da Natureza Carece-lhe portanto indulgência E amar ao seu irmão com inteireza Se hoje a palavra é veloz Que ela só transmita o amor Usemos com brandura nossa voz Para levar a paz e não a dor Assim iremos todos construir Um mundo onde valha existir
3- A PAZ NA INTERNET - João Nery de Araujo Este novo mundo virtual será no futuro um lugar realmente de paz, porém na atualidade ele é um terreno de ninguém onde os oportunistas invadem computadores alheios para roubar. O mais comum que se vê é publicação de pornografia. As pessoas que se sentiam presas para se mostrar, agora estão livres para dizer o que querem, mostrar o que querem, não se importando com quem irá ver ou ler. Tal como no mundo da dita realidade, os poetas, que sempre se julgaram pobres de dinheiro, rejeitados pela sociedade, estão criando e propagando seus escritos. Com poucos cruzeiros as pessoas podem alugar um computador, se divertir e procurar cultura. A única barreira que existe é o idioma. Fora isso, o mundo está livre para todas as pessoas. Os poetas e os artistas encontram um mundo para sua vida, e quem gosta de poesia ou de artes tem onde procurar. O mundo virtual é mágico, ele está bem de acordo com o que a TV nos mostra, a mistura da ciência, da magia e da bruxaria. Eu estou fazendo a minha mágica neste momento, dizendo o que penso a pedido de uma pessoa amiga que está muito longe. O triste ainda é que existe muita gente boba gastando espaço e tempo dos outros, veiculando mensagens que em nada melhoram a vida de cada um. Tem muita gente embasbacada com o poderio da internet e em todo santo dia elas mandam mensagens com imagens imensas. Tem gente que vive para repassar tudo que chega na sua caixa postal, sem ter um juízo crítico sobre o que estão enviando. Quem tem juízo crítico e amadurecimento pessoal pode usufruir muito com a internet, mas a maioria continuará tal como estava na sua vida, perdidos, solto no ar, borboletando em tudo, sem beber dessa água sagrada que é a internet. 44
4- PAZ E AMOR NA INTERNET - Nilson Matos Pereira Internet é coisa boa Ninguém pode duvidar Recebe qualquer pessoa Que queira participar De quando em quando destoa Pois alguém quer bagunçar Mas não consegue se impor A turma do deixa disso Com a paz tem compromisso E volta a reinar o amor Araranguá, 12.11.04 5- A PAZ NA INTERNET - Jandyra Adami É preciso que as pessoas voltem a ter o antigo romantismo que havia entre os povos, mesmo no começo da internet, onde havia mais respeito pelo ser humano. Hoje somos surpreendidos por textos ironizando um amigo, queixando de roubos de textos e outras coisas. É preciso que cada um se conscientize de que esta é uma oportunidade divina que tivemos para manter contatos imediatos com amigos que moram longe, fazer amizades maravilhosas. Não percam seu tempo em brigas, que não levarão a nada a não ser o desgosto do próprio veneno que se atira nos outros. Tenham sempre em mente que este é um presente que recebemos e devemos tratá-lo com o carinho que merece. Vamos ser amigos...Vamos nos dar as mãos e unir nossos corações num único pensamento: A PAZ NA INTERNET Jandyra Adami- Belo Horizonte- Minas Gerais
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6-A PAZ NA INTERNET pensei sonhar um mundo poesia MariaTherezaNeves - Juiz de Fora 04/03/03 pensei sonhar um dia união na diferença da família, das nações, dos povos paz surgindo como as estrelas reacendendo unindo mãos de todas as cores homens abrindo olhos para a nova luz sobre a terra apagando elementos rudes do Mundo pensei sonhar um dia esculpir na alma do mundo a visão idealista do poeta do sonho, da paz e da harmonia com raízes germinando flores sem cinzas ou guerras adubos de sentimentos profundos consciência mútua da palavra justa pensei sonhar um dia pensar como poeta esculpir como artista um mundo como poesia unindo todos os povos.
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7- Tristeza Virtual - Lizete Abrahão - Jun./2000/04 Como é que se pode magoar alguém sem nem saber a quem?... Alguém que não se conhece e que logo se esquece? Esse é o grande mal do mundo virtual! Perigo dos gráficos sinais, onde um não é jamais... Ambíguos, insuficientes, magoando tanta gente... Alegrias são geradas; outras, aniquiladas...Saudades... À solta, enganos que se alimentam, verdades que se lamentam... No engano que abala, a tristeza é quem fala. Saber o que dizer...o que escrever...buscar a paz. Saber ler, interpretar e calar? Só o grande o faz...
VAMOS DAR AS MÃOS, INTERNAUTAS! Ógui Lourenço Mauri - CEN Não!... Não foi este o Mundo Virtual que tempos atrás me deu boas-vindas!... Tenho saudade daquelas atitudes lindas, predominantes no relacionamento pessoal. Não havia este bulício no ambiente cibernético, prevalecia a amizade em todas as situações, as mensagens sadias aproximavam corações, num intercâmbio menos ríspido e mais poético. Vamos dar as mãos e retomar a fraternidade, devolver ao contato virtual o instrumento de paz, reeducar o internauta como um mediador eficaz para acabar com os conflitos e tanta atrocidade. Façamos desta rede universal uma grande corrente. Vamos dar as mãos!... A amizade pede passagem! Deixemos a crítica contumaz em prol da homenagem. Abaixo a maledicência, tão em voga, ultimamente! Com toda certeza, não foi este o Mundo Virtual que nos deu tantos amigos logo à nossa chegada. A nave está fora de rota e a tripulação desnorteada, queremos a PAZ de novo, tudo voltando ao normal! Leitor, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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Nº 15 - DEZEMBRO DE 2004 Colar de Trovas Nacional O CRIME JAMAIS COMPENSA Colar de Trovas Nacional coordenado por Célia Lamounier de Araújo 1ª - O CRIME JAMAIS COMPENSA pois benefícios não traz. Melhor perdoar desavença e viver no mundo em paz. Trova de Linamar/82 – Campinas SP 2ª- E viver no mundo em paz sorrindo para as crianças obrigação de quem traz no coração esperanças. Raymundo Nonato - Itapecerica/82 - MG 3ª- No coração esperanças, na alma desejos de amar, jamais pensar em vinganças - a vida é bela a cantar! Célia Lamounier - Belo Horizonte/82 4ª - A vida é bela a cantar em sons que só nós ouvimos, que outros nem podem sonhar, nós, trovadores, sentimos. Murilo Teixeira G.Valadares/95 5ª- Nós, trovadores, sentimos quando sofridas crianças, pobres, menores, arrimos, perdem cedo as esperanças. Conceição P Abritta, B.H./95 48
6ª- Perdem cedo as esperanças todos aqueles que vão as suas tristes lembranças guardando no coração. Humberto Del Maestro, ES/95 7ª- Guardando no coração a semente da bondade, onde existe gratidão o crime jamais invade. Áurea Venâncio,Divinópolis/95 8ª - O crime jamais invade quem se faz preso em Jesus e sabe na adversidade suportar a sua cruz. Renato Báez, São Paulo/95 9ª- Suportar a sua cruz sem violência ou sem queixume, é encher a noite de luz e o dia encher de perfume. Albertina Moreira Pedro, RJ/95 10ª - E o dia encher de perfume dessas rosas, que beleza! É um quadro que resume O primor da natureza. Carlos Ribeiro Rocha, BA/95 11ª- O primor da natureza ver destruído me dói: obra de Deus, com certeza... e a moto-serra destrói. Eugênia M. Rodrigues, Rio Novo - MG 12ª - E a moto-serra destrói pelas mãos do homem bruto... Levando o planeta herói A pagar grande tributo. João Nery Araújo, Ipatinga/95 13ª- A pagar grande tributo, ordeno aos réus, por sentença de s a b e r a b s o l u t o: O CRIME? JAMAIS COMPENSA! Célia Lamounier, setembro/95 49
Academia Itapecericana de Letras e Cultura – MG Colar de Trovas publicado no jornal Gazeta do Oeste de Itapecerica Coluna de Célia - Movimento PAP (Paz-Amor-Progresso)
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Nº 16 - DEZEMBRO DE 2004 CIRANDINHA DE POEMÍNIMOS Abrindo - "Se procurar bem, você acaba encontrando não a explicação (duvidosa) da vida mas a poesia (inexplicável) da vida" Carlos Drummond de Andrade
1-Laboratório poético Herculano Alencar Poeta: Laboratório mental; Alquimia; Embriogênese... Poesia: Química emocional; Filoginia; Psicogênese... Poeta e poesia São apenas a magia Da mais ousada ousadia De um embrião cerebral.
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2-Tempestade Poética zéferro quando a pressão dos sentimentos se combina com o frio na alma, na mente surge o turbilhão da poesia que é o escape que o coração emprega para evitar a loucura que se aproxima.
3- LONGE DE MIM Célia Lamounier - 07.11.04 Longe o poeta em versos chega - turbilhão aquecendo o frio. A saudade no verso,alquimia é abraço que conforta e alegra o dia. Chega, apesar de longe a mensagem - poesia Troca solidão por alegria. A vida de repente é luz - magia de coração contente.
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4- Ocultos Sentidos Maria Thereza Neves invisíveis aos olhos o que pensamos-sentimos palavras ausentes da alma que sangra perfurando o peito-lamento. espelho que despe não transparece o nó da garganta que se agiganta fundo lugar-esquecido os ocultos sentidos! JF/MG-17/07/2004
5- Ser poeta Vanderli Medeiros Ser poeta é deixar o coração falar e fantasiar, em sua poesia, deixar um rastro de sua vida e de seus sentimentos; escritos no mundo, para a eternidade...
6- Tu(meu mistério) Lizete Abrahão -05.10.01/02 Veludo tua boca, Brisa tuas mãos, Pirilampos teu olhar. De céus é o teu amor (Palavra louca...) Segredos os teus vãos, Mistérios a desvendar, Sem medos de me expor 53
7- Faço Poesia Elane Tomich 06.12.04 pelo profundo pesar e alegria de ter nascido e por tentar entender esta folia sem sequer ter morrido.
8- SIM E NÃO Nilson Matos Pereira Para a verdade, meu sim Para a mentira. meu não Perfume? Só de jasmim Novela não. Não tem fim Nem pra triste solidão Dou meu sim para os amigos Sejam ou não virtuais Para os novos e os antigos E perdão aos inimigos Pois quero viver em paz Araranguá SC -061204
9- D O R E S Arlete de Andrade Destes gritos, de dores, eu quase ensurdeço, e em meus infernos, clamando, desço, como se o autoflagelo, a mim pudesse libertar! As vozes ecoam mesmo quando não quero, minha alma repete, choro, desespero: quebro as correntes...agora posso voar. 54
10-T E M P O Chico Steffanello "Há dias que eu não tenho poesia, Minha mente está quieta, Minha alma vazia" Fechando: "Quando se ama, não é preciso entender o que acontece lá fora, porque tudo passa a acontecer dentro de nós". (Paulo Coelho) Leitor, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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Nº 17 - Janeiro de 2005 TSUNAMI Tenho mensagens com retratos de antes e depois. Célia
1-Tsunami Angélica T. Almstadter - 29.12.04 Boa Noite? Nossos olhos de ressaca ainda não conseguiram adormecer sem pavor, o corpo estremece e a alma sacudida sente frio e calor ao mesmo tempo... os pensamentos se chocam procurando entre si...respostas... Porque a mãe terra se aborreceu tanto e sacudiu teu manto... Tirou tudo do lugar... Fecho os olhos e vejo a grande bocarra avançando feroz ...lambendo e engolindo tudo que conseguiu encontrar pela frente... Não houve gritos ou preces para aplacarem a fúria da natureza ... que descontrolada...desconsolada...resolveu mostrar tua ira... Perdoa mãe terra o sangue derramado sobre teu seio... Perdoa a violência das palavras e dos gestos...a guerra sem fim... Perdoa as bombas armadas ...na calada das madrugadas...Perdoa o tiroteio... Cessaram os gritos...já não há mais pavor...só sussurros e o medo... As águas serenas vêm beijar as praias ...chorar baixinho pelos que se foram... olhar pelos que ficaram...sem rumo e sem destino... No dia em que as águas quase tocaram os céus...e ameaçadoras lavaram a terra, o vento se calou... cúmplice da terra e das águas ...a vida girou no eixo da Terra...confusa... e em difusas lágrimas, chorou ... Enquanto os cacos de vida procuram seus pedaços fragmentados...uma grande inquietação circula na nossa veia... convida à reflexão... Rasgamos nosso pranto de mangas arregaçadas...ou vamos morrer lamentando as dores do mundo, com os braços cruzados... beijos muitos - Angélica T. Almstadter
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2-Tsunami Angélica T. Almstadter - 05-01-05 No dia que Deus estava triste; E pôs seus olhos pra chorar... A Terra mudou de lugar. Não havia um dedo em riste, Do criador a ordenar, Que o mar se acalmasse. Enquanto a Terra se contorcia, Pelas dores em suas entranhas, Deus cobriu o rosto pra orar; Sem entender as coisas estranhas, Que sua criação repetia...todos dias. E das lágrimas de Deus, O mar se agigantou; Vomitou a dor das heresias, A aflição das guerras, Varreu o luxo do desamor, E longe do aceno de Deus; O sangue do teus filhos...bebeu
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3-Perdão Humanidade! Maria Thereza Neves Chora o Mar pelo que fez recorda do se lançar em ondas sem pensar num sentimento-dor profunda que gritava, berrava o peito contorcia arrebentando extravasando raiva-maremotos mostrando a revolta da natureza avançando, derramando sangue de tantos inocentes não percebendo a tristeza a mágoa do homem que perde filho, família, amigos, abrigos... Sem nada entender continua a crueldade inocente... Hoje vaga sem destino ou tino arrependido querendo voltar, retroceder,apagar e na calmaria descansar na maresia poetar, voltar a inspirar esquecer o dia dos impensados irrefletidos passos e se entregar ao banco dos réus devolver vidas, pedir perdão ao vermelho que cobriu tantos chãos e as lágrimas da humanidade! JF/MG-30/12/04-22h40
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4- Fato consumado - Gerson F. Filho Então tu, ó mar, azul profundo Lançaste teus longos braços E com ele, instalou-se a dor A desditosa lágrima, o pranto Bastou aquele único movimento Ao seu discernimento, bem no fundo Desses seus mistérios molhados Que na areia, fazem imenso recanto Foi assim, só um aviso, simples Se nós, simplesmente pudéssemos Definir a dor da perda, a surpresa No reconhecer, a brevidade da vida Rápida e dolorosamente varrida No humor do mar, no vento, na brisa.
5- MAREMOTO - Elane Tomich A dádiva da tempestade incita-me ao mar remoto onde o azul se transforma em porquês de maremoto. Lavei minhas poucas verdades onde a pergunta se forma. Lá onde o mar vira espelho mirei-me no inverso do verde em ponto de incerta beleza. Então vi o quanto era velho sentir o que sentido perde, no proceder da certeza. Entre o verde e o azul, prefiro o acontecimento de vadiar no destino em ondas de norte a sul na vírgula do advento, do sem fim ser inquilino.
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Lá, onde o mar se contorce qual dança de naja encantada, dunas guardando o segredo calado espanto no aporte às águas dos afogados e às cinco mágoas do medo. Parece interrogação entrando dentro da gente imenso não sei do mar, de curvas faz furacão, De dúvidas, meio ambiente em verde de azul chorar http://www.elanetomich.com.br
6-HAI CAI - TSUNAMI © Nathan de Castro Ondas provocadas? Lágrimas da natureza? Tsunami atômica? ###
7- HAI-CAI Célia Lamounier Mundo iluminado No fim... eis o tsumani dando seu recado ###
8- Hai Cai ElaneTomich água no avesso do espelho era mágoa matou seu anverso ###
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9-Tsumani Faiçal Nome de serpente veneno em ondas dizimando gente ###
10-Theca Angel: Dor infinita na crista espumante Vida tão linda e vencida ###
11-Belquis: Monstros de Poseidón eclipse de sóis água salgada nas almas ###
12-Rosélia Martins: Não há filho com toda a fortaleza que possa o travar o ímpeto da grande mãe Natureza ###
13-Tsumani Antonieta E. Manzieri: Chegou de surpresa, ceifou tantas vidas acabou com a natureza. ###
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14Querrién ® Caracas-Venezuela
Tsunami
Muchedumbre de niños miraban la belleza horizontal retozando dentro de las playas Indostánicas preciosas, divirtiéndose como alegres inocentes, el Sol brindaba su calor en forma de luz maravillosa… Sin embargo, hubo un celaje… Nadie se dio cuenta de su pronto ensombrecer, un segundo de silencio, luego: Llegó "El Tsunami o Maremoto" ...Tu susurro entre la mente, es tañido de homicidio, ruina, asesinato natural del hábitat donde vivimos, allí, donde estallan los avatares de una muerte acicalada. Sigiloso abatió el porvenir de la Indonesia, con turbulenta furia sobre el "Galle, de la Sri Lanka", ennegreciéndola. ¡Mar! quién tragó escombros de ciudades costaneras, alrededor del Índico Oceánico-, vomitando luego de tres días, decenas de miles de cadáveres elevando la cifra de víctimas del poderoso Maremoto del Domingo de Diciembre veintiséis, a más de mil millares de cetrinos cuerpos, dejando ver los tintes lívidos sin vida, desde sus entrañas destrozadas. "Tragedia humana que nos ha dejado a todos, por demás inconsolables" Devastación causada por el gigantesco paroxismo del Tsunami, en el sureste asiático, siendo imposible, casi, rescatar sobrevivientes y asistir a millones de personas que enfrentan enfermedades, infecciones, sufrimientos y contagios, entre tantos cadáveres en descomposición, por el atragante, de vandálicas olas. Se predice, que lo peor puede estar aún por venir, debido a los fenómenos por epidemias, desde la descomposición de cuerpos y la falta del agua potable que podría matar a muchas personas, más. -Por qué nos hiciste esto, Dios mío-. Lamentó profundamente una anciana mujer, en su aldea de pescadores en Nadu Tamil, de la India devastada. Sin quedarle flujos por llorar ¿Qué hicimos para enojarte...? -Esto es mucho peor que la misma muerte- "La ferocidad inmensurable del desastre, es increíble" Indonesia y Sri Lanka, divulgaron que hay más de miles entre miles de víctimas exterminadas. "Hay tantos, pero tantos desaparecidos" gemían los familiares. En la India; él archipiélago donde están las islas "Andaman y Nicobar". A una de ellas, el oleaje causado por el terremoto submarino, destruyó a dos terceras partes de sus pobladores. Con una magnitud de 9,0º en la escala de Ritcher; estimando que es el terremoto bajo el mar, más titánico, ocurrido en el mundo en cuarenta años, y el cuarto de en la última centena calendario. Movimiento telúrico, que rasgó el fondo del mar en las Islas Indonesas del Sumatra provocando un -Tsunami62
que se desplazó a gran velocidad al través del mar de Andaman, azotando Sri Lanka, el Sur de India, Las Islas Maldivas, Malasia, Myanmar y los Balnearios de Tailandia, llenos de turistas que festejaban sus vacaciones navideñas. El poder de la inconmensurable, ola, llegó hasta lugares tan remotos como el este de África, donde también dejó miles de provincianos muertos en Kenya, las islas Seychelles, Somalia y Tanzania. Las aldeas de pescadores, los puertos y los recursos marinos quedaron arrasados. Sin energía ni comunicaciones, miles de casas y edificios fueron destruidos. En Indonesia "Aceh", provincia norteña, llamada - El campo de la muerte - fue la que estuvo más cerca del epicentro, donde incontables cadáveres estaban amontonados en las calles. Más de mil personas murieron en un campo deportivo cuando una ola de la altura de un edificio de tres pisos, los barrió por completo. Muchísimos hoteles destruidos a lo largo de la playa de "Khao Lak, en Tailandia" Balneario, imán de turistas: Escandinavos, Alemanes, Finlandeses, Checoslovacos, Suecos e Italianos, donde comenzó a "escupir" literalmente cientos de cadáveres hinchados, despedazados y en estado de putrefacción. En Khao Lak los hoteles de playas fueron derribados desde sus cimientos. El desastre es considerado único, como para abarcar un área tan grande y tantos países a la vez; el cálculo de esta devastación es indefinido, ni siquiera podríamos imaginar el costo para estas comunidades, más aún para los pescadores y aldeas, de gentes de mar, que simplemente fueron eliminados para siempre del mundo. Ha sido el peor día en la historia en Sri Lanka, que ahora está entre escombros frente al mar, en la devastada Galle. Millones de personas sin hogar, de las costas meridionales de Sri Lanka, más de 1,5 millones de personas, están sin hogar, muchos se alojaron apretujados, en templos budistas, hospitales y escuelas; como pueden. En ese clima de ansiedad, se sospecha brote de epidemias producidas por aguas contaminadas y por los miles de restos de humanos y animales en visible estado de putrefacción. ¡Dios Apiádate De Ellos. Entre Un Rezo Universal Lo Suplicamos! Querrién ® Caracas-Venezuela Leitor, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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Nº 18 - Abril de 2005 "Nueva Poesía Hispanoamericana" ¿Que es lo que llamamos naturaleza sino un poema oculto bajo una escritura misteriosa? Lord Byròn ediciones tiene el honor de anunciarles la publicación de la antología titulada "Nueva Poesía Hispanoamericana" que en su edición octavalleva como subtitulo "¿Que es lo que llamamos naturaleza sino un poema oculto bajo una escritura misteriosa?" de Schelling. En esta edición la antología de 110p. tiene como eje temático - La Naturaleza. Esta antología ha sido compilada por el poeta peruano Leo Zelada (premio de poesía Orpheu, Brasil, 2001). Entre los poetas que han participando de esta publicación nuestra, se encuentran los más destacados exponentes de nuestra poesía contemporánea como son: 1 -Jaime Siles,poeta,catedrático y critico literario español. 2–Felipe Benítez Reyes,poeta español. 3-Luis Antonio de Villena,poeta y ensayista de España. 4-Antonio Cisneros,poeta peruano. 5-David Huerta,poeta de México. 6- Eduardo Llanos, poeta chileno. 7-Ricardo Costa,poeta argentino. 8-Manuel Lozano, poeta argentino. 9- Ernesto Kahan, poeta israelí-argentino, vice presidente del Congreso Mundial de Poetas y Academia Mundial de Arte y Cultura (UNESCO). 10–Jeannette L. Clarión,poeta mexicana. 11-Juan Carlos Gómez Rodríguez,poeta español. 12-Alfonso Chase, poeta de Costa Rica. 13-Antonio García, poeta de España. 14-Celina Sampedro,escritora y poeta española. 64
15- Wenceslao Serra Deliz,poeta puertorriqueño. 16-Enrique Verastegui, poeta peruano,Beca Guggenheim. Al lado de los cuales estan los poetas: Humberto Garza(México),José Martín Hurtado (México),Aníbal Crespo Ross (Bolivia), Ana Maria Fuster(Puerto Rico),Maria Eugenia Caseiro(Cuba),Jaime Hales(Chile)Txanba Payes(El Salvador),Jaime Rosa(España),Hilda Interiano de Payes(Honduras),Antonio Pérez Morte (Espana), Agustín GarciaEspina(España),Margarita Solari(Uruguay),Celia Altschuler(Puerto Rico),Héctor Corredor Cuervo( Colombia),Cristina Ruberte Paris(España).A ellos habría que agregarse jóvenes y talentosos poetas como Julio Cesar Aguilar(México),Teresa Domingo Cátala(España),Marco Antonio Madrid(Honduras),Isabel Alamar(España), Maria Pliego Domínguez(México), Iván Humanes(España), mas otros y también Célia Lamounier de Araújo,poeta de Brasil. Esta 8va edición de nuestro proyecto editorial ha tenido repercusión en el ámbito continental al haber salido publicadas entrevistas y reseñas de la antología en importantes diarios de América Latina como EL Excelsior, El Norte de México y el Liberal del Sur, El Clarín de Argentina, El Comercio, Peru21 y Liberación de Perú, La Estrella, Primera Hora y Claridad de Puerto Rico(USA),HOY de el Salvador, El Deber de Bolivia, en los Diarios de Tarragona, Aragón e info.-Cádiz de España, en el diario árabe "Hedayah",en el diario Israelí Aurora entre otros. En revistas como La Resonance(Francia), Barcelona Review (España),Biblioteca virtual "Miguel de Cervantes" (España),Crónica Literaria(Argentina),"Actualidad literaria"(España),Museo Salvaje (Argentina),Agulha(Brasil),Literatura Cubana (USA),Actualidad Austral (Chile); En importantes agencias internacionales de noticias como EFE (España),Todito.com de TV azteca,(México), LIBRUSA con sede en Miami (USA),Agencia de noticias Libros y Letras(Colombia).También ha habido entrevistas radiales y programas de TV de Perú, México y España. Esta es pues la muestra más significativa de la nueva poesía hispanoamericana (01 a 8va edición) que sé esta escribiendo en nuestra lengua después de los grandes poetas posmodernistas en América Latina y en España luego de la generación del 50.Como dice el compilador el poeta peruano Leo 65
Zelada "En esta antología están expresadas la mayoría de las tendencias actuales de la poesía actual: el neorromanticismo Erótico, la nueva poesía social, la poesía del ciber-espacio y la estética de la posmodernidad". La antología ha sido presentada exitosamente el día 18.07.04 en la feria internacional del libro de Lima, el 04.08.04 en "La Casa de la Integración" del Instituto Internacional de Integración del Convenio Andrés Bello, La Paz Bolivia, el 08.12.04 en la universidad Tecnológica de El Salvador y esta 8va edición será presentada este año 22.04.05 en España, Estados Unidos, México, y Argentina en 05.05.05. Según las palabras del poeta y ensayista peruano Leo Zelada compilador de esta Antología: "Ésta es la primera antología que se presenta ante el lector hispano-hablante de los nuevos poetas de nuestro firmamento poético, ellos y su poesía serán los responsables ante el tiempo de la vigencia de nuestra valiosa tradición literaria". Sean bienvenidos a la lectura de nuestra publicación "Nueva Poesía Hispanoamericana". Lord Byròn Ediciones - Lima Peru Poetica II
[email protected] "Siempre hay una banca vacía para reposar la soledad del poeta.En los claustros de la pontificia catedral se desliza como dragón sigiloso el bardo tratando de ocultar su inmanente presencia. Duro es entonces el trabajo del aedo,cincelar fonemas en hermosas gemas de mampostería, atrapar imágenes como mariposas de colores a lo eterno: revelaciòn ataraxia, energía esencial, puro conocimiento. La poesía es sólo un texto". 8va edición - Antologia "Nueva Poesía Hispanoamericana". Leitor, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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Nº 19 - Junho de 2005 Poemínimos Ciranda da Saudade Coordenada por Celiazul ************* Ontem deitei-me com tua saudade, sonhei com tua presença e acordei com tua ausência...
1-Angélica T. Almstadter - 05.01.05 *********** ... e na manhã seguinte, sem saber o que pensar, olho tua fotografia como se pudesse te tocar...
2-Angela Lara - 13.04.05 *********** Saudade... Ressurreição do ontem que enriquece o hoje criando alento para o amanhã.
3-Célia Lamounier - 05.01.05 *********** Num atentado à insanidade ontem é hoje em tempo de saudade
4-Elane Tomich *********** Saudade, um passo à frente, olhando lá atrás, pelo espelho da memória...
5-Faiçal *********** Ter saudade é revisitar lembranças exiladas, no sótão da memória .
6-Lizete Abrahão 67
*********** Saudade é o perfume inesquecível que exala do que foi bom.
7-Najah ÐL® - 13.04.05 *********** Saudade batendo lanho, em meu lombo dolorido tinge de cinza meu sonho, desbotando o colorido...
8-Lisieux *********** Saudade... Da certeza de ter vivido momentos lindos.... O agradecimento por ter tido o prazer de vivê-los.
9-LuliCoutinho *********** Desejo da presença, dos braços... Daquele que orientou meus primeiros passos.
10-Mifori *********** Na solidão dos dias tristes é na sua saudade que encontro consolo para o presente.
11-TecaMiranda *********** Saudade - Lembrar meus tempos de criança quando meu pai brincava comigo.
12-Pedro Valdoy *********** Acordei destemperado, lembrei-me que ontem não te vi Estou sem sal mas com muita saudade
13-Pablo Nykçaht *********** A saudade não me devora . Ao contrário, ela me revigora...
14-Watfa *********** Ontem fomos um mundo de amor, findo na desilusão!... Hoje sem amanhã!... Na condição a saudade...
15-Carmen Ortiz (Cristal) ***********
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Saudade é a canção de dor de um coração solitário
16-Zena Maciel *********** Saudade tem rima sem dor não... É frio correndo o chão. Amor cortado com facão.
17-Soraia Maria *********** Saudade...um sentir ambíguo Por vezes é companhia...por vezes é solidão fria....
18-Priscila de Loureiro Coelho *********** Saudade é um vazio que preenche todos os meus poros
19-Lara *********** Duas linhas Saudade é ter saudade na segunda linha Das lembranças deixadas na primeira
20-Sérgio Souza *********** Saudade: nunca se sabe ao certo se dá alegria à vida ou vontade de morrer...
21-Clevane Pessoa (metade de uma trova...) *********** A sensação de perda que temos é a dor da saudade que sentimos.
22-Hilza M. Barranco. *********** Infinito No vazio do céu cheio de estrelas tão vazio quanto uma lua cheia claro ... é a saudade.
23-Dreyf ************* Leitor, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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Nº 20 - Novembro de 2005 Preparando corações para o NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL
Da Antologia do Natal - Francisca Clotilde/Chico Xavier: A noite é quase gelada... Contudo, Mariazinha é a menina de outras noites que treme, tosse e caminha... Guizos longe, guizos perto... É Natal de paz e amor. Há muitas vozes cantando: - "Louvado seja o Senhor!" A rua parece nova qual jardim que floresceu. Cada vitrine enfeitada repete: "Jesus nasceu!" Descalça, vestido roto, Mariazinha lá vai... Sozinha, sem mãe que a beije, menina triste, sem pai. Aqui e ali, pede um pão... Está faminta e doente. - "Vadia, saia depressa!" - É o grito de muita gente. - "Menina ladra" - outros dizem. - "Fuja daqui, pata feia! Toda criança perdida deve dormir na cadeia." Mariazinha tem fome e chora, sentindo em torno o vento que traz o aroma do pão aquecido ao forno. Abatida, fatigada, depois de percurso enorme, estira-se na calçada... Tenta o sono, mas não dorme. Nisso, um moço calmo e belo surge e fala, doce e brando: - Mariazinha, você está dormindo ou pensando? A pequenina responde, erguendo os bracinhos nus: - Hoje é noite de Natal, estou pensando em Jesus. - Não recorda mais alguém? E ela, a chorar, disse: - Eu penso também, com saudade, em minha mãe que morreu... - Se Jesus aparecesse, que é que você queria? - Queria que ele me desse um bolo da padaria... 70
Depois de comer, então - E a pobre sorriu contente - Queria um par de sapatos e uma blusa grande e quente... Depois... queria uma casa, assim como todos têm... Depois de tudo... eu queria uma boneca também... - Pois saiba, Mariazinha, eu lhe digo que assim seja! Você hoje terá tudo aquilo que mais deseja. - Mas, o senhor quem é mesmo? E ele afirma, olhos em luz: - Sou seu amigo de sempre, Minha filha, eu sou Jesus!... Mariazinha, encantada, tonta de imensa alegria, pôs a cabeça cansada nos braços que ele estendia... E dormiu, vendo-se outra, em santo deslumbramento, aconchegada a Jesus na glória do firmamento. No outro dia, muito cedo, quando o lojista abre a porta, um corpo caiu, de leve... A menina estava morta. FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL
UM PRESENTE PARA JESUS Acordei nesse primeiro dia de Dezembro com vontade de comprar um presente para Jesus, afinal, não existe maior amigo que o Mestre dos Mestres, e no dia 25 o aniversário é Dele. Sai cedo de casa e fui ao maior shoppingcenter da cidade, e pensei primeiramente numa camisa branca, mas quando vi que o branco mais branco da terra ainda era cinza perto da sua pureza, fiquei com vergonha e desisti. Em outra vitrine vi um sapato de couro, lindo e caríssimo, mas quando lembrei dos seus pés calçados pelas sandálias da missão cumprida, achei que não existiria na Terra algo tão confortável que merecesse seus pés. Uma caneta, foi isso que a próxima vitrine me aprensentou, uma linda caneta de marca famosa, seria um lindo presente, mas lembrei-me que Ele nunca escreveu nada, tudo que Ele falou, mostrou na prática, servindo e amando sempre. Lembrei-me que um dia Ele falou que não tinha sequer um travesseiro para recostar sua cabeça, e pensei no melhor travesseiro de plumas de uma loja especializada em sono, era importado e muito confortável, mas lembreime que os justos dormiam tranqüilos e que Ele jamais usaria o travesseiro. E, assim fui olhando as vitrines, abotoaduras de ouro, malas de viagem, bebidas finas, comidas importadas, tudo supérfulo, tudo matéria que o tempo
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iria corroer. Confesso que sai um pouco chateado do Shopping, afinal eu saíra para comprar um presente para Você Jesus, e não havia achado nada. Na porta do Shopping um menino muito miudinho sorriu para mim, perguntou meu nome e eu o dele, ele riu e me estendeu a mão , tinha o rosto muito sujo, as mãos encardidas, perguntei pela sua mãe, ele deu de ombros, sobre seu pai, nem sabia onde estava... perguntei se ele queria tomar um lanche, ele sorriu um sim, pegou na minha mão. Na porta do Shopping olhou para suas roupas e olhou para mim, sabia que não estava corretamente vestido, peguei-o no meu colo, era a senha para ser feliz, seus olhinhos miúdos percorriam aquelas luzes, enfeites e pessoas bonitas como se fosse um filme de Walt Disney... Na lanchonete sentou na cadeirinha giratória e sorriu como "reizinho" , e entre uma montanha de batatas fritas, ríamos felizes como dois velhos amigos. Falamos sobre bolinha de gude, pipas e bola de futebol, coisas importantes para o ser humano, principalmente quando somos crianças. Devoramos dois lanches, e quando perguntei se ele queria um sorvete gigante como sobremesa, seus olhos brilharem feito o sol, pedi um instante, e fui até o caixa, quando voltei com os sorvetes na mão ele já não estava ali... Por instantes pensei que tinha ido ao banheiro, ou estaria olhando a lanchonete, mas ali não estava mesmo. Foi quando sobre a caixa de batatas vazias vi um papelzinho, um bilhetinho escrito com letra miúda que dizia assim: "Obrigado pelo melhor presente de aniversário que poderia me dar: Fizeste feliz um dos meus pequeninos do mundo! Assinado, Jesus (Obs - não consegui descobrir o nome do autor) FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL
UM NATAL DIFERENTE - Jandyra Adami Naquela tarde de NATAL, Lavínia resolveu ir visitar um ASILO, onde idosos, esquecidos pela família, viviam, ou seja, esperavam o tempo passar. São tantas pessoas que sofrem o abandono dos familiares!!! São colocados em asilos, como se não valessem nada, como se a vida, vivida na riqueza ou na pobreza, não tivesse significado algum. Lavínia foi caminhando pelos corredores frios do prédio e logo chegou ao pátio, onde dezenas de velhinhos a olhavam, procurando em seu olhar, um pouco de ternura e de amor. Ela ia 72
acenando a um e outro, quando seus olhos fixaram numa senhora, que com olhar tristonho, observava a vida, que passava no movimento das nuvens, no bater das asas dos pássaros, no vento que derrubava folhas de árvores em sua cabeça grisalha. Lavínia aproximou-se dela. Tinha um porte elegante, deixando transparecer em suas roupas rotas, um "quê" de elegância, de altivez... - Como é seu nome, senhora? - Meu nome é Jacyra, minha jovem. Por que pergunta? Porque sua figura me chamou a atenção. Tem algo de belo que ficou em seu rosto, embora envelhecido pelo tempo... - E pela tristeza, minha filha. Tristeza ? Por que ? - Eu fui uma jovem feliz, muito cortejada. Moça de sociedade, como diziam... - E como veio parar aqui, neste lugar tão diferente de seus costumes? - Tive uma vida de luta e com sacrifício conseguí independência financeira e social. Casei... fui feliz. Perdi meu pai... minha mãe...Os irmãos nunca ligaram para mim... - E a senhora, nunca teve filhos? Sim. Tive um. Razão de minha vida. Viveu conosco até encontrar a mulher amada e casar-se. Foi uma festa linda e luxuosa. Meu marido e eu fizemos tudo para que ele fosse feliz. E a vida continuou... - E, onde está seu marido ? - Era meu companheiro de todas as horas... Coitado... Partiu, sentindo o abandono do filho. - Mas, como seu filho os abandonou? - Na verdade, ele se afastou de nós no dia em que começou a namorar a tal moça que escolheu para casar. Ficava mais com ela do que conosco. Como dizia Ghiaroni: "...e de repente, uma mulher bonita, surgindo o rouba e a velha mãe aflita, ainda se volta para abençoá-los..." - E ele é feliz? - Não sei. Depois que meu marido partiu e fiquei sozinha, vim parar aqui. - Curtir a solidão mesmo tendo parentes em várias cidades. Não conheço meus netos, não recebo visitas. Quando você se aproximou de mim, senti o coração pulsar de alegria. - Você é uma moça muito boa. Bonita e caridosa. Não sabe o valor de sua visita para uma velha abandonada... - Que isso minha amiga!!! Virei sempre visitá-la. Prometo. Vou trazer fotos de papai, mamãe e meu irmão. Como é o nome de seu pai? - Meu pai é Alberto, minha mãe Eugênia e meu irmão Ruddi. São nomes de família, creio. - Lindos nomes, minha querida. Um desses, era o nome do meu marido. - Por que chora, senhora? Os nomes trouxeram recordações boas ou más? - Claro que boas. Saber dos nomes de seus familiares deixa a gente mais próxima uma da outra. Posso falar neles como se fossem meus conhecidos: seus pais, seu irmão, você. - Ainda bem. Não queria que minha visita a magoasse!!! - Você nem imagina como estou feliz, Lavínia. Bonito nome, sabia? - Bem, agora vou embora. Tenho que fazer mil coisas. Confesso que adorei conhecer a senhora e voltarei sempre. Sinto que nossos corações batem igualmente juntos, de felicidade. Lavínia beijou a mulher e saiu, com a certeza 73
de ter feito uma boa ação. E Jacyra, deixando as lágrimas rolarem pelo seu rosto, balbuciou baixinho: - Vai com Deus, minha neta... Jandyra Adami - http://www.berju.uaivip.com.br/textos/texto62.htm FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL
MENSAGEM - Carlos Leite Ribeiro: Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda a simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideal e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor, para que tenhamos certeza de que viver vale a pena!... FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL
NATAL Crônica de Célia Lamounier de Araújo Natal? Feliz nascimento de uma criança que veio para salvar a humanidade... Feliz momento de salvação que se repete ano a ano... E que Jesus possa renascer em todos os corações! Esta é a essência histórica do Natal. Mas, era uma vez um Papai Noel que, na noite de Natal, era esperado com bolos e castanhas, árvores verdes, presépios, missa do galo, cartas e sapatinhos pendurados. Um Papai Noel que visitava todos os lares, deixava presentes e, muito mais que isso, deixava paz e amor em todos os lares. Lembro-me bem de ver nossa mãe arrumando a mesa para ele, antes de colocar as crianças para dormir. E as cartinhas ficavam ali bem visíveis. Uma noite de sonhos e mágicas. De manhãzinha todos se levantavam para ver a mesa, a xícara, o bolo partido. Sim, ele esteve aqui! Nos sapatos perto da árvore, sempre alguma coisa dava certo com os pedidos das cartas. E Papai
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Noel ainda respondia por escrito, dizendo: "Muito obrigado, os biscoitos estavam uma delícia, continuem sempre bonitas, tirem notas boas, levem um abraço para os amiguinhos, nasceu Jesus". Saudades do meu pai. Eram coisas assim que o "velhinho" escrevia e pensávamos que Papai Noel era Deus, pai de Jesus. Só podia ser isto, pois, mistério! Ele conseguia passar em todas as casas onde houvesse crianças, numa noite apenas. E vestidas de pastorinhas, no dia de Natal, íamos cantar nas casas onde havia presépios. Passaram-se os anos. As histórias foram-se misturando, as gerações se sucedendo e agora, parece, o Natal mudou. A árvore de Natal é falsa, os presentes são comprados sem surpresas, o silêncio e o sonho foram trocados pela música altissonante. Não há expectativas, não há chaminés nem missa do galo, não há mais pastorinhas. O Papai Noel não visita as casas, multiplicou-se pelas lojas, até emagreceu e deixou de ser velho. Estranho! Nossa geração não conseguiu manter viva a tradição, não conseguiu transmitir a fé, não conseguiu criar aquela felicidade simples. E o menino... O menino renasce em poucos corações... A hóstia foi trocada pela bebida, a fantasia morreu. PS – Mesmo assim, ainda lhe desejo um Feliz Natal, leitor. Talvez você ainda possa fazer renascer o Menino no coração de alguma criança, neste Natal. FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL FELIZ NATAL Leitor, saiba que nós gostamos D+ de você Abraços da Célia Lamounier
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